UM OLHAR MIDIÁTICO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA
Cláudia Calheiros da Silva Suruagy1
RESUMO:
O ensino de História nas escolas brasileiras acontece de forma decorativa e
desconectada do cotidiano, não acompanhando, em sua maioria, o movimento de
modernização pelo qual a educação tem se deparado. Como tentativa para superar esta
realidade surgem experiências inovadoras como a que relata o presente artigo,
descrevendo uma vivência de sala de aula, com a contextualização e uso das linguagens
midiáticas nesta área de ensino, através do uso do computador, com alunos do 9º Ano
do Ensino Fundamental de uma escola da rede pública de ensino. Especificamente, foi
utilizada a Internet nas suas vertentes educativas e, portanto, como ferramenta capaz de
desenvolver o interesse pela pesquisa da História. Os resultados comprovaram a
importância do uso das mídias tanto para o professor, enquanto profissional da
Educação que busca um ensino de qualidade, como para o adolescente, que precisa
desenvolver o seu papel como agente transformador do processo histórico.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História; Mídias na educação; Pesquisa na Internet;
Construção de conhecimento.
1. Introdução
O objeto de estudo deste artigo foi encontrado dentro da sala de aula. Como
professora de História, observo que os alunos do 7º ao 9º ano do Ensino Fundamental II
encaram o estudo da disciplina História de forma mecânica e desestimulante. Eles veem
tal matéria de forma desarticulada do presente e do cotidiano deles. Além de vê-la de
maneira decorativa, desconectada da reflexão, da crítica, da comparação com a
atualidade. Tal fenômeno vem sendo investigado por mim com o objetivo de melhorar
1
Professora de História da Escola Municipal Olavo Bilac, do Colégio Santa Madalena Sofia, do Sistema COC de
Ensino, do Colégio Contato e tutora da Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTCEaD. Graduada pelo Centro de
Estudos Superiores de Maceió – CESMAC
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minha prática pedagógica e contribuir para que outros professores também possam
repensar o modelo da aula de História ministrada no espaço escolar.
Ao investigar as razões do desinteresse, tenho escutado dos alunos, frases como:
“Para que estudar História?”, “História só estuda o passado e ele não me interessa,
professora!”, “História é chato porque é muita decoreba.”. Acredito que essas ideias
são resultado do tratamento que tem sido dado ao estudo da História ao longo da vida
escolar desses alunos. O trabalho para desinformá-los dessa ideia concebida e
estabelecida há alguns anos na mentalidade deles é muito grande, por vezes, um
fracasso, uma vez que o ensino de História não é estruturado de forma prazerosa desde
as séries iniciais.
Uma das tarefas que assumo como professora de História é tentar desmistificar
essas ideias, criando situações para que passem a perceber que a História é vida. Esse é
um trabalho de construção e formação que demanda muito tempo, pois é necessário
resgatar o prazer de conhecer o passado remoto e recente, para que possamos entender
os fenômenos da realidade social e política que nos cercam cotidianamente.
Como o presente é o que importa ao ser humano, os alunos também estão
inseridos neste mundo do “atual”, do novo, do moderno. Uma problemática que cresce
na nossa sociedade atualmente é o domínio do presenteísmo. Um mal que afeta toda
sociedade, que em meio aos fortes avanços tecnológicos e à rapidez com que as coisas
vão ocorrendo, nossos alunos acabam vivendo em um presente contínuo, totalmente
desvinculado do passado. Pensar o passado tornou-se antiquado, e os educandos pensam
e expressam: “Com tantas coisas novas surgindo ao nosso redor, tanto a ser desfrutado,
para quê se preocupar com o passado?” “O que ele tem a nos oferecer?”
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É de suma relevância que o professor perceba que o ambiente da sala de aula
pode ser transformado em um grande centro de pesquisa, podendo ser uma via de mão
dupla, local onde se ensina e também se aprende. A novidade na sala de aula é
necessária e deve-se procurar meios para conseguir fazer o passado, tão antigo, em
objeto novo. Logo,
O professor de História pode ensinar o aluno a adquirir as ferramentas
de trabalho necessárias; o saber-fazer, o saber-fazer-bem, lançar os
germes do histórico. Ele é o responsável por ensinar o aluno a captar e
a valorizar a diversidade dos pontos de vista. Ao professor cabe
ensinar o aluno a levantar problemas e a reintegrá-los num conjunto
mais vasto de outros problemas em problemáticas. (SCHMIDT, 2004,
p.57)
Tudo isso pode ser realizado a partir de um outro paradigma, no qual o uso do
computador na educação possibilita o contato com diversas linguagens. No entanto, não
pode ser visto apenas como um dos maiores veículos de transmissão de informações,
mas como poderosa ferramenta pedagógica, pois somente quando compreendê-lo
poderá utilizá-lo para diferentes situações de aprendizagem, que envolvam desde
procedimentos de problematização, observação, registro, documentação e até
formulação de hipóteses.
