Jornal do Centro Espírita Irmao Clarêncio
Rua Begônia , 98 - Vila da Penha - RJ / CEP : 21.210-220
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Ano VIII - Edição 95 - Agosto / 2011
r Biblioteca “ Antônio Vieira
Mendes ”
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direito a empréstimos de livros
gratuitamente.
r Campanha
Doe uma lata de leite em pó desnatado
(não serve leite modificado) e
colabore com o trabalho de assistência
aos idosos da Obra Social Antônio
de Aquino ( obra social do Centro
Espírita Léon Denis ).
r Artesanato
Dia - toda segunda-feira.
Hora - 14:00
Local - C.E.Irmão Clarêncio.
r Curso de Alfabetização para
Adultos
Dias : 2ª a 5ª feira.
Horário : 17:30 às 19:00.
Local : C.E.Irmão Clarêncio.
r Visita aos idosos do “Abrigo
Cristo Redentor”.
Local : Av dos Democráticos, n° 1.090
Bonsucesso.
Dia: todo 1° domingo de cada mês.
Hora: das 15 às 17 horas
r Visita aos enfermos nos
hospitais.
r Visita aos enfermos nos lares
em vários dias e horários.
r Confecção e distribuição de
“quentinhas” aos irmãos em
situação de rua .
Dia: toda sexta-feira.
Confecção : 13 h , no “Centro Espírita
Irmão Clarêncio”
Distribuição : à noite.
Para participar das Frentes de Trabalho
acima citadas, o voluntário deverá dirigir-se
ao Departamento Mediúnico Yvonne
Pereira (DMYP),do Centro Espírita
Irmão Clarêncio, para obter orientação.
E
Editorial
A Arte de Ouvir
Caro leitor
C
om muita alegria retornamos com mais uma edição do Clareando e,
como de costume, trazemos muitas reflexões e ensinamentos que a
Doutrina Espírita nos proporciona.
Aproveitamos para parabenizar todos os pais e fortalecer-lhes o ânimo na trajetória de
educar e orientar as almas que Deus lhes confiou. Como instrumento importante nesta
tarefa podemos citar o “saber ouvir” para bem orientar as ideias dos filhos e também de
todos com os quais convivemos.
“Saber ouvir” também nos proporciona muito aprendizado; como nos diz o
ditado, “ os que aprendem conosco são os que mais nos ensinam”.
Mas “saber ouvir” é uma tarefa de amor; requer determinadas posturas. Trazemos
um texto que irá nos ajudar a refletir sobre “como ouvir”.
“Saber ouvir” é uma arte que precisamos desenvolver.
E, como Jesus nos disse :“Quem tem ouvidos de ouvir, ouça.” (Mateus, 11:15)
Que Deus nos ajude neste aprendizado.
Grande abraço.
Nesta Edição :
Mensagem:
pág.3 Inácio.
Céu e Inferno:
pág.4 Esperanças e Consolações
pág.5
Artigo:
Estudo à Luz de Velas
Vida:
pág.6 Uma Dádiva de Deus
pág.7
Artigo:
Saber Ouvir
Especial:
pág.9 Carta aos Pais
Aprendendo com Ignácio
pág.10 Bittencourt
pág.11
Personalidade Espírita:
Arthur Conan Doyle
Família na Visão Espírita:
pág.12 Preparo para a Vida
Suplemento
pág.13 Infanto-Juvenil
R
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 2 Reflexão
N
ão desista dos seus sonhos, para que o pesadelo da desesperança e do
pessimismo não venha a perturbar as suas noites de sono.
Se ainda não conseguiu a vitória, a realização de suas aspirações, tente
mais um pouco, pois é subindo e superando as pedras do caminho que conseguirá alcançar um lugar mais alto no monte da vida.
Sonhe. Mas, não tire os pés do solo, para que o que deseja alcançar não se perca
na escuridão.
Persista.
Convite
Venha estudar conosco
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Fonte: Pensando Positivo
Autor: Valdemir P. Barbosa
Editora Otimismo (www.editoraotimismo.com.br)
S
Semeando o Evangelho de Jesus
Será repreensível notarem-se as imperfeições dos outros, quando daí nenhum proveito possa
resultar para eles, uma vez que não sejam divulgadas?
T
udo depende da intenção. Decerto, a ninguém é defeso ver o mal, quando
ele existe. Fora mesmo inconveniente ver em toda a parte só o bem.
Semelhante ilusão prejudicaria o progresso. O erro está no fazer-se
que a observação redunde em detrimento do próximo, desacreditando-o, sem
necessidade, na opinião geral. Igualmente repreensível seria fazê-lo alguém
apenas para dar expansão a um sentimento de malevolência e à satisfação de apanhar os outros em falta. Dá-se inteiramente o contrário quando,
estendendo sobre o mal um véu, para que o público não o veja, aquele que
note os defeitos do próximo o faça em seu proveito pessoal, isto é, para
se exercitar em evitar o que reprova nos outros. Essa observação, em suma, não é proveitosa ao moralista? Como pintaria
ele os defeitos humanos, se não estudasse os modelos?
S. Luís. (Paris, 1860)
Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. X, Item 20
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Gotas de Luz
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"Admitir a verdade, procurá-la e acreditar nela são atitudes para todos; contudo, reter a fé viva constitui a realização
divina dos que trabalharam, porfiaram e sofreram para adquiri-la."
"O trabalho digno é a oportunidade santa. Dentro dos círculos do serviço, a atitude assumida pelo homem honrarlhe-á ou desonrar-lhe-á a personalidade eterna, perante Jesus Cristo."
"Jamais atingiremos nossos objetivos, torturando chagas, indicando cicatrizes, comentando defeitos, ou atirando
espinhos à face alheia. Compreensão e respeito devem preceder-nos a tarefa em qualquer parte."
"Ora e vigia. Ama e espera. Serve e renuncia. Se não te dispões aproveitar a lição do Mestre Divino, afeiçoando a
própria vida aos seus ensinamentos, a tua fé terá sido vã."
Fonte: Pão Nosso.
Espírito : Emmanuel.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier.
Seleção de textos :
Mário Sérgio de S. Esteves
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Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 3 Mensagem
“Sede indulgentes com as faltas dos outros, quaisquer que sejam; julgai com severidade
unicamente as vossas ações; o Senhor será indulgente convosco assim como usardes de
indulgência para com os outros.” (Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. X : 17)
Irmãos e Irmãs, que a paz de Jesus prevaleça em nossas almas.
M
uitos questionam o porquê de ser indulgente, pois segundo eles, seria uma
forma de incentivar as ações, posturas, atitudes, de certa forma, inconvenientes diante da Lei Maior de Deus.
Há aqueles que afirmam que o rigor é necessário, que a disciplina não pode
faltar para corrigir o caráter daqueles que, dentro da vida material, percorrem
caminhos que lhes trazem prejuízos, como também trazem prejuízos à sociedade.
E muitas outras observações são atinentes ao tema abordado da noite de hoje,
mas, no entanto, seria interessante observarmos e verificarmos se aqui não estamos todos buscando a indulgência de Deus para com as nossas faltas, para com
os nossos erros, para com os pecados que cometemos e que, naqueles momentos
de reflexão, chegamos à conclusão de que precisamos buscar, de alguma forma, a
calma íntima e paz da nossa consciência.
