Consumidor
O Estado do Maranhão - São Luís, 7 de setembro de 2013 - sábado
Especialista dá dicas para
consumidor não cair nas
armadilhas dos cartões
Consumidor vai
receber de volta
valor de carro
Professor da FGV e autor do livro 10 x sem juros, Samy Dana orienta usuários de
cartão sobre como fugir das armadilhas que têm levado ao superendividamento
Arquivo
S
ÃO PAULO - Praticidade,
segurança e milhas. Esses
atrativos fazem com que o
cartão de crédito, apesar dos juros mais altos do mercado, seja o
recurso preferido do brasileiro ao
ir às compras. Mas ele tece armadilhas que, se ignoradas, podem
levar ao descontrole financeiro,
como alertou Samy Dana, professor de finanças da FGV, consultor e autor do livro 10 x sem juros (Ed. Saraiva), durante evento
promovido pelo Centro de Integração Escola Empresa (CIEE),
em São Paulo.
“Um mês de juros no cartão
de crédito equivale a dois anos de
ganhos na caderneta de poupança”, compara. O rendimento da
poupança no último mês foi de
0,45%, enquanto os juros do cartão ficaram na faixa dos 9,37%
mensais. Seu uso indiscriminado pode ser evitado com o controle do orçamento doméstico,
que é feito por apenas 5% da população, segundo Dana.
“O ideal é reservar 50% dos recursos para a sobrevivência (aluguel, financiamento, alimentação), 30% com o patrimônio
(bens, aposentadoria e aplicações)
e 20% com gastos supérfluos (entretenimento e roupas)”, recomen-
Uso do cartão de crédito de forma descontrolada tem provocado superendividamento, diz especialista
da o professor.
Dana apontou os maiores sinais de perigo do cartão de cré-
dito, que ultrapassa em juros o
cheque especial, o crédito pessoal e o consignado.
Confira quais são eles e aprenda a fazer bom uso deste recurso,
para evitar entrar no vermelho:
Os 7 pecados do cartão de crédito
1 – Usar o cartão sem critérios
Parcelar o pagamento das compras no cartão ou atrasar a fatura para
o mês seguinte sem necessidade é um equívoco, alerta o consultor. Ele
deve ser usado somente em emergências, ou quando não é possível
recorrer a linhas mais baratas, como o crédito consignado, que cobra
taxas em torno de 1,7% ao mês, por descontar os valores da folha de
pagamento. O mesmo cuidado vale para o cheque especial, a segunda
modalidade mais cara no mercado.
2 – Ignorar os custos embutidos
Muita gente se esquece que o custo total da dívida vai além dos juros
cobrados. Entram na conta custos nem sempre fáceis de visualizar, como a taxa de abertura de crédito e seguros embutidos, lembra Dana.
Por isso, antes de contratar uma linha de crédito para cartão ou outra
modalidade, é preciso conhecer as cláusulas do contrato, para saber
quais as cobranças previstas ao contrair a dívida.
3 – Deixar para pagar após o vencimento
Se a compra foi feita à vista no início do mês, e a fatura do cartão
chega perto do fim, quitar o valor no vencimento é uma ótima oportunidade de aproveitar o crédito sem pagar juros. “Se você pagar a
fatura até a data de vencimento, o cartão será seu amigo”, aponta o
professor da FGV.
4 – Parcelar as compras sem juros
A taxa zero dos produtos vendidos a prazo pode esconder uma armadilha de preços, segundo Dana. Normalmente, os juros ficam escondidos
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no valor total do eletrodoméstico ou móvel, por exemplo. Somadas as
parcelas, é preciso ver quanto custaria o bem à vista. Normalmente, o
consumidor negocia um desconto com o vendedor para comprar, porque
lojas que vendem a prazo costumam embutir os juros no preço total do
produto.
5 – Desconhecer a taxa mensal
Quando o cliente desconhece os juros cobrados na dívida, é mais fácil
sofrer abusos do credor. Ter noção das taxas praticadas em outras linhas de crédito e mostrar esse conhecimento ao gerente do banco facilita uma negociação para baixar os juros. “Se você demonstra que pretende migrar a dívida para outro banco, pela portabilidade de crédito,
é um bom começo”, afirma Dana.
