UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE INDICADORES DE PRODUTIVIDADE APLICADOS A PROJETOS DE TUBULAÇÕES NA CONSTRUÇÃO NAVAL Por: Jorge Luís Alves do Rego Cúneo Orientadora a Prof . Ana Claudia Morrissy. Rio de Janeiro 2011 2 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE INDICADORES DE PRODUTIVIDADE APLICADOS A PROJETOS DE TUBULAÇÕES NA CONSTRUÇÃO NAVAL Apresentação Cândido de Mendes monografia como à requisito Universidade parcial para obtenção do grau de especialista em Engenharia de Produção. Por: Jorge Luís Alves do Rego Cúneo 3 AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela vida... Aos meus pais pelo exemplo e dedicação. Aos professores do Instituto a Vez do Mestre pela oportunidade de novos conhecimentos. E aos companheiros de turma que partilharam um ano de convivência. 4 DEDICATÓRIA Dedico esta monografia a minha esposa e companheira Lídia, pela sua paciência, carinho, amizade e pelas palavras de conforto nos momentos mais difíceis da minha vida. 5 RESUMO O objetivo central da monografia apresentada a seguir é o desenvolvimento de um sistema de medição da produtividade operacional, aplicáveis a organizações de projetos de tubulações navais, utilizando como ferramenta, indicadores de desempenho. A questão principal, o que medir e como medir, através de um sistema de medição de desempenho, tem como foco a escolha criteriosa dos indicadores e a representação gráfica dos resultados, a fim de propiciar aos seus Gerentes uma visão do rumo que a organização de projetos está tomando, se está indo bem ou não, e possibilitar as correções que forem necessárias. Para alcançar o objetivo central foi apresentado um breve histórico da construção naval no capítulo I. A conceituação de projetos e como se desenvolvem os projetos de tubulações na construção naval encontram-se nos capítulos II e III. As particularidades do gerenciamento de projetos estão apresentadas no capítulo IV. E por último, nos capítulos V e VI estão apresentados os componentes, tipos e requisitos fundamentais para a escolha dos indicadores e a análise dos fatores críticos que possibilitem o êxito de uma organização de projetos de tubulações na construção naval. 6 METODOLOGIA A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica em normas e livros referência no assunto, sites especializados da internet, Manual Técnico de Projetos do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro e teses de mestrados, bem como a experiência acumulada em 33 anos de vida profissional, dos quais 25 anos dedicados a área de projetos de tubulações na construção naval. 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - A Construção Naval. 09 CAPÍTULO II - Projetos. 12 CAPÍTULO III - Projetos de Tubulações. 14 CAPITULO IV - Gerenciamento de projetos. 25 CAPITULO V – Indicadores. 30 CAPITULO VI – Indicadores de Produtividade Aplicados 33 a Projetos de Tubulações Navais. CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45 ÍNDICE 46 FOLHA DE AVALIAÇÃO 48 8 INTRODUÇÃO “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, não há sucesso no que não se gerencia”. Deming. Um elemento essencial na gestão de qualquer organização, com foco em resultados, é o uso de indicadores de desempenho nos processos desenvolvidos pela organização, com vista à tomada de decisões dos seus gerentes. Para que uma organização possa ser adequadamente gerenciada é necessário que seus gerentes possuam como um “painel de instrumentos”, um conjunto de indicadores monitorando o seu desempenho e indicando se a organização está indo bem ou não. O trabalho monográfico procura seguir o corolário de Deming, ou seja, apresentar a definição e o entendimento do processo de projetos de tubulações na construção naval, mostrar os fundamentos da medição do desempenho em organizações e a criação de modelos de indicadores aplicados a projetos. 9 CAPÍTULO I A CONSTRUÇÃO NAVAL “Boa parte das informações que adquiri ao procurar uma determinada coisa levou-me a descobrir outras pelo caminho”. Franklin Pierre Adams. 1.1- Breve histórico Desde os tempos mais longínquos que o homem se apercebeu das potencialidades do mar. Os primeiros navios, no verdadeiro sentido da palavra, datam de 5 000 a.C. Em 2 000 a.C. surgiu a galera, um tipo de navio que ajudaria as civilizações a dominar o Mediterrâneo. Apesar de serem navios a vela ou de remos, grandes feitos foram conseguidos com estes navios primitivos. Durante séculos houve uma evolução destes navios, traduzida numa enorme variedade de projetos, tamanhos e finalidades. O século XV marcou o desenvolvimento dos navios de três e quatro mastros e o considerável aumento das suas dimensões. Os séculos XVIII e XIX deram aos veleiros formas perfeitas e mastros maiores, com maior superfície de vela. Nesta altura, constroem-se navios de madeira com velocidades consideráveis. No final do século XIX, constroem-se os primeiros navios de aço, mais leves, fortes e duráveis, em comparação com a madeira, e também os primeiros navios com propulsão mecânica. O Homem viu utilidade da força de uma máquina a vapor para propulsionar uma embarcação, através de rodas de pás, uma adaptação do remo, o único meio de propulsão, além da vela, que se conhecia até então. 