Estimativa do ponto Ótimo de Lavagem de Filtros em Estações de Tratamento de Água (ETA) utilizando a Condutividade Hidráulica do Meio Poroso. Prof. Dr. Mariano Franca Alencar Prof. Dr. Maurício Barreto Prof. Phd Marco Aurélio Castro Introdução • Fundamentos do escoamento em águas subterraneas para a determinação do ponto ótimo de lavagem em filtros de estações de tratamento de agua. • Moniotramento de um filtro na estação de tratamento de agua da CAGECE em FortalezaCeará. Introdução • A lavagem de um dado filtro na ETA Gavião é determinada pela observação direta da perda de carga por meio de sensores diferenciais de carga instalados em cada filtro, quando esta atinge um valor indicativo da baixa taxa de infiltração o filtro é lavado. • Observa-se que a perda de carga imposta pelo proceso de filtração tende a crescer conforme há a retenção no leito filtrante do material filtrado, a condutividade hidráulica do meio tende a diminuir. (ocasionada pela retenção do material existente na água bruta). Metodologia • A metodología baseia-se no acompanhamento da perda de carga em um filtro da ETA, bem como da vazão que passa pelo filtro. • Usando-se a equação de Darcy para escoamentos em meios porosos (FEITOSA, 1997): QL K Ah Sendo: Q = vazão[m3/s] A = área do leito filtrante [m2] L = espessura da camada filtrante [m] - perda de carga [m] K – condutividade hidráulica [m/s] Metodologia • Quanto menor for a condutividade hidráulica menos capacidade de retenção de material o filtro apresentará. • Indicador de Eficiência do Filtro Resultados • Acompanhamento ao longo de uma carreira de filtração (entre as lavagens de um filtro) Resultados e Discussão • Constata-se a partir da 10ª hora de filtragem o filtro se estabiliza em sua condutividade hidráulica mais baixa (com conseqüente menor taxa de filtração) . • O gráfico apresentado na figura 1 demonstra que da 10ª a 14ª hora o filtro trabalha com a mais baixa eficiência de filtração (28,6% do tempo de filtração), retardando em pelo menos 4 horas o ponto de lavagem. Resultados e Discussão • O volume de água que poderia está sendo produzido no período (4 horas) deve ser comparado ao volume de água tratada usado para a lavagem do filtro em intervalos mais frequentes que o adotado, possibilitando um ganho de eficiência. Resultados e Discussão • Estudos da relação entre condutividade hidráulica e porosidade efetiva pode indicar volume de lodo gerado – Ex: Em hidráulica de aquíferos a equação de Biecinski (PONTES, 2010): ne 0,1177 K Vlodo= [ne (antes da lavagem) – ne (depois da Lavagem)]*Vfiltro Resultados e Discussão • Lembrando que o filtro possui características hidrogeológicas bem definidas e conhecidas tais como granumoletria, isotropia, etc (diferentemente da realidade do campo – onde essas características são comumente estimadas) • Possibilita ajuste na equação ne = aKb/c . Conclusões e Recomendações • A estimativa da condutividade hidráulica do leito filtrante durante a carreira de filtragem permite melhorar a eficiência do filtro e otimizar as carreiras de filtração. • No caso apresentado identificou-se que o filtro trabalhe 28,6 % do tempo em baixa eficiência. • A estimativa do lodo gerado por meio da determinação da porosidade via condutividade hidráulica mostrou-se promissora. Conclusões e Recomendações • Recomenda-se a adaptação da metodologia para sistema de filtros em vasos comunicantes e assim aprofundar estudo para operação de uma ETA com vários filtros nessa configuração. • Analisar a influencia da expansão do leito filtrante após a lavagem ascendente na estimativa da condutividade hidráulica é relevante e ajuda a refinar a metodologia. • Estimar a porosidade via equação de Bieliski em leitos de diferentes porosidades se apresenta como estudo promissor.