NORMA DO EXÉRCITO SANDÁLIA DE BORRACHA TIPO HAVAIANA BRASILEIRO ESPECIFICAÇÃO NEB / T E– SUMÁRIO 1 OBJETIVO .................................................................................................................. 1 2 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES .................................................. 1 3 CARACTERÍSTICAS GERAIS .................................................................................... 2 4 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS.......................................................................... 3 5 CONTROLE DE QUALIDADE..................................................................................... 5 6 FISCALIZAÇÃO .......................................................................................................... 5 7 INSPEÇÃO.................................................................................................................. 6 8. MÉTODOS DE ENSAIO E PROCEDIMENTOS........................................................... 7 9 IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................... 9 10 EMBALAGEM............................................................................................................... 9 1 OBJETIVO Esta proposta tem por objetivos padronizar, especificar a matéria-prima e fixar as condições exigíveis que devem satisfazer a Sandália de Borracha Tipo Havaiana. 2 NORMAS E DOCUMENTOS COMPLEMENTARES A relação de normas a seguir será utilizada na confecção e inspeção da Sandália de Borracha Tipo Havaiana. 2.1.1 Normas de Procedimento DMI 1002 Pc - Condicionamento de Corpos-de-prova 2.1.2 Normas de Método de Ensaio DMI-1010 Me - Solados - Determinação da Resistência à Abrasão. DMI-1012 Me - Elastômeros - Determinação da Dureza. DMI-1013 Me - Elastômeros - Determinação da Densidade. DMI-1014 Me - Determinação da Resistência à Flexão. DMI 1022-Me - Elastômeros - Determinação da Resistência à Tração e ao Alongamento. Esta norma substitui as normas Nº DMI – 66, 67 e 68 /84 P, e 32/84 E, todas de 29 de junho de 1984. MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO DEPARTAMENTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA CENTRO TECNOLÓGICO DO EXÉRCITO Palavras-chave: Aprovação: Texto-base DS / Cl II n° 009/ 2007 – Sandália de Borracha Tipo Havaiana Homologação: 1/10 NEB / T E – 2.2 2 / 10 Outras Normas NBR 5426 – Planos de Amostragem e Procedimentos na Inspeção por Atributos Pc. ASTM D 297 – Elastômeros – Seção 16.3 – Determinação da Densidade – Método hidrostático ASTM D 412 – 80 – Elastômeros – Resistência à ruptura. ASTM D 624 – Borracha Vulcanizada Convencional e Elastômeros Termoplásticos – Teste Padrão de Determinação da Resistência ao Rasgo. ASTM D 1052/76 – Elastômeros - Determinação da Resistência à Flexão. ASTM D 1456 – Elastômeros – Determinação do Alongamento. ASTM D 2240 – Elastômeros – Determinação da Dureza. DIN 53505 – Elastômeros – Determinação da dureza Shore A e D. DIN 53516 – Elastômeros – Determinação de Resistência à Abrasão. DIN 53543 – Comportamento ao flexionamento contínuo. 3 CARACTERÍSTICAS GERAIS A Sandália de Borracha Tipo Havaiana é constituída por um par com duas peças simétricas; cada peça é constituída de duas partes principais: solado e forquilha ou tira. 3.1 Componentes 3.1.1 Solado O solado é destinado a isolar do chão o pé do usuário e protegê-lo, amortecer impactos e conferir tração; é uma peça singela de borracha, de cor preta, de espessura menor na parte dianteira e maior na traseira, apresentando três furos escalonados, um na parte dianteira e dois nas laterais da parte traseira, para a fixação da forquilha ou tira. 3.1.2 Forquilha ou Tira A forquilha ou tira é uma peça singela de PVC, em forma de “Y”, com um segmento médio curto, e dois laterais que se unem na altura do segmento médio; os segmentos laterais são longos e têm formato achatado; cada segmento apresentando um terminal cilíndrico semelhante a um botão, para fixação nos furos escalonados do solado. NEB / T E – 3 / 10 Figura 1 – Sandália - exemplo 4 CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS 4.1 Solado 4.1.1 Matéria-prima O solado é confeccionado em composto de borracha sintética de estirenobutadieno (SBR). 