L E I A NO P AN O R AM A G E R AL Alternativa de diversificação que beneficia o produtor N.º 1.371 12 de novembro de 2015 L E I A N E ST A E DI Ç ÃO Milho: Lavoura produtivo evolui com bom padrão P AN O R AM A G E R AL Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. Alternativa de diversificação que beneficia o produtor O Seminário que discutiu as bionergias e o Proetanol no início desta semana, em Erechim, reuniu em torno de 300 pessoas no CTG Sentinela da Querência, entre técnicos da Emater/RS-Ascar, pesquisadores da Embrapa, produtores e lideranças. No evento foram evidenciadas as vantagens econômicas e sociais de empregar esforços para o fomento do cultivo de culturas rústicas, como o sorgo, triticale, arroz gigante e batata-doce, que além de contribuírem com a segurança e soberania alimentar das famílias de agricultores e auxiliarem a proteção dos solos, ainda podem servir de matéria-prima para a produção de etanol amiláceo, na perspectiva da implantação do Programa Estadual do Etanol Amiláceo/RS. A produção dessas culturas rústicas é capaz de ser uma importante alternativa para aumentar a renda dos agricultores familiares gaúchos, já que uma das metas do Proetanol/RS, que está em fase de discussão, é a produção de 1,6 bilhão de litros de etanol amiláceo por ano, quantidade que supriria a demanda do Estado pelo combustível e necessitaria de grande quantidade de insumos para ser alcançada. Mas não é somente a comercialização para a produção de energia limpa que beneficiaria as pequenas e médias unidades produtivas. As famílias têm a oportunidade de utilizar os produtos para a própria alimentação, resgatando antigas receitas, já que a batata-doce e o arroz gigante, por exemplo, fazem parte da cultura alimentar local. O cultivo do triticale é também uma possibilidade para a cobertura de solo durante o inverno, evitando a erosão e contaminação das águas, bem como alternativa para alimentação animal e produção de farinha diferenciada para alimentação humana. Esta é mais uma ação que a Emater/RS-Ascar desenvolve em favor do desenvolvimento do meio rural do RS. O incentivo à produção destes cultivos é estratégico, já que têm potencial para melhorar a renda do produtor, sua qualidade de vida, permanência do jovem no campo e mais além contribuir para uma matriz energética mais limpa e renovável. Lino Moura Diretor Técnico da Emater e Superintendente Técnico da Ascar PROGRAMA DE FORTALECIMENTO DA AGRICULTURA FAMILIAR (PRONAF) Conheça o programa de fortalecimento da agricultura familiar e saiba como solicitar o benefício. Com mais de 2,6 milhões de famílias beneficiadas, o programa de fortalecimento da agricultura familiar (Pronaf) transformou a vida dos brasileiros residentes no campo e, hoje, é exemplo mundial de política pública de sucesso. O caminho para conseguir usufruir do programa é muito simples. O primeiro passo é o agricultor familiar com renda de até R$ 360 mil definir qual projeto pretende desenvolver. Obrigatoriamente, a ideia deve ter como finalidade a geração de renda para agricultores familiares ou assentados da reforma agrária. Mas os recursos podem ser utilizados para financiar desde o custeio da safra até investimentos em máquinas, equipamentos e infraestrutura. Projeto esboçado, é a hora de a família procurar o sindicato rural ou a Emater para conseguir a declaração de aptidão (DAP) ao Pronaf. Em seguida, com o documento em mãos, o agricultor deve procurar a assistência técnica e extensão rural do município para elaboração do projeto técnico de financiamento. Ideia posta no papel, é preciso encaminhá-la ao agente financeiro responsável pela análise e aprovação de crédito. As linhas de crédito oferecidas pelo Pronaf podem sem consultadas no endereço http://www.mda.gov.br/sitemda/secretaria/safcreditorural/linhas-de-cr%c3%a9dito Podem participar do programa agricultores familiares cuja renda familiar bruta alcançou, nos 12 meses que antecedem a solicitação do Pronaf, até R$ 360 mil. O agricultor deve estar com o CPF regularizado e livre de dívidas. Não pode participar quem tiver contratado operação de investimento do programa de crédito especial para a reforma agrária (Procera) ou contratado o limite de operações ou de valor de crédito de investimento para estruturação no âmbito do Pronaf. Se o interessado for beneficiário da reforma agrária e do crédito fundiário, deve procurar o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ou a unidade técnica estadual (UTE). Fonte: MDA MUNDO TEM TRÊS TRILHÕES DE ÁRVORES E PERDE 10 BILHÕES POR ANO Um estudo da Universidade de Yale calcula que o número de árvores no mundo passa de três trilhões. Isso significa que há 420 árvores para cada habitante do planeta. Trata-se de um total que supera em oito vezes a medição anterior, de 400 bilhões de espécimes. A nova contagem fez uso desde análises topográficas até análises de fotos de satélite. Este cálculo servirá de base para pesquisas, estudos sobre biodiversidade e modelos de mudanças climáticas – isso porque árvores têm papel