Instituto de Educação — infantil e juvenil
Verão, 2012. Londrina, ______ de ____________________.
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Edição II MMXII
gama
Grupo E
CASO ENCERRADO?
A extensão da perda de colônias – o impacto nos Estados Unidos
O distúrbio de colapso das colônias (CCD) voltou pelo segundo ano no inverno de 2007- 2008.
Na primavera de 2008 foi feita uma pesquisa com os apicultores sobre o número de colônias que não
sobreviveram àquele inverno. No país todo, 37% das colônias foram perdidas (comparado com a queda típica do inverno, de 15% a 25%); 60% das perdas foram atribuídas ao CCD. A maioria dos estados,
onde havia informações disponíveis, foi atingida seriamente. Grandes perdas também foram registradas na Austrália, Brasil, Canadá, China e Europa.
Curiosidades
- Estima-se que haja de 900 a mil apicultores comerciais nos Estados Unidos, com o manejo de 2,4 milhões de colônias.
- Mais de 100 tipos de culturas requerem a polinização de abelhas. O valor anual do trabalho das melíferas é de US$ 14 bilhões nos Estados Unidos e de US$ 215 bilhões no mundo todo.
- Em fevereiro passado, praticamente todas as colmeias migratórias dos Estados Unidos foram levadas à Califórnia para polinizar as amendoeiras.
- Mesmo antes do CCD, as abelhas desapareceram totalmente em certas regiões da China, talvez devido ao uso de pesticidas, forçando os donos de pomares a polinizar as árvores manualmente.
Polinizadores silvestres também adoecem
As abelhas não são os únicos polinizadores a sofrer queda de população nos últimos anos. O
Conselho Nacional de Pesquisa (NCR) dos Estados Unidos registrou que em 2006 houve tendência ao
declínio de certas espécies de polinizadores silvestres no país, incluindo alguns insetos, mas também
de morcegos e beija-flores. Essas espécies podem estar sendo atingidas por alguns dos desequilíbrios
produzidos pelo homem, que tornam as abelhas vulneráveis ao CCD, como a introdução de novas doenças, o envenenamento por pesticidas e o empobrecimento de habitats, segundo o estudo da destacada autora, a entomologista May Berenbaum da University of Illinois.
Por exemplo, o Bombus occidentalis, uma mamangaba, desapareceu de uma região que vai da
Califórnia à Colúmbia Britânica, provavelmente dizimada pela Nosema bombi, um microorganismo
fúngico unicelular, segundo o trabalho de Robbin Thorp, entomologista da Davis, University of California. Ele avalia que o fungo pode ter se espalhado devido às mamangabas europeias, que os agricultores americanos importaram para auxiliar na polinização de tomates e outras culturas em estufas.
Um estudo mais recente, publicado na Biological Conservation de janeiro, analisou dados históricos de Illinois e descobriu que quatro espécies locais de mamangabas desapareceram entre 1940
e 1960 – período que coincidiu com a intensificação da agricultura de larga escala no estado, com a
consequente perda de habitats de pradarias, florestas e brejos.
A diminuição das poucas espécies de morcegos e beija-flores polinizadores – a ponto de os
morcegos estarem em risco de extinção – pode estar relacionada a mudanças no habitat. Muitas migram para o México no inverno e os biólogos pressionam para conseguir a preservação de “corredores de néctar” – pastos apícolas –, onde os animais podem encontrar flores ao longo de suas rotas de
migração.
Porém, de acordo com o NCR, os biólogos conseguem monitorar apenas algumas espécies (estimam-se 200 mil no mundo), e não se sabe muito sobre o estado de saúde da maioria. Várias colaborações são feitas pela internet, com a ajuda de cientistas-cidadãos. Os voluntários fotografam os polinizadores e os colocaram na rede, possibilitando aos pesquisadores identificar as espécies e registrar
a sua localização.
Em 2008, pela primeira vez, o Congresso americano modificou a política agrícola, incluindo
medidas protetoras para a polinização e reservando áreas de conservação, onde as flores silvestres
podem crescer e fornecer néctar. Segundo Berenbaum, “foi realmente um marco”.
