Pontos Cantados de Xangô
Xangô é corisco
Nasceu na trovoada
Trabalha na pedreira
Acorda na madrugada
Longe, tão longe.
Aonde o sol raiou
Saravá Umbanda
Oi, saravá Xangô
Escureceu, a noite chegou >
Firma ponto na pedreira, saravá Xangô >
Saravá Xangô 3>
Subi na pedreira, subi
Uma pedra rolou no corisco de Xangô
Dizem que Xangô mora na pedreira
Mas não é lá sua morada verdadeira >
Xangô mora na cidade de Luz
Aonde está Maria e o Menino Jesus
Dizem que Xangô mora na pedreira
Mas não é lá sua morada verdadeira >
Lá em cima daquela pedreira
Tem um livro que é de Xangô >
Kaô, kaô
Kaô é kabecile é de Xangô >
Deixei meu filho em cima da pedreira
E de repente ele escorregou
Me ajoelhei e olhei pra baixo
Estava nos braços de meu pai Xangô
Meu pai Xangô
Deixa essa pedreira aí >
A Umbanda está lhe chamando
Deixa essa pedreira aí >
Pedra rolou, Pai Xangô, lá na pedreira
Segura o ponto, meu Pai, na cachoeira
Tenho o meu corpo fechado
Xangô é meu protetor
Firma esse ponto, meu filho
Pai de cabeça chegou
Xangô, meu pai, atende essa romaria >
Dos filhos que vem de longe
E não podem vir outro dia >
Xangô mostrai a força que vós tendes >
Xangô é o rei da justiça
E não engana ninguém
Xangô Kaô, Xangô Agodô 3>
Meu Pai Xangô chegou no reino
Meu Pai Xangô já vai girar >
Olha seus filhos lhe pedem meu pai
Não deixe os filhos tombar >
Na beira do Cariri, eu vi Xangô sentado
Yemanjá e Oxum e Santa Bárbara ao seu lado
Na beira do Cariri
Xangô, Xangô, meu pai Xangô
Xangô mora na pedreira
Quem mandou relampejar
Kaô Kabecile, obá, Xangô
Saravá Xangô 3>
Machadinha de cabo de ouro
De ouro, de ouro
Machadinha de cabo de ouro
É machadinha de Xangô
XANGÔ
Ele vem de Aruanda
Ele vem trabalhar
Ele vence demanda
Ele é seu Pangará
Kaô, kaô, kaô, kaô
A justiça chegou, Xangô
Ele vem de Aruanda
Ele vem trabalhar
Ele vence demanda
Ele é seu Arirá
Kaô, kaô, kaô, kaô
A justiça chegou, Xangô
Quem rola pedra na pedreira é Xangô
Vivô a coroa de Zambi 2>
Vivô a coroa de Zambi é maior
Xangô chegou na terra
Xangô girou na Umbanda
Com seu grito de guerra
Xangô venceu demanda
Quebra pedra na pedreira
Quero ver arrebentar >
Quem demanda com meus filhos
Eu também sei demandar >
Sentado na pedreira de Xangô
Eu fiz um juramento até o fim
Se um dia me faltar a fé em meu Senhor
Que role esta pedreira sobre mim
Meu Pai Xangô chegou do Reino
Meu Pai Xangô é Orixá
Olha, seus filhos lhe pedem meu Pai
Fé e proteção neste congá >
Senhor dono da casa
Me dá licença de entrar
Minha banda é de Xangô,
É de Zambi e Oxalá
Xangô é rei de Yorubá
Xangô é rei da pedreira
Xangô é rei dos astros
Xangô é rei de Umbanda
Os teus filhos te chamam
Xangô, Xangô, Xangô Agodô
Meu pai Xangô sentado na pedreira
Com sua machadinha
Cravejadinha de estrelas
Naquele tempo em que Agodô escrevia
Pena de ouro ele trazia
Meu pai Xangô, olhai seus filhos
Que eu também sou filho seu
Seu Agodô,
Yemanjá Sobá, Yemanjá Sobá
Seu Aganju,
Yemanjá Sobá, Yemanjá Sobá
Oh, Gino. Olha a sua banda
Oh, Gino. Olha o seu Congá
Aonde o rouxinol cantava
Aonde Xangô morava
Oh, ele é Gino da Cobra Coral >
Eu vi Santa Bárbara e Xangô
Estavam sentados em cima da pedra
Estavam rezando para os seus filhos
Xangô é homem que vai pra guerra.