fundamental na remoção do dióxido de carbono da atmosfera. O estudo descreve o estado do sistema global florestal em números que as pessoas entendem e que cientistas e responsáveis por políticas ambientais possam usar. Pelo menos 40% das árvores do mundo estão em florestas tropicais e subtropicais. Apesar do uso de alta tecnologia, um ponto crucial do estudo de Yale foi o uso de medições locais. Coletaram-se dados sobre densidade arbórea em mais de 400 mil áreas florestais ao redor do mundo. Isso ajudou a compensar as limitações das análises por satélite, cujas fotos são boas para mostrar as extensões de florestas, mas que não são muito úteis para revelar números individuais de espécimes. Dos três trilhões de árvores do mundo, os cientistas estimam que 1,39 trilhão esteja em regiões tropicais, como a Amazônia, ou subtropicais. Cerca de 0,61 trilhão estaria em locais de clima temperado e 0,74 trilhão nas florestas boreais - os imensos grupos de coníferas que circulam o globo logo abaixo do Polo Norte. E justamente nessas regiões é que foram encontradas as maiores densidades florestais. O que ficou evidente, segundo o estudo, foi a dimensão da influência humana sobre o número de árvores no planeta. A equipe de Yale estima que, enquanto 15 bilhões de árvores são removidas por ano, apenas cinco bilhões são plantadas, no mundo. Fala-se de 0,3% de perda global anual; não é uma quantia insignificante e isto deveria levar a uma reflexão sobre o papel do desflorestamento nas mudanças em ecossistemas. Sem falar as perdas de árvores estão ligadas à exploração madeireira e à atividade agrícola. Com o crescimento da população mundial, pode-se ver essas perdas aumentarem. Estima-se que, desde a última Era do Gelo, há 11 mil anos, o homem pode ter removido mais de três trilhões de árvores. A Europa antigamente era coberta por uma floresta gigante e agora é praticamente campos e pastos. Fonte: Portal da Sustentabilidade CO N DI ÇÕ E S M ET EO R O L Ó G I C AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 05/11/2015 A 12/11/2015 O período compreendido entre os dias 05 e 12 de novembro foi marcado por temporais no Oeste e 2 Noroeste do Estado. Na segunda-feira (09/11), um sistema de baixa pressão ingressou pelo Sul provocando chuva forte, com raios e ventania. Na terça-feira (10/11), esse sistema continuou provocando temporais no Noroeste e Oeste. Na quarta-feira (11/11), novamente fortes áreas de instabilidade ingressaram pelo Noroeste provocando chuva forte, permanecendo sobre o Estado até o dia 12 /11. No Sul, houve uma maior incidência de sol nesse período. As cidades que registraram as menores temperaturas foram Bagé, com 7,7 ºC, e São José dos Ausentes com 8,3 ºC, ambas na sexta-feira (06/11). As cidades que registraram as temperaturas máximas foram São Gabriel, com 33,9ºC, São Borja, com 33,3ºC, ambas na segunda-feira (09/11). Os maiores volumes acumulados foram registrados em Frederico Westphalen, com 154,6 mm e São Luiz Gonzaga com 183,0 mm. com mínimas 9º C, na Campanha e Serras, e de 18ºC no Leste. As máximas devem ocorrer no Oeste e Depressão Central, entre 33ºC e 38ºC, na quinta-feira dia (19/11). Fonte: CEMETRS – INMET/FEPAGRO G R ÃO S Observação: os dados foram coletados do dia 05/11, às 8h, até o dia 12/11, às 8h. PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 13/11/2015 A 19/11/2015 A previsão meteorológica para o período de 13 a 19 de novembro indica fortes instabilidades na metade Norte do Estado. Entre a sexta-feira (13/11) e o sábado (14/11), um centro de baixa pressão provoca temporais, principalmente no Norte e Leste do Estado. Entre a segunda-feira (16/11) e a quarta-feira (18/11) as fortes instabilidades continuam ocorrendo, intercalando com períodos de tempo quente. Os maiores volumes devem ocorrer nas Missões, Planalto e Alto Vale do Uruguai, entre 110 mm e 180 mm. Ocorrem as temperaturas típicas da primavera, Grãos de Verão Arroz – Os orizicultores seguem enfrentando dificuldades na implantação da safra 2016. Apesar de alguns períodos sem chuvas, muitas áreas ainda permanecem com umidade acima do recomendado para a semeadura. Há relatos que, em mais de uma oportunidade, lavouras foram replantadas, repercutindo em aumento de custos para o produtor. Seja como for, a área semeada chega a 51% do total estimado para este ano. Se comparada à safra passada, que também enfrentou problemas na implantação, a diferença é de 11 pontos percentuais para menos. Levada em conta a média dos últimos anos, a discrepância chega a 29 pontos. Segundo técnicos e produtores, é bem provável que a área efetivamente plantada fique menor do estimado inicialmente (1,1 milhão de ha). Mas o fato relevante é que o atraso na implantação da cultura pode resultar na ocorrência da fase reprodutiva durante um período em que normalmente ocorre grande oscilação térmica (fevereiro/março), interferindo diretamente na produtividade. Nesse sentido, a pouca luminosidade e a temperatura abaixo do ideal, registrada em determinados momentos, têm interferido