Caderno de Idéias CI0601 – janeiro, 2006 CUL TURA ORGANIZACIONAL: COMO MEDI-LA CULTURA UM ESTUDO DE CASO Léo FF.. C. Bruno Professor, FDC e UFAM José Ofir Praia de Sousa Pesquisador, UFAM – Universidade Federal do Amazonas Centro Alfa – Campus Aloysio Faria Av. Princesa Diana, 760 – Alphaville Lagoa dos Ingleses 34000-000 – Nova Lima, MG – Brasil Tel.: 55 31 3589-7270 Fax: 55 31 3589-7402 e-mail: [email protected] – www.fdc.org.br Projeto gráfico (Capa, programação visual e edição geral) Ismael Dias Campos Revisão Irani Rodrigues L. Coutinho Assessora editorial Teresa Goulart Supervisão de editoração José Ricardo Ozólio Impressão Fundação Dom Cabral 2006 Este artigo foi elaborado pelo professor Léo F. C. Bruno e pelo pesquisador José Ofir Praia de Sousa. Seu conteúdo é de total responsabilidade dos autores, não tendo a Fundação Dom Cabral qualquer responsabilidade sobre opiniões nele expressas. A publicação deste artigo no Caderno de Idéias FDC foi realizada com autorização dos autores. A reprodução deste e dos demais Cadernos de Idéias da Fundação Dom Cabral é livre, desde que devidamente citadas as fontes. Para mais informações, favor contatar Teresa Goulart, pelo e-mail: [email protected]. Cultura organizacional: como medi-la CULTURA ORGANIZACIONAL: COMO MEDI-LA. UM ESTUDO DE CASO Léo FF.. C. Bruno José Ofir Praia de Sousa Palavras-chave: Cultura, Cultura Organizacional, Cultura Brasileira. Os traços menos evidentes foram Lealdade Pessoal, Impunidade, Paternalismo, Postura de Espectador, Formalismo e Evitar Conflito. RESUMO O presente estudo procurou analisar os aspectos da cultura organizacional brasileira na gestão empresarial. Teve como propósito a elaboração de uma metodologia para a medição dos elementos formadores da cultura organizacional de uma empresa do Pólo Industrial de Manaus. Levantou o perfil cultural e os mais importantes aspectos dessa cultura e sugeriu recomendações para o embasamento de seu plano estratégico. O modelo referenciado foi o de Barros & Prates que propõe nove traços culturais presentes no ambiente empresarial brasileiro: Concentração de Poder, Personalismo, Paternalismo, Postura de Espectador, Formalismo, Impunidade, Lealdade Pessoal, Evitar Conflito e Flexibilidade. A metodologia empregada foi quantitativa tendo sido desenvolvido e aplicado um instrumento de medição do tipo escala atitudinal (Likert) envolvendo os nove traços culturais de Barros & Prates. O instrumento foi validado quanto às asserções que foram elaboradas, bem como quanto à confiabilidade do mesmo. Valores médios e coeficientes de correlação linear foram utilizados como estatísticas para análises dos dados. As análises foram feitas baseadas em 27 asserções que cobriram os nove traços culturais, e respondidas por 30 dirigentes que compõem o corpo diretivo da empresa estudada. Os resultados mostraram preponderância do traço Flexibilidade. Concentração de Poder e Personalismo tiveram média preponderância. 1. INTRODUÇÃO Um dos maiores estudos sobre cultura organizacional no mundo ocorreu no final da década de 1970. O ILO (Internacional Labour Office), instalado em Genebra, encarregou o Professor Hofstede e um grupo de especialistas de realizarem um estudo sobre as diferenças culturais relacionadas ao trabalho, entre mais de 50 países em todo o mundo, e como essas diferenças afetam a validade das técnicas de Gestão e suas filosofias nos diferentes países. O resultado a que se chegou foi que o gerenciamento deveria se adaptar às condições locais, principalmente aos valores culturais e sociais, tradições e sistemas do país. Posteriormente, Barros e Prates (1996), baseados principalmente em Hofstede, fizeram um estudo sobre os principais traços culturais presentes nas organizações brasileiras, na percepção de 2500 dirigentes e gerentes de grande, médio e pequeno portes do Sudeste e Sul do Brasil. Nesse trabalho, Barros e Prates estudaram traços da cultura brasileira, num ambiente brasileiro. O estudo indicou que os gerentes levaram para o interior das organizações um estilo de administração com características da cultura brasileira. O presente estudo, baseado no modelo proposto por Barros e Prates, busca criar uma metodologia para traçar o perfil cultural de uma organização brasileira e analisar a sua utilização na análise estratégica da empresa. Dessa análise, são feitas recomendações para a organização em estudo. Caderno de Idéias janeiro, 2006 3 Cultura organizacional: como medi-la O desenvolvimento de uma organização está intimamente ligado ao desenvolvimento de sua cultura. Valores, crenças, ritos, lendas, leis, tecnologia, moral, trabalho, gerenciamento de uma empresa são moldados da sociedade que adquiriu no decorrer de sua formação histórico-antropológica. Para Bethlem (1999), as pessoas são culturalmente diferentes, pois receberam orientações diferentes no decorrer de sua educação, por isso têm motivos e metas variadas. Um dos maiores desafios dos gestores são (1) a adaptação da empresa ao meio externo e (2) integração interna para o desempenho das organizações. O problema que esse estudo enfoca é a inexistência de dados referentes a aspectos sobre a cultura nas organizações que contribuam para o planejamento estratégico, principalmente na fase de análise estratégica. Como, atualmente, vive-se numa sociedade cujos mercados estão em muita evidência, um momento caracterizado como a era da informação, em que transformações estão ocorrendo em grande velocidade, as empresas têm de apresentar uma cultura de muita flexibilidade, para enfrentar os problemas de incerteza gerados por essa sociedade cada vez mais exigente, principalmente para se adaptar às características do meio. O planejamento estratégico tem sido uma ferramenta muito útil e ajuda muito o gerente das empresas. Como esse planejamento tem uma fase de análise interna, pretende-se, com essa pesquisa, elaborar uma metodologia para a medição de elementos formadores da cultura organizacional, que são importantes para a integração interna da empresa. Muitas vezes acontece a formação de barreiras culturais que se constituem em verdadeiro gargalo para o desempenho da organização. Para Tylor (1871), citado por E. Willens (Antropologia Social, Introdução), Cultura é “aquele todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, costumes, assim como todas as capacidades adquiridas pelo homem como membro da sociedade”. Tudo o que se pode imaginar faz parte da cultura de uma sociedade, portanto esse todo complexo fez com que Edward B.Reuter, 4 janeiro, 2006 Caderno de Idéias citado por Lenhard (1982), fizesse uma proposta para organizar o conteúdo da cultura, dividindo conforme relacionado abaixo: a- cultura material, ou seja, as técnicas de confecção e manejo de instrumentos e equipamentos; b- padrões de comportamento social manifesto. Como no trato com objetos materiais, assim no convívio entre homens, os membros de qualquer sociedade necessitam de maior ou menor, mas nem sempre grande número de habilidades e de praxes de como executar atividades; c- padrões mentais. Técnicas e padrões de comportamento não existem em si, mas a serviço de necessidades e desejos do homem. Os desejos produzem sentimentos e atitudes em relação a objetos (materiais, sociais e imateriais), os quais, por sua vez, são em grande parte tradicionais e, embora radicados nas mentes individuais, são culturalmente conformados. A sociedade atribui valor a certos objetos (isto é, tem sentimentos e atitudes em relação a eles) e esse consenso é essencial à sua coesão. Importa-lhe, portanto, transmiti-lo às novas gerações; d- a organização social. Uma ordem de posições e de relações sociais, de papéis e valores, de distribuição do poder, de instituições, tais como família, organizações, a propriedade, o estado, etc., assegura o funcionamento suficientemente equilibrado da sociedade; e- elementos simbólicos. Símbolos são fenômenos perceptíveis, socialmente empregados para significar algo inacessível aos sentidos. Toda sociedade dispõe de um sistema de símbolos de comunicação e pensamento, incluindo a linguagem oral e escrita, e as