4.1.2 Formato Possui formato com recorte anatômico, apresentando duas peças simétricas que 4 / 10 NEB / T E – formam o par; é menos espesso no bico e mais espesso no salto; a superfície superior é texturizada e a inferior deverá possuir estrias antiderrapantes. 4.1.3 Cor Preta. 4.1.4 Numeração Apresenta numeração dupla, nos seguintes tamanhos: 35/36; 37/38; 39/40; 41/42 e 43/44. 4.1.5 Espessura Apresenta espessura variável, sendo menos espesso no bico e mais espesso no salto, conforme quadro a seguir: Numeração Bico (mm) Salto (mm) 35/36 8 a 14 14,0 a 17,0 37/38 8 a 14 14,0 a 17,0 39/40 8 a 14 14,0 a 18,0 41/42 8 a 15 15,0 a 20,0 43/44 8 a 15 15,0 a 20,0 4.1.6 Dureza Shore A: 45 ± 10 4.1.7 Densidade Peso específico: 0,9 g/cm³ a 1,3 g/cm³ 4.1.8 Resistência à tração Mínima: 5 MPa 4.1.9 Alongamento Mínimo: 200% (na ruptura) 4.1.10 Resistência ao rasgamento ≥ 7 N/mm de espessura 4.1.11 Resistência à flexão Aumento do rasgo após 30.000 ciclos: ≤ 4 mm 4.1.12 Resistência ao desgaste por abrasão ≤ 400 mm³ (Noratest) 4.2 Forquilha ou Tira 4.2.1 Matéria-prima A forquilha ou tira é confeccionada em composto de PVC injetado. NEB / T E – 5 / 10 4.2.2 Formato Possui formato de um “Y”; a exemplo do solado, duas peças simétricas constituem um par; as tiras (ou segmentos) laterais são achatadas, com espessura de 4 a 4,5 mm medidos na parte média da seção transversal, sendo mais delgadas nas bordas; apresentam largura de 17 ± 3 mm; são lisas nas superfícies inferiores e estriadas nas superiores; têm extremidades cilíndricas e terminam por um cilindro de maior diâmetro, para a sua fixação aos furos escalonados laterais do solado; o segmento médio possui o formato cilíndrico ou elíptico, neste último caso com o eixo menor colocado no sentido transversal da sandália e o maior no sentido longitudinal; sua extremidade é cilíndrica, terminando por um cilindro de maior diâmetro, destinado à fixação no furo escalonado anterior do solado. 4.2.3 Cor Preta. 4.2.4 Resistência à tração Carga de ruptura: ≥ 20 MPa, segundo a norma ASTM D 412. 4.2.5 Resistência ao rasgo Rasgamento: ≥ 14 kN/m, segundo a norma ASTM D 624. 5 CONTROLE DE QUALIDADE 5.12 Condições de Fabricação 5.12.1 Responsabilidade pela Fabricação O fabricante é o responsável pela produção do artigo, de acordo com as características estabelecidas na presente norma. A presença do fiscal militar ou agente técnico credenciado nas instalações de fabricação não exime o fabricante da responsabilidade pela produção do artigo. 5.12.2 Processos de Fabricação Os processos de fabricação, embora sejam da escolha do fabricante, condicionados pela natureza dos equipamentos disponíveis, devem assegurar ao artigo a conformidade com os requisitos desta norma. 5.12.3 Garantia da Qualidade O fabricante deve garantir a qualidade do artigo mediante o controle de qualidade das matérias-primas e do produto acabado, em todo o processo de fabricação, segundo um plano de controle sistemático o qual deve ser dado ao conhecimento do fiscal militar ou agente técnico credenciado. 