Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Museu de Arte Contemporânea - MAC Livros e Capítulos de Livros - MAC 2013 Temas da arte contemporânea e mundo de artista a narrativa como método para o ensino da arte http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/46552 Downloaded from: Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI, Universidade de São Paulo | 135 Temas da arte contemporânea e Mundo de artista: a narrativa como método para o ensino da arte KATIA CANTON* Neste texto procurarei explicar como cheguei ao processo de sistematização do ensino da arte contemporânea através de temas. Antes de qualquer coisa, gostaria de afirmar que este método, resultado de uma longa pesquisa, não se pretende único ou definitivo, convivendo com formas de aprendizado que enfocam o ensino cronológico (histórico) ou se organizam a partir dos suportes utilizados na prática artística: pintura, escultura, gravura, desenho, objeto, instalação, entre outros. * Possui graduação em Comunicação Social/Jornalismo, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (1986), mestrado em Performance Studies, pela Tisch School of the Arts, New York University (1989) e doutorado em Artes Interdisciplinares pela Faculdade de Artes Visuais e Educação, da New York University (1993). É livre-docente em Teoria e Crítica de Artes pela ECA USP, com tese baseada em sua pesquisa e curadoria, Autorretrato, Espelho de Artista, examinando as potências da arte na educação. Já foi chefe da Divisão de Exposições Temporárias, da Divisão de Curadoria e da Divisão de Arte e Educação do Museu de Arte Contemporânea da USP. Atualmente, é professora associada deste museu, atuando na Divisão de Arte e Educação. É docente do Programa de Pós-Graduação Interunidades em Estética e História da Arte da Universidade de São Paulo. 136 | Katia Canton A sistematização de uma forma de ensino temática e narrativa se inicia com meu ingresso como docente do Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP), em 1993. Nesse momento, regressava ao país, após quase oito anos de ausência. Vivi em Nova York, trabalhei como jornalista e escritora e segui carreira acadêmica na New York University, com mestrado e doutorado em Artes Interdisciplinares. Em meu retorno, transformei uma enorme curiosidade acerca do panorama da arte contemporânea emergente no país numa pesquisa acadêmica, que se construiu em diferentes etapas, entre 1993 e 2010. Em 1993, a convite da Profa. Ana Mae Barbosa e do professor João Alexandre Barbosa, passei a coordenar o projeto “Visualidade Nascente”, que teve como objetivo selecionar e expor o trabalho de artistas emergentes. Permaneci na coordenação, organizando portfólios, comissionando jurados e organizando exposições de arte até 2004. A convivência com artistas emergentes e a curadoria das exposições dos então novíssimos expoentes da arte brasileira, como de José Rufino, Rosana Paulino, Alexandre da Cunha, Regina Carmona, Tonico Lemos, entre tantos outros que se tornaram referências do panorama nacional, lançaram-me no projeto seguinte, subsidiado pela FAPESP, intitulado Tendências Contemporâneas. Em um primeiro momento, o projeto inaugurou um “banco de artistas”, recebendo portfólios, entrevistando artistas jovens, acompanhando suas trajetórias e sua forma de produção. Do banco, foram selecionados 70 artistas, de várias partes do Brasil, que se submeteram a uma consistente pesquisa qualitativa, com questionários, entrevistas, gravações, visitas a ateliês. Uma dos questionários submetidos a esses artistas perguntava sobre o conceito de arte e as heranças ou referências para seus próprios trabalhos. O resultado inicial desse mapeamento, sistematizado a partir de abril de Temas da arte contemporânea e Mundo de artista: a narrativa ... | 137 1996 e interpretado em 1997, deu origem à série de exposições intituladas Heranças Contemporâneas, cuja primeira edição aconteceu no Museu de Arte Contemporânea do Ibirapuera, em abril/maio de 1997. O projeto foi aprovado e apresentado em catálogo pela então diretora do MAC, Profa. Lisbeth Rebollo Gonçalves, que, a partir de então, teve duas sequências anuais na gestão do Prof. Teixeira Coelho e o apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa, em 1998 e 2000. Heranças Contemporâneas é um projeto de pesquisa que relaciona as obras de artistas da geração 90/2000 com suas referências, retiradas do próprio universo da arte contemporânea brasileira a partir dos anos de 1960/1970. Substituindo a noção de exposição delineada apenas pela visão do curador, Heranças Contemporâneas se estabeleceu como um projeto curatorial articulado junto com os artistas, a partir do que eles apontaram como referências e influências para o desenvolvimento de sua obra e de