PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES NO HOPITAL DO CORAÇÃO DE
CARUARU-PE
Roberta Kelly Honorato Ferreira1, Monique Lima Vieira2, Niedja Gomes Pessoa da
Silva3, Bruno Tácito de Sousa Oliveira4, Adriana Siqueira de Oliveira5
1,2,3
Graduada em fisioterapia da Associação Caruaruense de Ensino Superior
(ASCES), 4 Preceptor de estágio supervisionado (ASCES), 5 Docente do curso de
fisioterapia(ASCES), email: [email protected]
Introdução:As doenças cardiovasculares figuram entre as principais causas de
morbimortalidade ao redor do mundo, com um alto impacto econômico, social,
psicológico e funcional. Com o envelhecimento progressivo da população e as
novas medidas terapêuticas encontradas com o avanço da medicina, cada vez
mais as vítimas de cardiopatias aumentam a sua sobrevida, o que nos abriga a
pensar estratégias de reinserção no ambiente saudável ao qual pertencem
originalmente esses indivíduos a partir de recuperação de sua maior
funcionalidade no melhor tempo hábil, no entanto, para uma melhor compreensão
deste grupo, faz-se necessário o conhecimento acurado do seu tipo de patologia
e características individuais, o que asseguram uma melhor abordagem e maior
domínio caso a caso. Um modo de estabelecer este conhecimento é a partir do
estudo epidemiológico de grupos especiais como a população cardiopata
hospitalar. Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico dos pacientes internados no
Hospital do Coração de Caruaru-PE no período de julho á Dezembro de 2009.
Materiais e métodos: Foi realizada observação indireta por análise de
prontuários de pacientes internados no Hospital do Coração de Caruaru-PE,
durante o período de Julho à Dezembro de 2009. Foram incluídos no estudo
todos os pacientes internados no período que compreende o estudo, sem
restrições, e registrados nos prontuários do Hospital do Coração de Caruaru-PE.
Foram excluídos prontuários com ausência de dados relevantes a pesquisa. Os
dados foram coletados por meio da elaboração de um formulário específico,
através do qual, foram analisadas as variáveis: sexo, idade, diagnóstico, queixa
principal, estratificação de Killip, classificação quanto a dispnéia, fração de ejeção,
tempo de internação e presença ou não de doenças metabólicas associadas.
Para a avaliação estatística dos dados foi utilizada a análise descritiva para
cálculo de médias e porcentagens no programa Microsoft Excel. Resultados:
Avaliados 251 pacientes, sendo 52,6% do sexo masculino, faixa etária de 64 ± 18
anos, com tempo de internação média de 6 ± 4 dias e um total de 4,4% de óbitos.
Os problemas cardíacos predominantes foram ICC 38,2%, IAM 16,3%, e a
síndrome aguda coronariana 16,3%. As doenças metabólicas prevalentes foram
Hipertensão arterial (HAS) 33,5%, Diabetes Mellitus (DM) 13,5%, sendo 17,1%
HAS e DM associados. A queixa principal mais freqüente foi dor precordial 20,7%,
dispnéia associada à dor precordial 16,7%, dispnéia associada a edema de
membros inferiores 12,7%. Apenas 23,1% eram eupnéicos, 22,3% apresentava
dispnéia em repouso e 17,5% em atividades leve/moderada intensidade. Quanto
às alterações de pressão arterial 44,6% eram hipertensos e 2% hipotensos. Em
relação à fração de ejeção (FE), 30,3% apresentaram baixo risco (FE>50%),
sendo 13,9% alto risco (FE<35%). Discussão: O sexo masculino (52,6%)
correspondeu ao maior percentual de internação hospitalar por DVC, semelhante
à informações do DATASUS (2008). A hipertensão arterial (33,5%) e DM (13,5%)
são os fatores de risco principais para desenvolvimento de DCV, aumentado em
dobro o risco de morte quando comparados à população geral. Nos Estados
Unidos, anualmente são atendidos nos serviços de emergência cerca de 7
milhões de indivíduos cuja queixa principal é dor precordial semelhante ao estudo
atual. Conclusão: Embora este trabalho piloto nos forneça uma projeção do perfil
epidemiológico da população atendida no HCC, acreditamos que um intervalo de
tempo maior nos forneceria um perfil epidemiológico mais fidedigno, abrangente e
verídico desta população.
Palavras-chave: coração; doenças cardiovasculares; epidemiologia
Roberta Kelly Honorato Ferreira ([email protected])
9215-7000/ 9682 9559
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