UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ
UNOCHAPECO
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
ESTUDO DE VIABILIDADE DO PET RECICLADO EM
CONCRETO SOB ASPECTO DA RESISTÊNCIA A
COMPRESSÃO
Eliton R. Pietrobelli
Chapecó
Julho de 2010
ELITON R. PIETROBELLI
ESTUDO DE VIABILIDADE DO PET RECICLADO EM
CONCRETO SOB ASPECTO DA RESISTÊNCIA A
COMPRESSÃO
Trabalho
de
monografia
II
apresentado ao Curso de Engenharia
Civil da Universidade Comunitária
Regional de Chapecó, como parte dos
requisitos para obtenção do titulo de
Engenheiro Civil
Chapecó
Julho de 2010
2
Dedico este trabalho a minha família,
pelo incentivo e apoio.
3
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Valcir Pietrobelli e Elaine S. D. Pietrobelli, e avós Alberto
Pietrobelli e Inês A. P. Pietrobelli pelo apoio carinho e compreensão em momentos
difíceis
Agradeço ao Prof. Silvio Pilz, orientador deste trabalho pelo auxilio no
desenvolvimento desta pesquisa.
Agradeço ao Eng. Marcelo Andrioli responsável pelo laboratório de Engenharia Civil da
Unochapecó pela colaboração no desenvolvimento da pesquisa.
Agradeço a Empresa Chapeplast pelo material cedido para o trabalho.
4
Um homem não pode fazer o certo
numa área da vida, enquanto está
ocupado em fazer o errado em
outra. A vida é um todo
indivisível.”
Mahatma Gandhi
5
RESUMO
PIETROBELLI, E.R. Estudo da resistência do concreto utilizando pet reciclado
como agregado. 2010. Trabalho de Monografia II – Curso de Engenharia Civil,
Universidade Comunitária da região de Chapecó, UNOCHAPECO, Chapecó, 2010.
A produção de lixo nas cidades brasileiras é um fenômeno inevitável, que ocorre
diariamente e em composições que dependem do tamanho da população e do seu
desenvolvimento econômico. O tratamento dos resíduos urbanos, apesar de ser uma
tarefa de difícil execução, deve ser priorizada a cada dia das gestões municipais. A
utilização de materiais reciclados na construção pode se configurar num importante
canal de eliminações de resíduos urbanos que de outra forma seriam depositados em
qualquer lugar aumentando o custo de deposição e tratamento, afetando o meio
ambiente de forma agressiva e sem controle. Neste trabalho foi avaliado o
comportamento do concreto com adição do resíduo de polietileno. A pesquisa estuda as
propriedades do concreto produzido com diferentes teores de adição do resíduo de
polietileno em diferentes traços de concreto. O estudo foi proposto com objetivo de
avaliar o comportamento dos materiais cimentados reforçados com fibras. Onde na
primeira etapa do trabalho foram feitos ensaios de caracterização dos agregados naturais
e do agregado de pet como, granulometria, massa especifica e massa unitária. Após
esta etapa foram calculados os traços referência confeccionados apenas com agregados
naturais, e após conhecida a resistência a compressão dos mesmos foram definidos os
traços com frações de polietileno. A segunda etapa foi a confecção dos corpos de prova
com diferentes frações de polietileno com identificação do slump e posteriormente o
rompimento dos mesmos a os sete quatorze e vinte e oito dias. Os concretos fabricados
com polietileno apresentaram perda na trabalhabilidade devido as características do
polietileno, características as quais afetam diretamente na resistência do concreto
produzido, pois o resíduo de pet tem uma baixa resistência.
Palavras-chave: Resíduo, Concreto, PET
6
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: consumo no Brasil de dois polímeros que estão mais presentes no lixo
urbano.............................................................................................................................23
Figura 2: reciclagem de matérias no mercado
brasileiro.........................................................................................................................25
Figura 3: reciclagem mecânica do pet Fonte: ABPET....................................................30
Figura 4 peneiras e agitador mecânico de peneiras........................................................35
Figura 5 cp’s após moldagem.........................................................................................38
Figura6: Cp após retirada do molde................................................................................39
Figura 7 Cp’s em tanque de água para cura.....................................................................39
Figura 8 Medindo o abatimento do tronco de cone.........................................................40
Figura 9 Capeamento dos cp’s (corpos de prova)...........................................................41
Figura 10:Agregado de polietileno ................................................................................44
Figura 11 Agregado de polietileno (Ensaio granulomético............................................44
Figura 12 Curva Granulométrica ...................................................................................45
Figura 13:specto do concreto com polietileno após mistura na betoneira.......................47
figura 14 : Resultado dos ensaios a compressão fc 45 MPa............................................51
figura 15 : Resultado dos ensaios a compressão fc 45 MPa............................................52
Figura16: cp cortado ao meio..........................................................................................54
Figura17: cp cortado ao meio..........................................................................................54
7
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Principais mercados mundiais de embalagens 1995-2005 (US$bilhões) ..........................27
Tabela 2: Segmentação do mercado de materiais de embalagem no Brasil(mil toneladas)..............28
Tabela 3: histórico da reciclagem do pet no Brasil.............................................................................30
Tabela4:volume de concreto para confecção dos cps........................................................................38
Tabela 5:volume de concreto para confecção dos cps........................................................................38
tabela 6: valores obtidos para o ensaio de granulometria...................................................................43
tabela 7: valores obtidos para o ensaio de granulometria...................................................................44
tabela 8: valores obtidos para o ensaio de granulometria...................................................................45
Tabela 9– Valores de abatimento de tronco de cone (slump).............................................................48
Tabela 10– Valores de abatimento de tronco de cone (slump)...........................................................48
Tabela 11 : resistência a compressão traço 45MPa e 30 MPa............................................................50
Tabela 12: resistência a compressão traço 30 MPa com 15, 30 e 40% de polietileno....................... 50
Tabela 13 : resistência a compressão traço 45 MPa 15, 30 e 40% de polietileno....................... .......51
Tabela 14:Resumo dos ensaios de compressão...................................................................................52
8
LISTA DE ABREVIATURAS
Cp’s = Corpos de prova
PET = Poli teraftalato de etileno
9
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................13
1.2 JUSTIFICATIVA...................................................................................................................14
1.3 OBJETIVOS..........................................................................................................................15
1.3.1 Objetivo Geral.....................................................................................................................15
1.3.2 Objetivo Especifico.............................................................................................................16
2 CARACTERIZAÇÃO DO PLASTICOS..............................................................................17
2.1 OS PRINCIPAIS TIPOS DE
PLÁSTICOS.................................................................................................................................18
3 MEIO AMBIENTE E ECICLAGEM...................................................................................21
3.1 PLÁSTICO NO LIXO URBANO..........................................................................................21
3.1.1 Reciclagem .........................................................................................................................23
3.1.2 O Plástico E A Reciclagem.................................................................................................25
3.1.3 Reciclagem Do Plástico......................................................................................................28
3..2 ESTUDOS PARA UTILIZAÇÃO DO PET NA ENGENHARIA..................................31
4 CONCRETO ...........................................................................................................................32
4.1 DOSAGEM .........................................................................................................................32
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.........................................................................33
5.1 ESTUDO EXPERIMENTAL..............................................................................................33
5.1.1Processo De Dosagem ....................................................................................................... 33
5.1.2 Definição Do Traço A Ser Utilizado.................................................................................33
5.2 COLETA DO MATERIAL................................................................................................34
5.3. CARACTERIZAÇÃO DOS AGREGADOS....................................................................34
5.3.1 Ensaio para determinação da composição granulométrica dos
agregados NBR 5734 e NBR 7217...............................................................................................35
5.3.1.1 Agregado graúdo natural..................................................................................................35
10
5.3.1.2 Agregado miúdo natural...................................................................................................36
5.3.1.3 Agregado de polietieno.....................................................................................................36
5.3.2 Ensaio para determinação da massa especifica do agregado miúdo por meio de frasco de
Chapman (NBR 9776/87).............................................................................................................36
5.3.3 Determinação da massa específica de agregado graúdo.....................................................36
5.3.4Determinação da massa específica de agregado miúdo de pet ...........................................37
5.4 Ensaio para determinação da massa unitária dos agregados em estado solto ..............37
5.5 -Confecção dos corpos de prova e rompimento................................................................37
5.6ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRABALHABILIDADE E
SLUMP, COMPRESSÃO..........................................................................................................41
5.6.1 Determinação da trabalhabilidade e slump.........................................................................41
5.6.2 Determinação da resistência a compressão.........................................................................41
6 RESULTADOS E ANÁLISES..............................................................................................43
6.1 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOS GRAÚDO
NATURAL..................................................................................................................................43
6.2 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOS MIÚDO
NATURAL..................................................................................................................................44
6.3 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOS MIÚDO
DE PET........................................................................................................................................44
6.4 DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADO..............................47
6.5 Determinação da massa unitária dos agregados em estado solto....................................47
6.6 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRABALHABILIDADE E
SLUMP........................................................................................................................................47
6.6.1 Trabalhabilidade e slump.................................................................................................47
6.7 Determinação da resistência a compressão........................................................................49
6.7.1 Resistência a compressão traços referência .....................................................................49
11
6.7.2 Resistência a compressão(Traço 20 MPa)...........................................................................50
6.7.3 Resistência a compressão(Traço 35 MPa)...........................................................................51
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................55
REFERÊNCIAS...................................................................................................................57
APÊNDICE 1.................................................................................................................60
APÊNDICE 2.................................................................................................................62
APÊNDICE 3.................................................................................................................68
12
1 INTRODUÇÃO
O volume de resíduos domésticos produzidos em todo o mundo aumentou três vezes
mais do que a sua população nos últimos 30 anos. O crescimento do uso de embalagens
descartáveis, a cultura do consumo e o desperdício são responsáveis pelo descarte de 30
bilhões de toneladas de resíduos sólidos no planeta todos os anos (CANELLAS, 2005).