suas poéticas. A curadoria, no caso, teve o papel de organizar e refletir sobre conceitos e escolhas apontadas pelos próprios artistas como sendo as motivações ou molas propulsoras para sua produção. Uma das principais considerações da pesquisa foi a constatação de que, no contexto contemporâneo de transição de século e milênio, a noção de originalidade, ideal moderno perseguido por artistas durante todo o século 20, foi substituída por um interesse pela história; pela noção de linhagens e percursos; pelas relações presente/ passado; e pelos diferentes discursos ou temas que se inscrevem no decorrer do tempo e no cruzamento dos espaços de produção dessa geração chamada de 1990/2000 (a geração de artistas que inicia uma profissionalização a partir de meados dos anos 90). O próximo passo da pesquisa foi o lançamento, em dezembro de 2000, do livro: Novíssima Arte Brasileira um Guia de Tendências (uma coedição Iluminuras MAC-USP e FAPESP). Ali, a produção e a conceituação de arte pensada pelos 70 artistas estudados durante 138 | Katia Canton cinco anos (de 1995 a 2000), dentro do projeto Tendências Contemporâneas, resultaram nesse guia, que indicou claramente um método de trabalho e pensamento baseado em conceituações temáticas. Buscando situar a arte no contexto de seu tempo, articulando artistas, tendências e fatos históricos, a pesquisa registrada no livro se organizou de maneira sintética. Essa opção estrutural, buscando clareza e simplicidade, espelhou justamente uma tentativa de evitar ou rebater uma visão hermética da arte, muitas vezes vista como algo que compõe “um mundo à parte”. Ao contrário, a pesquisa procura jogar luz em conceitos e acontecimentos vitais para o mundo contemporâneo, que também nutrem a produção artística atual. Narrativas Enviesadas Uma das conclusões mais contundentes da pesquisa publicada no livro Novíssima Arte Brasileira foi a constatação de que os artistas contemporâneos buscam, mais do que a inovação, um sentido. Um sentido para o fazer artístico, que pode levar em conta as preocupações formais que se sofisticaram no desenvolvimento dos projetos modernistas da arte do século 20, mas que finca seus valores na compreensão (e apreensão) da realidade atual, infiltrada dos meandros da política, da economia, da ecologia, da educação, da cultura, da fantasia, da afetividade. As relações de dualidade entre identidade e alteridade, corpo e espírito, tempo, história e memória, a tensão entre espaço público e privado e a busca de uma atuação política fora dos limites partidários foram interpretadas na pesquisa e publicadas de forma clara, demonstrando serem esses grandes temas que dão corpo à produção Temas da arte contemporânea e Mundo de artista: a narrativa ... | 139 dessa geração. Os temas se estruturam a partir de arranjos formais e construções conceituais: formam narrativas não lineares, enviesadas, que levam em conta a sofisticação da estruturação de materiais e meios, oriundos dos projetos desenvolvidos pela vanguarda modernista, que marcou grande parte do século 20, mas que não se bastam (ao contrário da busca modernista por autonomia). A produção contemporânea, portanto, não é uma produção de criação da arte pela arte, como foi a produção moderna de vanguarda. As experimentações realizadas no percurso do século 20 foram aprendidas pelos contemporâneos da geração 1990/2000. No entanto, essa liberdade e expansão do fazer artístico se materializam à medida em que respondem à busca de sentido que se liga às especificidades de um novo contexto sócio-histórico. Quer dizer, as heranças recebidas pelo modernismo – a abstração, a valorização dos aspectos formais da obra de arte, a não linearidade das estruturas de pensamento, a valorização dos mecanismos que compõem os processos de concepção de uma obra de arte – são elementos que foram incorporados pela nova geração. Porém, soma-se a eles uma relação de sentido, significado ou mensagem, criando, nos processos aglutinadores da obra contemporânea, uma narrativa fragmentada, indireta, que desconstrói possibilidades de uma leitura única e linear. É a esse processo que dou o nome de “narrativa enviesada”. Sem ser impulsionada por um projeto sociopolítico específico e sem o respaldo de movimentos ou manifestos, a ação artística contemporânea se engaja em tentativas de restabelecer na arte uma conexão com o observador de forma a incitar nele algum tipo de postura diante do mundo e da vida. 140 | Katia Canton Tendências Contemporâneas e suas Mediações Em 2006, novamente com bolsa de pesquisa FAPESP, debruceime sobre um projeto que deu continuidade e expandiu os resultados obtidos anteriormente. Intitulado Tendências Contemporâneas e suas Mediações, o projeto buscou analisar e posteriormente sistematizar a