1 “Gestão da Qualidade: A Qualidade como fator de Competitividade e Satisfação do Cliente”. "Quality Management: Quality as a factor of Competitiveness and Customer Satisfaction". EVERTON FRANCISCO COSTA Graduando em Administração pela FHO – UNIARARAS [email protected] RENATO NUNES DO NASCIMENTO Graduando em Administração pela FHO – UNIARARAS [email protected] FERNANDO DA SILVA PEREIRA Economista pela Universidade Estadual Paulista – UNESP e Mestre em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo - USP Professor do curso de Administração da FHO - UNIARARAS [email protected] RESUMO Atualmente o tema de qualidade tem sido de grande destaque na administração moderna, principalmente levando em consideração a análise de um mercado globalizado, no qual a competição é muito intensa e freqüente e as empresas devem possuir ferramentas e estratégias que a tornem mais competitiva e diferenciada no mercado no qual atuam. Estes fatos em associação com o grande volume de informações condicionam as empresas a explorarem o tema de qualidade como forma de obterem uma maior aceitação e credibilidade de seus produtos e serviços, melhoria de sua imagem, melhoria de processos e organização interna, além de dar condições para a empresa se manter no mercado. A gestão da qualidade cria nas organizações uma cultura voltada para atendimento às especificações e, principalmente, satisfação dos clientes, garantindo assim uma imagem positiva perante os clientes e seus fornecedores. Dessa forma, a gestão da qualidade proporciona às empresas competitividade no mercado. O presente trabalho pretende realizar uma pesquisa bibliográfica acerca dos principais benefícios e contribuições de uma gestão de qualidade eficiente para as empresas, bem como a sua influência na competitividade e na satisfação de seus clientes. Palavras-chaves: Gestão da Qualidade, Qualidade, Competitividade, Satisfação dos Clientes. ABSTRACT Currently the subject of quality has been very prominent in modern management, especially taking into account the analysis of a globalized market in which competition is very intense and frequent, businesses must have tools and strategies to become more competitive and different in the market in which they operate. These facts in combination with large volume of information drive companies to explore the issue of quality as a way of gaining greater acceptance and credibility of its products and services and improving its image, improve processes and internal organization, and provide conditions to keep the company in the market. Quality management in organizations creates a culture geared to meet the specifications and especially customer satisfaction, thus ensuring a positive image towards customers and supplier. So that the quality management gives companies competitive. This work intends to conduct a literature search on the main benefits and contributions of an effective quality management for companies as well as their influence on competitiveness and customer satisfaction. Keywords: Quality Management, Quality, Competitiveness, Customer Satisfaction. 1- INTRODUÇÃO A Qualidade, atualmente, causa grande preocupação entre empresas de diversas áreas e desde muito tempo tem sido tema de importantes pesquisas. É inegável que o tema da qualidade se reveste a cada dia que passa de uma importância crescente aos olhos dos gestores das empresas, tornando-se uma palavra comum na linguagem da Administração. A Gestão da Qualidade é cada vez mais procurada por diversas empresas e organizações devido ao seu reconhecimento internacional na credibilidade de produtos ou serviços. As empresas que possuem certificações e normas de qualidade têm um grande diferencial competitivo, além de possuírem uma imagem mais positiva perante os seus clientes e fornecedores. Segundo Paladini (2000, p. 11) “a decisão gerencial entre produzir ou produzir com qualidade estava sendo substituída pela decisão estratégica de produzir com qualidade ou pôr em risco a sobrevivência da organização”. A sobrevivência das empresas num cenário globalizado e altamente competitivo exige um comprometimento com o atendimento às especificações, satisfação das necessidades dos clientes e melhoria contínua de todos os processos constituintes da organização. Segundo Maranhão (2005, p. 2 10), “todas as atividades possuem seus princípios ou fundamentos; dominá-los é pré-requisito para poder desempenhar esta atividade com nível competitivo”. Nas últimas décadas, um número crescente de empresas no mundo vem adotando sistemas de gestão da qualidade, baseados em normas que são aceitas internacionalmente, com objetivos de propiciar melhores condições competitivas e garantir a sua permanência no mercado. Segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas, ABNT (2011), atualmente, no Brasil, existem cerca de 1099 empresas habilitadas no padrão normativo da International Organization for Standardization – ISO 9001:2000 e 5424 empresas habilitadas no padrão normativo da ISO 9001:20081. A proposta deste trabalho é analisar, a partir de uma revisão bibliográfica sobre o tema, as características da gestão de qualidade e como estas influenciam a gestão das organizações, contribuindo para o aumento da competitividade e para a satisfação dos clientes. A expectativa é que, ao término deste trabalho, tenhamos um acervo de informações que transmitam aos gestores das empresas, como a relação entre qualidade e a satisfação do cliente contribui na obtenção de um maior nível de competitividade e principalmente garantia de permanência no mercado. 