Tubos de Polietileno Mais um serviço para o cliente O Manual Técnico de PEAD é um serviço que o Grupo Brastubo disponibiliza aos clientes para oferecer melhor qualidade no atendimento e principalmente, maior aproveitamento do produto em todos os empreendimentos. Um material que consiste numa detalhada fonte de pesquisa com informações técnicas que vão desde a matériaprima até a aplicação. Para este projeto, o Grupo Brastubo colheu e reuniu dados divulgados em importantes publicações, como o livro Polietileno e Polipropileno, de José Roberto Danieletto, e o catálogo Duratel¹. O objetivo é facilitar o acesso às informações de maneira prática e ordenada, usando como base o foco do cliente. Ou seja, foram selecionados os pontos que poderão auxiliar na escolha do melhor tubo e do melhor serviço para cada obra. As indicações são apropriadas tanto para os tubos do Grupo quanto para qualquer outro produto. Entre as informações estão as curvas de regressão, tabela de dimensão, tabela de resistência química, fluxo gravitacional, fluxo sob pressão e todo o histórico de evolução do PEAD. Com este material, o Grupo espera agilizar e qualificar ainda mais o fornecimento, possibilitando ao cliente a consulta regular e antecipada sobre os benefícios técnicos de todo o range. É mais um valor que a Companhia agrega à obra do cliente. ¹ O Grupo Brastubo limitou-se a reunir dados e portanto, não tem responsabilidade sobre teor das informações colhidas nas fontes de pesquisa. Manual Técnico do Polietileno 3 Índice Histórico e evolução .............................................................................................. 7 Mercado atual ....................................................................................................... 8 Distribuição de gás natural .............................................................................. 8 Distribuição de água ........................................................................................ 8 Emissários submarinos .................................................................................... 8 Comunicação ................................................................................................... 8 Dragagens e transporte de sólidos .................................................................. 9 Transporte de produtos químicos e efluentes industriais ................................. 9 Postos de combustíveis ................................................................................... 9 Volume mundial ................................................................................................ 9 Vantagens dos tubos de PE ................................................................................ 10 Leveza ............................................................................................................ 10 Flexibilidade ................................................................................................... 10 Comparativo dos tubos de PE com o PVC e o FoFo ...................................... 11 PE x PVC ................................................................................................... 11 PE x FoFo .................................................................................................. 11 Vantagens da aplicação de tubos de PE no transporte de água ........................ 12 Emissários submarinos .................................................................................. 12 Especificações básicas de tubos de polietileno (PE) .......................................... 13 Matéria-prima para tubos ............................................................................... 13 Na família dos Polietilenos temos: .................................................................. 13 Curvas de Regressão de tubos de PE 5 tipos A, B e C ...................................... 15 Curva de Regressão de tubos de PE 80 e 100 ................................................... 16 Identificação dos tubos de PE ....................................................................... 17 Nº da Norma .................................................................................................. 17 Designação dos tubos de PE ......................................................................... 17 Diâmetro Externo (DE) .............................................................................. 17 Classe de Pressão (PN ou SDR) ............................................................... 18 Máxima Pressão de Serviço - Tipo A ou B ................................................ 18 Lote de fabricação .................................................................................... 19 Cor dos tubos ........................................................................................... 19 Condições de fornecimento ...................................................................... 20 Tabela de dimensões dos tubos de PE ..................................................... 21 4 Manual Técnico do Polietileno Cálculo de perda de carga em tubulações de PE .............................................. 27 Métodos de união e conexões para tubos de PE ................................................ 28 1. Soldagem de topo por termofusão ............................................................. 28 Conexões para Solda de Topo por Termofusão ........................................ 29 2. Soldagem Tipo Soquete ou Encaixe por Termofusão ................................. 30 2.1 Conexões para Solda tipo Soquete por Termofusão ........................... 31 3. Soldagem tipo Sela por Termofusão ........................................................... 31 3.1 Conexões para solda tipo Sela por Termofusão .................................. 32 4. Soldagem por Eletrofusão .......................................................................... 33 4.1 Conexões para solda por eletrofusão ................................................. 34 5. Conexões tipo Junta Mecânica de Compressão ........................................ 35 6. Colarinho/Flange ........................................................................................ 36 7. Juntas de Transição PE x Aço .................................................................... 37 8. Juntas mecânicas para reparos ................................................................. 37 9. Reparos de linhas em carga ...................................................................... 38 Estrangulador de vazão ...................................................................................... 38 Análise de Transientes ........................................................................................ 39 8.1.3 Expansão e contração térmicas ............................................................ 41 8.1.4 Instalação de conexões ........................................................................ 42 8.1.5 Passagem por parede ........................................................................... 43 8.1.6 Preenchimento e compactação ............................................................. 43 8.2Instalação superficial ................................................................................ 44 8.2.1 Dilatação e contração térmicas ............................................................. 44 8.2.2 Suportes guias ...................................................................................... 45 8.2.3 Suportes ancoragem ............................................................................. 46 8.2.4 Compensadores de dilatação - Efeito Lira ............................................ 47 10. Considerações de projeto ............................................................................. 48 10.1 Cálculo hidráulico ................................................................................... 48 10.1.1 Fluxo sob pressão ............................................................................... 48 10.1.2 Seleção do diâmetro interno da tubulação .......................................... 48 10.1.3 Perdas de carga .................................................................................. 49 10.1.4 Perda de carga em singularidades ..................................................... 56 10.1.5 Fluxo gravitacional ............................................................................... 56 10.3 Limite de curvatura ................................................................................. 