A HISTÓRIA DE OCUPAÇÃO DA BACIA DO RIO DOCE E A NECESSIDADE DE POLÍTICAS PÚBLICAS EM PROL DE SUA REVITALIZAÇÃO Carlos Alberto DIAS (Universidade Vale do Rio Doce); Aline Marchesi HORA (Universidade Vale do Rio Doce) Introdução: A Bacia Hidrográfica do Rio Doce possui 86% de extensão territorial pertencente a Minas Gerais e 14% ao Espírito Santo. Seu potencial econômico baseia-se nas atividades de agricultura, indústria, mineração e geração de energia. Descoberta em 1501, sua ocupação e efetivo crescimento econômico se deu no início no século XX, impulsionado pela Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM). Seu uso não sustentável promoveu devastação de solos, matas e assoreamento do rio. Conhecer o processo histórico de ocupação desta bacia torna-se um fator estratégico para a tomada de decisões que possam contribuir de forma mais efetiva para sua revitalização. Objetivo: Realizar um breve relato histórico dos usos não sustentáveis da Bacia do Rio Doce, que datam do início do século XVIII até o final do século XX. Metodologia: Para alcance deste objetivo, utilizou-se do método de revisão bibliográfica tendo-se como referência artigos publicados em periódicos científicos constantes nas bases de dados Scielo, Bireme e Lilacs, bem como literatura técnica tratando do tema em questão. Resultados: Integrantes da esquadra Portuguesa em 1501 iniciaram um processo de controle das margens da Bacia do Rio Doce na busca de ouro e pedras preciosas, assim como realizado em diversas outras regiões do Brasil. Descoberta suas riquezas minerais, as cabeceiras do Rio Doce começaram a ser povoadas. A população de Minas Gerais que em 1700 era de 30 mil habitantes, com a extração do ouro e outras pedras preciosas em 1751 chegou a 407 mil. A apropriação destes recursos ocorreu de forma exploratória não sustentável, extrapolando a capacidade de regeneração das fontes naturais. Com o declínio da mineração, por volta de 1780, muitas áreas antes compostas por vegetação nativa de Mata Atlântica tornaram-se pastagens dando continuidade ao processo de degradação ambiental da Bacia. A inauguração em 1910 da EFVM trouxe efeitos positivos para o desenvolvimento regional mas devastador para os recursos hídricos e o solo. Atualmente o Rio Doce constitui-se em parte num cenário que revela as agressões ambientais sofridas pela quase totalidade da Bacia: águas poluídas, degradação de mata ciliar, assoreamento e redução do volume de água. Todos estes fatores o tornaram inavegável e o colocaram em um estágio de extrema necessidade de recuperação ambiental. Conclusão: O Rio Doce inicialmente considerado como alternativa para obtenção de riquezas, após o intenso processo de exploração necessita de cuidados. Constituindo-se em meio de subsistência de inúmeras comunidades que vivem às suas margens, depende de Políticas Públicas e mudanças no comportamento do homem para sua sobrevivência. Palavras-chave: Políticas públicas. Degradação ambiental. Rio doce. Agências de fomento: FAPEMIG 3º Congresso de Ciências da Saúde, 12ª Semana de Iniciação Científica e 3ª Semana de Extensão - UnilesteMG "Inovação a serviço da vida e ambientes saudáveis." Coronel Fabriciano-MG - 12/09/2011 a 14/09/2011