Dificuldades de aprendizagem
que enfrentamos com os alunos
Os alunos são analfabetos funcionais: não conseguem entender ou passar
idéias.
Falta de cultura geral.
Falta de iniciativa.
Falta de interesse.
Falta de compromisso com o curso.
Falta de bagagem dos conteúdos básicos (matemática e português).
Excesso de preguiça.
Dificuldade de abstração.
Falta de produtividade das aulas dadas por
falta de interesse e motivação dos alunos.
Querem tudo mastigado e fácil para eles;
caderno é a única fonte de consulta
utilizada.
Transferência de responsabilidade do
fracasso para o professor sendo que o
problema é a falta de base do ensino médio.
Falta de disciplina/educação
Nosso aluno é ruim...é ruim para que?
Estamos sem objetivo, sem definição do
egresso
Heterogeneidade dos alunos: há aqueles
que trabalham e os que não trabalham.
Os que trabalham têm maior dificuldade.
Falta de conhecimento básico, falta de
maturidade.
Problemas com leitura e estruturação de texto, capacidade de síntese .
Há alguma solução no
horizonte?
Proposta aula de reforço (leitura e interpretação de texto) e bolsa de
atividade: o melhor aluno seria selecionado para lecionar assuntos
básicos visando nivelamento.
Deveríamos ser mais educadores, o que tem se tornado difícil devido às
nossas relações interpessoais no CAP. É difícil vivermos sob tanta
pressão e com convivência ruim e separar isso do nosso ser na sala de
aula.
Oferecimento de alguma disciplina que contemple leitura, interpretação e
redação de texto científicos.
Definir melhor as regras para os alunos que entram; regras de
comprometimento com o curso e com o estudo.
Propostas:
•
abrir a universidade para alunos e cursos no turno da manhã.
•
regulamentar regras para alunos, a exemplo do jubilamento. Proposta
para jubilamento: o aluno só poderia ser reprovado 3 vezes em uma
disciplina. Caso isso ocorresse, matricularia apenas nessa disciplina
no semestre seguinte. O jubilamento ocorreria em caso de uma nova
reprovação.
•
fazer também um trabalho de levantamento de problemas com os
alunos.
O que o campo das ciências da
educação pode oferecer?
Correntes de pensamento nas pesquisas sobre a atividade escolar:
• 1. Relação com o conhecimento
• 2. Desenvolvimento cognitivo
• 3. Aprendizagem por participação
• Relação com o conhecimento
A relação com o conhecimento, em especial com o conhecimento
acadêmico está relacionada com a origem de classe dos alunos.
De uma certa maneira, essa relação expressa relações mais amplas
presentes na sociedade. Se uma comunidade de trabalhadores está
acostumada a ter poucas oportunidades de participação na vida
profissional, há uma tendência a reproduzir essa passividade na relação
com o conhecimento escolar.
• Desenvolvimento cognitivo
Disputam-se interpretações acerca da maneira como se processa o
desenvolvimento cognitivo nos sujeitos. Na tradição ocidental, Piaget
ocupa uma posição de pioneirismo.
Contemporâneo de Piaget, Vygotsky desenvolveu seu trabalho a partir da
críticas à abordagem piagetiana e tomando como pano de funto a
filosofia marxista.
Atualmente, alguns autores abrigam no mesmo paradigma correntes
piagetianas e algumas vygotskyanas que compartilham a ideia da
mudança conceitual.
Críticas ao paradigma da mudança conceitual provêm de uma outra
posição, a qual advoga a imprevisibilidade da aprendizagem em qualquer
atividade educativa além do caráter coletivo e diferenciado da
aprendizagem nesses contextos.
A aprendizagem expansiva se apresenta como uma alternativa na
maneira de se tratar o fenômeno.
• Aprendizagem por participação
Nos ambientes de trabalho, as pessoas aprendem umas com as outras o
que deve ser feito. Não existe o fracasso que assola as escolas. Talvez as
escolas devessem aprender algo com esses ambientes de aprendizagem
profissional.
Da participação periférica legitimada à participação central.
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