Eu fui lá nas matas buscar minhas guias
E lá encontrei pai Xangô que dizia
Zum, zum, zum, pai Xangô é Kaô
Zum, zum, zum, pai Xangô é Agodô
É na mesa de Umbanda
Que Xangô faz refeição
Xangô vem cuspindo fogo
Pra levantar filhos do chão
Ecoou lá na mata da Jurema
Não muito longe, num pé de caneleira
Estou ouvindo o eco do infinito,
O que será?
É o ronco da pedreira,
Xangô, Kaô, meu pai
Me cubra com sua bandeira
Xangô, Kaô
Xangô meu pai, venha me ajudar
Xangô é meu guia, Xangô é meu pai
A pedra na pedreira ela rola, mas não cai
Vem trabalhar Xangô, vem trabalhar
No terreiro ele é caboclo
Na pedreira ele é Orixá
Eu pedi a meu pai Xangô
Que me tirasse desta aflição
Olha o seu bom filho
Ele tem fé e lhe traz no coração
Sofrer como eu sofri
Só mesmo um filho de fé
Hoje eu agradeço a Xangô
Eu tinha esperança
Que a bonança voltaria e voltou.
Xangô mora na pedreira
Onde canta o rouxinol >
Sua pedreira é tão linda
Pai Oxalá abençoou
Toda coberta de estrelas
Saravá meu pai Xangô
Xangô, ele rei da pedreira
Rei da pedreira ele é o rei de Umbanda
Xangô ele é o nosso Pai
E filhos de Xangô
Bambeia mas não cai
Estava sentado na pedra
Esperando meu Pai Xangô
Xangô na Aruanda
Xangô na quimbanda
Xangô na linha das almas
Com Ogum venceu demanda
Segura a pedra Xangô
Não deixa a pedra rolar
Pega no livro e na pena
Para a justiça firmar
Eram seis horas quando o sino tocou
Na Marambaia, cidade da Jurema
Eram dez horas quando o galo cantou
Com licença de Zambi, saravá Pai Xangô
Na pedreira da mata virgem
Aonde mora meu Pai Xangô
Água minou, Nanã Buruquê
Pedra rolou, saravá Pai Xangô >
XANGÔ
Que pedreira tão alta
Que nem limo criou
Oh não me quebra pedra
Que a morada é de Xangô
Seu Ariri, Ariri, Ariri
Seu Ariri ele é o Rei da Mata Virgem
Aonde o sabiá cantava
Na pedra onde Xangô morava
Lá no alto da pedreira
A faísca vem rolando
Agüenta a mão cabra de força
Que a faísca vem queimando
Minha mãe cadê Xangô
Xangô foi passear
Minha mãe cadê Ogum
Foi pra guerra guerrear
Meu Pai Xangô, olhai seus filhos
Que eu também sou filho seu
Kaô, Kabecilê, saravá congá >
Xangô, Xangô, Xangô, Xangô meu Pai
Foi o Senhor mesmo quem disse
Filho de Umbanda não cai
Tererê Xangô, ô tererê Xangô
Na calunga,
Segura filhos de Umbanda
Não deixa filhos cair
Xangô é dono da pedreira
Segura o meu destino até o fim >
Se algum dia eu perder
A fé no meu Senhor
Rolai essa pedreira sobre mim
Meu Pai Xangô
Oxossi é rei das matas
Xangô é da pedreira
Iansã da ventania
Mãe Oxum da cachoeira
Xangô, Xangô, Xangô, kaô, Kabecilê
O Ganga ô
A terra é da Jurema
O leão é lá das matas
A pedra é tão forte
O rei, é Xangô
Xangô veio das virgens matas
Com seu bastão de prata
Para nos salvar Xangô kaô
Xangô no reino é meu Senhor
Graças a Deus, meu Deus
Pelo dia de hoje
Louvado seja Deus
Meu Pai Xangô, muito obrigado
Que Deus nos dê muita luz em nossos caminhos
Cacheoria da mata virgem
Onde mora meu pai Xangô
Pedra rolou da cachoeira
Pedra rolou, saravá pai Xangô
Saravá, pai Xangô
Eram seis horas quando o sino batia
Na Marambaia, cidade da Jurema
Eram seis horas quando o sino tocou
Com licença de Zambi, saravá Pai Xangô
Subida de Xangô
Xangô já vai
Já vai pra Aruanda >
A bênção meu pai
Proteção pra nossa banda >
Camboteei lá na pedreira
E Xangô disse que sim
Quem tem Santo tem Caboclo
Tá na hora de subir
Xangô de ouro e ouro ô
Xangô me coroou >
Filhos de pemba, a Umbanda chora
É Xangô que já vai embora
A Umbanda gira, gira, girê
A Umbanda gira, gira, gira, girá >
Meu pai Xangô já berimbou na aldeia
Kaô, cunhanha, ô cunhanha
Kaô cunhanha
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