CARACTERIZAÇÃO DOS CASOS DE TUBERCULOSE NOTIFICADOS Fabiana Siqueira Graminho1 Monique Diavão1 Rosita Maria Do Couto1 Cleunir de Fatima Candido De Bortoli2 RESUMO A tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, causada por uma bactéria chamada Mycobacterium tuberculosis, afetando prioritariamente os pulmões, mas também podendo atingir outros órgãos. Este estudo teve como objetivo caracterizar os casos de tuberculose notificados no município de Pato Branco, no ano de 2013. Tratou-se de um estudo de abordagem quantitativa, onde utilizou-se o SINAN como fonte de coleta de dados. Os dados foram analisados pela frequência simples e posteriormente discutidos. No ano de 2013 foram notificados 12 casos de indivíduos portadores de tuberculose. Os dados aqui apresentados, fazem parte das bases nacionais de informação em saúde de acesso público, onde existe a omissão da identificação dos sujeitos e por isso não encaminhado para avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa. Os resultados apontam que, ao avaliar a variável de gênero, o sexo masculino foi predominante em 66,67% dos casos com média da idade 39,8. Além disso, 91,67% residentes em região urbana, sendo o alcoolismo o agravo associado mais prevalente. Quanto ao tipo de entrada, 58,33% foram casos novos, e a prevalência na forma clínica foi a pulmonar (91,67%). O município apresentou tratamento preconizado pelo Ministério da Saúde em todos os casos, do total 25,00% dos casos evoluíram para cura. Identificou-se a necessidade de intensificar a qualidade da assistência, principalmente na busca dos casos de abandono ao tratamento, impedindo a ocorrência da disseminação da doença. O tratamento supervisionado deve ser considerado um dos principais elementos no controle da doença, elencamos que a interação dos profissionais de saúde envolvidos e a unidade básica é considerado fator imprescindível no progresso da captação precoce, o bloqueio de novas infecções e o tratamento diretamente observado, até a cura. A ausência de informações em alguns campos das fichas de investigação, reflete na dificuldade de processamento dos dados e impede uma maior visão epidemiológica sobre os casos. Palavras chave: Tuberculose, Saúde Coletiva, Epidemiologia. INTRODUÇÃO Tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, causada por uma bactéria, o Mycobacterium tuberculosis, também denominado de Bacilo de Koch (BK). O termo tuberculose se origina no fato da doença causar lesões chamadas tubérculos.1 Outra grande emergência de saúde pública é a ocorrência de casos de pessoas infectadas por bacilos Mycobacterium tuberculosis, resistentes aos antibióticos disponíveis para o seu tratamento. A tuberculose multirresistente ocorre em conseqüência de tratamentos inadequados dos pacientes, que iniciaram o uso dos medicamentos e tiveram má adesão ou Acadêmicas de Enfermagem da Faculdade de Pato Branco – FADEP Enfermeira. Docente do curso de Enfermagem da Faculdade de Pato Branco – FADEP. Mestranda da Universidade Federal de Santa Maria. E-mail: [email protected]. 1 2 abandonaram o tratamento, antes de completar os seis meses recomendados, resultando em doses insuficientes para a sua erradicação do indivíduo infectado.2 A tuberculose é uma doença grave, porém curável em praticamente 100% dos casos novos, desde que obedecidos os princípios da moderna quimioterapia. A associação medicamentos adequada, as doses corretas e o uso por tempo suficiente, com supervisão da tomada dos medicamentos, são os meios para evitar a persistência bacteriana e o desenvolvimento de resistência as drogas, assegurando assim a cura do paciente.3 O Brasil faz parte do grupo dos 22 países de alta carga, priorizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo, ocupando a 16ª posição em número absoluto de casos.4 No país, no período de 2005 a 2014, foram diagnosticados, em média, 73 mil casos novos de tuberculose por ano, e em 2013, ocorreram 4.577 óbitos.5 As Taxas de cura