produção contemporânea através de temas relevantes à produção desses artistas, buscando compreender as principais motivações que mobilizavam a geração anos 90/2000 através de entrevistas, encontros em ateliês, pesquisas in loco. Nessa nova etapa de trabalho, procurei organizar essa compreensão dos princípios que motivam a produção contemporânea, criando materiais que pudessem ser utilizados em aulas e pesquisas de professores, estudantes e de artistas. No decorrer do tempo dessa fase da pesquisa, dois anos, o projeto Tendências Contemporâneas e suas Mediações propôs a organização das temáticas abordadas pelos artistas em seis núcleos, que seriam posteriormente adaptados para coleções de seis livros de pequeno formato, formando uma série intitulada Temas da Arte Contemporânea. De fato, Tendências Contemporâneas e suas Mediações expandiu o âmbito desse diálogo entre a arte e a vida contemporânea. Extroverteram-se seus resultados de forma mais ampla e viva, oferecendo a um público extenso – estudantes universitários, professores do Ensino Fundamental e Médio, crianças e jovens – meios de conhecer e questionar a arte contemporânea; além de acrescentar suas próprias poéticas e singularidades ao material apresentado, relacionando-se mais intimamente com a produção artística atual. Os materiais documentais, constituídos prioritariamente de entrevistas gravadas em vídeos nos ateliês dos artistas que formavam o elenco da amostragem analisada no livro Novíssima Arte Temas da arte contemporânea e Mundo de artista: a narrativa ... | 141 Brasileira, complementados com referências teóricas, foram organizados através dos respectivos núcleos temáticos: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Do moderno ao contemporâneo Narrativas enviesadas Tempo e Memória Espaço e Lugar Corpo, Identidade e Erotismo Da Política às micropolíticas Um ano depois, em 2009, a partir da transcrição e edição dos vídeos e discussão da revisão da literatura teórica sobre as discussões abordadas, recebi a bolsa do programa de apoio à cultura (ProAC), da Secretaria do Estado da Cultura, para a publicação final do material. Numa parceria com a editora WMF Martins Fontes, foi lançada então uma coleção de seis livros em pequenos formatos (pocket books), publicada sob o título de Temas da Arte Contemporânea. O conteúdo dos livros seguiu exatamente a organização das entrevistas e referências bibliográficas constituídas no projeto. Em linhas gerais, o livro inaugural da coleção, Do Moderno ao Contemporâneo, traça um panorama da transição da arte moderna para a contemporânea. Narrativas enviesadas explica este conceito, cunhado por mim a partir das pesquisas que demonstram um interesse renovado das novas gerações de artistas pela narrativa; ainda que esta se apresente de um modo muito diverso daquele modo tradicional e linear, considerando-se que a narrativa enviesada é fragmentada e não obedece a um tempo cronológico. Tempo e Memória discute a dedicação de artistas contemporâneos a questões da memória, em contrapartida à sensação avassaladora da passagem de um tempo rápido e turbilhonado, que parece apagar os vestígios que construíram a história, o passado. Espaço e Lugar 142 | Katia Canton contrapõe os dois conceitos, de modo que o espaço se apresenta de forma genérica, enquanto que o lugar é o espaço personalizado e preenchido de memórias. É justamente a transformação do espaço em lugar, um dos movimentos importantes que caracterizam a arte pública contemporânea (o grafite, a pichação e todas as manifestações de arte urbana, incluem-se no processo). Corpo, Identidade e Erotismo aborda as várias mudanças que o momento contemporâneo traz para assuntos como identidade e alteridade, corporeidade e virtualidade e a questões de gênero e erotismo. Finalmente, Da Política às micropolíticas discute como a noção de política partidária perde sentido em um mundo não é mais organizado em capitalismo e comunismo e dá lugar a outro tipo de política: a micropolítica. Em sua dimensão miniaturizada, a micropolítica se desdobra em questões cotidianas, ligadas às singularidades das vidas de cada ser humano e seus engajamentos com questões tais como ecologia, violência doméstica, educação, políticas de gênero, entre tantas outras. Cada um dos seis livros que traduzem a pesquisa pode ser lido separadamente e, ainda assim, fazer sentido ou em conjunto, fornecendo um panorama dos principais temas recolhidos e analisados anteriormente. Os livrinhos se destinam a um público amplo: professores, artistas, universitários e alunos do Ensino Médio. A coleção Mundo de Artista e o Desenvolvimento integrado da Atividade Curatorial e Educativa Juntamente à coleção Temas da Arte Contemporânea, outra coleção de livros de arte foi criada a partir de