10 Na segunda metade do século XVIII, desenvolveu-se o primeiro protótipo de um hélice, adaptado do parafuso de Arquimedes, para propulsionar o navio batizado pelo nome "Arquimedes”, que conseguiu atingir velocidades de 7,5 nós, com um motor de 80 cavalos. Desde a invenção do hélice e do motor a vapor, até os dias de hoje, a criação de novos navios, mais sofisticados e com diversos sistemas, foram se tornando cada vez mais uma necessidade. 1.2- A Construção naval no Brasil. Após uma fase de grande aumento da produção na construção naval brasileira, na segunda metade da década de 70, quando o país chegou a ser um dos principais produtores mundiais, a indústria naval no Brasil teve sua produção reduzida. Conforme pode ser visto na tabela a seguir, onde TPB significa toneladas de porte bruto. 11 Na década de 90, alguns dos principais estaleiros no país estavam com suas atividades praticamente paralisadas. O atual ciclo de expansão da indústria naval, retomado no ano 2000, conforme dados da tabela abaixo, está associado ao aumento da exploração de petróleo “offshore” no litoral do país, e a conseqüente demanda por construção de plataformas de exploração de petróleo e embarcações de apoio. Esta retomada na construção naval trouxe aos estaleiros nacionais e as empresas fornecedoras de produtos e serviços, um necessário maior domínio dos seus processos de trabalho e um necessário aumento na produtividade. A retomada da produção naval está permitindo um processo de qualificação de mão-de-obra e de aprendizagem, pela montagem de redes de relações com fornecedores, melhoramento logístico e um maior domínio de processos e de fluxos do trabalho. A aprendizagem e o aumento da escala da produção, por sua vez, favorecem a redução dos custos de produção da indústria naval, tornando-a mais competitiva. 12 CAPÍTULO II PROJETOS 2.1- Conceituação de projetos Não há uma definição de projetos que seja reconhecida universalmente, existindo definições diferentes, citadas por diversos especialistas. O objetivo das atividades de projetos é satisfazer às necessidades dos consumidores. As atividades de projetos têm por objetivo fundamental prover produtos que satisfaçam às expectativas dos consumidores, envolvendo baixos custos, confiabilidade, desempenho e estética. Além disso, os produtos projetados devem permitir facilidade e rapidez de fabricação, serem concebidos de forma que evitem erros durante a fabricação e que os custos sejam minimizados. As atividades de projetos aplicam-se tanto a produtos como a processos. O termo projetos é mais usado referindo-se a projetos de produtos. Em termos mais abrangentes, as atividades de projetos estendem-se aos processos que produzem produtos. Os projetos começam com um conceito e terminam na tradução desse conceito em especificações ou desenhos de algo que podem ser produzidos. O projeto tem início a partir de uma idéia geral (concepção), e que no decorrer do tempo evolui, sendo progressivamente detalhados até que tenham condições de dar origem a um produto. As atividades de projetos são processos de transformação que se ajustam ao modelo entrada-transformação-saída e devem ser gerenciadas e administradas como um sistema produtivo. 13 2.2 - Projetos são produtos ou serviços? Segundo a norma NBR-ISO 9004-2000, os conceitos, princípios e elementos da Gestão pela Qualidade são aplicáveis para todas as formas de fornecimento de produtos ou serviços e para qualquer organização. A figura abaixo mostra que, em qualquer situação, sempre existe um produto envolvido em um serviço, e vice-versa. PR EÇ O R ELATIVO D E AQ U ISIÇ Ã O 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% S E R VIÇ O P R OD U TO A LTO (A UTOMÓV EL) BA IXO (PROJETOS) (figura adaptada do livro Indicadores da Qualidade e do Desempenho - Como estabelecer Metas e Medir Resultados – Takashima, Newton Tadachi e Mário C.X. Flores). Por exemplo, na aquisição de um automóvel, há um alto envolvimento do produto (predomina o valor do produto físico na composição), enquanto que em serviços de projeto há um baixo envolvimento do produto (o produto físico é um documento ou desenho) que contém as informações e recomendações para execução do projeto. As atividades de projetos são essencialmente intelectuais, que podem ser consideradas como um serviço, mas que tem como elemento de saída do processo, produtos que são os desenhos e outros documentos de engenharia. 14 CAPÍTULO III PROJETOS DE TUBULAÇÕES 3.1 - Histórico das tubulações. O emprego de tubulações pelo homem antecede provavelmente a história escrita. Foram descobertos vestígios ou redes completas de tubulações nas ruínas da Babilônia, da China antiga, de Pompéia e em muitas outras civilizações antigas. Os primeiros tubos metálicos foram feitos de chumbo, séculos antes da Era Cristã. Instalações completas com esse material foram utilizadas nas termas de Roma Antiga, com tubulações inclusive para água quente. A primeira produção de tubos de ferro fundido começou na Europa Central, por volta do século XV, existindo algumas instalações antigas desse tipo, ainda em funcionamento, como por exemplo, as instalações para as fontes dos jardins do Palácio de Versalhes, na França. Os tubos de aço, que hoje dominam largamente quase todos os campos de aplicação industrial e naval, são de desenvolvimento relativamente recente, datado de 1825, quando o primeiro tubo de aço foi fabricado na Inglaterra. Em 1886, com a primeira patente dos irmãos Mannesmann, do “laminador oblíquo”, foi possível produzir economicamente tubos de aço sem costura por solda. Nessa época, os tubos de aço eram necessários principalmente para resistir às pressões cada vez mais altas das tubulações de vapor. 