negativamente na germinação e no desenvolvimento das lavouras implantadas recentemente. A confirmação do fenômeno El Niño tende a prolongar essas 3 dificuldades, causando preocupação para a cadeia orizícola. Arroz: fases da cultura no RS Plantio Ger./Des. vegetativo Safra Atual Em 12/11 51% 49% Em 05/11 44% 42% Safra Anterior Em 12/11 62% 60% Média Em 12/11 80% 77% Milho – A cultura segue sendo beneficiada pelo clima, em que pese a ocorrência de chuvas excessivas em alguns momentos. As lavouras destinadas à comercialização do grão já estão praticamente todas semeadas. Os 20% da área em que resta concluir a semeadura referem-se àquelas localizadas em pequenas propriedades que destinam o grão para consumo próprio. As lavouras plantadas mais cedo, em especial as localizadas nas Missões e Fronteira Noroeste (Regional de Santa Rosa), começam a entrar com mais intensidade na fase de floração, fase essa crítica quanto à necessidade de água. Até o momento, porém, as chuvas têm sido benéficas nesse sentido, com as lavouras apresentando bom padrão. Pelo mesmo motivo, as que se encontram em desenvolvimento vegetativo também evoluem de forma satisfatória, e os produtores aproveitam a boa umidade no solo para intensificar a aplicação de adubos nitrogenados em cobertura. As lavouras destinadas à produção de silagem também se encontram na mesma situação, sendo que os primeiros cortes deverão começar já no início do mês de dezembro. Milho: fases da cultura no RS Plantio Ger./Des. vegetativo Floração Safra Atual Em 13/11 80% 65% 15% Em 05/11 75% 63% 12% Preço médio da saca de 60 kg – R$ 73,82. Soja: fases da cultura no RS Plantio Ger./Des. vegetativo Preço médio da saca de 50 kg – R$ 39,70. Safra Anterior Em 13/11 77% 69% 08% dificuldades para uma boa germinação, e as plântulas apresentam bom vigor inicial. Média Em 13/11 70% 65% 05% Preço médio da saca de 60 kg – R$ 28,33. Soja – Os produtores seguem intensificando, quando o tempo permite, o plantio da nova safra. Todavia, apesar da boa recuperação em relação à semana anterior, o atual percentual (20%) ainda não alcança a média de anos anteriores, ficando atrás em 17 pontos percentuais. Devido à boa umidade no solo, as sementes não encontram Safra Atual Em 12/11 20% 18% Em 05/11 05% 04% Safra Anterior Em 12/11 30% 28% Média Em 12/11 37% 34% Feijão 1ª Safra – Assim como ocorre com outras culturas de verão, a implantação da lavoura de feijão no Estado se encontra em atraso, dificultada pelas condições meteorológicas atuais, resultante de um El Niño forte. Até o momento, já foram plantadas cerca de 76% da área estimada. As lavouras de feijão semeadas após o período chuvoso (recentemente semeadas) apresentam ótimo desenvolvimento vegetativo; no entanto, as primeiras lavouras implantadas e que estão entrando em floração tiveram o rendimento comprometido pelo excesso de chuva que reduziu o porte, reduzindo a carga potencial de flores e a produção. Os Campos de Cima da Serra, uma das regiões mais expressivas em área do RS, ainda apresenta poucas lavouras semeadas, pois nessa região a semeadura ocorre normalmente após a colheita do trigo, ou seja, no período que corresponde ao final de novembro e dezembro. Plantio Em 12/11 76% Em 05/11 71% Safra anterior Em 12/11 72% Ger./Des. vegetativo 60% 57% 57% 61% Floração 14% 12% 10% 16% Enchimento de grãos 0% 0% 0% 3% Feijão 1ª safra: fases da cultura no RS Safra atual Média Em 12/11 82% A comercialização do feijão se manteve estável na semana, com pequeno aumento na valoração da saca, subindo 0,35%, deixando o preço médio em R$ 113,18, 4,6% abaixo da média geral histórica (cinco anos). Grãos de inverno Trigo – A colheita do trigo segue de forma intensa, em que pese a péssima qualidade das lavouras, fato esse que desestimula o agricultor. À medida que aumenta o percentual do produto colhido, que nesta semana chega a 80% do total plantado, também aumenta a frustração. As lavouras colhidas recentemente têm apresentado rendimentos ainda menores que as primeiras, aumentando a diferença, para menos, do que era 4 esperado inicialmente. Só na área da região de Erechim, onde a colheita atinge 70%, a diferença entre o esperado e o colhido chega a menos 50%. Outras regiões importantes em termos de produção de trigo também apresentam percentuais elevados de perdas. Com o fechamento desta quinzena, a Emater/RS deverá ter uma ideia mais precisa do real prejuízo enfrentado pelo RS em termos de produção, sendo divulgada uma primeira aproximação da produção inicialmente estimada pelo Estado, face aos problemas enfrentados pela cultura ao longo do seu ciclo. Trigo: fases da cultura no RS Plantio Ger./Des. vegetativo Floração Enchimento de grãos Maduro por colher Colhido Safra Atual Em 12/11 100% 0% 0% 02% 18% 80% Em 05/10 100% 0% 0% 14% 36% 50% Safra Anterior Em 12/11 100% 0% 0% 05% 23% 72% Média Em 12/11 100% 0% 0% 06% 24% 70% Preço médio da saca de 60 kg – R$ 33,03. Canola – Na mais expressiva região em termos de área plantada, a Planalto, a lavoura foi colhida apresentando