melhor! Leite bom é leite de qualidade O mercado consumidor está mais exigente e quer alimentos seguros e oriundos de propriedades leiteiras que possuam boas práticas de produção. Para que o leite seja de qualidade, ele precisa: •Atender às exigências mínimas dos parâmetros de contagem bacteriana total (CBT) e de contagem de células somáticas (CCS). •Vir de vacas saudáveis, que não tenham doenças que possam ser transmitidas ao homem pelo consumo de leite. •Não conter resíduos químicos. A Instrução Normativa (IN) 62/2011 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento veio substituir a IN 51 e fixou um novo cronograma para a redução dos parâmetros de qualidade do leite, que deverão ser atingidos até 2016 para Regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e 2017 para o Norte e Nordeste. Saiba como atender às novas exigências... E mais: como combater doenças como brucelose e tuberculose e como evitar a contaminação de resíduos no leite. Não fique de fora! Fique atento às mudanças: Parâmetro A partir de 1º.1.2012 até 30.6.2014 Regiões: S / SE / CO A partir de 1º.1.2013 até 30.6.2015 Regiões: N / NE A partir de 1º.7.2014 até 30.6.2016 Regiões: S / SE/ CO A partir de 1º.7.2015 a 30.6.2017 Regiões: N / NE A partir de 1º.7.2016 Regiões: S / SE / CO A partir de 1º.7.2017 Regiões: N / NE Contagem de Bactérias Totais (CBT) ufc/ml Máximo de 600 mil Máximo de 300 mil Máximo de 100 mil Contagem de Células Somáticas (CCS) cs/ml Máximo de 600 mil Máximo de 500 mil Máximo de 400 mil Atendendo às exigências da IN 62, os produtores brasileiros de leite conseguirão a qualidade necessária para alcançar novos mercados no mundo. Teste do CMT (California Mastitis Test) É um dos testes mais populares e práticos para o diagnóstico da mastite subclínica. O seu princípio baseia-se na estimativa da contagem de células somáticas (CCS) do leite. Para isso, coloca-se o leite de cada teta da vaca em uma bandeja específica para o teste juntamente com um produto apropriado e avalia-se o grau de gelatinização ou viscosidade da mistura, quanto maior a viscosidade maior é a CCS. Para realização do teste, utiliza-se uma ficha para registrar o grau de gelatinização da mistura. De acordo com a espessura do gel, o resultado é dado em escores, que variam de traços (leve formação de gel) a + (fracamente positivo), ++ (reação positiva) e +++ (reação fortemente positiva). Ficha para realização do teste do CMT Fazenda: Responsável: Mês: Nº ou Nome da Vaca Mês: CMT Mês: CMT Mês: CMT CMT AE AD PE PD AE AD PE PD AE AD PE PD AE AD PE PD AE: teta anterior esquerda. AD: teta anterior direita. PE: teta posterior esquerda. PD: teta posterior direita. Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Para produzir leite de qualidade é preciso contar com animais sadios. A brucelose e a tuberculose são doenças que causam sérios prejuízos aos animais e podem ser transmitidas ao homem pelo leite cru e pelo contato com animais doentes. Brucelose Doença infectocontagiosa que afeta principalmente o sistema reprodutivo dos bovinos. • Reduz a produção de leite em 25% e provoca aborto. • Nos machos, causa inflamação dos testículos. • O controle começa pela vacinação e pela identificação dos animais positivos e seu descarte. Importante: a vacinação de todas as fêmeas com idade entre 3 e 8 meses é obrigatória. Tuberculose bovina É uma zoonose que causa grandes perdas na produção animal. • Animais infectados perdem de 10% a 25% de sua capacidade produtiva. • O leite cru é fonte importante de transmissão da doença. • Sinais clínicos: por ser uma doença crônica, os sinais clínicos demoram a aparecer. Em estágios mais avançados, leva a emagrecimento, baixa capacidade respiratória, tosse seca curta e repetitiva. Diagnóstico: testes alérgicos de tuberculinização intradérmica em bovinos a partir de seis semanas. Animais reagentes positivos devem ser imediatamente afastados, isolados e sacrificados em estabelecimentos com inspeção oficial, no prazo máximo de 30 dias. Como controlar: levantamento da situação sanitária do rebanho, implementação de rotina de testes e abate dos animais reagentes. Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes Um dos critérios para que o leite seja considerado de qualidade é que ele não contenha resíduos de produtos veterinários e produtos químicos. Esses resíduos podem causar sérios danos à saúde de quem consome o leite e seus derivados, além de gerar prejuízos aos laticínios. O Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes – PNCRC é um programa federal de inspeção e fiscalização de alimentos que visa verificar a presença de resíduos de substâncias químicas potencialmente nocivas à saúde do consumidor. Saiba, produtor, o que você deve fazer: • Consultar sempre o veterinário para que ele indique o melhor tratamento; • Ler com atenção a bula do medicamento para conferir a dosagem e o período de carência; • Descartar toda a produção da vaca mesmo quando apenas uma teta foi tratada; • Usar somente medicamentos aprovados e autorizados para vacas em lactação; • Usar somente as dosagens indicadas nas bulas; • Não misturar ou associar antibióticos sem orientação veterinária, pois isso altera o período de carência; • Identificar as vacas em tratamento e ordenhá-las separadamente; • Registrar