REPORTAGEM revista técnico-profissional 66 o electricista Helena Paulino no mundo dos equipamentos de BT {ABB ORGANIZA SEMINÁRIO EM TEMAS ACTUAIS DE BAIXA Tensão} A Divisão Low Voltage Products da ABB organizou um seminário direccionado para a “Legislação, soluções e novas ferramentas de dimensionamento de equipamentos de Baixa Tensão”, que decorreu no dia 9 de Novembro na Fundação Dr. António Cupertino de Mirando no Porto, e dois dias mais tarde em Paço de Arcos, mais exactamente no Hotel Lagoas Park. O evento contou com a presença de cerca de 250 participantes. Neste seminário foram abordadas vários temas prementes da área da Baixa Tensão, com destaque para a apresentação do software PDC (Panel Design Configurator), um software de dupla funcionalidade que permite o dimensionamento de quadros eléctricos de Baixa Tensão e a orçamentação de todos os produtos que os integram. As intervenções estiveram a cargo de Carlos Lima, Director-Geral da Divisão, e dos seus colaboradores Miguel Oliveira, Paulo Branco, Manuel Dias e Serafim Ricardo que, juntos, forneceram informação muito relevante e propiciaram um dia muito proveitoso, num ambiente participativo com uma multiplicidade de questões colocadas aos oradores. Estiveram presentes Francesc Lopez e Julio Alvarez, responsáveis ibéricos da ABB para as áreas dos quadros eléctricos e do software PDC respectivamente, e ainda Antxon Lopez, Director de Marketing Ibérico da Divisão Low Voltage Products. No final do evento, os participantes puderam apreciar, in loco, múltiplos quadros para diversas aplicações. Manuel Dias e Serafim Ricardo explicaram a evolução ocorrida com os softwares da ABB até que se chegou ao inovador PDC – Panel Design Configurator. Este é um software para a selecção de produtos de Baixa Ten- são da ABB que também permite configurar quadros eléctricos e realizar orçamentos de projectos, permite automatizar e agilizar a configuração de uma proposta de quadros de distribuição e automação, ao utilizar a aparelhagem ABB. O software garante a selecção de produtos e acessórios, a escolha do tipo de quadros e do tipo de compartimentação, a selecção automática de kits, o cálculo de dissipação térmica do quadro e os tipos e os números de suportes de barramento. Além disso ainda permite criar graficamente as vistas frontais do quadro, comunicar com outros softwares da ABB, elaborar orçamentos personalizados, listar os artigos, macros para tarefas repetidas, exportar as listas frontais para DXF, e ter uma base de dados do utilizador. ABB aposta na produtividade com melhor energia Carlos Lima apresentou a ABB como estando na vanguarda das tecnologias de energia e automação, contabilizando 117 mil em- o electricista revista técnico-profissional REPORTAGEM 67 pregados em cerca de 100 países e vendas de cerca de 32 mil milhões de dólares em 2009. Como empresa de engenharia, a ABB auxilia os seus clientes a utilizar a energia eléctrica de uma forma eficiente, de forma a aumentar a produtividade industrial e a reduzir o impacto ambiental. O portfólio da ABB é composto por cinco divisões centrais – Power Products, Power Systems, Discrete Automation and Motion, Low Voltage Products, Process Automation – o que abrange equipamento eléctrico, de automação, de controlo e instrumentação para a produção de energia e processos industriais; transmissão de energia; soluções para a distribuição de energia; produtos de baixa tensão; motores e drives; sistemas robotizados, entre outros. As soluções ABB para energia e automação melhoram a capacidade, fiabilidade e eficiência na rede com tecnologias inteligentes que aumentam a eficiência energética, reduzem as emissões de CO2, e melhoram e aumentam a produtividade. Na ABB, segundo ditou Carlos Lima, a combinação das tecnologias de energia e automação torna as redes eléctricas mais fiáveis, flexíveis, seguras e eficientes. Os benefícios das “smart-grids” incluem um menor consumo de energia e uma maior utilização das energias renováveis. A ABB construiu e está a construir projectos pioneiros, como a primeira central de energia das ondas em Portugal, a maior central de energia solar da Europa em Espanha, entre outras de elevada envergadura. Para garantir toda esta vantagem competitiva, a ABB investe mais de mil milhões de dólares em I&D, colabora com cerca de 70 universidade e possui 6 mil investigadores e engenheiros. Em