Uma dos potenciais de tal recurso é o ingresso à internet que abre passagem para
novas maneiras de adquirir conhecimento e fonte de ilimitadas de conhecimentos, que
vão desde artigos científicos, enciclopédias, documentos, revistas e outros. Como
qualquer recurso tecnológico, esta deve ser entendida como um dos meios alternativos
para construir o conhecimento, visto que oportuniza ao indivíduo interligar-se com o
mundo, resultando em escolas mais maleáveis, menos imperiosa, abdicando lugar para
ambientes aconchegantes, encantadores, instigantes e criativos.
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Nesses termos a Internet pode ser empregada como ferramenta mediatizadora da
edificação do conhecimento crítico e reflexivo, apropriado para situar uma relação
dialógica e de troca de saber entre os educandos. Como afirma Moran, “[...] a Internet é
uma ferramenta fantástica para buscar caminhos novos, para abrir a escola para o
mundo, para trazer inúmeras formas de contato com as pessoas.” (MORAN, 1997: 8)
Portanto, como professora do Ensino Fundamental reconheço que ensinar
História com o auxílio da internet torna o estudo mais global, além do aluno contar com
uma gama de informações, tornando assim o ensino mais interativo e transdisciplinar.
Pois, à medida que o aluno vai pesquisar sobre a cultura de determinado povo, ele vai se
deparar com informações diversas que acabam envolvendo outras disciplinas. Vejo
nessa prática forma mais atuante e que deve ser amplamente utilizada nas escolas,
principalmente para que possibilite maior interatividade entre professor e aluno.
Este visão foi ampliada pela realização de uma Pós Graduação pela
Universidade Federal de Alagoas, especificamente, o Curso de Especialização em
Formação de Professores em Mídias na Educação, no qual é exigida a elaboração do
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC.
Oportunidade que motivou a aplicação dos conhecimentos adquiridos no curso
numa experiência em sala de aula, com alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental de
uma escola da rede pública de ensino. Neste estudo foram aplicados os conteúdos
veiculados pela Internet, orientando os alunos para a importância e contribuição do uso
desta na educação, no desenvolvimento da aprendizagem e na obtenção de informações,
levando-os a desenvolver o interesse pela pesquisa da História, no Ensino Fundamental.
E, portanto, tendo como ferramenta pedagógica os recursos midiáticos pretendo mostrar
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a necessidade de ensinar História, fatos, conceitos, atitudes e procedimentos, visando à
construção significativa do saber por parte do aluno,
2. Referencial Teórico
O ensino de História no Brasil, por mais de um século priorizou a memorização
mecânica de fatos. Aprender História era uma tarefa difícil que exigia longas horas de
estudos no intuito de decorar, principalmente, nomes e datas. Porém, é possível
perceber, nas duas últimas décadas do século XX, a influência de novas correntes
historiográficas fazendo com que, paulatinamente, o paradigma positivista de ensino de
História fosse questionado dando lugar a novas abordagens.
Ensinar História é criar condições para que o aluno aprenda a andar com seus
próprios pés. Segundo Schmidt (2004 p.57), é despertar o senso crítico para “entender
que o conhecimento histórico não é adquirido como um dom” e sim através de
pesquisas, de redescobertas. A sala de aula não é um simples espaço de transmissão de
informações, mas antes um ambiente de vivências, de experiências, de relações entre
professor e alunos, construindo sentidos, significações. Ou seja, faz-se necessário outro
modelo educacional, uma vez que os padrões atuais são incompatíveis a memorização,
repetição de fatos e o professor exclusivo detentor do saber.
No ensino de História, a Internet enquanto recurso tecnológico para as atividades
docentes permite desenvolver o pensamento crítico do aluno do ensino fundamental
para as provocações do mundo moderno entre sociedade e estruturas políticas e
econômicas atuais. Em contra partida essa prática profissional de produção e de saberes
exige do professor persuasão para atuar nesta perspectiva, dando uma visão geral dos
trabalhos, suas bases contextuais e teóricas e os contextos sociais nos quais eles se
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colocam. Para tanto é imprescindível que o docente realize investigações com subsídios,
recursos didáticos, procedimentos e ações educativas norteadas por uma proposta de
trabalho capaz de integrar tais recursos do livro didático a Internet.
Quando se fala sobre a incorporação de novas linguagens ao ensino de História,
Selva Guimarães Fonseca afirma que:
Ao incorporar diferentes linguagens no processo de ensino de
História, reconhecemos não só a estreita ligação entre saberes
escolares e a vida social, mas também a necessidade de re
(construirmos) nosso conceito de ensino e aprendizagem. (SELVA
GUIMARÃES, 2004, p. 149 – 156)
O professor de História precisa ter ciência e entender que com um simples clic
do mouse o aluno pode viajar pela força imagética da rede e vê o que está apenas sendo
explicado de forma tradicional, o mesmo “blá... blá...” de sempre, pode ser estudado e
visto de modo mais completo e atraente. Se o professor a ignora, perde para ela em
termos de interesse do aluno, se ao contrário, o professor se coliga e a cita, e excita uma
pesquisa, uma comparação ,uma reelaboração o aluno se interessa e se agrega, sente que
a escola fala também sua “linguagem”, cria-se assim uma identidade e uma
identificação com o que está sendo ensinado.
