Full Music Escola de Música 27
- Professor Marcio Amaral
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IMPORTANTE
Este material não representa a totalidade da proposta de curso oferecido pela escola.
Dispomos de um programa de curso e de um repertório didático elaborado de acordo com o perfil de cada aluno (idade,
conhecimento musical, preferência musical).
Também, é indispensável a orientação de um professor para
a utilização correta do mesmo e evitar erros e costumes incorretos de postura e execução.
Para usufruir plenamente desse material e seguir para os
demais níveis entre em contato e agende uma aula demonstrativa gratuita presencial ou online.
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HISTÓRICO
O violão sempre foi visto, erroneamente, apenas como instrumento popular e não erudito. Originário da viuela,
instrumento usado pelos menestréis e trovadores (cantores do povo), desde o período medieval é associado a imagem popular.
Popular é um gênero musical existente no repertório de qualquer instrumento. Caracteriza-se por compreender músicas de complexidade técnica e elaboração harmônica de pouca complexidade. Logo,
acessível a todas as pessoas com interesse e um padrão normal de musicalidade.
É importante estarmos cientes de que o curso de violão denominado popular busca dar ao aluno conhecimento básico de música e
domínio do instrumento. Não visa o desenvolvimento de técnicas apuradas ou repertório de elevada complexidade técnica ou harmônica.
Contudo, a experiência musical que o curso proporcionará
despertará, de forma natural, o gosto e o interesse por um conhecimento
mais profundo do instrumento.
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NOMENCLATURA DO VIOLÃO
Paleta
Pestana
Tarracha
Traste
Escala
Braço
Tábua de
Ressonância
ou Tampão
Lateral
Quilha
ou
Cálice
Leque
Harmônico
Fundo
ou Parte
Posterior
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Tarrachas: localizadas na extremidade do braço (mão) tem a função de
esticar ou
afrouxar as cordas (afinação).
Braço: Parte sobre a qual fixa-se a escala e tem numa extremidade as
tarrachas e outra fixada no corpo ou caixa de ressonância.
Escala: parte frontal do braço.
Trastes: localizam-se na escala e são responsáveis pela divisão em
semitons da mesma.
Caixa de Ressonância: responsável pela amplificação do som produzido
pelas cordas.
É constituída do tampão (frente), talas (lateral), fundo e estrutura interna (leque harmônico e travessas).
Cavalete: localizado sobre a caixa de ressonância, fixa uma das extremidades das cordas.
Rastilho: Peça de osso ou plástico posicionada no cavalete sobre a qual se
apoiam as cordas.
Pestana: peça localizada no início do braço sobre a qual se apoiam as cordas. Junto com o rastilho determina o tamanho exato da corda.
Mosaico: ornamentação característica da abertura da caixa de ressonância.
Cordas: responsáveis pela produção do som. São seis. São contadas de
baixo para cima na seguinte afinação: 1a mi, 2a si, 3a sol, 4a ré, 5a lá, 6a mi.
POSTURA PARA TOCAR VIOLÃO
Na primeira postura pode-se cruzar a perna direita ou usar o apoio para o pé
que aparece na figura 2.
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NOTAS MUSICAIS
O nome das notas musicais tem origem na música coral medieval. Foi Guido
D’Arezzo, um monge italiano, que criou esse sistema de nomear as notas musicais.
Observando as iniciais de cada um dos versos dispostos na versão em latim,
o monge criou a grande maioria das notas musicais. Inicialmente, as notas musicais ficaram convencionadas como “ut”, “ré”, “mi”, “fá”, “sol”, “lá” e “si”. O “si” foi
obtido da junção das inicias de “Sancte Iohannes”, o homenageado da canção
que inspirou Guido de Arezzo.
.
UT queant laxis
REsonare fibris
MIra gestorum
FAmuli tuorum,
SOLve polluti
LAbii reatum,
Sancte Iohannes
Tradução:“Para que teus servos / Possam, das entranhas / Flautas ressoar /
Teus feitos admiráveis / Absolve o pecado / Desses lábios impuros / Ó São João.”
Mais tarde ut foi substituído por do, sugestão feita por Giovanni Battista Doni, um músico italiano que achava a sílaba incômoda para o solfejo .
