Por dentro da notícia
setembro/2007
Infraero diz que acidente em Congonhas não tem relação com pista
molhada
O presidente da Infraero, brigadeiro
José Carlos Pereira, disse nesta quinta-feira que a pista do aeroporto de
Congonhas (zona sul de São Paulo)
não foi responsável pelo acidente com
o Airbus-A320 da TAM. “Garanto que
a pista não teve nada a ver com aquele acidente. A investigação vai dizer.
Assisti à fita [do acidente] e vi o que
aconteceu. A investigação vai descobrir isso”, afirmou.
O avião pousou na pista com 110 nós.
Depois de percorrer 1.900 metros, ele
atravessa a pista e se projeta em cima
de um edifício a 110 nós. Ele não desacelerou, certo? Isso significa que
não reduziu a velocidade. Um escorregão [na pista] nunca aumenta a velocidade do avião, só diminui. Se é
contra a lei da pista, alguém vai en-
contrar explicação para isso”, disse o
brigadeiro.
É óbvio que um acidente como este
ocorrido no aeroporto de Congonhas
nos deixa muito entristecidos. Afinal,
são mais de 200 pessoas que perderam suas vidas neste episódio que praticamente parou a cidade de São Paulo na noite de terça-feira (17 de julho
de 2007).
São várias as linhas de investigação
sobre o que de fato ocorreu na noite
de terça-feira. Entre os especialistas
existe um consenso, a aeronave não
freou.
Poderíamos dizer que a pista molhada
provocou a diminuição do atrito, mas
é evidente que esse detalhe tenha sido
tão significativo, e, como está bem claro na reportagem e fisicamente falan-
do, o atrito tende a diminuir a velocidade de um corpo, e não aumentá-la.
Num procedimento normal de pouso
no aeroporto de Congonhas, tendo sua
pista principal 1.940 m de comprimento, uma aeronave como o Airbus A320, deve tocar a pista com uma velocidade de aproximadamente 204 km/h
(110 nós) e em seguida produzir uma
desaceleração suficiente para conseguir parar com sobra de pista. O limite para tocar a pista em Congonhas
está em 300 m do seu início e, portanto, sobrariam cerca de 1.640 m para
tal desaceleração ser suficiente. Se por
algum motivo o piloto detectar que o
espaço disponível para o pouso não
é suficiente, ele deve arremeter imediatamente, ou seja, acelerar ao máximo e decolar.
Adaptado de GUERREIRO, Gabriela. Brasília. Folha Online, 19 jul. 2007.
1. Considerando que o piloto consegue finalizar o pouso em 1.000 m, determine:
a) a desaceleração necessária;
b) o tempo de parada.
2. A massa máxima de um Airbus A-320 para executar um procedimento de pouso em segurança é de 64.500 kg.
Sendo assim, determine:
a) a variação da quantidade de movimento sofrida pela aeronave na situação de pouso citada na questão 1;
b) a força média de atrito que atua no procedimento de pouso desde o momento em que a aeronave toca a pista até
parar completamente.
Expectativa de resposta
1.
2
Ê 204 ˆ
2
2
a) Utilizando a equação de Torricelli, temos: v 2 = v0 + 2 ◊ a ◊ DS fi 0 = Á
˜ + 2 ◊ a ◊ 1000 fi a @ -1,6 m / s
Ë 3, 6 ¯
b) De acordo com a função horária para a velocidade, temos: v = v0 + a ◊ t fi 0 =
2.
Ê 204 ˆ
6
a) DQ = m ◊ v - m ◊ v0 fi DQ = 0 - 64500 ◊ Á
˜ fi DQ @ 3, 66 ◊ 10 kg ◊ m / s
Ë 3, 6 ¯
b) I = DQ fi Fm ◊ Dt = DQ fi Fm =
3, 66 ◊ 106
fi Fm @ 1, 03 ◊ 105 N
35, 4
204
- 1, 6 ◊ t fi t @ 35, 4 s
3, 6
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