Questão 1 Observe as duas figuras. Os templos apresentados (o Partenon da Grécia clássica e a catedral gótica de Estrasburgo da Idade Média) veiculam princípios religiosos da Grécia antiga e do cristianismo, respectivamente. a) Indique uma diferença entre a concepção religiosa grega da Antigüidade e a cristã. b) Apresente a concepção de homem associada a cada um desses dois estilos arquitetônicos. Resposta a) Existem várias diferenças, entre as quais podemos destacar: a religião grega na Antiguidade era politeísta; a cristã, monoteísta. A religiosidade grega antiga não era messiânica, ou seja, não pregava a idéia de uma divindade que iria salvar os homens; os cristãos vêem em Cristo o messias que veio salvar a humanidade. A religião grega antiga não prometia uma “vida eterna” após a morte; para os cristãos há a promessa de uma “vida eterna” após a morte. A religiosidade cristã supõe uma ética de conduta humana específica; a religiosidade da Grécia Antiga é pragmática. Os homens, pelo seu comportamento, pelas dádivas que oferecem aos deuses podem agradar a alguns, mas ao mesmo tempo podem incorrer na ira de outros. Estabelece-se uma relação quase mercantil entre as divindades e os homens. Receber o favor ou o desfavor dos deuses quase sempre possui uma contrapartida. De maneira geral, os deuses gregos têm qualidades e defeitos próprios dos seres humanos; o Deus cristão é perfeito. b) De uma maneira geral, a arquitetura na Grécia Antiga está associada a um ideal humanístico de valorização do homem, que contrasta com a concepção cristã de valorização da divindade – o teocentrismo. No templo grego, os espaços, as colunas, de uma certa forma, podem ser interpretados como uma criação do engenho humano que aproxima o homem dos deuses. No templo cristão, o engenho humano é posto a serviço da divindade. As altas torres, a majestosa construção podem servir para a exaltação da divindade e, ao mesmo tempo, para fixar a insignificância dos seres humanos perante a divindade. Além disso, cumpre destacar dois aspectos significativos no paralelo entre os templos indicados: a arte anônima da religiosidade gótica, em que o artista perde-se na grandiosidade do todo, choca-se com o orgulhoso individualismo da arte grega, no qual a obra colabora para o engrandecimento e glória de seu criador. Questão 2 Um mercantilista inglês escreveu: Os meios ordinários para aumentar nossa riqueza e tesouro são pelo comércio exterior, para o que devemos obedecer sempre a esta regra: vender mais aos estrangeiros em valor do que consumimos deles. (Thomas Mun, Discourse on England’s Treasure by Foreign Trade, 1664) história 2 a) O autor desse fragmento exprime um princípio essencial da política mercantilista. Era através dele que os mercantilistas explicavam a origem da riqueza dos estados. Que princípio era este? b) Por que as áreas coloniais da América foram fundamentais para a satisfação desse princípio mercantilista? Resposta a) É fundamental na concepção mercantilista a idéia de riqueza associada à maior quantidade de moeda ou metais preciosos acumulados dentro das fronteiras do país. Para alcançar esse fim – "aumentar a riqueza" – é muito importante a idéia da balança de comércio favorável expressa, no texto, na regra: "vender mais aos estrangeiros em valor do que consumimos deles". Da diferença favorável dos valores dos ingressos provenientes das exportações sobre os gastos com as importações resulta um superávit da balança comercial, que por sua vez significa o aumento da "riqueza do país". b) Porque o monopólio define a relação metrópole-colônia. As colônias constituem-se como mercados consumidores forçados de produtos da metrópole e mercados fornecedores forçados de produtos para a metrópole. Em ambos os casos, as colônias cumprem a função de complementar a economia metropolitana. Por intermédio delas, as metrópoles obtêm uma balança de comércio favorável: compram produtos coloniais a preço de monopólio e os revendem a preço de mercado. Ao mesmo tempo, a metrópole compra produtos destinados à colônia a preços de mercado – o