59 Manual Técnico do Polietileno 5 Tubos de Polietileno 6 Manual Técnico do Polietileno Histórico e evolução • PVC surge em 1927 Aplicação em tubos acelera-se na década de 50 • PEAD surge em 1953 Aplicação em tubos acelera-se na década de 80 Principais campos de aplicação dos tubos de PE • Ramais, redes e adutoras de água • Captação de água • Transporte de: água (bruta, desmineralizada, salgada) alimentos lamas (slurry) • Emissários: Terrestres e subaquáticos Industriais Sanitários • Travessias de lagoas, rios, baias, etc • Instalações industriais • Distribuição de gás • Recuperação de tubulações danificadas inserção (relining) • Irrigação • Drenagem • Dragagem • Minerodutos (transporte hidráulico de sólidos) • Dutos elétricos e telefônicos Manual Técnico do Polietileno 7 Mercado atual • Distribuição de gás natural Praticamente 100% das novas redes de distribuição de gás são feitas com tubos de Polietileno, em todo o mundo. A substituição de tubos antigos pela técnica de inserção de tubos de PE vem viabilizando de forma econômica, rápida e segura a recuperação das antigas redes de distribuição de gás. No Brasil, as recentes medidas governamentais para um grande incremento da participação do gás natural na matriz energética, entre elas o gasoduto Brasil-Bolívia, encontram nos tubos de PE a solução técnica para a construção das novas redes de distribuição e na substituição e recuperação das redes de Ferro Fundido com a técnica de inserção. • Distribuição de água A participação de tubos de PE nas redes, ramais e adutoras de água, bem como em esgotos pressurizados cresce a razão de 10% ao ano, em especial na Europa, substituindo os tubos tradicionais. Em Ramais e nas Redes de água de diâmetro até 110 mm, na Europa, a participação dos tubos de PE é de quase 100% e vem aumentando paulatinamente nos diâmetros maiores. Nas adutoras e captação de água, com diâmetros chegando a DE 2000, os tubos de PE vêm firmando sua supremacia, em especial nas aplicações de baixas pressões (até 6 bar), onde o custo desse material, comparado aos dos materiais tradicionais, já representa vantagens imediatas. • Emissários submarinos As vantagens técnicas, de custo, durabilidade e velocidade de construção consagraram os tubos de PE como a melhor alternativa na grande maioria das construções de emissários submarinos em todo o mundo. • Comunicação O advento das fibras óticas e TVs a cabo descortinou uma nova aplicação aos tubos de PE, utilizados em bobinas de 100 a 2.000 metros de comprimento, em diâmetros de DE 32 mm a 125 mm. Muitas construções vêm utilizando a técnica da instalação 8 Manual Técnico do Polietileno por Furo Dirigido (sem abertura de valas). Sendo o material básico nessas aplicações, o volume tornou-se muito expressivo no contexto global. Nas rodovias recentemente privatizadas no Brasil, estão sendo instalados sistema de comunicação com telefones de socorro a cada quilômetro e sinalização de tráfico interativa que implica na instalação de uma infovia com milhares de quilômetros através de valetadeiras contínuas e bobinas de tubos com grandes lances. • Dragagens e transporte de sólidos Caminha velozmente no Brasil. Já se encontra como um dos materiais mais importantes nas grandes mineradoras brasileiras e em termoelétricas e no transporte de hidráulico de cinzas. Em países com grande tradição em mineração, como EUA, Chile e África do Sul, o volume de tubos de PE em diâmetros de até DE 1000 é surpreendente. Somente no Chile, a aplicação de tubos de PE em mineração supera o volume total do mercado desses tubos no Brasil. • Transporte de produtos químicos e efluentes industriais Dado às suas inquestionáveis virtudes e resistência química, os tubos de PE têm destaque nas aplicações industriais a baixas temperaturas (<50ºC). No Brasil, sua participação vem crescendo, em especial nas especificações das novas cervejarias, plantas petroquímicas e fábricas multinacionais que estão se instalando no país e já trazem seus projetos especificando esses tubos. Os tubos de PE destacam-se nas usinas de açúcar e destilarias de álcool no transporte de vinhoto. • Volume mundial Europa aprox. 500 mil ton/ano, crescendo 10% ao ano EUA aprox. 300 mil ton/ano, crescendo 10% ao ano Brasil aprox. 10 mil ton/ano, crescendo de 20% a 30% ao ano Manual Técnico do Polietileno 9 Vantagens dos tubos de PE • Leveza Peso específico comparação prática PEAD = 0,945 a 0,962 g/cm³ PEMD = 0,931 a 0,944 g/cm³ PEBD = 0,910 a 0,930 g/cm³ PP = 0,905 a 0,93 g/cm³ 6m tubo de FºFº ø 250 mm, K7 ≈ 246 kg 6m tubo de PEAD ø 280 mm, PN6 ≈ 100,8 ∴ PEAD 60% MAIS LEVE • Flexibilidade Módulo de Elasticidade PEBD ≈ 2.500 kgf/cm² PEAD PE 80 ≈ 9.000 kgf/cm² a 12.000kgf/cm² PEMD ≈ 8.000 kgf/cm² PP ≈ 12.000 kgf/cm² AÇO ≈ 2.100.000 kgf/cm² PEAD PE 100 ≈ 12.000 kgf/cm² • Rugosidade baixíssima (coeficiente C = 150) Hanzen-Williams • Elevada resistência ao impacto • Resistência à maioria dos agentes químicos olíticas e galvânicas • Imunidade total a corrosões eletr eletrolíticas • Reduzido número de juntas juntas. Eventualmente, ausência total. • Manuseio e instalação fáceis meável • Imper Impermeável • Atóxico ustação • Baixíssimo efeito de incr incrustação • Elevada vida útil (mais de 50 anos) 10 Manual Técnico do Polietileno Comparativo dos tubos de PE com o PVC e o FoFo PE x PVC - Não colável e não aceita pintura - Maior resistência ao impacto - Maior flexibilidade - bobinas e curvas em obras - Maior resistência química - Maior resistência a transientes hidráulicos - Total atoxidade - Menos suscetível a ataque de roedores e cupins PE x FoFo - Menor resistência à pressão - Total imunidade à corrosão galvânica e eletrolítica - Muito maior resistência química - Melhores características hidráulicas - Grande facilidade de soldagem - Maior facilidade e velocidade de instalação - Maior flexibilidade - bobinas e curvas em obras - Maior facilidade de reparos e expansões - Menor custo final da instalação - Mais resistência a acomodações e recalques de solo - 5 vezes menos energia para sua produção - Menor índice de incrustações Manual Técnico do Polietileno 11 Vantagens da aplicação de tubos de PE no transporte de água • Total atoxidade • Grande resistência ao impacto • Grande flexibilidade (propicia curvas longas) • Total resistência à corrosão • Leveza - facilidade de manuseio/instalação • Menor custo de preparação e menor dimensão de valas (acomoda-se ao terreno e soldagem fora da vala) • Grande soldabilidade / facilidade de execução • Conexões mecânicas de simples manuseio e resistentes aos esforços axiais • Menor número de emendas, barras de 12 m ou mais e bobinas de 100 m ou mais para tubos de até ø 125 mm • Conexões que propiciam facilidade para execução de Ramais e ligações domiciliares • Baixo coeficiente de atrito hidráulico (fator “C” de Hazen-Williams = 145 a 150) • Baixíssimo efeito de incrustação • Vida útil maior que 50 anos • Menor custo final Emissários submarinos • Podem repousar diretamente sobre o leito oceânico, sem preparo prévio deste • Resistência a forças extremas de correntezas • Podem acompanhar mudanças no leito sem sofrer danos • Flutuam, facilitando transporte marítimo • Podem ser rebocados em longas secções pré montadas, até o local de instalação • Podem ser extrusados em comprimentos grandes (500 m a 1000 m ou mais) a partir de extrusoras móveis ou fixas, instaladas junto a cursos d´água, baias, etc. 12 Manual Técnico do Polietileno Especificações básicas de tubos de polietileno (PE) Matéria-prima para tubos Assim como outros materiais, como aço ou madeira, existem vários tipos de Polietileno. alguns são mais flexíveis, outros mais rígidos, com maior ou menor resistência, etc., existindo uma vasta gama de características direcionadas às diversas aplicações. Os polietilenos utilizados para sacos, sacolas, brinquedos, etc. não servem para fabricação de tubos, pois têm menor resistência e vida útil, e portanto são mais baratos. Na família dos Polietilenos temos: Polietileno de Baixa Densidade (PEBD); Polietileno de Média Densidade (PEMD); Polietileno de Alta Densidade (PEAD). Ainda dentre estes materiais, existem vários tipos de Polietileno de Baixa Densidade, como de Média, e de Alta, mas somente alguns tipos específicos servem para tubos. O PEBD é utilizado para tubos de pequenos diâmetros (9 a 32 mm) e de baixa pressão (4 bar), com finalidade de irrigação, onde se necessita muita flexibilidade, mas baixa resistência à pressão e a esforços mecânicos. O PEAD é utilizado para a maioria dos tubos de pressão (16 a 1600 mm); é mais rígido e tem maior resistência à pressão. • O PEMD é muito parecido com o PEAD, sendo difícil perceber a diferença entre um e outro, porém tem praticamente a mesma resistência do PEAD e é um pouco mais flexível. É utilizado normalmente para a fabricação de tubos para distribuição de gás natural. Atualmente não se distingue mais os materiais como PEAD e PEMD, pois com as novas tecnologias de fabricação desses materiais, a densidade já não retrata totalmente o seu desempenho. Manual Técnico do Polietileno 13 Existem ainda, produtos fabricados com materiais recuperados de lixo e sucata, chamados de Reciclados. Certamente, estes materiais, além de serem, em sua maioria provenientes de sacos e brinquedos, ainda são contamidados e misturados a outros plásticos, não servindo para tubos. Todavia, é comum encontrar-se em lojas mangueiras pretas ditas de polietileno, que, por serem produzidas com sucatas, apresentam rachaduras e rompimentos em pouco tempo (3 a 6 meses). Estes materiais não são classificados para tubos, e as normas proíbem seu uso nas aplicações técnicas. PORTANTO, OS MATERIAIS UTILIZADOS PARA TUBOS DEVEM SER QUALIFICADOS E CLASSIFICADOS PARA ESTE FIM. Os materiais são classificados conforme seu desempenho à pressão para uma vida útil de 50 anos na temperatura de 20º C. Esse desempenho é analisado em testes de pressão a temperaturas elevadas (80º) para simular uma vida útil de 50 anos, e têm por finalidade determinar a resistência (tensão hidrostática) do material à pressão no fim de sua vida útil. Os testes demoram 10 mil horas (mais de um ano). VA DE OS ENSAIOS DE PRESSÃO DE LONGA DURAÇÃO DEFINEM A CUR CURV REGRESSÃO DO MATERIAL. ostática mínima do material, para uma vida útil de 50 anos a O valor da tensão hidr hidrostática o utilizado para classificar o material (MRS - minimum hydrostatic 20º C é o númer número strenght), e que também é utilizado para determinar a espessura do tubo. Logo, QUANTO MAIOR A TENSÃO HIDROSTÁTICA DE LONGA DURAÇÃO, MENOR A ESPESSURA DO TUBO. 14 Manual Técnico do Polietileno Curvas de Regressão de tubos de PE (conforme DIN 8075 e ISO 4437/88) Manual Técnico do Polietileno 15 Curva de Regressão de PE 80 e 100 (Conforme