UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
4ª Semana do Servidor e 5ª Semana Acadêmica
2008 – UFU 30 anos
ENTRE UTOPIAS E APATIAS – ONDE ESTÃO OS INTELECTUAIS?
UM OLHAR SOBRE A UNIVERSIDADE NORTE-AMERICANA
Leilane Ap. Oliveira1
Universidade Federal de Uberlândia
Av. João Naves de Ávila, 2121. Campus Santa Mônica.
[email protected]
Resumo: O presente trabalho traz como proposta a avaliação do homem contemporâneo e suas
ações por meio de elementos artísticos como, por exemplo, o Teatro e o Cinema. Constitui-se em
uma parte da discussão desenvolvida por um projeto de Iniciação Científica (financiado pelo
Cnpq) que está em andamento, sob a orientação da Profª Drª Rosangela Patriota Ramos, do
Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia.
Utilizando, pois, o texto teatral “Oleanna” (1992), de David Mamet (dramaturgo, diretor,
poeta e ensaísta norte-americano) bem como a adaptação cinematográfica (1994), pretendo
estabelecer um debate com as principais questões lançadas pelo autor em sua obra, uma vez que,
ele trava uma importante discussão acerca da liberdade, dos seus limites e da configuração dos
seus excessos (como por exemplo, o Assédio) numa sociedade (norte-americana) considerada ideal
e capaz de abranger os diferentes grupos de pessoas, as diversas culturas, desde imigrantes que
constituíram o país ao longo dos anos (considerando os E.U.A uma terra de possibilidades) até os
mais diversos grupos que se constituíram para lutar por seus ideais (negros, feministas, etc.), que
buscam seu lugar na sociedade, convivendo no mesmo ambiente sob a bandeira do politicamente
correto.
Isso porque “Oleanna” de David Mamet retrata o ambiente de uma universidade norteamericana, onde se desenvolve um longo diálogo entre um professor (que espera pela sua
efetivação, que trará a ele garantias e estabilidade) e uma aluna (uma feminista, que age em nome
de seu grupo) que, desvendará a complexidade das relações que se expressam nessa sociedade,
marcada pelas disputas de poder, busca pela liberdade e felicidade nos parâmetros do sistema
capitalista, além de trazer questões como o lugar e papel do intelectual nas universidades, as
relações de poder presentes em todas as esferas da vida social, inclusive dentro das próprias
universidades.
Palavras-chave: Intelectuais, Utopias, Poder, Assédio.
1. INTRODUÇÃO:
Para que essa pesquisa seja realizada apresento, então, o Teatro e o Cinema como campos de
discussões, de análises e estudos, considerando-os primeiramente como arte mediada pelo
conhecimento. Desta maneira, busco estabelecer um diálogo entre História e linguagens, além de
analisar as perspectivas do autor para com a sua produção. Pois, tanto o Cinema quanto o Teatro são
criações humanas, portanto, dotada de sujeitos, fala de um tempo histórico e se direciona a alguém.
E mais do que isso, ao trabalharmos com estas linguagens, enquanto documento para análise
histórica e como campo de reflexão sobre História, estamos trabalhando com representações de um
real vivido, dentro de um tempo e espaço que traz consigo uma bagagem de questões que dizem
respeito a determinados aspectos dessa sociedade. Ampliando, pois, as perspectivas históricas,
como evidencia Ramos e Patriota (2005): “(...) ao analisar o processo histórico a partir de várias
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Leilane Aparecida Oliveira é graduanda do curso de História da Universidade Federal de Uberlândia, orientada pela
Profª Drª Rosangela Patriota Ramos do Instituto de História.
perspectivas, pode-se constatar, além da diversidade do mesmo, que a historicidade é inerente às
criações humanas; pois estas ganham existência e inteligibilidade à luz das condições históricas que
as gestaram, e/ou por meio de uma memória histórica que garante a sobrevivência de temas, idéias,
sujeitos e obras através dos tempos”.