mais barato possível – e os vende a preço de monopólio, como únicos fornecedores, pelo preço mais alto possível. Questão 3 As colônias européias da América realizaram as suas independências entre os anos de 1776 e 1824. O movimento iniciou-se com a emancipação das colônias inglesas da América do Norte. O processo de independência da América Latina ocorreu, com algumas exceções, entre 1808 e 1824. Considerando-se esse processo de independência, explique: a) O pioneirismo das 13 colônias inglesas da América. b) A conjuntura política e econômica européia favorável à libertação das colônias espanholas e portuguesa da América. Resposta a) A Revolução Industrial na Inglaterra determina a crise do Antigo Sistema Colonial. A produção em escala industrial exige grandes e constantes suprimentos de matérias-primas e, ao mesmo tempo, exige amplos mercados de consumo para os produtos manufaturados. O regime de monopólios em que se fundam as relações metrópole-colônia torna-se um obstáculo para a livre-circulação de pessoas e de mercadorias. A liberdade de comércio torna-se um lema importante para a economia industrial britânica e se choca com o sustentáculo do Antigo Sistema Colonial, que é o regime de monopólios. Nestes termos torna-se compreensível que as primeiras colônias a se tornarem independentes sejam as colônias inglesas da América do Norte. Não que a economia britânica esteja prescindindo de colônias, mas todo o mundo colonial está se tornando “colônia” da produção industrial britânica: devem fornecer matérias-primas e consumir os manufaturados britânicos. Acrescente-se a esses aspectos o fato de as colônias inglesas da América do Norte possuírem instituições de autogoverno e se chocarem com os interesses políticos e econômicos da metrópole, que estava interessada naquela conjuntura em anular antigas franquias e especialmente aumentar a arrecadação de impostos. b) A Inglaterra industrial patrocinava uma política de liberdade de comércio – livre-cambismo – que tinha por finalidade garantir a livre-circulação de pessoas e mercadorias, pois estava interessada em conseguir uma ampliação de mercados consumidores e fornecedores de matérias-primas. As elites coloniais da América espanhola e portuguesa deram-se conta das vantagens do livre-cambismo sobre o regime de monopólios. As metrópoles ibéricas ameaçadas econômica e politicamente, por sua vez, procuram reforçar os laços de dependência metrópole-colônia – aumento do rigor fiscal, punição rigorosa aos movimentos de rebeldia nas colônias – que, por sua vez, realimentam o processo no qual ficam cada vez mais marcantes as diferenças de interesses entre os colonos e as metrópoles. É nessa conjuntura de tensões e conflitos que ocorrem as Guerras Napoleônicas, que desencadeiam a crise do Antigo Sistema Colonial. As tropas napoleônicas invadem a Espanha e depois Portugal. Napoleão coloca no trono espanhol seu irmão, José Bonaparte. Instaura-se uma crise de autoridade. Nas áreas coloniais luta-se contra as autoridades impostas pela metrópole e, ao mesmo tempo, pela emancipação política. No caso de Portugal, a família real transfere-se para o Brasil, que se torna a sede do Império colonial português. As medidas adotadas pelo príncipe regente D. João – abertura dos portos, trata- história 3 dos de comércio com a Inglaterra, por exemplo – aceleram a crise que culmina com a emancipação política do Brasil. Questão 4 Tempos difíceis é um romance do escritor inglês Charles Dickens, publicado em 1854. A história se passa na cidade de Coketown, em torno de uma fábrica de tecidos de algodão: Umas tantas centenas de operários na fábrica, umas tantas centenas de cavalos-vapor de energia (...) O dia clareou e mostrou-se lá fora (...) As luzes apagaram-se e o trabalho continuou. Lá fora, nos vastos pátios, os tubos de escapamento do vapor, os montes de barris e ferro velho, os montículos de carvão ainda acesos, cinzas, por toda parte, amortalhavam o véu da chuva e do nevoeiro. a) Qual a importância do carvão e do ferro na 1ª Revolução Industrial? b) Comente as condições de