Segundo o CEMPRE (2009), a produção média de resíduos sólidos urbanos no Brasil
está na ordem de 0.7kg/hab.dia, em cidades como Rio de Janeiro e São Paulo chegam a
gerar 1 kg/hab.dia, e desta forma, são descartados diariamente 140.000 toneladas, nem
sempre em locais adequados. Deste total, 76% acabam em lixões (área de depósito de
resíduos urbanos sem tratamento), acarretando a contaminação do solo, dos mananciais,
além de aumentar significativamente a ocorrência de zoonoses. Desta forma a filosofia
dos 3Rs, ou seja, reduzir, reutilizar e reciclar, tratando o problema em sua origem, vem
sendo um procedimento permanente, buscando a minimização desta situação. A
reciclagem, como todo processo também pode gerar resíduo e muitas vezes, exige
grandes investimentos. Porém, mesmo com estas restrições, apresenta-se como a melhor
solução.
Segundo Calderoni (1997) "O Brasil poderia economizar US$ 10 bilhões por ano se
reciclasse os resíduos domiciliares“. Deve-se considerar também a falta de
regulamentação e de ações que busquem incentivar a produção de bens recicláveis,
principalmente os oriundo de embalagens pós consumo, prejudicando a implantação de
projetos que visam a preservação, manutenção e recuperação do meio ambiente e de seu
ecossistema, ao qual estamos profundamente inseridos. No Brasil a prática da
reciclagem ainda apresenta-se de forma incipiente, mas o cenário indica sinais de
melhora.
Segundo o CEMPRE (2009), no Rio de Janeiro, por exemplo, a participação dos
plásticos corresponde em média a 7% do lixo; já na cidade de Curitiba estes
representam índices próximos a 6%. Destes percentuais, o PET (plástico resistente
usado em embalagens de refrigerantes, água e sucos, entre outros) representa 17%.
Segundo a ABIPET (2004), cerca de 141.000 toneladas destas embalagens usadas foram
recicladas em 2003, registrando um crescimento de 18% em relação ao ano anterior. A
entidade calcula que, até o final de 2004, o volume de reciclagem deva crescer de 15% a
13
20%, em função das políticas de incentivo à coleta seletiva executadas por associações
de catadores em conjunto com as prefeituras.
Segundo Canellas (2005) apesar da implantação dessas políticas, que ainda são casos
pontuais, o quadro necessita ser melhorado.
Segundo ABIPET, em 2003, o Brasil consumiu 330.000 toneladas de resina PET na
fabricação de embalagens. A demanda mundial é de cerca de 6,7 milhões de toneladas
por ano. Observa-se que os dados referentes à produção x reciclagem, indicam que,
somente em 2003, a diferença encontra-se na ordem de 189.000 toneladas.
Considerando que cada embalagem pesa em média 50g e que seu descarte é
praticamente imediato, conclui-se que somente neste setor foram descartadas,
aproximadamente 3,6 bilhões de embalagens no meio ambiente.
Novas alternativas para reutilização destas embalagens pós-consumo necessitam ser
propostas, de modo a evitar o descarte em aterros sanitários e no meio ambiente onde,
por não serem de rápida decomposição, acarretam problemas de ordem operacional nos
aterros sanitários, dificultando a compactação da parte orgânica, além da significativa
perda econômica e social, uma vez que a indústria da reciclagem gera empregos e usa
mão-de-obra de baixa qualificação. O conhecimento das características tecnológicas dos
resíduos aumenta a possibilidade de utilização dos produtos confeccionados com estes
materiais, além da redução da geração de resíduos mais danosos que os originais, uma
vez que todo processamento gera resíduo (CANELLAS, 2005).
1.2 Justificativa
A construção civil é responsável por entre 15 e 50 % do consumo dos recursos naturais
extraídos. Em países como o Reino Unido o consumo de materiais de construção civil é
de aproximadamente 6 toneladas/ano.habitante ( ENGINEERING RESEARCH
FOUNDATION CERF, 2009).
O consumo de agregados naturais varia entre 1 e 8 toneladas/habitante.ano. No Brasil o
consumo de agregados naturais somente na produção de concreto e argamassas é de 220
milhões de toneladas. Em volta das grandes cidades areia e agregados naturais começam
14
a ficar escassos, inclusive graças ao crescente controle ambiental da extração das
matérias primas. A construção civil consome cerca de 2/3 da madeira natural extraída e
a maioria das florestas não são manejadas adequadamente.
Algumas matérias primas tradicionais da construção civil têm reservas mapeadas
escassas. O cobre e o zinco, por exemplo, tem reservas suficientes apenas para 60 anos.
Embora estes valores possam sempre ser questionados, certamente exercem influência
no preço dos produtos, dificultando o uso. E necessário o desenvolvimento de
alternativas que venham a substituir estes materiais na indústria da construção civil,
embalagens pós-consumo de PET, são cada vez mais freqüentes na composição do lixo
urbano e descartadas indevidamente no meio ambiente, causando danos a estrutura de
saneamento urbano, surge a necessidade de um reaproveitamento destas embalagens.
De acordo com Petrucci (1978), o concreto é o material de construção mais utilizado no
mundo, sendo assim, o constante estudo de seus componentes, processos de fabricação e
utilização devem ser promovidos e valorizados.
O concreto vem sendo estudado a tempos, por acadêmicos e pesquisadores, isso explica
pela vasta utilização na construção civil. Em conseqüência da intensidade do uso, o
preço dos materiais componentes tende a crescer, caso o consumo cresça
demasiadamente em relação a produção (BONAI, 2008).
Com a utilização de resíduos de pet como agregado será possível aproveitar grande
parte do polietileno que e descartado em locais inadequados dando assim a ele uma
nova utilização na construção civil após ser reciclado.
1.3 Objetivos do trabalho
1.3.1 Objetivo geral
Avaliação comparativa do desempenho do concreto confeccionada com os agregados
naturais e com razões de substituição gradual, por flocos de PET, originados do
processamento de granulação de embalagens pós-consumo.
15
1.3.2 Objetivos especificos
a) Caracterizar os agregados de PET
b) Analisar a resistência do concreto com certa quantidade de agregado natural
substituído por PET
c) Verificar a aplicabilidade do concreto com incorporação de PET de acordo com a
resistência encontrada.
16
2 CARACTERIZAÇÃO DOS PLÁSTICOS
A palavra plástico vem do grego e significa “ adequado a moldagem” e assim como a
palavra “metal” não difere o ferro do alumínio, “plástico” não se refere a um único
material (PIVA e WIEBECK 2004).
Os plásticos, as borrachas e as fibras são constituídos principalmente de polímeros, que
são moléculas em cuja estrutura se encontram unidades químicas simples, repetidas
denominadas meros. São moléculas muito grandes, macromoléculas, com peso
molecular geralmente entre 10 000 e 100 000. Os monômeros são compostos químicos
que reagem para formar polímeros por uma reação chamada polimerização (MANO,
PACHECO e BONELLI, 2005).
De acordo com Mano, Pacheco e Bonelli (2005), os polímeros podem ser classificados
em dois grandes grupos quanto a o seu comportamento quando aquecidos:
a) Termoplásticos: os que fundem por aquecimento e solidificam por resfriamento,
reversivelmente, por exemplo, o polietileno e o poli teraftalato de etileno (pet)
b) Termorrígidos: aqueles que, por aquecimento, sofrem reações químicas e se
transformam em massa insolúvel e infusível, como a resina fenólica e a
borracha vulcanizada. Esses são os termorrígidos químicos. Há também
matérias do tipo termorrígidos físicos, em que as ligações intermoleculares são
hidrogênicas, como e o caso da celulose do papel.
Segundo Mano, Pacheco e Bonelli (2005), O comportamento mecânico e também uma
forma bastante utilizada para classificar os polímeros:
a) borrachas ou elastômeros, matérias que a temperatura ambiente, exibem elevada
elasticidade, suportando grandes deformações sem ruptura, com rápida e
espontânea retração ao tamanho original.
b) Plásticos: materiais que se tornam fluidos por ação da temperatura e podem ser
moldados por pressão, tornam-se sólidos por resfriamento.
17
c) Fibras: matérias que apresentam alta resistência mecânica e elevada razão entre
as dimensões longitudinal e transversal.
Destes três tipos de matérias polímeros o plástico e que se encontra mais presentes no
lixo, ocupa grande volume em relação ao peso, o que os torna mais visíveis como
poluidores do meio ambiente.
Segundo Piva e Wiebeck (2004), os termorrígidos apresentam 20% do total de plásticos
consumidos no brasil.
Portanto, o PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas e
embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos,
cosméticos, produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários
outros como embalagens termo formadas, chapas e cabos para escova de dente
(ABIPET, 2005).
