Profª Dra Danielli C. Granado Romero MEIO AMBIENTE (MA) ? PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL Meio Ambiente “conjunto de condições, leis, influências e infraestrutura de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. (Política Nacional de MA) PLANEJAMENTO AMBIENTAL ? “Especificar os objetivos a serem atingidos e decidir antecipadamente as ações apropriadas que devem ser executadas para atingir esses objetivos“. http://www.administracaoegestao.com.br Estudo prospectivo que visa à adequação do uso, controle e proteção do ambiente às aspirações sociais e/ou governamentais expressas em uma Política Ambiental, por meio da coordenação, compatibilização, articulação e implementação de projetos de intervenção. (ALMEIDA, 2010) ALMEIDA, J.R. Gestão ambiental para o desenvolvimento sustentável. Rio de Janeiro: Thex, 2010. GESTÃO AMBIENTAL ? GESTÃO AMBIENTAL Gestão: ato gerenciar. de gerir, administrar, (AURÉLIO, 1990; Michaelis, 2010) GESTÃO AMBIENTAL “...associada a idéia de resolver os problemas ambientais da empresa....observância das leis e melhoria da imagem da empresa”. (ANDRADE et al., 2002) ...gestão empresarial que se orienta para evitar, na medida do possível, problemas para o meio ambiente...é a gestão cujo objetivo é conseguir que os efeitos ambientais não ultrapassem a capacidade de carga do meio...”. (DIAS, 2009) GESTÃO AMBIENTAL Principal instrumento para um desenvolvimento industrial sustentável; Profundamente vinculado a normas elaboradas pelos governos (federal, estadual e municipal) sobre o MA, que: - fixam limites poluentes, aceitáveis de emissão de - definem condições de disposição de resíduos, GESTÃO AMBIENTAL - proíbem utilização de substâncias tóxicas, - definem a quantidade de água que pode ser utilizada, - definem volume de esgoto que pode ser lançado. PLANEJAMENTO E GESTÃO AMBIENTAL Figura: Evolução da GA (Adaptado de Nisti, 2009). CRISE AMBIENTAL GLOBAL Crise Ambiental e Conscientização Homem Primitivo – manejo do fogo “O problema da poluição ambiental surge no momento em que o ser humano descobre o fogo e passa a ser capaz de impulsionar máquinas e realizar trabalho”. (Braga et al., 2002, p. 52) avanço tecnológico. Revolução Industrial – maiores de matéria e E. necessidades cada vez quantidades significativas de resíduos. Pós-Guerra – preocupação com o meio ambiente dentro de uma perspectiva global. “...a humanidade se viu as voltas com problemas de ordem planetária. Talvez as bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki e a certeza de que a Terra pudesse ser destruída pelo próprio ser humano...” (Barbieri, 2007, p. 16) Década de 50 – Brasil: processo de industrialização acelerado – recursos naturais abundantes – regra: diluir e dispersar. crescimento econômico em várias partes do mundo – surto que agravou os problemas ambientais fazendo com que extravasassem as fronteiras nacionais. Década de 60 – Início das preocupações: ◦ esgotamento de recursos ◦ Poluição Ações: - Descontaminação do Rio Tâmisa; - “Primavera Silenciosa” de Rachel Carlson – uso do DDT na agricultura e seus efeitos no MA. • • Década de 70 – ações efetivas e acidentes ambientais. - Reconhecida a contaminação da Baía de Minamata (Japão): milhares de pessoas (mortes e deformações) por mercúrio jogado ao mar pelas empresas locais; bioacumulação na cadeia alimentar desde 1950. - Década de 70 1ª Conferência das Nações Unidas sobre o MA Humano em Estocolmo (Suécia) 1972. Estocolmo: conflito entre países desenvolvidos (PD) e os não desenvolvidos (PND): PD preocupados: - poluição industrial; - escassez de recursos (E); - decadência de suas cidades; - outros – desenvolvimento crescimento zero, controle populacional. BARBIERI, 2007 PND: - preocupados com a pobreza; - direito de crescer – acesso aos padrões de bem estar dos países mais ricos. Indira Gandhi (Primeira Ministra da Índia) no plenário da Conferência: “A maior poluição é a pobreza”. Brasil defendeu o desenvolvimento a qualquer custo, sem reconhecer a gravidade dos problemas ambientais. BARBIERI, 2007 Conceito de Ecodesenvolvimento Desenvolvimento