Através das religiões, buscamos a sintonia com esse Deus, com esse Pai de misericórdia e, justamente, esperamos da parte dele a indulgência num grau infinito,
numa capacidade muito além da nossa compreensão, que nos perdoe, que nos
compreenda e que nos conceda novas oportunidades de nos reequilibrarmos, de
nos fortalecermos e de nos enquadrarmos, cada vez mais, dentro das suas leis.
Portanto, se de nossa parte necessitamos tanto da indulgência de Deus, pois
sendo filhos dele e sendo irmãos uns dos outros, por que não cultivarmos a indulgência para que, de certa forma, através dela, possamos conviver melhor uns
com os outros, em nossos lares, em nossos templos, em nossos locais de trabalho,
em nosso convívio social? Como está colocado no texto do Evangelho Segundo
o Espiritismo, todo aquele crítico excessivo acaba matando em sua alma o sentimento positivo de ser indulgente, atraindo para si as antipatias e irritações daquele que lhe é alvo do apontamento, sem que a observação feita esteja ungida pela
indulgência e pelo amor.
Olhemo-nos uns aos outros e, como nos perguntou uma vez Jesus: “Que atire
a primeira pedra, aquele que esteja sem pecado.” Repitamos constantemente essa
pergunta que o Senhor lançou ao tempo e que é tão oportuna nos tempos atuais,
para que possamos refletir e pesarmos o quanto precisamos ainda da indulgência
do próximo e quanto o próximo necessita também da nossa indulgência.
Não se trata aqui de incentivarmos erros e posturas criminosas dentro da vida,
mas estendermos a compreensão e a oportunidade de soerguimento daquele que
cai, porque tanto quanto ele, nós também, por nossa vez, necessitamos dessa
mesma compreensão e de mãos que se estendam em nossa direção, para que possamos nos levantar e prosseguir na nossa caminhada evolutiva.
Portanto, meditemos, façamos as nossas reflexões em torno da indulgência e
nos perguntemos como estamos nos saindo em relação à indulgência dentro da
vida, uns para com os outros.
Que a Paz de Jesus nos envolva, que a Paz de Jesus nos ampare e sustente, acalentando-nos a alma para que possamos sair deste ambiente, mais reconfortados e
fortalecidos.
O abraço do amigo,
Inácio
(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Joaquim Couto no CEIC em 29 de junho de 2011)
"Em Setembro"
 Manhã de Es t ud o
Dia - 04 / 09 / 2011
Horário - 9:00 às 11:00
Tema - Valorização da Vida /
A prevenção contra o Suicídio
segundo a Doutrina Espírita.
Palestrante : André Trigueiro.
Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio
(Rua Begônia, 98 - Vila da Penha)
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 22º Encontro
Espírita sobre
Bezerra de Menezes
Dia -11 / 09 / 2011
Horário - 8:00 às 13:00
Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio
(Rua Begônia, 98 - Vila da Penha)
u
 18º Encontro
Espírita sobre
Je s u s
Dia -25 / 09 / 2011
Horário - 8:00 às 13:00
Local - Centro Espírita Irmão Clarêncio
(Rua Begônia, 98 - Vila da Penha)
Às 8:00 horas será servido um saboroso
"Café da Manhã" e após os Estudos teremos o tradicional "Almoço Fraterno".
Noite Dançante de Caldos
Dia - 07/08/2011
Horário - 16:00 às 20:00
Local - Salão de Festas
(RuaTomás Lopes , 942 -Vila da Penha)
C
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 4 Céu e Inferno - Esperanças e Consolações
Depoimento de um Espírito em
condição mediana
Sra. Hélène Michel
J
ovem de 25 anos, falecida subitamente no lar, sem sofrimentos, sem causa
previamente conhecida. Rica e um tanto frívola, a leviandade de caráter
predispunha-a mais para as futilidades da vida do que para as coisas sérias.
Não obstante, possuía um coração bondoso e era dócil, afetuosa e caritativa.
Evocada três dias após a morte por pessoas conhecidas, exprimia-se assim:
"Não sei onde estou... que turbação me cerca! Chamaste-me, e eu vim. Não compreendo
por que não estou em minha casa; lamentam a minha ausência quando presente estou,
sem poder fazer-me reconhecida. Meu corpo não mais me pertence, e no entanto eu lhe
sinto a algidez.. Quero deixá-lo e mais a ele me prendo, sempre... Sou como que duas
personalidades... Oh! quando chegarei a compreender o que comigo se passa? É necessário
que vá lá ainda... meu outro eu, que lhe sucederá na minha ausência? Adeus."
Nota - O sentimento da dualidade que não está ainda destruído por uma
completa separação, é aqui evidente. Caráter volúvel, permitindo-lhe a posição
e a fortuna a satisfação de todos os caprichos, deveria igualmente favorecer as
tendências de leviandade. Não admira, pois, tenha sido lento o seu desprendimento,
a ponto de, três dias após a morte, sentir-se ainda ligada ao invólucro corporal. Mas,
como não possuísse vícios sérios e fosse de boa índole, essa situação nada tinha de
penosa e não deveria prolongar-se por muito tempo. Evocada novamente depois
de alguns dias, as suas ideias estavam já muito modificadas. Eis o que disse:
"Obrigada por haverdes orado por mim. Reconheço a bondade de Deus, que me
subtraiu aos sofrimentos e apreensões consequentes ao desligamento do meu Espírito. A
minha pobre mãe será dificílimo resignar-se; entretanto será confortada, e o que a seus
olhos constitui sensível desgraça, era fatal e indispensável para que as coisas do Céu se
lhe tornassem no que devem ser: tudo. Estarei ao seu lado até o fim da sua provação
terrestre, ajudando-a a suportá-la. Não sou infeliz, porém, muito tenho ainda a fazer
para aproximar-me da situação dos bem aventurados. Pedirei a Deus me conceda
voltar a essa Terra para reparação do tempo que aí perdi nesta última existência. A fé
vos ampare, meus amigos; confiai na eficácia da prece, mormente quando partida do
coração. Deus é bom."
Pergunta : Levastes muito tempo a reconhecer-vos?
Resposta : – Compreendi a morte no mesmo dia que por mim orastes.
Pergunta : Era doloroso o estado de perturbação?
Resposta : – Não, eu não sofria, acreditava sonhar e aguardava o despertar. Minha vida
não foi isenta de dores, mas todo ser encarnado nesse mundo deve sofrer.Resignando-me
à vontade de Deus, a minha resignação foi por Ele levada em conta. Grata vos sou pelas
preces que me auxiliaram no reconhecimento de mim mesma.Obrigada; voltarei sempre
com prazer. Adeus.
Hélène."
Convite
Venha estudar conosco
O Cé u e o In f e r no
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
Radio
Rio de Janeiro
1400 khz AM
“A emissora da Fraternidade”
Estrada do Dendê, nº 659
Ilha do Governador
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Visite o site e ouça a programação
www.radioriodejaneiro.am.br
Espiritismo na
Web
www.searabendita.org.br
( Casa Espírita Seara Bendita )
www.cobem.org.br
( Casa da Oração Bezerra de Menezes )
http://peloscaminhosdaevangelizacao.
blogspot.com
( Blog de Evangelização Espírita)
Fonte: O Céu e o Inferno, Allan Kardec , 2ª Parte, Capítulo III
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Gotas de Luz
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"O cristão sem reforma interna dispõe apenas das plantas do serviço.
O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do
Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo."
