HTTP://WWW.COMSIZO.COM.BR/ Resolução de “Curso Básico de Física” de H. Moysés Nussenzveig Capítulo 07 - Vol. 2 Engenharia Física 09 – Universidade Federal de São Carlos 20/10/2009 ComSizo.com.br Capítulo - 7 1 – Uma esfera oca de alumínio tem um raio interno de 10 cm e raio externo de 12 cm a 15°C. O coeficiente de dilatação linear do alumínio é 2,3 x 10-5/°C. De quantos cm³ varia o volume da cavidade interna quando a temperatura sobe para 40°C? O volume da cavidade aumenta ou diminui? ∆V = V0.3α.∆T = [(4/3).π.r³].3.(2,3 .10-5).(40 – 15) = 2,3.π.r³ , com r = 10 cm ∆V = 7,225 = 7,3 cm³ 2 – Uma barra retilínea é formada por uma parte de latão soldada em outra de aço. A 20°C, o comprimento total da barra é de 30 cm, dos quais 20 cm de latão e 10 cm de aço. Os coeficientes de dilatação linear são 1,9 x 10-5/°C para o latão e 1,1 x 10-5/°C para o aço. qual o coeficiente de dilatação linear da barra? Para uma dada temperatura T: ∆T = T – T0 ∆L L = L 0 L .α L .∆T = 20.1,9.10 −5.∆T ∆L A = L 0 A .α A .∆T = 10.1,1.10 −5.∆T (I) ∆L = ∆LL + ∆LA = L0.α.∆T (II) Somando (I) e substituindo em (II): 49.10-5.∆T = 30.α.∆T ⇒ α = 1,63 x 10-5/°C 3 - Uma tira bimetálica, usada para controlar termostatos, é constituída de uma lâmina estreita de latão, de 2 mm de espessura, presa lado a lado com uma lâmina de aço, de mesma espessura d= 2 mm, por uma série de rebites. A 15°C, as duas lâminas têm o mesmo comprimento, igual a 15 cm, e a tira está reta. A extremidade A da tira é fixa; a extremidade B pode mover-se, controlando o termostato. A uma temperatura de 40°C, a tira se encurvou, adquirindo um raio de curvatura R, e a extremidade B se deslocou de uma distância vertical y. Calcule R e y, sabendo que o coeficiente de dilatação linear do latão é 1,9 x 10-5/°C e o do aço é 1,1 x 10-5/°C. ∆ ∆ ⇒ ∆ , I) ∆ ∆ ⇒ ∆ , ⇒ ⇒ , ∴ ⇒ , II) 2 ComSizo.com.br Capítulo - 7 Aplicando pitágoras no triângulo POB`, temos: ⇒ ⇒ ! " ∴ ! " ⇒ ≅ , $ ≅ %%%, % 4 – Num relógio de pêndulo, o pêndulo é uma barra metálica, projetada para que seu período de oscilação seja igual a 1 s. Verifica-se que, no inverno, quando a temperatura média é de 10°C, o relógio adianta, em média 55 x por semana; no verão, quando a temperatura média é de 30°C, o relógio atrasa, em média 1 minuto por semana. a) Calcule o coeficiente de dilatação linear do metal do pêndulo. b) A que temperatura o relógio funcionaria com precisão? ( ( ⇒ ( , % ' ' & ⇒ & ) %, Barra) O período do pêndulo pode ser calculado através de: * Como o pêndulo em questão é físico, seu centro de massa é em (. Inverno) Por regra de três: ∆* + → . . .. .+ ∆* → + ∴ ∆* %, %. / + ⇒ * , %%+ * &0 1(2 ) * 1( 2 ' * ⇒ , %% & ⇒ 1(2 , %, * ∆* ∆ ⇒ , , % Verão) Por regra de três: ∆3 .+ → . . .. .+ ∆3 → + ∴ ∆3 %, %. / + ⇒ * , %%%%+ * &0 1(2 ) 3 1( 2 ' 3 ⇒ , %%%% & ⇒ 1(2 , %, 3 ∆3 ∆ ⇒ , %% , % Resolvendo o sistema, temos: 2 ComSizo.com.br a) 9 1,9.10/? /A b) => 19,6A Capítulo - 7 0,00004538 90,24849 10 => 0,00004909 90,24849 30 => 5 – A figura ilustra um esquema possível de construção de um pêndulo cujo comprimento l não seja afetado pela dilatação térmica. As três barras verticais claras na figura, de mesmo comprimento l1, são de aço, cujo coeficiente de dilatação linear é 1,1 x 10-5/°C. As duas barras verticais escuras na figura, de mesmo comprimento l2, são de alumínio, cujo coeficiente de dilatação linear é 2,3 x 10-5/°C. Determine l1 e l2 de forma a manter l = 0,5 m. Analisando a situação, temos: 1o) Antes da dilatação: ∴ , C 2o) Depois da dilatação: D D D ∴ D D , CC Analisando as dilatações: ç∆ ∆ , . / . ∆ CCC Fã∆ ∆ , . / . ∆ CH Por I, II, III e IV: D , . / . ∆ , . / . , ∆ ID D , , ∆ , . / . ∆ Resolvendo o sistema: , e , . 