ISO 4437/92 e 4427/94) 16 Manual Técnico do Polietileno Identificação dos tubos de PE Todos os tubos devem fazer uma marcação de metro em metro, por processo a quente (hot-stamping) que tenha as seguintes informações mínimas: Nome/Mar ca do Fabricante --- nº da Nor ma --- Classificação do material --- Diâmetr o Nome/Marca Norma Diâmetro Externo Exter no (DE) --- Espessura (mm) --- PN ou SDR ou ambos --- lote de fabricação REJEITE TUBOS QUE NÃO TENHAM ESSA MARCAÇÃO Nº da Norma As normas mais utilizadas são: - DIN 8074 - norma alemã para tubos de PEAD para uso geral, exceto gás. - ISO 4427 - norma internacional para tubos de água. O material pode ser PE 80 ou PE 100 e deve estar discriminado na marcação do tubo. A ABPE, SABESP e COBRACON estão preparando a versão brasileira. - ISO 4437 - norma internacional que refere-se a tubos amarelos para gás PE 100 e PE 80. - ABNT NBR 8417 - norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas para tubos de Ramal Predial, nos diâmetros de DE 20 e 32 mm. O material do tubo deve ser do tipo PE 80 ou PE 100, pretos, e a espessura deve ser de 2,3 e 3,0 mm, respectivamente. A nova versão está em processo de votação nacional. - NBR 14462 - norma brasileira para tubos amarelos para gás PE 80 e PE 100 - 4 e 7 bar, respectivamente. Designação dos tubos de PE Diâmetro Externo (DE) Os tubos de Polietileno são mundialmente designados pelo Diêmetro Externo Nominal (DE), diferentemente dos tubos brasileiros de PVC, AÇO e FERRO, que são designados pelo Diâmetro Nominal (DN). Manual Técnico do Polietileno 17 DN corresponde aproximadamente, ao diâmetro interno do tubo em milímetros, enquanto o DE é o diâmetro externo do tubo em milímetros. Quando dizemos que o tubo tem DE 63, significa que seu diâmetro externo é de, no mínimo, 63 mm. Nunca menor, pois somente se admite tolerância para cima. Enquanto seu diâmetro interno é função da espessura. Ex.: tubo de PE 80 DE 110, para classe de pressão PN 10. Seu diâmetro externo será de, no mínimo, 110 mm, sendo sua espessura de 8,2 mm. Portanto, seu diâmetro interno será de: 110 - (2. x 8,2) = 93,6 mm. Classe de Pressão (PN ou SDR) A Classe de Pressão do tubo refere-se à pressão máxima que o tubo pode suportar à 25ºC; A Classe de Pressão pode ser expressa por: - PN (Pressão Nominal), que corresponde à pressão em bar (ou kgf/cm²), ou seja, PN 10 corresponde a 10 bar (ou kgf/cm²) de pressão. PN 8 corresponde a 8 bar (ou kgf/cm²) de pressão, e assim por diante. - MPa (Megapascal), que corresponde à PN 10. Ou seja, 1 MPa corresponde a PN 10, assim como 0,6 MPa corresponde a PN 6, e assim por diante. - SDR (relação diâmetro externo/espessura) TODOS OS TUBOS DE MESMO SDR E DE MESMO MATERIAL (PE 80 OU 100) SÃO DA MESMA CLASSE DE PRESSÃO, OU SEJA, DE MESMO PN PN. Máxima Pressão de Serviço - Tipo A ou B Conforme o comportamento do material, os mesmos são ainda designados por Tipo A ou B, ou seja, um PE 80 pode ser PE 80 A ou PE 80 B, pois refere-se à resistência à pressão do tubo em função da temperatura. Quando o tubo for transportar fluidos que estejam a temperaturas superiores a 25ºC, o projetista da obra deverá dizer qual a máxima pressão que ele suportará, pois: 18 Manual Técnico do Polietileno QUANTO MAIOR A TEMPERATURA, MENOR A PRESSÃO QUE SUPORTA MPS=PN.FT Fator es de rredução edução de pr essão em função da temperatura e tipo do composto. Fatores pressão Ex.: Um tubo PN 10 a 25ºC suporta 10 bar, enquanto que a 40ºC suporta no máximo 7,4 bar. Lote de fabricação Todo tubo deve ter indicado seu lote de fabricação. Cada fabricante tem seu sistema e tipo de codificação. O instalador deve registrar esse código, pois no caso de haver problemas com a tubulação, o fabricante poderá identificar o material do tubo e os resultados dos ensaios executados, facilitando a avaliação do problema ocorrido. Cor dos tubos Pr eto PE 80 e PE 100: Preto exposto ao tempo Para água e aplicações gerais - pode ser utilizado Amar elo PE 80: Amarelo 4 bar Para gás - somente para instalações enterradas até Manual Técnico do Polietileno 19 Laranja PE 100: Para gás PE 100 até 7 bar enterrados Azul PE 80 E PE 100: para água - somente para tubos enterrados Outras cor es: somente para tubos enterrados cores: Condições de fornecimento Os tubos são normalmente fornecidos em barras com comprimento de 6, 12, 18 metros. Podendo ser fornecidos em outros comprimentos. Os tubos de Polietileno podem ainda, ser fornecidos em bobinas com comprimentos de 50, 100, 200m ou mais, nos diâmetros até DE 125, porém somente para os tubos que possuem SDR ≤ 17, ou seja: PE 80 ≥ PN 8 PE 100 ≥ PN 10 O diâmetro interno da bobina deve ser suficientemente grande para não provocar ovalizações excessivas no tubo. Para tanto, as normas recomendam os seguintes diâmetros mínimos para as bobinas: NORMA ISO 4427/96 NORMA DIN 8074 STANDARD ISO 4427/96 / NORMA ISO 4427/96 STANDARD DIN 8074 / NORMA DIN 8074 ø tubo ø i(min) ø tube ø tubo ø i(min) ø i(min) (mm) 20 25 32 40 50 63 75 90 110 125 ø tubo ø INT. ALTURA ø EXT ø INT. ø INT. HEIGHT ALTURA ø EXT ø EXT SDR < 17 (reference) (referencial) ø tube ø tubo (mm) (mm) (mm) (mm) 600 600 700 800 1.000 1.300 1.500 1.800 2.200 2.500 900 980 1.200 1.300 1.600 2.000 2.400 2.800 3.000 3.200 20 25 32 40 50 63 75 90 110 125 700 700 900 900 1.200 1.500 1.800 2.200 2.200 2.500 190 190 260 330 360 390 390 460 560 640 900 980 1.200 1.300 1.600 2.000 2.400 2.800 3.000 3.200 * Válido para PN > 8 * Valid for PN > 8 * Válido para PN > 8 20 Manual Técnico do Polietileno øe (referencial) * Válido para RDE (Relação Diâmetro/Espessura) < 17,6 * Valid for SDR (Standart Dimension Ratio) < 17,6 * Válido para RDE (Relación Diámetro/Espesor) < 17,6 Tabela de dimensões dos tubos de PE SDR 32.25 SDR 26 SDR 21 SDR 17 SDR 13.6 SDR 11 SDR 9 SDR 7.25 PN 4 PN 5 PN 5 PN 6 PN 6 PN 8 PN 8 PN 10 PN 10 PN 12.5 PN 12.5 PN 16 PN 16 PN 20 PN 20 PE 80 PE 100 DE mm e mm Peso e médio mm kg/m Peso e médio mm kg/m Peso e médio mm kg/m Peso e médio mm kg/m Peso e médio mm kg/m Peso e médio mm kg/m Peso médio kg/m e mm Peso médio kg/m 2.3 0.131 2.8 0.152 20 25 32 2.4 40 50 0.228 2.3 0.168 2.8 0.197 3.5 0.238 3.0 0.275 3.6 0.323 4.5 0.390 2.4 0.290 3.0 0.351 3.7 0.425 4.5 0.504 5.6 0.605 2.3 0.354 2.4 0.368 3.0 0.447 3.7 0.543 4.6 0.660 5.6 0.782 6.9 0.930 7.0 1.228 8.7 1.477 63 2.3 0.451 2.5 0.486 3.0 0.571 3.8 0.713 4.7 0.866 5.8 1.043 75 2.4 0.562 2.9 0.665 3.6 0.818 4.5 1.006 5.6 1.226 6.9 1.475 8.4 1.756 10.4 2.101 90 2.8 0.779 3.5 0.965 4.3 1.172 5.4 1.446 6.7 1.757 8.2 2.111 10.0 2.502 12.5 3.026 110 3.5 1.189 4.3 1.447 5.3 1.760 6.6 2.152 8.2 2.630 10.0 3.131 12.3 3.763 15.2 4.500 125 3.9 1.497 4.9 1.859 6.0 2.249 7.5 2.777 9.3 3.385 11.4 4.062 13.9 4.825 17.3 5.814 140 4.4 1.898 5.4 2.304 6.7 2.816 8.3 3.446 10.4 4.235 12.8 5.097 15.6 6.066 19.4 7.297 160 5.0 2.447 6.2 3.022 7.7 3.694 9.5 4.498 11.9 5.523 14.6 6.646 17.8 7.904 22.1 9.506 180 5.6 3.091 7.0 3.812 8.6 4.641 10.7 5.689 13.4 7.004 16.4 8.401 20.0 9.986 24.9 12.026 200 6.2 3.810 7.7 4.667 9.6 5.751 11.9 7.021 14.9 8.636 18.2 10.360 22.3 12.379 27.6 14.821 225 7.0 4.806 8.7 5.925 10.8 7.267 13.4 8.904 16.7 10.894 20.5 13.112 25.0 15.596 31.1 18.791 250 7.8 5.952 9.7 7.334 11.9 8.894 14.9 10.979 18.6 13.478 22.8 16.188 27.8 19.271 34.5 23.152 280 8.7 7.453 10.8 9.139 13.4 11.227 16.6 13.710 20.8 16.870 25.5 20.286 31.2 24.231 38.7 29.068 315 9.8 9.411 12.2 11.631 15.0 14.109 18.7 17.362 23.4 21.361 28.7 25.670 35.0 30.555 43.5 36.764 355 11.1 12.037 13.7 14.687 16.9 17.914 21.1 22.096 26.3 27.058 32.3 32.573 39.5 38.870 49.0 46.649 400 12.4 15.127 15.4 18.611 19.1 22.843 23.8 28.032 29.7 34.392 36.4 41.345 44.5 49.333 55.2 59.243 450 14.0 19.160 17.4 23.640 21.5 28.889 26.7 35.383 33.4 43.520 41.0 52.341 50.0 62.335 61.7 74.544 500 15.5 23.601 19.3 29.131 23.9 35.642 29.7 43.718 37.1 53.722 45.5 64.571 55.6 77.026 560 17.4 29.664 21.6 36.478 26.7 44.608 33.2 54.767 41.5 67.267 51.0 81.009 630 19.6 37.554 24.3 46.178 30.0 56.351 37.4 69.366 46.7 85.125 57.3 102.451 710 22.1 47.753 27.4 58.649 33.9 71.749 42.1 88.015 52.6 108.054 800 24.9 60.507 30.8 74.226 38.1 90.944 47.5 111.815 59.3 137.265 900 28.0 76.516 34.7 94.065 42.9 115.071 53.4 141.413 1000 31.1 94.542 38.5 115.977 47.7 142.167 59.3 174.482 1200 37.3 135.973 46.2 167.007 57.2 204.624 Manual Técnico do Polietileno 21 PRODUTO Acetaldeído CO NC. 100 PEAD PP 2 0 oC 6 0 oC 2 0 oC R PR PR Acetato de alumínio Acetato de amila CO NC. 40 PEAD PP 2 0 oC 6 0 oC 2 0 oC 6 0 oC R R 50 R R R R R 10 0 R R PR NR SS R R R R Acetato de butila 100 R PR PR NR Acetato de cálcio SS R R Acetato de chumbo SS R R Acetato de cobre SS 100 Acetato de metila R PR R NR R Ácido fórmico Ácido fosfórico (Ácido ortofosfórico) 50 R R R R 98 - 100 R R R NR 50 R R R R 95 R PR R R R Ácido ftálico 50 R R NR PR NR Ácido glicólico S ol R R R PR Ácido glucônico > 10 R R R R Ácido graxos 100 R PR R 32 R R Acetato de potássio R PR Acetato de prata SS R R R R Ácido hidrofluosilícico Acetato de sódio SS R R R R Ácido hipocloroso 10 R R Ácido lático 100 R R R R Ácido maléico SS R R R R Ácido málico R R R R R R 50 R R R NR < 10 R Acetato de vinila R Acetato de zinco R Acetileno R R R R Acetofenona Acetona 10 0 Acetonitrila Ácido acético glacial R PR Ácido metassilícico R R Ácido monocloroacético R R R Ácido nicotínico 25 R R R R 50 PR NR PR NR 75 PR NR NR NR 100 NR NR NR NR 100 R PR R PR R R R R PR R NR R PR 96 Ácido arsênico SS R R R PR R R Ácido de baterias SS Ácido benzolsulfônico Ácido bórico SS Ácido brômico 10 0 100 R R R R R R R R R R R R NR R R R R NR R R R 10 0 R PR R PR Ácido carbônico SS R R R R R R R R R R R R SS Ácido clórico Ácido