15 3.2 - Generalidades. Tubos são condutos fechados destinados principalmente ao transporte de fluidos. Os tubos possuem seção circular como cilindros ocos que funcionam como condutos forçados, isto é, sem superfície livre, com o fluido ocupando toda a área da seção circular do tubo. Tubulação é o conjunto de tubos e seus acessórios. A importância das tubulações na construção naval é enorme. A necessidade da existência das tubulações decorre principalmente do fato de o ponto de geração ou de armazenamento dos fluidos estarem, em geral, distante do local de sua utilização. As tubulações são os elementos físicos de ligação entre os equipamentos, tais como: motores de combustão, bombas hidráulicas, tanques e reservatórios, trocadores de calor etc., por onde circulam os fluidos do processo. O valor das tubulações na construção naval representa em média 20 a 25 % do custo total da embarcação, e o de projetos de tubulações em torno de 20 % desse custo, ou seja, 5 % do custo total da construção. 3.3 - Classificação das tubulações. 3.3.1 - Quanto ao emprego. a) Tubulações de processo. São aquelas que fazem parte dos sistemas principais da embarcação, essenciais portanto, as finalidades de propulsão e geração de energia elétrica. Ex. Combustíveis e lubrificantes. 16 b) Tubulações de utilidade. São as que conduzem fluidos auxiliares ao funcionamento da propulsão e geração de energia, e a outras finalidades normais ou eventuais da embarcação, tais como: conforto da tripulação e passageiros, combate a incêndio, refrigeração, limpeza etc. Ex. Água doce potável, água quente, extinção de incêndio com CO2, água gelada, água salgada, ar comprimido, tratamento de águas servidas e separação de água do óleo. c) Tubulações de transmissão hidráulica. São aquelas destinadas aos fluidos sob alta pressão, para acionamento dos comandos dos lemes e outros servos mecanismos hidráulicos. Essas tubulações não se destinam ao transporte de fluidos. Ex. Óleo hidráulico da máquina do leme, óleo hidráulico do estabilizador. d) Tubulações de drenagem. São as que conduzem fluidos sem pressão, freqüentemente mal definidos e muito variados em sua composição. Ex. Efluentes sanitários e águas pluviais. e) Tubulações de instrumentação São as tubulações que transmitem sinais de pressão para válvulas e instrumentos de controle ou para monitoragem funcional de equipamentos. As tubulações de instrumentação não se destinam ao transporte de fluidos. Ex. Ar comprimido de controle. 17 3.3.2 - Quanto ao fluido conduzido. a) Tubulações de água. - água doce; - água potável; - água quente; - água desmineralizada; - água salgada de resfriamento de equipamentos; e - água salgada para incêndio. b) Tubulações de vapor. - vapor saturado; - vapor superaquecido; e - condensado. c) Tubulações de óleos. - combustíveis; - lubrificantes; e - hidráulicos. d) Tubulações de ar comprimido. - ar de alta pressão; e - ar de baixa pressão para controle e serviços gerais. e) Tubulações de esgoto e drenagem. - esgotos sanitários; e - drenagem de águas pluviais. 18 3.4 - Documentos de projetos de tubulações navais Um projeto de tubulações navais compõe-se em geral, da elaboração dos seguintes documentos e desenhos, abaixo relacionados, sendo que em alguns casos especiais poderão ser necessários outros documentos e desenhos. 3.4.1 - Diagramas ou fluxogramas de sistemas de tubulações. Os diagramas ou fluxogramas de sistemas de tubulações são desenhos esquemáticos, sem dimensões, sem escala, cuja finalidade principal é mostrar o seu funcionamento, os equipamentos que o compõem, os seus acessórios, suas válvulas, instrumentos e as interfaces com outros sistemas. Os diagramas ou fluxogramas não se destinam a fabricação, construção ou montagem das tubulações. Nos diagramas ou fluxogramas deverão constar os diâmetros nominais ou externos das tubulações, os sentidos de fluxo, os materiais empregados na fabricação das tubulações, os requisitos de teste e outras informações importantes a critério do responsável pela emissão do desenho. Todas as simbologias aplicadas ao desenho deverão seguir um padrão reconhecido através de normas. A figura ilustrativa da página a seguir apresenta um modelo de diagrama ou fluxograma. 19 3.4.2 – Arranjos ou plantas de tubulações. Arranjos ou plantas de tubulações são desenhos em escala, preferencialmente 1:20, que mostra de maneira precisa a localização de todas as tubulações, equipamentos, válvulas, componentes e demais elementos que compõem os sistemas em uma determinada área do navio. Sendo representadas em projeção horizontal, olhando-se de cima para baixo, e através de vistas auxiliares em corte. É um desenho utilizado durante a execução da montagem das tubulações. Além de representar todas as tubulações com suas válvulas e acessórios, esses desenhos devem mostrar: a) As linhas de referências com suas coordenadas, tais como: linhas de centro da embarcação, numeração das cavernas, e da linha de base. b) Suportes das tubulações com as respectivas identificações. c) Equipamentos ligados às tubulações. d) Instrumentos com suas respectivas identificações. 