AFINAÇÃO
Afina-se a 5ª corda solta por um diapasão (aparelho que emite o som da nota lá) ou qualquer outro instrumento já afinado. Em seguida, de acordo com a seqüência abaixo, pressiona-se e toca-se:
A 5ª corda na 5ª casa para afinar a 4ª corda solta.
A 4ª corda na 5ª casa para afinar a 3ª corda solta.
A 3ª corda na 4ª casa para afinar a 2ª corda solta.
A 2ª corda na 5ª casa para afinar a 1ª corda solta.
A 6ª corda na 5ª casa para ser afinada pela 5ª
corda solta.
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DIAPASÃO
Aparato usado para afinar instrumentos musicais. A forma mais conhecida
é um objeto metálico parecido com a letra “Y” que, ao ser percutido (batido) emite
o som da nota Lá (A) na frequência de 440 Hz.
Existem também diapasões de sopro com o formato de “apito”. Podem ser
de um som ou mais dependendo do modelo e do número de cordas do instrumento para o qual foi adquirido.
Esse sistema exige um treino maior por parte do músico, pois é uma forma
totalmente auditiva de afinar o violão.
.
AFINADOR ELETRÔNICO
Hoje dispomos de diversos modelos de afinadores eletrônicos. Os mais comuns são os de “clip”, pois ao contrário dos anteriores que captavam o som do
instrumento por um microfone ou cabo, estes, uma vez “presos” ao instrumento
não sofrem interferência dos sons internos.
O uso é simples, porém é visual. Ou seja, mesmo sem um “ouvido educado
para a música” é possível afinar o instrumento verificando no visor do aparelho a
se a CIFRA indicada corresponde à afinação da corda. Se estiver correto devemos esticar a corda para ficar mais agudo ou afrouxar para ficar
mais grave.
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CAPOTRASTE
Capotraste é um prendedor usado em instrumentos de cordas como violão
e guitarra, atuando como uma pestana móvel, usado para encurtar as cordas e
tornar as notas mais agudas.
Quando queremos que um determinado acorde fique mais agudo no violão,
avançamos algumas trastes e fazemos o mesmo acorde em outra posição, geralmente usando pestana.
Quando usamos o Capotraste podemos deixar de tocar acordes com pestana nos registros mais altos e ter acesso ao acordes da primeira posição em qualquer lugar do braço do seu instrumento. Existem diversos modelos. Exemplo:
METRÔNOMO
O metrônomo é um relógio que mede o tempo (andamento) musical. Produzindo pulsos de duração regular, ele pode ser utilizado para fins de estudo
ou interpretação musical.
Ometrônomo mecânico consiste num pêndulo oscilante cujas oscilações,
reguladas pela distância de um peso na haste do pêndulo, podem ser mais lentas
ou mais rápidas, sendo que a cada oscilação corresponde um tempo do compasso. Há também metrônomos eletrônicos, em que cada tempo do compasso é
indicado pelo piscar de um LED e por um som eletrônico.
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DEDILHADO
Esse sistema é muito eficiente, pois evita confusão entre a nomenclatura dos
dedos das mãos, atribuindo números e letras para representá-los.
Mão Direita (letras)
Mão Esquerda (números)
Polegar....p
Indicador..i
Médio......m
Anular.....a
Indicador..1
Médio.......2
Anular......3
Mínimo.....4
CONCEITOS MUSICAIS
Música: arte de combinar os sons de forma agradável ao ouvido.
Ritmo: Movimento dos sons de acordo com durações maiores ou menores.
Melodia: sucessão de notas num sentido musical.
Harmonia: execução simultânea de vários sons baseada em regras pré estabelecidas.
Escala: conjunto de notas musicais ordenadas em uma estrutura de tons e
semitons (Diatônica) ou semitons (Cromática).
Graus: nome dado a cada nota da escala e representado por algarismos romanos.
Notas: É cada um dos sons musicais existentes já classificados. São sete:
DÓ
RÉ
MI
FÁ
SOL
LÁ
SI
Intervalo: distância entre dois sons.
Semitom: menor distância entre dois sons.