É sob este olhar para a História e as possibilidades abertas pelo campo da História Cultural,
que permite a utilização de diversas fontes de investigação que pretendo suscitar o debate em torno
da Universidade e sociedade norte-americana.
2. A TRAMA:
A trama de Oleanna é reportada por meio de um diálogo e embate entre um professor e uma
aluna que, em meio aos ditos e não ditos, em meio aos subentendidos faz com que a prática do
assédio se expresse em sua complexidade, através de atitudes perversas. O ambiente retratado é o de
uma universidade norte-americana, cujos únicos personagens em evidência são: o professor John
(William H. Macy) e a aluna (Rebecca Pidgeon). Toda a trama fica centrada nesses dois
personagens.
O professor universitário recebe em seu gabinete uma aluna que está inconformada com sua
nota em um trabalho. Este professor se propõe a ajudar esta aluna em suas dificuldades, dando-lhe
oportunidades para reaver seus erros. Porém, uma série de subtendidos vai se estabelecendo nessa
relação professor-aluna, desde o momento em que o professor diz querer ajudá-la por gostar dela.
Carol sente-se uma estúpida diante desse professor e suas idéias, ela não o entende e não concorda
com ele, carregando o ressentimento com relação ao professor, o que é demonstrado de maneira
gradual na trama, culminando no surto de Carol, que se aproveita da aproximação entre os dois para
acusá-lo de Assédio Sexual perante o Conselho da Universidade. É sob o pretexto de uma violência
física e sexual (estupro) que John é acusado, mas, o que está implícito é que não se trata de uma
violência física, mas de uma violação moral, violência psíquica que se estabeleceu nessa relação. O
professor é o superior, que sabe tudo, Carol, a aluna, não entende, ou como diz o professor, não
quer entender. Carol o acusa de atitudes sexistas sentindo-se ofendida moralmente. Estas atitudes do
professor são rememoradas por Carol, que mostra a ele como essas atitudes eram expressas dentro
da sala de aula constantemente, ferindo a moral de seu “grupo”.
Acontece que, concomitante ao diálogo de Carol e John, John está vivendo um momento de
transição em sua vida, ele aguarda por sua efetivação no cargo de professor, por isso está a comprar
uma casa para viver com sua família. Não é raro o telefone tocar e interromper o diálogo,
geralmente em momentos em que algo importante será dito. Carol é interrompida, isso para mostrar
que John está ocupado com seus interesses particulares, apesar de se mostrar “interessado” em
resolver e explicar o que Carol quer. Carol permanece no gabinete de John, enquanto ele conversa
sobre a casa, ora com sua esposa, ora com seu advogado, prestando muita atenção às atitudes do
professor, utilizando tudo o que ele diz como prova de sua acusação.
Com a acusação feita por Carol, John vê sua carreira desmoronar, seu progresso individual
corre risco. Isso incomoda os espectadores na medida em que achamos injustas as atitudes de Carol
para com o professor “complacente”, que se torna a vítima da chantagem de uma aluna (que solicita
ao professor para que retire seu livro da lista de livros que devem ser lidos pelos alunos – por não
concordar com a sua discussão).
Nesse sentido, a trama demonstra justamente a complexidade das relações humanas, a
complexidade de se enxergar os limites da liberdade, levando-nos a questionar quem é o agressor e
quem é o agredido, revelando as faces do próprio Assédio Moral. Pois como evidencia MarieFrance Hirigoyen, o Assédio Moral pode ser definido como um conjunto de atitudes perniciosas e
quase invisíveis, exercidas no dia-a-dia do trabalho, com o fim de diminuir o outro de forma suave e
perversa, como um assassinato psíquico, mostrando, passo a passo, como essa violência intencional
e insidiosa se processa, em palavras, gestos, ações ou omissões e cuja perversidade e permanência
aniquilam e destroem. Podendo ser expresso em qualquer ambiente, segundo Hirigoyen (2008),
inclusive nas universidades: "Podemos encontrá-los (os processos perversos de assédio moral) em
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todos os grupos em que indivíduos podem entrar em rivalidade, particularmente nas escolas e
universidades. A imaginação humana é ilimitada quando se trata de matar no outro a boa imagem
que tem de si mesmo; mascaram-se, assim, as próprias fraquezas e pode-se assumir uma posição de
superioridade."