produtividade média de apenas 700 kg/ha e de qualidade regular. A expectativa inicial era de obter rendimento de 1.500 kg/ha; porém com as adversidades climáticas (geada e excesso de chuva), a safra foi frustrada, levando os agricultores a amargar prejuízos, desestimulandoos em relação à atividade. Na semana que passou, o preço ficou em R$ 75/sc. HO RT IG R AN J E IRO S Situações Regionais Nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste, inicia a colheita do tomate, principalmente das variedades mais precoces; podemos destacar a variedade de tomate cerejinha, que é bastante plantado nas hortas domésticas. Nas lavouras comerciais, intensifica-se o serviço de poda, tutoramento e tratos culturais. Tem início a colheita de pepinos, e os preços praticados estão na faixa de R$ 4 a 5/kg. Plantio e desenvolvimento inicial de cucurbitáceas, abóboras, morangas, melancia e melão para autoconsumo e comercialização. Na fruticultura, ocorrem a colheita do pêssego e aplicação de fungicidas nas videiras; nos parreirais onde os produtores estão fazendo os tratos culturais, as mesmas se apresentam sadias, diferente do que ocorre nos parreirais que não estão recebendo os tratamentos adequados. No Litoral Norte, os agricultores continuam com dificuldades de preparo de solo para plantio do milho verde, o qual será vendido durante o veraneio; isto ocorre devido à alta umidade do solo causada pelo período chuvoso das últimas semanas. Os produtores que cultivam tempero verde, rúcula, alface, pimentão e tomate no sistema protegido estão satisfeitos, mesmo com as adversidades do clima. Produção e comercialização estão dentro da normalidade. A cultura do tomate estaqueado de verão em cultivo a campo está com baixo desenvolvimento e cerca de 20% de previsão de quebra de rendimento. isto ocorre devido às baixas temperaturas noturnas e ocorrência de aparecimento de doenças devido ao excesso de umidade. Os produtores estão fazendo controle fitossanitário. Até o momento não temos outros relatos de perdas significativas – além do tomate – devido a eventos climáticos. O tomate em estufa encontra-se em fase de colheita. As condições continuam semelhantes aos últimos períodos na região do Planalto Médio. As incessantes chuvas e a falta de luminosidade ocorridas em razão do fenômeno El Niño têm causado muitos danos à horticultura na região. A cultura que apresenta maior perda é a alface, com danos em torno de 70%. Parte das folhosas que abastecem o mercado e as feiras vem de cultivos em ambientes protegidos, como túneis e estufas e, consequentemente as perdas são menores, mas ainda assim ocorrem em razão da falta de luminosidade. Apesar dos danos, os preços continuam estáveis na feira do produtor de Passo Fundo. Olerícolas Alho – Na região da Serra, o clima só deu trégua nos últimos três dias da semana, pois os anteriores foram de muita umidade relativa do ar, umidade do solo, precipitações e ausência plena de insolação. Tal quadro trouxe agravamento dos problemas da sanidade das lavouras, principalmente quanto à incidência de doenças veiculadas via solo, como roseliniose – raiz rosada – e bacterioses. As áreas da variedade tardia mais cultivada – São Valentin – estão em plena fase de bulbificação, recebendo tratamentos fitossanitários e controle 5 químico de ervas indesejáveis. As lavouras de variedades precoces estão em plena colheita, com bulbos de qualidade e calibre médios. Boa parte dos bulbos, em torno de 15%, vem apresentando superbrotação – anomalia fisiológica que transforma as reservas dos bulbilhos em brotos inaproveitáveis. Início de comercialização da cultura, com bulbos de pouca qualidade por não estarem plenamente curados e secos. Os preços ficaram entre R$ 7 e R$ 10/kg. Batata – Em Ibiraiaras, na região do Nordeste gaúcho, o panorama da cultura da batata em relação ao período anterior é que as quantidades de batata beneficiadas e comercializadas continuam sendo importadas do estado de São Paulo. Nesta semana, os preços médios tiveram forte elevação, ficando em média a R$ 140/saco para variedade rosa e a 115/saco para a variedade branca; com o acréscimo do frete, o preço final ficou em torno de 125 para branca e de R$ 150 para a rosa. Na lavoura, as plantas estão em fase de desenvolvimento vegetativo e formação de tubérculos. A atenção dos produtores continua voltada para o controle das doenças e pragas. O clima está favorecendo o desenvolvimento da cultura e o controle fitossanitário. O estande da lavoura apresenta bom potencial produtivo até momento. A colheita deverá ser iniciada no final do mês de novembro ou início de dezembro. Frutícolas Uva – Na região vitivinícola mais importante do país, a Serra gaúcha, nessa última semana, teve período complicado para a cultura, quanto as condições meteorológicas, deixando de chover só na sexta-feira. Anteriormente a isso, sequer um período de insolação ocorreu, ampliando severamente a preocupação e atenção quanto à sanidade das videiras. Ocorrem muitos tratamentos e relatos até de dosagens acima do