trabalho nas fábricas inglesas no século XIX, a partir do texto apresentado. Resposta a) O carvão foi uma importante fonte de energia primária, além de ter sido matéria-prima indispensável na metalurgia do ferro nos primórdios da Revolução Industrial. O ferro, por sua vez, foi um dos mais importantes insumos industriais da primeira Revolução Industrial, pois era utilizado na construção de máquinas e bens de consumo duráveis. b) As condições de trabalho nas fábricas eram precárias. Podemos destacar, entre outras: longas jornadas, baixos salários, muitos acidentes de trabalho, poucas condições de segurança, utilização generalizada do trabalho infantil e feminino em operações de risco, insegurança quanto à estabilidade do emprego, repressão a qualquer possibilidade de discussão sobre as péssimas condições de trabalho. Dentre essas, são explicitamente mencionadas no texto a insalubridade das fábricas e as longas jornadas de trabalho. Questão 5 Denomina-se descolonização o processo, ocorrido sobretudo nas décadas de 1950-1960, que colocou fim aos impérios coloniais europeus. a) Indique uma causa da descolonização. b) Relacione descolonização e Guerra Fria. Resposta a) Existem pelo menos dois aspectos que devem ser destacados. Ao término da Segunda Guerra Mundial, as antigas potências colonialistas estavam debilitadas devido ao esforço de guerra. Os recursos disponíveis não eram suficientes para reconstruir a metrópole e ao mesmo tempo manter o Império colonial. Ao mesmo tempo, haviam sido forjadas lideranças políticas nas áreas coloniais que militavam em favor da independência política das colônias. Um dos lemas políticos dos aliados durante a guerra fora a valorização e o respeito ao princípio de autodeterminação dos povos, portanto, em confronto com o ideário colonialista que até então fora vigente. Ao término da Segunda Guerra Mundial é criada a ONU (Organização das Nações Unidas), com a finalidade, entre outras, de garantir a paz mundial e o princípio de autodeterminação dos povos. No plano das relações políticas internacionais emergem duas grandes superpotências em campos opostos, os Estados Unidos e a União Soviética, inaugurando o período da Guerra Fria. A definição dos dois grandes blocos também repercute no processo de descolonização. b) No confronto entre as duas grandes superpotências que emergem ao término da Segunda Guerra Mundial – a Guerra Fria – abre-se um período de tensões e conflitos no qual cada superpotência procura preservar e ampliar suas respectivas áreas de influência. Nesse contexto, o processo de descolonização passa a ter uma dimensão que ultrapassa a questão da luta pela libertação nacional, pois a independência implicava, de alguma forma, o alinhamento político em relação a uma ou outra superpotência. Dessa forma, a Guerra Fria exerce uma influência direta nos processos de independência, pois provoca uma cisão no interior dos grupos políticos nacionalistas – pró-norte-americanos ou pró-soviéticos. As independências dessa forma obtidas ficavam assim comprometidas com o contexto político da Guerra Fria. Questão 6 No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouvera a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo. (André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711) a) Qual a crítica ao sistema escravista feita pelo autor do trecho apresentado? história 4 b) Indique dois motivos que explicam a introdução da escravidão negra na porção americana do Império português. Resposta a) A crítica de Antonil não chega ao ponto de propor a abolição do sistema escravista. Mesmo assim, podemos ressaltar no autor uma dimensão que é ao mesmo tempo humanitária e utilitária. Humanitária porque mostra-se sensível aos maus tratos sofridos pelos escravos. Utilitária porque, afinal, seu texto não tem os escravos como público, mas os seus proprietários. No texto, é notável como recomenda aos proprietários que não destruam a sua fonte de riqueza, que é o trabalho dos escravos. b) Não existe unanimidade entre os especialistas sobre esta questão. Destacam-se, entre