2.1 OS PRINCIPAIS TIPOS DE PLÁSTICOS
A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas estabelece através da norma
NBR - 13230, simbologia a identificação dos termoplásticos utilizados na fabricação de
embalagens e recipientes, facilitando a sua reciclagem. Considerou sete tipos de
termoplásticos, a seguir:
Polietileno Tereftalato – PET: É utilizado em frascos de refrigerantes, de
produtos de limpeza e farmacêuticos, em fibras sintéticas, etc..
18
Polietileno de Alta Densidade – PEAD: São utilizados na confecção de
engradados para bebidas, garrafas de álcool e de produtos químicos, tubos para líquidos
e gás, tanques de combustível, etc..
Policloreto de Vinila – PVC, São utilizados em tubos e conexões para
água, calçados, encapa mentos de cabos elétricos, equipamentos médico-cirúrgico,
lonas, esquadrias e revestimentos, etc..
Polietileno de Baixa Densidade – PEBD:São empregados nas embalagens de
alimentos, sacos industriais, sacos para lixo, filmes flexíveis, lonas agrícolas, etc.
Polipropileno - PP
Empregados em embalagem de massas alimentícias e biscoitos, potes de margarina,
seringas descartáveis, equipamentos médico-cirúrgicos, fibras e fios têxteis, utilidades
domésticas, autopeças, etc..
Poliestireno – OS :Usado em copos descartáveis, placas isolantes, aparelhos
de som e de TV, embalagens alimentícias, revestimento de geladeiras, material escolar,
etc..
19
Outros: São as resinas plásticas não indicadas até aqui e são utilizadas em
plásticos especiais na engenharia, em CDs, em eletrodomésticos, em corpo de
computadores e em outras utilidades especiais
20
3 MEIO AMBIENTE E RECICLAGEM
3.1. PLÁSTICO NO LIXO URBANO
A geração de resíduos sólidos é uma conseqüência direta e natural do aumento de
consumo das sociedades, em especial urbanas. Incalculáveis são os problemas
ocasionados pela disposição de resíduos sólidos lançados na natureza (FORMIGONI,
2009).
A grande intensidade da poluição ambiental foi observada e sentida pela sociedade
moderna no inicio dos anos 70, quando começaram a constituir problema os imensos
volumes de objetos de plástico , utilizados e descartados aleatoriamente (MANO,
PACHECO e BONELLI, 2005).
São as embalagens de PET as mais visíveis, se avolumando nas calçadas, nos lixões,
nos aterros, nos rios (CEMPRE, 2004).
Quanto maior o nível sócio-econômico e conseqüente poder aquisitivo do cidadão,
maior o uso de descartáveis e quantidade de polímeros no lixo. A tecnologia
proporciona a utilização de polímeros para uma melhora na qualidade de vida, mas isso
também resulta em grande problema com a grande quantidade de resíduos gerados
(FORMIGONI, 2007).
Matérias conhecidos como plásticos são na verdade artefatos fabricados a partir de
resinas sintéticas, que são por sua vez produzidos através de matérias primas de origem
natural, como o petróleo, o gás natural, o carvão ou o sal comum. Apesar da enorme
produção de plástico, a sua fabricação consome somente 5% do petróleo produzido
comercialmente no mundo. As resinas sintéticas são comercializadas em forma de pó,
grânulos, líquidos ou em soluções q após aplicação de calor ou pressão são
transformadas nos produtos tão conhecidos do nosso dia a dia (PIVA e WIEBECK,
2004).
Uma importante característica dos materiais plásticos utilizados como embalagem de
alimentos nas operações de reciclagem é o seu comportamento termo-físico,
classificados segundo o qual em termoplásticos e termofixos. A caracterização e a
21
separação de contaminantes são ações imprescindíveis no processo de reciclagem. Os
materiais de embalagem termoplásticos caracterizam-se como produtos de reações de
polimerização completa com cadeias lineares ou ramificadas. As propriedades físicas
são afetadas quando submetidos ao calor e resfriamento em indefinidos ciclos,
ocorrendo a formação de reduzido índice de ligações cruzadas, as quais estão associadas
com a rigidez dos mesmos Os materiais termoplásticos compõem quase integralmente o
volume dos plásticos utilizados como embalagens primárias em alimentos (FORLIM e
FARIAS, 2009).
De acordo com Piva e Wiebeck (2004), todo o material quando não tem mais valor de
uso ou não existe mais utilidade em conservalo, e denominado resíduo ou lixo.
Por definição, resíduo sólido urbano inclui aquele que e descartado por residências,
instalações comerciais, instituições, fazendas e fabricas pequenas, já os resíduos
indústrias incluem o que e gerado na indústria pesada, automobilística, de construção
civil (PIVA e WIEBECK, 2004).
Segundo a ABPET (2009), a reciclagem é uma atividade industrial que gera muitos
empregos, além de trazer grandes benefícios para o meio ambiente. Apesar disso,
garrafas de PET ainda são enviadas de modo indevido para o lixo. Pior ainda: como a
coleta de lixo é insuficiente em muitas regiões, essas garrafas acabam sendo jogadas em
terrenos ou lugares inadequados e levadas pelas chuvas até os rios.
Em geral, a palavra lixo e imediatamente associada a coisas que não prestam, a coisas
inúteis, velhas, sem valor e que se jogam fora (NUNESMAIA, 1997).
A norma brasileira NBR-10.004 (BRASIL/ABNT, 1985) assim define lixo: “ Resíduo
nos estados sólidos e semi-solidos, que resultam de atividades da comunidade de
origem: industrial, domestico, hospitalar, comercial, agrícola de serviços de variação
(....) .
A composição do lixo urbano e influenciado por diversos fatores, dentre os quais:
condições socioeconômica, hábitos da população de cada comunidade, desenvolvimento
industrial, população flutuante (turismo) e sazonal idade (NUNESMAIA, 1997).
Segundo Piva e Wiebeck (2004), atualmente a geração de resíduos sólidos apresenta
três aspectos a serem considerados:
22
a) Seu volume crescente, em função do crescimento populacional, urbanização e
introdução da cultura de produtos descartáveis.
b) Complexidade do resíduo, devido ao desenvolvimento de novos materiais
introduzidos no mercado, resultando em resíduos sinos nem sempre biodegradáveis ou
assimiláveis pelo meio ambiente, e que muitas vezes, necessitam de tratamento prévio
ate seu descarte final.
c) Poluição visual, ou “lixo visual”, causado pelo crescente volume de resíduos
plásticos e a conseqüente desvalorização da área onde os mesmos são depositados.
A figura 1 mostra o consumo no Brasil de dois polímeros que estão mais presentes no
lixo urbano.
Figura 1: Consumo aparente de PET e EVA no Brasil (em mil t/a)
Fonte: ABDI 2009.
3.1.1 Reciclagem
Segundo Calderoni (2003), a definição dos termos “lixo”, “resíduo” e “reciclagem”
diferem conforme a situação em que sejam aplicadas. na linguagem corrente, o termo
23
resíduo e tido praticamente como sinônimo de lixo. Lixo e todo o material inútil,
designa todo o material descartado e posto em lugar publico, lixo e tudo aquilo que se
joga fora. Resíduo e palavra adotada muitas vezes para significar sobra no processo
produtivo, geralmente industrial.
A legislação brasileira estabelece que lixo e propriedade da prefeitura, cumprindo lhe a
missão de assegurar sua coleta e disposição final (CALDERONI, 2003).
A norma brasileira NBR-12.980 (BRASIL/ABNT 1993), define coleta seletiva como
coleta que remove os resíduos previamente separados pelo gerador, tais como papeis,
latas, vidros e outros.
A norma brasileira NBR-12.980 (BRASIL/ABNT 1993), define coleta domiciliar como
coleta regular de resíduos domiciliares formados por resíduos gerados em residências,
estabelecimentos comerciais, industrias, públicos e de prestação de serviços, cujos
volumes e características sejam compatíveis com a legislação municipal vigente.
Segundo Calderoni 2003, o termo reciclagem a lixo ou resíduo, designa o
reprocessamento de materiais de sorte a permitir novamente sua utilização. Trata-se de
dar a os descartes uma nova vida, nesse sentido reciclar e ressuscitar materiais, permitir
que outra vez sejam aproveitados.
A construção civil é responsável por entre 15 e 50 % do consumo dos
recursos naturais extraídos. Em países como o Reino Unido o consumo de
materiais
de
construção
civil
é
de
aproximadamente
6
toneladas/ano.habitante civil. O consumo de agregados naturais varia entre 1
e 8 toneladas/habitante.ano. No Brasil o consumo de agregados naturais
somente na produção de concreto e argamassas é de 220 milhões de
toneladas. Em volta das grandes cidades areia e agregados naturais começam
a ficar escassos, inclusive graças ao crescente controle ambiental da extração
das matérias primas. Em algumas cidades a areia natural, em sua grande
maioria viaja distâncias superiores a 100 km, elevando o custo do m3. A
construção civil consome cerca de 2/3 da madeira natural extraída e a maioria
das florestas não são manejadas adequadamente. Algumas matérias primas
tradicionais da construção civil tem reservas mapeadas escassas. O cobre e o
zinco, por exemplo, tem reservas suficientes apenas para 60 anos. Embora
estes valores possam sempre ser questionados, certamente exercem influência
no preço dos produtos, dificultando o uso (ENGENEERING RESEARCH
FOUNDATION CERF, 2009).