" Guardemos reflexão e prudência,
mas destruamos a amargura
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injustificável, para que não perturbemos a obra do Mestre e para que
os nossos amados não se privem da graça de Deus."
Fonte: Vinhas de Luz
Espírito : Emmanuel.
Psicografia : Francisco Cândido Xavier.
Seleção de textos :
Mário Sérgio de S. Esteves
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Atenção
Curso de Atualização para
todos os Médiuns
Agosto : dia 27 / Sábado
Horário : 16 horas
Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio
Presença Indispensável
“O que torna um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá”
(Allan Kardec)
A
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 5 Artigo
Autora :
Luzia Mathias
Estudo à Luz de Velas
Q
uem diz que não tem tempo
para estudar a Doutrina
Espírita, que conheça um
pouco da história do autodidata Léon
Denis. Ele nasceu na classe operária,
passou privações na infância e recebeu
instrução bem sumária.
Apesar dessas adversidades, na França
da segunda metade do século XIX, não
desanimou, seguiu em frente e venceu.
Tornou-se poeta, destacou-se na tribuna,
escreveu vários livros e brilha até hoje na
constelação dos grandes nomes do Espiritismo. Léon Denis seguiu fielmente o
seu lema: “Sempre para mais alto!” Subiu
muito em seus 81 anos de existência.
Subiu no conceito dos homens e, principalmente, no conceito de Deus.
Exatamente no dia 12 deste mês,
completaram-se 72 anos do desencarne
deste Apóstolo da Terceira Revelação,
que teve por missão principal consolidar
na França o trabalho desenvolvido por
Allan Kardec.
Passados tantos anos, suas obras
continuam atualíssimas, constituindo material indispensável àqueles
que pretendam aprofundar o estudo
do Espiritismo. Para produzir seus
quinze livros, Léon Denis pesquisou
sobre a vida de Joana d’Arc ; analisou
Rochas, Bozzano e por seu amigo pessoal,
também espírita, Gabriel Delanne.
A pergunta que pode ocorrer ao leitor
é esta: em que Liceus ou Universidades
teria Léon Denis adquirido tanto saber?
os críticos do Espiritismo (católicos,
protestantes e materialistas); sondou as
doutrinas ocultas, incluindo os clássicos
de Helena Blavatsky; consultou Ovídio,
Virgílio, Platão e outros pensadores;
esquadrinhou a personalidade humana,
recorrendo a William James ; mergulhou nos livros sagrados de todas as
religiões; acompanhou os estudos psíquicos desenvolvidos por Charles Richet, de
Campanha CEIC
Aí está um mistério, que este artigo desvenda àqueles que ainda não
conhecem a vida e as obras de Léon
Denis. Ele foi pobre na infância - consta em suas biografias que chegou a sofrer
privações - e ainda tinha problemas visuais.Eis o que nos conta:
“Obrigado durante o dia a ganhar o meu
pão e o de meus idosos pais, reservei muitas
noites para os estudos, no intuito de completar minha bagagem de conhecimento. Desde
então data o enfraquecimento prematuro de
minha visão”.
Depois deste esclarecimento, podemos
vê-lo, após um dia de trabalhos braçais,
curvado sobre os livros, à luz de velas
ou candeeiros, com aplicação e assiduidade.
Passados tantos anos, parece ainda
dizer-nos, com o seu exemplo, que
ninguém, por maiores que sejam as
dificuldades, está impedido de crescer e
de alargar os próprios horizontes.
( Retirado da Revista Estudos Espíritas / Abril de
1999 / Edições Léon Denis )
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Centro Espírita
Irmão Clarêncio
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Contato : Jorgina V.Souza
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Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 6 Clareando as Ideias com Kardec
Influência oculta dos Espíritos em
nossos pensamentos e atos
Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos?
“Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto, que, de ordinário, são eles
que vos dirigem.”
De par com os pensamentos que nos são próprios, outros haverá que nos sejam sugeridos?
“Vossa alma é um Espírito que pensa. Não ignorais que, frequentemente, muitos
pensamentos vos acodem a um tempo sobre o mesmo assunto, não raro, contrários
uns dos outros. Pois bem! No conjunto deles, estão sempre de mistura os vossos
com os nossos. Daí a incerteza em que vos vedes. É que tendes em vós duas ideias a
se combaterem.”
Como havemos de distinguir os pensamentos que nos são próprios dos que nos são sugeridos?
“Quando um pensamento vos é sugerido, tendes a impressão de que alguém vos
fala. Geralmente, os pensamentos próprios são os que acodem em primeiro lugar.
Afinal, não vos é de grande interesse estabelecer essa distinção. Muitas vezes, é
útil que não saibais fazê-la. Não a fazendo, obra o homem com mais liberdade.
Se se decide pelo bem, é voluntariamente que o pratica; se toma o mau caminho,
maior será a sua responsabilidade.”
Como distinguirmos se um pensamento sugerido procede de um bom Espírito ou de
um Espírito mau?
“Estudai o caso. Os bons Espíritos só para o bem aconselham. Compete-vos discernir.”
Convite
Venha estudar conosco
O Li v ro d os Espí r i t o s
Allan Kardec
Procure a Secretaria de Cursos
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Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questões 459, 460, 461 e 464.
V
Vida : uma Dádiva de Deus
Suicídio : Solução Ineficaz
“A calma e a resignação hauridas da maneira de considerar a vida terrestre e da confiança no futuro
dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo contra a loucura e o suicídio.”
(O Evangelho Segundo o Espiritismo,Capítulo V, Item 14)
Donde nasce o desgosto da vida, que, sem motivos plausíveis, se apodera de certos indivíduos?
“Efeito da ociosidade, da falta de fé e, também, da saciedade.Para aquele que usa de suas faculdades
com fim útil e de acordo com as suas aptidões naturais, o trabalho nada tem de árido e a vida se escoa mais rapidamente. Ele lhe suporta as vicissitudes com tanto mais paciência e resignação, quanto
obra com o fito da felicidade mais sólida e mais durável que o espera.”
Agora o
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Irmão Clarêncio"
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Tem o homem o direito de dispor da sua vida?
“Não; só a Deus assiste esse direito. O suicídio voluntário importa numa transgressão desta lei.”
Que se deve pensar do suicídio que tem como causa o desgosto da vida?
“Insensatos! Por que não trabalhavam? A existência não lhes teria sido tão pesada.”
E do suicídio cujo fim é fugir, aquele que o comete, às misérias e às decepções deste mundo?
“Pobres Espíritos, que não têm a coragem de suportar as misérias da existência! Deus ajuda
aos que sofrem e não aos que carecem de energia e de coragem. As tribulações da vida são provas ou expiações. Felizes os que as suportam sem se queixar, porque serão recompensados! Ai,
porém, daqueles que esperam a salvação do que, na sua impiedade, chamam acaso, ou fortuna!
O acaso, ou a fortuna, para me servir da linguagem deles, podem, com efeito, favorecê-los por
um momento, mas para lhes fazer sentir mais tarde, cruelmente, a vacuidade dessas palavras.”
Os que hajam conduzido o desgraçado a esse ato de desespero sofrerão as consequências
de tal proceder?
“Oh! Esses, ai deles! Responderão como por um assassínio.”
Fonte: O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, Questões 943, 944, 945 e 946.
Poema
Quem ajuda se ajuda
Já dizia o Homem Bom.
Quando eu doo, eu me dou
Oportunidade de transformação.