clorídrico gasoso ou líquido R R R R R conc. R R R R R R R Ácido clorosulfônico NR Ácido cresílico Ácido dicloroacético NR 95 R PR R R Ácido oxálico SS R R R PR Ácido palmítico 70 PR PR NR 20 R R R PR NR Ácido perclórico Ácido propiônico Ácido succínico (Âmbar) R 50 R PR 70 R NR SS R 50 R R R 100 R PR R R R R R R R R R R R Ácido prússico (Ácido cianídrico) SS R Ácido sulfâmico Ácido sulfídrico Ácido sulfúrico PR R NR 100 R R R 10 R R R R R 50 R R R PR 98 PR NR NR NR NR NR NR NR R PR R 80 R NR R 50 R R Ácido sulfuroso 30 R R R R 10 0 R PR Ácido tânico 10 R R R R R R R R R R R R R PR R PR R R R R R R Ácido esteárico 10 0 Ácido fluobórico 10 0 R R 50 Ácido diglicóico Ácido fluorídrico Ácido ortofosfórico 50 Ácido salicílico NR 10 Ácido cloroacético Ácido crômico Ácido oléico R Ácido butírico (Ácido butanóico) Ácido cítrico Ácido nítrico Ácido pícrico Ácido cianídrico R R 50 SS Ácido bromídrico R 80 Ácido adípico (Ácido adipínico) Ácido benzóico R R 10 Ácido acético (Ácido etanoíco) 22 Ácido fluosilícico Acetato de amônio Acetato de etila PRODUTO 6 0 oC 4 R R R R 60 R PR R PR Manual Técnico do Polietileno Ácido sulfúrico fumegante (Oleum) Ácido tartárico Ácido titânico 50 R R 100 R NR Acrilonitrila R R R PR Água R R R R Ácido tricloroacético PRODUTO CONC. PEAD o 20 C PP o o R R R R Butanol (Álcool butílico) 100 R R R R R R R R R R R R Cacao R R Café R R Água potável clorada R R R R Butanotriol Água do mar R R R R Butilftalato Águarrás PR PR Alcatrão Álcool alílico Álcool amílico 96 100 Álcool benzílico Álcool butílico 100 Álcool diacetônico 100 Álcool etílico R R NR Butilenoglicol NR NR Butinodiol R PR R R R PR R R R PR R R R R R R R R R R R R R R R R R R R Carbonato de cálcio SS R R R R Carbonato de cobre R R PR R R R Álcool metílico 100 R R R R Carbonato de magnésio R R Carbonato de potássio Álcool propílico Alume 100 S ol Amido Amoníaco gasoso 100 R R R R SS R R R R SS R R R R R Carbonato de sódio SS R R R R R Carbonato de zinco SS R R R R R NR R PR Cerveja R R R R Cetonas R PR R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R R SS R R PR SS R R R Carbonato de amônio 10 R PR Carbonato de bário 100 7 R R Cânfora Álcool furfurílico Álcool propargílico 100 Butoxyl Álcool isopropílico Álcool polivinílico 6 0 oC R NR NR 2 0 oC R NR NR PP 6 0 oC 100 NR NR PEAD 2 0 oC Butanodiol NR Água regia CONC. 60 C 20 C 60 C Água amoniacal Água de bromo PRODUTO o R Carbonato hidrogenado de sódio Cera de abelhas Cera de pisos Amoníaco líquido 100 R R R PR Anidrido acético 100 R PR R PR Anidrido sulfúrico 100 NR NR NR NR Anidrido sulfuroso 100 R R R Anilina 100 R PR R PR Anilina aquosa SS PR PR PR PR Anticongelante de radiador R R Asfalto R PR Aspirina R R Cianeto de metila (Acetonitrila) R R Cianeto de potássio SS R R R R R R Cianeto de prata SS R R R R Cianeto de sódio SS R R R R R R PR NR Azeite Bebidas alcoólicas todas Benzaldeído 100 R PR R R Benzeno 100 PR PR PR NR R PR PR NR Benzoato de sódio Benzina SS R R R R Benzol (Benzeno) 100 PR PR PR NR Bicarbonato de potássio SS R R R R Bicarbonato de sódio SS R R R R Bicromato de potássio 40 R R R Bifluoreto de amônio Bissulfato de potássio SS Bissulfato de sódio R R Cianeto férrico de sódio SS R R Cianeto ferroso de potássio SS R R Cianeto ferroso de sódio SS R R Cianeto de mercúrio SS R R R Ciclohexano Ciclohexanol 100 R R R PR Ciclohexanona 100 R R R PR R R Citrato de magnésio Clorato de cálcio SS R R R R Clorato de potássio SS R R R R Clorato de sódio SS R R R R R R R R Cloreto de acetila R R R Cloreto de alumínio SS R R R R Cloreto de amila 100 R R S ol R R R S ol R R R R Borato de potássio 1 R R R R SS R R R R R R R R Borofluoreto de cobre R SS SS R Bissulfito de potássio Bromato de potássio Cianeto férrico de potássio R Bissulfito de sódio Bórax SS R Bissulfito de cálcio Borato de sódio Cianeto de cobre R R Bromato de sódio R PR Brometo de metila PR R R R NR Cloreto de amônio SS R R R R Cloreto de antimônio (Tricloreto de antimônio) 90 R R R R Cloreto de bário SS R R R R Cloreto de benzila Cloreto de cálcio R SS R R Cloreto de chumbo Cloreto de cobre R Cloreto de enxofre SS R R PR Cloreto de estanho SS R NR NR Cloreto de etila 100 PR R R R R R R R R PR NR R R PR NR Brometo de potássio SS R R R R Cloreto de etileno 100 PR PR NR Brometo de sódio SS R R R R Cloreto férrico SS R R R R Bromo gasoso e líquido 100 NR NR NR NR Cloreto ferroso SS R R R R R NR R R Cloreto fosforílico R PR R PR R Cloreto de magnésio Butadieno Butano gasoso 100 R R R Butano líquido 100 PR PR R Cloreto de mercúrio SS R R Polietileno R R Manual Técnico do SS R R R R 23 PRODUTO PEAD PP CONC. 2 0 oC 6 0 oC 2 0 oC 6 0 oC Cloreto de metila NR Cloreto de metileno PR Etanol 40 PR PR Etanolamina 100 SS R R R R Éter Cloreto de potássio SS R R R R Éter dietílico Cloreto de sódio SS R R R R NR NR PR NR Éter dibutílico R NR PR NR Éter isopropílico PR NR PR NR R PR NR NR PR NR NR Cloreto de zinco SS R R R R R PR R PR Etilenodiamina 5 R R R R Etilenoglicol 50 R PR NR 100 Éter de petróleo 100 Etilbenzeno 100 100 Fenilhidrazina PR NR NR NR NR NR PR NR Fermento (Levedura) Clorobenzeno (Clorobenzol) PR NR PR NR Ferricianeto de potássio SS Cloroetanol R R R R Ferricianeto de sódio NR PR NR 100 NR 100 PR Creosoto R R Cresol R R R R Criolita Cromato de potássio SS Cromato de sódio R Fenol R R R R PR Cloro líquido Clorofórmio R PR NR Clorometano R R PR NR 100 R PR NR Cloro gasoso PR PR 100 Clorito de sódio R PR Cloreto de tionila Cloridrato de anilina PEAD PP CONC. 2 0 oC 6 0 oC 2 0 oC 6 0 oC NR Cloreto de níquel Cloreto de sulfurila > 10 R R R PR R R R R R R R R R R R R SS R R Ferrocianeto de potássio SS R R R R Ferrocianeto de sódio SS R R Fertilizantes SS R R R R Flúor gasoso 100 NR NR NR NR R Fluoreto de alumíno SS R R R R R Fluoreto de amônio 20 R R R R Fluoreto de cobre SS R R Fluoreto hidrogenado de amônio 50 R R R R R PR R R R Decahidronaftaleno 100 R PR PR NR Decalina 100 R PR NR NR Fluoreto de potássio SS R R R R R R R R Fluoreto de sódio SS R R R R R R R R Formaldeído 40 R R R R R R Formalina R R R PR Formamida R R PR PR Fosfato de amônio R R R R Fosfato hidrogenado de potássio R R R R Fosfato hidrogenado de sódio R R R Detergentes sintéticos Dextrina S ol Dextrose Dibutiftalato 100 R PR Dicloreto de enxofre Diclorobenzeno (Diclorobenzol) PR Dicloroetano (Cloreto de etileno) 100 PR NR PR PR NR Dicloroetileno 100 NR Dicromato de potássio SS R R R R Diesel (Óleo diesel) NR 100 R PR R PR Dietanolamina R R Dietilamina R Dietiléter 100 PR PR Dihexiftalato Diisobutilcetona R Dimetilamina Dimetilbenzeno (Xileno) 100 Dimetilformamida NR R R R NR R PR R PR NR NR R PR Dinoniftalato R R NR R R 100 R PR R PR Dissulfeto de carbono 100 PR NR NR NR Dioxano R 100 R PR SS R R R Fosfogênio 100 PR PR PR Furfural Gases de exaustão contendo fluoretos hidrogenados traços PR NR R R R R Gases de exaustão contendo ácidos carbônicos R R R R Gasolina comum R PR PR NR PR NR Glicerina (Glicerol) 100 R R R R Glicol C on R R R R Glicose SS R R R R R PR R PR Graxas Heptano 100 R NR R PR Hexano 100 R PR R PR PR Hexanotriol SS R R R R R R R R R R Fosfato de sódio Gasolina super Dioctiftalato Dissulfito de sódio Dióxido de carbono seco 100 R R R R Hidrazina hidratada Dióxido de carbono úmido 100 R R R R Hidrogênio 100 R R R R Hidroquinona SS R R R R Hidróxido de alumínio SS R R Dióxido de cloro seco 100 R R PR Dióxido de enxofre (Anidrido sulfuroso) 100 R R R Dióxido de nitrogênio R R Enxofre R R Epicloridrina 24 PRODUTO 100 R NR R R Ésteres alifáticos R PR Éster etil monocloroacético R R Éster metil monocloroacético R R EtaManual nodiol (EtilTécnico enoglicol) do Polietileno 100 R R R R Hidróxido de amônio 10 R R Hidróxido de bário SS R R R R Hidróxido de cálcio SS R R R R Hidróxido férrico SS R R Hidróxido ferroso SS R R Hidróxido de magnésio SS R R R R Hidróxido de potássio (Potassa cáustica) 50 R R r R PRODUTO Hidróxido de sódio (Soda cáustica) Hipoclorito de cálcio Hipoclorito de potássio Hipoclorito de sódio Iodeto de potássio Iodo PEAD PP CONC. 20oC 60oC 20oC 60oC 40 R R 100 R R R R R R PRODUTO Óleo diesel PR R PR R R R R PR PR R PR Óleos minerais R PR R PR R R R PR R R R R PR PR R PR R NR R PR R PR 5C l R R PR PR Óleo de parafina 12Cl PR NR PR PR Óleo de rícino SS R R R R Óleo de silicone Norm R PR Óleo de transformador PR Óleos vegetais e animais Isopropanol R R R R Lanolina R R R PR Leite R R R R Levedura (Fermento) R R R R Líquido de freios R Lisol R R PR 100 100 Ortofosfato dissódio SS R R Ortofosfato de potássio SS R R Ortofosfato de sódio R R Oxalato de sódio R Oxicloreto de fósforo R Óxido de etileno R PR NR PR Norm PR NR PR PR SS R R R R Óxido de propileno R Óxido de zinco SS Oxigênio 100 R PR R PR Ozônio 100 PR NR PR NR Melaço R R R Mentol R PR R R R R R R R Mercúrio 100 Metafosfato de amônio SS Metano R 100 R R R R R PR R R R R PR R R R R NR PR NR R 48/49/NR 3 NR 50/50/NR 0 NR 10/20/70 Pentacloreto de fósforo (Cloreofosforílico) Pentóxido de fósforo PR Perborato de sódio SS Perclorato de potássio SS PR Percloroetileno (Tetracloroetileno) R PR 10/87/NR 3 NR Peróxido de hidrogênio 50/31/NR 9 NR Peróxido de sódio Monocloro benzeno (Clorobenzeno) PR 100 NR PR R PR R R R R R R R R R R R R PR R R Perclorato de sódio Permanganato de potássio R 100 R Perborato de potássio R PR R SS R R R Pectina 32 100 R R 100 R R R R 100 Metilamina Metilglicol R R Parafina Metilbutanol (Álcool amílico) Metiletilcetona Óxido nitroso Ozônio - sol. aquosa para bebidas R Metassilicato de sódio Monóxido de carbono R R PR Mistura de ácidos H2SO4/HNO3 6 0 oC R PR Mistura de ácidos H2SO4/HNO3/Água 2 0 oC SS PR Metoxibutanol PP 6 0 oC > 10 R Metanol PEAD 2 0 oC Óleo lubrificante