6a) Um líquido tem coeficiente de dilatação volumétrica β. Calcule a razão ρ/ρ0 entre a densidade do líquido à temperatura T e sua densidade ρ0 à temperatura T0. b) No método de Dulong e Petit para determinar β, o líquido é colocado num tubo em U, com um dos ramos imerso em gelo fundente (temperatura T0) e o outro em óleo aquecido à temperatura T. O nível atingido pelo líquido nos dois ramos é, respectivamente, medido pelas alturas h0 e h. Mostre que a experiência permite determinar β (em lugar do coeficiente de dilatação aparente do líquido), e que o resultado independe de o tubo em 2 ComSizo.com.br Capítulo - 7 U ter secção uniforme. c) Numa experiência com acetona utilizando este método, T0 é 0°C, T é 20°C, h0 = 1 m e h = 1,03 m. Calcule o coeficiente de dilatação volumétrica da acetona. a) Para um líquido de coeficiente de expansão volumétrica β temos: ∆V = V0 β ∆T Onde ∆V = V - V0 ∆T = T - T0 V = V0 [1+ β(T – T0)] Quando uma porção de um líquido sofre expansão térmica sua densidade diminui, mas sua massa não é alterada. MT = MTo Com esta condição podemos escrever: U W JK J> K> ⇒ JVM N1 βPT–TM ST J> K> ⇒ U WXYPZ–Z S \ V [ Se β(T-To) <<1, a expressão acima pode ser escrita através da expanssão de Taylor como: J ] 1 β T–TM J> b) As diferenças de pressão são: ∆P1 = P1 – Patm = ρogho ∆P2 = P2 – Patm = ρgh Como P1 = P2 = P (estão a mesma altura) ∆P1 = ∆P2 ρogho = ρgh ρ 0 h0 = ρh ρ h0 = Substituindo esta expressão em (I) ρ0 h h 1 = 0 1 + β (T − T0 ) h h − h0 h0 (T − T0 ) Este resultado só depende das alturas do líquido nos ramos, ou seja, este resultado independe da forma da seção transversal do tubo. β= c) Substituindo os valores dados na equação obtida no item b: _ _> 1,03 1,00 ^ ⇒ ^ 1,5.10/a /A _> ` `> 1,00 20 0 2 ComSizo.com.br Capítulo - 7 7 – Um tubo cilíndrico delgado de secção uniforme, feito de um material de coeficiente de dilatação linear α, contém um líquido de coeficiente de dilatação volumétrica β. À temperatura T0, a altura da coluna líquida é h0. a) Qual é a variação ∆h de altura da coluna quando a temperatura sobe de 1°C? b) Se o tubo é de vidro (α = 9 x 10-6/°C) e o líquido é mercúrio (β = 1,8 x 10-4/°C), mostre que este sistema não constitui um bom termômetro, do ponto de vista prático, calculando ∆h para h0 = 10 cm. Por ser um tubo cilíndrico delgado, temos que ∆H(H ∆. a) ∆H H b ⇒ cd . ∆e cd . e b ⇒ ∆e e b b) ∆e e b . /. . %. /. ∴ ∆e , .. / A partir dos cálculos, vemos que não há variação expressiva de altura e, assim, não seria possível uma marcação precisa. 8 – Para construir um termômetro de leitura fácil, do ponto de vista prático (Problema 7), acopla-se um tubo capilar de vidro a um reservatório numa extremidade do tubo. Suponha que, à temperatura T0, o mercúrio está todo contido no reservatório de volume V0 e o diâmetro capilar é d0. a) Calcule a altura h do mercúrio no capilar a uma temperatura T > T0. b) Para um volume do reservatório V0 = 0,2 cm³, calcule qual deve ser o diâmetro do capilar em mm para que a coluna de mercúrio suba de 1 cm quando a temperatura aumente de 1°C. Tome α = 9 x 10-6/°C para o vidro e β = 1,8 x 10-4/°C para o mercúrio. a) Hfgh H b ∆ & 1 2 . e ⇒ e b) H &.e b ∆ ., &. H &. b ∆ . /. . ∴ , . 9 – Um reservatório cilíndrico de aço contém mercúrio, sobre o qual flutua um bloco cilíndrico de latão. À temperatura de 20°C, o nível do mercúrio no reservatório está a uma altura h0 = 0,5 m em relação ao fundo e a altura a0 do cilindro de latão é de 0,3 m. A essa temperatura, a densidade do latão é de 8,60 g/cm³ e a densidade do mercúrio é de 13,55 g/cm³. a) Ache a que altura H0 está o topo do bloco de latão em relação ao fundo do reservatório a 20°C. b) O coeficiente de dilatação linear do aço é 1,1 x 10-5/°C; o do latão é 1,9 x 10-5/°C, e o coeficiente de dilatação volumétrica do mercúrio é 1,8 x 10-4/°C. Calcule a variação δH da altura H0 (em mm) quando a temperatura sobe para 80°C. i j ⇒ ) kl) )H* ⇒ k l e kl) ⇒ l e a) Analisando a situação em equilíbrio, temos: Substituindo os valores: b) l , . 2 k kl)