(NOTA DA EQUIPE EDITORIAL: esta entrevista, realizada entre os dias 18 e 24 de maio, seria publicada na edição de julho da Revista Webdesign. No entanto, boa parte de seu conteúdo foi divulgado em outro veículo, descaracterizando a sua originalidade. Dessa forma, para não prejudicar nossos leitores, resolvemos disponibilizar o material gratuitamente na internet) Overmundo: uma ode a cultura brasileira, via internet Ao longo da produção desta entrevista, o repórter que vos escreve descobriu, dentre as muitas manifestações culturais interessantes no país, uma nova maneira de tocar pandeiro, oriunda de Recife (PE), a música da banda Quilomboclada, de Porto Velho (RO), e a poesia de André Balbino, de Cuiabá (MT). “Nossa, que viagem privilegiada a equipe da Revista Webdesign arrumou”, pensarão, de imediato, nossos caros leitores. Talvez surpresa maior vocês terão quando souberem que toda essa aventura foi possível de ser realizada, sem custo algum e em um curto espaço de tempo. Nosso eficaz agente de viagens chama-se Overmundo (www.overmundo.com.br). Lançado no início de março, com o apoio da Petrobras, o site vem criando um grande banco de dados sobre a nossa diversidade cultural, além de ser a prova viva de como os conceitos de Web 2.0 seguem influenciando a maneira de se construir ambientes digitais no país. Para analisarmos os diversos aspectos envolvendo este projeto, conversamos com Felipe Vaz, diretor de internet da Tecnopop (agência responsável pelo desenvolvimento do site), o advogado Ronaldo Lemos e o antropólogo Hermano Vianna, que fazem parte do grupo que idealizou o Overmundo. Boa viagem! Wd :: O projeto conseguiu um patrocínio de dois milhões de reais da Petrobras, através da lei federal de incentivo à cultura (Lei Rouanet), o que vai garantir a sua sobrevivência por 18 meses. Como surgiu a idéia de lançar o site? O Overmundo vem preencher uma carência na abordagem sobre cultura na internet? Ronaldo :: O projeto surgiu de um convite feito pela Petrobras ao Hermano Vianna. A empresa, enquanto maior fomentadora da cultura no país, também percebia o problema de que muita coisa acontece culturalmente em todos os lugares, mas pouca gente fica sabendo. Nesse sentido, a idéia inicial da Petrobras era de construir uma “revista” na internet, nos moldes tradicionais. Essa revista teria um corpo editorial espalhado por todo o Brasil, responsável por pesquisar e divulgar a cultura brasileira. No entanto, decidimos ir muito além e abrir tudo: além das funções de “revista”, disponibilizamos ferramentas para que qualquer pessoa pudesse contribuir. Decidimos que os colaboradores “descentralizados” teriam o mesmo espaço e os mesmos canais dos colaboradores diretamente ligados ao site. A fórmula deu certo. Atualmente, recebemos colaborações diárias de todo o país, muito além daquelas geradas pela rede do Overmundo. Hoje, 44% das participações no site já são dos próprios usuários e 56% são da equipe fixa. Não tenho dúvidas de que o Overmundo abre inúmeras possibilidades para projetos envolvendo tecnologia e cultura no Brasil. Pensar cultura, sem considerar a tecnologia atualmente, é muito difícil. Hermano :: Há muitos sites importantes de cultura brasileira na web, de portais a blogs. O que eu e várias pessoas com quem conversava sentíamos falta é de um lugar onde fosse possível conseguir/reunir informações sobre a produção cultural que não tem acesso aos palcos mais iluminados do eixo Rio/São Paulo, indo com poucos cliques de - por exemplo Alto Paraíso (Rondônia) a Chapecó (Santa Catarina), sem ter que vasculhar centenas de sites diferentes e destinados a públicos locais bem específicos. E não digo nenhuma novidade ao afirmar que muito das artes dessas cidades e seus estados estavam fora da internet. Procure - também, por exemplo - por “Bananada 2006” (um dos festivais de rock mais importante do país, realizado anualmente em Goiânia) ou por “cinema no Piauí” no Google (estou falando de buscas que foram