R Lixivia contendo SO2 100 Óleo de linhaça Isooctano Lixivia de branqueamento contendo 12.5% de cloro ativo CONC. NR PR NR 20 PR R R R R 30 R R R R 50 R PR PR NR 90 R NR R NR R R R R R R R Persulfato de amônia SS Persulfato de potássio SS R R R R R Morfolina R R R R Nafta R PR R PR Naftaleno R PR R R Piridina R R Poliglicois R R Propano gasoso R R R Propano líquido R R Propanol (Isopropanol) R R R R R Propilenoglicol R R R R Querosene R PR Nitrato de alumínio Nitrato de amônio SS R R Nitrato de bário SS Nitrato de cálcio SS R R Nitrato de chumbo SS Nitrato de cobre SS R R R R Nitrato de ferro S ol R R R R Nitrato de magnésio SS R R R R Nitrato de mercúrio S ol R R R R Nitrato de níquel SS R R R R Persulfato de sódio R R R R Petróleo R PR R PR R PR R PR R R R R 100 100 NR R Quinina Revelador fotográfico R R Norm R R R R Sabão S ol R R R R Salmoura SS R R SS R R Nitrato de potássio SS R R R R Nitrato de prata SS R R R R Sais de alumínio Nitrato de sódio SS R R R R Sais de níquel SS R R R R Sebo 100 R R R R Silicato de sódio SS R R R R 40 R R R R R R Nitrato de zinco Nitrito de sódio SS Nitrobenzeno (Nitrobenzeno) Octano 100 Octilcresol 100 Óleo combustível R R R R R PR R R R PR Soda cáustica (Hidróxido de sódio) R PR Sódio PR NR 100 SS R R Manual Técnico do Polietileno 25 PRODUTO PEAD PP CONo o o C. 2 0 C 6 0 C 2 0 C 6 0 oC PEAD PP CONC. 20oC 60oC 20oC 60oC R R R R Trioctilfosfato Sulfato de alumínio SS R R R R 100 NR Sulfato de amônio SS R R R R Trióxido de enxofre (Anidrido sulfúrico) Sulfato de bário SS R R R R Uréia S ol Sucos de fruta Sulfato de cálcio SS R R Sulfato de chumbo Sulfato de cobre SS Sulfato crômico de potássio Sulfato de ferro Sulfato de magnésio R R SS Sulfato hidrogenado de potássio SS R R R R R R R R Sulfato de manganês R R R R R R R R R R R R R R R R Sulfato de mercúrio SS Sulfato de níquel SS R R R R Sulfato de potássio SS R R R R R R R R R R Sulfato de prata Sulfato de sódio SS R R Sulfato titânico Sulfato de zinco SS R R R R Sulfeto de amônio SS R R R R R R R R PR PR R R R R Sulfeto de bário Sulfeto de cálcio > 10 Sulfeto de carbono PR Sulfeto ferroso Sulfeto de potássio S ol R R R R Sulfeto de sódio SS R R R R Sulfito hidrogenado de potássio > 10 R R Sulfito hidrogenado de sódio > 10 R R R R R R R NR NR NR NR NR NR NR Sulfito de sódio Tetrabrometo de acetileno (Tetrabromoetano) Tetracloreto de carbono 100 Tetracloroetano PR PR NR Tetracloroetileno PR PR PR Tetraetilo de chumbo R R Tetrahidrofurano PR NR NR NR NR Tetrahidronaftaleno R PR R Tetralina PR NR NR Tinta de escrever Tiocianato de amônio SS Tiocianato de sódio R R R R R R Tiofeno PR PR PR PR Tiossulfato de sódio (Fixador fotográfico) R R R R PR NR NR NR R R R R R Tolueno 100 Tributilfosfato Tricloreto de antimônio 90 R R R Tricloreto de fósforo 100 R PR R Tricloroetano PR PR Tricloroetileno 100 PR NR NR NR Triclorometano (Clorofórmio) 100 NR NR PR NR R R R PR R R R Tricresilfosfato Trietanolamina 26 PRODUTO 100 Manual Técnico do Polietileno PR R PR NR NR NR R R R R Urina R R R R Vapores do bromo PR Vaselina PR PR R PR Vinagre R R R R Vinho R R Xampu para cabelo R R NR NR Xileno (Xilol) 100 PR NR Cálculo de perda de carga em tubulações de PE Os cálculos se fazem da mesma forma que para os tubos convencionais, ou seja, através das fórmulas de Hazen-Williams ou Colebrook, com exceção do coeficiente de atrito que, por ser bem menor para tubos de PE, resulta em tubulações de menores diâmetros. HAZEN - WILLIAMS 10,643 Onde: J = Perda carga unitária (m/m) Q = vazão (m³/s) D = Diâmetro interno do tubo (m) C = Coeficiente de atrito (145 a 150) COLEBROOK K = 0,01 mm para diâmetros até 200 mm K = 0,05 mm para diâmetros maiores que 200 mm Onde: ν = viscosidade cinemática do fluido (m³/s) v = velocidade média do fluido (m/s) Manual Técnico do Polietileno 27 Métodos de união e conexões para tubos de PE Os tubos de PE podem ser unidos através de soldagem ou juntas mecânicas. Dentre os métodos de soldagem temos: Soldagem Ter mofusão: Topo ermofusão: Soquete Sela Eletr ofusão: Luva Eletrofusão: Sela Dentre os métodos de união por junta mecânica, destacam-se: Juntas mecânicas: Conexões de compressão Colares de tomada Colarinho/Flange Juntas de transição PE x Aço Cada um destes sistemas oferece um conjunto de peças, ou conexões, para curvas, derivações, tês, reduções, etc. 1. Soldagem de topo por termofusão Pode ser utilizada para qualquer diâmetro de tubo, todavia é mais adequada para 63. tubos de DE ≥ 63 É a forma de união mais tradicional e aplicada em tubos de PE. Apresenta uma história de grande confiabilidade, segurança e desempenho. Neste tipo de soldagem, os tubos ou conexões são soldados topo a topo, desta forma, para a união de tubos, não necessita peças de conexão. As conexões para solda de termofusão de topo são aplicadas para executar-se Transições, Tês, Curvas de pequenos raios ou Reduções. 28 Manual Técnico do Polietileno Conexões para Solda de Topo por Termofusão As Conexões para Soldas de Termofusão de topo são Conexões Tipo Ponta, isto é, as suas dimensões na região de soldagem correspondem às dimensões do tubo equivalente. As conexões podem ser dos seguintes tipos: a) injetada - normalmente disponíveis em diâmetros de até DE 315; b) segmentada - quando é produzida pela soldagem de seções de tubos de polietileno, em ângulos adequados à conformação da peça. Podem possuir reforços externos; c) cur vada a quente - utilizada para confecção de curvas de raio longo; raios curvada maiores que 3.DE; d) usinadas - produzidas através de placas ou tarugos de polietileno. Mais normalmente empregadas para confecção de colarinhos e reduções de grandes diâmentros. Manual Técnico do Polietileno 29 2. Soldagem Tipo Soquete ou Encaixe por Termofusão Pode ser aplicada para tubos de DE 20 a 110, todavia é mais adequada para tubos 17, ou seja de DE 20 a 63 com SDR ≤ 17 PE 80 ≥ PN8 PE 100 ≥ PN 10 Seu uso vem diminuindo em redes de água e não se utiliza mais em redes de água e gás na Europa, sendo ainda empregada nos EUA em pequenas instalações industriais. Este tipo de solda emprega uma conexão que possui uma bolsa, onde o tubo será introduzido. Através de um dispositivo térmico de aquecimento, as superfícies interna da bolsa e externa do tubo são levadas à fusão. A seguir, o tubo é introduzido na bolsa, promovendo a interação da massa fundida da peça com a do tubo, mantendo o conjunto imóvel até que ocorra o resfriamento. 30 Manual Técnico do Polietileno 2.1 Conexões para Solda tipo Soquete por Termofusão São oferecidas em vários tipos: luvas de união, redução, Tês, cotovelos, etc. 3. Soldagem tipo Sela por Termofusão É utilizada para fazer-se derivações de linhas, ou ligações de ramais. Aplica-se para tubos de DE ≥ 63, sendo que os tubos de DE 63 devem ter SDR ≤ 17. 11 e os tubos de DE > 63 devem ter SDR ≤ 17 Seu uso vem diminuindo em redes de água e não se utiliza mais em redes de água e gás, sendo ainda empregado nos EUA e na fabricação de Tês de Redução. Consiste na soldagem de uma conexão injetada ou usinada, que possui uma base em forma de sela, que assenta sobre o tubo. Através de um dispositivo térmico de aquecimento, funde-se o material da base da conexão e da superfície externa do Manual Técnico do Polietileno 31 tubo, comprimindo-se, a seguir, a peça contra o tubo, promovendo-se a interação das massas fundidas, até que resfriem. 3.1 Conexões para solda tipo Sela por Termofusão As conexões tipo Sela são de dois tipos: a) Sela simples ou Tê de Sela Aplica-se em linhas sem carga. Após a soldagem utiliza-se uma broca, ou serra copo para furar o tubo e estabelecer a ligação. b) Sela com punção ou Tê com punção ou Tê de ser viço ou T apping T ee serviço Tapping Tee Aplica-se em linhas em carga. Contém uma ferramenta de corte integrada capaz de puncionar (furar) o tubo em carga para estabelecer a ligação. 32 Manual Técnico do Polietileno 4. Soldagem por Eletrofusão Pode ser aplicada para tubos de DE 20 a 315 e com SDR ≤ 17 17. Alguns fabricantes já oferecem peças com diâmetros até DE 710mm. É muito empregada em tubulações de gás, em especial em diâmetros até DE 125, e seu uso vem crescendo em rede e ramais de água, pois seu custo vem diminuindo, tornando-se competitivo. Apresenta grande segurança e facilidade de execução. Este tipo de solda emprega uma conexão provida de uma bolsa, ou sela, respectivamente denominadas como do tipo bolsa ou do tipo sela, que possui uma resistência elétrica espiralada incorporada, cujas extremidades são conectadas a Manual Técnico do Polietileno 33 terminais que se localizam na parte externa da peça e que, quando submetidas a determinada intensidade de corrente elétrica e tempo, geram calor a fim de possibilitar a solda da peça ao tubo, cuja superfície externa é concomitantemente fundida. 4.1 Conexões para solda por eletrofusão As conexões de eletrofusão são produzidas por injeção e são do tipo sela ou bolsa. As de sela podem ser do tipo Sela simples (Tê de sela) ou Sela com punção (Tê de serviço ou Tapping Tee). 