2 – PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Para a realização deste trabalho, em um primeiro momento foi feita uma revisão de literatura, baseada em livros de autores nacionais e de autores clássicos acerca dos temas Qualidade, Competitividade, Satisfação do Cliente e a relação entre eles. Nessa breve revisão não houve a pretensão de esgotar a compreensão dos temas. O objetivo é evidenciar conceitos, definições e ideias – referenciais teóricos fundamentais para a compreensão sobre a qualidade e sua relação com a satisfação e cliente e a competitividade da empresa nos dias de hoje. Após essa etapa foi realizada uma pesquisa bibliográfica na literatura recente sobre o tema, produzida no Brasil e em língua portuguesa, no período entre janeiro de 2009 e agosto de 2011, disponível em alguns dos principais periódicos nacionais da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo, com certificação na listagem Qualis/CAPES, com classificações A1, A2, B1 e B2. Dessa revisão, foram selecionados qualitativamente, os principais artigos ligados a essa pesquisa a partir de palavras chaves e da análise dos pesquisadores. Esse levantamento da literatura 1 Em:< http://www.abntcb25.com.br/cert9000.html>. Acesso em: 09 de Setembro de 2011. 3 recente buscou evidenciar como a gestão da qualidade e sua relação com a competitividade e com a satisfação dos clientes, está sendo discutida atualmente. O próximo tópico, intitulado “Referenciais teóricos”, sintetiza essa revisão bibliográfica desenvolvida a partir desses procedimentos. 3- REFERENCIAIS TEÓRICOS 3.1 – Conceitos e Fatores da Qualidade A Qualidade passou a ser uma estratégia fundamental para as organizações que buscam se manter no mercado, oferecendo produtos ou serviços que atendam às exigências do cliente e do mercado, garantindo assim a satisfação. De acordo com Maranhão (2006, p. 4) “com a Qualidade, você manterá os clientes já existentes e conquistará outros, assim operando com os menores riscos e maior volume de negócios”. O termo qualidade tem sido alvo de diversos autores e gestores de empresas, sendo o foco de estudos e aplicação. Com o decorrer do tempo, a Qualidade passou a caminhar juntamente com os avanços tecnológicos – a buscou se aperfeiçoar cada vez mais para cada vez mais ser percebida pelos clientes internos ou externos. Este termo possui diversos significados, descritos por diversos autores, mas pode ser compreendida a partir de dois significados principais. Segundo Juran (1988), a qualidade consiste: 1. Nas características do produto que vão ao encontro das necessidades dos clientes e, dessa forma, proporcionam a satisfação em relação ao produto; 2. A qualidade é a ausência de falhas. Também possui diversas definições no ambiente corporativo e literário. Pode se classificar cinco abordagens principais e distintas da qualidade: transcendental, baseada no produto, baseada no usuário, baseada na produção, baseada no valor. Cada uma delas representa aspectos diferentes deste complexo conceito – Qualidade (PALADINI, 2006 apud Garvin, 1987). A Tabela 1 sintetiza cada uma das abordagens citadas, mostrando suas definições e a principal frase de autores que mais caracterizaram cada abordagem. 4 Tabela 1 – Abordagens da Qualidade ABORDAGEM Transcendental DEFINIÇÃO FRASE Qualidade é sinônimo de excelência inata. É absoluta e universalmente reconhecível. Dificuldade: pouca orientação prática. "A qualidade não é nem pensamento nem matéria, mas uma terceira entidade independente das duas... Ainda que qualidade não possa ser definida, sabe-se que ela existe." (PIRSIG, 1974) Qualidade é uma variável precisa e mensurável, oriunda dos atributos do produto. Corolários: melhor Baseada no Produto qualidade só com maior custo. Dificuldade: nem sempre existe uma correspondência nítida entre os atributos do produto e a qualidade. Baseada no usuário Baseada na Produção Qualidade é uma variável subjetiva. Produtos de melhor qualidade atendem melhor aos desejos do consumidor. Dificuldade: agregar preferências e distinguir atributos que maximizam a satisfação. “Diferenças na qualidade equivalem a diferença na quantidade de alguns elementos ou atributos desejados.” (ABBOTT, 1995) “A qualidade consiste na capacidade de satisfazer desejos...” (EDWARDS, 1968) “Qualidade é a satisfação das necessidades do consumidor... Qualidade é adequação ao uso.” (JURAN, 1974) Qualidade é uma variável precisa e “Qualidade