Rev Panam Infectol 2010;12(3):28-32. ARTÍCULO ORIGINAL/ARTIGO ORIGINAL Avaliação da higiene das mãos na perspectiva microbiológica Evaluation of hands hygiene in microbiological perspective/Evaluación de la higiene de las manos en el punto de vista microbiológico Danielle Gonçalves Martins Oliveira1 Paula Regina de Souza2 Evandro Watanabe3 Denise de Andrade4 Graduanda em Licenciatura em Enfermagem - EERP/USP e Bolsista de Iniciação Científica PIBIC/CNPq, - Ribeirão Preto, SP, Brasil. 2 Doutora do Programa Enfermagem Fundamental da EERP-USP - Ribeirão Preto, SP, Brasil. 3 Farmacêutico e Pós-doutorando da EERP-USP subvencionado pela FAPESP Ribeirão Preto, SP, Brasil. 4 Professora Associada do Departamento de Enfermagem Geral e Especializada da EERPUSP- Ribeirão Preto, SP, Brasil. 1 Trabalho subvencionado pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (FAPESP). Rev Panam Infectol 2010;13(3):28-32. Conflicto de intereses: ninguno Recibido en 24/6/2009. Aceptado para publicación en 12/4/2010. 28 Resumo A higiene das mãos é reconhecida como a primeira evidência de prevenção da infecção cruzada. O presente estudo avaliou a ocorrência de Staphylococcus coagulase negativa e Pseudomonas spp. antes e após a higiene das mãos de profissionais de enfermagem e indivíduos da comunidade. Ainda, o perfil de sensibilidade dos micro-organismos foi determinado frente a diferentes antibióticos por meio de fitas Etest®. Na coleta das amostras utilizou-se a técnica de digitopressão em placas de Petri com meio ágar sangue. Totalizaram-se 100 amostras, sendo que 80 foram obtidas de profissionais e 20 de indivíduos da comunidade (grupo controle). O Staphylococcus coagulase negativa foi isolado nos dois grupos e a maior colonização ocorreu nas mãos direitas de profissionais; entretanto, não houve diferença estatisticamente significante entre o número de unidades formadoras de colônia presentes nas mãos de profissionais e do grupo controle. Além disso, a Pseudomonas spp. não foi detectada em qualquer das amostras analisadas. Com relação ao perfil de sensibilidade aos antibióticos, Staphylococcus coagulase negativa resistentes a oxacilina e ciprofloxacina foram isolados apenas das mãos direita e esquerda dos profissionais. Ainda, micro-organismos resistentes a vancomicina não foram relatados. Palavras-chave: Infecção hospitalar, lavagem das mãos, Staphylococcus, resistência microbiana a medicamentos. Abstract The hands hygiene is recognized as the first evidence of prevention of cross infection. This study evaluated the incidence of coagulase-negative Staphylococcus coagulase negative and Pseudomonas spp. before and after hand hygiene of nursing professionals and community subjects. Moreover, the sensitivity of the microorganisms was determined against different antibiotics by Etest® strips. In the collecting samples was used the technique of digito-pressure in Petri plates with blood agar. Totaled 100 samples, of which 80 were obtained from professionals and 20 community subjects (control group). The coagulase-negative Staphylococcus was isolated in both groups, and the most colonization occurred in the right hands of professionals, although there was no statistically significant difference between the number of colony forming units Oliveira DGM, et al • Avaliação da higiene das mãos na perspectivas biológicas... present in the professionals’ hands and the control group. Furthermore, Pseudomonas spp was not detected in any of the samples. According to susceptibility to antibiotics, coagulase-negative Staphylococcus resistant to oxacillin and ciprofloxacin were isolated only from right and left professionals’ hands. Besides, microorganisms resistant to vancomycin were not reported. Key words: Cross infection, handwashing; Staphylococcus, drug resistance, microbial. Resumen La higiene de las manos es reconocida como la primera evidencia de la prevención de la infección cruzada. Este estudio evaluó la incidencia de Staphylococcus coagulasa-negativa y Pseudomonas spp antes y después de higiene de las manos de los profesionales de enfermería y los individuos en la comunidad. Sin embargo, la sensibilidad de los microorganismos se realizó contra los antibióticos diferentes por Etest® tiras. En la recogida de muestras utilizado la técnica de digito-presión en placas de Petri con agar sangre. Ascendió a 100 muestras, de las cuales 80 se obtuvieron de los profesionales