Em busca do motivo - Muitos suspeitos, nenhuma certeza
ANDREW SYRED Photo Researchers, Inc. (
ácaro varroa); CENTRAL SCIENCE LABORATORY PHOTO RESEARCHERS, INC. ( larva de ácaro varroa); HEIDI & HANS-JURGEN KOCH Minden Pictures (abelha com
pólen); CORTESIA DE BARTON SMITH JR.,
laboratório de pesquisas sobre abelhas
do USDA (Nosema sp.); JENCHRISTIANSEN (vírus de paralisia aguda israelense);
Pesquisadores investigaram praticamente todos os aspectos da vida das abelhas, na busca do
responsável pelo colapso das colônias. O trabalho eliminou alguns suspeitos e apontou possíveis
combinações de fatores que podem provocar ou contribuir para o CCD.
SUSPEITO: AGENTES QUÍMICOS – Chegam a 170 as diferentes substâncias sintéticas encontradas em
colmeias de colônias doentes ou não, e algumas amostras de pólen guardadas em alvéolos continham até 35 tipos. Embora nenhuma substância única pareça provocar o CCD, pesticidas podem enfraquecer a saúde das abelhas.
SUSPEITO: ÁCAROS VARROA – Ácaro, visto ao lado sugando linfa de uma pupa (um estágio intermediário entre a larva e o adulto), é a peste mais comum e destrutiva das abelhas. Mas as colônias em
colapso não tiveram infestações mais significativas de ácaros.
SUSPEITO: PARASITAS – Algumas abelhas de colônias em colapso estão infectadas por um fungo unicelular como o Nosema apis, que invade o trato intestinal e provoca disenteria. Mas o nível de infecção é baixo para ser letal.
SUSPEITO: VÍRUS DE PARALISIA AGUDA ISRAELENSE – O IAPV provoca sintomas semelhantes ao CCD
e ocorreu na maioria das colônias infestadas examinadas. Poderia ser o motivo do distúrbio, ou uma
complicação, que é a causa definitiva da morte das abelhas.
Uma solução possível – um medicamento para abelhas?
Uma nova empresa de biotecnologia, de Miami, chamada Beelogics, vem desenvolvendo um
medicamento antiviral que explora um antigo mecanismo imunológico denominado interferência no
RNA. As células da maioria dos animais e plantas usam segmentos de RNA de curta interferência (siRNA) para inibir a formação de proteínas virais; neste caso, o siRNA projetado para visar o IAPV seria
fornecido como alimento às colônias, como parte da dupla fita de RNA
Outras formas de combate
A restauração do equilíbrio no habitat dos polinizadores pode melhorar seu bem-estar geral,
ajudando a evitar o colapso da colônia. Grandes faixas de monocultura ou gramados residenciais podem ser substituídos por áreas de mato e cercas vivas. As plantas que florescem em épocas diferentes do ano fornecem maior variedade na alimentação dos polinizadores, sustentando-os o ano todo.
A esterilização de colmeias usadas com raios gama destruidores de DNA, antes de sua utilização para uma nova colônia, reduz o risco de reincidência de CCD, talvez por matar os microorganismos da cera.
Em geral, a pesquisa sobre o impacto de pesticidas nos polinizadores se concentra nos possíveis efeitos letais. É preciso mais pesquisas para determinar se certos pesticidas são capazes de estressar os insetos, embora as substâncias químicas não os matem imediatamente.
Proposta:
1. Leia todo o texto para descobrir do que se trata.
2. Releia-o uma ou mais vezes, sublinhando frases ou palavras importantes. Isso ajuda a identificar o assunto.
3. Faça o resumo de cada parágrafo dos textos Polinizadores silvestres também adoecem; Em
busca do motivo - Muitos suspeitos, nenhuma certeza; Outras formas de combate.
4. Enumere os parágrafos, em sua folha de respostas, na medida em que for resumindo.
5. Escreva os subtítulos na ordem em que aparecem no texto.
6. Apresente comentários sobre as imagens e legendas ao final do resumo.
7. Apenas leia as Curiosidades.
8. Escreva um parágrafo para cada um dos subtítulos A extensão da perda de colônias – o impacto nos Estados Unidos; Uma solução possível – um medicamento para abelhas?
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