Fortifica na verdade um irreversível processo na pós-modernidade entre a aula
de História, as novas TIC e a formação do profissional. Mas não são relações
excludentes, nada nessa trilogia pode ser dispensado: nem educando, educador e nem as
tecnologias de informação e comunicação, mais acentuadamente a internet, há na
verdade que ser feitas trocas, adaptações e o conhecimento histórico resultar desse
processo do modo que deve ser: dinâmico, dialógico e crítico.
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Na aplicabilidade das TIC como novidade no ensino de História, faz-se repensar
a seguinte abordagem teórica de Piaget:
É óbvio que o professor enquanto organizador permanece
indispensável no sentido de criar as situações e de arquitetar os
projetos iniciais que introduzam os problemas significativos ao aluno.
Em segundo lugar, ele é necessário para proporcionar contraexemplos que forcem a reflexão e a reconsideração das soluções
rápidas. “O que é desejado é que o professor deixe de ser um expositor
satisfeito em transmitir soluções prontas; o seu papel deveria ser
aquele de um mentor, estimulando a iniciativa e a pesquisa”.(1973.
p16).
A partir dessa teoria de Piaget, o computador pode ser usado para promover o
intercâmbio do aluno com o meio, possibilitando-lhe responder às questões construídas
no seu cotidiano, bem como para ser possível a participação ativa responsável do aluno
na construção do seu conhecimento.
É fundamental resgatar a afirmação de Ciampi (2005, p.123), explicando que
com a grande quantidade de informações, faz pensar em novas práticas pedagógicas
“não apenas nos conceitos disciplinares, mas a pesquisa e seleção dessas informações
adquiridas, para resolver problema e analisar as possíveis soluções, as mais adequadas
ao seu contexto”, e também pelo fato de que as novas linguagens estão imersas na
sociedade e, com isso, possibilita novas formas de leitura.
Com as mudanças das práticas econômicas e as redefinições do panorama
geopolítico na década de 1980, teve início um processo que se chamou de globalização,
cujos efeitos se fizeram sentir na concepção de sociedade. Esse processo ocasionou
avanço nas tecnologias da informação e da comunicação, levando os sujeitos sociais a
aquisição de novos hábitos, valores, conhecimentos e formas de pensar. Tais fatos vêm
repercutindo no contexto educacional, vez que a escola como única detentora de todas
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as formas de conhecimento, tem como base novas formas de desenvolver ações
educativas apropriando-se da tecnologia e da comunicação no processo ensino
aprendizagem.
A passagem do milênio trouxe consigo um conjunto de transformações que
modificaram profunda e decisivamente a sociedade humana, como afirma Manuel
Castells; “Uma revolução tecnológica concentrada nas tecnologias da informação
começou a remodelar a base material da sociedade em ritmo acelerado”. (1999:39).
Assim, num mundo marcado, como o que vivemos, pela globalização e
simultaneamente pela fragmentação, a grande questão a ser respondida é: Como
combinar novas tecnologias, ensino de História e memória?
Foi apenas a partir dos anos 90 que o termo mídia passou a ser amplamente
empregado no Brasil. No entanto, apesar da vulgarização da utilização do termo não há
um concordância acerca do seu conteúdo, ou melhor, da sua conceituação. Ainda que
possamos observar certa predominância em entender mídia como o conjunto dos meios
de comunicação. A mídia é um elemento vital no processo de formação do homem,
especialmente na sociedade contemporânea, bem como a mutação no sistema de
comunicação ocorrida a partir da televisão.
Em outros termos a mídia é o cerne da sociedade da informação na qual
vivemos. Estamos diante de uma realidade em que presenciamos a aceleração dos
processos de novidades tecnológicas, especialmente do fluxo de informações. Lidar com
o choque da aceleração do fluxo de informação e, principalmente, dar-lhes uma
significação, interpretando-os e integrando-os numa visão de mundo é uma das tarefas
primordiais do sujeito contemporâneo.
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Entre as diversas mídias a que temos acesso na escola para desenvolvimento do
nosso trabalho pedagógico, destacamos o vídeo e o blog, primeiramente, concebido
como um meio de divulgação do cinema é hoje a base e divulgação da linguagem
audiovisual como um todo. Eles tornaram-se acessíveis ao registro e à documentação
histórica das produções audiovisuais; à facilidade de ver, rever e analisar um produto
audiovisual; à possibilidade de intervir parando, pausando, mudando o ritmo e até
alterando uma sequência de imagens.
O vídeo foi inicialmente idealizado como um meio de exposição do cinema, é
hoje a base e divulgação da linguagem audiovisual como um todo. Ele tornou aberto o
registro e a documentação histórica das produções audiovisuais; a facilidade de ver,
rever e avaliar um produto audiovisual; a possibilidade de interferir parando, pausando,
mudando o compasso e até induzir uma sequência de imagens.