linguagens especiais da matemática, da lógica, etc., enfim os fenômenos sensoriais a que se atribuem significados abstratos; f- organização do pensamento. Os sistemas científicos, filosóficos e religiosos, construídos por meios de símbolos, decorrem de uma sociedade, mas não se identificam com o sistema de sentimentos, atitudes e valores dessa sociedade. Para Freitas (1991), cultura é “algo que é compartilhado na mente dos membros da comunidade, tal como crenças, valores e idéias que as pessoas sustentam em comum”. Corroborando com Freitas, Agrícola Bethlem Cultura organizacional: como medi-la (1999) cita a definição de cultura segundo o estudo do ILO, que diz “cultura é definido como a programação coletiva da mente que distingue os membros de um grupo dos de outro”. No presente trabalho, buscou-se utilizar os principais traços culturais organizacionais observados por Barros e Prates (1996), em seu trabalho que propõe “um modelo de ação cultural brasileira na gestão empresarial”. Esse modelo é baseado na reflexão da leitura a respeito de cultura brasileira (DaMata, 1984,1987; Barbosa, 1992), bem como na temática das culturas nacionais (Hofstede, 1980, Bolinger & Hofstede, 1987), e no resultado de uma pesquisa sobre os principais traços culturais presentes na empresa brasileira, na percepção de 2.500 dirigentes e gerentes de 520 empresas de grande, médio e pequeno portes do Sudeste e Sul do país. Os traços observados e que serão utilizados na pesquisa são: Concentração de poder, Flexibilidade, Paternalismo, Lealdade às pessoas, Personalismo, Impunidade, Evitar conflito, Postura de espectador e Formalismo. Esses subsistemas apresentam interseções entre si, encontrando-se aí traços culturais comuns. São quatro interseções caracterizadas pela concentração do poder, pelo personalismo, pela postura de espectador e pelo evitar conflito, distribuídas da seguinte forma: 1) concentração de poder na interseção dos subsistemas líderes e formal; 2) postura de espectador na interseção dos subsistemas liderados e formal; 3) personalismo na interseção dos líderes e pessoal; 4) evitar conflito na interseção dos liderados e pessoal, conforme figura 1 abaixo. Líderes Concentração do poder Personalismo Formal Pessoal Postura de espectador Evitar conflito 2. O MODELO DE BARROS & PRA TES PRATES O modelo proposto objetiva pensar a cultura brasileira na gestão empresarial, como forma de compreender a ação cultural de maneira integrada. Isso significa que, ao pensar em se modelar à cultura brasileira, deve-se levar em consideração não somente o traço cultural típico de forma isolada e descrevê-lo, mas, principalmente, sua integração com outros traços, formando uma rede de causa e efeito na qual os traços se influenciam mutuamente. Sob essa perspectiva, foi proposto esse modelo de ação cultural brasileira na gestão empresarial – um modelo do estilo brasileiro de administrar, que retrata um sistema cultural com várias facetas, mas que age simultaneamente através de vários componentes. O modelo pode ser caracterizado como um sistema composto por quatro subsistemas: o institucional (ou formal), o pessoal (ou informal), o dos líderes e dos liderados, apresentando traços culturais em comum e traços especiais que articulam o conjunto como um todo. Liderados Figura 1 – Traços culturais comuns a partir das intersecções entre os subsistemas Fonte: PRESTES, Fernando C.; CALDAS, Miguel P. Cultura organizacional e cultura brasileira, 1997. Os subsistemas estão, também, articulados por meio de traços culturais especiais que, em última análise, são os responsáveis pela não ruptura de todo o sistema. Ao mesmo tempo, são os pontos que, para uma mudança efetiva, deveriam alterar-se em grau ou natureza. Esses traços são o Paternalismo, a Lealdade Pessoal, o Formalismo e a Flexibilidade. Completando os traços brasileiros mais importantes, destacase no subsistema institucional (formal) a impunidade, que tem fortes reflexos no sistema de ação cultural brasileiro, podendo reforçar ou minar a manutenção e a estabilidade de todo o sistema. Caderno de Idéias janeiro, 2006 5 Cultura organizacional: como medi-la A combinação de todos os traços citados é que constitui e opera o modelo denominado Sistema de Ação Cultural Brasileiro, figura 2. A descrição de todos os elementos do modelo de ação cultural brasileiro é apresentada no Apêndice 1. Líderes Concentração do poder Personalismo Impunidade Lealdade pessoal Formal Formalismo Paternalismo Pessoal Flexibilidade Evitar conflito Postura de espectador Liderados Figura 2 – Visão integrada do modelo proposto – sistema de ação cultural brasileiro Fonte: PRESTES, Fernando C.; CALDAS, Miguel P. Cultura organizacional e cultura brasileira, 1997. 3. METODOLOGIA Constou de quatro fases básicas: construção do instrumento de medição (Apêndice 2); aplicação do instrumento; análise da validade das asserções; verificação da confiabilidade do instrumento de medição, cálculo e construção gráfica das médias das asserções e dimensões validadas. 6 janeiro, 2006 Caderno de Idéias Foram envolvidos na pesquisa todos os gestores de uma empresa da área de consumo eletrônico, localizada no PIM (Pólo Industrial de Manaus), totalizando 30 pessoas entre diretores, gerentes e chefias. Cultura organizacional: como medi-la de pequena predominância, ou seja, média entre 1,00 e 1,99. 4. RESUL TADOS E ANÁLISES RESULT Perfil atitudinal dos dirigentes por dimensão As dimensões Concentração de Poder e Personalismo estão na zona de média predominância, ou seja, com médias variando de 2,0 a 2,99. A dimensão Flexibilidade está com média na zona de alta predominância, variando entre 3,0 a 4,0. Na figura 3, verificamos que seis dimensões – Paternalismo, Postura de Espectador, Formalismo, Impunidade, Lealdade Pessoal e Evitar Conflito apresentam sua média na zona Concentração de poder 2,1 Personalismo 2,1 Paternalismo 1,6 Postura de espectador 1,8 Formalismo 1,7 Impunidade 1,6 Lealdade pessoal 1,5 Evitar conflito 1,6 Flexibilidade 3,2 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Figura 3 – Perfil atitudinal dos dirigentes por dimensão Perfil atitudinal dos dirigentes por asserção Na Figura 4, abaixo analisamos o perfil atitudinal por asserção validada de todos os dirigentes. 01 Concentração de poder 02 Personalismo 04 Postura de espectador 05 Formalismo 06 Impunidade 2,1 2,5 1,8 1,6 1,4 11 Personalismo 12 Paternalismo 13 Postura de espectador 1,8 14 Formalismo 1,8 15 Impunidade 17 Evitar conflito 20 Personalismo 21 Paternalismo 24 Impunidade 25 Lealdade pessoal 27 Flexibilidade 1,3 1,7 2,3 1,6 2,4 1,5 1,1 1,5 3,2 1 1,5 2 2,5 3 3,5 Figura 4 – Perfil atitudinal dos dirigentes por asserção validada Caderno de Idéias janeiro, 2006 7 Cultura organizacional: como medi-la Pode-se verificar que, de acordo com a figura anterior, as asserções 4 e 13 (Postura de Espectador), 5 e 14 (Formalismo), 6 e 24 (Impunidade), 11 (Personalismo), 12 e 21 (Paternalismo), 17 (Evitar Conflito) e 25 (Lealdade Pessoal) apresentam sua média na zona de pequena predominância, ou seja, médias entre 1,00 e 1,99. As asserções 1 (Concentração de Poder), 2 (Personalismo) e 15 (Impunidade) apresentam-se com suas médias situadas na zona de média predominância, variando entre 2,00 e 2,99. A asserção 27 (Flexibilidade) encontra-se na zona de alta predominância, ou seja, com média entre 3,00 e 4,00. Lembramos que as asserções 3, 7, 8, 9, 10, 16, 18, 19, 22, 23, e 26, que não foram validadas pela metodologia, contribuíram para as análises das asserções/dimensões juntamente com o posicionamento obtido na área do complemento do instrumento de medição, pois, conforme citado, ainda que não validadas, as asserções/dimensões em questão não perdem o seu valor como conteúdo. O contexto das asserções/dimensões será melhor discutido no tópico de análise dos dados. 5. