Concelho de Odivelas Programa Eleitoral Mandato 20132013-2017 1 Odivelas – Eleições Autárquicas 2013 CDU Programa Eleitoral Municipal Pág. Com a CDU a mudança necessária 3 1 – Situação financeira e organização administrativa 5 1.1-Situação financeira e política fiscal municipal 5 1.2-Organização Administrativa 5 2 – Defesa do Ambiente e Qualidade de Vida - Gestão pública da água e da recolha dos resíduos sólidos urbanos 6 3 – Ordenamento do Território, Espaço Urbano e Mobilidade 7 3.1 – PDM 7 3.2 – Política de solos 8 3.3 – Plano Director de Acessibilidades e Plano Municipal de Mobilidade 8 3.4 – Transportes, acessibilidades e mobilidade 8 3.5 – Requalificação do espaço Urbano 8 3.6 – Recuperação e Reabilitação do Património Histórico e de interesse Municipal 9 3.7 – Áreas Urbanas de Génese Ilegal (AUGI) 9 3.7.1 – Projecto de Reconversão da Vertente Sul 9 3.7.2 – Projecto de Reconversão da Vertente Norte 10 4 – Política de intervenção social 4.1-Combate à pobreza e às desigualdades 10 4.2-Apoio à Infância 11 4.3- Pessoas com deficiência 11 4.4 -População Idosa 12 4.5- Dignificar a Condição Social da Mulher 13 4.6-População Imigrante 13 5 – Habitação 13 5.1-Contribuir para garantir o direito à Habitação 13 5.2- Bairros do “Governo Civil” – Freguesia da Pontinha 13 6 – Exigir melhores cuidados de saúde 13 7 – Melhor Educação e defesa da Escola Pública 14 7.1-Ensino pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico 15 7.2-Escolas do 2.º e 3.º ciclo 15 7.3Conselho Municipal de Educação 15 8 – Cultura, Desporto e Associativismo 15 8.1- Associativismo Popular 15 8.2- Desporto 16 8.3- Cultura 16 9 – Juventude 16 10 – Segurança e Protecção Civil 17 11 – Defesa do poder local democrático e respeito pelas competências dos órgãos municipais e de freguesia 17 12 – Renegociação das parcerias Público-privadas 18 13 – Actividades económicas 18 2 Com a CDU a mudança necessária O apoio e voto na CDU para os órgãos autárquicos municipais e de freguesia nas eleições autárquicas de 29 de Setembro assumem redobrada importância porque significam eleger, homens e mulheres, conhecedores das potencialidades do poder local democrático inscrito na Constituição da República Portuguesa, com reconhecida intervenção e participação na vida do Concelho e portadores de um projecto autárquico capaz de dar corpo à mudança necessária para abrir um novo ciclo na vida deste jovem Município. Com a CDU será potenciado o exercício de todas as competências atribuídas às Juntas de Freguesia e à Câmara Municipal de Odivelas numa gestão alicerçada na isenção, honestidade, entrega ao interesse público como marca distintiva no exercício do poder. Uma gestão que recusará a concessão e a privatização dos serviços e competências municipais (e das freguesia) e que implementará um conjunto de políticas públicas visando encontrar soluções para a resolução de problemas concretos da população de cada uma e do conjunto das freguesias e a elevação da qualidade de vida no Concelho de Odivelas. Uma gestão democrática assente na participação das populações e na valorização do papel das diversas expressões do movimento associativo. Uma gestão que está determinada a minimizar as consequências que resultam da junção das freguesias da Ramada com Caneças, de Olival Basto com a Póvoa de Santo Adrião e de Famões com a Pontinha e que, ao mesmo tempo, lutará, ao lado das populações pela revogação da lei que liquidou estas freguesias, sendo reposta a divisão administrativa que corresponde aos interesses da população do Concelho de Odivelas, ao carácter democrático, participado e de proximidade que estas asseguram. A partir dos órgãos autárquicos de freguesia e municipais, a CDU não abdicará de defender os interesses da população e do Concelho junto do poder central exigindo que este assuma as suas responsabilidades designadamente na promoção do emprego (nos sectores público e privado), no apoio ao comércio local e às pequenas e médias empresas, na valorização dos salários e das pensões, na criação nas diversas freguesias de mais e melhores serviços públicos na educação, saúde, segurança social, transportes, justiça e segurança pública. Com o apoio e voto na CDU nas próximas eleições autárquicas é selado um compromisso com a população: colocar a Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia ao serviço da população. Cada voto na CDU acrescenta, ainda a garantia de que ele não será desperdiçado, nem traído na luta de todos os dias pela exigência de ruptura com a política de direita, de mudança na vida nacional que abra caminho à construção de uma política alternativa, patriótica e de esquerda que liberte o País da dependência e submissão, recupere para o País o que é do País, devolva aos trabalhadores e ao povo os seus direitos, salários e rendimentos. Compromissos da CDU na Presidência da CMO O próximo mandato terá lugar num quadro de fortíssimos constrangimentos financeiros do Município que resultam por um lado das consequências das políticas governamentais que aprofundam a crise económica e social do País, reduzem os meios financeiros do poder local e atacam a sua autonomia e por outro o esbanjamento de recursos financeiros do Município levado a cabo pela gestão do PS pela imposição de um modelo 3 privatizador da actividade municipal que aprisionam financeiramente o Município por dezenas de anos. Na presidência da Câmara Municipal de Odivelas a CDU dará corpo a uma profunda mudança assente numa gestão e políticas municipais alicerçadas nos seguintes compromissos: 1. Pôr em prática uma gestão pública, criteriosa e transparente dos recursos financeiros e patrimoniais do Município e a adopção de politicas municipais visando a melhoria da qualidade de vida da população nas diversas áreas de sua competência -urbanismo e requalificação urbana, ambiente e espaços verdes, educação, desporto, cultura, património histórico e de interesse municipal, protecção civil, entre outros. 