Por proporcionar recursos benéficos para o trabalho pedagógico vamos
considerar o vídeo como o fundamental aparelho de trabalho com a linguagem
audiovisual. Nesse sentido, é possível reafirmar e advertir seu valor no processo de
ensino e aprendizagem. Vídeos têm a habilidade de mostrar fatos que falam por si
mesmos, mas necessitam do professor para dinamizar a leitura do que se vê. No entanto
Gadotti afirma que "[...] a educação sendo essencialmente a transmissão de valores,
necessita do testemunho de valores em presença. Por isso, os meios de comunicação e a
tecnologia não podem substituir o professor". (1994, p. 6)
Já o blog começou quando Jorn Barger em 1997 concebeu o termo “weblog”,
definindo-o como uma página da Web, onde qualquer pessoa pode colocar uma
mensagem expondo todas as outras páginas interessantes que encontra. Pórém, algum
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tempo depois a nomeclatura foi modificada por Peter Merholz, que resolveu pronunciar
“wee-blog”, tornando assim inevitável o encurtamento para o termo definitivo “blog”.
Na dinâmica de mundo em que vivemos hoje os blogs já fazem parte do
quotidiano de milhões de pessoas, ocupando um lugar privilegiado no processo ensinoaprendizagem das crianças e dos jovens, mediando e facilitando, entre outras situações,
o ensino à distância.
Na verdade os blogs podem desfazer impedimentos, aprecia a produção dos
educandos, alarga a aprendizagem, relaciona os temas abordados em sala com o
contexto do aluno. Extrapola as fronteiras da sala de aula e da escola, estabelece relação
entre o conteúdo produzido e o público externo. O blog será produzido com o desígnio
de construir conhecimento aliado aos recursos midiáticos e servirá como um ambiente
de estudo, de pesquisa e interação.
Há bastante tempo venho fazendo um estudo mais aprofundado sobre Wikipedia,
e descobri que nda a mais do que uma enciclopédia virtual, encontrada na Internet, que
reúne pessoas do mundo todo na construção colaborativa do conhecimento. Apesar de
ser um ambiente aberto e público,qualquer pessoa poder postar ou modificar um
conteúdo já publicado, vale ressaltar a existência de textos bem escritos
É preciso pensar nessas novas formas de lidar com o conhecimento, também na
escola. A cada dia que passa, as ferramentas estão sendo adaptadas para o trabalho
colaborativo das equipes. Como sempre, estas experiências iniciam na empresa e
demoram muito para chegar até a escola. Mas, cabe ao professor fazê-las presentes
também no ambiente escolar para que os alunos possam se propriar dos mais diversos
programas e tê-los como auxiliares no seu processo de conhecimento.
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Esses sistemas de programação apresentam inúmeras soluções para a
sociabilização de arquivos, controle de mudanças, emprego do
Messenger e
Netmeeting para compor um texto em comunidade. A Wikipedia admite também que
pessoas construam textos de forma coletiva, reflitam sobre o que estão construindo e
possuam documentações das mudanças efetuadas no decorrer do processo, já
o
Webnote proporciona o desenrolar de projetos em espaços e momentos diversificados.
Diante do que foi desvendado, os ambientes virtuais e colaborativos de
aprendizagem são facilitadores do processo de ensino e aprendizagem, agregam os
educandos com a tecnologia de tal forma que lhes despertam o empenho em interagir
com o educador e com os colegas fora da sala de aula. Dessa forma, faz-se necessária a
inserção de tal recurso didático como melhoria da prática pedagógica, pois esse é um
produto motivador e que atende à proposta pedagógica na qual se inserem.
O ação de ensinar dá lugar para a interessante e instigante experiência de
aprender. Aprender realmente fazendo, participando, construindo conhecimento e
difundindo com o meio em que vivemos.
3. Procedimentos Metodológicos
A experiência realizada envolveu um estudo transversal, descritivo, cuja
metodologia fez uso dos métodos quantitativos e qualitativos. Segundo Minayo (1996) a
abordagem qualitativa responde a questões particulares, que se preocupa com um grau
de realidade que não pode ser quantificado, trabalhando assim com o universo de
significados, aspirações, valores, motivos, crenças e atitudes.
12
Trabalhando com alunos do 9º Ano do Ensino Fundamental de uma escola da
rede pública de ensino, o estudo explorou um tema específico de História, fazendo uso
dos recursos midiáticos como parte integrante do processo de aprendizagem e, ao
mesmo tempo, aguçando a criatividade, a interatividade e a construção do
conhecimento.
A escolha do conteúdo curricular em estudo à época era “A guerra do Vietnã”,
sendo, portanto, o ponto importante da disciplina a ser estudado com o auxílio das
mídias. A experiência foi desenvolvida através de quatro etapas de trabalho, com
realização de atividades específicas, tal como apresentadas a seguir:
(1)
Diagnóstico: aplicação do questionário;
(2)
Sensibilização: pesquisa inicial; aula no laboratório; sessão de filme; mesa
redonda;
(3)
Produção com as mídias: jornal; Wikipédia; vídeo clip; documentário; blog; aula
em power point;
(4)
Apresentação dos trabalhos;
(5)
Avaliação do trabalho: depoimento dos alunos; aplicação do questionário.