Sustentável (DS). Estudar novas modalidades de desenvolvimento – compromisso básico: valorizar as contribuições das populações locais nas transformações dos recursos do seu meio. Conferência de Estocolmo: - - - Marco fundamental na percepção problemas Desenvolvimento X MA; dos Criação no âmbito da ONU do Programa da Nações Unidas para o MA (PNUMA); Criação da Comissão Mundial para o MA e o Desenvolvimento (CMMAD). Década de 80 – surge a expressão Desenvolvimento Sustentável (DS). (documento solicitado pelo PNUMA para a ONG, hoje, WWF) Em 1987 publicado o Relatório da CMMAD – Relatório Brundtland (“Nosso Futuro Comum”) define DS como “aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras em atenderem as suas próprias necessidades.” “...é no meio ambiente que todos vivemos; o desenvolvimento é o que todos fazemos ao tentar melhorar o que nos cabe neste lugar que ocupamos. Os dois são inseparáveis”. (Gro Harlem Brundtland – CMMAD, 1988). Política, diplomata e médica norueguesa. Líder internacional em DS e saúde pública. Em Fevereiro de 1981 tornou-se a primeira mulher chefe de governo do seu país, sendo atualmente Enviada Especial para as Alterações Climáticas da ONU. Entre 1983 e 1987 presidiu à Comissão Brundtland, da Organização das Nações Unidas, dedicada ao estudo do meio ambiente e a sua relação com o progresso. - Objetivos da CMMAD derivado do conceito de DS: retomar o crescimento para erradicar a pobreza; torná-lo mais justo, equitativo e menos intenso em matéria-prima e E; atender as necessidades humanas de emprego, alimentação, saneamento; manter um nível populacional sustentável; incluir o MA e a economia no processo decisório; Estimular a cooperação internacional para reduzir os desequilíbrios entre os países. 1987 Protocolo de Montreal – prazos, limites e restrições à produção, comércio e consumo das substâncias, como CFC e outros. Brasil: 1981 – PNMA – menciona EIA; 1986 – CONAMA 1 – diretrizes para o AIA como instrumento da PNUMA; 1988 – CF, Artigo 225 “Todos tem direito ao MA ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida...” – Congresso influenciado pelo Rel. Brundtland. - Tragédias ambientais: Tchernobil – explosão de um reator espalhou radiações por toda a Europa; Índia – vazamento numa fábrica de pesticida matou mais de 2 mil pessoas; Suíça – durante incêndio foram despejados produtos tóxicos no Rio Reno – morte de milhares de peixes e comprometimento do abastecimento de água na Alemanha e Holanda. Década de 90 – aparece o conceito de qualidade ambiental – maior preocupação das empresas. - 1991 – criado o Fundo Global para o MA (GEF) pela ONU e Banco Mundial: Seus recursos são destinados a programas, atividades e projetos que tragam benefícios ambientais globais e façam parte dos esforços nacionais de promoção do DS; - Década de 90 - 1992 – Conferência das Nações Unidas sobre o MA e o Desenvolvimento – Rio 92, Eco 92, Cúpula da Terra; objetivo: elaborar estratégias para conter a degradação ambiental, bem como promover o desenvolvimento sustentável; Resultado da Rio 92 - aprovação de vários documentos oficiais: Declaração do RJ sobre o MA e o Desenvolvimento; Convenção sobre Mudanças Climáticas; Declaração de Princípios sobre Florestas; Convenção da Diversidade Biológica; Agenda 21. - Década de 90 - 1997 – Publicado o Protocolo de Quioto – inclui metas e prazos para redução das emissões futuras de CO2 e outros gases do efeito estufa; compromisso dos países “desenvolvidos”. entrou em vigor em 2005, após a adesão da Rússia em 2004. Século XXI – questões ambientais assumem novas dimensões - 2002 – Rio + 10 em Johanesburgo – Conferência Mundial sobre DS. - 2006 – Al Gore lançou o filme “Uma verdade inconveniente” – mostra os efeitos do aquecimento global e as perspectivas futuras, caso ações efetivas não sejam realizadas. Nobel da Paz em 2007. A meta acordada pelos governos do mundo em 2002: “atingir até 2010 uma redução significativa da taxa atual de perda de biodiversidade em níveis global, regional e nacional como uma contribuição para a diminuição da pobreza e para o benefício de toda a vida na Terra” – não foi alcançada. 