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES Procura-se apresentar as conclusões e recomendações finais, tomando -se por referência as análises feitas a partir dos resultados obtidos nesta pesquisa, na qual se procurou verificar os traços culturais do modelo proposto por Barros & Prates (1996) na gestão da empresa. Assim, a partir das conclusões e recomendações que serão apresentadas, espera-se que a empresa estudada, e outras empresas que queiram aproveitar este estudo, evitem cometer erros estratégicos do ponto de vista dos valores culturais, podendo, dessa forma, contribuir para seu melhor desempenho e competitividade. Conclusões Os resultados das análises indicaram os traços preponderantes, tomando-se como base o modelo proposto em estudo. A dimensão 8 janeiro, 2006 Caderno de Idéias Flexibilidade foi a de maior predominância, indicando que na empresa existe uma postura muito flexível. Isso significa que a organização possui uma grande capacidade em se adaptar às circunstâncias do meio, o que pode ser um ponto positivo, considerando -se que, atualmente, a sociedade está em constante mudança e em grande velocidade, exigindo organizações que tenham agilidade para se adequarem às demandas do meio. A dimensão com menor predominância foi Lealdade Pessoal. Significa que os executivos pesquisados são mais leais à organização do que à pessoa do líder, ficando as relações pessoais no ambiente de trabalho em segundo plano, o que torna o ambiente saudável do ponto de vista da motivação e colaboração. Duas dimensões apresentaram média predominância, podendo servir como se fosse um alerta para a empresa. A Concentração de Poder está presente, significando que alguns dirigentes ainda se utilizam do expediente de se impor basicamente com o poder tradicional legal e a sua posição na hierarquia da empresa. Isso é ruim porque pode gerar a postura de espectador, dificultando bastante as atividades de gestão. O Personalismo também está presente, significando que boa parte de dirigentes ainda se utiliza desse caráter nas suas ações na empresa. Outras dimensões a seguir tiveram pequena predominância, mas com significados importantes para a empresa. O Paternalismo na empresa é pouco utilizado. Isso significa que as ações dos dirigentes possuem pouco desse caráter. A relação entre líder e liderado não se configura como numa relação pai e filho, o que assegura interações com uma certa independência. A Postura de Espectador também é pouco presente. Significa que existe diálogo nas relações entre os chefes e subordinados, tornando o ambiente de pouca transferência de responsabilidade das dificuldades dos subordinados para as lideranças. O Formalismo com pouca predominância significa que a discrepância entre a conduta concreta e as normas prescritas é pequena, embora a pequena presença detectada na pesquisa possa ser preocupante para o futuro, pois, em se tratando de cultura, isso pode evoluir. A Cultura organizacional: como medi-la Impunidade, outra dimensão com pequena presença, significa que a empresa pune os que não cumprem as leis e regulamentos internos. A dimensão Evitar Conflito, com pouca significância, sinaliza que não existe baixa motivação, passividade e baixa iniciativa no ambiente estudado, o que dá às relações entre líderes e liderados uma certa autonomia e independência. Isso é bom para a empresa, pois, nas relações autônomas e independentes, em determinadas situações, há melhor eficiência e eficácia nas atividades. Algumas ações se fazem necessárias com vistas à redução de alguns aspectos negativos da cultura brasileira, presentes no ambiente da empresa pesquisada, bem como objetivando conduzi-la a um caminho de uma melhor integração interna, para melhorar a sua eficiência e eficácia, contribuindo, dessa forma, com o seu plano estratégico. Julgamse necessárias para a obtenção dos referidos objetivos as ações a seguir: Concentração de Poder: Criar uma cultura de poder desconcentrado, em que a autoridade do dirigente não seja baseada unicamente no poder racional legal, na hierarquiasubordinação, na ameaça de determinação de sanções e punições, mas incluir outras variáveis, como conhecimento, performance, etc. Personalismo: Evitar que as lideranças no trato com os seus subordinados enfatizem relações focadas na figura do líder, através de seu discurso ou pelo poder de ligação com outras pessoas influentes na empresa. Paternalismo: Evitar nas lideranças a cultura do poder hierárquico e absoluto imposto de cima para baixo com tradicional aceitação por seus membros, porque gera dependência, menor grau de liberdade e menor autonomia ao grupo. Postura de espectador: Evitar nas lideranças a postura do espectador, gerada pelo desenvolvimento de práticas do mandonismo, protecionismo e dependência, encarnada em soluções paternalistas. Fazer isso através da prática do diálogo, do equilíbrio do poder, da consciência crítica, do incentivo à iniciativa, da maior liberdade e autonomia de ação e de atos responsáveis. Formalismo: Combater a cultura do formalismo na empresa através do cumprimento das normas e regras internas para todos. Colocar na prática o que realmente está nas leis da empresa. Evitar o nepotismo, o favoritismo, a corrupção. Evitar situações em que os critérios estabelecidos sejam ignorados em favor de maior mobilidade empresarial. Quando ocorrer um hiato entre o fato e o direito, usar o bom senso de uma forma compartilhada. Impunidade: Evitar a cultura da impunidade – a empresa deve punir exemplarmente todos os que venham a descumprir as normas e regras internas. Lealdade Pessoal: Combater a cultura da lealdade pessoal, valorizando mais a necessidade da empresa do que a necessidade do líder. Ou seja, centralizar as necessidades na figura da empresa. Fortalecer a empresa, fazendo com que o cumprimento das normas tenha um caráter impessoal. Evitar Conflito: Combater a cultura de evitar conflito, através da criação de um ambiente de delegação de poder, de independência, e de autonomia nas lideranças, o que provavelmente deixará um ambiente menos alienante e passivo, bem como provoca uma melhoria na motivação e na iniciativa dos colaboradores. Nas situações de conflito, tratar pelo expediente das relações institucionais. Flexibilidade: Manter a postura de flexibilidade. Como se vive atualmente num mundo muito dinâmico, a velocidade das mudanças exige das empresas uma adaptação quase que rotineira para se ajustarem às condições do meio (mercado). Para isso, devese manter a agilidade em se ajustar aos processos internos e externos para a produção de algo novo e criar uma situação em que possa existir a igualdade de oportunidades entre os indivíduos, saindo do domínio hierárquico para um domínio de competências. Caderno de Idéias janeiro, 2006 9 Cultura organizacional: como medi-la Recomendações O uso das dimensões apresentadas nesta pesquisa em outras realidades empresariais deve ser feito com cautela, devido ao fato de que o estudo foi limitado a uma fábrica brasileira de produtos de consumo eletrônico de produção em massa, com características próprias, sofisticada tecnologia e sistemas de gestão. A população investigada neste estudo foi pequena, causando instabilidade nas estatísticas de correlação. Estudos futuros, envolvendo amostras maiores e outras categorias de executivos, além da área industrial, seriam altamente recomendáveis. O número de asserções por dimensão selecionada deveria ser ampliado em estudos futuros, visando minimizar a possibilidade de perdas de dimensões ao longo do processo de validação do instrumento de diagnóstico utilizado. Desse modo, acredita-se que as referidas conclusões e recomendações, colocadas efetivamente em prática, estarão construindo um ambiente empresarial mais adequado à cultura brasileira, capaz de efetivamente melhorar a eficiência, eficácia e competitividade da empresa estudada e aumentar as oportunidades de sucesso, evitando -se o desperdício de recursos, principalmente humanos, além de poderem contribuir para a geração de mais empregos e de melhores resultados. 10 janeiro, 2006 Caderno de Idéias Cultura organizacional: como medi-la REFERÊNCIAS BETHLEM, Agrícola de Souza. Gestão de negócios: uma abordagem brasileira. 