realmente feitas, mais exatamente no dia 22/05/06, e que resultaram em visitas ao nosso site). Você vai encontrar links para o Overmundo - que está há pouco tempo no ar - entre os cinco primeiros destaques. Isso mostra que esse tipo de informação estava realmente fazendo falta na rede. Por suas características que facilitam a produção colaborativa de conhecimento (divulgação, crítica, disponibilização), penso que o projeto tem capacidade de se transformar rapidamente num banco de dados inédito sobre a diversidade cultural contemporânea no Brasil. Wd :: Pegando gancho sobre o que diz o Hermano, podemos considerar o Overmundo como o futuro das interações que os usuários vão experimentar pela internet (ou seja, o projeto é muito mais que um simples site)? Ronaldo :: De fato, o Overmundo concretiza, no Brasil, uma tendência de produção colaborativa e aberta de conteúdo. O fenômeno atinge outros países e outras mídias. A BBC de Londres e o próprio New York Times estão reformulando seus sites na internet para torná-los mais participativos. Esse é um caminho que não tem mais volta: a cultura produzida coletivamente, também apelidada de Web 2.0, está acelerando e multiplicando as possibilidades de construção de conteúdo. O que faz a diferença em nosso projeto é que ele não é um mero exercício tecnológico: ele é uma rede de colaboradores espalhada por todos os estados do Brasil, trabalhando para fazer a cultura de todo o país emergir. Aliás, foi exatamente assim que surgiu a idéia do projeto: a partir da percepção de que muita coisa acontece na cultura, mas não existia um canal para divulgação disso. O Overmundo contribui para mudar um pouco isso, na medida em que é construído por contribuições de qualquer pessoa. Wd :: Em relação ao desenvolvimento técnico do site, como surgiu a oportunidade da Tecnopop participar do projeto? Felipe :: Nós (e mais algumas empresas) recebemos uma RFP (request for proposal), desenvolvida pelo pessoal que coordena o Overmundo, e desenhamos a proposta que nos parecia a mais interessante e completa para o projeto. Não sei quantas outras empresas participaram desta seleção, imagino umas seis, e no final nossa proposta venceu as outras. Wd :: Quais são as etapas fundamentais na hora de se criar uma proposta de participação em uma licitação ou RFP? Felipe :: Procuramos entender 100% dos objetivos, público-alvo e requisitos do projeto, e nos envolvemos tanto quanto possível nas discussões antes do projeto, apesar do custo que há nisso. Em licitações, infelizmente não é possível ir longe em discussões com o cliente antes de fechar o negócio, ou senão as discussões são públicas e não se pode jogar abertamente com o que pode vir a ser um diferencial competitivo. Mas, no caso de uma RFP, assim como toda elaboração de nossa proposta, preferimos ter antes o trabalho de especificação de projetos para diminuir o risco de depois haver discordância em relação aos rumos do projeto. Isso é um risco e um custo. Muitas vezes, o cliente não leva o projeto apesar de o tempo investido, mas continuamos achando melhor trabalhar assim. Felizmente, no caso do Overmundo, recebemos uma RFP bem elaborada, então a discussão já foi em um nível bastante alto. Aliás, idealmente, todo grande negócio na web deveria contar com um consultor que especificasse a maior parte do projeto antes de contratar o desenvolvimento. Lógico que isso tem um custo, mas assim as tomadas de preços seriam mais fáceis e rápidas e poderiam ser comparadas em termos objetivos, levando em conta mais o preço, com os requisitos e a estrutura do projeto já documentados por um especialista independente. Se as empresas de desenvolvimento ganham pelo volume de trabalho, me parece estranho que elas mesmas recomendem o volume de trabalho necessário, não? Muitos desenvolvedores empurram penduricalhos desnecessários para o cliente que não dão retorno nenhum e, por isso, no fim das contas, prejudicam todo o nosso mercado. Wd :: O mote principal