recomendado, no afã de salvar os cachos dos efeitos deletérios da mufa. Um dos efeitos imediatos desse quadro é o aspecto de possível intoxicação das vinhas, visível no travamento do crescimento das plantas e nas brotações amarelecidas. No comércio, já não é mais encontrada a maioria dos produtos de efeito prolongado – sistêmico. Nos três últimos dias do período, já houve boa melhora, com ausência de chuvas e boa insolação. As uvas em maturação têm evoluído muito pouco, face ao panorama climático. Algumas podridões de bagas também já são passíveis de visualização, exigindo cuidados redobrados do viticultor. Uma prática cultural imensamente em voga e que há muito tempo não se via em tal intensidade é a poda verde, arejando o dossel dos vinhedos. Algumas cantinas já estão em movimento de aquisição da safra, mediante a inevitável redução do volume a ser produzido e processado. Figo - Pelos poucos dias de insolação ocorridos na região Serrana, as plantas demonstram alongamento celular, também afetando a formação das infrutescências. Percebe-se grande desenvolvimento foliar, porém com folhas muito grandes, desprovidas de consistência e firmeza. A incidência de fitopatias – notadamente a ferrugem, principal mal da região – está acima da média para o período, requerendo mais frequentes intervenções dos ficicultores. Citros - A citricultura na região do Vale do Caí inicia o período da entressafra. No final do mês de outubro foram colhidas as últimas laranjas e bergamotas desta safra. A situação de um inverno ameno e com temperaturas acima da média histórica fez com que o amadurecimento das frutas cítricas fosse antecipado, e, em consequência, também a colheita. O final da colheita neste ano ocorreu um mês antes do que em períodos normais. Durante a entressafra, já está ocorrendo o desenvolvimento das frutinhas resultantes da floração ocorrida no mês de agosto. Os citricultores se dedicam à realização de práticas culturais, como podas, roçadas e tratamentos preventivos para o controle de doenças. As chuvas constantes têm prejudicado os trabalhos dos citricultores. O desenvolvimento das frutas que darão origem à próxima safra é satisfatório. A lima ácida Tahiti, conhecida como o limão da caipirinha, é uma fruta cítrica que se diferencia das demais, pois a planta tem fluxos de floração durante todo o ano, o que dá origem à produção de frutas durante todo o ano. Entretanto, as últimas floradas têm sido muito prejudicadas pelo excesso de chuvas, que propicia alta incidência de uma doença que determina a queda das frutas no início de seu desenvolvimento, conhecida como antracnose, causada pelo fungo Colletotrichum. O preço médio recebido pelos citricultores pelo Tahiti está bastante elevado: R$ 70 a caixa de 25 kg. 6 Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da Ceasa/RS, entre 03 a 10/11/2015, tivemos 15 produtos estáveis em preços, 15 em alta e cinco em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Seis produtos destacaram-se em alta, conforme abaixo: Batata branca: de R$ 2,20 para R$ 3/kg (+36,36%), com diminuição de oferta momentânea causada pelo encharcamento dos solos e pela dificuldade na colheita destes tubérculos na região Sudeste do Brasil. Cebola nacional: de R$ 1,75 para R$ 2,75/kg (+57,14%). Regiões Sudeste e Centro Oeste do Brasil encerrando suas ofertas. A safra dos estados sulinos ainda não está pronta, e os estoques de cebolas de origem europeia já não são suficientes para segurar a elevação das cotações. Couve-flor: de R$ 2,08 para R$ 2,91/cabeça (+39,90%). Repolho: de R$ 0,72 para R$ 0,90/kg (+25%). Em relação à couve-flor, estamos no período de diminuição da curva de oferta, momento que sempre ocorre após um pique de produção e concentração da oferta, quando o produto invade o mercado e move as cotações para baixo. A oferta no momento é bem reduzida, e as cotações se elevam momentaneamente. Já no caso do repolho, o problema se dá em função do aparecimento de doenças fúngicas nesta folhosa, o que causa depreciação e descarte já na área de produção. Pimentão: de R$ 3,50 para R$ 5/kg (+42,86%). Tomate caqui longa vida: de R$ 3 para R$ 5/kg (+66,67%). Os estados produtores vêm apresentando problemas; Espírito Santo sofreu estiagem nos períodos anteriores e São Paulo, excesso chuvas e granizo. A safra de inverno na região Sudeste do Brasil começa a dar sinais de finalização. As precipitações ocorridas no início de novembro dificultam a colheita dos produtos, diminuindo ainda mais a oferta. Preços de atacado em elevação. PRODUTOS EM ALTA Abacate (kg) Laranja suco (kg) Maçã Fuji (kg) Mamão Formosa (kg) Pêssego nacional (kg) Brócolis (unid.) Couve-flor (cab.) Repolho verde (kg) Moranga Cabotiá (kg) Pimentão verde (kg) Tomate caqui longa vida (kg) Vagem (kg) Batata branca (kg) Batata-doce (kg) Cebola nacional 03/11 (R$) 5,50 10/11 (R$) 6,50 Aumento (%) + 18,18 0,90 1,00 + 11,11 2,77 3,05 + 10,11 2,15 2,30 + 6,98 3,50 4,00 + 14,29 1,50 1,67 + 11,33 2,08 2,91 + 39,90 0,72 0,90 + 25,00 1,40 1,50 + 7,14 3,50 5,00 + 42,86 3,00 5,00 + 66,67 5,00 6,00 + 20,00 2,20 3,00 + 36,36 1,50 1,75 + 16,67 1,75 2,75 + 57,14 Nenhum produto destacou-se em baixa. PRODUTOS 03/11 10/11 Baixa EM BAIXA (R$) (R$) (%) Abacaxi Caiena 2,80 2,50 - 10,71 (unid.) Manga (kg) 2,22 2,00 - 9,91 Alface (pé) 1,25 1,00 - 20,00 Couve (molho) 1,25 1,00 - 20,00 Espinafre (molho) 1,67 1,50 - 10,18 Fonte: Ceasa CR I AÇ Õ E S Forrageiras - As condições climáticas nesta primavera, ainda que com pouca luminosidade e excesso de umidade, vão permitindo que ocorra o rebrote do campo nativo e das pastagens perenes de verão, aumentando a disponibilidade e melhorando a qualidade das forrageiras. Os produtores estão manejando os rebanhos que utilizam o campo nativo, realizando o ajuste da carga animal. De maneira geral as pastagens cultivadas de inverno concluíram o ciclo de produção, e em algumas áreas está ocorrendo a dessecação para o próximo cultivo de lavoura com soja. As pastagens perenes, como as 7 leguminosas, estão com boas condições, incrementando a qualidade das pastagens consorciadas e proporcionando melhoria na produção dos rebanhos. Produtores já começaram a implantação das pastagens de verão, dando início ao preparo de solo e à semeadura de forrageiras como milheto, sorgo forrageiro, capim sudão e tifton 85, entre outras. Também realizam os tratos culturais, como adubações nitrogenadas em cobertura de solo, em lavouras de milho e sorgo destinadas à produção de silagem, o que está sendo dificultado pelo excesso de chuvas no período. Outro fator que também é observado é a presença do capim anonni; esta planta apresenta menor qualidade e palatabilidade, evidenciando a necessidade de implementar formas de manejo e controle para erradicação desta pastagem indesejável nos campos de pecuária. Bovinocultura de corte - Nesta primavera as condições climáticas estão apresentando muita umidade e pouca luminosidade, porém as pastagens nativas estão aumentando gradativamente a oferta forrageira. Alguns produtores fornecem fenos para complementar a alimentação dos rebanhos. Estamos na fase final do nascimento de terneiros. Em São Gabriel, o percentual de terneiros nascidos atinge 70%, período que demanda maior cuidado com as matrizes, especialmente as novilhas que ainda não estão com o tamanho adulto, pois isso pode propiciar partos distócicos. É importante que as vacas que estão parindo não percam peso, pois comprometeria a repetição de cria. Em alguns municípios, o aumento da temperatura intensificou a infestação de carrapatos; isso continua preocupando os produtores de algumas regiões pela intensidade com que vem ocorrendo. Alguns produtos para controle não estão dando o resultado esperado, e produtores relatam grande resistência de alguns carrapaticidas. Verificam-se nas propriedades trabalhos para controle do carrapato; prossegue o combate da verminose e começa a infestação de mosca do chifre; ocorre vacinação da brucelose nas terneiras entre três a oito meses. Inicia a segunda etapa da vacinação contra a febre aftosa nos rebanhos para animais com idade entre 0-24 meses. Produtores relatam casos de Tristeza Parasitária em função do aumento da população de carrapatos. Também nesta época é importante a atenção com os touros, que devem estar em bom estado corporal e nos quais se devem realizar os exames andrológico, as vacinas reprodutivas e também a seleção de matrizes, para que estejam prontos para a temporada reprodutiva que inicia nesta época. Algumas propriedades estão realizando o trabalho de inseminação de novilhas e IATF em vacas com cria. Há tendência de diminuir a oferta de animais para abate, pela proximidade do término da safra de gado gordo oriundo das pastagens de inverno. Os preços apresentam ligeira alta, característica da época; em algumas regiões os preços pagos pelo quilo vivo dos animais continuam atrativos, e há procura por animais de recria e para terminação. Ocorreram feiras e exposições nas várias regiões do Estado, eventos nos quais os produtores adquirem os reprodutores para a temporada de reprodução. De maneira geral, as médias de preços dos reprodutores estiveram entre R$ 9.000,00 e 10.000,00. Preços pagos aos pecuaristas em algumas regiões do Estado neste período Bagé Pelotas Produto Mínimo Máximo Mínimo Máximo Boi R$ R$ R$ 5,28 R$ 5,10 Gordo 4,60 4,60 Vaca R$ R$ R$ 4,85 R$ 4,50 Gorda 4,00 4,20 Terneiro R$ R$ R$ 6,00 R$ 6,00 4,60 5,00 Vaca R$ R$ 4,60 Invernar 3,30 Obs: (R$/kg vivo). Produto Boi Gordo Vaca Gorda Terneiro Santa Maria Mínimo Máximo R$ R$ 5,00 4,40 R$ R$ 4,50 4,00 Vaca Invernar Santa Rosa Mínimo Máximo R$ R$ 4,90 4,70 R$ R$ 4,35 4,25 R$ R$ 5,25 4,95 R$ R$ 4,80 3,60 Obs: (R$/kg vivo). Produto Boi Gordo Vaca Gorda Soledade Mínimo Máximo R$ 4,50 R$ 5,00 R$ 4,00 R$ 4,50 Obs: (R$/kg vivo). Na Expolavras, os preços médios foram os seguintes: • • • Terneiras - R$ 1.434,00 Vaquilhonas - R$ 1.472,00 Vaquilhonas prenhes - R$ 1.924,00 8 • • • • Vacas com cria - R$ 1.804,00 Vacas prenhes - R$ 2.053,00 Touros - R$ 9.084,00 Terneiros - R$ 1.247,00* *1.507 terneiros com peso médio