outros, os seguintes argumentos: l Havia uma demanda de braços para a lavoura canavieira, afirma-se que os indígenas, semi-sedentários, estavam dispersos e não exerciam uma atividade sistemática agrícola; l O tráfico de escravos africanos se constituía em uma fonte adicional de renda para a metrópole; l Os colonos europeus deslocavam-se para a colônia como empresários, a disponibilidade de terras seria um obstáculo à utilização do trabalho assalariado, daí lançar mão de formas de trabalho compulsório como a escravidão; l Já havia experiências anteriores de escravidão africana nas ilhas do Atlântico, o que tornava a mesma como uma alternativa plausível para a agricultura na América portuguesa. Questão 7 Leia os versos e responda. Por subir Pedrinho ao trono, Não fique o povo contente; Não pode ser coisa boa Servindo com a mesma gente. Quem põe governança Na mão de criança Põe geringonça No papo de onça. (Versos anônimos. In Lilia Moritz Schwarcz, As barbas do imperador) a) A qual episódio da história brasileira os versos fazem referência? b) Indique duas características do sistema político vigente no Segundo Império. Resposta a) Trata-se do chamado Golpe da Maioridade. D. Pedro de Alcântara foi aclamado imperador sem possuir idade legal para tanto. Os versos fazem referência ao grupo político que advogara a antecipação da maioridade do futuro imperador para que ele assumisse o trono e que, de certa forma, se beneficiaria do episódio. b) O Brasil era uma monarquia parlamentar. Entretanto, a Constituição de 1824 conferia poderes excepcionais ao imperador, configurando um modelo de centralização político-administrativa. Este fato, por sua vez, afastava o regime político da monarquia do modelo clássico britânico. Afirma-se que havia no Brasil o "parlamentarismo às avessas". No modelo parlamentar típico, o monarca que exerce a chefia do Estado não deve interferir nas questões de governo. No Brasil, o imperador interferia na formação do ministério e nos demais assuntos governamentais. No conjunto, deve-se ressaltar também a existência de eleições indiretas e do voto censitário que eram instrumentos de preservação da ordem estabelecida: a grande propriedade, a escravidão e a existência de uma economia voltada para o mercado externo. Questão 8 Os sertões, livro escrito por Euclides da Cunha, comemorou em 2002 o centenário de sua publicação. Referindo-se ao flagelo das secas nos sertões do nordeste do país, o autor observou: Este [o homem], de fato, não raro reage brutalmente sobre a terra e entre nós, nomeadamente, assumiu, em todo o decorrer da História, o papel de um terrível fazedor de desertos. Começou isto por um desastroso legado indígena. a) Qual foi o desastroso legado indígena a que se refere Euclides da Cunha? b) Cite dois empreendimentos econômicos da história contemporânea brasileira, diretamente responsáveis por graves desequilíbrios ecológicos em regiões onde permanece a cobertura vegetal original. Resposta a) Era prática comum entre os indígenas a “coivara” – a queima da vegetação para fazer o plantio. Com a chegada dos portugueses, uma parte significativa dos indígenas do litoral foi mobilizada nas atividades do corte do pau-brasil, uma atividade predatória e destrutiva. O mesmo se deu na história 5 pecuária com a destruição de pastos naturais, que não foram repostos. No conjunto, observa-se que o “desastroso legado indígena” é diversificado neste setor. b) Existem diversos exemplos de graves impactos ambientais provocados por empreendimentos econômicos na atualidade. Podemos destacar, entre eles: a) o impacto sobre os manguezais, decorrentes da implantação de pólos industriais, expansão portuária e empreendimentos imobiliários; b) a Mata Atlântica, na encosta do Planalto Atlântico, em função, principalmente, de ocorrência de chuva ácida; c) o complexo do Pantanal Matogrossense, com a poluição por agrotóxicos e mercúrio; d) A Floresta Amazônica, a partir de queimadas e grandes projetos agropecuários e minerais; e) as pradarias gaúchas, onde se verifica uma degradação do solo, devido ao seu uso