do Overmundo é ser um canal de ampla divulgação da produção cultural no país, sendo que os próprios usuários produzem, editam e selecionam o conteúdo a ser veiculado (textos, músicas, fotos, vídeos etc.). Diante deste cenário, focado no conceito de colaboração de usuário, tão emanado pela Web 2.0, quais foram os desafios que a Tecnopop encontrou no desenvolvimento do site? Felipe :: Houve vários desafios. O primeiro foi o de não cair na tentação do abuso da tecnologia. Volta e meia nos perguntam por que o projeto não empregou mais essa ou aquela outra tecnologia de ponta, como se tivéssemos essa obrigação, por conta de ser um projeto pioneiro em Web 2.0 no Brasil. O site tem, acima de tudo, objetivos culturais: toda tecnologia empregada tem de estar voltada para atingir estes objetivos e para a melhor experiência do usuário. Outro desafio foi o de trabalhar num projeto completamente novo, sem um modelo total pré-determinado por outro site. Foram meses de pré-projeto, só discussão e desenvolvimento de projeto no papel, até chegarmos a esse modelo (e acabamos tomando emprestado diversas idéias de outros projetos - ver box no final deste documento). Além disso, trabalhar unicamente com a entrada de dados direta pelo próprio público era um modelo novo para nós, em vez de uma interface administrativa de um publicador protegido por senha/https. As interfaces do site são públicas, mas alteradas conforme o contexto do usuário. Essa entrada de dados pública traz também inúmeras implicações de regras de negócios, usabilidade, políticas do próprio site, questões legais e de direitos autorais, e finalmente segurança. Wd :: Todo o conteúdo e os sistemas utilizados especificamente para a criação do Overmundo estão sob a licença do Creative Commons (http://tinyurl.com/gz63b). Por que vocês decidiram utilizá-la? Ronaldo (nota da redação: Ronaldo é diretor do Centro de Tecnologia e Sociedade da Escola de Direito da FGV-RJ) :: Em qualquer projeto Web 2.0, existe uma tensão entre o que pode ou não ser feito com o conteúdo. Isso é um problema jurídico, derivado de como o próprio direito autoral se estrutura. Como a colaboração implica interação com conteúdo produzido por terceiros, era preciso resolver o problema administrativo da gestão dos direitos de cada usuário contribuindo para o site. Há soluções diferentes nesse sentido. Por exemplo: o site norte-americano de jornalismo colaborativo, chamado NewsVine (www.newsvine.com), optou pelo modelo no qual todas as contribuições feitas para o site tornam-se de propriedade do próprio site. O Overmundo seguiu outro caminho: todas as contribuições continuam sendo do próprio usuário, que disponibiliza alguns direitos diretamente para toda a sociedade. No entanto, esses direitos não permitem a utilização comercial do conteúdo, por exemplo. Muitos dos sites de Web 2.0 utilizam essa mesma solução, como o Flickr (www.flickr.com), o Jamendo (www.jamendo.com), a Uncyclopedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Uncyclopedia) e vários outros. Wd :: Nos créditos do site, ficamos sabendo que o desenvolvimento do Overmundo sofreu diversas influências de projetos como Wikipédia, Orkut, Archive.org, Slashdot, OhMyNews, Digg, entre outros. Além da implementação dessas idéias, quais recursos marcam a identidade e a originalidade do projeto? Felipe :: De todos eles, as influências são pontuais e visam os objetivos do site conforme mencionei antes: é a realização de seus objetivos que dá a identidade do projeto. Além disso, é um projeto mais complexo em relação ao conjunto de conteúdos: matérias, produtos culturais digitais, guias de cidades, agenda cultural, blogs, fóruns etc. Sobre as influências: muita gente repara na semelhança de estrutura dos botões de voto do Overmundo com o Digg, que a meu ver se consolidou como o padrão para votação rápida e intuitiva de conteúdo na web. Mas há outros pontos mais importantes e menos superficiais, como, por exemplo, o modelo de