Convênio de Taubaté (1906). Solução para a queda na demanda internacional • O governo compraria todo a produção cafeeira para gerar estoques reguladores. Assim, os lucros dos cafeicultores estavam assegurados O problema foi que os estados tiveram que tomar dinheiro emprestado nos EUA e na Inglaterra para honrar este compromisso. O país arcava com o prejuízo e os produtores se apropriavam do lucro O Brasil não era o único produtor mundial... a demanda era menor que a produção. Campos Salles e o Funding Loan • Campos Sales assumiu a presidência em 1898 e encontrou a nação em uma situação catastrófica e de quase falência. Para resolver a situação, ele se reuniu com os credores e estabeleceu um acordo chamado Funding-Loan. Este acordo consistia no seguinte: o Brasil fazia empréstimos e atrasava o pagamento da dívida, fazendo concessões aos banqueiros nacionais. • Como conseqüência a indústria e o comércio foram afetados e as camadas pobres e a classe média também foram prejudicadas. Por causa disso, Campos Sales ganhou a antipatia do povo. BOOM da borracha no mercado internacional Aquecimento da indústria automobilística dos Estados Unidos no início do século XX. O Brasil consegue comprar o Acre da Bolívia (ut possidetis). Pagamento de 1 milhão de dólares. Realizada a construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré para facilitar o escoamento da borracha e de produtos da Bolívia (país sem saída para o mar). Crescimento da Atividade Industrial • Embora a política governamental privilegiasse o setor agrícola, é possível identificar um importante ciclo crescimento da atividade industrial, especialmente a partir da Primeira Guerra Mundial (substituição das importações). • Esse crescimento tinha algumas limitações: a maioria das indústrias era têxtil e de alimentos; 55% das fábricas concentravam-se em São Paulo e no Distrito Federal e o setor industrial era abalado por freqüentes crises. • Apesar disso, aumentava a importância das indústrias na economia brasileira, pois o crescimento do setor industrial era mais rápido que o da agricultura. A política do Café-com-leite • Costurada a partir do governo de Campos Sales, tratou-se de uma espécie de acordo segundo o qual o governo federal seria ocupado ora por políticos de São Paulo (estado mais rico) ora por políticos de Minas Gerais (estado mais populoso – principal curral eleitoral). • acordo entre o governo federal e as bases estaduais, que apoiariam o Presidente em troca de autonomia nos estados. Política dos Governadores A fraude eleitoral era usada para garantir que apenas deputados e senadores “fiéis” ao Presidente se elegessem A “Comissão Verificadora” de poderes encontrava sempre um jeito de “degolar” a oposição Diminuía assim, naturalmente, a importância dos partidos, ao mesmo tempo em que se consolidavam as oligarquias locais. 1º) De 1894 a 1909 Período de domínio das oligarquias, durante o qual o sistema oligárquico praticamente não enfrentou a oposição. • Prudente de Morais (1894-1898): paulista • Campos Sales (1898-1902): paulista • Rodrigues Alves (1902-1906): paulista • Afonso Pena (1906-1909): mineiro • Nilo Peçanha (1909-1910): fluminense 2º) De 1909 a 1919 Começou a apresentar sinais de desgaste. • Hermes da Fonseca (1910-1914): gaúcho • Wenceslau Brás (1914-1918): mineiro • Rodrigues Alves (1918)*: paulista • Delfim Moreira (1918-1919): mineiro 3º-) De 1919 a 1930 A oposição ao sistema oligárquico cresceu constantemente, até desembocar na Revolução de 1930, que encerrou a República Velha. • Epitácio Pessoa (1919-1922): paraibano • Artur Bernardes (1922-1926): mineiro • Washington Luís (1926-1930): paulista Revolta da Vacina • O Rio de Janeiro estava destinado a ser a “Paris dos Trópicos”. (1904) Prefeito Pereira Passos recebe ordens para remodelar a cidade Cortiços demolidos para dar lugar à belas avenidas (ao povo, favela..) Médico sanitarista Oswaldo Cruz: obrigatoriedade da vacina contra varíola Truculência dos agentes de saúde e falta de informação do povo Movimento pela cidadania: uma semana de duração, mas grandes lições! Revolta da Vacina Revolta da Vacina Revolta da Chibata (1910) Revolta da Chibata • A marinha, reduto da elite, punia os negros com chibatadas... Amotinados, marinheiros tomaram os maiores navios de guerra brasileiros e ameaçaram bombardear a capital Povão apoiando lá da beira do cais, com lenços brancos... Elite fugindo para Petrópolis! Governo não honrou acordo: dos 66 amotinados que se entregaram, somente o líder, João Cândido (“Almirante Negro”) sobreviveu Fim da pena de açoite... • Movimento messiânico (liderança do “monge” João