2010: Ano Internacional da Biodiversidade Para sensibilizar a sociedade para a importância da conservação das florestas para a garantia da vida no planeta, a ONU – Organização das Nações Unidas declarou que 2011 será, oficialmente, o Ano Internacional das Florestas. 2012: RIO +20 13 - 22/06 Conferência das Nações Unidas para o DS Centenas de chefes de Estado, delegações estrangeiras, lideranças empresariais e sociedade civil se encontraram para renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável. Século XXI Incorporadas à agenda dos organizações e comunidades. governos, Incluída na pauta obrigatória da maioria dos encontros mundiais. Torna-se preocupação crescente das empresas que não querem continuar fazendo o papel de vilãs da sociedade. - Mudanças no ambiente em que as empresas operam : antes vistas como instituições puramente econômicas - são cobradas em relação a outros papéis. o pressões por parte da sociedade através de: movimentos sociais reivindicatórios, - atuação de grupos organizados. o resultam em novas leis e regulamentações que alteram as “regras do jogo.” - Responsabilidade Social – obrigação para com a sociedade; Além da proteção ambiental, projetos filantrópicos e educacionais, planejamento da comunidade, equidade nas oportunidades de emprego, etc. Responsabilidade social corporativa é o comprometimento permanente dos empresários de adotar um comportamento ético e contribuir para o desenvolvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de seus empregados e de suas famílias, da comunidade local e da sociedade como um todo (Conselho Empresarial Mundial para o DS, 1998 apud Gonçalves, 2004, p. 56). Gonçalves, L.C. Gestão ambiental em meios de hospedagem. São Paulo: Aleph, 2004. Benefícios da responsabilidade social: - melhoria na imagem da empresa; - atrai novos consumidores, empregados e fornecedores; abertura de novos vantagem estratégica. melhores mercados - “A nova consciência ambiental passa a ver a fumaça como uma anomalia e não mais como uma vantagem”. (ANDRADE, 2002) Consumidores verdes. Países % da População EUA 37 Suíça 50 Alemanha 50 Inglaterra 40 Na Inglaterra, 2 de cada 5 cidadãos vão ao supermercado com uma lista de produtos verdes à mão. Pesquisa recente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ibope revela: 68% dos consumidores brasileiros estariam dispostos a pagar mais por um produto que não agredisse o meio ambiente. Relação Homem X Meio Ambiente Fonte: DONAIRE (1999). Relação Homem X Meio Ambiente As empresas continuam a representar o papel de vilãs do MA; Apontadas como as principais responsáveis pelo esgotamento e pelas alterações nos recursos naturais. Um dos problemas mais visíveis industrialização - destinação de resíduos: - Sólidos - Líquidos - Gasosos da Relação Homem X Meio Ambiente Poluição Industrial: resultado impossibilidade de transformação total insumos e produtos. da de Lei de Conservação de Massa – explica a poluição pelo fato de não ser possível consumir a matéria até sua aniquilação – geração de resíduos em todas as atividades dos seres vivos. Relação Homem X Meio Ambiente Fonte: SOARES (2009) - www.ens.ufsc.br/~soares. Relação Homem X Meio Ambiente Impacto Ambiental e na Saúde Humana – desde a extração de matéria prima até o descarte; E no turismo, Como se deu a percepção da crise ambiental? 1960: eclosão do turismo massivo, quando foram reconhecidos os impactos negativos da atividade turística, levando à desmistificação da idéia de “indústria sem chaminés”. BRASIL; MINISTÉRIO DO TURISMO (2008) Ecoturismo: orientações básicas. Início dos anos 70 começam as discussões sobre “gestão de turistas”, consolidando o entendimento do turismo como atividade econômica potencialmente poluidora, dependendo da maneira como ocorre. PLANEJAMENTO BRASIL; MINISTÉRIO DO TURISMO (2008) Ecoturismo: orientações básicas. A temática passou a ser insistentemente debatida pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, criada em 1983 no âmbito da ONU, de onde surgiu a acepção de Turismo Verde, que na década de 90 se amplia para a noção de