Roberto Márcio Assinado de forma digital por Roberto Márcio DN: CN = Roberto Márcio, C = BR, O = Área 1, OU = Faculdade de Ciência e Tecnologia Motivo: Sou o autor deste documento Dados: 2004.08.10 21:56:32 -03'00' É uma substância que mantém um volume e uma forma fixos. Ou seja, substâncias que apresentam suas partículas constituintes dispostas num arranjo interno regularmente ordenado. A primeira definição é baseada nas propriedades físicas e a segunda, na estrutura interna. Porém nem sempre são compatíveis, pois líquidos podem ser resfriados abaixo da temperatura de congelamento sem, na realidade, se congelar (líquido super - resfriado). Estas substâncias são amorfas, pois na forma podem se parecer um sólido (fisicamente), porém quimicamente, são ditas, líquidos por apresentarem uma estrutura interna desordenada. Ex: vidro. (As substâncias que apresentarem uma estrutura interna ordenada, são ditas cristalinas). 1 Volume e forma - não são tão fixos como na teoria. Os sólidos sofrem dilatação com o aumento da temperatura, embora outros se contraem. Coeficiente de dilatação térmica: modificação do volume por grau de aumento de temperatura. Os sólidos são quase incompressíveis. Ex: Para comprimir um fragmento de Ag metálica até a metade do seu volume normal, seria necessária uma pressão em torno de 5x105atm (meio milhão atm). A distância média entre os átomos num sólido, é menor que num gás. Cristais - sólidos com arranjos atômicos interno regular. Ex: Quartzo (SiO2) Impureza afetam as formas dos cristais Para determinar a estrutura da rede cristalina é realizada por difração de 2 raios-x. Retículos cristalino: Arranjos ordenados tridimensionais de átomos nas moléculas ou grupos destes existem num sólido Células unitárias: É uma pequena fração do retículo que pode ser usada para gerar ou construir o retículo inteiro (repetição regular da célula unitária). Ligações e propriedades dos sólidos: As propriedades dos sólidos dependem, particularmente, da geometria e da estrutura do retículo cristalino. Área1-Química-Prof. Sistemas Sistemas Cúbico Cúbico Hexagonal Hexagonal Tetragonal Tetragonal Ortorrômbico Ortorrômbico Monoclínico Monoclínico MSc. Roberto Romboédrico Romboédrico Triclínico Triclínico Exemplo Exemplo Cu, Cu,Sal Salde deRocha. Rocha. Quartzo, Quartzo,Grafite. Grafite. SnO SnO22, ,Sn SnBranco Branco I2I2, ,SSrômbico rômbico Márcio As, As,Bi,Calcita Bi,Calcita CuSO ; K2Cr2O7 2O CuSO44•5H •5H 2 O ; K2Cr2O7 3 4 5 Força entre as partículas dentro de um cristal: Ligação metálica – Metais Ligações Iônicas – Sais Ligações Covalente – Outras substâncias A forma e o tamanho das partículas influenciam fortemente, o tipo de cristal formando e, quando duas ou mais espécies de partículas se acham presentes, a estrutura cristalina poderá ser extremamente complexas. Sólidos Iônicos: O retículo cristalino é formado por íons positivos e negativos. As forças de interação são eletrostáticas (ligações iônicas). Estas forças serão fortes, logo mais difícil de romper o retículo cristalino, logo tem a característica de sólidos duros, PF elevado, Entretanto são quebradiços. EX.: Cristal de NaCl resiste ao esmagamento mas quando quebra, estilha-se rapidamente (sofre clivagem) ao invés de sofrer distorção ou esfacelar aos poucos. Clivagem de um sólido iônico, se rompe, devido as forcas de Área1-Química-Prof. MSc. Roberto Márcio repulsão. 