2. Anulação do processo de privatização da água e da recolha dos resíduos sólidos urbanos e a participação da Câmara Municipal de Odivelas na gestão inter-municipal dos SMAS visando assegurar o direito da população a um serviço público de qualidade; 3. Renegociação das actuais parcerias público-privadas existentes no Concelho (Pavilhão Multiusos e Escola dos Apréstimos) visando minorar os seus impactos financeiros no presente e para o futuro; 4. Estabelecimento de um plano de redução de despesas municipais supérfluas ou desadequadas da defesa do interesse público que vise designadamente: a limitação a aquisição de serviços externos em áreas que com vantagem devam ser realizadas pelos serviços municipais; 5. Promoção uma gestão criteriosa dos recursos humanos da Câmara Municipal - os seus trabalhadores, com reconhecimento dos respectivos direitos laborais, valorização do seu capital de conhecimento e experiência visando potenciá-lo na elaboração dos instrumentos estratégicos e na concretização das prioridades em todas as esferas de intervenção municipal. 6. Definição de uma política municipal assente na salvaguarda dos terrenos na posse do Município e na permanente negociação visando adquirir novos solos que permitam o alargamento das zonas verdes, de equipamentos sociais, culturais e desportivos promovendo um ordenamento equilibrado do Concelho. 7. Elaboração do Plano Director Municipal garantindo a participação da população e visando a aprovação de um instrumento estratégico que ponha fim à especulação urbanística, à continuada betonização do Concelho e estabeleça regras claras que respondam à necessidade de ordenamento do território, à sua harmonização, humanização e fruição. 8. Promoção de uma gestão participada assente na informação regular da actividade autárquica, no envolvimento da população nos processos de decisão, na auscultação prévia sobre determinadas orientações e opções de gestão e no debate prévio, de forma alargada e descentralizada, à elaboração dos planos de actividade e orçamentos do Município. 9. Adopção de políticas municipais que potenciem o papel da cultura, nas suas múltiplas expressões, do associativismo, da prática desportiva, da criação de espaços de encontro, de convívio entre jovens, idosos e população em geral; Adopção de políticas que potenciem a criação de uma verdadeira identidade de concelho, que valorize as suas raízes históricas e sociais, e os que as fizeram e fazem todos os dias: o Povo de Odivelas 4 10. A definição de uma política municipal no domínio da intervenção social que se insira, por uma lado, num verdadeiro combate à pobreza e à exclusão social e que promova os valores da solidariedade assente numa mais justa repartição do rendimento nacional e no direito a ter direitos e, por outro lado, na valorização e apoio às diversas organizações sociais que intervêm no concelho, no respeito pela sua autonomia de objectivos e de acção em defesa de interesses e direitos específicos de diversos segmentos da população O Programa eleitoral assenta na apresentação de um conjunto de medidas e opções nas diversas áreas de intervenção municipal, tendo por base a profunda convicção e determinação de que é realista e concretizável pela CDU na Presidência da Câmara Municipal de Odivelas. Um programa que se amplia e enriquece com os programas eleitorais da CDU aos órgãos autárquicos das freguesias. Uma Câmara Municipal ao serviço da População Rigor e transparência na Gestão 1- Situação financeira e organização administrativa Pôr fim ao actual modelo privatizador da actividade municipal adoptando um modelo de gestão pública criteriosa e transparente dos recursos financeiros e patrimoniais do Município, visando responder às diversas áreas de intervenção municipal. Será adoptada uma política de taxas e impostos municipais alicerçados em critérios de justiça social, que contribua para aliviar a carga fiscal sobre as famílias, as dificuldades do comércio local e que incentivem a criação de emprego no concelho. 1.1 Situação financeira e política fiscal municipal a) Adoptar um modelo de gestão visando a optimização das receitas, a eliminação das despesas supérfluas e a conservação, manutenção e valorização patrimonial. b) Diminuir os encargos financeiros através da renegociação da Parceria Públicoc) d) e) f) g) Privada (PPP) do Pavilhão Multiusos e da Escola dos Apréstimos. Diminuir os encargos financeiros decorrentes dos contratos de arrendamento de todas as instalações municipais. Exigir um plano de pagamento das dívidas ao Município por parte do poder central relativas à transferência de competências. Reduzir de forma significativa o recurso a aquisição de serviços externos em domínios em que com vantagem possam ser executados pela própria autarquia. Promover gradualmente uma descida dos valores actuais do IMI. Analisar os critérios de isenção da Derrama para empresas tendo em conta designadamente o seu volume de facturação e a criação de postos de trabalho. 1.2 Organização Administrativa a) Organizar os serviços municipais tornando-os mais aptos a responderem de forma mais célere às necessidades dos munícipes, em estreita ligação com as juntas de freguesias. b) Criar uma equipa de intervenção directa para realização de obras de pequena e média dimensão. c) Melhorar a qualidade e atendimento dos serviços, privilegiando o atendimento presencial e reforçando a eficácia do atendimento telefónico e via internet 5 d) Criar o Portal “O Município de Odivelas à distância de um clique!”, divulgando online no sítio electrónico da Câmara toda a informação sobre projectos e regulamentos municipais e disponibilizando, com novas medidas de simplificação administrativa, um leque de serviços nas diferentes áreas municipais, designadamente, actividades económicas, habitação, ambiente, urbanismo, etc.. e) Promover uma política de concentração dos serviços municipais, com melhoria da acessibilidade e eficácia para a população, mitigando assim os transtornos aos munícipes que os procuram, diminuindo igualmente os gastos com transportes e comunicações f) Transmitir on-line, e em directo, no sítio oficial da Câmara Municipal de Odivelas, de todas as Reuniões Públicas da Câmara Municipal e de todas as sessões de Assembleia Municipal. g) Promover a cooperação e o trabalho articulado entre a Câmara Municipal, a Assembleia Municipal e as Juntas de Freguesia. h) Adopção de uma política de informação que assegure à população o conhecimento indispensável a uma efectiva participação, com informação sobre a actividade regular da autarquia; i) Promoção do debate prévio à elaboração dos planos de actividade e orçamentos do Município, de modo alargado e descentralizado. j) Promover uma política de recursos humanos assente na qualificação e formação, na valorização profissional, numa cultura de apreço pela experiência e pelo trabalho de equipa, bem como de reconhecimento pelos direitos dos trabalhadores do município. k) Melhorar o serviço de saúde ocupacional/medicina no trabalho para os trabalhadores do município. 