34 Manual Técnico do Polietileno 5. Conexões tipo Junta Mecânica de Compressão São aplicadas em tubos de PE e PP, havendo algumas versões para tubos de PVC. As conexões de compressão são muito aplicadas para tubos de DE 20mm a 110mm em redes e ramais prediais de água, devido a seu bom preço, segurança e facilidade de instalação. Alguns fabricantes oferecem peças para diâmetros de até DE 160mm, que também se pretam bastante bem para reparos. São produzidas por injeção em polipropileno ou PVC, existindo modelos em poliacetal e latão. No exterior, em especial nos EUA, existem peças específicas para linhas de gás, porém, por ora, somente são disponíveis no Brasil através de importadores. Consistem de uma bolsa onde o tubo é introduzido, fazendo-se a vedação por anel de borracha. Através de uma garra, que deve ser de um material mais duro que o PE, geralmente Poliacetal, e uma porca externa cônica, a conexão é travada no tubo, devendo possuir capacidade de travamento para resistir ao máximo esforço de tração que o tubo pode ser submetido sob pressão. Devem suportar no mínimo 10 bar de pressão (1 MPa). Manual Técnico do Polietileno 35 6. Colarinho/Flange Este tipo de acoplamento é indicado para transições entre tubo e bomba ou válvulas, ou entre tubo de PE ou PP e de outros materiais. Consiste de uma peça de PE injetada ou usinada, denominada de colarinho, que é soldada ao tubo de PE, e um flange solto de aço, com furação padrão DIN (ABNT) ou ANSI, conforme a peça a acoplar-se. A vedação entre as flanges é feita por manta de borracha. As dimensões do colarinho são definidas pela DIN 16963. Tem um ótimo desempenho, devendo contudo, assegurar-se que a ligação entre os flanges não fique submetida a esforços de torção e flexão, que poderiam levar a uma ruptura do colarinho ou da solda com o tubo. 36 Manual Técnico do Polietileno 7. Juntas de Transição PE x Aço Apesar do acoplamento colarinho-flange e das juntas mecânicas de compressão do tipo adaptador serem utilizadas nas transições de tubos de PE ou PP para outros materiais, ou bombas e válvulas, a denominação Junta de Transição PE x Aço tem sido empregada a um determinado tipo de peça, mais utilizada em linhas de tubos de PE para gás. Esta peça possui uma extremidade ponta ou bolsa de eletrofusão para soldar-se ao tubo de PE e a outra extremidade em aço do tipo ponta ou rosca. Sua utilização básica é a ligação do tubo de ramal da linha de gás ao medidor do consumidor. 8. Juntas mecânicas para reparos Estas peças são utilizadas em situações de emergência, onde se faz necessário um reparo rápido, em especial quando a tubulação não pode ter o fluxo de água completamente estancado, impossibilitando os métodos de soldagem. Deve ser dada preferência às peças do tipo auto-travadas, que oferecem um maior grau de segurança à estanqueidade. Manual Técnico do Polietileno 37 9. Reparos de linhas em carga A soldagem não pode ser feita com água vazando. Portanto, para se estancar o fluxo de água, utiliza-se o método do estrangulador de vazão para tubos de até DE 400. Método do Estrangulador de V azão (pinçador) Vazão O estrangulador deve ser qualificado. Estrangulador de vazão • O estrangulador deve possuir limitadores de esmagamento em função do diâmetro e espessura do tubo para que o esmagamento não ultrapasse 30% do dobro da espessura do tubo, ou seja, o esmagamento deve ser interrompido quando a distância entre os roletes de esmagamento atingir 70% do dobro da espessura do tubo. Por exemplo, se o tubo tem espessura de 10 mm, a distância entre os roletes de esmagamento não deve ser menor que 14 mm (70% de 20 mm). • O estrangulamento deve ser feito a uma distância não inferior a 500 mm ou 4.DE, o que for maior, de qualquer união, derivação, ou estrangulamento feito anteriormente. • Se necessário, usar dois ou mais estranguladores consecutivos de cada lado do trecho a ser cortado. 38 Manual Técnico do Polietileno Análise de Transientes Para a análise de transientes em tubulações de PE ou PP deve-se levar em conta algumas particularidades: • as tubulações de PE e PP devem ser consideradas de parede espessa (a distribuição de tensões não é uniforme ao longo da parede - veja cálculo da celeridade); • a celeridade nas tubulações de PE e PP é muito menor que em outros materiais, consequentemente, as variações de pressão provocadas por transientes também são menores; • durante a ação de transientes, podem ser aceitas sobrepressões até 50% superiores às pressões de serviço das tubulações; • tubulações de baixo PN podem sofrer colapso devido à subpressão. O quadro abaixo mostra a pressão de colapso Pko (tubo não deformado, não enterrado no solo, sujeito à pressão externa ou vácuo interno) para cargas de curta e longa duração no PE: PN (Kgf/cm²) 2.5 3.2 4 5 6 7 8 9 10 12 14 16 Pkoc (3 min) (mca) 4 8 15 30 52 82 123 175 240 415 659 983 Pkol (50 anos) (mca) 0.4 0.9 1.7 3.3 5.8 9.1 13.7 19.4 26.7 46.1 73.2 109.2 Essas pressões de colapso devem ser levadas em consideração na escolha da classe de pressão de uma tubulação, podendo-se, quanto ao efeito de transientes, adotar a seguinte regra geral: • PN 2.5 SDR 32,25: usar apenas em tubulações não sujeitas a subpressão em hipótese alguma, como adutoras por gravidade ou sifões; Manual Técnico do Polietileno 39 • PN 3.2 e 4 SDR 26 e 21: quando houver a possibilidade de ocorrer subpressão, devem ser instalados dispositivos de proteção (como chaminé de equilíbrio, tanque de alimentação unidirecional, etc). • PN 5 ou maior SDR 17: suportam subpressão, inclusive o vácuo absoluto para solicitações de curta duração. Cálculo da celeridade onde: a = celeridade (m/s) K = módulo de elasticidade do fluido (K=2.2 GPa para a água) ρ = densidade do fluido (ρ = 1000 Kg/m3 para água) c1 = coeficiente (veja cálculo a seguir) D = diâmetro interno da tubulação (m) E = módulo de elasticidade da tubulação (E = 1.0 GPa para PE) e = espessura da tubulação (m) µ = coeficiente de Poisson da tubulação (µ = 0.5 para o PE) cálculo do coeficiente c1: a) tubo fixado somente a montante b) tubo ancorado contra movimento longitudinal (adutoras enterradas em PE ou PP) c) tubo com juntas de expansão em todo o comprimento 40 Manual Técnico do Polietileno PN (Kgf/cm²) 2.5 3.2 4 5 6 7 8 9 10 12 14 16 celeridade (m/s) 177 198 219 242 262 280 296 310 324 347 367 384 A tabela abaixo mostra os valores da celeridade calculados para a tubulação PEAD fixada contra movimento na longitudinal: Nota: os valores do módulo de elasticidade e do coeficiente de Poisson apresentados são correspondentes a cargas de curta duração, que são os valores que devem ser usados para a análise de transientes. 8.1.3 Expansão e contração térmicas É importante considerar as características de expansão e de contração térmica no projeto e na instalação de sistemas de PE. O coeficiente de expansão e contração térmica para o polietileno é aproximadamente 10 vezes maior de que para o aço ou o concreto. No entanto, as propriedades viscoelásticas deste material o tornam bastante adaptável para ajuste com o tempo aos esforços impostos pelas alterações térmicas. Quando a instalação é feita no verão, devem ser utilizados comprimentos um pouco maiores de tubulações que devem ser colocadas de forma serpenteante para compensar a contração da tubulação no interior (mais frio) da vala. Se a instalação é realizada no inverno pode ser feita com o comprimento real da tubulação. Quando o material de preenchimento for mole ou pastoso, como em pântanos ou leitos de rios, a tubulação pode não sofre pressão do material de preenchimento quando da movimentação causada pela expansão ou contração térmicas. Além Manual Técnico do Polietileno 41 disso, as tensões sofridas pela tubulação são transmitidas a suas extremidades, podendo danificar conexões não resistentes. Quando possível, devem ser instalados elementos de ancoragem apropriados imediatamente antes das extremidades, visando isolar e proteger as conexões. A força causada por variações térmicas resulta da tensão na parede da tubulação e na área transversal da parede. O comprimento da tubulação necessária para ancorar toda a instalação contra esta força calculada depende da circunferência da tubulação, da pressão média de contato entre o chão e a tubulação, e o coeficiente de atrito entre o material de preenchimento e a tubulação. Uma vez instalada a tubulação e com carga de trabalho, a variação de temperatura geralmente é pequena, ocorrendo durante um período de tempo prolongado e não causando tensão significativa na tubulação. 8.1.4 Instalação de conexões Quando as tubulações ou conexões são conectadas a estruturas rígidas, deve-se evitar movimentos ou flexões no ponto de conexão. Para isto, utiliza-se material de preenchimento bem compactado ou um bloco de concreto armado construído sob a tubulação ou conexão, que deve ser conectado à estrutura rígida, prolongando-se um diâmetro da tubulação, ou no mínimo 30cm a partir da união flangeada. A figura 8.1 ilustra o método indicado. Recomenda-se que os parafusos colocados nas conexões flangeadas como nas abraçadeiras dos blocos de suporte, passem por um aperto final, quando de sua primeira instalação. 42 Manual Técnico do Polietileno É necessário ter especial cuidado com a compactação realizada em volta das conexões. Esta deverá estender-se vários diâmetros de tubulação, além dos terminais das conexões. Recomenda-se uma compactação de 90% de densidade Proctor nestas áreas. 8.1.5 Passagem por parede Quando a tubulação atravessar paredes, pode ser ancorada por meio de um anel ou estrutura lateral acoplada à tubulação, selando a passagem na parede. Para selar o anel entre a passagem e a tubulação de PEAD, foram testadas com sucesso vedações em borracha expansível mais selante. Instalar a tubulação de forma contínua sobre suportes, garante maior resistência estrutural à instalação, tanto no que se refere à capacidade de pressão de colapso externa como interna. Atualmente ao instalar tubulações sobre suportes torna-se extremamente difícil vedar o anel sem deixar falhas. Pode-se instalar a tubulação com suportes localizados para estabilizar os movimentos onde exista expansão lateral. 