Tom: distância equivalente a dois semitons.
Semitom natural: são compostos pelas notas mi-fá e si-dó.
Sinais de alteração: símbolos que alteram a altura das notas. São eles:
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(#) Sustenido: torna a nota mais aguda em um semitom (uma casa à frente).
( ) Bemol: torna a nota mais grave em um semitom (uma casa atrás).
( ) Bequadro: anula o efeito das alterações anteriores.
Acordes: execução simultânea de várias notas.
Cifras: letras maiúsculas que representam os acordes.
LÁ
SI
DÓ
RE
MI
FÁ
SOL
A
B
C
D
E
F
G
Baixo: é a nota mais grave do acorde.
Compasso: é a organização da música de acordo com o número de pulsações (tempos). Os compassos podem ser binários (2 tempos), ternários (3 tempos) e quaternários (4 tempos).
LOCALIZAÇÃO DAS NOTAS NO BRAÇO DO VIOLÃO
Como podemos perceber nos desenhos abaixo é importante saber que entre
o E (Mi) e o F (Fa) não tem sustenido.
Assim, partindo do nome de cada corda solta vamos acrescentando o sustenido na ordem ascendente ou o bemol se contarmos na ordem descendente.
É importante o conhecimento das notas nas cordas, pois será bastante utilizado na execução dos acordes com dedilhados.
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SOLO POR NÚMEROS
O sistema de escrita das notas sem a partitura é muito usado na música popular.
Um deles é o sistema por números, onde os números da ordem das dezenas
indica a corda e o segundo da unidade a casa a ser pressionada.
O zero “0” indica corda solta. Exemplo.:
Parabéns pra Você
30 – 30 – 32 – 30 – 21 – 20
30 – 30 – 32 – 30 – 23– 21
30 – 30 – 13 – 10 – 21 – 20 – 32
11 – 11 – 10 – 21 - 23 – 21
TABLATURA
Consiste no uso de linhas para representar as cordas do instrumento. O número de linhas muda de acordo com o número de cordas do instrumento usado
(violão-6, cavaco-4, viola caipira-10, etc).
A linha debaixo representa a corda grave (6ª corda) e a de cima a corda aguda (1ª corda). Exemplo:
PARABÉNS PRA VOCÊ
FINA
a
1
a
2
a
3
a
4
a
5
a
6
0 0 2 0
1 0
0 0 2 0
3
1
GROSSA
FINA
1
a
2
a
3
a
4
a
5
a
6
3 0
a
0 0
1 0
1 1 0
2
1 3 1
GROSSA
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EXERCÍCIOS BÁSICOS
MÃO DIREITA
Ex. 1: Com os dedos I – M – A apoiados nas 3 primeiras cordas, formando
um “C” na mão direita, utilizar o polegar para tocar a seguinte sequência:
a
1
a
2
a
3
a
4
a
5
GROSSA 6a
FINA
0 0 0 0
P P P P
0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0 0
Ex. 2: Com o polegar (P) apoiado na 6ª corda (grossa) e mantendo a postura de “C” na mão direita, executar as primeiras cordas do violão, lentamente, utilizando alternadamente os dedos “i” (indicador) e “m” (médio).
1
a
2
3a
a
4
a
5
a
GROSSA 6
FINA
a
I
M
I
M...
0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0 0
Ex. 3: Com os dedos i-m-a apoiados nas 3 primeiras, conforme o exercício
1, e mantendo a postura de “C” na mão direita, executar os dedilhados abaixo.
GRUPO I
GRUPO II
I
P–I–M-A
P-
P–A–M-I
P-
P–I–M–A–M–I
P-
I
MA
I
MA
M
A
I
-M
A
I
M
A
I
M
A
P–I–M–I–A–I–M-I
MÃO ESQUERDA
Os exercícios abaixo devem ser executados com os dedos indicador e médio
alternadamente ou com palhetada alternada.
OBS.: Manter o polegar apoiado na 6ª corda no início do estudo.