y 20 sujetos de la comunidad (grupo control). El Staphylococcus coagulasa-negativa se aisló en ambos grupos, y la mayoría de la colonización se produjo en las manos correctas de los profesionales, aunque no hubo diferencia estadísticamente significativa entre el número de unidades formadoras de colonias presentes en las manos de los profesionales y el grupo de control. Por otra parte, Pseudomonas spp no fue detectado en ninguna de las muestras. Con respecto a la susceptibilidad a los antibióticos, Staphylococcus coagulasa-negativa resistentes a oxacilina y ciprofloxacina fueron aislados sólo de la derecha e izquierda manos de profesionales. Además, los microorganismos resistentes a la vancomicina no fueron encontrados. Palavras clave: Infección hospitalaria, lavado de manos, Staphylococcus, farmacorresistencia microbiana. Introdução A superfície das mãos tem a capacidade de albergar micro-organismos, bem como funcionar como fonte de transmissão dos mesmos durante as atividades de cuidado à saúde dos pacientes. As mãos apresentam, principalmente, dois diferentes tipos de populações microbianas, formadas pela microbiota residente e a transitória.(1,2) A microbiota residente é constituída por micro-organismos com baixa virulência, como os Staphylococcus coagulase negativa, corinebactérias e micrococos, pouco associados às infecções transmitidas pelas mãos. É mais difícil de ser removida pela higiene das mãos com água e sabão, uma vez que coloniza as camadas mais internas da pele. A microbiota transitória coloniza as camadas mais superficiais da pele, sendo mais facilmente removida pela higiene das mãos com água e sabão, quando comparada com a microbiota residente. Comumente é formada por bactérias Gram-negativas, como as enterobactérias e Pseudomonas, bem como bactérias aeróbias formadoras de esporos, fungos e vírus.(3) Há na literatura evidências de que a promoção e a melhoria da higiene das mãos reduzem as taxas de infecção nos serviços de saúde.(4-8) Apesar da limitação de alguns estudos, a maioria deles demonstra uma relação temporal entre a melhora da adesão à higiene das mãos e a redução das taxas de infecção. Diante do exposto, o objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de Staphylococcus coagulase negativa e Pseudomonas spp, antes e após a higiene antisséptica das mãos, realizada por profissionais da saúde. Ainda, o perfil de sensibilidade dos micro-organismos foi determinado frente a diferentes antibióticos. Método Trata-se de um estudo prospectivo realizado com profissionais de enfermagem da Unidade de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP (HCFMRP-USP), bem como de indivíduos da comunidade. Assim, mediante a orientação e o consentimento dos profissionais e indivíduos da comunidade (grupo controle), as amostras biológicas foram coletadas antes e após a higiene antisséptica das mãos com água e sabonete líquido associado a clorexidina a 2%. A técnica de digitopressão foi a utilizada para coleta das amostras das mãos (direita e esquerda) em placas de Petri com meio ágar sangue durante o contato de 60s. Totalizaram-se 100 amostras biológicas, sendo que 80 foram provenientes das mãos (direita e esquerda) de 20 profissionais de enfermagem e 20 de 5 indivíduos da comunidade. Cabe ressaltar que a técnica de higiene das mãos realizada no estudo seguiu o protocolo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).(2) As placas de Petri foram identificadas, acondicionadas em caixa térmica e transportadas até o laboratório de microbiologia, onde foram incubadas a 35ºC por 24h. Transcorrido o período de incubação, a leitura das placas foi efetuada com auxílio de estereomicroscópio sob luz refletida, sendo o resultado expresso de acordo com a morfologia macroscópica das colônias (cor, 29 Rev Panam Infectol 2010;12(3):28-32. dimensão, elevação, bordas) e o número de unidades formadoras de colônia (UFC). Posteriormente, as colônias que apresentaram maior frequência de isolamento e semelhança morfológica macroscópica foram identificadas por meio de morfologia microscópica (coloração de Gram), provas bioquímicas e da coagulase. Todas as cepas bacterianas identificadas neste estudo foram submetidas ao teste de sensibilidade frente aos antibióticos por meio das fitas Etest® (AB Biodisk – Solna, Suécia) para determinação da Concentração Inibitória Mínima (CIM) de acordo com o Clinical and Laboratory Standards Institute.