4. Resultados
4.1. Diagnóstico sobre o conhecimento de mídias pelos alunos – realizado
através da aplicação individual de um questionário, com o objetivo de saber se os alunos
tinham autonomia e segurança para utilizar os recursos midiáticos. Envolvendo cinco
questões referentes à (1) a compreensão do é uma mídia; (2) a mídia mais utilizada; (3)
a vantagem da utilização das mídias para estudar o conteúdo em sala de aula; (4)
facilidade em utilizar o computador e (5) os programas mais utilizados para realizar os
estudos.
QUESTÕES
TURMA
A
TURMA
B
TURMA
C
TURMA
D
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1. Conhecimento das mídias
2. Mídia mais utilizada
3. Vantagem das mídias
4. Usuário do computador
5. Programas mais utilizado
Nunca ouviu falar
Já ouviu falar
Conhece alguma mídia
TV
Rádio
Computador
Informação
Diversão
Tem facilidade
Não sabe
Word
Outros
60%
25%
15%
80%
15%
5%
50%
50%
30%
60%
60%
40%
70%
20%
10%
70%
20%
10%
60%
40%
55%
45%
70%
30%
65%
25%
20%
75%
15%
5%
55%
45%
60%
40%
75%
25%
75%
15%
10%
80%
15%
5%
60%
40%
60%
40%
70%
30%
Quanto ao conhecimento das mídias, na turma A, cerca de 60% dos alunos não
tinham ouvido falar no termo mídia, 25% já tinha ouvido falar, mas não sabia esclarecer
e 15% além de já ter ouvido o termo, também perfilhava algumas mídias. A mais
utilizada e mais acessível à turma era a TV, existindo uma pequena porcentagem que
além da TV também fazia uso do rádio e do computador, quanto ao uso do computador,
em média 60% não se considerava habilitado e o programa que mais utilizava era o
Word.
Na turma B, a realidade não era tão diferente, o contingente de alunos que não
sabia dizer o que era uma mídia era um pouco maior, chegando a 70%, poucos já
haviam escutado ou lido algo sobre a nomenclatura e apenas 15% sabia explicar o termo
trabalhado. No caso da mídia mais utilizada não foi tão desigual da turma A, o uso
maior é da TV, utilizavam um pouco mais o rádio e o computador, compreendem que a
função da mídia é a informação, deixando espaço para a diversão através de jogos,
batepapos, músicas, filmes e outros. Apresenta também um elevado número de alunos
que não é usuário do computador e os que fazem uso tem mais facilidade com o Word.
Fazendo uma análise da turma C, o quadro é semelhante, um pouco mais de 60%
dos alunos nunca havia escutado o termo em questão, 25% já tinha ouvido falar e
apenas 20% sabia reconhecer alguma mídia. No que se refere à utilização das mídias a
14
mais utilizada também foi a TV, poucos utilizavam o rádio, no entanto a situação mais
gritante é com relação ao computador, apenas 5% do grupo utiliza o computador
diariamente, um pouco mais de 50% consegue reconhecer que a função maior das
mídias é o fornecimento de informações, deixando também espaço para diversão.
Apesar desses alunos não utilizarem diariamente o computador, a maioria sabe mexer
com a máquina, uma parte se utiliza das lan houses para ter acesso e com relação ao
programa o mais aproveitado também é foi o Word.
O diagnóstico da turma D em relação ao desconhecimento do termo mídia foi o
maior, fica clara a falta de informação dos alunos. Em média 15% já haviam escutado
sobre o termo, enquanto que apenas 10% sabiam explicar o assunto em questão. Mais
uma vez a TV aparece como o meio de comunicação mais utilizado, seguida do rádio e
do computador. No que se refere às vantagens das mídias essa turma se iguala a turma
B, 60% acredita que é a informação, já na facilidade de utilizar o computador 60% se
encontra apto a fazer uso dessa ferramenta e o programa que eles conseguem utilizar
com mais facilidade também é o Word. E, no decorrer do processo, a mudança começou
a ser perceptível, a maioria já conseguia trabalhar com os mais diversos programas
sugeridos ou descobertos por eles com segurança e autonomia.
4.2. Sensibilização
4.2.1 Pesquisa inicial - O próximo passo foi dividir a turma em seis grupos.
Organizá-los e orientá-los para que realizassem pesquisas na internet, revistas, livros e
outras fontes para entender o processo histórico da Guerra do Vietnã, fazendo depois
uma reflexão crítica sobre o conteúdo pesquisado. Etapa onde diversas discussões
aconteceram com o objetivo de compreender melhor o conteúdo em análise.