3. UTOPIAS?
Tomando como ponto de partida a obra de David Mamet, Oleanna, no desejo de analisar o
homem contemporâneo e os desdobramentos de suas ações, torna-se imprescindível a análise da
sociedade, por se tratar de uma sociedade marcadamente capitalista e de uma década (década de 90)
em que o sonho por uma sociedade diferente da capitalista se desfaz (dado o fracasso das grandes
ideologias), que irá interferir inclusive na posição de muitos intelectuais, quanto à posição política e
social..Observa-se uma transformação, de certo modo, na maneira de agir, pensar e que mexe com
as sensibilidades humanas. Transformações que se expressam na questão de como fica o intelectual
nesse meio de ilusões perdidas e como as relações de poder se fortalecem.
Desta maneira, podemos nos servir das análises de historiadores como Russell Jacoby, no
que diz respeito às perspectivas quanto a essas transformações, sentidas à partir da segunda metade
do século XX. Ele parte da idéia da construção de uma história que segundo ele, deva lançar
perspectivas para a transformação dessa sociedade, projetando olhares para o futuro e, a partir do
momento em que não consigamos olhar para um futuro diferente do presente, está aí um indício de
que existe algo de errado com essas perspectivas sociais e é preciso avaliá-las.
O que frustra as tentativas de transformação da esfera sóciopolítica, que caracterizaria o fim
de uma utopia, ou seja, do ideal de uma sociedade diferente da que temos hoje, pois segundo Jacoby
(2001): “Entramos na era da aquiescência, na qual estruturamos nossas vidas, nossas famílias e
nossas carreiras com muito pouca expectativa de que o futuro venha diferir de alguma forma do
presente (...) sumiu do mapa uma certa noção de utopia, a idéia de que o futuro pode transcender o
presente”.
Assim, o fim das utopias simboliza o fim dos ideais de transformação da sociedade
capitalista em uma sociedade mais humana e igualitária, ideologia que marcou os séculos XIX e
XX, que marcou a juventude, os diferentes grupos e, sobretudo intelectuais que se engajaram nessa
luta, por esta ideologia estar fundamentada na transformação radical de uma sociedade vista como
injusta e opressora, em uma sociedade livre e justa. Utopia que durante pelo menos cem anos, como
afirma Norberto Bobbio, “fascinou filósofos, escritores e poetas; abalou as massas desvalidas e
impeliu-as à ação violenta, em que estes sacrificavam suas próprias vidas, enfrentando prisões,
exílios e campos de extermínio. Apareceu em Marx como sendo a “solução dos enigmas da
História”, sendo pois, a primeira utopia a sair do plano das palavras, para os fatos e concretude, em
que os homens foram conclamados a agir. Mas que encontrou seu fim juntamente com as crises
econômicas que assolavam em terrenos comunistas e com a sua insuficiência diante do capitalismo.
As velhas ideologias do século XIX se demonstravam “esgotadas”, minadas pelos horrores
do comunismo soviético em face de seu autoritarismo, e o sucesso do capitalismo liberal no final do
século XX, o velho radicalismo político perdia significado. A esse respeito o historiador Eric
Hobsbawm, que inclusive fora militante dessas ideologias comunistas reconheceu que, “hoje em dia
não há no mundo um país que represente uma alternativa digna de crédito ao sistema capitalista”,
que “mais uma vez provou que continua sendo a força mais dinâmica do desenvolvimento
mundial”.
Ao que parece, nenhuma idéia revolucionária de grande mobilização surgiu depois que se
deu a queda do muro de Berlim em 1989 (que repercutiu na própria queda do comunismo), não com
as repercussões que o Regime Comunista deflagrado pela União Soviética teve no século passado.
E o que podemos concluir é que estamos caminhando rumo a um conformismo, a uma era de apatia,
que precisa ser questionada.