6 FISCALIZAÇÃO 6.1 Fiscal Militar O Exército se reserva o direito de, sempre que julgar necessário, verificar por meio do fiscal militar ou agente técnico credenciado, se as prescrições da presente norma são 6 / 10 NEB / T E – cumpridas pelo fabricante. Para tal, o fabricante deve garantir, ao fiscal militar ou agente técnico credenciado, livre acesso às dependências pertinentes da fábrica, bem como, apresentar toda a documentação relativa à aceitação da matéria-prima utilizada na fabricação do produto. 6.2 Certificado de Controle Por ocasião da inspeção, o fabricante deve fornecer, ao fiscal militar ou agente técnico credenciado, um certificado onde conste que o produto foi fabricado e controlado de acordo com as prescrições desta norma, e que a matéria-prima utilizada na sua fabricação e embalagem foi aceita em obediência às normas específicas. 6.3 Apoio às Inspeções O fabricante deve colocar à disposição do fiscal militar ou agente técnico o seguinte: os aparelhos de controle, os instrumentos e os auxiliares necessários à inspeção. 7 INSPEÇÃO 7.1 Inspeção Visual e Metrológica 7.1.1 Lote de amostragem O lote deve ser amostrado segundo a Norma NBR 5426, nas condições constantes da tabela 1. TABELA 1- Plano de Amostragem para Inspeção Visual (NQA 2,5%) LOTE PLANO DE AMOSTRAGEM De fabricação Simples INSPEÇÃO REGIME NÍVEL Normal I 7.1.2 Ensaios Destrutivos O fabricante deve fornecer, ao Responsável pelo Recebimento das Amostras, todas as matérias-primas, utilizados na fabricação do artigo, na forma original, na quantidade mínima especificada na Tabela 2. TABELA 2 - Quantidade de Matéria-prima para Ensaios Destrutivos MATÉRIA-PRIMA/AVIAMENTOS Sandália montada QUANTIDADE 3 unidades 7.1.3 Amostragem A amostragem para ensaios destrutivos deve observar a Norma NBR 5426 nas condições constantes da Tabela 3. TABELA 3- Plano de Amostragem para Ensaios Destrutivos (NQA 2,5%) LOTE PLANO DE AMOSTRAGEM De fabricação Simples INSPEÇÃO ESPECIAL REGIME NÍVEL Reduzido S-2 8 7 / 10 NEB / T E – MÉTODOS DE ENSAIO E PROCEDIMENTOS 8.1 Inspeção visual e metrológica A coleta de amostras para inspeção visual e metrológica deve ser efetuada de acordo com Norma DMI 1005-Pc. 8.1.1 Aspecto visual e acabamento A sandália de borracha tipo havaiana deve estar completa, limpa, íntegra, montada corretamente. 8.1.2 Identificação A Sandália de Borracha Tipo Havaiana deverá possuir etiqueta da embalagem individual, contendo a indicação do ano e do semestre de fabricação, tamanho e NEE, além das informações estabelecidas na legislação em vigor, de modo a ser identificado de maneira clara e durável. A numeração deverá ser gravada por estampagem ou em alto relevo na parte superior do solado. A marca do fabricante pode ser gravada por estampagem ou alto relevo na parte superior do solado ou na tira. 8.1.3 Número de Estoque do Exército O NEE indicado na etiqueta deverá obedecer à tabela abaixo: TABELA 4 – NEE da Sandália de Borracha Tipo Havaiana, conforme o tamanho 8.5 ARTIGO NEE Sandália de borracha tipo havaiana 35/36 8430BR1011573 Sandália de borracha tipo havaiana 37/38 8430BR1304246 Sandália de borracha tipo havaiana 39/40 8430BR 1003711 Sandália de borracha tipo havaiana 41/42 8430BR1003713 Sandália de borracha tipo havaiana 43/44 8430BR1003712 Espessura Medir as dimensões com paquímetro e comparar com a especificação. 8.6 Densidade Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma NBR 10588 e comparar com a especificação. 8.7 Resistência à Tração Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma NBR 11912 e comparar com a especificação. 8.8 Resistência ao Rasgo Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma ASTM D 1424 e comparar com a especificação. 8 / 10 NEB / T E – 8.9 Determinação da Resistência à Abrasão Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma DMI 1010 Me (ou DIN 53516) e comparar com a especificação. 