2- Defesa do Ambiente e Qualidade de Vida – Gestão pública da água e da recolha dos resíduos sólidos urbanos Será dada prioridade ao carácter público da intervenção municipal nos diversos domínios de intervenção ambiental com a elaboração de planos de intervenção que assegurem uma visão integrada dos seus diversos domínios – desde o saneamento básico, água, recolha de resíduos sólidos urbanos, espaços verdes à preservação do património natural. a) Anular o processo de privatização da água decidida pelo PS/PSD. b) Defender intransigentemente a água pública e um serviço público de distribuição da água, recolha dos resíduos sólidos e saneamento, participando directamente na gestão dos SMAS, propondo no quadro de uma gestão intermunicipal a redução das tarifas. c) Garantir uma eficaz e eficiente limpeza do espaço público d) Promover a despoluição das linhas de água, requalificar os rios e ribeiras em meio urbano e exigir da tutela a limpeza das linhas de água sob responsabilidade do INAG/Agência do Ambiente e) Diligenciar junto dos operadores, nomeadamente a REN, com vista ao desmantelamento das linhas de alta tensão instaladas em zonas urbanizadas do concelho. f) Integrar o Pinhal da Paiã na rede de Parques Municipais e torná-lo num parque urbano de actividades lúdicas e de contacto com a natureza, garantindo a sua conservação e protegendo a biodiversidade aí existente. 6 g) Construir o Parque Urbano do Silvado, nos terrenos adjacentes ao recinto da Feira, com ligação ao Jardim do Rio da Costa. h) Construir o Parque Urbano das Granjas Novas na freguesia da Ramada; i) Desenvolver projectos de Hortas Urbanas, envolvendo a população interessada e a comunidade escolar, assegurando este tipo de actividade, tão importante ao equilíbrio e bem-estar do ser humano. j) Incentivar a criação de hortas pedagógicas, designadamente em terrenos municipais. k) Realizar campanhas públicas em defesa do ambiente junto da população dos diversos bairros, envolvendo as associações de bairro e as escolas do Concelho; l) Ampliar o cemitério de Odivelas e estudar as condições para a construção do forno crematório. m) Promover a utilização generalizada dos transportes públicos. n) Promover a eficiência energética quer nos veículos municipais, quer nos equipamentos promovendo a arquitetura eficiente e a utilização de equipamentos de baixo consumo energético 3- Ordenamento do Território, Espaço Urbano e Mobilidade A CDU na câmara de Odivelas pugnará pelo desenvolvimento local, pela requalificação urbana e ambiental, pela melhoria das acessibilidades e vias de comunicação assim como o desenvolvimento da circulação interna entre freguesias. O Plano Director Municipal (PDM) o Plano Director das Acessibilidades Municipais (PDAM) e o Plano Municipal da Mobilidade (PMM), são instrumentos determinantes para o planeamento e ordenamento do território e sua utilização. 3.1 PDM Mais de uma década depois da sua criação, o Concelho de Odivelas ainda não tem um Plano Diretor Municipal (PDM) próprio, continuando em vigor, para esta área territorial, o anterior PDM de Loures, entretanto já revisto para aquele Concelho e que, naturalmente, se encontra totalmente desadequado e desfasado das novas realidades e necessidades concelhias. Até à conclusão e entrada em vigor do PDM de Odivelas a CDU defende, como sempre tem feito, a suspensão da aprovação de novos loteamentos e urbanizações. Para a CDU, a elaboração do novo PDM constituirá um prioridade e imporá uma utilização ponderada, racional e contida dos solos urbanos e urbanizáveis, definindo com clareza: a) As densidades populacionais máximas de cada zona, no sentido da sua diminuição e impedindo, em qualquer situação, densidades superiores às atualmente definidas. b) Limitação dos índices e parâmetros urbanísticos máximos c) A reabilitação dos núcleos históricos e das zonas urbanas consolidadas d) A definição das áreas verdes estratégicas do concelho. e) O planeamento de novas centralidades, nas áreas de maior expansão. f) Condições e requisitos mínimos imperativos para as áreas de cedência ao domínio público, no quadro das operações urbanísticas. Em complemento e total respeito pelo PDM, a CDU promoverá a elaboração de Planos de Pormenor e Planos de Urbanização, de iniciativa municipal, com vista à criação de coerências urbanísticas e ambientais entre zonas adjacentes, harmonizando o uso do solo e evitando a permanência de numerosas áreas expectantes, muitas delas já existentes e em situação de total abandono. 7 3.2 POLÍTICA DE SOLOS A actual estratégia, de entrega de solos municipais a grupos privados, deve ser totalmente travada pois, compromete a reorganização territorial, na exacta medida em que limita a capacidade orientadora e definidora da CMO no que respeita a todo o planeamento estratégico. A CDU promoverá uma correcta política de solos como condição indispensável a um desenvolvimento harmonioso do Concelho de Odivelas. Uma tal política será negociada com todas as partes interessadas e resultará de um profundo e alargado debate efectuado no quadro da discussão pública do PDM. Em simultâneo, comprometemo-nos a estancar o surgimento de mais urbanizações no nosso concelho. 3.3 Plano Diretor das Acessibilidades Municipal e Plano Municipal de Mobilidade Reformular o Plano Director das Acessibilidades Municipais (PDAM) adequando-o à realidade actual, com a planificação das novas vias rodoviárias à utilização efectiva do território. Elaborar um Plano Municipal da Mobilidade (PMM), importante instrumento de planeamento e regulação da circulação e estacionamento no espaço público. 3.4. Transportes, acessibilidades e mobilidade a) Pugnar, em estreita colaboração com os operadores (Rodoviária de Lisboa, Carris e Metro) pela melhoria da rede transportes públicos que assegure a mobilidade da população no interior do concelho e com os concelhos limítrofes; b) Defender horários adequados às necessidades da população; c) Reforçar a rede de transportes públicos de acesso ao hospital; d) Exigir do governo a redefinição das zonas / coroas e respectivos tarifários dos passes sociais e títulos de transporte, potenciando e incentivando a sua utilização; e) Exigir o alargamento da coroa do L1 até ao hospital de Loures; f) Criar medidas para a efectiva utilização do parque de estacionamento do Largo Egas Moniz; g) Criar lugares de estacionamento no concelho, nomeadamente na Pontinha e na Póvoa de Santo Adrião; h) Exigir do Metropolitano de Lisboa a criação de mais lugares de estacionamento quer no Senhor Roubado quer em Odivelas; i) Concluir as vias L13 (ligação de Caneças à CRIL) e T14 (do nó da Ramada, que passa por Odivelas, Famões, Casal do Rato e ligação ao nó da Mira, no concelho da Amadora); j) Estudar a viabilidade de construção das variantes Norte e Sul de Caneças. 