de 221,61 kg e preço médio R$ 5,63. Bovinocultura de leite - Os nascimentos de terneiros têm aumentado o número de vacas lactantes. No entanto os produtores que não se prepararam com a produção de alimentos estão registrando diminuição de produção de leite. Os produtores se sentem desestimulados e relatam os principais gargalos da atividade leiteira na propriedade: dificuldade de implantação das pastagens de primavera e verão em função das chuvas; encharcamento ao redor das benfeitorias para manejo animal, acarretando a diminuição da qualidade do leite; aumento do custo dos insumos; situação financeira crítica de algumas empresas recolhedoras da produção de leite, especialmente algumas cooperativas; o baixo preço do leite. Os reflexos de tais gargalos seguem atuando, provavelmente até o fim do mês, devido a pastagens comprometidas, atraso no plantio de milho para silagem e aumento do consumo de ração comprada. Continua forte a pressão das grandes indústrias para não recolher produção diária individual abaixo de 100 litros. No município de Turuçu, se instalou uma rota para recolhimento de leite da Coopar, aproveitando o espaço deixado pelas grandes empresas que não recolhem leite de pequenos produtores, evitando assim uma maior diminuição de produtores na atividade. Em São Lourenço do Sul, a produção de leite registra uma diminuição de 20% na venda diária. No mercado do leite, alguns produtores mostravam-se apreensivos pelos preços com que o produto in natura vinha sendo comercializado, mas houve uma reação positiva e o preço está melhorando. Os preços máximos são aferidos por produtores de maior volume de leite, melhores parâmetros de proteína, gordura e CCS – Controle de Células Somáticas, conforme Instrução Normativa Nº 62 do MAPA. Na zona Sul do Estado, os produtores relatam a queda de dois a cinco centavos neste mês. Na região de Porto Alegre, os leiteiros que vendem direto ao consumidor estão recebendo entre R$ 2 e R$ 2,50 o litro. Preços recebidos pelos algumas regiões do Estado Região Bagé Erechim Passo Fundo Porto Alegre Santa Maria produtores em Mínimo Máximo R$ 0,52 R$ 0,68 R$ 1,15 R$ 1,02 Maior Ocorrência R$ 0,88 R$ 0,85 R$ 0,88 R$ 0,96 R$ 0,88 R$ 0,80 R$ 0,91 R$ 0,85 R$ 0,65 R$ 0,92 R$ 0,83 Obs: R$/litro Ovinocultura - Fase de realização da esquila e cuidados do rebanho, especialmente dos cordeiros, chegando ao final as práticas como assinalação, castração e descola. De maneira geral, a taxa de mortalidade em cordeiros foi baixa, mas mais acentuada em alguns municípios da região onde ocorreram grandes chuvas. No manejo, alguns produtores conduzem os rebanhos com boa oferta de forragem e abrigo, preferencialmente próximo à sede, para facilitar o acompanhamento do rebanho, os cuidados sanitários e o controle de predadores. Alguns produtores estão fornecendo ração e outros suplementos para o rebanho. No aspecto geral os rebanhos apresentam boa condição corporal; porém, em algumas regiões o excesso de umidade causa transtornos aos animais, como ataque de parasitas, incidência elevada de verminose nos rebanhos principalmente nos cordeiros. Os produtores estão realizando controle, onde há altas contaminações nas pastagens por larvas de vermes, os ovinos ingerem grandes quantidades destas larvas e constantemente estão sendo infestados; o excesso de chuvas também deixa os animais mais suscetíveis à doença da hemoncose. Outro problema que vem sendo observado é a manqueira dos ovinos que causa grandes prejuízos e é de difícil controle; os produtores também realizam a vacinação para carbúnculo e têm redobrado a dedicação aos rebanhos para controle dessas moléstias. Em Caçapava do Sul e Santana do Livramento, há registros de ataque de javali em algumas localidades, comprometendo a produção principalmente de cordeiros. As esquilas estão avançando lentamente, devido às chuvas, havendo ainda poucos ovinos tosquiados para a época. As precipitações ocorridas prejudicaram o rebanho; porém as condições deste período já foram um pouco melhores. Em algumas regiões da Fronteira Oeste e Campanha, observa-se que a comercialização de cordeiros ainda é baixa, mas a oferta de animais para o mercado deverá 9 aumentar com a proximidade do final de ano, quando ocorrem muitos negócios de animais para abate. Os preços pagos ao produtor estão atrativos, e também ocorre alguma comercialização de ovelhas para descarte. Os produtores já estão preparando lotes de cordeiros que deverão ser comercializados no fim de ano, através de oferta de pastagens cultivadas ou pastoreio em campo nativo melhorado. Nesta época os ovinocultores preferem esquilar os animais para vender posteriormente; com isso aumentam a renda com a venda da lã. Em Santana da Boa Vista, de acordo com informações levantadas junto aos açougues do município, o preço pago ao produtor é de R$ 11/kg da carcaça de ovelha e capão, e de R$ 12/kg da carcaça de cordeiro e borrego. Preços pagos aos ovinocultores em algumas regiões do Estado no período Região Bagé Pelotas Produto Mínimo Máximo Mínimo Máximo