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A sociedade tem se valido, de forma alternativa, da força militar tradicional e do poder racional-legal para o estabelecimento e a manutenção da autoridade, criando, assim, uma cultura de concentração de poder baseada na hierarquia/subordinação. “Manda quem pode, obedece quem tem juízo” reflete um ângulo importante dessa cultura. Personalismo O poder exercido com forte autoridade carismática e o magnetismo presente na pessoa do líder, por meio de seu discurso ou pelo seu poder de ligações (reações com outras pessoas), e não por sua especialização, aparece em destaque no nosso dia-a-dia. A rede de amigos, para não falar de parentes, é o caminho natural pelo qual trafegam as pessoas para resolverem seus problemas e, mais uma vez, obterem os privilégios a que aquele que não tem uma família não pode habilitar-se. Paternalismo A combinação de dois traços mencionados de poder e personalismo, em maior ou menor grau, tem como síntese o paternalismo. Ele apresenta duas facetas, o patriarcalismo e o patrimonialismo. Carregamos em nossa sociedade o valor de que o patriarca tudo pode e aos membros do clã só cabe pedir e obedecer; caso contrário, a rebeldia pode ser premiada com sua exclusão do âmbito das relações. O patriarcalismo, a face supridora e afetiva do pai, atendendo ao que dele esperam os membros do clã, e o patrimonialismo, a face hierárquica e absoluta, impondo com a tradicional aceitação sua vontade a seus membros, convivem lado a lado em nossa cultura. É nessa mistura de aspectos puramente econômicos – em que se faz uma troca objetiva de trabalho por remuneração, com aspectos essencialmente afetivos, em que se troca emocionalmente a dedicação e colaboração não atritosa pelos laços de intimidade pessoal – que se desenvolve cada um dos atores líderes e liderados. Para que não haja ruptura, é preciso que cada um procure atingir o máximo benefício com um mínimo de custo, pago nas duas espécies de moeda afetiva e fiduciária. Assim como nas sociedades onde o poder é distribuído de forma desigual, como no Brasil, e em que tendem permanecer nessa situação, ocorre um fenômeno psicossocial de dependência continuada dos liderados pelos líderes, aceito por ambos nas condições apresentadas. Nessa linha, podemos dizer que as sociedades e organizações serão lideradas tão paternalisticamente quanto permitem seus membros. O paternalismo existe tanto para os líderes como para os liderados, sendo o sistema de valores dos dois grupos complementares. O paternalismo gera dupla dependência, mas a par do controle que exerce, abre caminho para uma forma eficiente de se identificar e pertencer a um grupo, tendo por recompensa um maior grau de segurança proporcionado pelo grupo. Mas é verdade, também, que o custo disso é um grau menor de liberdade e autonomia para seus membros, se comparado com outras culturas menos paternalistas. 2. SUBSISTEMA INSTITUCIONAL (FORMAL) A liberdade e o grau de autonomia estão na base da dinâmica do subsistema institucional, que compõe o sistema. A concentração de Caderno de Idéias janeiro, 2006 13 Cultura organizacional: como medi-la poder e o paternalismo induzem a um novo traço da cultura brasileira, que é a postura de espectador. Seguindo, será apresentado um dos principais elementos que articulam, dentro do sistema institucional, o subsistema dos líderes e dos liderados, garantindo na ação sua convivência. É o fenômeno do formalismo, uma das formas mais significativas e relevantes de como nossa cultura procura fugir às incertezas do futuro. Por último, o traço impunidade, que tem fortes reflexos do subsistema institucional e que é um dos elementos que pode não só reforçar, como também minar a manutenção e a estabilidade de todo o sistema de ação cultural brasileiro. Postura de espectador Vimos que o homem brasileiro nasceu e desenvolveu-se a gosto, a um tempo de mandonismo, de protecionismo e de dependência, que está encarnado em nossas soluções paternalistas. Funcionamos, reflexivamente, orientados pela autoridade externa que limita nossa consciência crítica. O que dizer, então, do povo brasileiro com baixa qualificação, em um ambiente de grande desequilíbrio de poder, sem liberdade e autonomia, e com baixo senso crítico? Esse processo não pode deixar de resultar do traço denominado postura de espectador, com suas principais vertentes de mutismo e baixa consciência crítica e, por conseqüência, de baixa iniciativa, pouca capacidade de realização por autodeterminação e de transferência de responsabilidade das dificuldades para as lideranças. Esse processo infantil, que reforça o baixo nível de consciência crítica, faz com que, mesmo havendo maior liberdade de atuação, não se saiba o que se quer, faz com que não exista vontade própria. Assim, envolvido em um clima de perplexidade, o libertado sente-se novamente forçado a conformar sua conduta às expectativas da autoridade externa. Outra vertente do traço do espectador é a transferência de responsabilidade. A lógica é a seguinte: se o poder não está comigio, não estou incluído nele e não sou eu que tomo a decisão; a responsabilidade também não é minha. Logo vou transferi-la para quem de 14 janeiro, 2006 Caderno de Idéias direito, o que em nossa cultura significa para cima na linha hierárquica. Isso se manifesta em duas outras circunstâncias, ou seja, quando algo de errado acontece, a culpa ou o problema principal situam-se fora da minha área de atuação e controle. Finalmente, nossa capacidade de realização por autodeterminação é muito reduzida. Entre a “cultura do fazer ”, voltada para o mundo com a perspectiva da mudança cumulativa e para a idéia de progresso, e a “cultura do estar ”, que foge do mundo, resiste à mudança e desconfia do progresso, seria mais apropriado para os brasileiros a “cultura do estar fazendo”, isto é, “agindo para o gasto”, o suficiente para a manutenção do estado atual ou, no máximo, para garantir pequenas reformas sem avanços significativos. Formalismo O brasileiro apresenta códigos de socialização do tempo que o colocaria mais próximo de uma sociedade pouco preocupada com o futuro. Seguramente, ele vive muito mais no presente do que no futuro. A busca de resultados imediatistas, e de baixa capacidade de provisionamento, mostra uma ansiedade para o que possa vir depois. Esse lado mais descontraído pode ter explicação em sua capacidade de ter esperanças em tempos melhores, entregues à proteção de Deus. Mas é possível , também, que sua tão propagada riqueza natural o faça sentir-se mais seguro, pois com tais reservas pode se prevenir hoje em relação ao futuro. Na vida real, o que acontece é uma aceitação tácita das normas e regras, mas com uma prática distorcida, apoiada por outros elementos culturais mais vivos e presentes no comportamento brasileiro: “A esta discrepância entre a conduta concreta e as normas prescritas, que se supõe regulá-la, denominamos formalismo. O formalismo não é necessariamente uma patologia social como querem alguns autores. Em sociedades em transformação, como o caso brasileiro, pode ser visto como uma estratégia de mudança social, imposta pelo caráter dual de sua transformação Cultura organizacional: como medi-la histórica e de modo particular como se articula com resto do mundo.” (RAMOS, 1983). A lei que regulamenta a obtenção de um emprego de concurso existe para que todos, mediante conhecimento e mérito próprio, possam ingressar na burocracia do Estado. No entanto, outras variáveis socioculturais atuam na prática. A baixa qualificação educacional, a escassez relativa de empregos para uma mãode- obra abundante e as fortes relações pessoais, que regem a conduta dos brasileiros, fazem com que a lei não seja cumprida nessas circunstâncias. Existem canais ou processos extras legais, ou mesmo legais, aceitos como turbilhão de normas e regulares pela consciência coletiva. Sua ética está no fato de que eles permitem superar um peneiramento social, muitas vezes imposto por leis e regulamentos idealistas ou protecionistas. A realidade é que existe um hiato entre o direito e o fato, que caracteriza o formalismo, mas que também o justifica. Este é o lado patológico do formalismo, pois à medida que ele de fato ocorre, processos de ajustamento surgem para