8.1.6 Preenchimento e compactação O propósito de preencher a vala é criar um apoio firme e contínuo em volta da tubulação. O fator mais importante de uma instalação subterrânea bem sucedida é realizar um preenchimento correto em volta da tubulação. O material de escavação da própria vala pode ser utilizado com material de preenchimento inicial, desde que se trate de material uniforme que não contenha pedras nem se desmanche ou desagregue com facilidade. O melhor material para preenchimento inicial é a areia fina. Se a tubulação for instalada em terreno lodoso de má qualidade e sob condições de carga externa severa, como em entroncamento de vias, a areia deverá ser o material de preenchimento utilizado. O material de preenchimento inicial deve ser colocado em duas etapas: a primeira até a altura média da tubulação sendo em seguida compactado ou nivelado, molhado com água para garantir que a parte inferior da tubulação fique bem assentada. Deve-se atentar para que as laterais da tubulação fiquem bem apoiadas, visto que a compactação desta área influi de forma importante na deflexão à qual é submetida a tubulação em serviço. A compactação depende das propriedades do solo, teor de umidade, espessura das camadas de preenchimento, esforço de compactação entre outros fatores. Na segunda etapa, devem ser adicionadas camadas de 20 a Manual Técnico do Polietileno 43 25cm bem compactadas até 15 a 30cm sobre a geratriz superior da tubulação. A partir desse ponto, pode-se utilizar o material extraído in situ para completar o preenchimento até o nível do terreno isento de pedras e outros detritos. Deve-se ter o cuidado de não usar equipamentos pesados de compactação até atingir, pelo menos, 30 cm sobre gereatriz superior da tubulação. 8.2Instalação superficial Geralmente, as tubulações de PE são instaladas sob a terra. No entanto, existem situações nas quais a instalação superficial apresenta vantagens, por exemplo: • Linhas para a condução de polpas ou resíduos de minas que freqüentemente são relocadas, permitindo sua rotação de forma a distribuir o desgaste da própria tubulação. • Condições ambientais; a resistência e flexibilidade das tubulações de PE freqüentemente permitem instalações em pântanos ou áreas congeladas. • Instalações em zonas rochosas ou na água são, às vezes, métodos mais econômicos. • Seu baixo peso e facilidade de instalação, são propícios para montagens rápidas em instalações temporárias. 8.2.1 Dilatação e contração térmicas O projeto de uma instalação superficial deve levar em conta as mudanças de temperatura tanto internas como externas, pois tais mudanças causam dilatação e contração em todos os tipos de tubulações. Quando ocorrem mudanças bruscas de temperatura em curtos períodos de tempo, a movimentação da tubulação pode se concentrar em determinada zona até fazer a tubulação dobrar. Se o fluxo do fluido transportado é contínuo, as expansões e contrações da instalação serão mínimas, uma vez estabelecidas as condições de operação. A tubulação de PE contém um percentual de negro-de-fumo que a protege dos raios UV, mas o calor absorvido aumenta a taxa de dilatação e contração. Um método para limitar a dilatação e contração é ancorar adequadamente a tubulação em intervalos definidos ao longo da instalação. Ao sofrer dilatação, a tubulação deflete lateralmente, é portanto necessário haver espaço disponível. Na contração, tenderá a ficar tensa entre os pontos de ancoragem; isto não danifica a tubulação, pois o PE possui a propriedade de aliviar tensões e ajustar-se com o passar do tempo. 44 Manual Técnico do Polietileno Para calcular a deflexão lateral, como mostrado na figura 8.2, pode-se utilizar a seguinte equação: Onde: ∆y = deflexão lateral (m) L = comprimento entre ancoragens (m) α = coeficiente de expansão térmica, mm/m linear ºC (α = 0,2mm/m linear ºC) ∆T = variação de temperatura, ºC 8.2.2 Suportes quias Para o uso apropriado de diferentes tipos de suportes de tubulações respeitar as seguintes recomendações: • Se a temperatura ou peso da tubulação e o fluido são elevados, recomenda-se utilizar um suporte contínuo (temperaturas superiores a 60ºC). • O suporte deve ser capaz de limitar os movimentos laterais ou longitudinais da tubulação se assim for projetado. Se a instalação foi projetada para movimentar-se durante a expansão, os suportes deslizantes devem proporcionar uma guia sem restrição na direção do movimento. • As instalações que atravessam pontes podem precisar de isolamento para minimizar os movimentos causados pelas variações de temperatura. • As conexões pesadas e as conexões flangeadas devem apresentar suportes em ambos os lados. A figura 8.3 mostra exemplos típicos de suportes de tubulações de HDPE. Manual Técnico do Polietileno 45 8.2.3 Suportes ancoragem Para prevenir deslocamentos laterais e movimentos nas conexões devem ser utilizados elementos de ancoragem. Tais elementos devem ser colocados o mais próximo possível das conexões. No caso do uso de conexões flangeadas, os elementos de ancoragem devem ser acoplados aos flanges. No entanto, devem ser evitadas flexões entre a tubulação e os flanges. Alguns elementos de ancoragem específicos para tubulação de PEAD são mostrados na figura 8.4. 46 Manual Técnico do Polietileno 8.2.4 Compensadores de dilatação - Efeito Lira Para minimizar as tensões e deformações de dilatação térmica e na impossibilidade de permitir-se o livre movimento da tubulação, podem ser adotados compensadores tipo telescópicos ou sanfonados. Todavia, além de caros, os compensadores normalmente encontrados no mercado exibem o inconveniente de absorverem dilatações e contrações muito pequenas, se comparadas às encontradas nos tubos plásticos (a dilatação do PVC é da ordem de 7 vezes maior que a do aço, a do PEAD, 18 vezes, e a do PP é de 16 vezes), além de exigirem uma força mínima de dilatação por vezes maior que as desenvolvidas pelos tubos plásticos. Desta forma, a utilização de recursos como curvas e liras de compensação são normalmente preferidos. O dimensionamento de liras de compensação, de acordo com algumas literaturas técnicas, deve ser tal que o comprimento da perna da lira (R) seja maior ou igual a: Abaixo exemplificamos algumas formas de instalações. Manual Técnico do Polietileno 47 10. Considerações de projeto 10.1 Cálculo hidráulico A diferença básica no dimensionamento hidráulico de tubulações de PEAD comparadas às tubulações de materiais tradicionais, reside na baixíssima rugosidade que estas apresentam. As tubulações de PEAD possuem uma superfície extremamente lisa, que se traduz numa excelente capacidade de vazão. Apresentam alta resistência à corrosão, incrustações e proliferação de bactérias. Por suas excelentes propriedades, pode-se utilizar um diâmetro menor para transportar um determinado volume em comparação às tubulações de aço, ferro ou concreto. Além disso, mantém estas características de fluxo durante toda sua vida útil. 10.1.1 Fluxo sob pressão As equações que relacionam o fluxo de um fluido com a sua queda de pressão em um sistema de tubulações, envolvem um fator de atrito que depende do material da tubulação. As fórmulas mais comumente utilizadas para cálculos hidráulicos são as de HazenWilliams e de Colebrook. Na fórmula de Hazen-Williams, a influência da rugosidade é considerada no coeficiente C, que para tubulações de PEAD é determinada pela literatura técnica em 150. Na fórmula de Colebrook, os valores de rugosidade adotados são: Para diâmetro ≤ 200 mm: ε = 10 µm (1,0 x 10-2 mm) Para diâmetro > 200 mm: ε = 25 µm (2,5 x 10-2 mm) Para diâmetros médios e velocidades médias, as diferenças resultantes da aplicação das rugosidades ε na fórmula de Colebrook, e o C=150 na fórmula de Hazen-Williams, não têm muita importância prática. Atualmente, a fórmula de Colebrook é considerada como a que proporciona resultados mais exatos. 10.1.2 Seleção do diâmetro interno da tubulação A partir da velocidade média do fluido, determina-se o diâmetro interno por: 48 Manual Técnico do Polietileno Onde: d = diâmetro interno da tubulação (mm) Q = vazão (m3/h) v = velocidade média (m/s) 10.1.3 Perdas de carga As perdas de carga, como explicado anteriormente, podem ser determinadas pelas fórmulas de Hazen-Williams ou Colebrook. É recomendável aplicar ambas as fórmulas e adotar a maior perda de carga obtida. a) Fór mula de Hazen-W illiams Fórmula Hazen-Williams H = 10,643 Q1,85 C-1,85 d-4,87 L Onde: H = perda de carga (m.c.a.) Q = vazão (m3/s) C = 150 d = diâmetro interno (m) L = comprimento da tubulação (m) Ou se desejado, a perda de carga unitária: h = 10,643 Q1,85 C-1,85 d-4,87 Onde: h = perda de carga unitária (m.c.a./m) Manual Técnico do Polietileno 49 b) Fór mula de Colebr ook Fórmula Colebrook Onde: ∆P = perda de carga (Kgf/cm2) ƒ = fator de atrito ρ = peso específico do fluido (KN/m3) d = diâmetro interno (mm) g = aceleração de gravidade (m/s2) v = velocidade média (m/s) L = comprimento da tubulação (m) Para a água, a fórmula de Colebrook pode ser simplificada da seguinte forma; obtendo-se a fórmula de Darcy-Weisbach: Onde: H = perda de carga (m.c.a.) ƒ = fator de atrito L = comprimento da tubulação (m) d = diâmetro interno (m) v = velocidade média (m/s) g = aceleração de gravidade (m/s2) O coeficiente de atrito ƒ depende do regime do fluxo, isto é, se laminar ou turbulento. Considera-se que o fluxo é laminar quando o número de Reynolds Re for menor que 2.000. Neste caso, o valor de ƒ é: Re < 2.000 50 Manual Técnico do Polietileno Sendo Onde: Re = número de Reynolds v = velocidade média (m/s) d = diâmetro interno da tubulação (m) υ = viscosidade cinemática do fluido, m2/s (para água υ=1,01 x 10-6 m2/s) Para fluxo turbulento, isto é Re ≥ 2.000, temos: Onde: ε = rugosidade (m) d = diâmetro interno (m) Como a definição do valor de ƒ por esta fórmula implica muitas interações, costumase utilizar uma fórmula simplificada. Através das fórmulas de Colebrook foram criados diagramas para a definição do coeficiente de atrito. Entre os mais conhecidos encontramos o diagrama de MoodyRouse (Figura 10.1). Manual Técnico do Polietileno 51 • Diagrama de MOODY -ROUSE MOODY-ROUSE No eixo das abscissas encontramos o valor de Re e Re . Nas ordenadas temos o valor de ƒ. As curvas correspondem à relação d/ε. A seguir, são apresentados 2 ábacos para a fórmula de Hazen-Williams, que permitem determinar diretamente os valores desejados com boa aproximação, sem ter que realizar a série de cálculos que implica a utilização da fórmula. Os ábacos são para tubulações de PEAD PE 100 dimensionadas segundo a norma ISO 4427. O primeiro ábaco é para pressões nominais PN 10 e PN 16 e o segundo para pressões nominais PN 4 e PN 6. 