3.5 Requalificação do espaço Urbano a) Elaborar Planos de Pormenor para as zonas históricas e núcleos degradados do Concelho; b) Promover a reabilitação dos espaços pedonais (passeios) como forma de garantir a mobilidade e acessibilidade a todos; c) Criar novas zonas pedonais; d) Promover a requalificação da Praça Hermínio Estrela, na Pontinha 8 3.6. Recuperação e Reabilitação do Património Histórico e de interesse Municipal a) Preservar os núcleos antigos através da elaboração de Planos de Salvaguarda e de incentivos à reabilitação do parque habitacional existente e criar estruturas locais de acompanhamento; b) Promover medidas de apoio e incentivo à recuperação dos imóveis degradados; c) Reabilitar o edifício municipal da Quinta do Espírito Santo, na Freguesia de Odivelas, colocando-o ao serviço da população; d) Exigir junto da Direcção Geral do Património Cultural a reabilitação do monumento do Senhor Roubado e do túmulo de D. Dinis, pilares históricos do concelho; e) Proceder à recuperação da zona envolvente de protecção do Senhor Roubado; f) Exigir a manutenção Regimento de Engenharia 1 na Pontinha e a salvaguarda do Núcleo Museológico do Posto de Comando do MFA; g) Exigir a permanência do Instituto de Odivelas e a manutenção na esfera pública do Mosteiro de São Dinis e São Bernardo (Mosteiro de Odivelas) e das suas áreas envolventes. h) Defender a manutenção do Regimento de Engenharia 1 da Pontinha bem como o núcleo museológico do Posto de Comando do MFA i) j) k) l) Requalificar as Fontes de Caneças que são um património de elevado valor histórico e cultural. A CDU desenvolverá um processo de requalificação destas fontes (Fontainhas, Piçarras, Passarinhos, Castelo de Vide e Castanheiros), em conjunto com os respectivos proprietários, visando colocar este valioso património ao serviço da população e das escolas, proporcionando o conhecimento da história da água e a protecção deste importante recurso natural; Estudar as condições para a reabilitação das Vilas de Olival Basto, ainda existentes, em articulação com os moradores; Promover acções que visem a criação de uma verdadeira identidade do Concelho, das suas raízes históricas e sociais e dos que a fazem e fizeram: o povo de Odivelas Proteger e requalificar a estação Arqueológica do “Castro da Amoreira” na freguesia da Ramada e exigir do IGESPAR a sua divulgação e sinalização 3.7 ÁREAS URBANAS DE GÉNESE ILEGAL (AUGI´S) Criação de um serviço próprio, adequado e dirigido para incentivar, por um lado, a legalização das habitações nos bairros de génese ilegal com alvará de loteamento emitido e em vigor e, por outro lado, impulsionar a legalização dos restantes bairros de génese ilegal, proporcionando assim melhores condições de vida e de habitabilidade às suas populações, pugnando também pela instalação de equipamentos, zonas verdes e melhores acessibilidades. 3.7.1 Projecto de Reconversão da Vertente Sul (Serra da Luz, Encosta da Luz, Vale do Forno, Quinta do Zé Luís e Quinta da Arrombas) a) Intervir, em cooperação com as comissões dos bairros com vista à reabilitação dos mesmos, mantendo o gabinete específico existente no local; b) Desenvolver um trabalho multidisciplinar de entreajuda social e urbanístico em estreita relação com as associações representativas dos moradores e proprietários; c) Exigir do governo central a concretização das medidas e responsabilidades que estão inerentes à declaração de área crítica de reconversão de toda esta vertente. 9 3.7.2 Projecto de Reconversão da Vertente Norte (Cassapia, Quinta da Serra e Quinta da Várzea, na freguesia de Olival Basto.) a) Pugnar pela delimitação e atribuição a estes bairros de um regime especial de área crítica de reconversão e reabilitação, tal como o foi aos bairros da vertente sul. b) Criar um gabinete local de acompanhamento às populações daqueles bairros de forma a sensibilizá-las para a reconversão do espaço. 4 Política de intervenção social 4.1 Combate à pobreza e às desigualdades O agravamento das injustiças e desigualdades que afectam milhares de munícipes no concelho de Odivelas impõe uma intervenção municipal, muito determinada, no combate à pobreza e exclusão social. Será adoptada uma postura exigente junto do poder central, visando um efectivo combate a este fenómeno no Concelho através de uma mais justa redistribuição do rendimento nacional, no combate ao desemprego, na garantia do direito ao trabalho, na valorização dos salários e das pensões e num forte investimento nas funções sociais do Estado - saúde, segurança social, educação, entre outros serviços públicos. A CDU rejeita um modelo de política municipal assente em objectivos assistencialistas e caritativos que alimentam e aprofundam a desresponsabilização do Estado no combate e prevenção da pobreza e que criam a ilusão quanto à possibilidade de, no plano local, dar resposta aos gravíssimos problemas e flagelos sociais produzidos pela política nacional. No plano municipal será dada prioridade a: a) Criação de instrumentos de maior eficácia no diagnóstico das diversas dimensões dos fenómenos da pobreza e exclusão social no Concelho e estabelecimento de um plano de intervenção que associe as esferas de intervenção municipal com as diversas entidades do poder central. b) A promoção dos valores da solidariedade e justiça social, no combate à pobreza e exclusão social assente no direito a ter direitos e a exerce-los, na recusa de laços de dependência e de submissão dos que se encontram em situação socialmente desfavorecida; na elevação da compreensão da comunidade para as causas deste fenómeno com recusa da estigmatização dos que são vítimas de pobreza persistente e dos novos segmentos da população que são atirados para a pobreza. c) Adopção de planos de intervenção visando elevar a qualidade de vida em zonas do concelho mais carenciadas e debilitadas em domínios como zonas verdes e limpeza urbana; na