Reportagens, notícias, fotos, charges, cartuns, poemas, dentre vários gêneros
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encontrados durante a pesquisa, serviram de base para reflexão e maior ampliação dos
conhecimentos que estavam sendo construídos. Quatro desses resultados estão
apresentados a seguir:
1. Poema sobre a Guerra do Vietnã
VIETNÃ
Mulher, como te chamas? - Não sei.
Quando nasceste, tua origem? - Não sei.
Por que cavaste um buraco na terra? - Não sei.
Há quanto tempo estás escondida? - Não sei.
Por que mordeste o meu anelar? - Não sei.
Sabes, não te faremos mal nenhum. - Não sei.
De que lado estás? - Não sei.
É tempo de guerra, tens de escolher. - Não sei.
Existe ainda a tua aldeia? - Não sei.
E estas crianças, são tuas? - Sim.
Wislawa Szymborska
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2. Painel com fotos diversas sobre a Guerra do Vietnã
3. Charge do Ziraldo publicada no O Pasquim (1973)
referindo-se ao fim da Guerra do Vietnã
4. Criação de um Jornal sobre a Guerra do Vietnã
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4.2.2. Aula no laboratório de informática – Os foram encaminhados ao
laboratório de informática para receber instruções sobre o uso do computador e como
utilizar algumas programas. De início a professora preparou uma aula em Power point,
foi explicando cada uma das produções solicitadas e referenciando sites e programas
apropriados.
4.2 3. Sessão de cinema - Foi também realizada uma sessão de cinema para
assistir a filmes como Apocalypse Now, Jardins de Pedra e Platoon para estudo a fim de
que os alunos tivessem inúmeros subsídios antes mesmo de começarem a produção de
suas atividades concretas. Ressaltando que o único assistido por completo foi o último,
os demais assistimos apenas recortes importantes sobre a Guerra do Vietnã.
Antes de iniciar a sessão os alunos foram sensibilizados e motivados a assistirem
ao longa-metragem, a finalidade era desmistificar a idéia de que filme histórico é chato,
cansativo e longo. Assistiram Platoon, um dos retratos mais emocionantes dos horrores
da Guerra do Vietnã, dirigido por um ex- combatente, Platoon, levou o Oscar de filme,
direção, montagem e som. O filme mostra a trajetória do jovem Chris, que troca a
matrícula na universidade para servir como recruta no Vietnã, experimentando toda
violência e loucura de uma carnificina sem sentido. Na guerra o jovem trava contato
com os sargentos Barnes e Elias. O primeiro, um assassino brutal e psicopata e o
segundo, um pacifista inteligente e sensível. Apesar do maniqueísmo, o filme possui
cenas antológicas, como a chegada ao Vietnã, a chacina de uma vila vietnamita e o
primeiro contato do pelotão ("platoon") com o inimigo.
4.2.4. Mesa redonda – Aconteceu uma mesa redonda com o objetivo de discutir
de forma mais aprofundada questões relativas ao assunto com o objetivo maior de
esclarecer possíveis dúvidas sobre o conteúdo em análise e sobre os procedimentos a
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serem desenvolvidos. Várias dúvidas foram surgindo, tais como: que programas
utilizar? Onde vamos encontrar tanto conteúdo? Podemos trabalhar apenas com as
causas da guerra? Podemos colocar filmes no trabalho? Os alunos comentavam a todo
momento da sua ansiedade em iniciar produção e do grau de dificuldade para colocar
tudo em prática.
4.3. Produção com mídias - A turma já organizada em grupos seguiu para a
realização da segunda etapa do trabalho. Cada grupo ficou responsável por uma
produção diferente do processo de produção de conhecimentos com a utilização dos
recursos midiáticos. As divisões foram as seguintes: a produção de um vídeo clip, de
jornal virtual, de um documentário, de um blog, de uma aula em power point e da
construção do aprendizado na wikipédia ou site.
Os educandos foram encaminhados ao laboratório de informática para construir
o próprio conhecimento acerca da utilização dos recursos midiáticos selecionados
previamente para a confecção de suas tarefas com autonomia e competência. Lá, eles
receberam todas as informações necessárias à realização dos procedimentos a serem
efetuados pelos membros de cada equipe. A foto abaixo mostra um desses momentos:
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Divididos em momentos distintos de realização, o grupo do jornal virtual
realizou uma entrevista com ex-combatentes do Exército para colher informações sobre
a Guerra do Vietnã. A partir das informações já colhidas e da entrevista executada,
partiram para a confecção do jornal no ambiente virtual criado na página da escola a
partir do programa Publish.
O grupo da Wikipédia partiu para as pesquisas aprofundadas. Leram, estudaram,
discutiram e elaboraram o documento para ser postado na enciclopédia virtual. A
Wikipédia, uma fonte de pesquisa virtual e colaborativa, onde qualquer pessoa comum
pode postar, acrescentar ou até mesmo modificar o artigo publicado através de
navegadores comuns como Internet Explorer, Google Chrome, Mozilla Firefox,
Netscape, Opera, Safari ou qualquer outro programa que possa ler HTML. Por essa
situação, o cuidado foi redobrado e a pesquisa bem amis aprofundada para construir um
texto concistente embasado no conhecimento científíco. O resultado foi um texto de
excelente qualidade, salvo na Home Page da escola: www.guerravietna.xpg.com.br.