superá-lo. Como esses processos são permitidos e podem atingir as configurações de nepotismo, favoritismo e até mesmo suborno, isso gera instabilidade e insegurança. Surge então o risco de se aplicar o remédio das legislações, cada vez mais específico e abrangente, criando um turbilhão de normais para uma aparente estabilidade nas relações sociais. No Brasil, se as normas são bastante específicas, nosso ajustamento se faz por um processo de reinterpretação das leis, cujo resultado vai depender essencialmente de quem está do outro lado da questão. Se for de pessoa de nossas relações ou com autoridade, a flexibilidade na reinterpretação é ampla; se for pessoa fora de nossas relações, a rigidez é absoluta. Outro não é o significado do dito de Getúlio Vargas citado por Barbosa (1992): “para os amigos tudo, para os inimigos nada, para os indiferentes, a lei.” Impunidade Para completar, vamos fazer considerações em relação à impunidade. Esse código torna-se relevante, já que pode ser o elo que fecha uma cadeia de valores culturais e que lhe dá uma realimentação crescente. Estamos referindo-nos ao fato de que, estando os líderes ao largo das punições, isso fortalece a sua posição de poder, aumentando ao longo da cadeia do subsistema institucional o grau de consistência entre os traços vistos. Onde a lei só existe para os indiferentes e onde os direitos individuais são monopólios de poucos, a apatia só pode crescer, deixando o brasileiro como espectador. A sociedade que dava legitimidade a seus líderes por meio do sistema jurídico institucional já não lhe reconhece credibilidade, dando margem ao egocentrismo dependente, fundamentado em suas relações pessoais. Nesse ponto, é necessário inverter o raciocínio e pesquisar a face da premiação, visto que, sob a perspectiva da punição, o prêmio é a impunidade. 3. SUBSISTEMA PESSOAL (INFORMAL) Na base desse subsistema estão a segurança e a harmonia. Em sua constituição, ele tem a categoria do personalismo, já apresentada, além da lealdade às pessoas e do traço cultural evitar conflito. Lealdade pessoal A lealdade pessoal é a contrapartida do subsistema “pessoal” ao formalismo do subsistema dos líderes e liderados, pelo lado do espaço “pessoal”. A coesão social no Brasil está sujeita a uma ética pessoal, que se manifesta pela lealdade às pessoas. O membro do grupo valoriza mais as necessidades do líder e dos outros membros do grupo que as necessidades de um sistema maior no qual está inserido. O mecanismo, portanto, de ampla interligação entre os vários grupos de uma sociedade está centrado na pessoa, essencialmente dos líderes. As tomadas de decisão em nível do colégio de lideranças são bem toleradas. A confiança é depositada na pessoa do líder e ele passa a ser o elo que liga a rede, que integra os segmentos. Caderno de Idéias janeiro, 2006 15 Cultura organizacional: como medi-la Fundamentalmente responsável será o papel desse líder se a lealdade passar para o plano da identificação ou imitação do líder. Essa é uma possibilidade previsível em uma sociedade em que a individualidade é baixa e a dependência exercida pelo controle do comportamento é praticada. Esse fenômeno de fusão ampla e de “pertença” entre as pessoas envolvidas é um forte mecanismo de coesão. No entanto, é frágil, pois, dependendo das relações pessoais, pode provocar facilmente compartimentalização e estratificação ou “searas” próprias. A interação entre a lealdade às pessoas e o traço cultural mais forte do controle da incerteza, que é o formalismo, pode ser vista como mecanismo em oposição. Dentro de uma lógica linear, como da sociedade alemã, quanto mais se fortalecem as instituições, mais se enfraquece o poder das lideranças, pois o poder se transfere para as normas pessoais. No Brasil, a cada reforço que recebe o formalismo, mais se fortalece a lealdade às pessoas, para que o sistema tenha condições de fluir. A solução para a rigidez institucional se faz via redes de relacionamento pessoal. Evitar conflito A relação entre os indivíduos, em uma situação de baixa desigualdade de poder, pode levar a um grau de alienação, baixa motivação e conseqüente passividade e pouca iniciativa. Essa mesma situação de desigualdade de poder e forte dependência pode representar situação latente de conflito, que no caso brasileiro é tratado pelo expediente das relações pessoais, mais propriamente pela lealdade a uma pessoa capaz de intermediar a relação entre líderes e liderados. Para isso, a saída brasileira é usar soluções indiretas (triangulações) entre os pólos divergentes, mantendo, contudo, boas relações pessoais com ambos, mecanismo mais largamente utilizado. Vale ressaltar que o traço evitar conflito é muito mais presente no sentido liderado-líder. No sentido líder-liderado o primeiro não teme a existência do conflito, pois a estrutura da relação já indica que o segundo encontrará soluções indiretas. 16 janeiro, 2006 Caderno de Idéias 4. SUBSISTEMA DOS LIDERADOS É o que dá a articulação entre os sistemas institucional e pessoal no espaço dos liderados, assim como o paternalismo o faz no espaço dos líderes. É o traço da flexibilidade. Flexibilidade A flexibilidade é a versão moderna do processo que se convencionou como uma estratégia de segundo grau, isto é, suscitada do formalismo, cujas características seriam a criatividade e o pragmatismo. A flexibilidade representa uma categoria com duas faces: de adaptabilidade e de criatividade. A adaptabilidade pode ser identificada não só em termos de empresas, que demonstram agilidade enorme de se ajustarem aos vários processos internos e externos. O conceito de adaptabilidade visto pelo lado processual, não é uma criação em sentido puro, como a produção de algo novo. É a capacidade criativa que se exercita dentro de determinados limites prefixados. Esse contorno restritivo é exatamente o processo que decorre ao lado do subsistema institucional, no qual existe reconhecimento das normas e, em função delas, resultam um ajustamento de elementos operativos, criando apenas novos hábitos condizentes com nossa maneira de ser. Essa flexibilidade se dá pelo fato de o formalismo vir diante da lealdade às pessoas. Se, por um lado, existe arcabouço normativo idealizado, a ser seguido dentro do domínio institucional, existe também uma rede de relacionamento baseado na lealdade pessoal dentro de uma realidade social que, se acionada, vai estimular a busca de uma solução para objetivos pessoais. Cultura organizacional: como medi-la APÊNDICE 2 INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO DA CUL TURA ORGANIZACIONAL CULTURA Objetivo Observações O objetivo desta pesquisa é medir a sua percepção no que diz respeito à Cultura Organizacional em sua empresa. • Não existe resposta certa ou errada, o importante é saber o que você pensa sobre cada afirmação apresentada. • Marque somente uma resposta para cada Instruções A pesquisa apresenta algumas afirmações, as quais você deve ler com bastante atenção. Em seguida, responda apenas a uma das alternativas possíveis de resposta, a saber: CONCORDO PLENAMENTE (CP): você concorda totalmente com que a afirmativa retrata a realidade do seu ambiente de trabalho. asserção. • Certifique-se de ter respondido todas as 27 asserções. • Caso você tenha dúvidas antes ou durante o preenchimento deste instrumento, consulte o administrador do mesmo. INCLINADO A CONCORDAR (IC): você tende a concordar com que a afirmativa retrata a realidade de seu ambiente de trabalho. INCLINADO A DISCORDAR (ID): você discorda parcialmente com que a afirmativa retrata a realidade do seu ambiente de trabalho. DISCORDO PLENAMENTE (DP): você discorda totalmente com que a afirmativa retrata a realidade do seu ambiente de trabalho. Caderno de Idéias janeiro, 2006 17 Cultura organizacional: como medi-la MEDIÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL Concordo plenamente 1. A minha autoridade como dirigente é baseada no poder subordinação. da hierarquia- 2. Na minha liderança as pessoas são envolvidas e motivadas mais pelo meu discurso e carisma. 3. Eu exerço a autoridade impondo a hierarquia da organização, cabe ao subordinado obedecer. 