Autora: Uma trabalhadora da
Casa de Clarêncio
A
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 7 Artigo
Autor :
Umberto Ferreira
O Inferno à Luz da Doutrina Espírita
A
ideia mais comum de inferno
como um determinado local,
no interior da Terra, onde as
almas são condenadas a viver, eternamente, em verdadeiro suplício como
consequência dos erros cometidos, não
é aceita pelo Espiritismo.
De acordo com a Doutrina Espírita,
o inferno é estado íntimo do espírito,
ainda sintonizado com o mal, seja desencarnado ou encarnado. Mas é uma
situação temporária, da qual se liberta
com o progresso moral, conquistado
através das encarnações. Não é uma
situação permanente, irreversível.
Pode-se argumentar que o próprio
Cristo ameaçou os homens maus com
o fogo eterno. Sem dúvida, se pesquisarmos nas traduções tradicionais dos
textos evangélicos, encontraremos a
referência de Jesus ao fogo eterno. Mas,
se aprofundarmos um pouco mais no
estudo, veremos que o pensamento de
Jesus não é draconiano.
Carlos Torres Pastorino, que era
professor de grego na Universidade de
A
Brasília, em seus estudos evangélicos,
esclarece-nos que a palavra grega que
adjetiva o substantivo fogo não foi
adequadamente traduzida, porquanto
a melhor tradução não é “eterno”, mas
sim “imanente”.
A mudança de sentido é muito grande.
Imanente se refere ao estado íntimo da
criatura e não tem o caráter de irreversibilidade que tem o adjetivo eterno.
Com esta tradução, o pensamento
de Jesus fica mais coerente com a sua
personalidade, que exterioriza profundo
amor e misericórdia.Como afirmamos
acima, o inferno íntimo pode ser um
estado do espírito encarnado, mas é pior após a desencarnação, porque o
corpo material como que amortece a
dor da consciência.
No Mundo Espiritual, o espírito
compreende melhor as leis de Deus e
percebe, com mais nitidez, a gravidade
dos erros cometidos, motivo por que
sofre mais.
Um outro aspecto que precisa ser ressaltado é que os espíritos endurecidos,
Artigo
vinculados ao mal, permanecem, por
tempo mais ou menos longo, em regiões
denominadas por André Luiz de umbral.
Neste estado, o espírito sofre muito.
Embora o umbral corresponda, em
vários aspectos, ao inferno descrito
classicamente, a permanência do espírito nessa situação é temporária e depende dele mesmo, que sairá, tanto mais
rapidamente, quanto mais cedo mudar
a sua situação íntima, manifestando o
desejo de melhorar.
Os “demônios” que se encontram naquelas regiões são espíritos de pessoas de
índole má, que se recusam a melhorar-se.
Os espíritos bons e os que não são
endurecidos, após a desencarnação,
habitam em colônias espirituais, onde
a vida é melhor do que a da Terra.
Os espíritos que se melhoram no
umbral também são recolhidos a colônias, naturalmente menos evoluídas, mas
onde o bem domina completamente.
Compete, pois, à própria pessoa edificar, ou se libertar do inferno interior.
Fonte: Revista Espírita Allan Kardec – ano II, nº 8
Autor :
Aylton Paiva
Saber Ouvir
P
ara o nosso bem-estar é muito
importante saber ouvir.
Existem casos em que as pessoas
aprendem a falar, a se comunicar, aprimorando a articulação das palavras, a
entonação da voz, a sincronia entre a voz
e os gestos.
Existem técnicas para o domínio do
diálogo, controle do grupo de que se
participa, meios de convencer as pessoas
a respeito de um determinado assunto.
Os espíritas também se aprimoram
quanto à melhor forma de transmitir a
Doutrina Espírita.
Opinamos que, ao lado do aprimoramento do como falar, cada vez mais
se tornam imperiosos cursos e treinamentos do como ouvir.
Geralmente, as pessoas estão de tal
forma preocupadas em falar, que não
têm paciência ou a caridade de ouvir.
Esse estado mental tem sido fato gerador
de muitos conflitos que se iniciam dentro
do lar e se alastram pelo campo do trabalho profissional, religioso, cultural e até
mesmo de lazer.
Saber ouvir... como é importante!
Pacientemente saber ouvir o outro,
penetrar calma e tranquilamente no
que a outra pessoa quer nos dizer.
Respeitar seus pontos de vista, mesmo
que, respeitosamente, discordando.
Interessar-se pelo que a outra pessoa
está procurando nos transmitir.
Mostrar pela expressão do rosto, pelo
silêncio, pelo sorriso e pela gesticulação
que nós estamos ouvindo-a, compreendendo-a, penetrando em seu campo
mental.
Saber ouvir também é uma forma de
amar o próximo, pois é preciso despirse do egoísmo e do orgulho.
Saber ouvir é oportunidade de enriquecer-se intelectual e espiritualmente.
Saber ouvir é tão importante como
saber falar.
Entre duas pessoas ou em um grupo,
aquele que não ouve e fala sem parar
quer ser o centro das atenções; manifesta,
assim, seu nível de egoísmo e orgulho.
Saber ouvir é, também, oportunidade
de desenvolver a memória auditiva.
Sempre que se instala uma discussão,
dificilmente uma pessoa tem a paciência
de ouvir o que a outra está dizendo,
pois enquanto uma fala a outra está,
mentalmente, arrumando os seus argumentos para se impor, desligando-se dos
pensamentos e ideias que a opositora
está apresentando.
(continua na página 8) 
A
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 8 Cursos no C.E.I.C.
Artigo
Dia: Terça-feira / 19:30 às 21:00
S a b e r O u v i r (continuação)
Exercitemo-nos no hábito do diálogo,
pensarmos menos em nós e mais no que
a outra pessoa está dizendo.
Esse salutar e fraterno exercício deve
começar dentro do próprio lar e estender-se ao ambiente de trabalho, no
núcleo religioso de que participamos,
nos grupos de lazer e até mesmo nos
contatos informais, na rua.
Quando não concordamos com as
ideias ou conceitos que alguém nos esteja
expondo, será caridoso esperarmos a
pessoa terminar de expor seus pontos de
vista e só então, após criteriosa reflexão,
refutarmos seus argumentos.
Exercitemos, pois, a paciência, na
capacidade de ouvir o próximo.
Paciência, arrumando tempo para ouvir
o outro, dentro do prazo necessário.
Paciência, para ouvir, mesmo que o
assunto não nos interesse, no momento.
Paciência, com a forma cansativa como
a pessoa, às vezes, expõe suas ideias.
Paciência, quando já conhecemos o
assunto que nos está sendo contado.
A impaciência, ao ouvir, dilui a atenção,
impede a compreensão e se torna matriz
geradora de desentendimentos e conflitos.
Não sejamos indiferentes com o próximo. É muito doloroso perceber-se que,
ao estar falando, o interlocutor devaneia...
não está ouvindo.
Quando estivermos muito preocupados,
evitemos dialogar, pois a preocupação nos
impede de ouvir o outro com atenção e
isso, consequentemente, nos impede de
compreendê-lo.
Ouçamos com amor... e isso implica:
Ouvir com paciência;
Ouvir com interesse;
Ouvir com atenção;
Ouvir com consideração;
Ouvir "vendo" o interlocutor;
Ouvir e não impedir a outra pessoa
de falar;
Ouvir e não "cortar" a palavra de
quem fala;
Ouvir com humildade;
Ouvir com sabedoria.