20 A figura ilustrativa a seguir apresenta um modelo de arranjo ou planta de tubulações. 3.4.3 – Desenhos isométricos de tubulações. Os isométricos de tubulações são desenhos feitos em perspectiva isométrica, sem escala, em geral para cada tubulação individual ou para dois ou três trechos de tubulações próximas que estejam interligadas. Nos desenhos isométricos devem constar todas as cotas e dimensões necessárias para fabricação e montagem das tubulações, tais como: dimensões dos trechos retos de tubos, ângulos, raios de curvaturas, localizações e orientações dos bocais dos equipamentos e instrumentos, posições das hastes e volantes das válvulas. A figura ilustrativa da página a seguir apresenta um modelo de isométrico de tubulações. 21 3.4.4 – Cadernos de pré-fabricados. É um desenho de fabricação, que deve conter todas as informações necessárias para a produção nas oficinas, das diversas peças componentes de um arranjo de tubulações. Essas peças são identificadas de forma seqüencial para permitir a correta montagem no navio, conforme apresentado na figura abaixo. 22 3.4.5 – Caderno de suportes de tubulações. Os suportes de tubulações são dispositivos destinados a suportar os pesos e os demais esforços exercidos pelos tubos ou sobre os tubos, transmitindo esses esforços a estrutura do navio, aos equipamentos ou a outros tubos próximos. Existe uma grande variedade de tipos e modelos diferentes de suportes de tubulações, sendo os principais tipos destinados a sustentar pesos, a limitar movimentos ou para absorverem vibrações. Os suportes devem ser preferencialmente padronizados. Caso os modelos padronizados não atendam à aplicação desejada, modelos especiais serão desenhados. Modelos de suportes padronizados – tipos “R”, “T”, ”L”, e “C”. 23 Modelo de suporte especial – tipo E 3.4.6 – Lista de Válvulas. Cada sistema deve ter uma lista de todas as válvulas pertencentes ao mesmo sistema e preenchidas as informações do número de identificação, a função que exerce no sistema, características das válvulas, tais como: DN (diâmetro nominal), tipo, material e conexão, dados do fabricante e suas dimensões básicas, conforme modelo apresentado abaixo. 24 3.4.7 – Lista de Instrumentos. Cada sistema deve ter uma lista de todos os instrumentos pertencentes ao mesmo, numerados sequencialmente e preenchidas as informações da descrição do instrumento, código, função, desenho de localização no processo, conexão, detalhe típico de montagem e características do instrumento adquirido, conforme modelo apresentado abaixo. 25 CAPÍTULO IV GERENCIAMENTO DE PROJETOS 4.1- Conceito de gerenciamento de projetos. Conforme SINK E TUTLE (1993), o gerenciamento de projetos em organizações envolvidas com engenharia, deve considerar que são processos produtivos complexos, compostos por fatores técnicos, econômicos, sociológicos, psicológicos e outros secundários que estão interligados e que interagem entre si, conforme representação gráfica abaixo. Um processo é um conjunto de recursos e atividades que transformam insumos em produtos / serviços. Uma vez que para haver um efeito (produto / serviço) são necessários causas. Podemos entender o processo como um conjunto de causas (CAMPOS 1992, APUD TAKASHIMA). A idéia deste conceito é que para o processo produtivo operar com efetividade, as tarefas demandadas e as metas a serem alcançadas precisa ser consistente com a estrutura da organização, tecnologia empregada e as necessidades das pessoas envolvidas. 26 A organização pode ser visualizada como um sistema que realiza seu trabalho através de um conjunto de atividades inter-relacionadas, que consomem recursos e produzem bens / serviços, denominada de processo. Processo também pode ser definido como o conjunto de atividades interrelacionadas ou interativas que transformam insumos (entradas) em produtos / serviços (saídas), que têm valor para um grupo específico de clientes interessados. Em sua maioria, os processos são inter-funcionais e podem ser classificados em: a) Processos Finalísticos ou primários - são aqueles que impactam diretamente o cliente externo. Se houver falha em um processo deste tipo o cliente perceberá imediatamente. Por exemplo, a alteração em um desenho, após sua entrega ao cliente. b) Processos de Apoio - são aqueles que sustentam os processos finalísticos e impactam indiretamente o cliente externo. Se houver falha em um processo deste tipo o cliente não perceberá imediatamente. Por exemplo, falta de investimento em novos computadores, mais rápidos, e “softwares” atualizados. c) Processos de Gestão – são necessários para coordenar as atividades de apoio e os processos finalísticos ou primários. . Por exemplo, o processo de planejamento das atividades de projetos a serem executadas e a orçamentação; d) Processos-Chave - são os processos finalísticos, de apoio ou de gestão que têm impacto direto no cumprimento da missão da organização, isto é, são fundamentais para a execução de sua estratégia e das suas atividades de rotina. Se houver falha em um processo deste tipo, o sucesso da organização estará comprometido. Para esses processos que são desenvolvidos os indicadores que farão parte do sistema de medição da organização. Por exemplo, a emissão de desenhos/documentos de projeto de tubulações de construção naval. 