6 O PF elevado. A fusão envolve uma destruição do retículo cristalino. Isto ocorre quando as vibrações dos átomos, íons ou moléculas no sólido se tornem tão violentamente que rompem as interações que os matém unidas. A ligações iônicas são muito fortes, logo PF em um sólido iônico é elevado. Sólidos iônicos são maus condutores de eletricidade. A condução elétrica é a passagem ou movimentação de partículas carregadas. Os íons são carregados, porem não estão livres para se movimentar no retículo cristalino de um sólido iônico. 7 CaF2 CsCl 8 Sólidos moleculares: O retículo cristalino são formados por moléculas. Entre os átomos de formação das moléculas, são predominantes, ligações covalentes (relativamente forte). Porém entre as moléculas (no retículo cristalino) são forças muitos fracas do tipo Van der Waals. (já visto anteriormente). Estas incluem as forças dipólo-dipólo e Forças de London. Forças dipólo-dipólo: entre moléculas polares; Forças de London (forças de dispersão): entre moléculas apolares (flutuações momentâneas que ocorreram nuvens eletrônicas de um átomo ou molécula). Estas dependem da polarizabilidade de uma molécula. Os sólidos moleculares tendem em apresentar PF muito baixo, pois as forças intermoleculares, nesse caso, são fracas. São moles, pois a moléculas podem ser movidas de um lado para o outro. Não são condutores de eletricidade, pois não existem partículas carregadas (mesmo quando fundidos ou em , H 2O solução). EX.: CO2 , IMSc. 2 , N2 , S Área1-Química-Prof. Roberto Márcio 9 H2S (s) 10 Sólidos covalentes: Sólidos atômicos, onde as unidades no retículo cristalino são átomos ligados por covalência. É formado uma molécula gigante. Que prolonga até os limites físicos do cristal. Ex: Carbeto de Silício (SiC)- Carborundum. Cada Si está ligado tetraedricamente a quatro átomos de carbono e viceversa. Como são ligações fortes resultando em estrutura rija, com alto ponto de fusão e de grande dureza. Porém não são condutores de eletricidade, por não existirem íons ou elétrons móveis na estrutura. 11 Diamante Área1-Química-Prof. MSc. Roberto Márcio 12 Grafite Diamante Fulereno 13 14 Fulereno Ligações e propriedades dos sólidos Tipos de Sólidos Unidades nos pontos reticulares Forças de ligação entre as unidades Dureza IÔNICO MOLECULAR COVALENTE Íons positivos e negativos Moléculas Átomos Ligações Iônicas Razoavelmente duro, quebradiço METÁLICO Íons Positivos Forças dipolodipolo Forças de London Covalente Atração entre o gás de elétrons e os íons positivos Mole Muito duro Mole a duro Ponto de Fusão Razoavelmente alto Baixo Muito Alto Médio a alto Condutividade Baixa Baixa Baixa Boa a ótima NaCl K2CO3 (NH4)2SO4 Na3PO4 CO2 C6H6 H2O CH4 SiC SiO2 (quartzo) C (diamante) Al2O3 Na Ag Fe W Exemplos Área1-Química-Prof. MSc. Roberto Márcio 15 Energia reticular (energia cristalina) Quantidade de energia liberada quando um cristal é formando a partir de suas partículas componentes na fase gasosa. Ou, quantidade de energia necessária para dividir um cristal em um conjunto de partículas gasosas. A energia reticular depende: Interações entre as partículas no sólido; O número dessas interações por partículas; Geometria das estruturas cristalinas. Energias reticulares e PF 16 Tipos de Sólidos SUBSTÂNCIA ENERGIA RETICULAR, kJ/mol PF (º C) IÔNICO NaCl CaF2 CaO 788 2590 3520 801 1423 2614 MOLECULAR H2 CH4 CO2 0,8 9 25 -259 -182 -78 (sublima) COVALENTE C SiC SiO2 714 1235 1865 3600 2700 (sublima) 1610 METÁLICO Na Ag Cu 108 285 340 98 962 1083 17 Área1-Química-Prof. MSc. Roberto Márcio 18