Saibamos "ouvir o próximo" no exercício do: "Amai-vos uns aos outros", como
recomendou o Mestre Jesus.
"Quem tem ouvidos de ouvir, ouça." –
Jesus (Mateus, 11:15)
Fonte: Reformador/ Março 1994
V
Você Sabia?
“Os livros de História do Brasil têm uma enorme dívida a saldar com esta
fantástica figura brasileira que foi Mariano José Pereira da Fonseca (17731848), o Marquês de Maricá.
Esse admirável personagem, que não recebe mais de duas ou três linhas em
qualquer desses livros, foi o primeiro a divulgar as bases da Doutrina Espírita no
Brasil, antes mesmo dos fenômenos envolvendo as Irmãs Fox e da publicação do
primeiro livro de Allan Kardec”.
“... pregava em seus livros muitos dos ensinamentos que, só mais tarde, foram
transmitidos ao Codificador, através das mensagens recebidas por vários médiuns”.
Vejamos algumas de suas Máximas:
“Os mundos, como os homens, são também mortais”.
“Pode haver e é provável que haja, nos outros sistemas e mundos, criaturas vivas que, não sendo impassíveis pela sua organização corporal, se tornem tais pela
sua superior inteligência”.
“Os homens enganam-se com a ideia de um progresso material e intelectual
que esperam neste mundo, e que só pode verificar-se em outros e outras vidas”.
“Um casulo é o túmulo de uma lagarta e o berço de uma borboleta; também a
morte para o homem é o princípio de uma nova e melhor vida”.
Fonte: Memória Espírita. Papéis Velhos e Histórias de Luz, João Marcus Weguelin, Volume 4, Edições Léon Denis
A Família na visão Espírita.
Obras de André Luiz (Nosso Lar /Entre
o Céu e a Terra).
Obras de Yvonne Pereira (Devassando
o Invisível ).
A vida de Yvonne A.Pereira (julho /2011)
COMP - Curso de Orientação
Mediúnica e Passes.
COFTC - Curso de Orientação, Formação e Treinamento para a Cura.
Dia: Quarta-feira / 17:30 às 19:00
Esperanto.
Grupo de Estudos Antônio de Aquino.
Dia: Quinta-feira / 15:00 às 16:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Céu e o Inferno.
Dia: Quinta-feira / 18:20 às 19:20
Estudos para o trabalho de Atendimento
Espiritual (1ª, 2ª e 3ª Semanas) Livro:
Técnica de Passes).
Aprofundamento das Obras Básicas (4ª
e 5ª Semanas): O Livro dos Espíritos.
Dia: Quinta-feira / 19:30 às 21:00
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo ( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
O Evangelho Segundo o Espiritismo.
O Céu e o Inferno.
Obras Póstumas.
Obras de Léon Denis (Livro: Depois
da Morte).
Revista Espírita.
Dia : Sábado / 16:00 às 17:30
O que é o Espiritismo.
História do Espiritismo( 2° Semestre)
O Livro dos Espíritos.
Atualização para médiuns da casa (4°
sábado do mês)
O pensamento de Emmanuel ( 1º e 3°
sábados do mês)
Atividades Doutrinárias
Dia : 21 / 08 / 2011- 16 horas
Culto no Lar de Percília Werdan Machado
E
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág . 9 Especial
Carta aos Pais
Meu irmão,
E
vocando as homenagens que lhe
são tributadas, pela nobre missão
que o Senhor da Vida lhe concedeu, na condição de pai, na Terra, venho
ao encontro do seu coração, a fim de que
possamos, juntos, refletir acerca de alguns
elementos que, muitas vezes, são deixados
de lado, por variados motivos.
Sabe que ser pai no Mundo é honrosa
oportunidade com que Deus brinda o homem, com que abençoa a masculinidade,
homenageando a sua função cocriadora,
ao lado da mulher que se fez mãe pelos
vínculos carnais.
Assim, meu irmão-pai, torna-se necessária a sua atenção para os episódios mais
estridentes que acontecem nos momentos
que passam, na conjuntura social.
Ouve-se falar dos tormentos dos vícios,
do tóxico, em particular, solapando as
energias jovens, começando a destroçar a
criança, ainda nas primeiras experiências
infantis, enleando os seus filhos mesmo
na volúpia viciosa, e tantas vezes você
não se interessa e, por isso, nada vê...
É verdade que se encontra preocupado
com a manutenção doméstica. É válido
que você se torne o eixo em torno do
qual giram preocupações e carências a lhe
exigirem acertadas resoluções. É compreensível que esteja cansado, ao voltar dos
sucessos cotidianos da profissão.
Porém, papai, não deponha sobre os
ombros da companheira-mãe a responsabilidade de, sozinha, conduzir o lar,
educar a prole, acompanhar os passos
dos pequenos e dos mocinhos, fazendose presente onde se torne preciso.Você
pode e necessita, meu amigo, na condição de genitor, participar desse luminoso
esforço, que é o de conduzir ao Criador
as almas que lhe foram apresentadas na
função de filhos.
Quantas vezes você tem mirado nos
olhos dos seus filhos, para sentir-lhes as
realidades íntimas, pelas “janelas da alma”?
Quantas vezes você tem renunciado
a um lazer, para que esteja com eles,
nos compromissos escolares em que se
faça importante a sua pessoa, numa ou
noutra atividade social, a fim de que
se sintam apoiados por sua presença a
dar-lhes segurança?
Quantas vezes você tem dialogado com
seus filhos, ouvindo-lhes as opiniões sobre
a vida, as pessoas, os fatos, cooperando
no esclarecimento de equívocos e fazendo recolocações devidas, auxiliando-os a
caminhar pelas vias do discernimento?
Quantas vezes você visitou, você mesmo, os ambientes, os redutos, nos quais
vivem e se agitam seus filhos, a fim de
conhecer onde estão comumente, com
quem estão e o que fazem, demonstrando
interesse pelo acerto deles na vida?
Quantas vezes chamou-lhes a atenção,
com carinho e energia, ao vê-los bandearse para caminhos obscuros, induzidos pela
propaganda tendenciosa do mal ou pelas
opiniões de quem se lhes apresenta como
liderança da moda?
Quantas vezes conseguiu conversar,
sem gritar; orientar sem imposição descabida; corrigir, sem agressão para que
eles adquirissem o senso do equilíbrio
das proporções e da tranquila disciplina?
Pense, meu irmão, pense seriamente,
desarmado emocionalmente, para verificar se não terá tido ou se não tem participação nos equívocos em que os filhos
se lançam por ignorância ou desamparo,
por falta de sua assistência?
Sei muito bem, que você ama seus filhos. Entretanto, o amor, sendo a virtude
por excelência, deve ser vigilante e perspicaz, para que, em seu nome, a insensatez
e a sombra não se estabeleçam.
Hoje, quando tantos filhos sofrem a
carência da presença dos pais, mesmo
tendo-os ainda no corpo, revise como
tem sido o seu entrosamento com os
seus filhos. Vigie-se para não trocar
por presentes materiais a atenção que
lhes deve, de modo a conquistá-los.
Ainda que tenha coisas para dar, dê-as,
mas oferte-se a eles. Sorria com eles,
corra com eles, ajude-os em pequenos
serviços, em singelos deveres escolares.