R$ Capão R$ 5,40 R$ 5,40 R$ 5,00 3,00 R$ Cordeiro R$ 5,90 R$ 4,80 R$ 5,50 3,95 R$ 4,00 R$ 4,90 Ovelha Obs: (R$/kg vivo). Região Produto Cordeiro Santa Maria Mínimo Máximo R$ 4,50 R$ 5,40 Obs: (R$/kg vivo). Preços pagos pela lã na região Sul do Estado no período Produto Mínimo Máximo Lã Merina R$ R$ 15,00/kg 17,00/kg Ideal (Prima A) R$ R$ 14,00/kg 15,00/kg Lã Corriedale R$ RS 12,00/kg (Cruza 1) 13,00/kg Lã Corriedale R$ R$ 10,00/kg (Cruza 2) 12,00/kg Suinocultura - O preço gaúcho do suíno apresentou estabilidade esta semana, permanecendo em R$ 3,87/kg vivo para o suinocultor independente, preço posto na indústria. O número de animais da pesquisa ficou em 16.330, com peso médio de 111 quilos. Esta semana tivemos quatro informantes que compraram milho, ficando a saca de 60 quilos em R$ 33,25. O preço da tonelada de farelo de soja ficou em R$ 1.367,50 para pagamento à vista e em R$ 1.385,00 para pagamento com 30 dias de prazo, ambos no preço da indústria. A cotação agroindustrial média do suíno é de R$ 3,13. Cotação do suíno cooperativas Empresa Cotrel* Cosuel Cotrijuí Languiru Majestade* Ouro do Sul Alibem BRF* JBS Pamplona* nas agroindústrias e Preço (R$/kg vivo) R$ 3,20 R$ 3,11 R$ 3,05 R$ 3,10 R$ 3,10 R$ 3,40 R$ 3,10 R$ 3,10 R$ 3,10 R$ 3,10 Fonte: Pesquisa semanal ACSURGS 09/11/2015 bonificação de carcaças (*)Mais Apicultura - Com a ocorrência de temperaturas mais elevadas, já se observa a movimentação das abelhas em função do clima e da oferta de alimentos. O período de floração está ampliando, com várias espécies entre nativas e eucalipto. A extração de mel apresenta perspectivas de média para boa safra. Em alguns locais a temporada foi considerada ruim em virtude do excesso de chuvas, que danificou as floradas e diminuiu a produção no geral. O excesso de chuvas causou mortalidade de enxames na região do Vale do Rio Pardo. Produtores já diminuem a alimentação de inverno dos enxames, mas o clima de maneira geral não tem sido favorável pela pouca presença de floradas, grande presença de chuvas e clima frio para a época. Nesse momento poucos produtores têm realizado colheita, mas com tendência a se intensificar com a melhoria do clima. Alguns produtores já começaram a oferecer alimentação artificial para induzir a postura da abelha rainha. Há boa procura de mel, porém a disponibilidade ainda é pequena. Em Bagé, alguns apicultores comercializam mel com empresas exportadoras de Santa Catarina. O produto está sendo comercializado com valores de R$ 15 a R$ 20/kg, na venda direta ao consumidor. Na região Sul o mel a granel está sendo comercializado de R$ 7 em São Lourenço do Sul e a R$ 10 em Rio Grande. 10 Piscicultura – Na região de Erechim, as carpas estão sendo comercializadas em feiras, em média ao preço de R$ 10 a 12/kg. Os tanques estão cheios, pois tem chovido intensamente. Como o inverno foi ameno, não houve problemas com a sobrevivência dos peixes, mantendo-se os pesos durante o período de frio. Os criadores estão fazendo reservas de alevinos para povoamento dos tanques e planejando o próximo ano. Pesca artesanal na região Sul - O período de defeso terminou na Lagoa dos Patos e começou na Lagoa Mirim. Em Rio Grande, em função da cheia da Lagoa dos Patos, a estimativa de pesca para a safra 2015/2016 não é boa. Em Pelotas segue-se pescando linguado e tainha, porém o excesso de chuva preocupa muito os pescadores em relação à safra de camarão. Em São José do Norte, ocorre a safra da corvina. A Lagoa baixou, possibilitando as atividades da pesca; porém poucos pescadores estão conseguindo capturar corvina, captura restrita somente à boca da Barra. O maior volume da corvina capturada é de tamanho pequeno. Em São Lourenço do Sul, o destaque é a pesca da tainha. Preços ofertados na região Sul Mínimo - R$ Produto/espécie / kg Bagre 3,00 Corvina 2,00 Jundiá 1,80 Linguado 5,50 Peixe-rei 2,50 Pintado 1,20 Tainha 2,50 Traíra 3,50 Máximo – R$ / kg 5,00 4,50 6,00 7,00 3,20 1,60 3,50 4,50 11 ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES Produtos Semana Atual Semana Anterior Mês Anterior Ano Anterior 12/11/2015 05/11/2015 15/10/2015 13/11/2014 Unidade Médias dos Valores da Série Histórica – 2010/2014 GERAL NOVEMBRO Arroz em Casca 50 kg 39,70 39,45 39,00 38,96 33,73 34,70 Feijão 60 kg 113,18 112,78 115,00 116,13 117,43 118,57 Milho 60 kg 28,33 27,86 26,98 25,00 26,11 26,83 Soja 60 kg 73,82 75,81 74,18 62,89 58,13 60,55 Sorgo Granífero 60 kg 22,40 22,07 21,80 20,77 21,74 21,72 Trigo 60 kg 33,03 33,21 31,75 27,40 30,51 30,38 Boi para Abate kg vivo 4,88 4,88 4,81 4,75 3,74 3,72 Vaca para Abate kg vivo 4,34 4,31 4,23 4,29 3,36 3,34 Cordeiro para Abate kg vivo 5,09 5,11 5,15 4,68 4,22 4,57 Suíno Tipo Carne kg vivo 3,15 3,15 3,18 3,91 2,95 3,16 Leite (valor liquido recebido) litro 0,97 0,82 0,83 0,86 09/11 - 13/11 0,86 02/11 - 06/11 0,86 12/10 - 16/10 10/11 - 14/11 Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV). NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2010-2014 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2010-2014.