6 – Ignorar o prazo da dívida
Não adianta obter crédito a taxas mais baixas se o prazo do pagamento for muito longo. “É importante olhar não apenas os juros, mas o valor total”, diz o professor. Assim, vale comparar se o preço final do bem
adquirido é mais baixo com juro maior e um prazo mais curto.
7 – Obsessão por milhas
Juntar pontos no cartão para trocar por passagens aéreas é uma estratégia para estimular o uso desse tipo de pagamento. Afinal, quanto
mais se gasta, mais milhas se acumula. O apetite por pontos pode desencadear o descontrole no consumo. Outro risco, alerta Dana, é que
aos destinos turísticos aos quais as milhas se aplicam muitas vezes são
mais caros sem as milhas, e a troca pode não compensar.
Indenização daterminada pelo TJ-SC por
por carro zero defeituoso é de R$ 45 mil,
corrigidos desde a aquisição do veículo
FLORIANÓPOLIS - A 6ª Câmara de Direito Civil do TJ de Santa Catarina manteve decisão de
comarca do Vale do Itajaí que
condenou solidariamente fábrica e revendedora autorizada de
veículo a restituir o valor integral
de um automóvel zero-quilômetro, adquirido em 2005, que
apresentou problemas graves
desde que chegou as mãos do
cliente. As mazelas, registradas
no painel do veículo, demandaram muito tempo de oficina e
reparos superficiais.
O consumidor será reembolsado em R$ 45 mil, corrigidos
desde a aquisição do veículo. A
decisão foi unânime. Há possibilidade de recurso aos tribunais
superiores (AC n. 2011.010329-0).
A solução final ocorreu após a
montadora, em atenção a laudo
pericial, substituir toda a peça original por uma nova, em procedi-
mento que acabou por se estender aos demais veículos daquela
marca. Em recurso, as empresas
alegaram que não haveria mais direito a restituição de valores por
conta da resolução do problema.
A câmara, contudo, entendeu que
o consumidor agiu estritamente
dentro da lei ao propor sua ação.
"Não se exige do consumidor
a indefinida espera para resolução do problema, quando, mesmo submetido o veículo a reparo no prazo legal (art. 18, §1º,
CDC), o vício persiste. Tampouco é razoável impingir-lhe o ônus
da desvalorização do bem mediante a substituição de peça de
grande destaque (painel) que
acarrete a alteração de suas características originais, tornando
viável a pretensão de restituição
da quantia adimplida", analisou
o desembargador Ronei Danieli, relator da matéria.
Diferença de preços
entre iPhones 4S e 5
chega a apenas 10%
Levantamento do
Zoom mostra a pouca
variação de preço dos
modelos da Apple
SÃO PAULO - Há pouco menos
de um mês para o lançamento
do iPhone 5S, é possível encontrar diferença de apenas 10%
nos preços entre os iPhones 4S
e 5, revelou o site de comparação de preços e produtos
Zoom.
O levantamento do Zoom
mostra a pouca variação nos
valores dos modelos iPhone 4S
64GB e iPhone 5 64GB apresentam: o iPhone 5 64GB câmera
8,0 MP desbloqueado iOS 6 3G
Wi-Fi pode ser encontrado por,
no mínimo, R$ 2.723,63, enquanto o iPhone 4S 64 GB
câmera 8,0 MP desbloqueado
3G Wi-Fi está disponível por R$
2.899,00. Já o iPhone 5 16 GB é
o que possui a maior variação
de preço: 29%. Entre as mais de
80 ofertas encontradas no site
o seu valor vai de R$2.728,99 a
R$2.111,12.
Versões - Para os clientes que
buscam o melhor preço, independentemente da geração e
da capacidade do iPhone, o
iPhone 4 8 GB câmera 5,0 MP
desbloqueado Wi-Fi 3G tem o
menor preço e pode custar de
R$ 989,10 a R$ 1.099. Já a versão seguinte do aparelho e com
o dobro de memória custa 42%
a mais.
A tendência é de que, com a
chegada do iPhone 5S e do
iPhone 5C, os preço dos modelos das gerações anteriores
caiam. “Isso já vem ocorrendo
com os modelos 4 e 4S. Os valores desses aparelhos têm variado bastante e estão constantemente em promoção”, afirma o
CEO do Zoom, Adriano Lopes.
Segundo o executivo, uma
das promessas para os novos
smartphones da Apple é que
estes apresentem preços mais
acessíveis. A expectativa é que
o iPhone 5C seja uma versão de
baixo custo do dispositivo.
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