sala de edição/sala de votação com tempos prédeterminados, que foi mais ou menos inspirada no Kuro5hin.org e parecia mais apropriada. Ainda em relação aos botões, é preciso justamente não reinventar a roda e complicar o usuário à toa: imagine se todas a lojas virtuais resolvessem abandonar a metáfora do carrinho de compras criada pela Amazon, e criar cada uma o seu código? Seria um desastre de usabilidade e é tudo o que não queremos. Todos nós trabalhamos com códigos mais ou menos pré-estabelecidos e que precisam ser reconhecidos pelo usuário. Wd :: Falando em novidades, o site apresenta, além do tradicional recurso de busca, uma opção de busca por tags. Por que vocês resolveram implementar o conceito de sistemas de classificação de conteúdo no Overmundo? Felipe :: Porque nos parece a única solução razoável para organizá-lo. Na verdade, o que o Overmundo emprega é mais complexo: é um cruzamento de tags livres e tags obrigatórias, coisa que eu nunca havia visto e que nos pareceu necessária. Por exemplo, você é obrigado a vincular um determinado conteúdo a uma UF e uma cidade brasileira, e uma grande categoria (música, cinema etc.), e o resto são tags digitadas livres. Mas, para quem está lendo, aparecem apenas tags, inclusive as de cidade, UF etc. É uma folksonomia não tão democrática assim, obrigando a um mínimo de pré-organização. Além disso, em breve vai ser possível usar URLs mais amigáveis, baseadas nisso. Por exemplo: overmundo.com.br/tag/rock vai retornar todos os conteúdos etiquetados com rock em todas as seções do site. Isso facilita muito a experiência do usuário mais regular no site. Wd :: Navegando pelo site, percebemos que todas as páginas possuem o recurso conhecido como “Breadcumb” (Migalhas de pão). De que forma esse elemento ajuda no processo de experiência de um usuário dentro de um site? Felipe :: Ajuda a identificar em que parte do site onde o usuário está, o tempo todo, além de permitir uma navegação rápida aos pontos anteriores de um determinado fluxo. Sempre que possível utilizamos esse recurso nos projetos que desenvolvemos. Wd :: O desenvolvimento do site foi baseado em software livre. Essa foi uma exigência do cliente? Quais são as vantagens dessas ferramentas? Felipe :: Foi uma recomendação do cliente, já na RFP, por conta do apoio deles a essas iniciativas. Como já trabalhamos regularmente com LAMP (acrônimo de Linux + Apache + MySQL + PHP), para nós foi ótimo. Eu coordenei o desenvolvimento um outro grande site de cultura (www.cliquemusic.com.br), todo em plataforma Microsoft, em 2000. Não houve problemas, mas o custo era grande e hoje não vejo porque voltar à plataforma MS. Estas plataformas livres têm: custo reduzido, comunidades ativas que volta e meia podem nos ajudar, quilos de código livre e maduro que podem ser incorporados em diversos pontos do desenvolvimento etc. Além disso, há uma série de ferramentas que foram importantes no desenvolvimento do site, que só poderiam ter sido implantadas rapidamente neste contexto: nosso sistema de controle de versão (subversion - subversion.tigris.org), nosso bugtracker (mantis - www.mantisbt.org) e até o wiki (mediawiki www.mediawiki.org) usado para documentação da política editorial e de estilo do site. Wd :: Ainda sobre tecnologia, vocês usaram e abusaram das folhas de estilo para definir as características visuais dos elementos do site. Além disso, o site segue uma das boas práticas de desenvolvimento ao chamar o CSS através de arquivos. Quais são as vantagens de se adotar tal prática em projetos do porte do Overmundo? Felipe :: Reduzimos em muito o tempo de carregamento dos arquivos pelos usuários, além de economizar largura de banda. Mas ainda há melhorias por serem feitas aí: ainda consideramos o HTML do Overmundo em “beta”. Wd :: Na definição da tipografia do site, vocês diferenciaram os títulos, os subtítulos e o corpo do texto através do tamanho de fonte em pixels, além da escolha da fonte Trebuchet MS. Em termos