todas as ocorrências de doenças e o uso dos medicamentos e sempre consultar as anotações antes de liberar o leite para o consumo; • Ter atenção ao período de carência com antibióticos aplicados via oral, intravenosa, intramuscular, porque também são liberados no leite. Alerta importante: Descartar o leite de todas as vacas tratadas com medicamentos veterinários evitando que este leite vá para a indústria de laticínios. Lembrete: período de carência é o tempo, em dias ou horas, que deve ser observado entre a aplicação do medicamento e a liberação para o consumo do leite ou da carne. Ficha para tratamento de mastite clínica Fazenda: Responsável: Nº ou nome da vaca Data de início do tratamento AE: teta anterior esquerda. AD: teta anterior direita. PE: teta posterior esquerda. PD: teta posterior direita. Teta afetada (marque um “X”) AE AE AE AE AE AE AE AE AD AD AD AD AD AD AD AD PE PE PE PE PE PE PE PE PD PD PD PD PD PD PD PD Duração Nome do do traantibiótico e tamento dosagem (dias) Outros medicamentos Data final do período de carência O que é Leite Legal? O Leite Legal é um programa do sistema CNA/SENAR, em parceria com o SEBRAE, que pretende criar possibilidades, por meio de ações de formação profissional rural, para que os pequenos e médios produtores produzam leite de qualidade, atendendo aos padrões exigidos pela legislação, contribuindo para o desenvolvimento do setor. Parceria SENAR/SEBRAE O SENAR firmou o convênio com o SEBRAE referente ao Leite Legal – programa produção de leite de qualidade, visando oferecer a um maior número de produtores condições para que consigam produzir leite de qualidade. Está prevista a capacitação de 81 mil produtores em dois anos. O treinamento pressupõe o acompanhamento individual para verificação do aprendizado das boas práticas da produção do leite. A capacitação teórica/prática será de 16 horas e contemplará temas, como: fisiologia da glândula mamária; manejo de ordenha, higiene, controle de mastite e qualidade da água. Cursos SENAR Além do treinamento oferecido no Leite Legal – programa produção de leite de qualidade, o SENAR oferece vários treinamentos na área da bovinocultura de leite – cursos em ordenha manual, ordenha mecânica, qualidade do leite, manejo de pastagens, sanidade, aplicação de vacinas e medicamentos, inseminação artificial e outros, a depender da demanda local. O calendário dos treinamentos varia de acordo com cada administração regional, pois cada uma tem um planejamento diferente. Todos os treinamentos são planejados e organizados de acordo com uma demanda local/regional ou estadual, pela administração regional, em parceria com sindicatos rurais, associações, cooperativas e outros parceiros locais. Como participar Os treinamentos do SENAR são, na maioria das vezes, oferecidos em parceria com os sindicatos patronais rurais. Os produtores e trabalhadores rurais interessados em participar dos treinamentos e programas do SENAR devem procurar os sindicatos rurais mais próximos da sua região e fazer sua inscrição. Os cursos do SENAR são gratuitos e podem fazer produtores, trabalhadores rurais e suas famílias desde que atendam os pré-requisitos de idade e escolaridade que cada treinamento exige. O SENAR está presente em todo o Brasil AC (68) 3224-1797 AL (82) 3217-9800 AM (92) 3234-9041 AP (96) 3242-1049 BA (71) 3415-3100 CE (85) 3535-8000 DF (61) 3047-5404 ES (27) 3185-9202 GO (62) 3545-2600 MA MG MS MT PA PB PE PI PR (98) 3231-2919 (31) 3074-3074 (67) 3320-6999 (65) 3928-4803 (91) 4008-5300 (83) 3048-6050 (81) 3428-8866 (86) 3221-6666 (41) 2106-0401 RJ RN RO RR RS SC SE SP TO (21) 3380-9500 (84) 3342-0200 (69) 3224-1399 (95) 3224-7024 (51) 3215-7500 (48) 3333-0322 (79) 3214-6817 (11) 3257-1300 (63) 3219-9200 Rede Brasileira de Laboratórios de Controle da Qualidade do Leite Rio Grande do Sul Centro de Pesquisa em Alimentação – Cepa, Universidade de Passo Fundo – Passo Fundo/RS * Fone: (54) 3316 8191 Laboratório de Qualidade do Leite, do Centro de Pesquisa Agropecuária de Clima Temperado – CPACT/Embrapa, Capão do Leão/RS * Fone: (53) 3275 8440 São Paulo Laboratório Clínica do Leite da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” – Universidade de São Paulo – Piracicaba/ SP * Fone: (19) 3429 4278 Goiânia Centro de Diagnóstico em Alimentos – CPA da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Goiás – Goiânia/ GO *Fone: (62) 3521 1576 Minas Gerais Laboratório de Qualidade do Leite Prof. José de Alencar – Embrapa Gado de Leite – Juiz de Fora/MG *Fone: (32) 3311 7456 Laboratório de Análise da Qualidade do Leite da Escola de Veterinária da UFMG/ LABUFMG – Belo Horizonte/MG *Fone: (31) 3409 2136 Paraná Laboratório Programa de Análise de Rebanho Leiteiro do Paraná (PARLPR) – Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Associação Paranaense de Criadores da Raça Holandesa – Curitiba/PR *Fone: (41) 2105 1733 Santa Catarina-SC LAB-LEITE/CDCT – UNC/Cidasc Universidade do Contestado – Campus Concórdia – Concórdia/SC *Fone: (49) 3441 1086 Pernambuco Programa de gerenciamento de rebanho leiteiro do Nordeste (PROGENE) Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) – Recife – PE *Fone: (81) 3302 1550 Apoio: Realização: Para mais informações, procure o Sindicato Rural da sua região ou o SENAR do seu estado.