52 Manual Técnico do Polietileno Manual Técnico do Polietileno 53 54 Manual Técnico do Polietileno Manual Técnico do Polietileno 55 10.1.4 Perda de carga em singularidades Na seguinte tabela, são listados vários componentes comuns de sistemas de tubulações e a queda de pressão associada através das conexões, expressa como um comprimento equivalente de tubulação reta em termos de diâmetros. Multiplicando os diâmetros de comprimentos equivalentes pelo diâmetro interno, obtém-se o comprimento equivalente de tubulação. Este comprimento equivalente é somado ao comprimento total de tubulação para calcular a perda de carga total do sistema. Estes comprimentos equivalentes podem ser considerados como bons cálculos aproximados para a maioria das instalações. CONEXÕES Comprimento Equivalente Tê 90° (entrada longitudinal do fluido) Tê 90° (entrada lateral do fluido) Cotovelo 90° Cotovelo 60° Cotovelo 45° 20 D 50 D 30 D 25 D 18 D Válvula de globo convencional (completamente aberta) Válvula de ângulo convencional (completamente aberta) Válvula de comporta convencional (completamente aberta) Válvula borboleta (completamente aberta) 350 D 180 D 15 D 40 D Válvula Check convencional (completamente aberta) 100 D 10.1.5 Fluxo gravitacional Sistemas de esgoto, instalações para a condução de água e transporte de polpas são exemplos de vazão gravitacional. Alguns podem operar com vazão a seção plena e outros, com vazão a seção parcial. Graças às paredes extremamente lisas e às excelentes propriedades de vazão das tubulações de PE, é possível projetar sistemas muito eficientes. a) V azão a seção plena Vazão São necessários três aspectos para selecionar uma tubulação de PEAD para um sistema de vazão gravitacional: 1) As necessidades de vazão. 2) A declividade da instalação 3) A escolha de um diâmetro interno adequado 56 Manual Técnico do Polietileno Para uma situação de vazão a seção plena, a vazão pode ser calculado a partir da fórmula de Manning: Onde: Q = vazão (m3/s) A = área seção transversal do diâmetro interno (m2) Rη = raio hidráulico (DI/4) (m) DI = diâmetro interno da tubulação (m) S = declividade (m/m) η = coeficiente de Manning (η=0,009 para PEAD) b) V azão a seção par cial Vazão parcial Em sistemas de vazão gravitacional, cujo fluxo ocorre a seção parcial, que é o de maior freqüência, a vazão é calculado pela fórmula de Manning, conforme indicado para fluxo a seção plena. Deve-se no entanto fazer uma correção na área de vazão. Onde: Q = vazão (m3/s) A = área de vazão (m2) Rη = raio hidráulico (Rη =A/P) (m) P = perímetro molhado (m) S = declividade (m/m) η = coeficiente de Manning (η=0,009) Manual Técnico do Polietileno 57 O raio hidráulico (Rh) para fluxo a seção parcial é definido como quociente entre a área de vazão (A) e o perímetro molhado (P). Na figura 10.2 são mostrados estes parâmetros: No gráfico seguinte (Figura 10.3) são exemplificados estes cálculos ao aplicar um fator multiplicador à condição de fluxo a seção plena. 58 Manual Técnico do Polietileno Fluxo a seção plena: DF = diâmetro interno tubulação AF = área de fluxo VF = velocidade de fluxo QF = vazão RF = raio hidráulico Fluxo a seção parcial DP = altura (h) do fluxo parcial AP = área de fluxo VP = velocidade de fluxo QP = vazão RP = raio hidráulico A seguir são apresentados dois ábacos para a fórmula de Manning, com os quais podemos determinar diretamente os parâmetros desejados de maneira bastante aproximada, evitando os cálculos que implica a utilização da fórmula. No Anexo C.3 é dado um exemplo de cálculo para a utilização destes ábacos. 10.3 Limite de curvatura O raio máximo de curvatura admitido para uma tubulação depende do tipo de pressão (PN, SDR), do módulo de elasticidade do material e da tensão admitida, que podem variar em função do tempo de aplicação da carga e da temperatura. Manual Técnico do Polietileno 59 A tabela abaixo fornece os valores sugeridos para os raios máximos de curvatura do PE. SDR Raio máximo de curvatura 41 33 50D 40D 26 17 11 30D 30D 30D D: diâmetro máximo externo da tubulação Como as tubulações PE têm capacidade de defletir, seu projeto baseia-se justamente na definição da deflexão esperada, limitando-a a valores adequados. A deformação maior ou menor depende da relação diâmetro/espessura (SDR) e do tipo e grau de compactação do solo envolvente. O método mais usado para determinar as deflexões é o de M. Spangler, que publicou em 1941 sua fórmula de IOWA, que foi modificada por R. Watkins em 1955, que lhe deu a forma atualmente usada: Abaixo, expressa em termos da relação dimensional padrão, SDR: Em ambas as fórmulas, os termos possuem o seguinte significado: 60 Manual Técnico do Polietileno ∆y = deflexão vertical da tubulação, cm DL = fator de deflexão de longo prazo recomendado por Spangler 1<DL<1,5 (por segurança, considera-se 1,5) We = carga do terreno, Kgf/m linear Wt = cargas vivas, Kgf/m linear r = raio médio da tubulação, cm l = momento de inércia da parede da tubulação por unidade de comprimento (l=e3/12), cm3 E = módulo de elasticidade do polietileno PE 80 : E= 8000 Kgf/cm2 PE 100 : E= 14000 Kgf/cm2 SDR = relação dimensional padrão (diâmetro externo/espessura) E’ = módulo de reação do solo, Kgf/cm2 e = espessura da tubulação, cm K = fator de apoio, depende do ângulo de apoio (Norma AWWA C-900) Ângulo de apoio (grau) K 0 30 0,110 0,108 45 60 90 120 180 0,105 0,102 0,096 0,090 0,083 Anexo B: Normas de referência relacionadas com tubulação e conexões de PE. Manual Técnico do Polietileno 61 A seguir, apresenta-se um resumo de normas ISO e DIN relacionadas a tubulação e conexões de PE. 62 ISO 161-1 1996 Tubos termoplásticos para condução de fluidos – Diâmetros externos nominais e pressões nominais – Parte 1: Séries métricas ISO 1133 1996 Plásticos – Definição da proporção de fluxo de massa fundida (MFR) e fluxo de volume fundido (MVR) para termoplásticos ISO 1167 1996 Tubos termoplásticos para condução de fluidos – Resistência a pressão interna – Método de teste ISO 1183 1987 Plásticos – Métodos para determinar a densidade e densidade relativa de plásticos não celulares ISO 4065 1996 Tubos termoplásticos - Tabela universal de espessura de paredes ISO 4427 1996 Tubos de polietileno (PE) para fornecimento de água – Especificações técnicas ISO 6259-1 1997 Tubos termoplásticos – Definição das propriedades de tensão – Parte 1: Método geral de teste ISO 6259-3 1997 Tubos termoplásticos – Definição das propriedades de tensão – Parte 3: Tubos de poliolefin ISO 11922-1: 1997 Tubos termoplásticos para condução de fluidos – Dimensões e tolerâncias – Parte 1: Séries métricas ISO 12162: Materiais termoplásticos para tubos e fitting para aplicações de pressão – Classificação e definição – Coeficiente global de serviço (design) Manual Técnico do Polietileno 1995 DIN 8074 (1999) DIN 8075 (1995) DIN 16963 Parte 1 (1980) DIN 16963 Parte 2 (1983) DIN 16963 Parte 4 (1988) DIN 16963 Parte 6 (1989) DIN 16963 Parte 7 (1989) DIN 16963 Parte 8 (1980) DIN 16963 Parte 9 (1980) DIN 16963 Parte 10 (1980) DIN 16963 Parte 11 (1980) DIN 16963 Parte 13 (1980) DIN 16963 Parte 14 (1983) Tubos de polietileno de alta densidade (HDPE). Dimensões. Tubos de polietileno de alta densidade (HDPE). Requisitos gerais de qualidade. Testes. Elementos e Juntas de tubos para tubulações de pressão de alta densidade (HDPE). Curvas de construção segmentada para solda de tope. Montagem e assessórios de juntas de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) do tipo 1 e 2. Tês e seções produzidas por enxerto e encaixes segmentados para solda de tope. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Adaptadores para solda de tope por ferramenta aquecida, flanges e elementos de vedação – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Acessórios injetados para solda de tope. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Acessórios para solda por resistência – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Cotovelos injetados para solda tipo soquete – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Três injetados para solda tipo soquete – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Soquetes e terminais injetados para solda tipo soquete – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – Adaptadores, flanges e elementos de vedação para solda tipo soquete – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) de alta densidade – redutores injetados e de rosca para solda de tope – Dimensões. Montagem e acessórios de junta de tubos para tubos de pressão de polietileno (HDPE) tipo 1 e 2 de alta densidade – Redutores e niples injetados para solda de tope – Dimensões Manual Técnico do Polietileno 63