inferiores à meta preconizada de 85% e de abandono superiores a 5%, demonstram a necessidade de aumentar a qualidade na cobertura do tratamento diretamente observado no País.6 A tuberculose continua sendo um desafio a ser superado pelo Brasil, apesar das reduções nos coeficientes de incidência e de mortalidade, a doença ainda é endêmica no país, se concentrando em grandes centros urbanos, nos aglomerados populacionais e, sobretudo, em populações mais vulneráveis, como a população privada de liberdade.5 O interesse por esse objeto de estudo, surgiu da vivência acadêmica das autoras ao se deparar com a incidência desta patologia e a subnotificação da mesma. O desenvolvimento do estudo foi impulsionado pela seguinte questão orientadora: Quais as características dos casos notificados de Tuberculose no município de Pato Branco/PR? E no intuito de responde a esta questão de pesquisa, teve como objetivo conhecer o perfil de casos notificados de tuberculose no município de Pato Branco no ano de 2013. MATERIAL E MÉTODOS O estudo foi realizado no município de Pato Branco, localizado do sudoeste do Estado do Paraná, que apresentou em 2014, segundo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma população estimada de 78.136 habitantes7 Tratou se de uma pesquisa quantitativa sobre os casos de tuberculose notificados em 2013. A pesquisa quantitativa é um meio para testar teorias objetivas, examinando a relação entre as variáveis. Tais variáveis, por sua vez, podem ser medidas tipicamente por instrumentos, para que os dados numéricos possam ser analisados por procedimentos estatísticos.8 Como fonte de informações para os casos de tuberculose, realizou-se a coleta de dados na Secretaria municipal de saúde, no departamento de vigilância epidemiológica do município, onde se utilizou o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), com o fornecimento referente ao ano de 2013, junto a base de dados que continha os registros dos pacientes notificados no município. As variáveis analisadas dizem respeito referente à idade, sexo, local de residência (zona rural ou urbana), presença de outras patologias agravantes, aspectos socioeconômicos e culturais, presença de agravos, informações relacionadas ao tratamento, assim como os medicamentos indicados, e o acompanhamento do paciente notificado até o encerrar o caso. Estes dados são habitualmente coletados e apresentados na Ficha de Notificação e possibilitam conhecer o perfil dos pacientes acometidos por tuberculose. Ainda, em relação ao tratamento, foram estudadas variáveis como: tipo de entrada do caso, forma de tuberculose, medicamentos utilizados, indicação para o tratamento supervisionado e a situação de encerramento do tratamento. Os dados aqui analisados fazem parte das bases nacionais de informação em saúde de acesso público por meio do sítio do DATASUS, onde existe a omissão da identificação dos participantes e por isso não encaminhado para avaliação do Comitê de Ética em Pesquisa. Este estudo respeitou os preceitos éticos da resolução 466/12, tendo como compromisso oferecer o máximo de benefícios e nenhum risco ou dano, garantindo o anonimato e sigilo dos participantes envolvidos. RESULTADOS E DISCUSSÃO No Ano de 2013 foram registradas 12 notificações de pacientes com diagnóstico de tuberculose no município de Pato Branco, a tabela abaixo mostra a distribuição em meses. Foi possível observar que a faixa etária mais atingida foi a dos 30 aos 39 anos, correspondendo a 41,67% das notificações. Seguida da faixa etária dos 20 aos 29 anos, com 25,00% do total. Dos 20 aos 29 anos a porcentagem foi de 16,67% do total, assim como a faixa etária dos 70 aos 79 anos, sendo a média aritmética das idades de 39,8 anos. Meses Janeiro Fevereiro Casos Tb 0 2 % 0,00% 16,67% Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Total Tabela 01. Distribuição mensal. 