FONAI, uma maioridade verdadeira.
Francisco Monteiro
Concluímos recentemente em Uberaba – Minas Gerais, a realização da 36ª edição do FONAI, célula que
originou a criação da Associação FONAI-MEC.
Passados dezoito anos, permanecem no grupo alguns colegas que participaram da primeira reunião
ocorrida na cidade de João Pessoa. Por certo, jamais poderiam imaginar que seriam testemunhas da
longevidade da proposta com a transformação alcançada.
A cada FONAI, constatamos a significativa renovação e crescimento na força de trabalho nas Audins. Os
novatos, atentos e interessados em cada atividade, nos permite deduzir que contribuirão na
consolidação do projeto para as Auditorias Internas do MEC, garantindo o sucesso de todas as lutas
registradas até o momento atual.
É oportuno destacar que as respostas alcançadas em todas as atividades na plenária, os interesses pelas
palestras, os debates e exposições de conhecimentos, constituem uma base que nos garante afirmar
que efetivamente estamos finalmente construindo o pensamento da Auditoria almejada, onde se
notabiliza pelo caminho mais seguro que é da competência.
Assim, ao identificar em cada novo rosto as naturais interrogações do calouro, cabem-nos a obrigação
de integrá-los ao convívio, atento ao descobrimento de seus valores como forma de fortalecer o projeto
FONAI-MEC.
A altivez expressada em alguns momentos pelos mais antigos do grupo deve ser destacada como
riquezas de pensamentos construídas pelo tempo. É a verdadeira afirmação da confiança conquistada
que se alia a satisfação por integrar um grupo notabilizado pela fidelidade de onde se observa o
cumprimento de uma trajetória que vai definir alguns preciosos avanços para o controle interno.
Aos poucos, a convivência vai demonstrar que as energias desprendidas servem como combustível para
fortalecer o enfrentamento com elegância o revés, a insensibilidade e a ojeriza ao trabalho do controle
interno que se alinha com a desvalorização que os técnicos administrativos sofrem nas instituições
educacionais onde o comportamento político é voltado para proteger por principio a academia.
Portanto, o resultado final alcançado no fórum não deve ser avaliado como a meta do preciosismo,
porque sabemos das modelações exigidas e do caminho que precisa ser construído para sedimentar a
base dos projetos almejados.
A Associação ainda criança, já tomou forma adulta pelo respeito que desfruta nos organismos que
cuidadosamente queríamos conquistar.
Encontramos nos Subsecretários da Secretaria Executiva do Ministério da Educação o apoio e nossa
porta externa de oportunidades.
No Secretário Federal de Controle da CGU a referência para conquistarmos a qualidade desejada.
O túnel que nos separa da valorização esperada de nossos dirigentes parece-me ainda distante. Porém,
fica a esperança que após percorrer o tempo, novos personagens surjam tendo a compreensão de que
apenas representamos um porto seguro de sua administração.
Por isso, ao registrar esta realidade, os colegas de Associação estão convidados a somar com o nosso
trabalho na formação da base de valorização técnica. O preço é a efetiva participação criticando e
opinando, porque não há limites nem impedimentos para esta contribuição.
Somos a elite técnica da instituição que atua com o autoconhecimento para cumprir obrigações.
Diferenciamos pela continuada imposição de exigências para atualizar o saber e que no processo de
avaliação que por vezes são desconsiderados os problemas de uma perversa realidade.
O PAINT, provavelmente o mais perfeito documento de planejamento de atividades na Instituição, com
um rito próprio orquestrado por exigências inflexíveis, com natureza de tramitação envolvendo um clero
que se inicia na Auditoria Interna, exige aprovação do dirigente máximo, da Controladoria Geral da
União e do Conselho Superior.
Na constituição das exigências de cumprimentos de ações primárias a capacitação, o treinamento e
participação em eventos técnicos, são fielmente previstos e acabam muitas vezes naufragados pelo veto
que se impõe quando chega o momento de autorizar a participação do nosso fórum.
Isto também precisa ser destacado como ressalvas nas avaliações dos órgãos de controle interno e
externo porque representa um descumprimento ao plano de ação que oficialmente foi aprovado pela
administração pública federal e, portanto, integra e atinge como descumprimento que compromete a
certificação da regularidade pleiteada pelo gestor.
Quero expressar minha confiança na crescente afirmação alcançada pelas Auditorias Internas do MEC.
Ela, não foi criada na Instituição tendo como objetivo fiscalizar ou julgar os atos. Exerce o sereno papel
de antever relatando as problemáticas que possam macular a gestão do dirigente, prestando uma
valiosa assessoria que agrega valor à administração.
Por sua vez, é preciso que os dirigentes entendam que suas decisões são atreladas a avaliação pelo uso
de um bem que não lhe pertence solitariamente. Deve como obrigação o cumprimento aos normativos
vigentes, ter consciência da satisfação devida à sociedade que produz a riqueza que está fazendo uso e
que a burocracia constitui num principio inviolável na administração pública, cujo descumprimento são
as penalidades que se evoluem nos tempos atuais.
Que nem todas as falhas gerenciais são de sua responsabilidade. É combatendo as excepcionalidades
prejudiciais que deve se portar a boa gestão. Cada gerente deve assumir suas decisões, porque a
administração pública cumpre seu papel através de definições comportamentais. A violação da
confiança sugere medidas rápidas e eficientes que comprove o acerto da intervenção.
Em suma, qualquer dirigente está limitado ao direito cabido ao cidadão comum. Reconhecer que o valor
no exercício do poder é provisório e constitui-se numa falsa condição permanente que desaparece
quando se encerra o ciclo que muitos consideram perene.
Hoje, posso afirmar que a caminhada até aqui trilhada foi firme e se movimentou numa sonata
embalada pela toada que elevou o sentimento de dever cumprido.
Finalizando, reconheço com satisfação os resultados do recente evento de Uberaba, agradeço a todos
que contribuíram para sua realização, em especial a Coordenação Geral, e aproveito a oportunidade
para apresentar minhas desculpas pela ausência no último dia, cujas razões são inquestionáveis.
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FONAI, uma maioridade verdadeira. Francisco - FONAI-MEC