é a conformidade às especificações” “... mensurável, oriunda do grau de prevenir não-conformidade é mais barato que corrigir conformidade do planejado com o ou refazer o trabalho.” (CROSBY, 1979) executado. Esta abordagem dá ênfase a ferramentas estatísticas (Controle do processo). Ponto Fraco: foco na eficiência, não na eficácia Baseada no Valor Abordagem de difícil aplicação, pois mistura dois conceitos distintos: excelência e valor, destacando os trade-offs qualidade x preço. Esta abordagem dá ênfase à Engenharia/Análise de Valor-EVA. "Qualidade é o grau de excelência a um preço aceitável." (BROH, 1974) Fonte: Paladini, 2006, p. 8 3.2 – Eras da Qualidade Os sistemas da qualidade foram idealizados a partir da década de 20, mas a partir da década de 50, observa-se uma quebra de paradigma onde a qualidade deixou de ser um aspecto do produto 5 e responsabilidade apenas do departamento específico e passou a ser um problema da empresa em geral, abrangendo todos os aspectos de sua operação (CARRION, 2003). Com o decorrer dos anos a gestão da qualidade teve diversas mudanças e reformulações, baseadas principalmente nas mudanças de mentalidade e atitude por parte dos participantes do processo – a qualidade passou a ser considerada como um todo e não apenas um processo isolado e independente. Segundo Paladini (2006, p. 7): “alguns autores fazem marcações temporais entre as principais tendências, embora a intersecção e a complementaridade entre os modelos predominantes em cada época sejam grandes” Uma das classificações temporais da qualidade mais adotadas é a que classifica a evolução da qualidade em quatro eras distintas: Inspeção; Controle; Estatístico da Qualidade; Garantia da Qualidade e Gestão da Qualidade. (PALADINI, 2006 apud Garvin, 1992). A Tabela 2 descreve as quatro eras distintas da qualidade, identificando seus interesses principais, a sua visão da qualidade, sua principal ênfase, seus principais métodos, o papel dos profissionais da qualidade e qual é o departamento responsável pela qualidade de acordo com cada era. Tabela 2 – Eras da Qualidade Características Básicas Inspeção Controle Estatístico do Processo Garantia de Qualidade Interesse principal Visão Qualidade Ênfase Métodos Papel dos profissionais da qualidade Quem é o responsável pela qualidade Verificação. Um problema a ser resolvido. Uniformidade do produto. Instrumentos de medição. Inspeção, classificação, contagem, avaliação e reparo. O departamento de inspeção. Um problema a ser resolvido. Uniformidade do produto com menos inspeção. Ferramentas e técnicas Estatísticas. Solução de problemas e a aplicação de métodos estatísticos. Os departamentos de fabricação e engenharia (o controle de qualidade). Um problema a ser resolvido, mas que é enfrentado proativamente. Toda cadeia de fabricação, desde o projeto até o mercado, e a contribuição de todos os grupos funcionais para impedir falhas de qualidade. Planejamento, medição da qualidade e desenvolvimento de programas. Todos os departamentos, com a alta administração se envolvendo superficialmente no planejamento e na execução das diretrizes da qualidade. Controle. Coordenação. Programas e sistemas. Continua... 6 Tabela 2 – Eras da Qualidade Características Básicas Gestão Total da Qualidade Interesse principal Visão Qualidade Ênfase Métodos Papel dos profissionais da qualidade Quem é o responsável pela qualidade Impacto estratégico. Uma oportunidade de diferenciação da concorrência. As necessidades de mercado e do cliente. Planejamento estratégico, estabelecimento de objetivos e a mobilização da organização. Estabelecimento de metas, educação e treinamento, consultoria a outros departamentos e desenvolvimento de programas. Todos na empresa, com a alta administração exercendo forte liderança. Fonte: Paladini, 2006, p. 7 Diversos autores tiveram um papel muito importante e ajudaram a construir a área da qualidade, tendo um papel merecido na história pela sua contribuição teórica e pela sua intervenção em empresas na qual aplicaram seus estudos. É recorrente a citação destes na literatura: Segundo nos afirma Paladini (2006) os principais autores na literatura sobre Qualidade foram: • Walter A. Shewhart (1924): é conhecido como o pai do Controle Estatístico da Qualidade. Ele desenvolveu uma das ferramentas mais utilizadas no controle da qualidade até hoje os gráficos de controle, ele também propôs o ciclo de PCDA (plan-do-check-act) que direciona à análise e solução de problemas; • W. Edwards Deming (1950): foi um dos precursores do ciclo PCDA e foi responsável pela criação dos 14 pontos de Deming que têm sido diretrizes enfatizadas na Gestão da Qualidade em empresas de todo o mundo; • Joseph M. Juran (1988): foi autor de vários livros e ajudou a alçar a Qualidade do âmbito operacional para o gerencial. Foi responsável por propor uma abordagem dos custos da Qualidade, classificando-a em três categorias: falhas, prevenção e avaliação. Também foi responsável por propor a trilogia da Qualidade: planejamento, controle e melhoria; • Armand Feigenbaum (1951): foi conhecido por ser o primeiro a tratar a Qualidade de forma sistêmica nas Organizações, formulando o sistema de Controle Total da Qualidade (TQG). • Philip B. Crosby (1957): ele foi responsável por divulgar os 14 pontos prioritários para a Qualidade. • Kaoru Ishikawa (1943): foi responsável pela criação de ferramentas e técnicas de análise e solução de problemas e gerenciamento da rotina. Em especial, 7 criou as setes ferramentas da Qualidade que viriam a ser amplamente utilizadas pelos Círculos de Controle de Qualidade (CCQs): análise de Pareto, diagrama de causa e efeito, histograma, folhas de controle, diagramas de escala, gráficos de controle e fluxos de controle. • Genichi Taguchi (1988): ficou conhecido por focar as atividades de projeto e não de produção, área que batizou de controle de Qualidade off-line, para diferenciar das técnicas on-line de controle estatístico do processo, ele julgava que a única forma de satisfazer o cliente era criar produto de qualidade robusta (robust quality). 3.3 – Competitividade Competitividade é entendida como a base para o sucesso ou para o fracasso das organizações. É responsável pela adequação de todas as atividades da empresa em seu mercado de atuação. Com o mercado globalizado, a competição é cada vez mais intensa e frequente, onde a ausência de fronteiras permite que diversas empresas de âmbito nacional e internacional ofereçam produtos ou serviços diversificados, oferecendo um risco para qualquer organização. Devido a isso, é crucial a organização aderir a ferramentas e estratégias que a tornem mais competitiva em relação aos seus concorrentes. Segundo afirma Porter (2004, p. 31): “uma estratégia competitiva efetiva assume uma ação ofensiva ou defensiva de modo a criar uma posição defensável contra as cinco forças competitivas”. Para esse autor, as cinco principais forças competitivas são a rivalidade entre concorrentes, o poder de Negociação dos Clientes, o poder de negociação dos fornecedores, a ameaça de entrada de novos concorrentes e as ameaças de produtos substitutos. Marques (1995, p. 22) afirma que: “quem quiser ser realmente competitivo nos próximos anos deve estar atento às seguintes condições: Não adianta produzir mais e melhores produtos se estes não são aqueles que as comunidades realmente almejam; Somente ganha espaço no mercado globalizado quem consegue fascinar o consumidor; Bens e serviços devem ser medidos pelos valores que representam e não pelos custos de produção; A integração com as comunidades internas e externas às organizações deixou de ser mais uma alternativa para se tornar uma necessidade de sobrevivência; O ser humano não mais pode ser considerado apenas como mão de obra ou consumidor, ele precisa ser encarado com cidadão completo; 8 Prioridade para os programas de educação e treinamento, pois em última instância, o domínio do conhecimento é que cria e desenvolve a produtividade”. Com o cenário competitivo condicionado pela globalização, onde bens, serviços, pessoas, habilidade e ideias cruzam livremente as fronteiras geográficas que afetam significativamente o ambiente competitivo da empresa, o mundo dos negócios se torna cada vez mais perigoso (HITT, 2008). Os investimentos para competir em escala global são enormes e a possibilidade de fracasso é igualmente grande. Sendo assim, é necessário que os administradores e gestores estejam cada vez mais atentos a este cenário, adotando uma nova mentalidade que valorize a flexibilidade, a velocidade, a inovação, a integração e os desafios que surgirem como resultados das constantes mudanças (HITT, 2008). Segundo afirma Campos (2004, p. 7), “o que realmente garante a sobrevivência das empresas é a garantia de sua competitividade”. 3.4 - Satisfação do cliente A Satisfação do cliente é o sentimento de prazer ou de desapontamento resultante da comparação do desempenho esperado pelo produto (ou resultado) em relação às expectativas da pessoa (MOWEN; MINOR, 2003). Um dos maiores desafios de uma empresa na atualidade é saber como aumentar a satisfação do cliente, face à concorrência em um mercado globalizado e em constante mudança. Segundo Juran (1992) “Satisfação do cliente é um resultado alcançado quando as características do produto correspondem às necessidades do cliente”. Sem dúvida para conseguirem se manter no mercado, as empresas necessitam vender seus produtos e serviços aos clientes. Para que isso ocorra, é necessário que a empresa se comprometa, em primeiro lugar, em satisfazer as necessidades e expectativas de seus clientes. Segundo (Whiteley, 1992, p. 2) “de fato satisfazer, e até empolgar, o cliente é absolutamente crucial, não apenas para o sucesso da empresa, mas até para sua sobrevivência”. Segundo afirma Mowen; Minor, (2003 p. 221) “partindo de uma perspectiva gerencial, manter ou intensificar a satisfação do cliente é essencial”. Após uso e consumo de um produto ou serviço, os clientes passam a desenvolver sentimentos de satisfação ou insatisfação, o que resulta em uma seleção de compra mais crítica e em uma fidelidade do cliente ao produto ou serviço. Esta fidelidade influencia positivamente os fluxos de caixas futuros, assim qualquer que seja os programas de aumento de satisfação do cliente devem ser tratados como investimentos (MOWEN; MINOR, 2003). 