4. Exerço o meu trabalho sem liberdade de ação e autonomia. 5. Eu exerço autoridade baseada em normas internas, sem cumpri-las integralmente. 6. Existe a determinação de sanções e punições para aqueles que não colaborarem, mas deixo pra lá, procuro uma desculpa. 7. Exerço minha autoridade dando maior importância ao grupo do que à empresa como um sistema maior. 8. Em reunião de dirigentes, tenho baixa motivação, porque não tenho poder de decisão. 9. Numa prática de reorganização da empresa, tenho grande capacidade de aprendizagem e adaptação ao novo. 10. Exerço minha autoridade determinando sanções e punições para aqueles que não obedecem. 11. Exerço autoridade porque tenho ligações com pessoas importantes e influentes na empresa. 12. Se minha autoridade não for respeitada, o rebelde pode ser excluído da empresa. 13. No setor o ambiente é de baixo senso crítico e de grande dependência dos líderes. 18 janeiro, 2006 Caderno de Idéias Inclinado a concordar Inclinado a discordar Discordo plenamente Cultura organizacional: como medi-la Concordo plenamente Inclinado a concordar Inclinado a discordar Discordo plenamente 14. Existem situações em que as normas não estão sendo cumpridas, às vezes pelo meu superior, às vezes por mim. 15. Eu posso determinar sanções e punições, mas procuro fugir das regras e tentar outra solução. 16. Eu considero a pessoa líder do grupo de trabalho mais importante que a empresa. 17. Eu exerço a liderança sem muito questionamento, porque não tenho poder de decisão. 18. A minha gestão é flexível com relação à cooperação entre setores. 19. Minha posição na empresa confere-me autoridade para dirigir minhas atividades de trabalho. 20. Exerço autoridade porque tenho acesso a informações que são importantes para outros. 21. Eu me posiciono frente aos subordinados como um pai, cabe a eles obedecer. 22. Tenho baixa iniciativa, pouca capacidade de realização por autodeterminação, porque recebo ordens dos superiores. 23. Às vezes ocorrem situações em que as normas são cumpridas apenas parcialmente. 24. Eu posso determinar sanções e punições para aqueles que não colaboram, mas deixo pra lá porque são meus amigos. 25. É mais importante a confiança depositada na figura do líder do grupo do que na Empresa. 26. Exerço minha liderança com passividade e pouca iniciativa, porque não sou estimulado a ser um líder. 27. A minha gestão é flexível com relação ao atendimento das demandas do cargo. Caderno de Idéias janeiro, 2006 19 Cultura organizacional: como medi-la Caso você deseje, utilize este espaço para realizar qualquer comentário. Agradecemos a atenção dispensada. Esta pesquisa é importante para que se possa conhecer melhor a cultura organizacional da empresa. Nota: A tabela de recorrência a seguir permite o cálculo da pontuação média por dimensão contemplada no instrumento, através do cálculo da média das médias por asserção validada que compõem o instrumento. Os extremos da escala de pontuação são 4 (Concordância Plena) e 1 (Discordância Plena). 20 DIMENSÕES ASSERÇÕES 1. Concentração de poder 01-10-19 2. Personalismo 02-11-20 3. Paternalismo 03-12-21 4. Postura de espectador 04-13-22 5. Formalismo 05-14-23 6. Impunidade 06-15-24 7. Lealdade pessoal 07-16-25 8. Evitar conflito 08-17-26 9. Flexibilidade 09-18-27 janeiro, 2006 Caderno de Idéias Títulos Publicados TÍTULOS PUBLICADOS Para acesso à lista completa, favor contatar: Tel.: (31) 3589-7465; fax: (31) 3589-7402; e-mail: [email protected] 2006 CI0601 Cultura organizacional: como medi-la. Um estudo de caso caso. Léo F. C. Bruno, José Ofir Praia de Sousa. Janeiro, 2006. 2005 CI0525 Integrating marketing, manufacturing and resear ch & development research development. Léo F. C. Bruno. Dezembro, 2005. CI0524 Bases da educação em sustentabilidade em uma escola de negócios negócios. Cláudio Bruzzi Boechat, Maria Raquel Grassi. Dezembro, 2005. CI0523 Per fil empreendedor dos gestores de empresas incubadas: um estudo de caso Perfil caso. Léo F. C. Bruno, Luciana Oliveira do Valle. Dezembro, 2005. CI0522 Os Benefícios provenientes de uma aliança em rede no modelo de co-opetição podem ser mensurados? O caso Star Alliance Alliance. Giuseppe Maria Russo, Paulo César Motta. Dezembro, 2005. CI0521 Alavancagem de valor em eficiência energética: a experiência do canal de relacionamentos da Cemig Cemig. Paulo Tarso Vilela de Resende, Lilian Maria Campolina Moraes. Novembro, 2005. CI0520 CI0519 Knowledge creation through inter-organisational collaboration: the role of shared practice, interdependence and power balance balance. Anna Goussevskaia. Outubro, 2005. CI0518 Inovação interativa: capital social, knowledge sharing, routines e formação de redes interorganizacionais interorganizacionais. Anna Goussevskaia, Rosiléia Milagres, Ana Luiza Lara de Araújo, Rafael Tello. Outubro, 2005. CI0517 Retorno financeiro dos investimentos em marketing: uma aplicação do modelo ROQ ROQ. Áurea Helena Puga Ribeiro, Ricardo Teixeira da Veiga, Daniela Vilaça Souza, Aline Favaro Reis, Marcelo Nacif Rocha. Outubro, 2005. CI0516 Modernidade organizacional em gestão de pessoas como base para a incorporação de modelo de gestão por competências competências. José Henrique Motta de Castro, Zélia Miranda Kilimnik, Anderson de Souza Sant’anna. Outubro, 2005. CI0515 CI0514 The Global Competitiveness Report 2005-2006. W orld Economic Forum (WEF) World (WEF). Carlos Arruda, Rafael Tello, Diogo Lara. Outubro, 2005. CI0513 Estratégias de formação de ambientes colaborativos com fornecedores no gerenciamento das cadeias de suprimento no Brasil Brasil. Paulo Tarso Vilela de Resende, Guilherme Dayrell Mendonça, Bernardo Bellavinha Araújo. Outubro, 2005. CI0512 Aplicação de ferramenta de medição de capital intelectual em uma empresa industrial industrial. Simone Maria Libânio Rocha e Silva, Carlos Arruda. Outubro, 2005. CI0511 Fórum de Aprendizagem: capturando o conhecimento tácito tácito. Maria Lúcia Goulart Dourado, Maria das Graças Pinho Tavares. Setembro, 2005. CI0510 As medidas de rentabilidade dos modelos de gestão de valor e a taxa interna de retorno da empresa: uma análise comparativa comparativa. Haroldo Moura Vale Mota. Setembro, 2005. CI0509 Backward linkages in the Brazilian automotive industry: the interaction between government policies and multinational strategies and organizations – working paper paper. Roberto Gonzalez Duarte, Aldemir Drummond. Setembro, 2005. 21I Caderno de Idéias CI0508 Competitividade na cadeia produtiva produtiva. Guilherme Dornas. Agosto, 2005. CI0507 Personal values and leadership effectiveness effectiveness. Léo F. C. Bruno, Eduardo G. E. Lay. Agosto, 2005. CI0506 World competitiveness yearbook 2005: análise dos indicadores de competitividade produzidos pelo IMD IMD. Carlos Arruda, Rafael Tello, Diogo Lara, Ana Luiza Lara. Equipe do Núcleo de Competitividade. Agosto, 2005. CI0505 The development of technological capabilities in immature countries through collaborative innovation networks – the Brazilian Genolyptus case case. Rafael Tello, Ana Luiza Lara de Araújo, Rosiléia Milagres, Anna Goussevskaia. Equipe de Inovação. Julho, 2005. CI0504 Inversion in the v olume of aggregate v alue (V AV) within i ntermodal t ransportation s ystems (VA ystems. Paulo Resende. Célula de Logística. Abril, 2005. CI0503 Innovation at international companies in Brazil – a study of the f oundr y industr y . Virgínia oundry ndustry Izabel de Oliveira, José Antônio Sousa Neto. Célula de Finanças. Abril, 2005. CI0502 Gestão f inanceira e gestão de v alor em grandes empresas brasileiras – uma investigação empírica mpírica. Virgínia Izabel de Oliveira, José Antônio Sousa Neto. Célula de Finanças. Abril, 2005. CI0501 The Global Competitiveness Report 2004 – 2005 2005. World Economic Forum (WEF). Carlos Arruda, Rafael Tello, Diogo Lara, Ana Luiza Lara. Equipe de Competitividade da FDC. Janeiro, 2005. 2004 CI0420 Profissionais mais competentes, políticas e práticas de gestão mais avançadas? Anderson de Souza Sant’Anna; Zélia Miranda Kilimnik; Isolda Veloso de Castilho. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0419 Executive retention in cross-border acquisitions: a knowledge-based view view. Betania Tanure; Roberto Duarte. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0418 A visão de 513 dirigentes das maiores empresas brasileiras sobre a gestão dos múltiplos vínculos contratuais contratuais. Beth Fernandes; Antonio Carvalho Neto. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0417 Economic V alue Added (EV A) e Cash V alue Added (CV A): uma análise comparativa Value (EVA) Value (CVA): comparativa. Haroldo Moura Vale Mota; Virgínia Izabel de Oliveira. Célula de Finanças. Outubro, 2004. CI0416 Sistemas e tecnologias da informação na otimização de cadeias de suprimentos – um caso cimentos. Marcelo Rodrigues; Paulo Resende. Célula de Logística. Outubro, na indústria de cimentos 2004. CI0415 Logística integrada e tecnologias da informação no supply chain management – cimenteira. Marcelo Rodrigues; Paulo Resende. Célula de Logística. um caso na indústria cimenteira Outubro, 2004. CI0414 Embedding knowledge in a new manufacturing plant plant. Paulo Prochno. Célula de Logística. Outubro, 2004. CI0413 Estudo logístico da rede portuária brasileira: portas para a competitividade competitividade. Paulo Resende. Célula de Logística. Outubro, 2004. CI0412 Carreiras em transformação: um estudo de trajetórias, âncoras e metáforas de carreira em associação a representações de competências profissionais profissionais. Zélia Miranda Kilimnik; Isolda Veloso de Castilho; Anderson de Souza Sant’Anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0411 Universidades corporativas: do sonho da implantação ao desafio da gestão – um estudo de caso caso. Alceu Morais de Queiroz; Roberto Costa Fachin; Anderson Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2004. CI0410 Dimensões da internacionalização internacionalização. Linda Goulart. Núcleo Serasa de Inovação. Julho, 2004. 22 II Títulos Publicados CI0409 A criatividade e a inovação como fator de criação de valor e vantagem competitiva. O inovação. Marcos Augusto Boro. Núcleo modelo pipeline da empresa para a criatividade e inovação de Competitividade. Julho, 2004. CI0408 Desenvolvendo a capacidade empreendedora de uma organização organização. Afonso Otávio Cozzi; Carlos Arruda. Núcleo de Empreendedorismo. Julho, 2004. CI0407 Retenção de executivos em aquisições transnacionais: a relação entre conhecimento e criação de valor valor. Betania Tanure; Roberto Duarte. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Julho, 2004. CI0406 Project finance theory and project control control. José Antônio Sousa Neto; Virgínia Izabel de Oliveira. Célula de Finanças. Julho, 2004. CI0405 O valor da arte e a arte do valor valor. Michel Fleuriet. Célula de Finanças. Julho, 2004. CI0404 Voluntariado empresarial: uma ferramenta para o desenvolvimento de competências humanas. Ana Lúcia Moreira; Carlos Antônio Mattiuz; Sônia Custódio de Souza. Abril, 2004. humanas CI0403 Concepção da estratégia e o processo de sensemaking: explorando tendências e integrando conceitos conceitos. Luiz Cláudio Junqueira Henrique; Gabriel Guimarães Henrique. Célula de Marketing. Abril, 2004. CI0402 Proposta de um modelo de monitoração ambiental ambiental. Luiz Cláudio Junqueira Henrique. Célula de Marketing. Abril, 2004. CI0401 Como a alta gerência pode (e deve) contribuir para projetos de sucesso sucesso. Lúcio J. Diniz. Janeiro, 2004. 2003 CI0327 Aquisições. Um per fil das operações no Brasil perfil Brasil. Betania Tanure; Vera L. Cançado. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2003. CI0326 Free trade and transportation infrastructure in Brazil: towards an integrated approach approach. Paulo Resende; Joaquim J. M. Guilhoto; Geoffrey J. D. Hewings. Célula de Logística. Dezembro, 2003. CI0325 Commitment, cooperation and interdependence as distinctive elements of the relationship marketing between suppliers and carmakers: the case study of the Brazilian automotive industr y . Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi; Áurea Helena Puga Ribeiro. Célula de Marketing. industry Dezembro, 2003. CI0324 Levels of customer loyalty and its antecedents – a proposal for an integrative model and its operational measures measures. Áurea Helena Puga Ribeiro; Ricardo Teixeira Veiga; Luis Antônio Godinho. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0323 A organização orientada para relacionamentos relacionamentos. Áurea Helena Puga Ribeiro; Celso Cláudio Hildebrand e Grisi; José Edson Lara. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0322 Estratégia de marketing em serviços financeiros business to business: operacionalizando o atributo “entrega” como fator crítico de diferenciação e fonte de vantagem competitiva competitiva. Luiz Carlos dos Santos; Áurea Helena P. Ribeiro; Reynaldo Diniz. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0321 Marketing de relacionamento interno nas organizações organizações. Áurea Helena Puga Ribeiro; Iêda Lima Pereira. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0320 Alliances as a tool for effective innovation innovation. Carlos Arruda; Linda Goulart. Núcleo de Inovação e Empreendedorismo. Dezembro, 2003. CI0319 E-commerce, evolução ou revolução no varejo? Áurea Ribeiro. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. CI0318 Database Marketing: a ferramenta básica para o marketing individualizado e interativo interativo. Áurea Helena Puga Ribeiro. Célula de Marketing. Dezembro, 2003. 23 III Caderno de Idéias CI0317 Análise psicométrica de escalas em pesquisas em Administração: procedimentos e resultados de validação de medidas de modernidade organizacional, competências individuais e satisfação no trabalho trabalho. Anderson de Souza Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2003. CI0316 Atração e retenção de jovens profissionais com potencial de desenvolvimento em empresas portes. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira; Amyra Moyzes Sarsur; de pequeno e médio portes Carlos Arruda. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2003. CI0315 Super-homens, superempresas? Anderson de Souza Sant’anna; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Zélia Miranda Kilimnik. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Novembro, 2003. CI0314 Onde estão os talentos? Onde está a gestão de recursos humanos? Amyra Moyses Sarsur; Rosangela Pedrosa Rezende; Anderson de Souza Sant’anna. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2003. CI0313 Estará a crescente demanda por novas competências sendo devidamente sustentada por uma modernidade de políticas e práticas de gestão? Zélia Miranda Kilimnik; Anderson de Souza Sant’Anna; Talita Ribeiro da Luz. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2003. CI0312 Crescimento vigoroso: necessários realinhamentos nas cadeias produtivas produtivas. José Paschoal Rossetti. Célula de Estratégia. Outubro, 2003. CI0311 Emerging global players: Evidences from the internationalization processes of Brazilian firms. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de Miranda Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Outubro, 2003. CI0310 Explaining outcomes in competition among foreign multinationals in a focal host market. Aldemir Drummond; Subramanian Rangan. Célula de Estratégia. Setembro, 2003. CI0309 Alianças como instrumento de renovação eficaz eficaz. Carlos Arruda; Linda Goulart. Núcleo de Empreendedorismo e Inovação. Setembro, 2003. CI0308 Estratégia e finanças corporativas: um teste empírico sobre elos de ligação ligação. Michel Alfredo Abras. Célula de Estratégia. Setembro, 2003. CI0307 Finanças corporativas e estratégia empresarial: turbulência do ambiente, alavancagem brasileiros. Michel Alfredo financeira e performance da firma no ambiente de negócios brasileiros Abras. Célula de Estratégia. Setembro, 2003. CI0306 Innovation and entrepreneurship in a Brazilian SME network network. Linda Goulart; Afonso Otávio Cozzi; Carlos Arruda. Centro de Empreendedorismo e Inovação. Setembro, 2003. CI0305 Construção do conhecimento em estratégia e em competitividade: uma síntese síntese. Mauro Calixta Tavares; Luís Alexandre Simpson do Amaral. Célula de Marketing. Agosto, 2003. CI0304 Institutional design of Brazilian regulatory agencies: evidence of the national petroleum agency. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira. Célula de Organização e Comportamento agency Organizacional. Agosto, 2003. CI0303 CI0302 Understanding the cross-cultural dimension in mergers and acquisitions acquisitions. Betania Tanure; Suzana Braga Rodrigues. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2003. CI0301 Supply chain perspectives given the status of technological and logistics systems in Brazil Brazil. Paulo Resende; Eduardo Gazolla. Célula de Logística. Agosto, 2003. 2002 CI0227 Aplicação prática do Construto de Kohli-Jaworski para avaliação do grau de orientação de cado mercado cado. Luiz Cláudio Junqueira Henrique; Mauro Calixta Tavares. uma empresa para o mer Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0226 Valor de mar ca e extensões: a perspectiva do consumidor marca consumidor. Luiz Cláudio Junqueira Henrique; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. 24 IV Títulos Publicados CI0225 Regulação e federação: a (não) formação de uma agência mineira reguladora de serviços concedidos. Luciana Carvalho de Mesquita Ferreira; Frederico Gonzaga Jayme Jr. públicos concedidos Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Dezembro, 2002. CI0224 Global Players Research: investigation on the internationalization processes of companies in Brazil Brazil. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de Miranda Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Dezembro, 2002. CI0223 Intensidade competitiva, performance financeira e sustentabilidade: uma análise longitudinal do desempenho econômico-financeiro das 500 maiores e melhores empresas do Brasil, no período 1990-1999 1990-1999. Álvaro Bruno Cyrino; Guilherme Costa Vale Dornas. Célula de Estratégia. Dezembro, 2002. CI0222 Influence of the accumulation of knowledge in the strategies for entering international markets: a study of major Brazilian companies companies. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de Miranda Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Dezembro, 2002. CI0221 Estrutura e estratégia: Chandler revisitado revisitado. Fátima Ferreira Roquete; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0220 Estratégias de internacionalização: um estudo comparativo de casos de empresas do setor siderúrgico siderúrgico. Júnia Cerceau; Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Dezembro, 2002. CI0219 Vantagens e desvantagens em relacionamentos cooperativos: o caso Usiminas-Fiat Usiminas-Fiat. Antônio Batista da Silva Júnior. Célula de Estratégia. Outubro, 2002. CI0218 Influência da acumulação de conhecimento nas estratégias de entrada em mercados internacionais: um estudo nas maiores empresas brasileiras brasileiras. Álvaro Bruno Cyrino; Moacir de M. Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Outubro, 2002. CI0217 A organização orientada para aprendizagem em relacionamentos cooperativos cooperativos. Áurea Helena Puga Ribeiro; Celso Cláudio Hildebrand e Grisi. Célula de Marketing. Outubro, 2002. CI0216 Entrepreneurial projects: applying project management to executive development programs programs. Lúcio José Diniz. Outubro, 2002. CI0215 Inovação em empreendimentos internacionais internacionais. Virgínia Izabel de Oliveira. Célula de Finanças. Outubro, 2002. CI0214 Institucionalização da transição do Estado interventor para o Estado regulador: um estudo brasileiras. Luciana sobre a formação das agências reguladoras federais de infra-estrutura brasileiras Carvalho de Mesquita Ferreira; Allan Claudius Queiroz Barbosa. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2002. CI0213 Empregabilidade estratégica: como as organizações transformam guerreiros vencedores fragmentados. Amyra M. Sarsur; Ronaldo André Rodrigues da Silva. Célula de em sujeitos fragmentados Organização e Comportamento Organizacional. Outubro, 2002. CI0212 Repensando as relações de trabalho: novos desafios frente aos múltiplos vínculos de trabalho trabalho. Amyra M. Sarsur; Vera L. Cançado; Maria Elizabeth R. Fernandes; Ruth S. Steuer. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0211 Percurso semântico do tema empregabilidade: um estudo de caso em uma empresa de telefonia telefonia. Amyra M. Sarsur; Alexandre de P. Carrieri. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0210 ¿Sería posible una arqueología de las organizaciones? Las perspectivas de aplicación en las ciencias empresariales empresariales. Amyra M. Sarsur; Ronaldo A. Rodrigues Silva. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. CI0209 Determinantes de longevidade das empresas familiares familiares. Alden G. Lank. Núcleo de Empresa Familiar. Agosto, 2002. CI0208 Competências individuais requeridas, modernidade organizacional e satisfação no trabalho: uma análise de organizações mineiras sob a ótica de profissionais da área de administração administração. Anderson de Souza Sant’anna; Lúcio Flávio Renault de Moraes; Zélia Miranda Kilimnik. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Agosto, 2002. V 25 Caderno de Idéias CI0207 Práticas e desafios da gestão frente à nova arquitetura organizacional: reflexões teóricas teóricas. Amyra M. Sarsur; Maria Elizabeth R. Fernandes; Ruth S. Steuer; Vera L. Cançado. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Maio, 2002. CI0206 Managerial decision-making: an Anglo-Brazilian comparison comparison. Carlos Arruda; David J. Hickson. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Maio, 2002. CI0205 A inserção competitiva do Brasil em 2002 2002. Fabiana Santos; Carlos Arruda. Núcleo de Competitividade. Maio, 2002. CI0204 Managing culture as a competitive resour ce in the globalization era: from W eber to Hofstede resource Weber Hofstede. Betania Tanure; Nice Braga. Célula de Organização e Comportamento Organizacional. Maio, 2002. CI0203 E-business and third party logistics logistics. Garland Chow. Célula de Logística – Parceria Internacional. Maio, 2002. CI0202 Orientação para o cliente: modismo ou estratégia? Luiz Cláudio J. Henrique. Célula de Marketing. Janeiro, 2002. CI0201 Segmentação: o que antecede à estratégia de mer cado-alvo mercado-alvo cado-alvo. Mauro Calixta Tavares. Célula de Marketing. Janeiro, 2002. 2001 CI0109 Tendências nos mer cados financeiros mercados financeiros. Juliano Lima Pinheiro. Célula de Finanças. Setembro, 2001. CI0108 EV A ® – The Economic V alue Added and Brazil’ ACC calculation reasonable EVA Value Brazil’ss reality: is the W WACC for our industries? Guilherme Dornas. Célula de Finanças. Agosto, 2001. CI0107 Transferência de conhecimento e best practices em redes corporativas globais globais. Moacir de M. Oliveira Júnior; Phillip S. Sommer; Fabiano Colombini. Célula de Estratégia. Agosto, 2001. CI0106 Estratégias corporativas de reposicionamento na cadeia de valor valor. Paulo Resende. Célula de Logística. Agosto, 2001. CI0105 Repensando a empregabilidade, a empresabilidade e a “nova” gestão de recursos humanos: um estudo junto a organizações e profissões em Minas Gerais Gerais. Amyra Moyzes Sarsur. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2001. CI0104 A dimensão humana nos processos de demissão demissão. Amyra Moyzes Sarsur; Marcus Vinícius Gonçalves da Cruz. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2001. CI0103 Desafios na gestão de pessoas em ambientes com diferentes tipos de vínculos de trabalho trabalho. Georgina Alves Vieira da Silva; Maria Elizabeth Rezende Fernandes; Ruth S. Steuer; Vera L. Cançado. Célula de Comportamento Organizacional. Agosto, 2001. CI0102 Compartilhando conhecimento em empresas multinacionais de serviços profissionais: um estudo exploratório na indústria de propaganda propaganda. Moacir de M. Oliveira Júnior. Célula de Estratégia. Agosto, 2001. CI0101 Equilíbrio gravitacional entre a logística integrada e o processo de clusterização clusterização. 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