PERFIL DOS VISITANTES DO PARQUE ZOOBOTÂNICO ARRUDA CÂMARA
SOBRE O TRÁFICO ILEGAL DE ANIMAIS SILVESTRES
Fábio José Targino Moreira da Silva Júnior¹, Ilda Mayara França Soares¹, Nailson de
Andrade Neri Júnior¹, Suelen Laís de Araújo Silva Santos¹, Roberto Citelli de Farias²,
Glenison Ferreira Dias³
1 – Estudantes de Graduação em Medicina Veterinária pela Universidade Federal da
Paraíba; 2 – Médico Veterinário responsável pelo Parque Zoobotânico Arruda Câmara; 3 –
Mestrando em Ciência Animal pela Universidade Federal da Paraíba
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Palavras chave: Zoológico, Conscientização Ambiental, Tráfico de Animais.
Introdução. O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira maior prática ilegal do
mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas. Com isso, apenas no Brasil,
estima-se que o valor arrecadado ao ano seja de 2,5 bilhões de reais (1). Visando esses
aspectos, o presente trabalho teve o intuito de traçar um perfil do conhecimento dos
visitantes do Parque Zoobotânico Arruda Câmara, situado na cidade de João Pessoa,
acerca do tráfico de animais silvestres. Métodos. Foram aplicados questionários
semiestruturados aos visitantes do parque, que eram selecionados aleatoriamente. O
mesmo continha 10 perguntas objetivas e 7 descritivas, onde eram abordados temas que
tratavam principalmente do conhecimento acerca do tráfico de animais e possíveis soluções
para minimizá-lo. Resultados e Discussão. A maioria dos entrevistados, 36%, possuía 2º
grau completo e apenas 11% do total o 1º grau incompleto, incluso também nesse valor
pessoas não alfabetizadas. Dos entrevistados, 99% eram contra o tráfico de animais
silvestres, alegando que os animais devem ser mantidos em seu habitat natural. Essa
informação tornou-se contraditória mediante os 11% dos entrevistados que possuem
animais silvestres em suas casas, não certificando-se de suas origens, que pode preceder
de algum tráfico ilegal. A maioria, 44%, justificou que a aquisição de animais silvestres é
destinada principalmente a companhia ou como 16% dos entrevistados afirmam, é
destinada ao comércio. Em sua maioria, os entrevistados sabem que os animais capturados
são transportados para o comércio ilegal em péssimas condições. Após serem capturados,
os animais geralmente passam pelas mãos de traficantes pequenos e médios, que fazem
contato com grandes traficantes brasileiros e internacionais e estes animais podem ser
vendidos via internet, petshops e feiras ilegais (2), bem como citados pelos entrevistados
que a aquisição pode ser feita em criadouros (19%), pet shops (42%) ou em feiras livres
(12%). Conclusões. Concluímos que, assim como afirmaram os entrevistados, maiores
fiscalizações, informes destinados à população e aplicação de leis mais rígidas, seriam
soluções efetivas para a luta contra o fim do tráfico de animais silvestres.
Referências:
1.
2.
RENCTAS (Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres). 1º Relatório Nacional sobre o
Tráfico de Fauna Silvestre. 2011. Disponível em: <http://www.renctas.org.br/>. Acesso em: 20 nov.
2014.
HERNANDEZ, E. F. T.; CARVALHO, M. S. de. O tráfico de animais silvestres no estado do Paraná.
Acta Scientiarum: Human and Social Sciences, Maringá, v.28, n. 2, p. 257-266, 2006.
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