PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE DENGUE EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (SP), NO PERÍODO DE 1995 A 2013. Tânia Cristina Higino Estécio 1, Jaqueline dos Santos Rodrigues 1, João Caetano Filho 1, Dirce Kirner Moro 1, Regina Alexandre Silva 1, Milena Polotto 1, Fernanda Modesto Tolentino 1, Margarida Georgina Bassi 1. Instituto Adolfo Lutz CRL-X São José do Rio Preto Introdução Dengue: doença infecciosa viral transmitida por picada de mosquitos hematófagos fêmeas do gênero Aedes, sendo Aedes aegypti, o principal vetor do vírus (TAVARES, 2002). Vírus do dengue: vírus de RNA pertencente ao gênero Flavivirus, família Flaviviridae inserido no grupo dos arbovírus. 4 sorotipos: Den 1, Den 2, Den 3 e Den 4 que conferem imunidade especifica duradoura (VERONESI, 2002). São José do Rio Preto: situada na região Noroeste do Estado de São Paulo (453 km da capital), apresenta clima tropical de altitude com tempreatura média de 25°C e pluviosidade em torno de 1400 mm (IBGE, 2010). Objetivos • Descrever aspectos gerais da doença e as epidemias de dengue, do ponto de vista epidemiológico, na cidade de São Jose do Rio Preto – Estado de São Paulo, no período de 1995 a 2013. Métodos • Levantamento bibliográfico em livros, manuais, artigos científicos utilizando-se bases de dados: Bireme, LILACS, SciELO. • Consulta a boletins epidemiológicos do Centro de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde do Estado de São Paulo para levantar o número de casos de dengue ocorridos na cidade de São José do Rio Preto, a cada ano, no período de 1995 a 2013. • A análise qualitativa dos dados pesquisados foi baseada nos seguintes autores: Francisco Chiaravalloti Neto, Sirle Abdo Salloum Scandar, Maurício L. Barreto, Maria da Glória Teixeira, entre outros. Resultados Figura 1: Gráfico: Número de casos de dengue no município de São José do Rio Preto no período de 1995 a 2013. (Fonte: CVE/SP) Figura 2: Porcentagem de óbitos por dengue em São José do Rio Preto em relação ao sorotipo, no período de 2002 a 2013. (Fonte: Secretaria Municipal de Saúde de São José do Rio Preto 1995: primeira grande epidemia com 1462 casos confirmados do sorotipo DENV-1 1998: introdução do sorotipo DENV-2; com 2792 casos confirmados em 1999 2005: introdução do DENV-3, aumento do número de casos FHD e de óbitos. 2006: 12.198 casos confirmados (terceira maior epidemia da série histórica) com um óbito. 2010: 25.196 casos confirmados (maior epidemia de toda a série histórica) com a reintrodução do DENV-1 e a co-circulação deste com os sorotipos 2 e 3. 2013: 19.317 casos confirmados (segunda maior epidemia da série histórica) e circulação do DENV-4, DENV-1 e DENV- 2. Conclusões A situação do dengue em São José do Rio Preto tende a se agravar devido à circulação de dois ou mais sorotipos do vírus no município. As medidas de prevenção e controle do dengue não estão sendo eficazes para evitar as epidemias, surtos e óbitos, por isso a necessidade de estudos sobre este tema, que possam ser úteis para o controle da doença. O trabalho conjunto entre governos municipais, estaduais e federais e a população é necessário para o sucesso efetivo das ações de combate ao Aedes aegypti. Bibliografia IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=354980&search=saopaulo|sao-jose-do-rio-preto|infograficos:-informacoes-completas> Acesso em: 27 abr 14. TAVARES, W. ; MARINHO, L. A. C. Rotinas de diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas e parasitárias. 2ª edição. Editora Atheneu, 2007. VERONESI, R.; FOCACCIA, R. TRATADO de INFECTOLOGIA. 2ª edição. Editora Atheneu. 1785 p. 2002.