O grupo do vídeo clip utilizou as mais variadas imagens, recortes de filmes,
músicas para conseguir entender o processo da Guerra do Vietnã a partir do aspecto
lúdico, mas histórico. Com todas as pesquisas feitas, uma gama de material selecionado
deu suporte para o grupo construir uma letra que descrevesse o assunto em estudo de
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forma crítica e competente. Num momento final dessa equipe, houve a gravação da
música numa montagem final para a composição do vídeo clip Guerra do Vietnã.wmv.
Já no documentário os alunos reconstruíram o cenário, os personagens, a
história, dentre outros aspectos de igual relevância dentro do conteúdo em estudo, para
reproduzir com criticidade o acontecimento pesquisado: A Guerra do Vietnã. Filmaram,
sendo eles mesmos os grandes autores e produtores do conhecimento com o apoio dos
recursos tecnológicos e dos programas disponíveis para tal montagem.
Um dos mais complicados passos deste trabalho foi à construção do blog, porque
os alunos ainda não tinham desenvolvido um trabalho desse tipo. Falar dessa produção é
bastante gratificante, a impressão ao analisá-la, é que os alunos pareciam grandes
blogueiros, mas não, apenas alunos motivados e criativos. No trabalho desenvolvido por
este grupo foi possível encontrar de tudo um pouco, depoimentos, trechos ou indicações
de filmes, poemas, jogos criados por eles, processo histórico, músicas, enfim, um
ambiente de total interação, sem limites, de total rompimento de fronteiras. Para
legitimar o foi dito acima se faz imprescindível observar a página inicial desse projeto:
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A aula em Power Point já não foi tão difícil pelo fato de os educandos fazerem
uso de alguns recursos utilizados nessa ferramenta há bastante tempo. O interessante de
ser ressaltado aqui é que não se limitaram, foram em busca de uma produção mais
diferenciada, inovadora. Inseriram vídeos, imagens, animações, enfim, vários hiperlinks
se fizeram presentes na apresentação.
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4.4. Apresentação dos trabalhos - Para concluir, foram marcados alguns dias
para que os grupos pudessem apresentar as suas produções e trocarem as experiências
vivenciadas. No decorrer de todas as tarefas realizadas pelos grupos, a mediação do
professor de História e do de laboratório de informática foi excepcional para a
construção de um trabalho com tamanha qualidade como este.
4.5. Avaliação dos trabalhos
a) Depoimento dos alunos - Ao finalizar cada apresentação um aluno de cada
grupo espontaneamente tecia um comentário sobre a experiência vivenciada. Dentre os
depoimentos apresentados, um deles chamou atenção quando expôs o seguinte:
“Professora, no começo quando a senhora começou a explicar o trabalho eu quase
entrei em pânico, fiquei calado, louco de preocupação, como vamos produzir uma coisa
dessas? Com o passar dos dias, as aulas no laboratório de informática, o auxílio da
professora, as ideias foram surgindo e tudo foi ficando menos complicado. Hoje posso
afirmar, até emocionado, que nunca realizei um trabalho tão gratificante, prazeroso,
inteligente, desafiador e estimulante como esse, trabalhoso sim, mas gratificante, tenho
certeza de que o conhecimento que construí tanto histórico, como tecnológico,
carregarei por toda a minha vida. Agora entendo que estudar História não é antigo
nem chato, tudo depende de como estudamos. Obrigado, professora, por essa
oportunidade!”
b) Pesquisa quantitativa (aplicação do questionário) - Num último momento,
foi realizada uma pesquisa quantitativa, aplicando-se um questionário com os alunos
(um aluno de cada grupo) sobre a utilização das mídias nas aulas de História e no
processo de construção do conhecimento. O instrumento foi aplicado em sala de aula,
contando com o auxílio da orientadora escolar, para que não houvesse interferências,
23
tendo em vista a pesquisadora ser professora dos alunos pesquisados, através das
seguintes questões:
1- Quantas mídias foram utilizadas no desenvolvimento do trabalho?
2- Quais as dificuldades encontradas ao utilizar cada mídia?
3- Qual mídia a que o grupo não tinha acesso e que passou a conhecer com mais
aprofundamento?
4- O que mais chamou a atenção do grupo no conteúdo estudado?
5- Qual a relação que o grupo faz entre uma aula tradicional e uma aula com o recurso
da mídia?
6- Qual a vantagem de se utilizar as mídias para estudar o conteúdo em sala de aula?