(8) Para os isolados de Staphylococcus spp foram empregados os antibióticos oxacilina, ciprofloxacina e vancomicina. Os resultados dos testes de sensibilidade aos antibióticos em CIM (µg/ml) permitiram a interpretação e categorização das bactérias frente aos antibióticos em sensível (S) e resistente (R). Na comparação estatística entre o número de UFC antes e após a higiene das mãos nos dois grupos avaliados utilizou-se o teste não paramétrico Mann-Whitney, considerando o nível de significância a=0,05. O estudo teve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HCFMRP-USP, processo HCRP nº 987/2008. Resultados Totalizaram-se 100 placas semeadas por digitoA pressão, sendo que a figuraB 1 ilustra uma placa de Petri com semeadura proveniente da mão esquerda e outra da mão direita. Tabela 1. Staphylococcus coagulase negativa nas mãos de profissionais de enfermagem e do grupo controle antes e após a higiene. Ribeirão Preto, 2009 Profissionais Micro-organismo Sim n % Controle Não n Sim % n % Não n % MDAH Staphylococcus MDDH Staphylococcus MEAH Staphylococcus MEDH Staphylococcus Legenda: MD/EAH (mão direita/esquerda antes da higiene); MD/EDH (mão direita/ esquerda depois da higiene). Tabela 2. Medidas de tendência central e variabilidade das unidades formadoras de colônias (UFC) de Staphylococcus coagulase negativa nas mãos de profissionais de enfermagem e grupo controle antes e após a higiene. Ribeirão Preto, 2009 Micro-organismo MDAH Staphylococcus coagulase-negativa MDDH Staphylococcus coagulase negativa MEAH Staphylococcus coagulase negativa MEDH Staphylococcus coagulase negativa Profissionais Controle p média DP média DP 50,0 - 13,0 10,5 0,50 16,6 23,5 14,6 7,7 0,32 50,0 - 15,2 9,7 0,40 24,0 13,0 41,6 51 1,00 Legenda: MD/EAH (mão direita/esquerda antes da higiene); MD/EDH (mão direita/ esquerda depois da higiene). Figura 1. Vista panorâmica das placas de Petri com ágar sangue e crescimento microbiano das mãos (A-esquerda e B-direita) após a técnica de semeadura por digitopressão. Na tabela 1 são apresentados os resultados relacionados à presença ou não de Staphylococcus spp. e Pseudomonas spp. nas mãos (direita e esquerda) de profissionais de enfermagem e grupo controle nos dois diferentes momentos (antes e após higiene). 30 O Staphylococcus coagulase negativa foi isolado nos dois grupos (profissionais e controle), enquanto a Pseudomonas spp. não foi detectada em qualquer momento do estudo. Ainda, vale mencionar a redução de Staphylococcus coagulase negativa após a higiene das mãos dos profissionais. A estimativa do número de UFC nas mãos está apresentada na tabela 2. Os resultados sinalizam para maior colonização nas mãos direitas de profissionais; entretanto, não houve diferença estatisticamente significante (p>0,05) entre o número de UFC presentes nas mãos de profissionais e do grupo controle. A tabela 3 apresenta o perfil de sensibilidade dos Staphylococcus coagulase negativa isolados nas mãos antes e após a higiene. Oliveira DGM, et al • Avaliação da higiene das mãos na perspectivas biológicas... Tabela 3. Perfil de sensibilidade dos Staphylococcus coagulase negativa isolados de profissionais e grupo controle, antes e após a higiene das mãos frente aos antibióticos. Ribeirão Preto, 2009 Profissionais Sítio MDAH MDDH MEAH MEDH Antibiótico Resistente Controle Sensível Resistente Sensível n % n % n % n % Oxacilina 4 66,7 2 33,3 - - 5 100 Ciprofloxacina 3 50 3 50 - - 5 100 Vancomicina - - 6 100 - - 5 100 Oxacilina 1 100 - - - - 3 100 Ciprofloxacina - - 1 100 - - 3 100 Vancomicina - - 1 100 - - 3 100 Oxacilina 4 80 1 20 - - 3 100 Ciprofloxacina 3 60 2 40 - - 3 100 Vancomicina - - 5 100 - - 3 100 Oxacilina 1 100 - - - - 4 100 Ciprofloxacina 1 100 - - - - 4 100 Vancomicina - - 1 100 - - 4 100 Legenda: MD/EAH (mão direita/esquerda antes da higiene); MD/EDH (mão direita/ esquerda depois da higiene). Discussão A contagem microbiana nas mãos de profissionais de saúde oscila de pessoa para pessoa. O nível de contaminação nas mãos reflete o tipo e a intensidade do contato que o profissional tem com o paciente, como atividades que envolvam o contato direto ou indireto. Diante do risco de infecção, a higiene das mãos representa inquestionavelmente uma medida individual de prevenção simples e de baixo custo.