oferta de equipamentos municipais de qualidade – escolas, instalações desportivas, instalações cedidas a diversas organizações sociais, etc. -. Intervenção esta que será desenvolvida em cooperação com as diversas expressões do movimento associativo. d) Intervenção no âmbito da acção social que responda às situações de emergência social, no quadro das competências municipais, em cooperação com as instituições que intervêm nesta área. e) Promoção de efectivo apoio e valorização das diversas organizações sociais que intervêm no concelho no respeito pela sua autonomia de objectivos e de acção na defesa de interesses específicos da comunidade, e em especial na área da infância e do apoio à família, dos reformados, pensionistas e idosos, das pessoas deficientes, entre outras. f) Assegurar um efectivo apoio material e técnico às diversas organizações e instituições sociais promovendo com elas a discussão das alterações a efectuar 10 no actual programa de apoio (PAESO), visando a adequação e reforço dos apoios a atribuir. g) Avaliar o funcionamento da Rede Social adoptando medidas que a tornem mais eficiente na realização dos seus objectivos potenciando os recursos institucionais e da comunidade. 4.2 Apoio à Infância Aumentar a resposta de creches a) Colaborar com as instituições sociais na reconversão de espaços que permitam aumentar a resposta de creche, incluindo creches familiares; b) Exigir a construção de equipamentos públicos para creche. Promover a ocupação dos tempos livres de crianças e adolescentes a) Promover, em articulação com as diferentes instituições do associativismo cultural, desportivo, recreativo e social e com as Juntas de Freguesia, a realização de programas de ocupação dos tempos livres das crianças e adolescentes nos períodos de férias escolares. b) Apoiar as instituições na realização de projectos para crianças em idade escolar, designadamente, em zonas socialmente mais carenciadas. Garantir a protecção das crianças e jovens a) Assegurar as condições necessárias de funcionamento à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Odivelas (CPCJO), dotando-a de um espaço adequado às exigências da sua intervenção; b) Colaborar com a CPCJO na sensibilização da comunidade para a promoção dos direitos da criança. 4.3 Pessoas com deficiência a) Apoiar as instituições do concelho que intervêm nesta área, em particular na criação de espaços para actividades ocupacionais especializadas e apoio às famílias com pessoas com deficiência; b) Adequar as instalações dos Serviços Públicos às necessidades destes grupos; c) Elaborar um Guia de Recursos para a pessoa com deficiência; d) Editar publicações municipais em Braille e assegurar a tradução em linguagem gestual em iniciativas municipais; e) Intervir junto das entidades privadas no sentido de ser garantido a acessibilidade aos seus serviços de pessoas com mobilidade reduzida; f) Reforçar o projecto de hipoterapia, em articulação com as instituições parceiras; g) Realizar acções em parceria com organizações de defesa das pessoas com deficiência de âmbito nacional e local; h) Contribuir para alargar a informação sobre os direitos das pessoas deficientes e do papel das organizações específicas. 4.4 População Idosa a) Apoiar a acção desenvolvida pelas Associações de Reformados, Pensionistas e Idosos existentes no Concelho na promoção do associativismo no plano social, cultural e desportivo, bem como outras instituições; b) Promover e reforçar projectos de combate ao isolamento e de promoção da participação dos idosos nas actividades municipais em diversos domínios; c) Alargar a participação no clube movimento, em cooperação com as associações/instituições que prestam esse serviço; 11 d) Apoiar e incentivar a realização de actividades de animação sócio-recreativa, de cultura e lazer em permanente articulação entre as instituições; e) Criar o projecto “Academia dos Saberes”, procurando envolver a Universidade Sénior e promovendo assim a partilha de saberes e conhecimentos entre gerações; f) Dar particular atenção ao isolamento dos idosos e intervir em pareceria com a segurança social e outras instituições; g) Alargar a cobertura do programa Teleassistência a todas as freguesias do concelho, adequando a capacidade de resposta às necessidades existentes; h) Criar um programa de apoio à adaptação das casas (Programa “Casa Aberta”) com vista à realização de obras de eliminação de barreiras arquitectónicas para idosos com baixos recursos, criando condições de mobilidade no domicílio com o objectivo de melhorar a qualidade de vida. i) Reformular o projecto “oficina domiciliária” em articulação com as Juntas de Freguesia do concelho, com a afectação de recursos humanos e materiais, ampliando o número de munícipes a usufruir do serviço, a área de cobertura e os serviços prestados; j) Criar um programa de formação de dirigentes, técnicos e restantes funcionários das associações/instituições de idosos no concelho, bem como a cedência de suporte técnico, logístico e financeiro, fundamental para o desenvolvimento das actividades no seio das instituições. k) Criar o Fórum Social do Idoso, como um espaço de auscultação permanente das necessidades dos idosos, em articulações com os serviços de acompanhamento social e as entidades representativas dos idosos (Farpil, inter-reformados, etc…) Reforçar as respostas sociais a) Elaborar um plano de apoio à intervenção nas instalações dos Centros de Dia, em articulação com as respectivas direcções, apoiando com meios técnicos e financeiros a realização das obras necessárias ao seu normal funcionamento; b) Diligenciar junto dos organismos públicos para que sejam celebrados protocolos com as instituições de solidariedade social nos casos em que os mesmos não existam; c) Diligenciar junto dos organismos públicos e instituições locais no sentido da criação de um Lar de Idosos que sirva efectivamente a população do concelho; d) Diligenciar junto das operadoras de transporte no sentido de alargar os apoios do cartão sénior aos transportes públicos. 4.5 Dignificar a Condição Social da Mulher a) Promover e apoiar acções que visem a valorização da participação das mulheres em igualdade em todas as esferas da vida do Concelho e a informação sobre os seus direitos; b) Dinamizar iniciativas que assinalem o Dia Internacional da Mulher, 8 de Março, data emblemática na luta pelos direitos da mulher trabalhadora; c) Promover junto das Escolas acções de sensibilização para o combate à discriminação e aos estereótipos em relação ao papel da mulher na sociedade. 