O quadro abaixo apresenta o resultado da aplicação do questionário, junto às
turmas A, B, C e D. Em sua análise observamos que a maioria conseguiu utilizar entre
duas e quatro mídias, a dificuldade maior percebida pelos foi o fato de não ter o
computador em casa, em relação a Guerra o fato que consideraram marcante foi o
jovem que trocou a Universidade pela guerra , chegando a conclusão que a aula que a
aula com os recursos midiáticos possibilita ao aluno construção de conhecimento e
autonomia, além de aprender sobre o conteúdo histórico, aprende-se também um pouco
de tecnologia.
QUESTÕES
Número de mídias utilizadas
Dificuldades encontras no uso
das mídias
Mídia que não tinha acesso e
passou a dominar
Fato marcante da Guerra do
Vietnã
Aula tradional X aula com
recurso midiático
Apenas uma
Entre duas e quatro
Mais de quatro
Não ter o computador
Não saber informática
Não ter acesso com frequência
ao laboratório de informática
Computador
Rádio e TV
O poder dos Estados Unidos
O jovem que trocou a
Universidade pela Guerra
Estimulante
Turma
A
Turma
B
Turma
C
Turma
D
10%
10%
15%
5%
60%
30%
80%
15%
5%
70%
20%
70%
20%
10%
75%
10%
75%
15%
5%
75%
20%
80%
15%
5%
50%
50%
30%
60%
60%
40%
45%
55%
55%
45%
40%
60%
60%
40%
45%
55%
50%
70%
55%
60%
24
Constrói conhecimento
50%
30%
45%
40%
Quadro X – Resultado da avaliação dos trabalhos pelas turmas
5. Conclusões
Vimos com a realização deste trabalho que os desafios impostos à escola e ao
ensino de História, em especial, marcam a urgência em introduzir na prática pedagógica
as inovações tecnológicas com que os alunos já lidam no seu dia-a-dia, Portanto, foi
comprovado que é possível realizar um fazer pedagógico diferente e significativo para o
aluno, confirmando a hipótese inicial que, com a utilização dos recursos midiáticos, o
ensino de História pode se tornar dinâmico e atrativo, possibilitando assim construção
de conhecimento de forma independente e autônoma.
Portanto, os resultados foram plenamente positivos, pois do ponto de vista dos
alunos eles alcançaram os objetivos propostos, pesquisaram, analisaram, produziram,
interagiram, foram formadores de opinião através do blog, do documentário, do texto
postado na Wikipédia, passaram de educandos passivos para educandos pesquisadores e
ativos. Eles entenderam que essa disciplina é de grande relevância para compreender o
meio e se entender como agente construtor e modificador de uma realidade.
O professor de História reconhece através dessa experiência que a palavra chave
hoje é ousadia, é preciso falar a linguagem da comunidade escolar ao qual atuamos e, ao
mesmo tempo, procurar inserir novos meios, como os recursos midiáticos, ao processo
de ensino-aprendizagem para poder superar os ranços da História positivista, que ainda
insiste em acompanhar o currículo, a práxis, a postura tradicional e prática em sala.
25
6. Referências Bibliográficas
BONA, N. C.; PICHELLI, Kátia Regina. Leitura Crítica - um olhar diferente sobre
os meios de comunicação. Mundo Jovem ,novembro /2006. p.5.N 372
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História & Ensino: Revista do Laboratório de Ensino de História. Londrina . Eduel.
2003.
DANTAS, A. L.. O uso da internet como ambiente mediador e articulador da
aprendizagem de geografia e história nos anos inicias e finais do ensino. João
Pessoa: Projeto PROLICEN, DME/CE/UFPB, 2009.
FONSECA, S. G.. A construção de saberes pedagógicos na formação inicial do
professor para o ensino de história na educação; In: Ensino de história: sujeitos e
práticas. Rio de Janeiro: Manud X: FAPERJ, 2007. (Trabalhos apresentados no V
Encontro Nacional Perspectiva de Ensino de História, Ensino de história: sujeitos,
saberes e práticas, realizado no Rio de Janeiro, de 26 a 29 de julho de 2004. p. 149 –
156)
FREIRE. P.. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa, 15. ed.
São Paulo, Paz e Terra, 2000. p 37
GADOTTI, M. A escola e a pluralidade dos meios. Revista Escola & Comunicação,
Rio de Janeiro, FRM, n.6, 1994.
MINAYO, M. C. de S.. O Desafio do Conhecimento: pesquisa qualitativa. 4. Ed. São
Paulo: HUCITEC-ABRASCO, 1996.
MORAN, J. M.; MASETTO, M.; BEHRENS, M. Novas Tecnologias e Mediação
Pedagógica. 12 a ed. São Paulo: Papirus, 2006.
PIAGET, J.. Estudos Sociológicos. Ed. Forense. Rio de Janeiro, 1973.
RODRIGUES, M. S., LEOPARDIM, M. T. O Método de Análise de Conteúdo: uma
visão para enfermeiros. Fortaleza: FCPC, 1999.
SCHMIDT, M. A. A formação do professor de história e o cotidiano da sala de aula. In:
BITTENCOURT, Circe. O saber histórico na sala de aula. 9.ed. São Paulo: Contexto,
2004.
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UM OLHAR MIDIÁTICO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA Cláudia