GRUPO I
1 - 2
1 - 3
1 - 4
GRUPO II
1 - 2 - 3 - 4
4 - 3 - 2 - 1
GRUPO III
2 - 3
2 - 4
3 - 4
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GRUPO IV
1 - 4 - 3 - 2
1 - 4 - 2 - 3
1 - 3 - 4
1 - 2 - 4
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MELODIAS POR TABLATURA
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ACORDES
Fm7
Cifra
Dedos
da Mão
Esquerda
Corda
que não
deve ser
tocada
Os acordes (posições) são indicados
por números (Mão Esquerda) colocados sobre o desenho de parte do braço do violão e representados pelas
Casas cifras.
1
2
3
4
5
3
Estas podem vir complementadas por
números que indicam os intervalos
musicais e são lidos como 2ª, 3ª, 5ª,
13ª, etc.
Cordas
dedilhadas
com os
dedos
i-m-a
X
Nota do
baixo
tocada
com o Polegar
Ou outras indicações como “M” (Maior), “m” (menor), “dim” ou “o” (diminuto) e “aum” (aumentado).
ACORDES MAIORES, MENORES E DOMINANTES
C
Dó Maior
D
Ré Maior
E
Mi maior
1
G
Sol Maior
B
Si Maior
A
Lá Maior
1
1
2
F
Fá Maior
2
2
23
3
3
234
1
2
34
4
234
X XX
C7
Dó sete
X X X
D7
Ré sete
1
2
3
E7
Mi sete
1
G7
Sol Sete
F7
Fá Sete
X X X
A7
Lá sete
B7
Si sete
1
2
23
4
X XX
X XX
1
3
2
X XX
X XX
4
1
2
2
3
2
4
3
3
3
4
X XX
X XX
Cm
Dó menor
Dm
Ré menor
X XX
Em
Mi menor
X XX
X XX
X XX
Gm
Sol menor
Fm
Fá menor
Am
Lá menor
1
2
3a.
Casa
Bm
Si menor
1
23
34
3
23
3a.
Casa
2a.
Casa
2
2
34
34
X X X
X XX
34
X X X
X X X
X X X
X X X
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X X X
X X X
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EXERCÍCIO DE ACORDES
Abaixo algumas combinações de acordes de fácil execução. Importante observar que, em alguns casos, podemos manter alguns dedos na mesma corda e
casa para ambas as posições.
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COMPASSO – CONCEITO
Pulso Musical ou Pulsação: é a acentuação natural que todos nós sentimos ao ouvir uma música. Ou seja, a marcação natural do pulso da música através de movimentos como estalar os dedos, balançar o corpo ou bater os pés ou
palmas.
Compasso Musical: é a organização do pulso natural da música em grupos
de 2, 3 ou 4 pulsos.
O que caracteriza cada compasso é a acentuação forte de cada pulso que
musicalmente é chamado de Tempo Musical, originando os compassos binários, ternários e quaternários.
Compasso
binário:
agrupamento dos tempos de
2 em 2, sendo que o primeiro
tempo recebe uma acentuação mais forte.
Compasso
ternário:
agrupamento dos tempos de
3 em 3, sendo que o primeiro
tempo recebe uma acentuação mais forte
Compasso quaternário:
agrupamento dos tempos de 4
em 4, sendo que o primeiro
tempo recebe uma acentuação mais forte
Para cada tipo de compasso temos diferentes estilos musicais. Exemplo:
Binário
Marcha, xote, country, bossa, reggae, etc
Ternário
Valsa, Guarânia, etc
Quaternário Canção, Toada, Rock, etc
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RITMO DE REGGAE
Considerações
O ritmo de reggae é caracterizado pelo contratempo. Ou seja, comparando
com o ritmo de marcha, substituimos a batida com o polegar pelo abafamento das
cordas.
Devemos abafar as cordas com o polegar direito direcionado para baixo e
tocar em seguida com os dedos i-m-a juntos.
Nos exemplos abaixo vamos indicar o abafamento com o “X” sobre a seta.
Desenho de Deus (Armandinho)
Ritmo:Reggae
E
A7M
Quando Deus te desenhou Ele tava namorando
E
A7M
Quando Deus te desenhou Ele tava namorando
E
A7M
Na beira do mar Na beira do mar do amor
E
A7M
Na beira do mar Na beira do mar do amor
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