8.11 Determinação da Dureza Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma DMI 1012 Me (ou ASTM 2240) e comparar com a especificação. 8.12 Determinação da Densidade Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma DMI 1013 Me (ou ASTM D 297) e comparar com a especificação. 8.13 Determinação da Resistência à Flexão Submeter a amostra ao ensaio descrito na Norma DMI 1014 Me (ou DIN 53543) e comparar com a especificação. 8.14 Inspeção visual e metrológica A inspeção visual e metrológica será realizada com vistas à detecção dos defeitos discriminados e classificados na Tabela 5. Devem ser executadas por classe de defeitos considerando-se, para toda a amostra, o N.Q.A. estabelecido para cada classe conforme indicado na mesma Tabela 5. Tabela 5 – Sandália de Borracha Tipo Havaiana – Inspeção Visual e Metrológica Classificação e N.Q.A. (%) Nº DEFEITO VISUAL (A) CRÍTICO 4,0 01 02 03 04 05 06 Suja, com graxa, óleo ou qualquer outro material estranho. Solado fabricado com matérias-primas diferentes das especificadas Sandália montada de maneira errada Ausência da etiqueta de identificação Inscrições da etiqueta de identificação faltando, incompletas, incorretas ou ilegíveis. GRAVE 2,5 TOLERÁVEL 1,0 X X X X X Acabamento da parte superior do solado ou da parte inferior das tiras apresentando rugosidades X METROLÓGICO 07 08 Qualquer dimensão menor que a especificada Qualquer dimensão maior que a especificada X X (A) Quando um defeito visual resultar também em um ou mais defeitos metrológicos, considerar apenas o defeito visual 9 / 10 NEB / T E – 8.15 Condições de aceitação O lote é aceito quando os limites de aceitação da NBR 5426 não são ultrapassados e é rejeitado em caso contrário. 9 IDENTIFICAÇÃO 9.1 Fabricante tira. 9.2 A identificação do fabricante deve ser gravada no solado, na região do salto, ou na Data de Fabricação O semestre e ano de fabricação do calçado devem ser impressos ou estampados na etiqueta de identificação do fabricante, contida na embalagem individual. 9.3 Numeração A numeração deve seguir de tamanhos 35/36 até o nº 43/44 (tamanhos comerciais correntes no país). A numeração deve ser gravada na parte superior do solado. 10 EMBALAGEM Em princípio, deverá ser seguida a Norma de embalagem de Material de Intendência. Admite-se como alternativa, mediante prévia autorização da contratante, o uso de embalagem grupal do tipo caixa de papelão corrugado, neste caso contendo até 25 unidades da mesma numeração; as caixas serão fechadas e lacradas com fitas adesivas. Cada unidade (par) deverá ser acondicionada individualmente em saco plástico. então, em caixas de papelão corrugado com 5 mm de espessura, Cada embalagem individual deverá conter as inscrições: - Nome do fabricante; - Numeração do artigo (tamanho); - Ano e semestre de fabricação; - Número de estoque do Exército – NEE; - Código de barras contendo informações sobre o item As mesmas inscrições deverão ser colocadas na parte externa das caixas, acrescentando-se, ainda, número e data do empenho e do contrato e quantidade contida em cada caixa. As caixas de papelão devem permitir um empilhamento mínimo de até seis unidades, sem deformação. ___________________ 10 / 10 NEB / T E – Texto-base DS / Cl II nº 009/2007 – Sandália de Borracha Tipo Havaiana - elaborado pela Sec Sup Cl II / DS. ATO DE APROVAÇÃO Aprovo o presente texto-base, que será utilizado, até sua homologação, como “Especificações Provisórias da Sandália de Borracha Tipo Havaiana”, a partir da data de sua publicação em BI. Brasília, de de 2008. _________________________________________________ ERLANO MARQUES RIBEIRO – Ten Cel Int QEMA Chefe da Seção de Suprimento de Classe II Brasília, de de 2008. _______________________________________ Gen Bda ADERICO VISCONTE PARDI MATTIOLI Diretor de Suprimento