27 4.2 - O Processo de elaboração de projetos O processo de elaboração de projetos deve ser discutido, tratado e melhorado com esforço conjunto de seus gerentes, executores e clientes. É a própria aplicação do Ciclo PDCA. O ciclo PDCA (PLAN, DO, CHECK, ACT). Ilustrado na figura abaixo é um instrumento de grande valia para o planejamento e controle do processo. Este ciclo tem quatro etapas: ACT Agir A P C D PLAN Planejar DO Fazer CHECK Verificar Deming: Ciclo PDCA PLAN (Planejar) Deve-se estabelecer os objetivos e metas, para que sejam desenvolvidos métodos, procedimentos e padrões para alcançá-los. DO (Executar) Deve-se implementar o planejado, fornecendo educação e treinamento para a execução dos métodos desenvolvidos no planejamento. CHECK (Verificar) Deve-se verificar se o planejado foi alcançado através da comparação entre as metas desejadas e os resultados obtidos. 28 ACT (Ação corretiva) Caso as metas planejadas não tenham sido alcançadas, deve-se buscar as causas fundamentais a fim de prevenir a repetição dos efeitos indesejados, e replanejar o processo. E caso tenham sido alcançadas, deve-se adotar como padrão o planejado. (A representação do ciclo PDCA foi extraída do material disponibilizado na aula de Gerenciamento de projetos). 4.3 - O gerenciamento do sistema organizacional Todo gerenciamento organizacional é composto por três elementos básicos: “Quem gerencia” - Equipe Gerencial, “O que é gerenciado” - A Organização/Empresa, e o “Que é usado para gerenciar” - O sistema de indicadores, existindo entre esses três elementos, interfaces: − Interface entre a medição e os dados coletados – entre o que é gerenciado e as ferramentas usadas para converter dados em informações − Interface entre a representação e percepção – entre as ferramentas de armazenamento e recuperação de dados e quem gerencia; − Interface entre a decisão e ação – entre quem gerencia e aquilo que é gerenciado; O gerenciamento de uma organização, usando esses três elementos básicos, conforme apresentado na figura da página a seguir, é executado no sentido horário, isto é: os dados são coletados durante a medição, traduzidos em informações que são passadas para a Equipe Gerencial que as analisa, toma as decisões e atua implementando as ações corretivas na organização. Como na condução de uma embarcação é analisada a direção atual e a direção desejada, sendo a correção do rumo as metas a serem atingidas. 29 ORGANIZAÇÃO (figura adaptada do livro Planejamento e Medição para a Performance de Sink, D. Scott e Tutle, Thomas C.). 30 CAPÍTULO V INDICADORES 5.1- Conceituação Os indicadores são ferramentas básicas para o gerenciamento de uma Organização e as informações que fornecem são essenciais para o processo de tomada de decisão. Podem ser obtidos durante a realização de um processo ou ao seu final. O indicador é definido como um valor quantitativo realizado ao longo do tempo que permite obter informações sobre características, atributos e resultados de um produto ou serviço, sistema ou processo. 5.2- Componentes do indicador O valor numérico do indicador, num determinado momento, é denominado de índice. O referencial comparativo é um índice arbitrado ou convencionado para o indicador, utilizado como padrão de comparação. As metas são os índices arbitrados para os indicadores, a serem alcançados num determinado período de tempo. São pontos ou posições a serem atingidos no futuro. Eles se constituem em propulsores da gestão, pois gerenciar consiste em desenvolver ações, visando atingir metas. Uma meta possui três componentes: objetivo, valor, e prazo. Exemplo: reduzir o número de alterações em desenhos (objetivo) em 50% (valor) até o final do ano (prazo). A fórmula de obtenção do indicador indica como o valor numérico (índice) é obtido. 31 5.3 – Tipos de Indicadores a) Indicadores estratégicos: informam o “quanto” a organização se encontra na direção da consecução de sua visão. Refletem o desempenho em relação aos fatores críticos para o êxito. b) Indicadores de Produtividade (eficiência): medem a proporção de recursos consumidos com relação às saídas dos processos. c) Indicadores de Qualidade (eficácia): focam as medidas de satisfação dos clientes e as características do produto/serviço. d) Indicadores de Efetividade (impacto): focam as conseqüências dos produtos/serviços. Fazer a coisa certa da maneira certa. e) Indicadores de capacidade: medem a capacidade de resposta de um processo através da relação entre as saídas produzidas por unidade de tempo. 5.4 - Requisitos dos indicadores a)Disponibilidade: facilidade de acesso para coleta de dados, estando disponível a tempo; b) Simplicidade: facilidade de ser compreendido; c) Baixo custo de obtenção; d) Adaptabilidade: capacidade de respostas às mudanças; e) Estabilidade: permanência no tempo, permitindo a formação de uma série histórica; f) Rastreabilidade: facilidade de identificação da origem dos dados, seu registro e a manutenção; e g) Representatividade: atender às etapas críticas do processo, e serem importantes e abrangentes. 