9 As empresas hoje não devem apenas visar o lucro como objetivo principal, mas buscar como propósito do negócio criar e manter clientes satisfeitos, visto que o lucro não deve ser definido como seu objetivo, mas sim como necessidade da empresa decorrente da satisfação e fidelização de seus clientes. É necessário criar na empresa uma cultura voltada para os clientes, onde a satisfação deve ser parte integrante da missão da empresa, utilizando um entendimento do comportamento do cliente como insumo para todos os seus planos e decisões de marketing. (SETH; MITTAL; NEWMAN, 2008 apud DRUCKER 1973). 3.5 – Qualidade X Competitividade X Satisfação do Cliente No ambiente empresarial de hoje as empresas que conseguem integrar qualidade como forma de satisfazer o cliente terão uma maior competitividade no mercado em que atuam, garantindo assim sua sobrevivência e permanência e talvez até expansão no mercado. Segundo afirma César (2011, p. 12): “As empresas hoje precisam reconhecer através da política e ações que fazer qualidade é buscar a satisfação dos clientes em primeiro lugar. O reconhecimento deste princípio fez com que muitas empresas de sucesso dominassem o mercado de produtos e serviços nos últimos anos.” Cada produto ou serviço é realizado seguindo uma sucessão de atividades interligadas, conhecidas como processos. A satisfação do cliente final é alcançada quando em cada um desses processos intermediários existir a qualidade e a preocupação em satisfazer as necessidades do cliente do próximo processo (MARANHÃO, 2006). De fato as organizações que conseguem integrar em seus processos à preocupação com a qualidade e principalmente a satisfação do cliente possuem uma grande arma altamente efetiva, e conseguem criar e sustentar a vantagem competitiva (WHITELEY, 1992). Segundo afirma Garvin (2002, p. 25). “Pela primeira vez, diretores a nível de presidência e diretoria executiva expressaram interesse pela qualidade. Estão associando-a à lucratividade, definindo-a de acordo com o ponto de vista do cliente e exigindo sua inclusão no processo de planejamento estratégico. No mais radical de todos os avanços, insistem em que a qualidade seja vista como uma arma agressiva de concorrência”. Segundo afirma Juran (1988, p11) “a qualidade consiste nas características do produto que vão ao encontro das necessidades dos clientes e dessa forma proporcionam a satisfação em relação ao produto”, seguindo essa afirmação e levando em consideração um mercado globalizado e em constante mudança, seguido de uma concorrência elevada decorrente das ausências de fronteiras no mercado, as empresas que se preocupam em fazer todos os processos com qualidade, a fim de garantir a satisfação do cliente, possuem um grande diferencial competitivo. 10 Em um mercado globalizado, no qual a competição é muito intensa e frequente as empresas devem possuir ferramentas e estratégias que as diferenciem dos diversos concorrentes, dentre as quais a estratégia de fornecer produtos ou serviços com um alto grau de qualidade se torna uma das estratégias mais efetivas, segundo afirma Juran (1988, p. 52) “A superioridade da qualidade pode ser traduzida com uma fatia de mercado maior”. A competitividade organizacional pode ser entendida como o núcleo do sucesso ou do fracasso das organizações (CAMPOS, 2004). A competição é responsável pela adaptação da empresa ao seu ambiente de atuação, fruto das estratégias competitivas adequadas que ela utiliza. Uma das estratégias competitivas mais eficaz utilizada pela empresa é a diferenciação dos seus produtos e/ou serviços (PORTER, 1989). Esta diferenciação pode ser obtida através da aposta na qualidade e na satisfação dos seus clientes. De fato, só a satisfação do cliente combinada com a qualidade é capaz de validar o sucesso da organização, conforme fica evidente da discussão até esse momento neste artigo. Neste sentido, a qualidade e a busca pela satisfação do cliente deve ser vista não só como um fator estratégico, mas também como uma condição essencial para a permanência das empresas no mercado e para a competitividade das mesmas. 3.6 – A literatura recente sobre Qualidade, Competitividade e Satisfação do Cliente no Brasil. O tema Qualidade é um assunto abordado desde muito tempo por diversos estudiosos e teóricos no ambiente empresarial e acadêmico, a Qualidade tem sido cada vez mais buscada por organizações devido a sua relação com satisfação do cliente, garantindo assim a competitividade no mercado, fato que se comprova com as pesquisas feitas por inúmeros pesquisadores na atualidade. Através de publicações recentes de arquivos e periódicos é possível evidenciar a importância e a atualidade dessa discussão para a competitividade das empresas. A Tabela 3 apresenta as principais revistas/periódicos e os artigos que foram nelas publicados, bem como as palavras-chaves utilizadas e a sua classificação pelos critérios da Qualis/Capes. Os artigos aqui citados são o principal insumo para a construção desse tópico. 