Maria) Nas regiões limítrofes do Paraná e Santa Catarina, a região do Contestado era uma zona disputada pelos dois Estados Milhares de sertanejos empobrecidos ali moravam, eram expulsos de suas terras. Opressão dos coronéis locais: exploração de erva-mate Descontentamento: trabalhadores migrantes das obras da ferrovia São Paulo-Rio Grandenão recebiam ou eram despedidos. Guerra do Contestado (1912-1916) Contestado Movimento Operário • A classe operária inicialmente era composta por uma grande maioria de estrangeiros; mas, a partir da Primeira Guerra Mundial, o número de brasileiros passou a ser maioria, embora os imigrantes continuassem a representar uma parcela importante do operariado. • A maior concentração operária ocorria em São Paulo e Rio de Janeiro; Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco e Bahia ocupavam uma posição secundária, e os demais estados tinham população operária insignificante. • O grande número de operários estrangeiros facilitou a penetração das idéias anarquistas, socialistas e, posteriormente, comunistas as quais orientaram a luta da classe operária em prol de melhores salários, redução da jornada de trabalho, proteção ao trabalho da mulher e do menor, segurança no serviço etc. GREVES • Os operários reivindicavam principalmente através de greves, muitas vezes alcançando vitórias. Mas a resposta patronal e governamental, sempre violenta, baseava-se na repressão policial e na deportação de estrangeiros. • Sindicatos eram fechados, líderes deportados, estrangeiros expulsos e as leis aprovadas eram cada vez mais repressivas. As greves de maior duração — como a greve geral de 1917, em São Paulo — eram reprimidas inclusive com o uso de forças do Exército e da Marinha. 1922 fundação do Partido Comunista Brasileiro (operariado se organizando; reflexo da Revolução Russa; anarquismo perdendo terreno para o marxismo) gripe espanhola, 1918 • Cerca de 40 mil mortos no Brasil e mais de 20 milhões em todo mundo. Matou mais gente que a Primeira Guerra Mundial, que vitimou cerca de 15 milhões. Tenentismo • Movimento que propunha reformas na estrutura de poder do país, entre as quais se destacam o fim do voto de cabresto e instituição do voto secreto e a reforma na educação pública. Não se pode dizer que fosse um movimento de bases ideológicas consistentes; congregava os jovens oficiais do exército em torno do ideal de “moralizar a política” no Brasil. Movimentos como, “Revolta do Forte de Copacabana”, “Revolta Paulista de 1924” e a “Colunas Prestes” são exemplos de movimento tenentista. Revolta do Forte de Copacabana ou Episódio dos 18 do Forte (1922) 1º levante tenentista da história do Brasil na hora de pegar em armas, apenas 17 militares, todos de Copacabana, e um civil, mantiveram o combinado apenas dois sobreviveram... Revolução Paulista de 1924 • 2º levante tenentista Durante 23 dias os tenentistas, liderados pelo General Isidoro Dias Lopes e pelos irmãos Távora, dominaram a capital paulista. A repercussão foi grande, atingindo até mesmo o Pará, Pernambuco, Sergipe e Amazonas Os rebeldes foram para o Rio Grande do Sul. Esta marcha deu origem à “Coluna Prestes”. Blindado / Revolução Paulista de 1924 • 25.000 quilômetros dos sertões brasileiros foram percorridos durante dois anos e meio Seu comandante, Luís Carlos Prestes, iniciou sua marcha no Rio Grande do Sul e alcançou o Piauí e o Maranhão Utopia de construir um Brasil melhor, conscientizando e organizando o povo do interior contra a República Oligárquica Pode-se dizer que fracassaram em seus objetivos, embora não tenham sido derrotados militarmente Coluna Prestes (1925-1927) Coluna Prestes Luís Carlos Prestes • “Governar é abrir estradas!” Washington Luís “A questão operária é um caso de polícia!” O Brasil produzia 21 milhões de sacas de café por ano e o consumo mundial era de 14 milhões... (1926-1930) E veio a crise de 29 (Início da Grande Depressão) Tenentismo, agitação no ar, coronéis enfraquecidos... algo estava por acontecer! Chegou a hora de escolher o próximo Presidente... Um racha entre as oligarquias! • Tensão no RS: nunca haviam eleito um Presidente... Minas Gerais, pela política do café com leite, devia indicar o próximo: Antônio Carlos Ribeiro Andrada Mas, Washington Luís quebrou o acordo e indicou o paulista Júlio Prestes Júlio Prestes Rompidos, os paulistas fundam o “Partido Democrático” e os mineiros a “Aliança Liberal” A “Aliança Liberal” lança seus candidatos: Getúlio Vargas (Presidente) e João Pessoa (vice) Júlio Prestes vence as eleições! O assassinato de João Pessoa é o estopim do Golpe de 1930 Antônio Carlos Golpe de 1930