Vôo livre
1. DEFINIÇÃO DA ATIVIDADE
É o vôo praticado com asas desprovidas de motor.
Podemos identificar duas modalidades principais de
vôo livre:
ASA DELTA - uma estrutura rígida de tubos de
alumínio que sustenta uma vela esticada por
travessas e reforçada por fios de aço inoxidável. O
piloto fica suspenso numa armação parecida com um
casulo e controla a direção e velocidade com o peso
do corpo. A velocidade em vôo é em média de 65
km/h, mas pode chegar a 100 km/h.
PARAPENTE ou PARAGLIDER - uma estrutura
feita em tecido especial que, uma vez inflada,
forma uma asa e é capaz de voar como os
planadores, asa-delta e pássaros, sendo capaz de
permanecer
voando
longos
períodos
e
percorrendo
grandes
distâncias.
Possui
performance que chega à velocidade de 60 km/h.
2. EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS PARA A PRÁTICA
DA ATIVIDADE
Asa Delta:
Asa específica para Vôo Duplo, que em geral é maior
e conta com cabeamento feito em cabos de aço
mais reforçados para suportar a faixa de peso maior
para a prática do Vôo Duplo;
Mosquetões: Peça que conecta o piloto e o
passageiro à asa. Hoje as exigências para Vôo Duplo
são no sentido de que os mosquetões sejam de aço
e com trava, impedindo sua abertura acidental ;
Hang Loop: faz a conexão do mosquetão com o
cinto, é geralmente de material flexível (Fita de
Kevlar), porém resistente;
Cinto ou Bullet: é o casulo em que o piloto e o
passageiro estarão durante o vôo. Geralmente é de
cordura, como o Hang Loop;
Pára-quedas reserva: este é um equipamento de
suma importância no Vôo Livre, pois muitas vidas
foram poupadas graças ao uso do reserva.
Verifique sempre se o piloto tem o pára-quedas
reserva, e qual a faixa de peso desse reserva. Faça
um breve cálculo do seu peso mais o peso do
piloto e mais uns 40 a 50 kg de equipamento, e
veja se o reserva abrange essa faixa de peso.
Parapente:
Vela ou Velame: é a parte em Nylon Rip Stop, que
ao ser inflada forma um perfil aerodinâmico capaz de
voar.
A selete é a cadeira onde o piloto e o passageiro
estarão assentados e conectados ao velame,
Pára-quedas reserva: tão imorescindível como na
asa delta, mas com a limitação, de mais uns 30 a 40
kg de equipamento (veja se o reserva abrange essa
faixa de peso).
Acessórios
Como acessórios de vôo temos o rádio de
comunicação, altivariômetro - que fornece a razão
de subida ou descida em vôos em térmicas, GPS ou
Bússola, Windmeter, luvas, macacão, capacete cujo
uso é fundamental. Evite capacetes que possuam
marcas ou rachaduras, que caracterizam uma
manutenção
precária
do
equipamento.
Use sempre um calçado confortável e que proteja
seus pés, não se esqueça de que, para voar, você
vai ter que correr um pouco e para isso prefira um
tênis reforçado ou uma botinha que proteja o
tornozelo.
3. RELAÇÃO
AMBIENTE
DA
ATIVIDADE
COM
O
MEIO
Voar por si só já é maravilhoso, ainda mais quando
agregado a isso está o enorme prazer de interagir
com o espaço e com o meio ambiente, voar por
cima de montanhas, vales, rios, árvores, vendo o
mundo de um ângulo todo novo. Você ali em Pleno
ar, ponderando com o imponderável. Os locais de
vôo são em geral em topos de montanhas,
portanto áreas de preservação ambiental. Lembrese: nas rampas de decolagem, só deixamos
pegadas, e de lá só levamos saudades.
4. PRINCIPAIS RISCOS DA ATIVIDADE
Uma vez que se está fora do ambiente
para o qual o ser humano foi projetado,
os riscos existem, como fratura de pé,
pernas e braços, óbitos.