11 Tabela 3 – Fonte de Pesquisa Revista/ Periódico Título do Artigo Palavras Chaves Classificação Qualis/ Capes Gestão & Produção (UFSCAR. Impresso) Aplicação da abordagem estatística no contexto da gestão da qualidade: um survey com indústrias de alimentos de São Paulo Qualidade A2 Gestão & Produção (UFSCAR. Impresso) Análise da complexidade, estratégias e aprendizagem em projetos de melhoria contínua: estudos de caso em empresas brasileiras Competitividade A2 Gestão & Produção (UFSCAR. Impresso) Proposta de um instrumento de medida para avaliar a satisfação de clientes de bancos utilizando a Teoria da Resposta ao Item Satisfação do Cliente A2 Produção Um estudo sobre a utilização de sistemas, programas e ferramentas da qualidade em empresas do interior de São Paulo Gestão da Qualidade A2 RAE Eletrônica (Online) Identificação Das Dimensões Da Qualidade Em Serviços: Um Estudo Aplicado Em Uma Instituição De Ensino Superior Qualidade, Satisfação do Cliente B1 RAM. Revista de Administração Mackenzie (Impresso) Mensuração e registro dos custos da qualidade: uma investigação das práticas e da percepção empresarial Qualidade B1 RAM. Revista de Administração Mackenzie (Impresso) Comparação entre os modelos NorteAmericano (ACSI) e Europeu (ECSI) de Satisfação Do Cliente: um Estudo No Setor De Serviços Satisfação do Cliente B1 Fonte: Artigos obtidos a partir do site Scielo em: http://www.scielo.br/. Acesso em 01 de Novembro de 2011 A partir da revisão feita nos artigos citados na Tabela 3, foi possível notar que hoje esse assunto passou ser parte integrante das estratégias das empresas. A Qualidade é vista como algo mensurável, onde por meio dela é possível obter maior competitividade e como consequência o aumento da lucratividade da empresa através da satisfação do cliente que proporcionam uma maior fidelização ao produto, maior retenção de clientes que conseqüente gera maiores níveis de vendas. Inserido nesse novo ambiente, o cliente assumiu um papel primordial na mudança das relações de 12 mercado, pois, diante da variedade de produtos e serviços disponíveis ele tornou-se mais exigente, onde a qualidade passou a ser um requisito básico para obtenção de vantagem competitiva (SOUZA; COLLAZIOL; DAMACENA, 2010). Segundo afirma Almeida; Souza; Mello (2010, p. 19): “Em resposta às diversas pressões por maior competitividade, cresce progressivamente o número de organizações de diferentes setores que vêm adotando os principais sistemas e modelos de gestão da qualidade utilizados no mundo.” Segundo nos afirma Oprime; Monsanto; Donadone (2010, p. 669): “Enquanto o diferencial competitivo de uma empresa é tradicionalmente atribuído à qualidade do produto (GARVIN, 1993), mais recentemente as organizações vêm experimentando preocupações no que concernem às mudanças da percepção de valor atribuído pelos clientes (SUPANVANIJ; AMINE, 2000)”. Atuando em um ambiente de acirrada concorrência e de constantes instabilidades proporcionado pelo mercado globalizado, as empresas buscam formas de se manterem competitivas e sobreviverem em seus mercados de atuação. Neste contexto, a satisfação dos clientes torna-se um fator determinante na sobrevivência e conquista de espaço no mercado, é possível afirmar que a satisfação resulta da compreensão e tradução das necessidades dos clientes em características de produtos, essa compreensão do cliente impacta nas vendas, participação no mercado e, consequentemente, nos resultados financeiros obtidos (JUNIOR; BORNIA, 2011 apud JURAN, 1997, p. 7). A relação entre o nível de qualidade, a satisfação, a retenção e a lealdade de clientes com a lucratividade e a rentabilidade das empresas, proporcionam maiores níveis de sustentabilidade e competitividade perante o mercado (EBERLE; MILAN; LAZZARI, 2010). A qualidade não deve ser medida pela empresa, mas sim pela percepção de seus clientes, recentemente a qualidade passa a ser obtida quando o cliente atinge um nível de satisfação e conformidade com as expectativas atendidas pelo produto ou serviço da empresa. Para atingir este nível a empresa deve produzir com todas as suas tecnologias e capacidades atuais para conseguir uma conformidade total com os requisitos de seus consumidores (ALMEIDA; SOUZA; MELLO, 2010). Segundo afirma Eberle; Milan; Lazzari (2010, p. 5) “A qualidade não deve ser medida por meio das diferenças entre expectativa e desempenho, e sim como uma percepção que conduz à satisfação de clientes”. Ao conhecer o nível de satisfação de seus clientes, tem-se um termômetro da capacidade de fidelizar clientes. Clientes féis compram mais, indicam novos clientes e fortalecem a marca que utilizam e em que confiam, gerando assim uma maior competitividade em relação aos seus concorrentes (JUNIOR; BORNIA, 2011). 