(2-4) A dose infectante, ou o número de UFC para a maioria dos micro-organismos, capaz de induzir infecção em indivíduos da comunidade e/ou hospitalar, ainda não está estabelecida. É oportuno considerar que a etiologia da ocorrência da infecção associada ao cuidado em saúde é complexa e multifatorial. Quanto maior o número de UFC (carga microbiana), maior será o risco de contaminação/infecção. Acresce-se que a pele do ser humano é colonizada por diferentes micro-organismos, e especificamente nas mãos de profissionais da saúde foram quantificados valores entre 3,9x104 a 4,6x106 UFC/cm2.(9) Adicionalmente, embora a temática esteja amplamente difundida na literatura, ainda se observa ausência de consenso, especialmente no que tange ao padrão de colonização microbiana das mãos em termos quantiqualitativos.(9,10) Neste estudo, observaram-se macroscopicamente no meio ágar sangue diferentes morfotipos microbianos, sendo o Staphylococcus spp. frequentemente identificado tanto nas mãos de profissionais como do grupo controle. Ainda, não se observou a presença de Pseudomonas spp. Há de se considerar que por algum tempo tinha-se a compreensão de que o Staphylococcus coagulase negativa representava risco reduzido para infecção devido a sua participação na composição da microbiota da pele de indivíduos sadios.(11) Nas últimas décadas é significativo seu potencial para infecção envolvendo dispositivos implantáveis, principalmente o cateter venoso.(12-14) Boyce e Pittet(15) alertam para a facilidade de transmissão microbiana de um local para outro, envolvendo as mãos dos profissionais de saúde e assim completar o ciclo de transmissão microbiana sempre que houver negligência dos princípios de assepsia. Com relação à avaliação qualitativa dos microorganismos, Lee e colaboradores(16) identificaram 59% de Staphylococcus coagulase negativa resistente a oxacilina nas mãos de 129 profissionais de saúde. É possível especular que talvez o aumento de Staphylococcus coagulase negativa no grupo controle, após a higiene das mãos, seja decorrente da descamação das camadas superficiais das mãos e que bactérias aderidas nos estratos mais profundos das camadas córneas sobrevieram, ou foram transferidas de uma mão para outra. Todas as considerações apontam para a relevância da higiene das mãos e consequentemente na redução microbiana. As medidas de prevenção e controle dessas infecções são desafios que procedem e portanto exigem análise sistemática da assistência, com a finalidade de detectar erros ou falhas para intervir de maneira decisiva e correlata. Atentamente, devem ser avaliados os aspectos relacionados ao desempenho dos profissionais, bem como infraestrutura organizacional e aos recursos materiais. Embora não tenha sido a pauta de nossas investigações, a adesão reduzida à higiene das mãos durante atividades de maior risco de transmissão de infecções foi relatada em um hospital em Genebra.(1) A dimensão dessa problemática torna-se mais séria quando atrelada à ocorrência de micro-organismos resistentes, o que repercute diretamente nos índices de morbimortalidade e nos custos. Nos últimos anos tem sido observado um aumento expressivo na resistência microbiana, com repercussão mundial.(12,13) Neste estudo, em relação ao perfil de sensibilidade aos antibióticos, isolaram-se Staphylococcus coagulase negativa resistentes a oxacilina e ciprofloxacina apenas nas mãos direitas e esquerdas dos profissionais. Ainda, micro-organismos resistentes a vancomicina não foram relatados. Considerando que a Pseudomonas spp. não foi detectada neste estudo, especula-se que talvez possa 31 Rev Panam Infectol 2010;12(3):28-32. haver relação com o uso de antissépticos e com a frequência da higiene das mãos realizada pelos indivíduos. Resultados similares ao nosso foram observados no estudo de Aiello e colaboradores.(17) Historicamente é reconhecido e inquestionável o risco de infecção associado às mãos(18) e ao aumento da resistência microbiana,(19) o que exige, além da vigilância epidemiológica, também a priorização em programas efetivos de educação. Referências 1. Pittet D, Mourouga P, Perneger TV. Compliance with handwashing in a teaching hospital. Ann Intern Med 1999;130:126-30. 2. Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Higienização das mãos em serviços de saúde. Brasília: ANVISA; 2007. [citado 22 abr 2008] Disponível em: http:// anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/manual_integra.pdf 3. Larson E, Hugles CAN, Pyrek, JD et al. 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