No entanto, a maior fração de sua massa é formada por material não mineral (madeira,
papel, plásticos, metais e matéria orgânica) (ZORDAN, 1997).
24
O incentivo a reciclagem deve ser então uma parte importante de qualquer política
ambiental (JOHN, 1997).
A figura 2 mostra a reciclagem de matérias no mercado brasileiro.
Figura 2 - Reciclagem de Materiais no Brasil. Fonte Cempre/2004
3.1.2 O plástico e a reciclagem
A reciclagem de embalagens plásticas preocupa a sociedade, mundialmente, face ao
crescente volume de utilização e as implicações ambientais inerentes ao seu descarte
não racional pós-consumo, como no setor de alimentos (FORLIM e FARIAS, 2009).
Os hábitos de consumo da sociedade moderna, a definição de regulamentações
específicas, a implementação de centros de pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias
adequadas, constituem pauta de ações específicas de setores governamentais e
empresariais na reciclagem de embalagens. (FORLIM e FARIAS, 2009).
Segundo o mesmo autor a rentabilidade do mercado de reciclagem de embalagens
plásticas no Brasil, como em outros países desenvolvidos, mostra aspectos atraentes
para iniciativas empresariais do setor, com reflexos sócio-econômicos diretos
relacionados com a melhoria da qualidade de vida da população, geração de renda,
economia de recursos naturais e atenuação de problemas ambientais. A consolidação e o
25
incremento do volume dos materiais plásticos utilizados em embalagens na vida
moderna representa um desafio sob o ponto de vista da sua reciclagem racional,
exigindo uma abordagem integrada entre os processos de transformação das matériasprimas, fabricação das embalagens e sua funcionalidade na conservação do produto.
De acordo com Forlim e Farias (2009), estudos realizados com o PET (Politereftalato
de Etileno) têm mostrado todas estas possibilidades, pois o PET é um poliéster 100%
reciclável e um dos plásticos mais reciclados em todo o mundo devido a sua extensa
gama de aplicações e são muitos os benefícios que se pode alcançar com a reciclagem
de PET entre eles estão:
a) Redução de volume de lixo nos lixões, aterros controlados e sanitários e, também a
melhoria nos processos de decomposição de matérias orgânicas nos mesmos (o plástico
impermeabiliza as camadas em decomposição, prejudicando a circulação de gases e
líquidos).
b) Economia de energia elétrica e petróleo, pois a maioria dos plásticos é derivada do
petróleo e um quilo de plástico equivale a um litro de petróleo em energia.
c) Geração de empregos (catadores, sucateiros, operários, etc.).
O material não pode ser transformado em adubo; plásticos e derivados não podem ser
utilizados como adubo, pois, não há bactéria na natureza capaz de degradar rapidamente
o plástico.
No Brasil a prática da reciclagem ainda apresenta-se de forma incipiente, mas o cenário
indica sinais de melhora (CEMPRE, 2004).
Segundo Forlim e Farias (2009), os principais mercados mundiais para embalagens
estão apresentados na Tabela 1, o mercado de embalagens no mundo em 2000 alcançou
a cifra de US$ 431 bilhões, da qual 22% refere-se à América do Norte; 27% à Europa
Ocidental; 15% ao Japão; 5% à América Latina; e, 31% ao resto do mundo. A
participação do Brasil é de 1,65% do mercado mundial. A produção brasileira de
embalagens foi estimada em 5,5 milhões de toneladas, ou US$ 10 bilhões, em 1998,
correspondendo a 1,3 % do PIB, dos quais 61% referem-se a alimentos. O setor deve
crescer em torno de 35% em volume até o ano 2005, alcançando 7,4 milhões de
toneladas ou US$ 8,7 bilhões, aos preços de 1999. Estas projeções estão baseadas no
26
panorama atual, não considerando substituições, exceto a tendência da mudança das
latas de alumínio por embalagem de poliéster (PET), no setor de bebidas.
Tabela 1. Principais mercados mundiais de embalagens 1995-2005 (US$bilhões).
Fonte: Forlim e Farias (2009).
Segundo Forlim e Farias (2009), na Tabela 2 está apresentada a segmentação do
mercado de materiais de embalagem no Brasil. A produção de plásticos no Brasil
alcançou 3,4 milhões de toneladas em 1999, em comparação com 41,6 milhões de
toneladas nos EUA e 26,3 milhões de toneladas na Europa (1994). Em 1998,
aproximadamente 31% da produção de resina foi destinada para a produção de
embalagens plásticas, transformando este setor no mercado mais importante para
materiais plásticos no Brasil. O consumo de plásticos para embalagens nos EUA foi
equivalente a 31%. Estimasse que o consumo de plásticos no Brasil crescerá de 3,3
milhões de toneladas em 1998 para 4,3 milhões de toneladas até 2005
27
Tabela 2. Segmentação do mercado de materiais de embalagem no Brasil
(mil toneladas)
Fonte: Forlim e Farias (2009)
3.1.3 Reciclagem do plástico
A solução ideal para a despoluição do meio ambiente seria a desintegração dos
produtos descartados em partículas incorporáveis a o solo. A versão tecnológica desta
solução e muito difícil e tem motivado a busca de soluções alternativas para o descarte
dos resíduos pós consumo dentre eles a reciclagem que é a forma mais importante para
esse descarte. (MANO, PACHECO e BONELLI, 2005).
Segundo a ABPT (2009), o PET pode ser reciclado de três maneiras diferentes:
a) Reciclagem Química. Utilizada também para outros plásticos, separa os
componentes das matérias-primas originais do PET, "desmontando" o polímero.
b) Reciclagem energética. O calor gerado com a queima do produto pode ser
aproveitado na geração de energia elétrica (usinas termelétricas), alimentação de
caldeiras e altos-fornos. O PET tem alto poder calorífico e não exala substâncias tóxicas
quando queimado. Outros materiais combustíveis também podem ser utilizados. Este
processo, entretanto, não é usado para o PET, pois o alto valor da sucata indica a
reciclagem
mecânica
como
a
mais
favorável.
28
c) RECICLAGEM MECÂNICA. Praticamente todo o PET reciclado no Brasil passa
pelo processo mecânico, que pode ser dividido em:
a) Recuperação: Nesta fase, as embalagens que seriam atiradas no lixo
comum ganham o status de matéria-prima, o que de fato, são. As embalagens
recuperadas serão separadas por cor e prensadas. A separação por cor é necessária para
que os produtos que resultarão do processo tenham uniformidade de cor, facilitando
assim, sua aplicação no mercado. A prensagem, por outro lado, é importante para que o
transporte das embalagens seja viabilizado. Como já sabemos, o PET é muito leve.
b) Revalorização: As garrafas são moídas, ganhando valor no mercado. O
produto que resulta desta fase é o floco da garrafa. Pode ser produzido de maneiras
diferentes e, os flocos mais refinados, podem ser utilizados diretamente como matériaprima para a fabricação dos diversos produtos que o PET reciclado dá origem na etapa
de transformação. No entanto, há possibilidade de valorizar ainda mais o produto,
produzindo os grãos de PET reciclado. Desta forma o produto fica muito mais
condensado, otimizando o transporte e o desempenho na transformação.
A Figura 3 mostra os passos da reciclagem mecânica do pet, e a Tabela 3 mostra o
histórico da reciclagem do pet no Brasil.
29
As garrafas Pet são
Depois de passar por um
recolhidas por catadores, processo de seleção, lavagem,
e enviadas em fardos para
moagem e secagem, o Pet
a reciclagem
resulta num produto chamado
Flake
Depois de resfriado com
água, o Pet é granulado
(chips verdes de garrafas
verdes)
O Flake é fundido à 300ºC, e
filtrado para eliminar resíduos
sólidos, pedras e metais
Chips naturais de garrafa
transparente.
Faigura 3: reciclagem mecânica do pet Fonte: ABPET, 2009
Tabela 3 histórico da reciclagem do pet no Brasil.
ANO
RECICLAGEM pós-consumo/índice
1994
13 Ktons = 18,8%
1995
18 Ktons = 25,4%
1996
22 Ktons = 21,0%
1997
30 Ktons = 16,2%
1998
40 Ktons = 17,9%
1999
50 Ktons = 20,42%
2000
67 Ktons = 26,27%
2001
89 Ktons = 32,9%
2003
105 Ktons = 35%
2003
141.5 Ktons = 43%
2004
167 Ktons
= 47%
2005
174 Ktons
= 47%
2006
194 Ktons = 51,3%
2007
231 Ktons = 53,5%
Fonte: ABPET, 2009
30
3.2 ESTUDOS PARA UTILIZAÇÃO DO PET NA ENGENHARIA
Estudos para utilização desses resíduos como matéria-prima tem sido adotado como
solução para o problema em muitos países, e estudado por diversas áreas da engenharia,
isto se mostra através de publicações como a de Soncim at al (2006), sobre o emprego
do resíduo da reciclagem de garrafas pet como agregado em reforço de subleitos de
rodovias,da Universidade Vale do Rio Doce, entre outras pesquisas. A construção civil
tem se constituído, nos últimos anos, como o mais importante mercado dentre todos os
atendidos pela indústria plástica. (RODRIGUES, 2009).