4.6 População Imigrante a) Apoiar a integração dos imigrantes através da dinamização do Serviço Local de Apoio ao Imigrante; b) Apoiar as Associações de Imigrantes no desenvolvimento das suas actividades e na sua legalização; 12 c) Promover a Interculturalidade, criando o “Espaço Interculturas” com funcionamento regular, onde a diversidade cultural tenha expressão através de exposições, conferências, animação cultural, entre outras d) Sensibilizar as escolas para o reforço do ensino do português a crianças e adultos da população imigrante; 5 Habitação Afirmamos o princípio do direito à habitação por parte de todos os cidadãos e que o mesmo tem de ser garantido. Em Odivelas persiste a existência de centenas de famílias que vivem em condições de habitabilidade precárias ao mesmo tempo que o acesso a uma habitação condigna por parte dos jovens casais é cada vez mais difícil. Nos últimos anos o concelho de Odivelas registou um aumento significativo de urbanizações a que a maioria dos habitantes do concelho não pode aceder. Em resultado desta política verifica-se, em igual período, um aumento exponencial de casas devolutas, e prédios inteiros votados ao abandono. A CDU propõe um conjunto de políticas que combatam esta assimetria social numa perspectiva de rentabilização das habitações devolutas e do incentivo ao mercado de arrendamento. 5.1 Contribuir para garantir o direito à Habitação a) Exigir do governo a criação de programas de financiamento para a aquisição ou arrendamento de habitações dirigidos às famílias que ainda hoje vivem em condições de habitabilidade precárias, designadamente em barracas; b) Garantir, em articulação com os moradores, a conservação do parque habitacional municipal, incluindo o espaço público envolvente, de modo a promover a qualidade de vida; c) Criar um serviço de atendimento de aconselhamento e encaminhamentos às famílias que perderam a sua casa, por impossibilidade de pagamento, na procura de novas soluções; d) Assegurar, em articulação com a Associação de Inquilinos, a informação à população sobre as regras do arrendamento, protegendo e defendendo os interesses dos inquilinos. e) Criar uma bolsa de habitação para arrendamento jovem. 5.2. Bairros do “Governo Civil” – Freguesia da Pontinha a) Promover a negociação com o IHRU e a ASSEMBLEIA DISTRITAL, com o objectivo de acabar com a situação de abandono e degradação em que estes bairros se encontram, com consequências graves nas condições de vida destas populações; b) Incentivar os arrendatários para a compra das habitações; c) Garantir a limpeza e os arranjos do espaço público nesses bairros; d) Garantir uma efectiva fiscalização urbanística que evite a transformação dos bairros num aglomerado de anexos ilegais: e) Defender a transferência de todo o património público para o Município, salvaguardando os interesses do município e dos moradores. 6- Exigir melhores cuidados de saúde A CDU pugna pelo direito à saúde, por um Serviço Nacional de Saúde, Universal, geral, gratuito e de qualidade para todos e, nesse sentido, intervirá de forma firme na exigência junto do poder central na adopção de políticas que melhorem as condições de acesso da população aos cuidados de saúde, tendo como prioridades: 13 a) A exigência da construção dos Centros de Saúde em Odivelas, Famões e Olival Basto; b) A exigência da dotação do pessoal (médicos, enfermeiros, administrativos e auxiliares) necessário à satisfação plena das necessidades da população; c) A exigência de que o CATUS volte a funcionar em Odivelas; d) Defesa da continuação da UCCPO (Unidade Comunitária Cuidados Psiquiátricos de Odivelas) e intervenção junto das entidades competentes no sentido do seu reforço e ampliação; e) Intervenção com o objectivo de que a Equipa de Cuidados Continuados Integrados seja reforçada, adequando-a às necessidades da população do Concelho. f) Exigir que o Serviço de Saúde Pública volte a funcionar no Concelho de Odivelas No âmbito das competências da Câmara as questões da saúde atravessarão diversos domínios da gestão municipal e de forma transversal destacando-se designadamente: a) Promover acções de educação e promoção da saúde, a desenvolver em parceria, tendo em conta as necessidades da população concelho; b) Incentivar as escolas do concelho ao desenvolvimento de projectos de promoção da saúde e prevenção de comportamentos de risco; c) Cooperar com as equipas para a prevenção da violência, designadamente a violência doméstica e maus tratos infantis; d) Cooperar com associações que prestam apoio a diversos tipos de doença, como seja a Associação “Sempre Mulher”, entre outras; e) Reforçar o apoio ao Gabinete da APAV – Associação de Apoio à Vítima, em funcionamento no concelho de Odivelas e colaborar na promoção de acções de sensibilização junto da comunidade para a prevenção da violência e bem como colaborar na criação de respostas de apoio e protecção às vítimas de violência. f) Promover a realização de rastreios com vista à prevenção de doenças de elevada incidência 7. Melhor Educação e defesa da Escola Pública A CDU procederá à revisão da Carta Educativa visando assegurar que no próximo mandato seja desenvolvida uma política municipal que vise corrigir as desigualdades na oferta de equipamentos escolares de competência municipal e na assunção das suas responsabilidades na garantia de uma escola pública de qualidade ao mesmo tempo que assumirá uma postura activa junto do poder central exigindo a defesa da universalidade e gratuitidade da escola pública. 7.1 Ensino pré-escolar e 1.º ciclo do ensino básico a) Construir as Escola EB1 / JI de Caneças e Ribeirada, em Odivelas; b) Elaborar um plano de investimento plurianual de intervenção de requalificação das escolas do 1.º ciclo, dando prioridade às intervenções mais urgentes c) Exigir junto do Ministério da Educação para a intervenção nas Escolas que contêm amianto com vista à sua remoção; d) Aumentar as respostas do ensino pré-escolar nas escolas da rede pública; e) Diminuir o número de escolas em funcionamento com regime duplo; f) Reequacionar o modelo de participação municipal no projecto das AEC´s (Actividades de Enriquecimento Curricular) Apoio Social Escolar a) Atribuir os manuais escolares às crianças do 1.