32 5.5 – Escolha dos indicadores – o que medir? Em uma organização a escolha dos indicadores é decorrente da Gestão estratégica – missão, valores, visão de futuro, metas estratégicas da Gestão operacional e das partes envolvidas – colaboradores, fornecedores, clientes e sociedade. Os indicadores escolhidos podem ser para a medição de: a) Eficácia ou qualidade, que é a garantia do cumprimento das características técnicas do produto ou serviço; b) Atendimento, que é a garantia da entrega do produto ou serviço no prazo, local e quantidades contratadas; c) Custo, que é o valor agregado ao produto ou serviço. Estar dentro dos valores orçados; d) Eficiência, que é a produtividade alcançada estar dentro das expectativas; e) Desempenho, que é fazer a coisa certa da maneira certa; f) Segurança, que é dar as pessoas e usuários à segurança física em relação aos produtos e serviços; g) Moral, que é dar aos colaboradores da organização um nível médio de satisfação; e h) Ética, que é o cumprimento das leis, regulamentos, normas e códigos de conduta. 33 CAPÍTULO VI INDICADORES DE PRODUTIVIDADE APLICADOS A PROJETOS DE TUBULAÇÕES 6.1- Análise dos fatores críticos Uma organização de projetos de tubulações tem seus custos médios para execução de desenhos e outros documentos de projetos distribuídos principalmente em: Mão de obra e encargos 85 % Equipamentos (hardware e software) 7% Instalações e Infra-estrutura 5% Material de consumo 2% Outros 1% Como pode ser observado na tabela acima, os custos de mão de obra e encargos são relevantes para uma organização de projetos. Desta forma, os indicadores de desempenho da mão de obra e os fatores que possam afetar a sua produtividade são fundamentais para o êxito estratégico da organização, e devem ser monitorados constantemente. Alguns fatores afetam diretamente a produtividade da mão de obra em projetos, dos quais destacamos os seguintes: a) Experiência profissional dos colaboradores; b) Treinamento permanente dos profissionais; c) Atualização “up-grade” dos recursos de informática, “hardware” e “software”. 34 d) Disponibilidade e utilização de bibliotecas de desenhos padrões e partes padronizadas de desenhos; e) Sistema informatizado para gerenciamento de dados; f) Acesso livre a informações das especificações, objetivando a redução de alterações. O custo da mão de obra e encargos na elaboração de projetos de tubulações é definido através da estimativa do número de horas trabalhadas e do custo por hora. Sendo o custo total real, apurado em função do número de horas gastas e do custo real da hora. 6.2 – Desenvolvimento dos indicadores Os indicadores foram desenvolvidos considerando-se o fator crítico de sucesso e os fatores que afetam diretamente a produtividade na atividade de projetos, e divididos em quatro grupos: 6.2.1- Indicadores de qualificação da mão de obra Esses indicadores visam subsidiar os gerentes de projetos como está o nível de capacitação dos colaboradores por níveis de responsabilidade. Podendo ser divididos por grupos: desenhistas, projetistas e engenheiros. Esses indicadores são classificados como do tipo “quanto maior melhor”. a) Meses de experiência profissional MEP = ∑ meses de experiência profissional número total de profissionais 35 b) Horas de treinamento HTM = ∑ horas de treinamento mensais número total de profissionais 6.2.2 - Indicadores de recursos de informática Esses indicadores visam subsidiar os gerentes de projetos de como estão os níveis dos recursos tecnológicos “hardwares e softwares” utilizados pela empresa. Esses indicadores são classificados como do tipo “quanto menor melhor”. a) Atualização dos “Hardwares” AHW = ∑ meses de uso das estações de trabalho número total de estações de trabalho b) Atualização dos “softwares” ASW = ∑ meses de uso dos “softwares” número total de estações de trabalho 6.2.3 - Indicadores da mão de obra Esses indicadores visam subsidiar os gerentes de projetos de como estão sendo utilizados os recursos da mão de obra, pela empresa. Podendo ser divididos por grupos: desenhistas, projetistas e engenheiros. Esses indicadores são classificados como do tipo “quanto menor melhor”. a) Horas de alterações HAL = ∑ horas de alterações mensais número total de horas mensais 36 b) Horas improdutivas mensais – não trabalhadas HIM = ∑ horas improdutivas mensais número total de horas mensais 6.2.4 - Indicadores de produtividade Esses indicadores visam subsidiar os gerentes de projetos de como estão os níveis de produtividade da empresa. Esses indicadores são classificados como do tipo “quanto maior melhor”. O indicador de produtividade mensal de formatos A4 é o indicador considerado crítico para o sucesso da organização, com impacto direto na redução dos custos. a) Horas trabalhadas HDI = ∑ horas trabalhadas mensais número total de horas mensais b) Produtividade mensal de formatos A4 PA4 = ∑ formatos A4 produzidos_______________ número total de horas trabalhadas mensais c) Utilização de arquivos, bibliotecas e padrões existentes ABP = ∑ formatos A4 aproveitados de arquivos, bibliotecas e padrões número total de formatos A4 produzidos 6.3- Formatos padrões É a dimensão do papel. Os formatos de papel para execução de desenhos técnicos são padronizados. A série mais usada de formatos é originária da Alemanha e conhecida como: série DIN - A (Deutsch Industrien Normen - A), cuja base é o formato Ao (A zero), constituído por um retângulo de 841 mm x 1189 mm = 1 m2, aproximadamente, tendo sido ratificado pela norma ABNT-NBR 10068 de 1997 – Folha de desenho – Leiaute e dimensões. 