intensivo pela agropecuária. Questão 9 É necessário que recusemos trabalhar também de noite, porque isso é vergonhoso e desumano. Em muitas partes, os homens conseguiram a jornada de oito horas, já desde 1856; e nós, que somos do ‘sexo frágil’, temos que trabalhar dezesseis horas!... Como se pode estudar ou simplesmente ler um livro, quando se vai para o trabalho às 7 da manhã e se volta para casa às 11 horas da noite? (Manifesto das costureiras, São Paulo, 1907. Citado por Edgard Rodrigues, Socialismo e sindicalismo no Brasil) a) Apresente uma característica da indústria paulista do início do século XX. b) Estabeleça relações entre a cafeicultura e o início do desenvolvimento da indústria paulista. Resposta a) A cidade de São Paulo está estrategicamente localizada entre o interior, que na época era o grande produtor da riqueza nacional – o café –, e o litoral, o porto de Santos, por onde escoava a produção cafeeira e por onde se importavam produtos consumidos por um mercado interno em expansão. São Paulo notabilizou-se então como centro de serviços – especialmente o comércio – e de indústrias de bens de consumo. O texto ilustra o posicionamento de um setor assalariado empregado naquela atividade industrial. Deve-se ressaltar que a presença de imigrantes europeus e de uma indústria de bens de consumo não são características exclusivas da indústria paulista. b) A cafeicultura propiciou capitais excedentes que em uma determinada conjuntura – dificuldade de importação de bens de consumo manufaturados no contexto da Primeira Guerra Mundial – puderam ser investidos na atividade industrial. O café também deu origem a uma infra-estrutura de serviços que gerou empregos, monetarizou a economia e, por esta via, possibilitou o desenvolvimento de um mercado consumidor para a indústria nascente. Por último, a cafeicultura utilizava intensivamente mão-de-obra o que, por sua vez, propiciou também a existência de mão-de-obra disponível para a indústria. Questão 10 Durante o governo de Juscelino Kubitschek (1956-1961), o país viveu uma decisiva experiência de planejamento econômico governamental, o Plano de Metas. a) Quais setores econômicos foram destacados pelo Plano como prioritários para o desenvolvimento do país? b) Como se explica a expansão industrial brasileira no período referido? Resposta a) O lema do Plano de Metas foi “energia e transportes”, pois se tratava de criar e consolidar uma infra-estrutura necessária para atender às demandas do crescimento industrial. No setor “energia” investiu-se na construção de hidrelétricas. No setor "transportes" investiu-se na construção de rodovias e na indústria de veículos automotores, com a presença de capitais externos. b) No período em questão, verifica-se uma conjunção importante de fatores que propiciaram a expansão industrial mencionada. Ao término da Segunda Guerra Mundial, observa-se um significativo crescimento populacional, gerando a médio prazo um aumento generalizado na demanda por bens e serviços que a produção existente não estava capacitada a atender. Esse contingente populacional constituía, ao mesmo tempo, mão-de-obra disponível para o trabalho e mercado de consumo em expansão. Portanto, no conjunto, tínhamos uma demanda por bens e serviços reprimida, além de mercado consumidor e mão-de-obra disponível. No plano da economia internacional, a segunda metade da década de 1950 corresponde a um período em que os grandes centros da economia mundial haviam conseguido se recuperar das perdas da Segunda Guerra Mundial e possuíam capitais excedentes disponíveis para investir. história 6 Juscelino Kubitschek, ao ser eleito, antes mesmo de assumir a presidência da República, fez uma viagem ao exterior, nos grandes centros da economia mundial, com a intenção de mostrar as vantagens de se fazer investimentos no Brasil. Inaugura-se o nacional-desenvolvimentismo, caracterizado por altas taxas de crescimento econô- mico e a presença significativa de capital estrangeiro no país. A economia brasileira se integra de uma forma mais intensa na economia internacional.