Portugal contabiliza aproximadamento 400 colaboradores, repartidos entre as diversas unidades operacionais que fazem parte da ABB. Na ABB (...) a combinação das tecnologias de energia e automação torna as redes eléctricas mais fiáveis, flexíveis, seguras e eficientes. Novidades e normalização dos quadros eléctricos Miguel Oliveira apresentou as novidades e soluções da ABB referentes aos equipamentos de Baixa Tensão: Confort Panel (painel táctil interactivo), o PriOn (controlo multifunções através de um botão rotativo/ pressão), NIESSEN RF (comando táctil de rádio frequência), SMISSLINE (sistema modular que reduz os custos da mão-de-obra com montagem e ligação simples e rápida). Outras novidades da ABB neste segmento passam pelos automatismos de comutação automática de redes para alimentação de grupos de UPS, datacenters, aeroportos, hóteis e linhas de produção contínua; o Tmax XT (gama de interruptores automáticos para a distribuição de energia, protecção do motor e do gerador); os comutadores motori- zados para datacenters, aeroportos, hospitais, hóteis e linhas de produção contínua; geração de monitores de arco interno para a indústria; o PSE (arrancadores suaves compactos); e protecção de motores até 32 A. Nas soluções robustas em evolução, Miguel Oliveira apresentou uma parafernália de produtos: nova geração de disjuntores diferenciais, descarregadores de sobretensão com protecção, bases de tomadas Shuko, memória modular USB para calha DIN, módulo de control GSM, sinalizadores luminosos LED, limitador de corrente de curto-circuito, um comando motorizado para rearme REPORTAGEM revista técnico-profissional o electricista 68 remoto de disjuntores, contactores e relés térmicos associados a motores até 18,5kW, relés de controlo trifásico e de controlo de frequência e falha à terra, fontes de alimentação trifásicas, bornes de ligação SNK, e ainda a aparelhagem de segurança de máquinas JOKAB SAFETY. Relativamente ao tema em concreto, aparelhagem de Baixa Tensão, a legislação nacional e normalização, RTIEBT Decreto-Lei n.º 226/2005, Portaria n.º 949-A/2006, CE- O vulgarmente designado “quadro eléctrico” numa perspectiva de invólucro, a IEC 60670 toma um papel significativo, já que se definem as exigências construtivas para as “caixas” e “invólucros” para aparelhagem eléctrica para instalações em habitações. NELEC e IEC, respectivamente, definem as exigências técnicas de fabrico, execução e funcionamento dos equipamentos considerados. Segundo relatou Paulo Branco: no ponto normalização, quando falamos de norma de produto, o vulgarmente designado “quadro eléctrico” numa perspectiva de invólucro, a IEC 60670 toma um papel significativo, já que se definem as exigências construtivas para as “caixas” e “invólucros” para aparelhagem eléctrica para instalações em habitações. Por outro lado, a IEC 60364 a qual podemos considerar como a norma base da nossa legislação, estabelece os requisitos e exigências para as instalações eléctricas de edifícios. Onde, por exemplo, a solução Invólucros de Classe II (equipamentos com duplo isolamento ou com isolamento reforçado) se apresenta como uma garantia de protecção contra contactos indirectos no art.º 413.2. Estabelecidas as normas “estruturais” de uma instalação de Baixa Tensão, surge a nova norma IEC 61439 dedicada aos Conjuntos de Aparelhagem de Baixa Tensão. Ao entendermos um Conjunto como, uma associação de equipamentos, convenientemente agrupados, incluindo as suas ligações, es- truturas de suporte e invólucro, destinado a proteger, a comandar ou a controlar instalações eléctricas, a presente norma, estabelece como objectivo essencial, o harmonizar das regras e requisitos de carácter geral aplicáveis a conjuntos de aparelhagem de Baixa Tensão, e obter uma uniformização comum e entendível por todos os intervenientes (gabinetes de projecto, quadristas, instaladores, fiscalização e distribuição, entre outros), evitando assim qualquer verificação segundo outras normas. A norma antecessora (IEC 60439) falava em Ensaios Individuais, mas hoje fala em Verificações, mantendo, contudo, ensaios obrigatórios. A verificação é a prova dos requisitos e levará por consequência a uma razoável afirmação: “conjunto cablado conforme norma de referência IEC 61439.” Para mais informações ABB, S.A. Tel.: +351 214 256 000 . 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