Ouça-lhes as histórias simples do dia a
dia, vividas com colegas e amigos. Dê
valor às suas dificuldades, sem exageros
prejudiciais, contudo. Pergunte-lhes, ao
chegara a casa, sobre as atividades, gostos
e desgostos, tornando-se, assim, amigoconfidente, para que seja aceito como
conselheiro.
Mas não se olvide de que todas as
suas orientações, palavras e ensinos se
esboroarão, ruirão por terra, se você
apenas quiser ensinar, sem que viva,
nobremente, os ensinos que ministra.
Reflita, pai querido, que seus rebentos
lhe conduzirão a mensagem de vida
aonde quer que forem, impregnados
que estarão por tudo quanto lhes houver
oferecido.
Não se esqueça, ainda, papai, que
você não está a sós, com sua companheira, para o conduzimento dos filhos.
Contam vocês com a assistência e com
a participação dos nobres Emissários do
Bem, que se fizeram seus Anjos Guardiães, e que têm interesse em recambiá-los
a Deus, valendo-se da sua disposição de
pai e mãe na Terra.
Não diga que se torna difícil a lide,
por lhe faltar o burilamento da cultura
escolar. Para orientarmo-nos pelo bem,
pelo caminho correto, junto aos nossos
afetos, não temos necessidade, aliados
a uma profunda confiança em Deus.
Repito-lhes que os Espíritos Avalistas da
sua família acompanharão as suas lutas e
dificuldades, limitações e empenhos, suprindo onde seja necessário, a fim de que
você consiga avançar, cooperando com o
Criador, de modo efetivo e mais afetivo,
alcandorando-se com os seus educandos
bem formados.
Ao abraçá-lo por sua coragem e por
seu amor, junto aos filhos amados,
auguramos-lhe verdadeiros progressos,
na marcha para a real felicidade, após
a sua missão devidamente atendida.
Thereza de Brito
(Mensagem psicografada pelo médium J. Raul
Teixeira, em 14/8/1988, no Grupo Espírita
Maria de Nazaré – Votuporanga – SP)
A
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág������
. 10 Aprendendo com Ignácio Bittencourt
Pergunta: Quando uma pessoa, que tem uma doença cármica, fica curada tomando passe de cura, o que é que fica curado
primeiro: o perispírito ou o corpo físico?
Resposta: “ É o perispírito. É interessante, parece, dizer a vocês que primeiro é o perispírito. O perispírito, no passe,
recebe exatamente como o remédio faz com o corpo. Ele alivia a dor, o mal estar e a gente trata a mente da pessoa
depois. E o resultado é a cura física.
Então, veja bem, primeiro o órgão lesionado, que é o perispírito, é tratado; em seguida, a mente, depois o corpo.
Uma ordem que parece estranha, não é? Mas é compreensível. Porque você tem que fazer com que o corpo geral tenha o
equilíbrio dele, para que o Espírito consiga ter equilíbrio. E, por fim, o corpo receba o resultado.
Se a criatura ostenta uma mácula no perispírito, esta mácula tem que ser curada; e ela não é curada somente com oração,
não. Ela é curada com medicação fluídica. Não pensem vocês que oração cura mácula que está no perispírito; não cura não!
São medicamentos espirituais, são homeopáticos, água fluidificada, passes que vão curar as máculas que o perispírito traz. O
passe também é aplicado para salvar o perispírito de males maiores.”
Obs.: Resposta dada pelo Espírito Ignácio Bittencourt, através do médium Altivo C. Pamphiro.
( Fonte: Apostila de Medicina Espiritual / Seção Doutrinária / Ano 2001 )
E
Eurípedes Barsanulfo - Apóstolo da Caridade
Um teste para Eurípedes Barsanulfo
C
arlosTeodoro da Cunha, proprietário da Fazenda do Rio das
Velhas, viera a Sacramento com
o intuito de ridicularizar Eurípedes
Barsanulfo.
Foi, pois, à farmácia "Esperança e
Caridade" e, ocultando um sorriso,
pediu ao médium que, depressa, desse
um remédio para Cristina, sua esposa,
que estava passando muito mal...
Eurípedes Barsanulfo preparou o
remédio; mas, antes de pô-lo nas mãos
do esperto fazendeiro, recomendou:
–Note bem. Se não der este remédio
ela morrerá. Toque o cavalo, depressa,
porque Dona Cristina, sua esposa,
está à morte!
Carlos Teodoro da Cunha guardou o
remédio no bolso e saiu da farmácia,
pensando :"Mas, que farsante! Deixei
Cristina em perfeita saúde. Ora, ora...
Mas, e se o que ele disse for verdade?
Melhor averiguar..."
E tocou rápido o cavalo rumo à
fazenda. Quando apeou vieram logo
contar-lhe que sua esposa estava
acamada, extremamente pálida, a
respiração quase imperceptível...
–Meu Deus! Então, é verdade!
Exclamou o fazendeiro.
E imediatamente, começou a dar à
esposa o remédio preparado por Eurípedes Barsanulfo.
Cristina, nessa mesma noite, começou a recuperar a saúde. E Carlos
Teodoro da Cunha, quase um beato,
converteu-se ao Espiritismo.
Fonte: Eurípedes Barsanulfo - Apóstolo da Caridade .
Autor: Jorge Rizzini
Edições Correio.
N
Notas Espirituais de André Luiz
“As asas sublimes da alma eterna não se expandem nos acanhados escaninhos
de uma chocadeira. Há que trabalhar, brunir, sofrer”.(Calderaro / Capítulo 1)
“O acaso não opera prodígios. Qualquer realização há que planejar, atacar, pôr
a termo. Para que o homem físico se converta em homem espiritual, o milagre
exige muita colaboração de nossa parte”.(Calderaro / Capítulo 1)
“... é necessário diplomar-se também na ciência do amor”.(Calderaro / Capítulo 7)
“O Espírito delinquente pode receber os mais variados gêneros de colaboração,
mas será imperiosamente o médico de si mesmo”.(Calderaro / Capítulo 12)
Fonte: No Mundo Maior.
Espírito: André Luiz .
Psicografia: Francisco Cândido Xavier.
Convite
Venha estudar conosco as obras de
André Luiz
Procure a Secretaria de Cursos
para informações
P
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág������
. 11 Personalidade Espírita
Pesquisa: Mário Sérgio de S. Esteves
Sir Arthur Conan Doyle: lucidez e imparcialidade.
D
otado de fértil imaginação, a
comunicabilidade natural do
seu estilo , como também a
espontaneidade de suas criações, tornaram Arthur Conan Doyle um escritor
apreciado por todos os povos. As séries
"Sherlock Holmes", "Ficção Histórica" e
"Contos e Novelas Fantásticas" aqui estão
para comprovar tal afirmação.
Entretanto, é bom que se diga que ele
não destacou-se apenas nessas três séries,
pregou o uso de métodos científicos na
pesquisa policial, além de também revelar-se um lúcido escritor espírita, compreendendo de maneira notável a questão do
problema espírita como ciência, filosofia
e religião.
Além das séries de ficção anteriormente
referidas, existem mais outras duas: a de
"História" e a do "Espiritismo".
Ao ser lançada a primeira edição da
obra “História do Espiritismo”, a revista
inglesa Light destacou o equilíbrio e a
imparcialidade com que o assunto foi
abordado.Em extensa nota, afirmou que
os críticos haviam sido “agradavelmente
surpreendidos”, porque Conan Doyle,
conhecido como ardoroso propagandista
do Espiritismo, fora de uma imparcialidade a toda prova.