Estamos vivendo numa época considerada como pós-modernista, marcada, pois, pela
prosperidade concentrada nos triunfos do capitalismo, nas alegrias do consumismo e num
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individualismo exacerbado, inaugurando uma sociedade marcadamente desigual e competitiva, em
que as pessoas estão, cada vez mais, envolvidas nos jogos de poder, travando lutas diárias no
interior das empresas, instituições, etc., buscando reconhecimento, sucesso e méritos.
4. ONDE ESTÃO OS INTELECTUAIS?
Segundo Russel Jacoby (1990), em seu livro Os Últimos Intelectuais: “Um espectro ronda
as universidades americanas ou, pelo menos, seu corpo docente: o enfado. Uma geração de
professores entrou nas universidades em meados e no final da década de 1960, quando os campi
explodiam de tanta energia; hoje esses professores estão visivelmente entediados, se não
desmoralizados.” Isso explica o clima de apatia existente na sociedade contemporânea, em que as
grandes causas foram abandonadas em prol do individual. O que repercutiu inclusive entre os
intelectuais.
Esse argumento demonstra como à partir do momento da expansão do ensino superior,
principalmente após a Segunda Guerra e sobretudo nos fins da década de 1960, os campi passaram
cada vez mais a ser o lar dos intelectuais, inclusive muitos intelectuais da esquerda migraram para
as universidades. Sob esse ponto, observa-se que os intelectuais não mais interagiam de forma
ampla com a cultura pública, quase que desaparecendo os intelectuais públicos, uma vez que: “Os
intelectuais mais jovens não desejam um público mais amplo; quase todos são apenas professores.
Os campi são seus lares; os colegas, sua audiência; as monografias e os periódicos especializados,
seu meio de comunicação. Ao contrário dos intelectuais do passado, eles se situam dentro de
especialidades e disciplinas – por uma boa razão. Seus empregos, carreiras e salários dependem da
avaliação de especialistas, e esta dependência afeta as questões levantadas e a linguagem
empregada.”(Jacoby, 1990).
Ao passo que, segundo o mesmo autor, os intelectuais mais jovens estão preocupados cada
vez mais com as exigências das carreiras universitárias, consistindo assim, no advento do
carreirismo. Eles pareciam adentrar na engrenagem do capitalismo, sob a qual, Jacoby questiona a
formação do intelectual enquanto uma classe. Os campi, por sua vez, se demonstravam quietos, com
uma juventude apática, silenciosa e conformista, não era como há tempos atrás em que jovens
cientistas sociais encaravam suas disciplinas como veículos de protesto contra a sociedade.
Outros estudiosos citados por Jacoby, como por exemplo, Howe, observava que: “A
‘absorção’ dos intelectuais pelas universidades significou que eles não somente perderam sua
tradicional rebeldia, mas de certa forma deixaram de funcionar como intelectuais”, ora, basta
questionarmos: qual é o papel do intelectual na sociedade?
Segundo o mesmo autor citado por Jacoby: “A universidade ainda está comprometida com a
ideologia da liberdade e muitos professores tentam árdua e honestamente viver segundo ela. Se o
intelectual não pode subsistir independentemente, de seu trabalho ou da renda familiar, a academia
é em geral sua segunda melhor alternativa”. E à medida que os intelectuais obtinham postos nas
universidades, passavam a desfrutar de benefícios, como férias regulares, férias prolongadas e
liberdade de escrever, e às vezes ensinar o que queriam (Jacoby, 1990). Mas a própria liberdade
acadêmica era frágil, não era tão simples assim, pois o futuro do indivíduo, como argumenta
Jacoby, dependia de um complexo conjunto de avaliações realizadas por colegas e administradores.
Então, cadê a liberdade? Seria então comprometedor o fato de o intelectual, agora tendo como seu
lócus a universidade, estar em prol e comprometido com alguma ideologia? E o que estão fazendo
estes intelectuais?