13 Nas discussões sobre qualidade, a satisfação de clientes é primordial para a sobrevivência das empresas, é importante obter informações sobre os níveis de satisfação do cliente, esse levantamento de informações deve ser prioridade dos gestores de empresas que são comprometidas com a qualidade de seus produtos e serviços. Segundo nos afirma Balbim; Bornia (2011, p. 542): “A satisfação figura entre os principais objetivos gerenciais. De acordo com Paladini (2006, p. 142), [...] os sistemas voltados para a gestão da qualidade total envolvem todos os requisitos para satisfazer as necessidades dos clientes, buscando sua fidelidade e acompanhando as variações do mercado.” Segunda afirma Lopes; Pereira; Vieira (2009, p. 163): Nas últimas décadas, a abertura do mercado nacional à concorrência estrangeira em vários setores e o crescimento da economia brasileira contribuíram para a entrada de novas empresas no mercado. Como resultado, satisfazer os clientes se tornou um dos aspectoschave na estratégia mercadológica de várias empresas. Nesse contexto é essencial para as empresas buscarem modelos de gestão de qualidade que visem uma maior preocupação com as exigências e com a satisfação dos clientes. É necessário buscar definir sua qualidade sobre a ótica do cliente visando sempre garantir que as funções dos produtos ou serviço estejam em total conformidade com as especificações do cliente. É importante que os gestores estejam atentos às mudanças do mercado em que atuam e principalmente às mudanças de percepção e exigências dos clientes, dessa forma as organizações se tornaram mais competitivas diante de seus principais concorrentes. A gestão da qualidade enfoca aplicação de métodos que visem avaliar a qualidade percebida pelo consumidor e identificar a qualidade que ele espera de um produto, uma vez que possibilita vantagens competitivas decorrentes da garantia da qualidade de produtos e processos aos clientes (SANTOS; ANTONELLI, 2011). Segundo afirma Oliveira et. al. (2010) o desenvolvimento e implantação de sistemas de gestão da qualidade e o uso de programas e ferramentas da qualidade são algumas das opções mais utilizadas pelos gestores para aumentar a competitividade de suas empresas. As organizações empresariais, independentemente de sua área de atuação, estão enfrentando uma realidade dinâmica e em constante mudança, caracterizada pela ausência de fronteiras econômicas e comerciais, grande competitividade entre as empresas, clientes cada vez mais exigentes e maior nível de qualidade nos produtos e serviços. Nesse contexto, a gestão da qualidade apresenta-se como uma interessante alternativa para dotar as empresas de mecanismos para controlar seus processos e melhorá-los continuamente de forma a atender e superar as expectativas do cliente, promovendo, dessa forma, a melhoria organizacional e, por consequência, aumentando sua competitividade (OLIVEIRA et. al. 2010). 14 Diante do contínuo avanço tecnológico, as mudanças estão ocorrendo de forma rápida, o que exige das organizações maior qualidade nos produtos e serviços oferecidos. Estamos numa época de constantes mudanças, onde a informação e o conhecimento estão cada vez mais sendo disseminados e também estão acessíveis as todas as pessoas, fazendo com que os clientes se tornem cada vez mais exigentes perante o mercado. As organizações precisam renovar sua filosofia de gestão para responder com efetividade e rapidez à nova realidade de mercado, a busca da qualidade é hoje uma preocupação de todas as empresas, a qual passou a constituir-se em prioridade para toda organização. 4 – CONCLUSÃO Em uma época caracterizada pela intensificação da globalização econômica e por um processo de abertura de mercados, é fundamental que as empresas ofereçam um produto ou serviço diferenciado e de qualidade. A qualidade está intrinsecamente relacionada à satisfação do cliente, portanto, a percepção do cliente é um fator-chave para avaliar as expectativas em relação a um produto ou serviço oferecido. De acordo com a revisão bibliográfica realizada sobre textos clássicos e fundamentais para o tema, foi possível constatar que o tema Qualidade é muito abordado e seu significado possui sempre relação direta com a busca pela satisfação do cliente, o que condiciona uma maior competitividade no mercado. Esse tema apresenta um conjunto amplo de definições e foi desenvolvido e aprimorado ao longo do tempo, até ser visto como um pré-requisito fundamental para a competitividade das organizações. Também foi possível perceber, a partir da literatura recente no Brasil sobre o tema, que a qualidade de produtos e serviços hoje, dentro das organizações, é vista cada vez mais como essencial e passa a ser priorizada pelos gestores, devido à grande instabilidade dos negócios e ao grande volume de concorrentes. Atualmente, esta busca pela Qualidade deve ser feita sob a ótica dos clientes, ou seja, cada produto ou serviço deve ser feito visando sempre garantir a conformidade com as exigências dos clientes e a busca pela satisfação deles. Foi possível perceber que tanto na literatura clássica quanto na literatura recente ha uma grande preocupação com a qualidade, onde ela deixou de ser de um departamento especifico e passou a ser uma responsabilidade de toda a empresa sendo um dos principais fatores competitivos da atualidade. Pode se perceber também que a Qualidade teve diversas evoluções com o decorrer do tempo, mas deste de seu inicio possui como objetivo primordial a busca pela satisfação de clientes. 