O próprio autor define tal critério ao
falar do desejo de contribuir para que o
Espiritismo tivesse sua história; o objetivo
da obra não era o de fazer propaganda de
suas convicções, mas de historiar o movimento espírita. Daí, colocar-se imparcial
e serenamente como observador dos fatos
que se desenrolam aos seus olhos, através
do tempo e do espaço.
Devido a magnitude e amplitude do
trabalho que se propôs realizar , pediu
auxílio a outras pessoas e encontrou em
Mrs. Leslie Curnow uma dedicada e eficiente colaboradora. Reconheceu não
haver realizado um trabalho completo
por não dispôr de tempo e recursos
necessários, mas, com satisfação, verificou que fez o que era possível, diante
da enorme extensão e complexidade do
assunto, além das dificuldades do próprio movimento espírita da época.
Sir Arthur Conan Doyle nasceu em
22/05/1859 em Edimburgo (Escócia)
desencarnando em 07/07/1930, em
Cowborough (Susex, Inglaterra).
O CLE oferece ao sócio um Kit contendo :
01 Livro Espírita
01 DVD de Palestras
01 Edição da Revista de Estudos Espíritas ( publicação mensal do CELD)
Custo do Kit : R$20,00
"O livro é um amigo sincero, bem vindo tanto nos dias felizes quanto nos dias ruins.
Referimo-nos ao livro sério, útil, que instrui, consola, anima ..."
(Léon Denis - Depois da Morte, Cap. LIII)
p
Ter você como sócio será muito importante para nós.
Aguardamos sua inscrição.
Que Jesus nos ilumine e abençoe.
Em junho de 1887 escreveu uma carta ao
Editor da revista Light explicando as razões
de haver se convertido ao Espiritismo.
Em 15/07/1929 a “Revista Internacional do Espiritismo”, de Matão, São Paulo,
dirigida por Cairbar Schutel, publicou
a primeira tradução integral da referida
carta, importante documento onde
Conan Doyle revelava ampla compreensão do Espiritismo e a importância da
Mensagem que a Doutrina trazia para o
mundo inteiro.
Conan Doyle ainda escreveu um
pequeno livro traduzido por Guillon
Ribeiro e sob o título “A Nova Revelação”, que descreve em detalhes como se
deu sua conversão. Em outra obra doutrinária de grande mérito, “A Religião
Psíquica" , revela perfeito entendimento
do problema religioso do Espiritismo,
afirmando a condição essencialmente
psíquica da religião espírita.
A doutrina da reencarnação determinou o aparecimento de uma divergência
entre aquilo que se estabeleceu chamar
Espiritismo Latino e Espiritismo AngloSaxão.Particularmente ingleses e americanos, embora aceitassem a Doutrina
Espírita, não admitiam o Princípio Reencarnacionista , o que motivou ataques
e críticas ao Espiritismo. Apesar desse
impasse em relação ao Princípio Reencarnacionista, Conan Doyle e outros espíritas de renome da Inglaterra e dos Estados
Unidos, admitiam a reencarnação.
Na obra “A Nova Revelação”, declara
que “muitos estudiosos têm sido atraídos
ao Espiritismo, uns pelo aspecto religioso,
outros pelo científico, mas, até agora ninguém tentou estabelecer a exata relação
que existe entre os dois aspectos do problema”. Tal afirmação foi escrita entre 1927
e 1928, sessenta anos após a desencarnação de Kardec.
Sabemos que Kardec definiu e solucionou aquele problema ao apresentar o
Espiritismo sob tríplice aspecto: filosófico, científico e religioso. Conan Doyle
aguardava o surgimento da codificação
kardequiana; não percebeu que ela já
existia e estava do outro lado do Canal
da Mancha.
( Font e : www.e sp irit ism og i.c om.b r )
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág������
. 12 Curso :
A Família na Visão Espírita
Dia: todas as terças-feiras.
Hora: 19:30.
Local : Centro Espírita Irmão
Clarêncio.
Estudo aberto a todos os interessados.
Temas para Agosto:
Dia 02: Educação sexual- princípios,
importância e implicações, evolução do
impulso sexual.
Dia 09 : Educação sexual-padrões
de comportamento sexual, heterossexualidade, bissexualidade, causas e
consequências físicas e espirituais.
Dia 16: Educação sexual- prostituição,
viciação das energias sexuais, sexo livre.
Dia 23 : Educação sexual- assédio,
estupro e abusos sexuais, aspectos
físicos, jurídicos e emocionais.
Dia 30 : Educação sexual- vida
amorosa dos filhos, aprendendo a
lidar com a sexualidade dos filhos,
masturbação e erotização,causas e
consequências.
“ Dedica uma das sete noites
da semana ao Culto
do
Evangelho no Lar, a
fim de que Jesus possa pernoitar
em tua casa.”
Joanna de Ângelis
Fonte : S.O.S. Família
Médium: Divaldo Pereira Franco
Atenção
Reunião de Médiuns e
Colaboradores
Em Agosto : dia 19 / 6ª Feira
Horário : 19 horas
Local : Centro Espírita Irmão Clarêncio
Estudo : O Zelo da Tua Casa
“O que torna um estudo sério é a
continuidade que se lhe dá”
(Allan Kardec)
A
A Famíla na Visão Espírita
P r e p a r o Pa r a a V i d a
A
luta pela vida começa cedo. Mal a
criança principia a andar e a falar e
já se lhe dá um encaminhamento,
que pode ir desde o maternal até os estudos
mais altamente graduados, na escala dos
conhecimentos superiores.
Constitui mesmo um espetáculo à parte,
embora diariamente repetido, durante o
ano letivo, a ida dos colegiais às escolas. Dá
gosto vê-los tomando de assalto, por assim
dizer, a condução ou postados nas dependências dos educandários, quais bandos de
aves que pousassem em revoada em um só
local. Palradores e bulhentos, sorridentes e
brincalhões, lá se vão eles, os estudantes, de
portes e tipos diferentes, sobraçando pastas
e porta cadernos, mochilas e merendeiras.
Voltam alegres como foram, movimentando
o centro e os bairros da cidade, nos turnos
da manhã, tarde e noite.
É o preparo para a vida. Há pais que deixam de vestir-se bem, de alimentar-se melhor
só para terem o prazer de ver seus filhos
graduarem-se nos estudos. Raiam, por vezes,
pelo sacrifício as epopéias de luz que são
descritas pelo heroísmo paternal, levando a
extremos de dedicação inimaginável.
Selecionam-se cursos, destacam-se nomes e
endereços de colégios e professores, recortamse anúncios de explicadores especializados,
consultam-se fontes autorizadas quanto a
programas e horários de ensino, tudo para
facilitar a criança e o adolescente nos domínios do aprendizado.
Rios de dinheiro são gastos com a instrução
dos filhos.
Amanhã, eles estarão bem situados na vida.
Serão autênticos representantes da Cultura.
Exercerão as mais variadas funções nos
múltiplos setores das atividades humanas.
Falarão línguas.
Escreverão com raro brilhantismo.
Discursarão com facilidade e felicidade.
Conceberão coisas impressionantes.
Farão planejamentos maravilhosos.
Formularão programas ousados.
Terão seus nomes em evidência na imprensa.
Ocuparão com frequência os microfones.
Ver-se-ão procurados e preferidos pelos
lançadores de cartazes, como "homem
do dia", "personalidade do ano", "figura
do momento".