0 1 1 2 0 0 1 0 3 2 12 0,00% 8,33% 8,33% 16,67% 0,00% 0,00% 8,33% 0,00% 25,00% 16,67% 100,00% A partir da análise da tabela 01 é possível perceber que Novembro foi o mês que mais ocorreram notificações, 25% do total. Nos meses de Fevereiro, Junho e Dezembro ocorreram 2 notificações, 16,67% do total. Nos meses de Abril, Maio e Setembro ocorreu 1 notificação, 8,33% do total. Não ocorreram notificações de casos de tuberculose nos meses de Janeiro, Março, Julho, Agosto e Outubro. Gênero Masculino Feminino Ignorado Total Tabela 02. Analise por gênero Casos Tb 8 4 0 12 % 66,67% 33,33% 0,00% 100,00% Analisando a Tabela 02 verifica-se que o gênero mais acometido é o masculino com 66,67% do total de casos notificados. O sexo feminino corresponde a 33,33% do total. Conforme o Ministério da saúde, a tuberculose acomete todos os grupos etários, com maior predomínio nos indivíduos economicamente ativos (15 – 54 anos) e do sexo masculino.9 Uma comparação feita com dados do município de Areia-PB, no período de 2001 a 2010, observa-se que do total de pacientes acometido com TB, 70% deles pertencem ao sexo masculino e 30% ao sexo feminino.10 Mostrando a prevalência existindo, da ocorrência da tuberculose na população masculina. Zona De Residência Urbana Rural Total Tabela 03. Análise área urbana e rural. Casos Tb 11 1 12 % 91,67% 8,33% 100,00% Analisando a Tabela 03, percebe-se que em relação a zona de residência, 91,67% dos pacientes notificados com tuberculose residem na Zona Urbana do município de Pato Branco e 8,33% residem na Zona Rural. Em um estudo realizado no Estado do Tocantins, no período de janeiro de 2005 a dezembro de 2010, também constatou a prevalência de casos de tuberculose na Zona Urbana do município, pois 98,6% dos pacientes diagnosticados com tuberculose residiam na Zona Urbana.11 Outro estudo que evidencia a prevalência dos casos de tuberculose na Zona Urbana, foi realizado por Costa Junior no município de Londrina, Estado do Paraná, no período de 2001 a 2008, onde 95,9% dos pacientes referiram residir na Zona Urbana.12 Agravos Associados Nº Pacientes % Aids 1 7,14% Diabetes 0 0,00% Alcoolismo 2 14,29% Transtorno mental 0 0,00% Outros 3 21,43% Não 7 50,00% Ignorado 1 7,14% Em branco 0 0,00% Total 14 100,00% Tabela 04. Análise de associação entre algumas condições de saúde pré-existentes Com relação aos agravos associados, segundo as fichas de notificação, em 50,00% dos casos notificados não havia agravos associados. Com base nos dados obtidos, 21,43% do total estão relacionados a outros agravos que não constam na Ficha de Notificação, como hepatite b, tabagismo, dependência química, entre outros. O alcoolismo foi o agravo associado encontrado em 14,29% das notificações. A AIDS corresponde a 7,14% do total. A associação entre a tuberculose e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), preocupa as autoridades sanitárias, pois a evolução do estado de infecção para o adoecimento entre pessoas imunocompetentes é de 10% ao longo da vida, se tratando de indivíduos já infectados pelo HIV a vulnerabilidade passa a ser de 8 a 10% ao ano.1 O diagnóstico precoce da infecção pelo HIV, deve partir das equipes de saúde através da testagem rápida e o aconselhamento. Em casos de teste reagente para HIV, implementar a solicitação da baciloscopia de escarro e teste tuberculínico, bem como o acompanhamento da viragem sorológica anualmente. Tais medidas podem favorecer o diagnóstico precoce e tratamento oportuno de tuberculose latente nesse grupo populacional.13 Os fatores que envolvem o abandono ao tratamento se relacionam a várias causas, predominantemente os fatores sociodemográficos, em homens com baixa escolaridade, associado também ao consumo de drogas, como o álcool. A ligação com outras doenças crônicas, mais especificamente a infecção pelo HIV, está relacionada ao abandono de tratamento.14 Tipo De Entrada Casos Tb Caso novo 7 Recidiva 2 Reingresso após abandono 0 Não sabe 0 Transferência 3 Total 12 Tabela 05. Pacientes notificados, conforme o tipo de entrada no tratamento. % 58,33% 16,67% 0,00% 