Sob esse ponto, Oleanna de David Mamet, demonstra a pressão sentida pelo professor Jhon,
seja por sua aluna, que juntamente com seu grupo pede pra que ele retire seu livro da lista de
leituras obrigatórias, por simplesmente não concordarem com o que ele diz, seja pelo Conselho
Acadêmico que irá avaliá-lo em sua conduta para efetivá-lo. Jhon se transforma aos olhos do
espectador nesse intelectual desmoralizado, que está em busca de segurança, de benefícios que a
academia é capaz de lhe proporcionar. Carol, a aluna, também quer fazer sua carreira e depende de
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suas notas, de aprovação para chegar lá. Todos estão em busca do sucesso acadêmico. Estas são as
causas de cada um.
5. CONCLUSÃO
A universidade, como observamos, tornou-se o lócus do intelectual, com a própria explosão
do ensino superior, dentre outros motivos. Diferentes grupos agora convivem nas universidades
norte-americanas, sejam eles feministas, negros, etc., consistindo no retrato de uma sociedade que
também é pluralista. Não raro esses grupos se divergem em opiniões, mas vivem numa mesma
nação sob a bandeira do politicamente correto, da liberdade, que embora proclamada, muitas vezes
se limita, ao mesmo tempo em que é lançada a idéia do “faça você mesmo”, configurando numa
sociedade que é contraditória.
Sociedade que sobrevive sob a ótica do capitalismo, em que as garantias individuais falam
mais alto do que as grandes utopias. É nesse terreno, em que as grandes utopias se esfacelam e se
perdem, que o poder e o próprio Assédio encontra lócus para desenvolverem. Pois, o que
observamos é o desenvolvimento de uma sociedade cada vez mais individualista, com indivíduos
narcisistas, como afirma Christopher Lasch (1983): ”O narcisismo parece realmente representar a
melhor maneira de lutar em igualdade de condições com as tensões e ansiedades da vida moderna, e
as condições sociais predominantes tendem, em conseqüência, a fazer aflorar os traços narcisistas
presentes, em vários graus em todos nós”. E descrevendo em parte sinais da nova vida,
principalmente nos Estados Unidos afirma que:(...) A cultura do individualismo competitivo, o qual
em sua decadência, levou à lógica do individualismo ao extremo de uma guerra de tudo contra tudo,
à busca da felicidade em um beco sem saída de uma preocupação narcísistica do eu. Os grupos
querem se afirmar enquanto tais, na busca de interesses que lhe são próprios.
Se a sociedade está marcada por essas questões, seria possível com que as utopias, ou pelo
menos novas utopias sejam possíveis de se estabelecer? O que podem fazer os intelectuais, mesmo
estes estando concentrado nos campi universitários?
Quanto às utopias, acreditar simplesmente no seu fim é cair no profundo conformismo.
Quanto aos intelectuais, estes podem sempre atuar nas brechas deixadas pelo sistema que os
envolvem.
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6. REFERÊNCIAS
BOBBIO, Norberto, 1992. O Reverso da Utopia. IN: BLACKBURN, Robin (org.).Depois da
Queda: O fracasso do Comunismo e o Futuro do Socialismo.Rio de Janeiro: Paz e Terra.
HIRIGOYEN, Marie-France, 2005. Assédio Moral: violência Perversa no Cotidiano; tradução de
Maria Helena Kühner.- 7ª ed. - RJ; Bertrand do Brasil.
JACOBY, Russell, 2001.O Fim da Utopia. Rio de Janeiro: Record.
JACOBY, Russell, 1990. Os últimos Intelectuais: a cultura americana na Era da academia. São
Paulo: Trajetória Cultural : EDUSP.
LASCH, C. A, 1983. A Cultura do Narcisismo: A vida Americana numa Era de Esperanças em
Declínio. Rio de Janeiro: Imago.
RAMOS, A. F.; PATRIOTA, R., 2005. Cinema – Teatro – Ensino de História: proposições
temáticas e apontamentos metodológicas. In: CARDOSO, H. H. P.; MACHADO, M. C. T.
História: narrativas plurais, múltiplas linguagens. Uberlândia: EDUFU.
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