Figuras
Explode Coração
Chega de tentar dissimular
E disfarçar e esconder
O que não da mais pra ocultar
E eu não posso mais calar
Já que o brilho desse olhar foi traidor e
Entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar e me cortou
Figuras
Chega de temer, chorar, sofrer
Sorrir, se dar, e se perder, e se achar
Que tudo aquilo que e viver,
Eu quero mais e me abrir
E que essa vida entre assim
Como se fosse o sol
Desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor dessa manhã
Figuras
Nascendo, rompendo, rasgando,
E tomando meu corpo e então eu
Chorando, sofrendo, gostando, adorando,
gritando
Feito louco, alucinado e criança
Sentindo o meu amor se derramando
Não dá mais pra segurar
Explode coração
Figuras
Pensamento
Figuras de pensamento
Antítese: é a aproximação de palavras ou expressões que
exprimem idéias contrárias, adversas.
Exemplos:
Aquele fogo em sua face apagava-se com o gélido
coração
Figuras de pensamento
Eufemismo: é uma espécie de abrandamento, é uma maneira
de, por meio de palavras mais polidas, tornar mais suave e
sutil uma informação de cunho desagradável e chocante.
Exemplos:
O nobre deputado faltou com a verdade
Seu filho foi estudar a geologia dos campos santos.
Figuras de pensamento
Gradação: é a maneira ascendente ou descendente como as
idéias podem ser organizadas na frase.
Exemplos:
Respirou e pôs um pé adiante e depois o outro, olhou
para o lado e o caminhar virou trote, que virou corrida,
que virou desespero.
Figuras de pensamento
Ironia: figura que consiste em dizer, com intenções sarcásticas
e zombadoras, exatamente o contrário do que se pensa, do
que realmente se quer afirmar. Exige, em alguns casos,
bastante perícia por parte do receptor (leitor ou ouvinte).
Exemplos:
“O presidente Lula é o mais culto e bem formado de todos
os presidentes”
Figuras de pensamento
Hipérbole: modo exagerado de exprimir uma idéia.
Exemplos:
“Eu nunca mais vou respirar, se você não me notar, eu
posso até morrer de fome se você não me amar”
(Cazuza)
Figuras de pensamento
Prosopopéia (ou personificação): é a atribuição de
características humanas a seres não-humanos.
Exemplos:
Seus olhos corriam pela fazenda enquanto a lua lhe sorria.
Palavras
Figuras de palavras
Comparação: é a comparação direta de qualificações entre
seres, com o uso do conectivo comparativo (como, assim
como, bem como, tal qual, etc.).
Exemplos:
Naquele domingo, trabalhou como um cavalo.
Figuras de palavras
Metáfora: assim como a comparação, consiste numa relação
de semelhança de qualificações. Mais sutil, exige muita
atenção do leitor para ser captada, porque dispensa os
conectivos que aparecem na comparação.
Exemplos:
Naquele domingo, ele era um cavalo trabalhando.
Figuras de palavras
Metonímia: é a utilização de uma palavra por outra. Essas
palavras mantêm-se relacionadas de várias formas:
- O autor pela obra: Todos leram machado para a prova.
- O instrumento pela pessoa que dele se utiliza:
Todos sabiam que Adamastor era bom de copo.
-- O recipiente (continente) pelo conteúdo: Todos
queriam, naquele instante, um bom copo d´água.
-O lugar pelo produto: O que mais me fascinava era
fumar um Havana.
Figuras de palavras
Sinestesia: é a figura que proporciona a ilusão de mistura de
percepções, mistura de sentidos.
Exemplos:
Aquele olhar doce realçava sua voz morna.
Figuras de palavras
Perífrase (ou antonomásia): é um tipo de apelido que se
confere aos seres, com o intuito de valorizar algum de seus
feitos ou atributos.
Exemplos:
Todos gostaram da Ilha da Magia
Sintaxe
Figuras de sintaxe
Elipse: ocorre quando se omite algum termo ou palavra de
um enunciado. É sempre bom lembrar que essa omissão
deve ser captada pelo leitor, que pode deduzi-la a partir do
contexto, da situação comunicativa.
Exemplos:
(nós) Saímos da confeitaria com um pedaço de felicidade
Figuras de sintaxe
Zeugma: é um tipo de elipse. Ocorre zeugma quando duas
orações compartilham o termo omitido. Isto é, quando o termo
omitido é o mesmo que aparece na oração anterior.
Exemplos:
Todos querem dinheiro; eu, amor.
Figuras de sintaxe
Pleonasmo: Essa figura nada mais é que a repetição, o reforço
de uma idéia já expressa por alguma palavra, termo ou
expressão. Somente corre como figura de sintaxe quando
utilizado com fins estilísticos, como a ênfase intencional a uma
idéia; sendo resultado da ignorância ou do descuido do usuário
da língua, é considerado como um vício de linguagem
(pleonasmo vicioso).
Exemplos:
Das mulheres, preciso delas.
Cheguei até aqui caminhando com minhas próprias pernas.
Figuras de sintaxe
Inversão: Há quando ocorre qualquer inversão da ordem
natural de termos num enunciado, a fim de conferir-lhe
especiais efeitos e reforços de sentido
Exemplo:
Sua alma, nunca vi.
Figuras de sintaxe
Hipérbato: é um tipo de inversão que consiste, geralmente,
na separação de termos que normalmente apareceriam
unidos.
Exemplo
O amor, todos sabemos, vermelho e quente descobri eu.
Figuras de sintaxe
Sínquise: essa palavra vem do grego (sýgchysis) e significa
confusão. É a inversão muito violenta na ordem natural dos
termos.
Exemplos:
"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo
heróico o brado retumbante" (ordem natural: As margens
plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um
povo heróico)
Figuras de sintaxe
Assíndeto: Síndeto significa conjunção, portanto assíndeto
nada mais é que ausência de conjunção.
Exemplos:
Ele tocava, bulia, arfava e ela dormia.
Figuras de sintaxe
Polissíndeto: é o contrário do assíndeto. A repetição de
conjunções.
Exemplo
Ele tocava e bulia e arfava. Ela dormia.
Figuras de sintaxe
Onomatopéia: consiste na criação de palavras com o intuito
de imitar sons ou vozes naturais dos seres
Exemplos:
Ela me deu um susto e ploft, o bolo caiu no chão.
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