O público terá conhecimento de suas
andanças, de suas entrevistas, de suas
palavras, de seus conceitos, de suas decisões.
São os homens de hoje aquelas crianças e
os adolescentes de ontem.
Estudaram.
Aprenderam e subiram.
Guindaram-se a altas posições.
Galgaram postos representativos.
Fizeram-se porta-vozes de suas classes e
instituições.
Tornaram-se autoridades na ordem de
assuntos que dominam.
Temos, enfim, as grandes capacidades:
técnicos, especialistas, doutores e publicistas,
cultores das Armas, Ciências, Letras e Artes.
Consistirá, porém, apenas nisso o preparo
para a vida? E o objetivo de ser bom? E o
ideal de tornar-se melhor? E a obtenção do
grande tesouro da Educação?
Onde a formação do caráter, a purificação
do íntimo, a dignificação do sentimento,
a iluminação do entendimento, o acrisolamento da consciência, o aperfeiçoamento
da mente, a sublimação de tudo quanto é
do Espírito?
Geralmente os pais não pensam nisso. Bem
poucos são os que olham este segundo lado
da questão, enquanto quase todos por pouco
não ficam obcecados de preocupações pelos
resultados da outra parte.
É que eles situam as coisas tão somente
no terreno das temporalidades. A seu ver,
tudo se reduz a uma questão de dinheiro
no bolso, de projeção social, de padrão de
vida elevado, de títulos e pergaminhos.
No entanto, assim não é, nunca foi e jamais
poderá ser. Já devemos ter o necessário
amadurecimento para compreender que
os destinos do Homem e do Mundo são
intimamente entrelaçados nos meandros da
Cultura e da Educação.
Preparemos, pois, nossos filhos não só para
viver bem, mas, sobretudo, para bem viver.
Tanto quanto a inteligência, o Coração
também precisa de alimentos e elementos para
sustentar-se e sustentar outros dentro da Vida.
A Terra só será realmente um planeta
feliz quando seus filhos, além de intelectualizados, forem verdadeiramente bons,
compreensivos e compassivos.
Passos Lírio
Fonte: Reformador / Março -1996.
Clareando / Ano VIII / Edição 95 / Agosto . 2011 - Pág������
. 13 Indulgência está na moda?
Q
ueridos leitores, gostaria de
compartilhar sobre a experiência que tem sido esmiuçar O
Evangelho Segundo o Espiritismo com
vocês. Tenho feito descobertas interessantes e importantíssimas e, sempre
que tenho a oportunidade de dividir estes ensinamentos nesta coluna
mensal, me sinto muito bem e, em retribuição a esta chance que me é dada,
procuro colocar tudo isso em prática.
Daí, vejo, no dia-a-dia, como devemos
orar e vigiar, pois sei dos obstáculos
que dificultam essa caminhada. Mas,
também sei que não é impossível.
Por isso, este mês escolhi o tema: A
Indulgência. Um dos ensinamentos
que Jesus mais exemplificou e, de tal
forma com tanta naturalidade, que
surpreende. No Capítulo X do Evangelho
Segundo o Espiritismo – “Bem aventurados
os que são misericordiosos”, no item 14, os
Espíritos instruem sobre o perdão das
ofensas e no item 16 sobre a indulgência, “sentimento doce e fraternal que todo
homem deve alimentar para com seus irmãos, mas do qual bem poucos fazem uso”.
Na prática “a indulgência não vê os
defeitos dos outros, ou, se os vê, evita
falar deles ou divulgá-los. Ao contrário,
oculta-os, a fim de que se não tornem
conhecidos senão dela unicamente, e, se
a malevolência os descobre, tem sempre
pronta uma escusa para eles, uma
desculpa plausível, séria, não das que,
com aparência de atenuar a falta, mais
a evidenciam com má intenção. Não
faz observações chocantes, não tem nos
lábios censuras; apenas conselhos e, na
maioria das vezes, velados”.
Quando criticamos, o que esperamos de
nossas palavras? Será que já não fizemos a
mesma coisa ou nunca faremos? Visto que
estamos censurando, valemos mais do que
o culpado?! Quando será que julgaremos
os nossos próprios corações, os nossos
próprios pensamentos, os nossos próprios
atos, sem nos ocuparmos com o que
fazem nossos irmãos? Quando só teremos
olhares severos sobre nós mesmos?
Abaixo um texto que ilustra bem como
devemos agir para sermos indulgentes:
"Uma história pra contar"
Certa vez, uma jovem foi ter uma
conversa com um sábio para confessar
seus pecados. Ele já conhecia muito
bem uma das suas falhas. Não que
ela fosse má, mas costumava falar dos
amigos, dos conhecidos, deduzindo
histórias sobre eles.
Essas histórias passavam de boca em
boca e acabavam fazendo mal - sem
nenhum proveito para ninguém.
O sábio disse: - Minha filha você age
mal falando dos outros; tenho que lhe
dar uma tarefa. Você deverá comprar
um saco de penas no mercado e depois
caminhar para fora da cidade. Enquanto for andando, deverá pegar as penas
e ir jogando pelo caminho. Não pare
até ter jogado tudo. Quando tiver feito
isso, volte e me conte. Ela pensou com
os seus botões que era mesmo uma
tarefa muito estranha! Mas não se recusou. Comprou o saco de penas, saiu
caminhando e jogando as penas, como
ele dissera. Depois voltou e contou ao
sábio.
- Minha filha - disse o sábio - você
completou a primeira parte da tarefa.
Agora vem o resto.
- Sim senhor, o que é?
- Você deve voltar pelo mesmo caminho e catar todas as penas.
- Mas, senhor, é impossível! A esta
hora o vento já as espalhou por todas
as direções. Posso até conseguir algumas, mas não todas!
- É verdade, minha filha. E não é isso
mesmo que acontece com os comentários que você faz? Não é verdade que
você inventa histórias que vão sendo
espalhadas por aí, de boca em boca, até
ficarem fora do seu alcance??? Será que
você conseguiria segui-las e cancelá-las
se desejasse?
- Não, senhor.
- Então, minha filha, quando você
sentir vontade de dizer coisas indelicadas sobre seus amigos, feche os lábios.
Não espalhe essas penas, pequenas e
maldosas, pelo seu caminho.
Elas ferem, magoam, e te afastam
do principal objetivo da vida que é ter
amigos e ser feliz!!!
“Sejamos severos conosco, indulgentes com os outros. Sejamos indulgentes,
meus amigos, porquanto a indulgência
atrai, acalma, ergue, ao passo que o
rigor desanima, afasta e irrita. - José,
Espírito protetor”. (Bordéus, 1863.)
Se cada um de nós fechasse os lábios
ao invés de dizer coisas indelicadas,
essa história terminaria aqui. Pensem
nisso...
“Fora da caridade não há salvação!”
Um beijo.
Patricia Furlan.n
Querido leitor
Indicaremos mensalmente um bom livro doutrinário juvenil,
escrito especialmente para você . Leia e nos envie sua opinião .
Que tal formar uma roda de leitura com seus amigos?
 Temos evangelização para
Dica do mês :
Coisas de Adolescente
Autor : Gilson Bastos
Editora CELD
crianças nos mesmos horários das
Reuniões Públicas, e para jovens,
nos horários das Reuniões Públicas
Noturnas.
Aviso Importante
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Agosto - Centro Espírita Irmão Clarêncio