de cores, o site combina tons de azul e verde, garantindo uma boa legibilidade. Como vocês chegaram a essas especificações de tipografia e cores no Overmundo? Felipe :: O caminho foi um pouco o inverso: por um lado, já havíamos chegado a um acordo com o cliente em relação ao fato de que o site deveria ter um visual extremamente leve, sem maneirismos: HTML puro, branco, tipográfico etc. De outro, como definir a linguagem visual de um projeto que pretende abarcar todas as culturas de todo o Brasil? A solução foi usar o mínimo de grafismo e de imagens fora o próprio conteúdo do site, privilegiando a tipografia, ressaltando a facilidade de leitura e tornando possível um site quase todo baseado em CSS. Tem também um lado meu, pois gosto de usar tipos grandes para hierarquizar claramente o conteúdo e para fugir da situação de haver pessoas de 45 anos que simplesmente não conseguem ler a fonte Verdana, com 10 pixels: não se pode deixar estas pessoas de fora. Wd :: Após o período de 18 meses do patrocínio da Petrobras, como vocês pretendem manter o projeto? Existe a possibilidade de abrir espaço para anunciantes? Ronaldo :: Periodicamente, fazemos uma reunião com todos os colaboradores do site espalhados por todo Brasil. A segunda aconteceu nos dias 15 e 16 de maio, na Escola de Direito da FGV, no Rio de Janeiro (http://tinyurl.com/l6n4w). O objetivo dessas reuniões é exatamente discutir as várias possibilidades pra o Overmundo, principalmente no sentido de garantir sua auto-sustentabilidade. Publicidade é um dos caminhos possíveis, mas há vários outros. Há a alternativa de usar a marca do Overmundo na realização de eventos, na distribuição de conteúdo do site e inclusive parcerias com outros agentes de mídia. No entanto, nosso foco atual é continuar gerando mais conteúdo interessante e participações crescentes. BOXES DA ENTREVISTA - RFP (request for proposal ou solicitação para proposta) Um documento produzido por uma empresa buscando mercadorias ou serviços e distribuído para futuros possíveis provedores. Os provedores então oferecem propostas baseadas nos critérios especificados dentro da RFP. Fonte: Glossário Dtcom (http://tinyurl.com/z84h7) - Algumas das influências no desenvolvimento do Overmundo Archive.org (http://archive.org): “agregou seções de banco de dados, tais como o Archive.org, que permitem aos usuários submeter conteúdos (arquivos de música, vídeo etc.) para o site.” Digg (http://digg.com): “aproveitou a interface votação (já adotada em centenas de sites da internet), mas diferente dele, o Overmundo não trabalha com recomendações de links e sim com conteúdo próprio, além de conjugar o sistema de votação com os modelos de sala de edição e de votação do Kuro5hin, coisa que o Digg não faz.” OhMyNews (www.ohmynews.co.kr): “adotou a idéia de um corpo administrativo estável, que dialoga de modo constante com as contribuições dos usuários, permitindo um certo nível de controle do fluxo, enquanto isso for necessário (ou seja, até que a comunidade possa controlar todo o fluxo por si só).” Orkut (www.orkut.com): “a seção perfil conjuga elementos de softwares sociais, como o Orkut e Facebook com as ferramentas de Web 2.0, permitindo visualizar com clareza quem é responsável pelas contribuições e interagir com os autores.” Slashdot (http://slashdot.org): “utilização do sistema de comentários, bem como o uso de karma para atribuir diferentes números de Overpontos para cada usuário (quanto mais seu conteúdo obtiver votos no Overmundo, maior será o seu karma e, portanto, o "peso" de seus Overpontos).” Kuro5hin (www.kuro5hin.org): “inspiração para as filas de edição e de votação, bem como o uso de votos para organização dos conteúdos de cada página.” Wikipédia (www.wikipedia.com): “aproveitou o modelo de contribuições abertas em todas as seções do site, mas com uma diferença: o usuário precisa se cadastrar para escrever o que quiser, dentro da linha editorial proposta.” Fonte: www.overmundo.com.br