Considerando as possíveis vantagens na utilização de agregados plásticos reciclados, é
deve se pesquisar a viabilidade de utilização dos resíduos de PET em forma de flakes
como material alternativo, em substituição a uma matéria-prima não renovável na
natureza (areia) minimizando sérios impactos ambientais e esperando que desta forma o
aproveitamento desse resíduo sólido venha representar uma alternativa econômica,
diminuindo o risco à saúde pública e ao meio ambiente podendo assim lançar um novo
olhar aos resíduos sólidos de PET, um material que outrora fora considerado como lixo
e que mediante pesquisa, pode se tornar um grande aliado na confecção de outros
produtos, sendo utilizado como matéria-prima na indústria da construção civil
(RODRIGUES, 2009).
Segundo Rodrigues (2009) ainda não foi realizado um estudo aprofundado, deve-se
realizar um apanhado geral objetivo dos métodos, e análises laboratoriais de
identificação dos materiais envolvidos no processo, buscando valores satisfatórios em
termos de resistência à compressão com dosagens em proporções de flakes de pet em
substituição a o agregado. Estes resultados devem ser comparados a especificações
técnicas recomendadas pelas Normas Brasileiras (ABNT e DNIT).
31
4 CONCRETO
O concreto e um material de construção constituído por mistura de um aglomerante com
um ou mais materiais inertes e água. Quando recém misturado, deve oferecer condições
tais de plasticidade que facilitem as operações de manuseio indispensáveis ao
lançamento nas formas, adquirindo com o tempo, pelas reações que então se
processarem entre aglomerante e água, coesão e resistência. (PETRUCCI, 1978).
O concreto e uma mistura de vários materiais que pode ser moldada em um certo
período de tempo, e depois endurece adquirindo propriedades mecânicas que permitem
o seu uso como material de construção( ANDRIOLO e SGARBOZA, 1993).
Segundo Petrucci (1995) os materiais que o compõem são o cimento, agregados (miúdo
e graúdo), e água.
4.1 DOSAGEM
Dosagem pode ser definida como uma combinação adequada e econômica dos
constituintes do concreto, que possa ser usada para a primeira mistura experimental
com vistas a produzir um concreto que possa estar próximo daquele que consiga
um bom equilíbrio entre as várias propriedades desejadas ao menor custo possível. O
traço pode ser quantificado em volume ou em peso, muitas vezes, adota-se uma
indicação mista: o cimento em peso e os agregados em volume. Seja qual for a forma,
toma-se sempre o cimento como unidade, e relacionam-se as demais quantidades à
quantidade de cimento como referência (PETRUCCI, 1978).
De acordo com Petrucci (1978) existem dois tipos de dosagem a empírica e a racional.
Na empírica o proporciona mento do concreto é realizado arbitrariamente, baseando na
tradição e nos conhecimentos anteriores do construtor, sendo uma maneira inadequada
de proporcioná-lo. Já a dosagem racional ou experimental, se diferencia da anterior,
pois os materiais constituintes e o produto resultante são previamente ensaiados em
laboratório, tendo por base os seguintes métodos: ITERS, INT, ABCP, IPT.
32
5 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS (MATERIAIS E
MÉTODOS)
5.1 ESTUDO EXPERIMENTAL
A partir da intenção de compreender o comportamento do concreto de cimento Portland
com substituição de agregado natural por pet buscou-se, junto a empresas da região, os
materiais necessários para o desenvolvimento desta pesquisa. Os ensaios de
caracterização dos materiais foram realizados seguindo as recomendações das Normas
Brasileiras (NBRs), no Laboratório de Engenharia Civil – Unochapecó.
Foi feito um estudo experimental de traços, onde foram calculados dois traços
referências os quais após conhecida a sua resistência à compressão, substituiu-se o
agregado por frações de polietileno reciclado.
Os dois traços referências de concreto normal, um com ± 30 MPa e outro com ± 45
MPa. Depois para cada um deles, foram feitos concretos substituindo parcialmente os
agregados por polietileno em percentuais de 15 %, 30 % e 45%.
5.1.1
Processo de dosagem
O método de dosagem adotado foi o empírico, haja visto que procurou se somente
entender o comportamento das diferentes adições de resíduo no concreto.
5.1.2 Definição do traço a ser utilizado
Os traços utilizados para todas as dosagens (concreto natural e concretos com
polietileno) foram iguais, variando somente a composição dos agregados para cada
porcentagem em cima de cada traço referência, como parâmetro de controle foi
escolhida a relação água/cimento que deverá ser igual para todos os casos. Foi utilizado
um estudo de dosagem feito no Laboratório de Engenharia da Universidade
33
Comunitária Regional de Chapecó – Unochapeco. Nas dosagens foi usado o cimento
Potland CP II 32 F da marca Itaimbe. Os traços em massa dos concretos referencia
possuem as seguintes composições:
Traço 30 MPa
1 : 1.47 : 2..28 : 0.43
Traço 45 MPa
1 : 0.79 : 1.75 : 0.38
Para o estudo da influência dos agregados de polietileno no concreto, foram definidos
três tipos de composições de agregados nas dosagens, usando-se a fração miúda, pela
granulometria do material.
5.2 COLETA DO MATERIAL
O material foi coletado na empresa Chapeplast no distrito de Marechal Bormann onde o
polietileno foi coletado lavado e, após feito o processo de aglutinação coletado antes de
passar pela extrusora e demais maquinas para diminuir assim seu preço por kg
5.3. CARACTERIZAÇÃO DOS AGREGADOS
Foram utilizados como agregados naturais os usados normalmente para produção de
concretos na região de Chapecó, areia e pedra britada de origem basáltica (brita 2).
Nesta etapa foram realizados os principais ensaios normalizados para a caracterização
destes agregados, tais como:
34
5.3.1 Ensaio para determinação da composição granulométrica dos
agregados NBR 5734 e NBR 7217
5.3.1.1 Agregado graúdo natural
Os ensaios foram realizados de acordo com a NBR 7216, para realizar este ensaio,
foram necessários os seguintes equipamentos: balança, estufa para secagem dos
agregados, peneiras das séries normal, agitador mecânico de peneiras, pincel de cerdas
macias, fundo avulso de peneiras e cápsulas para coleta de amostras. Agregado graúdo
natural, e a série de peneira utilizada foi à recomendada pela NBR 7216 , com conjunto
de peneiras sucessivas com diâmetros de: 38mm, 32mm, 25mm, 19,5mm, 12,5mm,
9,5mm, 6,3mm, 4,8mm. Segundo a NBR 7216, a amostra necessária para a dimensão
máxima nominal do agregado de 19mm é de 5kg. Esta amostra foi dividida em duas
outras amostras de 1,0kg para facilitar o ensaio e não sobrecarregar a série de peneiras.
O material foi previamente secado e após ser peneirado o agregado retido em cada
peneira foi pesado, a figura 4 mostra as peneiras e agitador mecânico de peneiras
Figura 4: peneiras e agitador mecânico de peneiras
35
5.3.1.2 Agregado miúdo natural
Os procedimentos de ensaio são os mesmos do item anterior, apenas mudando a série de
peneiras, para 9,5, 6,3, 4,8, 2,4, 1,4, 0,6, 0,3, 0,15mm, conforme indicado pela NBR
5734 A amostra utilizada também foi reduzida, 500g para cada um dos dois ensaios
realizados.
5.3.1.3 Agregado de polietieno
Os procedimentos de ensaio são os mesmos do ensaio para granulometria do agregado
miúdo, prescrita pela norma NBR 5734 descrito no item 5.3.1.1
5.3.2 Ensaio para determinação da massa especifica do agregado miúdo por
meio de frasco de Chapman (NBR 9776/87)
Os procedimentos de ensaio foram seguidos de acordo com o que recomenda a NBR
9776/87. Para realizar este ensaio, foram necessários os seguintes equipamentos:
balança, concha, recipientes, frasco de Chapman e funil. O ensaio foi dividido em três
amostras, sendo utilizada 500g de areia previamente secada em estufa para cada ensaio.
No frasco de Chapman foi colocado água até atingir o nível de 200ml ou 200cm³ em
seguida com o auxilio de um funil foi inserida a amostra de areia. O próximo passo foi à
leitura do nível no frasco de Chapman
5.3.3 Determinação da massa específica de agregado graúdo
Os procedimentos de ensaio foram seguidos de acordo com o que recomenda a NBR
9937/87 - Agregados - Determinação da absorção e da massa específica do agregado
graúdo. Para realizar este ensaio, forma necessário uma balança com resolução mínima
de 1g, proveta graduada, recipiente para amostra. A amostra de agregado graúdo foi
previamente lavada em água corrente para retirada de impurezas e posteriormente
enxugada até a retirada das partículas visíveis de água. O ensaio foi dividido em três
etapas, utilizando amostras de 500g em cada ensaio. Na proveta graduada foi inserido
36
água até o nível de 400ml ou cm³ e em seguida inserida a massa de agregado graúdo.
Em seqüência, foi realizada a leitura final na proveta graduada
5.3.4 Determinação da massa específica de agregado miúdo de polietileno
Os procedimentos de ensaio foram seguidos de acordo com o que recomenda a NBR
9937/87. Para realizar este ensaio, forma necessário uma balança com resolução mínima
de 1g, proveta graduada, recipiente para amostra. A amostra de agregado de PET foi. O
ensaio foi dividido em três etapas, utilizando amostras de 200g em cada ensaio. Na
proveta graduada foi inserido álcool até o nível de 400ml ou cm³ e em seguida inserida
a massa de agregado de PET. Em seqüência, foi realizada a leitura final na proveta
graduada. Utilizou-se álcool pelo fato do PET quando colocado na proveta com água
flutuar.