Turismo Sustentável. TURISMO SUSTENTÁVEL OMT. Código Mundial de Ética do Turismo. Santiago do Chile: OMT, 1999 apud BRASIL. MINISTÉRIO DO TURISMO (2008) Ecoturismo: orientações básicas. - A expressão “turismo responsável” foi proposta a partir de um consenso entre os participantes do seminário sobre turismo alternativo, organizado pela OMT em 1989, como forma de designar todos os tipos de turismo que respeitam: os anfitriões, a natureza, a cultura empresas turísticas, os organismos oficiais e outros. (PIRES, 2002) PIRES, P.S. Dimensões do Ecoturismo. São Paulo: Senac, 2002) Segundo setor em investimentos no mundo com US$6,7 bilhões de investimentos em 2001, de acordo com a OMT; Foi responsável, ainda no mesmo ano, por 6% do PIB global e pelo movimento de 699 milhões de pessoas ao redor do mundo. O compromisso do setor com o DS apresenta-se, dessa forma, como estratégico. As políticas públicas de turismo no Brasil devem nortear-se pelos princípios da sustentabilidade, fundamentadas na Constituição Brasileira, que reserva a todos o direito ao meio ambiente, impondo ao poder público e à coletividade o dever de defendêlo e preservá-lo às futuras gerações e incumbe ao poder público a responsabilidade de estabelecer instrumentos legais para a proteção e conservação dos recursos naturais e o seu uso racional. (Art. 225 da Constituição Federal) Há também outras ações desencadeadas pela preocupação com o meio ambiente, com destaque para a Agenda 21 e sua aplicação para o turismo. Agenda 21 Global: documento com 40 capítulos produzido na Rio 92 - Plano de ação para alcançar o DS. A Agenda 21 contém compromissos para mudança do padrão de desenvolvimento no século XXI em um processo de planejamento participativo que analisa a situação atual de um país, Estado, município e/ou região e propõe o futuro de forma sustentável. BRASIL; MINISTÉRIO DO TURISMO (2008) Ecoturismo: orientações básicas. Da Agenda 21 Global – marco referencial para o planeta – emana a Agenda 21 Brasileira; A Agenda 21 Brasileira é um instrumento de planejamento participativo para o DS do país, resultado de uma vasta consulta à população brasileira. Foi coordenado pela Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e Agenda 21 (CPDS); construído a partir das diretrizes da Agenda 21 Global; e entregue à sociedade, por fim, em 2002. A Agenda 21 Brasileira envolve a sociedade civil e o setor público por meio de um processo participativo e propositivo, sistematizada em seis áreas temáticas que abordam a atividade turística: agricultura sustentável; cidades sustentáveis; infra-estrutura e integração regional; gestão de recursos naturais; redução das desigualdades sociais; e ciência e tecnologia para o DS. A implantação da Agenda 21 Brasileira levou à construção de Agendas 21 Locais, contribuindo para ampliar a cultura da sustentabilidade no País. A Agenda 21 pode ser elaborada por qualquer cidadão em qualquer local, desde que com a participação efetiva da comunidade e com a formulação de parcerias com as instituições e o governo. BARBIERI (1997) Documento disponível em www.mma.gov.br Capítulo 7 PROMOÇÃO DO DS DOS ASSENTAMENTOS HUMANOS ... Atividades ... 7.20. Todas as cidades, em especial as que se caracterizam por sérios problemas de DS devem: ... (e) Promover a formulação de programas de turismo ambientalmente saudáveis e culturalmente sensíveis como estratégia para o DS de assentamentos urbanos e rurais e como forma de descentralizar o desenvolvimento urbano e reduzir discrepâncias entre as regiões; Capítulo 8 INTEGRAÇÃO ENTRE MA E DESENVOLVIMENTO NA TOMADA DE DECISÕES Atividades 8.33. ... os Governos devem explorar, em cooperação com o comércio e a indústria a possibilidade de fazer um uso eficaz dos instrumentos econômicos e dos mecanismos de mercado nas seguintes áreas: (a) ...energia, transportes, agricultura e silvicultura, água, resíduos, saúde, turismo e serviços terciários; Capítulo 11 COMBATE AO DESFLORESTAMENTO ÁREAS DE PROGRAMAS C. Promoção de métodos eficazes de aproveitamento e avaliação para restaurar plenamente o valor dos bens e serviços proporcionados por florestas, áreas florestais e áreas arborizadas Base para a ação 11.20. ... Também é possível aumentar o valor das florestas por meio de usos não daninhos, como o turismo ecológico e o fornecimento gerenciado de materiais genéticos. É preciso empreender iniciativas concatenadas para aumentar a percepção que têm as pessoas do valor das florestas e dos benefícios que elas proporcionam... 