º ciclo da rede pública; 14 b) Garantir três refeições diárias a todas as crianças que frequentam o ensino préescolar e 1º ciclo da rede pública; c) Melhorar a resposta ao nível dos transportes escolares; d) Assegurar, em articulação com a Comunidade Educativa, as condições técnicas e humanas necessárias à integração e sucesso escolar das crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais. Reforço dos Recursos Humanos e Técnicos a) Em articulação com as estruturas responsáveis das escolas e com as Associações de Pais, exigir ao Ministério da Educação o aumento do número de Assistentes Operacionais e outro pessoal necessário ao normal funcionamento das escolas e ao acompanhamento dos alunos; b) Exigir a criação de equipas multidisciplinares que garantam o acompanhamento social e psicológico dos alunos; c) Apoiar as Associações de Pais e Encarregados de Educação no desenvolvimento das suas actividades, auscultando-as sobre as suas reivindicações e envolvendo-as nas decisões sobre a política educativa. 7.2 Escolas do 2.º e 3.º ciclo Exigir do Ministério da Educação: a) O cumprimento do protocolo para a construção da Escola EB 2,3 da Ribeirada, em Odivelas; b) A Remodelação da EB 2,3 dos Castanheiros, em Caneças; c) A Construção de uma Escola EB 2,3 em Famões. 7.3 Conselho Municipal de Educação Dinamizar e valorizar o papel do Conselho Municipal de Educação, dando expressão pública às suas actividades e deliberações. 8. Cultura, Desporto e Associativismo A Cultura, o Desporto e o Associativismo assumem no quadro das preocupações da CDU uma importância vital. Assumimos o associativismo local como um parceiro estratégico no desenvolvimento de dinâmicas que permitam a universalização e a democratização do acesso à cultura e desporto a TODOS os munícipes. O estabelecimento de parcerias e o significativo aumento dos apoios prestados às associações locais é um compromisso da CDU. Um desporto verdadeiramente para todos e uma acção cultural que envolva as populações e os agentes culturais são o garante de uma sociedade desenvolvida e igualitária. 8.1 - Associativismo Popular a) Criar um fórum de discussão anual para definição das principais linhas estratégicas de intervenção do município na área do associativismo popular; b) Criar e dotar dos meios necessários o gabinete de apoio ao associativismo com valências de apoio jurídico e contabilístico. Este gabinete prestará ainda apoio na instrução dos processos conducentes à criação de novas associações; c) Dinamizar a “Mostra do Associativismo Popular”; d) Aprofundar as parcerias com a Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura e Recreio tendo em vista a adequada formação dos dirigentes associativos e a valorização da sua acção; 15 e) Criar o cartão do “Dirigente Associativo” com um conjunto de estímulos à participação na vida associativa por parte da população do concelho. 8.2 - Desporto a) Criação do conselho municipal de desporto com a participação dos agentes desportivos do concelho (escolas e colectividades); b) Recuperação dos terrenos municipais do complexo desportivo das Colinas do Cruzeiro, antigas instalações desportivas do Odivelas Futebol Clube, privilegiando a rentabilização conjunta do associativismo desportivo e da comunidade local; c) Aumento das verbas atribuídas ao associativismo desportivo no âmbito dos programas de apoio, com a introdução de mais linhas de apoio, nomeadamente: apoio à requalificação e beneficiação de instalações, apoio à aquisição de viaturas, apoio à aquisição de equipamento; d) Dinamizar um programa de apoio específico ao desporto de formação, com incentivos à prática desportiva federada; e) Promover a organização conjunta com o tecido associativo de iniciativas populares desportivas dirigidas designadamente às crianças e jovens do nosso concelho. 8.3- Cultura a) Garantir a qualidade da programação artística do Centro Cultural da Malaposta, reequacionando o seu modelo de gestão; b) Promover e valorizar o património cultural e incentivar a criação e a produção artística; c) Requalificar e reactivar o Auditório São José na Póvoa de Santo Adrião; d) Apoiar as marchas populares; e) Apoiar as associações de cultura e recreio bem como as associações de artistas e Artesãos do Concelho, através da reformulação do Programa de Apoio ao Associativismo Cultural; f) Dar prioridade à população e aos agentes locais (associativos e empresariais) no usufruto da Quinta das “Aguas Férreas”, democratizando e universalizando assim o acesso a todos os munícipes àquele espaço; g) Realizar no âmbito das comemorações do dia internacional da música, um evento valorizador das diferentes expressões musicais existentes no concelho, nomeadamente, Ranchos Folclóricos, Bandas Filarmónicas, grupos corais, e outros; h) Assinalar o aniversário do Concelho através da realização de um conjunto vasto de iniciativas culturais descentralizadas por toda a área do município; i) Requalificar a rede de bibliotecas municipais, através da realização das obras de conservação e manutenção necessárias e promover significativamente o aumento do acervo documental. 9 – Juventude A CDU promoverá uma política para a juventude que coloque a Câmara Municipal de Odivelas como seu aliado na denúncia das consequências das políticas de sucessivos governos geradores de elevado desemprego entre os jovens, que desinveste na educação, no desporto, na cultura, que os empurra para a emigração. As políticas municipais terão como objectivos a criação de novas oportunidades para os jovens, em diversos domínios da vida municipal. Uma acção que será concretizada com os jovens e as suas associações. 16 a) Promover a “ExpoJovem Odivelas”, espaço de divulgação dos projectos juvenis; b) Dinamizar espaços de estudo coletivos com horários alargados e acesso gratuito à Internet; c) Dinamizar o espaço “Casa da Juventude” com iniciativas e projectos dirigidos aos jovens; d) Redefinir os objectivos e linhas de apoio do Programa Apoio ao Associativismo Juvenil (PAJO); e) Criar espaços virados para jovens e para os seus interesses, que contem com o apoio de programas de ocupação e animação; f) Comemorar o Dia Internacional da Juventude, através de um ciclo de iniciativas que envolvam as associações e entidades locais (Festival Odivelas Jovem). 