0,00% 25,00% 100,00% Quanto ao tipo de entrada, observou-se que 58,33% das notificações eram casos novos, sendo este definido como o portador de tuberculose que nunca fez uso de quimioterapia antituberculosa, fez uso de tuberculostáticos por menos de 30 dias, ou submeteu-se a tratamento para tuberculose há cinco anos ou mais.6 Provenientes de transferência foram identificados 3 casos, correspondendo a 25,00% do total. E as recidivas, responsáveis por 16,67% do total de casos. Forma clínica Pulmonar Extrapulmonar Pulmonar + Extrapulmonar Total Tabela 06. Apresentação da forma clínica. Casos Tb 11 1 0 12 % 91,67% 8,33% 0,00% 100,00% As formas clínicas de tuberculose mais encontradas no momento do diagnóstico, foram a forma pulmonar com 11 casos (84,6%), a extra pulmonar com 01 caso (7,7%), sendo que a pulmonar associado a extra pulmonar nenhum caso foi notificado. A tuberculose pode se encontrar na forma clínica pulmonar e extrapulmonar ou associadas, de acordo com o Ministério da Saúde, os sintomas clássicos na apresentação pulmonar são: tosse persistente, produtiva ou não, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. A tuberculose extra pulmonar é a entrada do bacilo de koch por vias respiratórias sem alojamento nos pulmões, podendo se estabelecer em qualquer outra área do corpo.6 O pulmão é considerado o órgão mais acometido, em exames de imagem é possível apresentar várias formas, sendo indispensável que equipe de saúde esteja atenta a investigação correta, e incluir a doença como diagnóstico diferencial entre doenças pulmonares.15 Tratamento Supervisionado Nº Pacientes Sim 11 Não 0 Ignorado 0 Em branco 1 Total 12 Tabela 07. Analise do tratamento supervisionado % 91,67% 0,00% 0,00% 8,33% 100,00% Receberam tratamento supervisionado 91,67% dos casos, com administração direta do medicamento por segunda pessoa, que entrega e observa a ingesta da medicação, e um caso não possuía a informação na ficha de notificação sobre o tratamento observado. Atualmente o esquema básico para o tratamento da Tuberculose em adultos e adolescentes na primeira fase da doença conhecida como fase intensiva (2 meses), ocorre com a administração de quatro comprimidos compostos de (Rifampicina 150 mg, Isoniazida 75 mg, Pirazinamida 400 mg e Etambutol 275 mg) e na fase de manutenção ( 4 meses) que é também a fase mais longa, ocorre a administração de dois comprimidos compostos por (Rifampicina 300/200 e Isoniazida 150/100 ); o número de comprimidos pode variar de acordo com o peso apresentado pelo paciente durante o tratamento.16 Em relação à frequência do tratamento, com esquema de medicamentos preconizados atualmente, Rifampicina 150 mg, Isoniazida 75 mg, Pirazinamida 400 mg e Etambutol 275 mg foi de 100%. O atendimento nos serviços de saúde e a associação com experiências já passadas de tratamento da doença, estão também relacionados ao abandono do tratamento, demonstrando que a falta de relação e comunicação entre profissionais e pacientes podem levar ao abandono e ao não comparecimento à unidade de saúde.14 Evolução Do Tratamento Nº Pacientes Cura 3 Abandono 1 Transferência 4 Mudança de diagnóstico 0 Óbito pela tuberculose 0 Óbito por outras causas 1 Em andamento 3 Não informado 0 Total 12 Tabela 08. Analise da evolução do tratamento. % 25,00% 8,33% 33,33% 0,00% 0,00% 8,33% 25,00% 0,00% 100,00% Ao analisar a evolução do tratamento constatou-se que 33,33% dos casos notificados foram transferidos para outros municípios, 25,00% evoluíram para a cura e 25,00% estavam realizando o tratamento. Houve um abandono do tratamento, correspondendo a 8,33% do total, e um óbito por outras causas, também correspondendo a 8,33% do total. O tratamento diretamente observado traz o fortalecimento para a adesão do paciente ao tratamento e prevenir o aparecimento de cepas resistentes aos medicamentos, melhorando a probabilidade de cura da doença e reduzindo o abandono do tratamento. Aproximando se do final do tratamento, ocorre