15 Neste sentido, podemos concluir que a qualidade e a satisfação do cliente não é apenas uma estratégia ou ferramenta, mas são elementos decisivos para a competitividade e para a sobrevivência das organizações em meio ao cenário atual em que nos encontramos. O que nos faz crer que a tendência para esses temas é que eles se tornem cada vez mais importantes e centrais dentro da gestão das diversas empresas, independente do seu porte ou ramo de atividade. 5 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ALMEIDA, L. M. DE S., SOUZA, L. G. M. DE A., MELLO, C. H. P.. A comunicação interna como um instrumento de promoção da qualidade: estudo de caso em uma empresa global de comunicação. Gest. Prod., 2010, vol.17, no.1, p.19-34. ISSN 0104-530X BALBIM JUNIOR, A. AND BORNIA, A. C.. Proposta de um instrumento de medida para avaliar a satisfação de clientes de bancos utilizando a Teoria da Resposta ao Item. Gest. Prod., 2011, vol.18, no.3, p.541-554. ISSN 0104-530X CAMPOS, V. F.. TQC : controle da qualidade total : no estilo japonês. 8.ed. Nova Lima: INDG Tecnologia e Serviços, 2004. 256p. CARRION, C. W.. Administração da qualidade : fundamentos e aplicações na construção civil. São Paulo: Plêiade, 2003. 146p. : CÉSAR, F. I. G.. Ferramentas básicas da qualidade. São Paulo: Biblioteca 24 horas, 2011. 130p. EBERLE, L., MILAN, G. S. AND LAZZARI, F.. Identificação das dimensões da qualidade em serviços: um estudo aplicado em uma instituição de ensino superior. RAE electron., Dez 2010, vol.9, no.2, p.0-0. ISSN 1676-5648 GARVIN, D. A.. Gerenciando a qualidade: a visão estratégica e competitiva. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. xvi, 357p. 16 HITT, M. A.; IRELAND, R. D.; HOSKISSON, R. E.. Administração estratégica: competitividade e globalização. 2.ed. São Paulo: Cengage Learning, 2008. xxi, 415p. JURAN, J.M.. Controle da qualidade: conceitos, políticas e filosofia da qualidade. São Paulo: McGraw-Hill : Makron, 1991-1993. 8v. LOPES, H. E. G., PEREIRA, C. C. DE P. AND VIEIRA, A. F. S.. Comparação entre os modelos norte-americano (ACSI) e europeu (ECSI) de satisfação do cliente: um estudo no setor de serviços. RAM, Rev. Adm. Mackenzie (Online), Fev 2009, vol.10, no.1, p.161-187. ISSN 1678-6971 MARANHÃO, M.. ISO Série 9000: manual de implementação: versão 2000 : o passo-a-passo para solucionar o quebra-cabeça da gestão. 8.ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2006. xv, 212p. MARQUES, J. M.. Produtividade: alavanca para a competitividade. São Paulo: EDICON, 1995. 270p. : MOWEN, J. C.; MINOR, M. S. Comportamento do consumidor. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2003. x, 403p. OAKLAND, J. S.. Gerenciamento da qualidade total TQM: o caminho para aperfeiçoar o desempenho. São Paulo: Nobel, 1994. 459p. : OLIVEIRA, J. A. DE ET AL. Um estudo sobre a utilização de sistemas, programas e ferramentas da qualidade em empresas do interior de São Paulo. Prod., 2011, no.ahead, p.0-0. ISSN 0103-6513 OPRIME, P. C., MONSANTO, R. AND DONADONE, J. C. Análise da complexidade, estratégias e aprendizagem em projetos de melhoria contínua: estudos de caso em empresas brasileiras. Gest. Prod., Dez 2010, vol.17, no.4, p.669-682. ISSN 0104-530X PALADINI, E. P. Gestão da qualidade: teoria e casos. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006. xvii, 355p. PALADINI, E. P.. Gestão da qualidade: teoria e prática. São Paulo: Atlas, 2000. 330p. 17 PORTER, M. E.. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. 2.ed. Rio de Janeiro: Campus, 2004. xxx, 409p. PORTER, M. E.. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro: Elsevier, 1989. xix, 512p. SANTOS, A. B. AND ANTONELLI, S. C.. Aplicação da abordagem estatística no contexto da gestão da qualidade: um survey b com indústrias de alimentos de São Paulo. Gest. Prod., 2011, vol.18, no.3, p.509-524. ISSN 0104-530X SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I.. Comportamento do cliente: indo além do comportamento do consumidor. São Paulo: Atlas, 2008. 795p. SOUZA, M. A. DE, COLLAZIOL, E. AND DAMACENA, C. Mensuração e registro dos custos da qualidade: uma investigação das práticas e da percepção empresarial. RAM, Rev. Adm. Mackenzie (Online), Ago 2010, vol.11, no.4, p.66-97. ISSN 1678-6971 WHITELEY, R. C. A empresa totalmente voltada para o cliente: do planejamento à ação. Rio de Janeiro: Campus, 1992. 263p. 18