11.21. Os objetivos desta área de programas são os seguintes: ... (d) Promover maior abrangência no uso e nas contribuições econômicas das áreas florestais, incluindo o turismo ecológico no manejo e planejamento florestais. Atividades (a) Atividades relacionadas ao manejo ... (h) Promover e apoiar o manejo da fauna e da flora silvestres, bem como do turismo ecológico, Capítulo 13 GERENCIAMENTO DE ECOSSISTEMAS FRÁGEIS: DS DAS MONTANHAS ÁREAS DE PROGRAMAS A. Geração e fortalecimento dos conhecimentos relativos à ecologia e ao DS dos ecossistemas das montanhas Atividades (a) Atividades relacionadas a gerenciamento 13.6. Os governos... devem: ... (e) Diversificar as economias das montanhas, entre outras coisas através da criação e/ou fortalecimento do turismo, em harmonia com o gerenciamento integrado das áreas montanhosas; B. Promoção do desenvolvimento integrado das bacias hidrográficas e de meios alternativos de subsistência ... 13.15. Os objetivos desta área de programas são: ... (b) Promover atividades geradoras de rendimentos, como o turismo e a pesca sustentáveis... em especial para proteger os meios de subsistência das comunidades locais e dos populações indígenas; Capítulo 14 PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO RURAL E AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL ÁREAS DE PROGRAMAS ... C. Melhora da produção agrícola e dos sistemas de cultivo por meio da diversificação do emprego agrícola e não agrícola e do desenvolvimento da infra-estrutura Base para a ação 14.25. ...identificar e desenvolver outras oportunidades de emprego - tanto em atividades agrícolas como não agrícolas -, por exemplo ... aquicultura e piscicultura, atividades não agrícolas como pequena indústria com base nos povoados rurais, transformação de produtos agrícolas, agroindústria, lazer e turismo, etc. Capítulo 17 PROTEÇÃO DOS OCEANOS, DE TODOS OS TIPOS DE MARES E DAS ZONAS COSTEIRAS, E PROTEÇÃO, USO RACIONAL E DESENVOLVIMENTO DE SEUS RECURSOS VIVOS ÁREAS DE PROGRAMAS A. Gerenciamento integrado e DS das zonas costeiras e marinhas... Atividades 17.6. Cada Estado costeiro deve considerar a possibilidade de estabelecer ou fortalecer mecanismos de coordenação adequados para o gerenciamento integrado e o DS das zonas costeiras e marinhas e dos respectivos recursos naturais, ... Tais mecanismos podem compreender: (i) A integração dos programas setoriais relativos ao DS de estabelecimentos humanos, agricultura, turismo, pesca, portos e indústrias que utilizem ou se relacionem à área costeira; B. Proteção do meio ambiente marinho ... 17.19. A degradação do MA marinho também pode decorrer de um amplo espectro de atividades em terra. Os estabelecimentos humanos, o uso da terra, a construção de infra-estrutura costeira, a agricultura, a silvicultura, o desenvolvimento urbano, o turismo e a indústria podem afetar o MA marinho... Capítulo 36 PROMOÇÃO DO ENSINO, DA CONSCIENTIZAÇÃO E DO TREINAMENTO ÁREAS DE PROGRAMA ... B. Aumento da consciência pública ... Atividades ... g) Os países devem promover, quando apropriado, atividades de lazer e turismo ambientalmente saudáveis, ... fazendo uso adequado de museus, lugares históricos, jardins zoológicos, jardins botânicos, parques nacionais e outras áreas protegidas; TURISMO NA AGENDA 21 BRASILEIRA Objetivo 16 Política florestal, controle do desmatamento e corredores de biodiversidade Ações e recomendações Florestas plantadas: aumento da oferta de produtos florestais Apoiar medidas para melhorar a exploração econômica da floresta em pé, tais como o desenvolvimento do ecoturismo, a extração de frutos e sementes, ... Proteção e uso da biodiversidade ... Desenvolver um plano nacional de ecoturismo que proporcione a entrada de divisas, gere empregos e garanta os recursos para a conservação de todas as demais áreas de interesse ecológico e/ou cultural. AGENDA 21 PARA O TURISMO O setor turístico, incorporando explicitamente as premissas da sustentabilidade, elaborou a Agenda 21 para o Turismo em 1998, com o objetivo principal de proteger os recursos naturais, culturais e sociais que o constituem. WTTC. Agenda 21 for the Travel & Tourism Industry: Towards Environmentally Sustainable Development Progress Report N.