uma metodologia baseada em temas: Mundo de Artista. Essa coleção, publicada pela editora CosacNaif, é dedicada aos alunos e professores do Ensino Temas da arte contemporânea e Mundo de artista: a narrativa ... | 143 Fundamental e pode ser lida e experienciada visualmente em muitas camadas diferentes. A série iniciou-se em 2002, com minha própria tese de livredocência baseada no autorretrato como discussão sobre relações entre corpo, identidade e alteridade na arte e na educação contemporâneas. Autorretrato, Espelho de Artista foi o tema de uma ampla mostra exibida na Galeria do SESI/FIESP, pelo MAC-USP, e acompanhou esse primeiro livro da série. A ideia era conjugar a pesquisa temática do ensino da arte com produtos educativos que pudessem apresentá-la tanto aos professores como ao público infanto-juvenil; de forma lúdica, através de livros-cadernos com leituras poéticas, letras de canções, jogos, propostas de estudo e atividades convidativas, que aludissem à liberdade da experiência artística. Essa pesquisa, um work in progress, em constante andamento, visa à ampliação do público e a aproximação com a arte através de um sentido, potente e vivo, de pertencimento. Mundo de Artista parte do entendimento de como os artistas contemporâneos articulam alguns temas recorrentes na história da arte ocidental de forma particular. Estabelece através deles uma ligação de continuidade com a tradição e, ao mesmo tempo, uma forma de ruptura, já que a cronologia é quebrada em favor de associações mais livres, temáticas e de compreensão mais imediata por aqueles que não têm necessariamente um contato prévio com as imagens que formam o acervo da história da arte ocidental. Além de enfocarem grandes temas ou gêneros da história da arte, esses livros apresentam obras de diversos períodos da história, contrapondo diferentes atitudes em relação a um mesmo tema, a uma mesma ideia. Trata-se de um jeito contemporâneo de apresentar arte (ainda que a arte mostrada ali pertença a todos os tempos e não se restrinja ao momento atual). Ou seja, o que há de 144 | Katia Canton contemporâneo ali é uma sistemática de ver, de compreender e sentir a arte. Depois de Espelho de Artista (Autorretrato), foram publicados outros volumes. O volume seguinte, Mesa de Artista (Naturezamorta) também acompanhou uma ampla exposição na Galeria do SESI. Assim como no livro Espelho de Artista, Mesa de Artista conta um pouco da história do gênero artístico da natureza morta, compara várias versões de artistas de épocas e lugares diferentes e propõe atividades práticas e criativas, envolvendo a história da alimentação e seus desdobramentos. Mundo de Artista gerou um terceiro livro, intitulado Bicho de Artista. Considerando-se que as inscrições rupestres se iniciam nas cavernas pré-históricas com imagens de animais e também levando em conta a ampla coleção do MAC-USP exibindo figuras de animais, criei esse outro livro-caderno, que relaciona obras de Mario Marini, Fulvio Penacchi, Oswaldo Goeldi, Miró, Tarsila, Leda Catunda, Lia Menna Barreto, Donald Baetchler, Heiner Kielhoz, Siron Franco, Wesley Duke Lee, Regina Silveira e muitos outros artistas de lugares e tempos diferentes, que são articulados no livro a partir de uma perspectiva temática. Recentemente, publicamos Beijo de Artista, que contém um panorama amplo e nada convencional da história do beijo na arte, desde a Grécia Antiga até os dias de hoje. De maneira geral, todos os livros acompanham projetos lúdicos e unem poemas e letras de música com breves textos históricos, imagens e propostas de atividades, fazendo deles espécies de livroscadernos ou articuladores de uma forma afirmativa de pensar (e, por que não, recriar arte). A interdisciplinaridade aqui, particularmente pensada na relação texto e imagem, propõem-se a reforçar as possibilidades de tornar o público leitor um criador, participante das ideais apresentadas, potencializador de suas poéticas, propo- Temas da arte contemporânea e Mundo de artista: a narrativa ... | 145 nente de novas questões. É, portanto, através dessa forma de organizar livros e exposições tematicamente, lançando mão das narrativas como buscas de sentido mais amplas, que tenho construído uma base para, a meu ver, sistematiza e potencializa o ensino contemporâneo da arte. Referências bibliográficas ANDRADE, C. D. Antologia Poética. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977. BARBOSA, A. M. Tópicos Utópicos. Belo Horizonte: C/Arte, 1998. ________. (org.) Arte-Educação: leitura no subsolo. São Paulo, Cortez, 2001. BARROS, M. Livro sobre Nada. Rio de Janeiro: Record, 1997. BARTHES, R. Mitologias. São Paulo: Difel, 1980 (4ediggo), . O rumor da lingua. São Paulo: Brasiliense, 1988. . 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