a análise para definir se o tratamento foi observado, convenciona-se que este doente deverá ter tido no mínimo 24 tomadas observadas na fase de ataque e 48 tomadas observadas na fase de manutenção. Para a implementação do tratamento diretamente observado, devem-se considerar as modalidades de supervisão envolvidas, se ocorreu nas seguintes formas: domiciliar, na unidade de saúde, prisional ou compartilhada, onde se realiza consulta médica em uma unidade de saúde, e faz o tratamento em outra unidade de saúde.6 Deve ser administrado por profissionais de saúde ou eventualmente por outra pessoa, desde que devidamente capacitada para tal atividade e monitorada por um enfermeiro, colocando tal profissional como participante ativo na administração do tratamento diretamente observado.9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após analise dos resultados apresentados nas tabelas 02 e 03, foi possível perceber que os indivíduos diagnosticados com tuberculose eram predominantemente do sexo masculino (66,67%), tinham entre 30 e 39 anos (41,67%) e que residiam na Zona Urbana (91,67%) do município de Pato Branco. A forma predominante de tuberculose foi a pulmonar (91,67%) e o tipo de entrada mais comum foram os casos novos (58,33%). Dos casos notificados 50,00% não possuíam agravos associados. Dos casos restantes, a maioria dos pacientes possuíam agravos associados diferentes dos descritos na Ficha de Notificação, como hepatite B, alcoolismo e dependência química (21,43%). A infecção pelo HIV, não aparece como um fator responsável pelo aumento dos novos de tuberculose no município, pois apenas um caso de tuberculose associado ao HIV/AIDS foi encontrado, no entanto o período de tempo analisado, foi de apenas 1 ano. O tratamento diretamente observado, realizado pelo profissional de saúde é considerado a melhor forma de garantir sucesso no tratamento, por isso 91,67% dos pacientes foram encaminhados ao tratamento supervisionado. Todos os pacientes (100%) foram tratados com Rifampicina, Isoniazida, Pirazinamida e Etambutol, que são medicamentos preconizados pelo Ministério da Saúde. Com relação à situação de encerramento do tratamento percebeu-se um alto índice de transferências (33,33%). Importante ressaltar que o número de casos notificados não representa toda realidade, devido à falta de diagnóstico e as subnotificações. Este estudo possibilitou conhecer o perfil dos pacientes acometidos por tuberculose no município, dessa forma contribui para o planejamento de ações estratégicas eficazes no município, visando o controle e a prevenção da doença. Sendo a tuberculose um problema de saúde pública é de extrema importância que a população seja orientada a respeito desta doença, sua forma de transmissão, medidas preventivas e tratamento através de atividades de educação em saúde realizadas por profissionais de saúde. Além da conscientização é muito importante reforçar a importância da vacina BCG, que vai garantir imunidade contra a doença. Em relação ao tratamento diretamente observado, a enfermagem tem papel fundamental para adesão do paciente ao tratamento, prestando orientações, atendimento e solicitando acompanhamento médico. Nos serviços de saúde, é indispensável identificar os sintomáticos respiratórios, realizando a captação de suspeitos para que o tratamento seja iniciado e a transmissão reduzida. REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde: Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e Tuberculose. - 2. ed. n.21 rev. - Brasília : Ministério da Saúde, 2008.195 p (Cadernos de Atenção Básica, n. 21). 2. DALCOLMO, Margareth Pretti; ANDRADE, Mônica Kramer de Noronha; PICON, Pedro Dornelles. Tuberculose multirresistente no Brasil: histórico e medidas de controle. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v. 41, supl. 1, p. 34-42, set. 2007. 3. Diretrizes Brasileiras de Tuberculose: Guia de Vigilância Epidemiológica. 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