º 1 WTTC: London, 1998. A "Agenda 21 para o e Turismo para o DS" indica áreas prioritárias para o desenvolvimento de programas e procedimentos para a implementação do turismo sustentável. Fonte: WTO; WTTC; EARTH COUNCIL. Agenda 21 for the Travel and Tourism Industry: Towards Environmentally Sustainable Development. 1996. Disponível em: < http://www.worldtourism.org/sustainable/publications.htm>. O documento dá ênfase à importância de parcerias entre governos, indústria e outras organizações. Analisa a importância estratégica e econômica do Turismo & Viagens e demonstra os enormes benefícios de fazer todo o setor sustentável, em vez de focalizar somente o “ecoturismo”. As dez áreas de prioridade de ação são: 1. Minimização de resíduos • Objetivo: minimizar os recursos de entrada, maximizar a qualidade dos produtos e minimizar os resíduos de saída. 2. Eficiência na gerenciamento energia, conservação e • Objetivo: reduzir o uso de energia e reduzir potencialmente os danos causados pelas emissões atmosféricas. 3. Gerenciamento dos recursos de água doce • Objetivo: proteger a qualidade das águas superficiais, aquíferos e usar recursos existentes eficientemente e eqüitativamente. 4. Gerenciamento do esgoto • Objetivo: minimizar a quantidade de para proteger o ambiente aquático, a flora e fauna, e conservar e proteger a qualidade de recursos de água doce. 5. Substâncias perigosas • Objetivo: substituir produtos contendo substâncias potencialmente perigosas por produtos mais ambientalmente seguros. 6. Transporte • Objetivo: reduzir ou controlar emissões nocivas na atmosfera e outros impactos ambientais dos transportes. 7. Planejamento e gerenciamento do uso da terra • Objetivo: tratar com múltiplas demandas da terra de uma maneira eqüitativa, assegurando que o desenvolvimento não é visualmente intruso e contribuições para conservação ambiental e cultura enquanto rendimento de geração. 8. Envolvimento dos funcionários, clientes e comunidades nas questões ambientais • Objetivos: proteger e incorporar os interesses das comunidades para o desenvolvimentos e assegurar que as lições ambientais aprendidas pelos funcionários, clientes, e comunidades são postas em prática no dia-a-dia. 9. Design a para sustentabilidade • Objetivo: garantir que novas tecnologias e produtos são desenvolvidos para poluírem menos, serem mais eficientes e social e culturalmente apropriados, e disponíveis em todo o mundo. 10. Parcerias para o desenvolvimento sustentável • Objetivo: formar parcerias para propiciar a sustentabilidade a longo prazo. Fonte: WTO; WTTC; EARTH COUNCIL. Agenda 21 for the Travel and Tourism Industry: Towards Environmentally Sustainable Development. 1996. Disponível em: < http://www.worldtourism.org/sustainable/publications.htm>. Para Refletir - Um cidadão consome: norte-americano em média - 50 vezes mais aço; - 56 vezes mais E; - 170 vezes mais borracha sintética; - 250 vezes mais combustível para motores; - 300 vezes mais plástico; que um cidadão indiano. (Braga et al., 2002) Para Refletir Problema Ambiental Crescimento populacional / Excesso de consumo O que aconteceria com os recursos naturais se todos os países em desenvolvimento viessem a ter o mesmo padrão de consumo dos desenvolvidos? Para Refletir Segundo um relatório da ONU (1993) se todos os habitantes da Terra consumissem combustíveis fósseis na taxa dos norte-americanos, morreríamos todos asfixiados. Por outro lado, a pobreza e o subconsumo forçado são aspectos intoleráveis – devem ser tratados como problemas globais, tanto quanto a chuva ácida e o efeito estufa (Barbieri, 2007).