37 Mediante uma sucessão de cortes, dividindo em duas partes iguais os formatos, a partir do formato Ao, obtém-se os tamanhos menores da série. Veja nas figuras abaixo, que a maior dimensão de um formato obtido corresponde à menor do formato anterior. O espaço de utilização do papel fica compreendido por margens, que variam de dimensões, dependendo do formato usado. A margem esquerda, entretanto, é sempre 25 mm a fim de facilitar o arquivamento em pastas próprias. ----------------------------------------------------------------------------------------------------------FORMATOS DIMENSÕES QDE de A4 MARGENS ---------------------------------------------------------------------------------------------------------Ao 841 x 1189 16 10 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------A1 594 x 841 8 10 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------A2 420 x 594 4 10 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------A3 297 x 420 2 10 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------A4 210 x 297 1 5 ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 38 6.4 – Levantamento de dados e sua conversão em informações Os dados necessários para a composição dos indicadores devem ser identificados, levantados seus valores, armazenados e processados para conversão em informações gráficas. Nas páginas a seguir encontram-se o levantamento dos dados hipotéticos para o cálculo dos indicadores desenvolvidos no item 6.2, e em seguida os resultados dos cálculos dos indicadores, que foram elaborados através de uma planilha do Excel, com suas respectivas representações gráficas para avaliação dos resultados e implementação das ações corretivas que forem necessárias. HORAS TRABALHADAS 1600 1500 1600 2000 2300 2000 1800 2000 2000 2000 2000 1800 NÚMERO TOTAL ESTAÇÕES DE TRABALHO 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20 MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MESES USO DOS SOFTWARES 370 390 410 430 450 470 490 510 530 550 570 590 HORAS TREINAMENTO MENSAIS 180 180 180 200 200 220 220 240 240 240 220 220 MESES DE EXPERIÊNCIA 1300 1318 1216 1233 1250 1369 1387 1405 1530 1549 1389 1406 MESES USO ESTAÇÕES TRAB. 250 270 290 310 330 350 370 390 410 430 450 470 HORAS DE ALTERAÇÕES 150 130 170 120 200 180 220 150 170 150 160 200 TOTAL DE HORAS MENSAIS 1800 1800 1800 2300 2300 2300 2300 2300 2300 2300 2300 2300 LEVANTAMENTO DE DADOS PARA CÁLCULO DOS INDICADORES – ANO 2010 NÚMERO TOTAL DE PROFISSIONAIS 18 18 17 17 17 18 18 18 19 19 17 17 MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ FORMATOS A4 ARQ / PADRÕES 120 150 140 170 200 165 160 185 190 210 230 175 FORMATOS A4 PRODUZIDOS 400 430 410 520 600 510 470 530 540 560 570 480 HORAS DISPONÍVEIS MENSAIS 1600 1500 1600 2000 2300 2000 1800 2000 2000 2000 2000 1800 39 40 CÁLCULO DOS INDICADORES - ANO 2010 MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ MESES JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ INDICADOR MEP 72 73 72 73 74 76 77 78 81 82 82 83 INDICADOR AWS 18,5 19,5 20,5 21,5 22,5 23,5 24,5 25,5 26,5 27,5 28,5 29,5 INDICADOR HDI 0,89 0,83 0,89 0,87 1,00 0,87 0,78 0,87 0,87 0,87 0,87 0,78 INDICADOR HTM 10,0 10,0 10,6 11,8 11,8 12,2 12,2 13,3 12,6 12,6 12,9 12,9 INDICADOR HAL 8,3 7,2 9,4 5,2 8,7 7,8 9,6 6,5 7,4 6,5 7,0 8,7 INDICADOR PA4 0,25 0,29 0,26 0,26 0,26 0,26 0,26 0,27 0,27 0,28 0,29 0,27 INDICADOR AWH 12,5 13,5 14,5 15,5 16,5 17,5 18,5 19,5 20,5 21,5 22,5 23,5 INDICADOR HIM 1,1 1,4 0,8 1,3 0,8 1,2 0,5 0,7 0,7 0,7 0,7 0,9 INDICADOR ABP 0,30 0,35 0,34 0,33 0,33 0,32 0,34 0,35 0,35 0,38 0,28 0,36 Nota: Os valores calculados cujo resultados encontrados estão fora das metas estabelecidas foram indicados na cor vermelha. 41 INDICADOR MEP = MESES DE EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL / NÚMERO DE PROFISSIONAIS ANO 2010 84 81 82 82 83 82 78 80 77 76 78 76 74 72 70 73 72 72 73 74 68 META ANUAL ACIMA DE 75 66 64 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ INDICADOR HTM = HORAS DE TREINAMENTO MENSAIS / TOTAL DE PROFISSIONAIS ANO 2010 14,0 11,8 12,0 10,0 10,0 11,8 12,2 12,2 13,3 12,6 12,6 SET OUT 12,9 12,9 10,6 10,0 8,0 6,0 4,0 2,0 META ANUAL ENTRE 8 0,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL e 16 AGO NOV DEZ INDICADOR AWH = MESES USO ESTAÇÕES TRAB. / Nº TOTAL ESTAÇÕES DE TRABALHO ANO 2010 25,0 20,0 15,0 12,5 13,5 14,5 15,5 16,5 17,5 18,5 19,5 20,5 21,5 22,5 23,5 10,0 5,0 META ANUAL MÁXIMA ATÉ 36 0,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 42 INDICADOR AWS = MESES DE USO SOFTWARES / Nº TOTAL ESTAÇÕES DE TRABALHO ANO 2010 35,0 30,0 25,0 20,0 18,5 19,5 20,5 21,5 22,5 23,5 24,5 26,5 25,5 28,5 27,5 29,5 15,0 10,0 5,0 META ANUAL MÁXIMA ATÉ 36 0,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ INDICADOR HAL = HORAS DE ALTERAÇÕES / HORAS TRABALHADAS MENSAIS ANO 2010 14,0 12,2 12,0 11,1 10,6 10,0 8,0 9,4 8,7 8,7 9,0 8,5 7,5 6,0 7,5 8,0 OUT NOV 6,0 4,0 2,0 META ANUAL MÁXIMA ATÉ 10% 0,0 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET DEZ INDICADOR HIM = HORAS IMPRODUTIVAS / Nº TOTAL DE HORAS MENSAIS ANO 2010 1,6 1,4 1,4 1,3 1,1 1,2 1,2 1,0 0,8 0,8 0,9 0,8 0,6 0,5 0,4 0,2 0,0 JAN 0,7 0,7 0,7 0,7 META ANUAL MÁXIMA ATÉ 1% %% FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 43 INDICADOR HDI = HORAS TRABALHADAS MENSAIS / TOTAL DE HORAS MENSAIS ANO 2010 1,20 1,00 1,00 0,89 0,89 0,80 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,87 0,83 0,78 0,78 0,60 0,40 0,20 META ANUAL ACIMA DE 0,85 0,00 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ INDICADOR PA4 = TOTAL A4 PRODUZIDOS / TOTAL DE HORAS TRABALHADAS ANO 2010 0,29 0,29 0,28 0,29 0,28 0,27 0,27 0,27 0,27 0,26 0,26 0,25 0,26 0,26 0,26 0,26 0,25 META ANUAL ACIMA DE 0,25 0,24 0,23 JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ INDICADOR ABP = FORMATOS A4 ARQUIVOS / TOTAL A4 PRODUZIDOS ANO 2010 0,40 0,35 0,34 0,35 0,30 0,33 0,33 0,32 0,34 0,35 0,35 0,36 0,38 0,30 0,25 0,26 0,20 0,15 0,10 0,05 0,00 JAN META ANUAL ACIMA DE 0,30 FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 44 CONCLUSÃO A ciência de estruturar o sistema de medição não se restringe em apenas medir, mas em estabelecer indicadores que possam aferir resultados, bem como monitorar, orientar e induzir o desempenho da organização e, principalmente, apoiar os processos decisórios de modo a reorientar as ações e propiciar o conseqüente rumo da organização. Nesse contexto, os indicadores funcionam como ferramentas que conduzem ao comportamento desejado e devem dar aos indivíduos o direcionamento que precisam para atingir os objetivos da organização. Em organizações de projetos, o fator crítico de sucesso está diretamente associado aos custos da mão de obra necessários para execução dos desenhos/documentos de projeto e, portanto diretamente relacionado com o objetivo estratégico e a estratégia competitiva da organização. Porém, fatores complementares afetam o fator crítico de sucesso, e devem também ser monitorados, tais como: - O uso de recursos de informática atualizados; - A experiência dos profissionais e a atualização no uso das ferramentas de trabalho; - O aproveitamento e utilização de bibliotecas, padrões e detalhes típicos do banco de dados da organização; - A redução do volume de alterações/correções no projeto. Com base nos estudos desenvolvidos para elaboração desta monografia, concluímos que não existe um modelo padronizado de indicadores, cabendo a cada organização, utilizando fundamentos adequados, procurar o seu próprio caminho. 45 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 1) Indicadores da Qualidade e do Desempenho: Como Estabelecer Metas e Medir Resultados – Takashima, Newton Tadachi e Mário C. X. Flores Edição 1999 – Quality Mark Editora. 2) Tubulações Industriais, Materiais, Projeto e Montagem – Pedro Carlos da Silva Telles – 10º Edição 2001- Livros Técnicos e Científicos Editora LTC. 3) Planejamento e Medição para a Performance – Sink, D. Scott & Tutle, Thomas C. – Editora Quality 1993. 4) Norma ABNT NBR-ISO 9004-2000 – Sistema de Gestão da Qualidade – Diretrizes para melhorias de Desempenho. 5) Norma ABNT NBR 10068 -1987 – Folha de Desenho – Leiaute e Dimensões. 6) Manual de Projetos de Sistemas de Propulsão e Máquinas Auxiliares Classificação MNT-AMRJ-222-001 Rev. A – Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro. 7) Produtividade da Mão de Obra em Projetos de Estruturas Metálicas – Tese de Mestrado por Júlio Antônio Esquerdo Lopes. 8) Como Produzir uma Monografia Passo-a-passo – Marco Antônio Lorosa e Fernando Arduini Ayres – 7º Edição 2008. 9) www.transportes-xxi.net/tmaritimo/investigacao/classificacaodenavios – acessado em 10/08/2010. 10) www.bndes.gov.br/revistadobndes – acessado em 20/06/2010. 11) www.sinaval.org.br - acessado em 09/08/2010. 46 ÍNDICE FOLHA DE ROSTO 2 AGRADECIMENTO 3 DEDICATÓRIA 4 RESUMO 5 METODOLOGIA 6 SUMÁRIO 7 INTRODUÇÃO 8 CAPÍTULO I A CONSTRUÇÃO NAVAL 9 1.1 – Breve histórico 9 1.2 – A Construção naval no Brasil 10 CAPÍTULO II PROJETOS 12 2.1 – Conceituação de projetos 12 2.2 – Projetos são produtos ou serviços? 13 CAPÍTULO III PROJETOS DE TUBULAÇÕES 14 3.1 – Histórico das tubulações 14 3.2 – Generalidades 15 3.3 – Classificação das tubulações 15 3.3.1 - Quanto ao emprego 15 3.3.2 - Quanto ao fluido conduzido 17 3.4 – Documentos de projetos de tubulações navais 18 3.4.1 - Diagramas ou fluxogramas de sistemas de tubulações. 18 3.4.2 - Arranjos ou plantas de tubulações. 19 3.4.3 - Desenhos isométricos de tubulações. 20 47 3.4.4 - Caderno de pré-fabricados. 21 3.4.5 - Caderno de suportes de tubulações. 22 3.4.6 – Lista de Válvulas 23 3.4.7 – Lista de Instrumentos 24 CAPÍTULO IV GERENCIAMENTO DE PROJETOS 25 4.1 – Conceito de gerenciamento de projetos 25 4.2 – O processo de projetos 27 4.3 - O gerenciamento do sistema organizacional 28 CAPÍTULO V INDICADORES 30 5.1 - Conceituação 30 5.2 - Componentes do indicador 30 5.3 - Tipos de indicadores 31 5.4 - Requisitos dos indicadores 31 5.5 – Escolha dos indicadores – o que medir? 32 CAPÍTULO VI INDICADORES DE PRODUTIVIDADE APLICADOS A PROJETOS DE TUBULAÇÕES NAVAIS 33 6.1 – Análise dos fatores críticos 33 6.2 – Desenvolvimento dos indicadores 34 6.2.1 - Indicadores de qualificação da mão de obra 34 6.2.2 - Indicadores de recursos de informática 35 6.2.3 - Indicadores da mão de obra 35 6.2.4 - Indicadores de produtividade 36 6.3 – Formatos padrões 36 6.4 – Levantamento de dados e sua conversão em informações 38 CONCLUSÃO 44 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 45 ÍNDICE 46 FOLHA DE AVALIAÇÃO 48 48 FOLHA DE AVALIAÇÃO Nome da Instituição: Universidade Cândido Mendes - Instituto a Vez do Mestre - Título da Monografia: Indicadores de produtividade aplicados a projetos de tubulações na construção naval. Autor: Jorge Luís Alves do Rego Cúneo Data da entrega: 07 de Dezembro de 2010. Avaliado por: Conceito: a Prof Ana Claudia Morrissy