5. DICAS DE SEGURANÇA
O que verificar na Asa Delta:
• Antes de se aventurar e sair se lançando no
espaço infinito com alguém numa asa delta, a
primeira coisa a verificar é se o piloto, que vai te
levar próximo das nuvens por sobre montanhas e
vales, tem habilitação para Vôo Duplo e se a
mesma não está vencida. Para cada tipo de vôo
existem procedimentos específicos e habilitações
específicas.
Ano de fabricação da asa e laudos de possíveis
revisões técnicas, tanto da asa como dos
equipamentos a serem usados pelo piloto e pelo
passageiro no vôo, expedido pela ABVL caso a asa
tenha mais de dois anos de fabricação. Um bom
indicador do estado da asa é a situação dos cabos e
o estado geral do tecido da asa. Verifique se não há
indícios de desfiamento dos cabos, principalmente
nas extremidades, e confira se o tecido da asa não
contém algum rasgo ou marca de costura mal feita.
•
Ano de fabricação dos equipamentos. Vencida a
vida útil do equipamento, a recomendação é para
que sejam abandonados. As revisões são sempre
feitas dentro do período de validade, visando dar
maior segurança ao piloto e passageiro, e
assegurando a longevidade do equipamento.
•
• Verifique os indícios ou marcas de possíveis
acidentes anteriores ao seu vôo. Isso pode indicar
inclusive a perícia do piloto que pretende te levar
no vôo. Verifique principalmente os engates das
pernas e ventral do cinto, não aceite equipamentos
com remendos ou consertos mal feitos, tais
equipamentos exigem manutenção periódica e feita
por pessoal especializado.
O que verificar no Parapente
• O Parapente ou Paraglider pode parecer muito mais
prático que a Asa Delta, e de fato o é. Mas os
cuidados devem ser redobrados no que diz respeito a
verificações e cuidados antes de decolar num parapa
(como é chamado no jargão dos voadores) e ganhar o
espaço infinito. A primeira coisa a se verificar é a
habilitação do piloto. Assim como na Asa Delta, deve
estar escrito especificamente VÔO DUPLO.
• Muito cuidado ao verificar o velame, pois não deve
ter marcas de remendos ou fitas adesivas. Vez por
outra, as velas sofrem algum tipo de dano mas,
para isso, existem empresas especializadas em
manutenção de tais velas. Ainda no velame, temos
as linhas, que são parte importante do conjunto
pois, além de conectarem a vela, fazerem o ajuste
de controle e velocidade do parapente. Verifique se
as linhas estão em bom estado: um bom indício é
observar se as linhas de uma mesma seção são da
mesma cor. Dê uma olhada nos tirantes que
conectam o velame na selete, pegue cada um deles,
que geralmente são 4 de cada lado da selete, e veja
se as linhas são da mesma cor, isso pode indicar o
estado geral do parapente.
• Verifique o estado geral da selete, procure por
remendos ou marcas de manutenção, observe bem
os mosquetões, assim como na Asa Delta, têm que
ser de aço e com trava.
• Os tirantes são parte importantíssima no
parapente, pois a eles estão conectados o piloto e o
passageiro. Verifique se não há indícios de ruptura.
• Jamais se aventure com um piloto cujo
equipamento esteja em mau estado de conservação.
Verifique sempre a idade do equipamento. Se tiver
mais de dois anos de fabricação, exija um laudo de
revisão e evite voar em equipamentos com mais de
5 anos de fabricação.
Em linhas gerais, são estes os cuidados a se
tomar antes de fazer um vôo. Prefira sempre
voar em rampas homologadas pelo DAC, onde
haja um Clube de Vôo que se responsabilize por
checar os equipamentos e pela sua segurança.
Evite locais onde ninguém jamais voou. Voe
sempre com piloto habilitado. Nunca dispense o
uso de equipamentos de segurança pessoal, e
não se esqueça: o piloto é responsável pela sua
segurança.
6. MAIORES INFORMAÇÕES
FMVL – Federação Mineira de Vôo Livre
www.fmvl.org.br
ABVL – Associação Brasileira de Vôo Livre
www.abvl.com.br