5.4 Ensaio para determinação da massa unitária dos agregados em
estado solto
Para realizar este ensaio, foram necessários os seguintes equipamentos: balança, caixa
com capacidade de 15dm³ e 20dm³, concha, régua metálica. A NBR 7251 (1982)
prescreve que para cada amostra sejam repetidos cinco ensaios e o resultado final é a
média destes ensaios. O ensaio consiste em preencher a caixa soltando o agregado a
uma altura de 10cm da superfície do recipiente. Em seguida o excesso de material deve
ser raspado com o auxilio da régua metálica. Na seqüência foi pesado a caixa com o
agregado, descobrindo sua massa e para o resultado da massa unitária apenas foi
dividido a massa da amostra pelo volume do recipiente
5.5 CONFECÇÃO DOS CORPOS DE PROVA E ROMPIMENTO
Com o traço do concreto estabelecido no item 5.1.2, foram moldados para cada traço 2
cp’s para cada idade( 7, 14 e 28 dias). Os moldes utilizados para a moldagem dos CP’s
37
(corpos de prova) tem dimensões de 10cm x 20cm. O volume de concreto e de material
necessário para cada amostra é apresentado nas tabelas 4 e 5
Tabela 4:volume de concreto para confecção dos cps
Quantidades para moldar 8 cp's 30 MPa traço 1:1,47:2,28:0.43
Referencia 30
MPa
Cimento
Areia
Brita
Agua
Pet
5.893
10.050
14.716
2.537
0
15%
5.893
8.542
14.716
2.537
1.507
30%
5.893
7.075
14.716
2.537
3.015
45%
5.893
5.527
14.716
2.537
4.522
Tabela 5:volume de concreto para confecção dos cps
Quantidades para moldar 8 cp's 45MPa traço 1:0,79:1,65:0.38
Cimento
Areia
Brita
Agua
Pet
Referencia
45MPa
11.436
8.984
18.766
4.472
0
15%
11.436
7.63
18.766
4.472
1.347
30%
11.436
6.628
18.766
4.472
2.695
45%
11.436
4.94
18.766
4.472
4.04
A moldagem dos corpos de prova foi realizada seguindo as instruções da norma NBR
5738/94 – moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos de concreto,
A figura 5 mostra os cp’s nos moldes.
38
Figura 5: Corpos de prova após moldagem
Portanto, a seqüência para confecção dos concretos foi a seguinte:
a) Preparação dos moldes, limpeza e lubrificação;
b) Pesagem dos materiais conforme massas e volumes indicados na tabela 6 e 7;
c) Adição de 75% do volume de água na betoneira;
d) Adição do agregado graúdo (100%);
e) Adição do cimento (100%);
f) Adição da areia (100%);
g) Adição do restante de água ou parte dela;
h) Moldagem dos CP’s (corpos de prova) e teste de slump) marcação do CP (corpo de
prova) com a data e traço. Após moldados, os CP’s (corpos de prova) ficaram em
repouso por 24h. Em seguida foram desformados e armazenados no tanque de cura,
onde ficarão submersos em água até o dia de seu rompimento. As figuras 6 e 7
mostram o cp desformado e imerso em tanque de água
39
Figura 6: Corpo de prova após retirada do molde
Figura 7: Corpos de prova em tanque de água para cura
40
5.6 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRABALHABILIDADE E
SLUMP, COMPRESSÃO
5.6.1 Determinação da trabalhabilidade e slump
O método utilizado para estas determinações foi o da NBR 7223/92 que determina a
consistência do concreto pelo abatimento do tronco de cone. A figura 8 mostra o ensaio
sendo realizado
Figura 8: Medindo o abatimento do tronco de cone
5.6.2 Determinação da resistência a compressão
O método utilizado para realização deste ensaio foi o da NBR 5739 – Ensaio de
compressão de corpos de prova cilíndricos.. A figura 9 mostra o capeamento de um
corpo de prova.
41
Figura 9: Capeamento dos cp’s (corpos de prova)
Para a realização do ensaio a compressão foi utilizado um equipamento para
compressão
42
6 RESULTADOS E ANÁLISES
6.1 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOS GRAÚDO
NATURAL
Os métodos utilizados para obtenção destes resultados são apresentados anteriormente
no capitulo 5.3, e este item apresenta a media dos valores encontrados para a
caracterização dos agregados. O agregado analisado caracteriza se como Brita 2, DMA
-19.5mm . A tabela 6 apresenta a media dos
valores obtidos para o ensaio de
granulometria. Os valores dos dois ensaios estão apresentados no apêndice 2
Tabela 6: valores obtidos para o ensaio de granulometria do agregado graudo
Peneiras
(mm)
38
32
25
19,5
12,5
9,5
6,3
4,8
fundo
TOTAL
Massa retida
0
0
0
79,8
687,05
182,45
46,2
0,6
3,25
999,35
Retida
0,00
0,00
0,00
7,99
68,75
18,26
4,62
0,06
0,33
100,00
Percentagens %
Retida Acumulada
0,00
0,00
0,00
7,99
76,73
94,99
99,61
99,67
100,00
43
6.2 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOS MIÚDO
NATURAL
Os métodos para realização deste ensaio são descritos no capitulo 5.3 e aqui são
descritos os resultados.A areia analisada possui o MF =2.41, e é classificada como areia
media fina. A tabela 7 apresenta a media dos valores obtidos para o ensaio de
granulometria. Os valores dos dois ensaios estão apresentados no apêndice 2
tabela 7: valores obtidos para o ensaio de granulometria do agregado miudo
Peneiras
(mm)
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
Massa retida
0
0,35
0,45
14,85
49,65
135,9
226,8
64,2
6,85
499,05
Retida
0,00
0,07
0,09
2,98
9,95
27,23
45,45
12,86
1,37
100,00
Percentagens %
Retida Acumulada
0,00
0,07
0,16
3,14
13,08
40,32
85,76
98,63
100,00
6.3 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADOS MIÚDO
DE PET
Os métodos para realização deste ensaio são descritos no capitulo 5.3 e aqui são
descritos os resultados. A tabela 8 apresenta a media dos valores obtidos para o ensaio
de granulometria. Os valores dos dois ensaios estão apresentados no apêndice 2.
44
tabela 8: ,media dos valores obtidos para o ensaio de granulometria agregado de PET
Peneiras
(mm)
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
Massa retida
0
24
51,5
349
53
27,5
16,5
6,5
4,5
532,5
Retida
0,00
4,51
9,67
65,54
9,95
5,16
3,10
1,22
0,85
100,00
Percentagens %
Retida Acumulada
0,00
4,51
14,18
79,72
89,67
94,84
97,93
99,15
100,00
Apresenta-se como um agregado miúdo com DMA de 6.3mm, MF 4,80 e se fosse
caracterizado seria um agregado estando numa zona entre areia grossa e brita 0, As
figuras 10 e 11 mostram o agregado de pet e a figura 12 a curva granulometrica.
Figura 10 Agregado de polietileno
45
Figura 11 Agregado de polietileno (Ensaio granulomético )
Curva granulométrica Brita, Areia e PET
120
100
80
Brita
Areia
PET
60
40
20
0
38
25
,5
12
3
6,
4
2,
6
0,
15
0,
Figura 12 : Curvas granulométricas dos agregados graúdo, miúdo e de PET.
46
6.4 DETERMINAÇÃO DA MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS
Os métodos utilizados para obtenção destes resultados são apresentados no capitulo 5.3.
Sendo assim a massa específica do agregado miúdo em média das duas amostras
ensaiadas foi de 2,930g/cm³. Para o agregado graúdo natural, a média dos três ensaios
para massa específica do agregado graúdo foi de 2,600 g/cm³. Para o agregado miúdo de
pet, a média dos três ensaios para massa específica do agregado de pet foi 0.975 g/cm³.
Os valores de todos os ensaios são apresentados no apêndice 1.
6.5 DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA DOS AGREGADOS EM
ESTADO SOLTO
Todos os métodos utilizados para obtenção dos resultados apresentados nos itens a
seguir são descritos no capitulo 5.4. a brita apresentou uma massa unitária igual a 1.46
g/cm³, a areia 1.52 g/cm³ e o pet 0.267 g/cm³
6.6 ENSAIOS PARA DETERMINAÇÃO DA TRABALHABILIDADE E
SLUMP
Todos os métodos utilizados para obtenção dos resultados apresentados nos itens a
seguir são descritos no capitulo 5.5, e em seguida são apresentados os valores obtidos
em decorrência dos ensaios realizados em laboratório
6.6.1 Trabalhabilidade e slump
O abatimento de tronco de cone (slump) para todos os traços em estudo pode ser
observado nas tabelas 9 e 10.