10 - Segurança e Proteção Civil a) Interceder junto da Administração Central, exigindo o reforço dos meios humanos da PSP para que esta active as patrulhas de visibilidade e proximidade de forma a melhorar o sentimento de segurança pública em todo o concelho; b) Reforçar o apoio financeiro às associações de Bombeiros de Caneças, Odivelas e Pontinha, tendo em conta os cortes no financiamento para reequipamento que estas sofreram nos últimos 4 anos; c) Apoiar as Associações de Bombeiros na adaptação às novas áreas de actuação por força da lei da união das freguesias; d) Apoiar as estruturas de radioamadores incentivando o seu empenhamento nas missões de protecção civil; e) Reforçar os projectos de sensibilização em todas as escolas do concelho; f) Realizar a exposição anual dos agentes de protecção civil, de forma a divulgar as boas práticas destes agentes de protecção e socorro no nosso concelho; g) Proceder à limpeza dos terrenos municipais que representem perigo de incêndio e exigir igual procedimento nos terrenos de propriedade privada; h) Serão garantidas todas as competências municipais no âmbito da protecção civil, assegurando o funcionamento da Comissão Municipal de Protecção Civil e a execução dos respectivos Planos Municipais de emergência, de defesa da floresta contra incêndios, de segurança das escolas do 1.º ciclo do ensino básico, nas zonas de risco do concelho; i) Será assegurado o apoio municipal essencial ao funcionamento e à elevada operacionalidade e prontidão das Associações de Bombeiros Voluntários do Concelho. 11 - Defesa do poder local democrático e respeito pelas competências dos órgãos, municipais e de freguesia a) Exigir o integral respeito pela autonomia política, administrativa e financeira do poder local; b) Exigir a revogação da lei da reorganização administrativa -extinção de freguesias; c) Valorizar o papel da Assembleia Municipal e das suas competências, disponibilizando atempadamente toda a informação e dotando-a com os meios logísticos e humanos para o cabal cumprimento das suas funções; d) Aprofundar o protocolo de delegação de competências, reforçando o os meios financeiros às Juntas de Freguesia. 17 12-Renegociação das parcerias Público-privadas As PPP feitas pela actual gestão do PS, para a construção da escola EB/JI dos Apréstimos e do Pavilhão Multiusos constituíram um negócio ruinoso que penaliza fortemente os orçamentos municipais durante 25 anos. Tais parcerias são o expoente máximo de uma gestão incompetente que permite aos grupos privados lucros escandalosos à custa do erário público! Das PPP resultaram encargos mensais médios ponderados de cerca de 210 000 euros, durante 25 anos. A continuar o negócio na forma atual, o montante global dos encargos chega ao escandaloso valor de sessenta e três milhões de euros. (63 000 000 €). A CDU tudo fará para renegociar tais parcerias e libertar os orçamentos municipais dos elevados encargos delas resultantes. O Projeto O-Tech, que incluía a construção de um Pólo Tecnológico em Famões, não se concretizou. Consequentemente, continua por resolver o aproveitamento e recuperação dos terrenos da antiga Cometna, os quais se encontram num inconcebível estado de abandono e degradação, bem como a utilização do terreno municipal das Granjas Novas, cedidos pelo município à Luso-capital no âmbito deste projecto. A CDU considera que o terreno das Granjas Novas tem que voltar à posse do município, onde deve ser construído o PARQUE URBANO DAS GRANJAS NOVAS. Um parque verde, lugar de lazer e de prática desportiva acessível a uma significativa parcela dos habitantes do Concelho. A CDU promoverá as diligências necessárias com os proprietários dos terrenos da Cometna para encontrar uma solução conveniente para a utilização daqueles terrenos. No imediato diligenciaremos para que os proprietários procedam à sua limpeza. 13-Actividades económicas É essencial definir uma política municipal orientada na afirmação de orientações que visem reduzir as suas características de dormitório, que afirmem a necessidade de criação de emprego no concelho, no sector privado e público, como factores essenciais ao seu desenvolvimento económico e social. Mais e melhores serviços públicos – escolas, serviços desconcentrados da segurança social, centros de saúde, entre outros – assumem particular relevância para o futuro do Concelho. De igual modo que é necessário a adopção de medidas que valorizem as actividades económicas que criam emprego no Concelho, a par do apoio à fixação de novas empresas que representam um contributo à redução do desemprego, designadamente entre jovens. Deverão, igualmente ser consideradas medidas que contribuam para diminuir as dificuldades com que o comércio local se confrontam avaliando a possibilidade de se isentar ou reduzir temporariamente algumas taxas municipais – reclames, toldos, utilização da via pública, entre outras. a) Analisar os critérios de isenção da Derrama para empresas tendo em conta designadamente o seu volume de facturação e a criação de postos de trabalho; b) Apoiar a Revitalização e Modernização do Comércio Local e reequacionar as taxas de ocupação de via publica minorando assim os encargos no sector da restauração; c) Planear a criação de novos pólos empresárias em harmonia com os instrumentos estratégicos de gestão territorial, nomeadamente o PDM; 18 d) Defender a restrição dos horários das grandes superfícies; e) Racionalizar, modernizar e potenciar a rede de Mercados Municipais e Feiras, com uma participação activa dos comerciantes e da população; f) Criar condições de apoio à fixação de empresas, através de espaços de incubação onde poderão ser acolhidos projectos de empresas emergentes nas áreas, por exemplo, da arquitectura, artes visuais e antiguidades, artesanato e joalharia, design, moda vídeo e audiovisual, publicidade, software educacional e de entretenimento, edição, serviços de informática, entre outras; g) Criação de uma plataforma de informação, pesquisa e interacção agilizada com os agentes económicos, investidores e munícipes em geral; h) Realização da Mostra Anual das Actividades Económicas do Concelho; Projecção a nível regional e nacional dos seus produtos tradicionais e de grande qualidade, como é o caso da “Marmelada Branca de Odivelas”; i) Planear e programar as obras públicas, em diálogo estreito com as associações e comerciantes, a fim de minimizar os efeitos no comércio; j) Promover a diminuição gradual dos prazos de pagamento aos fornecedores de serviços e bens com prioridade para as empresas do concelho e com menores valores de facturação. 19