47
Tabela 9– Valores de abatimento de tronco de cone (slump) Traço 1
SLUMP
% de Pet
Slump
0%
8
15%
30%
5
4
45%
4
Tabela 10– Valores de abatimento de tronco de cone (slump) Traço 2
SLUMP
% de Pet
Slump
0%
15%
10
7
30%
6
45%
4
Observou-se que com a adição do resíduo de pet houve uma perda de trabalhabilidade,
apesar de ser possível o seu manuseio mas com bastante dificuldade. Isto, por que o
concreto não apresentou um teor de argamassa satisfatório, não preenchendo bem os
seus vazios. O concreto produzido com agregado miúdo de polietileno se mostrou
menos trabalhável que o concreto de referência, isto pode ser explicado pelo fato do
agregado de polietileno ter menor peso e maior volume comparado com o agregado
natural como mostram os valores obtidos a partir do ensaio de massa unitária mostrado
no item 6.6. A figura 13 mostra o concreto com fração de polietileno após mistura
48
Figura 13: Aspecto do concreto com polietileno após mistura na betoneira
Observou-se que a simples substituição da areia por pet, na questão da trabalhabilidade
não e recomendável, havendo a necessidade de se efetuar ajuste do traço.
6.7 DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA A COMPRESSÃO
6.7.1 Resistência a compressão traços referência
Os valores de resistência a compressão para o traço de 30 MPa e 45 MPa (traços
Referencia) sem frações de polietileno(Pet) são apresentados na tabela 11. Os valores de
todos os cps rompidos são apresentados no apêndice 3.
49
Tabela 11 : resistência a compressão traço 45MPa e 30 MPa , (Referência)
Identificação
Idade(dias) Resistência(Mpa)
Fc45 Referência
7
38.28
Fc45 Referência
14
40.33
Fc45 Referência
21
45.84
Fc45 Referência
28
47.21
Fc30 Referencia
7
25.50
Fc30 Referência
14
30.50
Fc30 Referência
21
28.66
Fc30 Referência
28
34.07
6.7.2 Resistência a compressão(Traço 30 MPa)
Os valores de resistência a compressão para o traço de 30
MPa com frações de
polietileno(Pet) de 15, 30 e 45% são apresentados na tabela 12. Os valores de todos os
cps rompidos são apresentados no apêndice 3. A figura 14 mostra os resultados dos
ensaios de compressão.
Tabela 12: resistência a compressão traço 30 MPa com 15, 30 e 45% de polietileno
Identificação
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
%
15%
15%
15%
30%
30%
30%
45%
45%
45%
Idade(dias) Resistência(Mpa)
7
10.76
14
14.85
28
17.95
7
6.92
14
7.94
28
12.27
7
3.10
14
4.69
28
10.41
50
35
30
25
7 Dias
14 Dias
28 Dias
20
15
10
5
0
Ref
15%
30%
45%
figura 14 : Resultado dos ensaios a compressão
Analisando os resultados apresentados nas tabelas 12 e figura 14, tanto para os cp’s
(corpos de prova) rompidos aos 7 (sete) 14 (quatorze) e 28 (vinte e oito) dias para o
traço de 30 MPa houve uma redução significativa da resistência a medida que foi
adicionado mais agregado miúdo de polietileno, onde para o traço de 30 MPa
(34.07MPa) com 15% de pet teve uma perda de 47% da resistência do traço referencia,
para 30% de pet chegando a 64% de perda de resistência e 45% de pet a 69.45% da
resistência. talvez pelo fato de que o polietileno tem um volume muito maior que o
agregado natural, e pelo fato do polietileno não ter as mesmas características da areia. E
também deve ser levado em conta que surge a necessidade de recalcular o fator água
cimento, para melhor trabalhabilidade e ao adicionar mais água torna se necessário
adicionar também cimento ocasionando assim um aumento no custo final do concreto
tornando inviável do ponto de vista financeiro. A tabela 14 mostra um resumo dos
ensaios de compressão.
6.7.3 Resistência a compressão(Traço 45 MPa)
Os valores de resistência a compressão para o traço de 45 MPa com frações de
polietileno(Pet) de 15, 30 e 45% são apresentados na tabela 13. Os valores de todos os
51
cps rompidos são apresentados no apêndice 3. A figura 15 mostra os resultados dos
ensaios de compressão.
Tabela 13: resistência a compressão traço 45 MPa com 15, 30 e 45% de polietileno
Identificação
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
%
15%
15%
15%
30%
30%
30%
45%
45%
45%
Idade(dias) Resistência(Mpa)
7
20.98
14
25.91
28
27.55
7
17.31
14
20.09
28
24.36
7
9.86
14
14.04
28
15.88
50
45
40
35
30
25
7 Dias
14 Dias
20
28 Dias
15
10
5
0
Ref
15%
30%
45%
figura 15 : Resultado dos ensaios a compressão fc 45 MPa
Analisando os resultados apresentados nas tabelas 13 e figura 15, tanto para os cp’s
(corpos de prova) rompidos aos 7 (sete) 14 (quatorze) e 28 (vinte e oito) dias para o
traço de 45 MPa houve uma redução significativa da resistência a medida que foi
52
adicionado mais agregado miúdo de polietileno, onde para o traço de traço de 45 MPa
(47.21MPa) quando substituído frações de 15% de pet obteve uma perda de 41.65%, já
com 30% de pet a perda foi de 48.41% e com 45% de pet a perda chegou a 66.37% da
resistência do traço referencia. talvez pelo fato de que o polietileno tem um volume
muito maior que o agregado natural, e pelo fato do polietileno não ter as mesmas
características da areia. E também deve ser levado em conta que surge a necessidade de
recalcular o fator água cimento, para melhor trabalhabilidade e ao adicionar mais água
torna se necessário adicionar também cimento ocasionando assim um aumento no custo
final do concreto tornando inviável do ponto de vista financeiro. A tabela 14 mostra um
resumo dos ensaios de compressão. A tabela 14 mostra um resumo dos ensaios de
compressão.
Tabela 14:Resumo dos ensaios de compressão
Ref
15 %
30%
45%
Fc30
34.07
17.95
12.27
10.41
Fc 45
47.21
27.55
24.36
15.88
Pelo que mostra a tabela 14 e clara a diferença de resistência ente o traço referência e os
demais traços com frações de polietileno. Como o trabalho foca apenas a viabilidade
sob aspecto da resistência a compressão os concretos confeccionados e analisados tornase inviáveis devido a perda de resistência que o pet ocasiona no concreto, As figuras 16
e 17 mostram os cps cortados a o meio.
53
Figura 16: cp cortado ao meio
Figura 17: cp cortado ao meio
54
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo em vista os ensaios mecânicos realizados, com o objetivo de avaliar o
desempenho dos corpos de prova, produzidos com traços variando o percentual de
participação do agregado de PET na composição, nos percentuais de 15, 30 e 45%,
produzindo concreto calculado em peso, observou-se a significativa variação de
desempenho. Porém, deve-se compreender que algumas características são peculiares ao
agregado reciclado, interferido diretamente em alguns resultados obtidos, quando
comparados aos traços produzidos com agregados naturais. Isto ocorre devido à
diferença de massa entre o agregado reciclado de PET e o agregado natural justificando,
desta forma, os traços produzidos em peso apresentarem uma quantidade de PET
bastante elevada. Assim conclui-se que a correção do traço referente a cada traço
produzido se torna obrigatório, uma vez que a quantidade de agregado reciclado
presente na mistura, está diretamente ligada e interfere diretamente e significativamente
no desempenho aos esforços mecânicos dos concretos produzidos. Desta forma, pode-se
citar os seguintes fatores verificados através dos ensaios citados:
1- O traço deve ser ajustado, quando se enfoca no aspecto da trabalhabilidade
2- A quantidade de água necessária à hidratação do aglomerante, neste caso o cimento
portland, deve ser recalculada, tendo em vista, que o agregado de PET não absorve
água, mas tem maior volume e influencia na trabalhabilidade, também em função das
características do agregado(textura e formato).
3- A plasticidade requerida está diretamente relacionada ao teor de argamassa e a
quantidade de agregado reciclado na mistura, pois caso não haja a correção deste fator,
menor será a trabalhabilidade.
4- Como o objetivo principal do cálculo para concretos é atender a solicitação das
cargas previstas em projeto, se faz necessário considerar a redução de sua resistência
aos esforços em função da presença do agregado de pet. Desta forma, é necessário
ajustar a proporção entre as quantidades de cimento e de agregado reciclado. Porém esta
relação não é uniforme, não sendo diretamente proporcional a quantidade de agregado
reciclado, ou seja, cada traço produzido com percentuais diferentes, necessitam de
ajustes próprios.
55
Concluindo, como o trabalho foca apenas a viabilidade sob aspecto da resistência a
compressão os concretos confeccionados e analisados tornam-se inviáveis devido a
perda de resistência que o pet ocasiona no concreto. Uma opção de uso para o agregado
de pet seria para produção de concretos leves.
Sugere-se para próximas pesquisas utilizando pet como agregado, o emprego de
aditivos que possam melhorar a trabalhabilidade do concreto, e seja estudado também o
custo final do concreto com resíduos de pet já que esta pesquisa tratou apenas de
verificar a viabilidade do agregado de pet somente em relação a resistência a
compressão no concreto.
56
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57
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http://www.reciclagem.pcc.usp.br/ftp/artigo%20IV_CT206_2001.pdf acesso, set 2009
59
APÊNDICE 1 – MASSA ESPECÍFICA DOS AGREGADOS
60
Massa esp.agregado miudo
MASSA ESP.AGREGADO MIUDO
MASSA
AMOSTRA (g)
1
500
2
500
3
500
MASSA
VOLU. INICIAL (cm³) VOLU. FINAL (cm³) ESP.(g/cm³)
200
392
2.604
200
391.9
2.605
200
393
2.059
Massa esp.agregado graudo
MASSA ESP.AGREGADO GRAUDO
MASSA
MASSA
AMOSTRA (g)
VOLU. INICIAL (cm³) VOLU. FINAL (cm³) ESP.(g/cm³)
1
502
400
571
2.935
2
501.1
400
570
2.947
3
503
400
573
2.907
Massa esp.agregado de pet
MASSA ESP.AGREGADO DE PET
MASSA
AMOSTRA (g)
1
200
2
200
3
200
MASSA
VOLU. INICIAL (cm³) VOLU. FINAL (cm³) ESP.(g/cm³)
400
604
0.980
400
610
0.952
400
601
0.995
61
APÊNDICE 2 – GRANULOMETRIA DOS AGREGADOS
62
Agregado miúdo
Granulometria agregado miúdo amostra 1
AMOSTRA 01
Peneiras
(mm)
Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
0,4
0,4
15,8
53,4
149,8
215,4
57
6,9
499,1
Percentagens em peso
% Retida
% Retida
Acumulada
0,00
0,00
0,08
0,08
0,08
0,16
3,17
3,33
10,70
14,03
30,01
44,04
43,16
87,20
11,42
98,62
1,38
100,00
100,00
Granulometria agregado miúdo amostra 2
AMOSTRA 02
Peneiras
(mm)
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
Massa
reida
0,3
0,5
13,9
45,9
122
238,2
71,4
6,8
499
Percentagens em peso
% Retida
% Retida Acumulada
0,00
0,00
0,06
0,06
0,10
0,16
2,79
2,95
9,20
12,14
24,45
36,59
47,74
84,33
14,31
98,64
1,36
100,00
100,00
63
Granulometria agregado miúdo media
MÉDIAS
Peneiras (mm)
Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
0,35
0,45
14,85
49,65
135,9
226,8
64,2
6,85
499,05
Percentagens em peso
% Retida
% Retida
Acumulada
0,00
0,00
0,07
0,07
0,09
0,16
2,98
3,14
9,95
13,08
27,23
40,32
45,45
85,76
12,86
98,63
1,37
100,00
100,00
Agregado Graúdo
Granulometria agregado graudo amostra 1
AMOSTRA 01
Peneiras
(mm)
Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
0
0
58,1
708,9
180,3
45
1,2
3,3
996,8
Percentagens em peso
% Retida
% Retida
Acumulada
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
5,83
5,83
71,12
76,95
18,09
95,03
4,51
99,55
0,12
99,67
0,33
100,00
100,00
64
Granulometria agregado graudo amostra 2
AMOSTRA 02
Peneiras (mm) Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
0
0
101,5
665,2
184,6
47,4
0
3,2
1001,9
Percentagens em peso
% Retida
% Retida Acumulada
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
10,13
10,13
66,39
76,52
18,42
94,95
4,73
99,68
0,00
99,68
0,32
100,00
100,00
Granulometria agregado graudo media
MÉDIAS
Peneiras (mm)
Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
0
0
79,8
687,05
182,45
46,2
0,6
3,25
999,35
Percentagens em peso
% Retida
% Retida
Acumulada
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
0,00
7,99
7,99
68,75
76,73
18,26
94,99
4,62
99,61
0,06
99,67
0,33
100,00
100,00
65
Agregado de Pet
Granulometria agregado de PET amostra 1
AMOSTRA 01
Peneiras
(mm)
Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
18
43
370
48
24
14
6
4
527
Percentagens em peso
% Retida
% Retida
Acumulada
0,00
0,00
3,42
3,42
8,16
11,57
70,21
81,78
9,11
90,89
4,55
95,45
2,66
98,10
1,14
99,24
0,76
100,00
100,00
Granulometria agregado de PET amostra 2
AMOSTRA 02
Peneiras (mm) Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
30
60
328
58
31
19
7
5
538
Percentagens em peso
% Retida
% Retida Acumulada
0,00
0,00
5,58
5,58
11,15
16,73
60,97
77,70
10,78
88,48
5,76
94,24
3,53
97,77
1,30
99,07
0,93
100,00
100,00
66
Granulometria agregado de PET media
MÉDIAS
Peneiras (mm)
Massa reida
9,5
6,3
4,8
2,4
1,2
0,6
0,3
0,15
fundo
TOTAL
0
24
51,5
349
53
27,5
16,5
6,5
4,5
532,5
Percentagens em peso
% Retida
% Retida
Acumulada
0,00
0,00
4,51
4,51
9,67
14,18
65,54
79,72
9,95
89,67
5,16
94,84
3,10
97,93
1,22
99,15
0,85
100,00
100,00
67
APÊNDICE 3 – ENSAIO DE RESISTENCIA A
COMPRESÃO
68
Ensaio de Resistência a Compressão traço referencia fc 45 MPa
Identificação Data do molde
19/abr
Fc 45
Data do ensaio
%
Idade(dias)
Roptura(Tf)
Resistência(Mpa)
26/abr
26/abr
0
0
media
0
0
media
0
0
media
0
0
media
7
7
30,07
29,54
29.80
31,68
30,69
31.18
36,01
35,42
35.71
37.08
36.60
36.84
38.28
37.61
37.94
40.33
39.07
39.69
45.84
45.09
45.46
47.21
46.60
46.90
03/mai
03/mai
10/mai
10/mai
17/mai
17/mai
14
14
21
21
28
28
Ensaio de Resistência a Compressão traço referencia fc 30 MPa
Identificação Data do molde
19/abr
Fc 30
Data do ensaio
%
Idade(dias)
Roptura(Tf)
Resistência(Mpa)
26/abr
26/abr
0
0
media
0
0
media
0
0
media
0
0
media
7
7
19,25
19,67
19.46
16,85
24,02
20.45
22,51
22,42
22.46
24.46
26.76
25.61
25.50
25.04
24.77
21.45
30.50
26.03
28.66
25.54
28.59
31.14
34.07
32.60
03/mai
03/mai
10/mai
10/mai
17/mai
17/mai
14
14
21
21
28
28
Ensaio de Resistência a Compressão traço fc 30 MPa com 15% de PET
Identificação Data do molde
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
22/abr
Data do ensaio
%
Idade(dias)
Roptura(Tf)
Resistência(Mpa)
29/abr
29/abr
15%
15%
media
15%
15%
media
15%
15%
media
7
7
8.85
8.44
8.645
11,67
11,52
11.59
14.10
13.80
13.95
11.26
10.76
11.00
14.85
14.66
14.75
17.95
17.57
17.76
06/mai
06/mai
20/mai
20/mai
14
14
28
28
69
Ensaio de Resistência a Compressão traço fc 30 MPa com 30% de PET
Identificação
Data do molde
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
22/abr
Data do ensaio
29/abr
29/abr
06/mai
06/mai
20/mai
20/mai
%
30%
30%
media
30%
30%
media
30%
30%
media
Idade(dias) Roptura(Tf) Resistência(Mpa)
7
7
14
14
28
28
5,44
6,5
5.97
6,24
5,85
6.04
9.64
9.41
9.52
6.92
8.27
7.69
7.94
7.44
7.69
12.27
11.98
12.13
Ensaio de Resistência a Compressão traço fc 30 MPa com 45% de PET
Identificação
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Fc 30
Data do molde
22/abr
Data do ensaio
29/abr
29/abr
06/mai
06/mai
20/mai
20/mai
%
Idade(dias) Roptura(Tf) Resistência(Mpa)
45%
45%
media
45%
45%
media
45%
45%
media
7
7
14
14
28
28
2,44
2,28
2.36
3,69
3,23
3.46
5.43
8.18
6.80
3.10
2.90
3.00
4.69
4.11
4.40
6.91
10.41
8.66
Ensaio de Resistência a Compressão traço fc 45 MPa com 15% de PET
Identificação
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Data do molde
27/abr
Data do ensaio
%
04/mai
04/mai
15%
15%
media
15%
15%
media
15%
15%
media
11/mai
11/mai
25/mai
25/mai
Idade(dias)
7
7
14
14
28
28
Roptura(Tf)
16,48
15,41
15.94
20,35
19,42
19.88
21.64
19.33
20.48
Resistência(Mpa)
20.98
19.62
20.29
25.91
24.72
25.31
27.55
24.61
25.08
70
Ensaio de Resistência a Compressão traço fc 45 MPa com 30% de PET
Identificação
Data do molde
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
29/abr
Data do ensaio
06/mai
06/mai
13/mai
13/mai
27/mai
27/mai
%
Idade(dias)
30%
30%
media
30%
30%
media
30%
30%
media
7
7
14
14
28
28
Roptura(Tf) Resistência(Mpa)
7,45
13,6
10.52
15,78
15,21
15.49
19.14
18.71
18.92
9.48
17.31
13.39
20.09
19.36
19.72
24.36
23.82
24.09
Ensaio de Resistência a Compressão traço fc 45 MPa com 45% de PET
Identificação
Data do molde
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
Fc 45
29/abr
Data do ensaio
06/mai
06/mai
13/mai
13/mai
27/mai
27/mai
%
45%
45%
media
45%
45%
media
45%
45%
media
Idade(dias) Roptura(Tf) Resistência(Mpa)
7
7
14
14
28
28
6,96
7,75
7.35
11,03
10,13
10.58
10.78
12.48
11.63
8.86
9.86
9.35
14.04
12.89
13.47
13.72
15.88
14.80
71
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estudo de viabilidade do pet reciclado em concreto