A obra de arte na época de suas técnicas de reprodução Walter Benjamin Seg. Marx o modo de produção capitalista levaria a sua própria supressão. Isso não aconteceu mas como as técnicas de reprodução refletiram na arte? Sempre houve reprodução (discípulos copiando seus mestres) mas as técnicas mudaram (litografia‣jornal ilustrado, fotografia ‣cinema falado) No século XX as técnicas de reprodução atingiram um nível tão alto que não se dedicam apenas as obras do passado, mas tornaram a si mesmas arte. Analisaremos como 2 dessas manifestações reagiram sobre as formas tradicionais de arte. • reprodução da obra de arte • arte cinematográfica A mais perfeita reprodução sempre falta algo, o “hic et nunc” (autenticidade, proveniência, origem). A reprodução feita pela mão do homem (falsificação) é diferente da reprodução técnica: 1º Pq a reprodução + independente do original amplia e ressalta o que o olho não vê. Ex.: fotografia 2º A técnica reproduz situações onde o original jamais aconteceria. Ex.: canto gregoriano em casa. As técnicas não interferem no conteúdo da obra mas desvalorizam o seu “hic et nunc” . Ex.: Representação de Fausto e o filme Ler pg 8 Os fatores sociais provocaram a decadência da aura 1º Tentativa de humanizá-la e torná-la + próxima não se leva em conta sua função social.E cirurgião 2º Acolhendo as reproduções tende a depreciar o que foi dado apenas uma vez. Rembrant A unicidade da obra não sofre mudança pela apreensão da tradição. Ex.: estátua de Vênus. •P/ gregos – objeto de culto, • P/ os medievais – objeto pagão (maléfico). A aura permanece. A função ritualísitica ainda que seja longínqua (ritual secularizado) mantém a autenticidade. ( ler pg 10) Mas houve emancipação do valor ritual da obra, reproduz-se cada vez + obras de arte para a reprodução. Ex.: cinema. a autenticidadde não é mais aplicável, a produção artística fica subvertida, não se fundamenta + pelo ritual mas pela política. Andy Warhol Toulouse-Lautrec Calder A obra se mostra como: •objeto de culto: Muitas vezes a presença do sagrado é + importante que o fato de serem vistas. Ex.: alce, estátuas de deuses só acessíveis a sacerdotes, esculturas de catedrais góticas só vistas de cima. • realidade exebível: qdo se emancipa do uso ritual. Ex.:o busto que pode ser mudado de lugar, o quadro que é + exibível que o afresco. O valor de culto doava um elemento mágico a obra de arte. Hj seu valor de exibição lhe confere funções novas onde a ppia noção artística passou a ser acessória. Ler Brecht pg 12 Com a fotografia o valor de exibição começa empurrar o valor de culto – que não cede sem resistência, por isso, o retrato ganha tanta importância. Culto a imagem. O Século XX que vê a arte perder as suas bases ritualísticas questionou, durante muito tempo, se a fotografia era ou não arte e não se perguntou, antes, se essa invenção alteraria o próprio caráter da arte. O mesmo acontece com o cinema Teatro e cinema No teatro é o ator que se apresenta, no cinema há a intermediação de uma mecanismo, que gera dois reflexos: 1º - a atuação está submetida ao mescanismo (câmera, edição...) 2º - o intérprete, não apresentando sua performance não pode se adaptar as reações do público. O pública analisa o ator através do aparelho. O ator no cinema atua antes para a câmera, ruídos e sons são criados para simular o real. Precisa técnica não aura. No teatro o ator pcisa de aura p/ viver o personagem (encarna a ação) .Ex.: Macbeth •No cinema o ator é funcional, escolhido por suas características e não pcisa se concentrar na continuidade das cenas pois as gravações não seguem uma sequência lógica. •O ator torna-se produto (para o filme e o mercado). Ao restringir a aura o cinema constrói a personalidade do ator “culto ao astro” impele o capitalismo. •Falso papel social. Ex.: jornal que apoia o esporte.Todos querem aparecer na tela. •As técnicas de reprodução aumentaram exageradamente as imagens textos e músicas de forma a produzir muita mediocridade. O cinema na tentativa de mostrar o real, só o atinge em 2º grau. Chegou ao pto de criar realidade, recorrendo a técnica para lhe conferir + pureza. A realidade fora do aparelho parece artificial. Metáfora Curandeiro (pintor) •conhecimento da natureza •sem intervenção •visão global Cirurgião (filmador) •conhecimento da técnica ≠ • com intervenção • visão fragmentária A arte agora se endereça as massas. Os quadros (≠ do cinema) não foram feitos para serem contemplados pela massa. Na pintura não pode-se preparar a acolhida do público como no cinema. O que caracteriza o cinema não é apenas o modo como o homem se apresenta ao aparelho, mas como, graças ao aprelho representa para si o mundo. O cinema reflete sobre aspectos subjetivos – valor da psicologia. Ler pg 23 A obra de arte sucita algo extemporâneo (antecipa o futuro). Só que a técnica tbém, deve se aprimorar sendo fiel a novos princípios e propiciando novas artes. As artes plásticas não conseguiram representar o homem contemporâneo como o cinema. O choque provocado , por exemplo, pelo dadaísmo (quer na pintura ou literatura) não teve o mesmo efeito no cinema. Ler pg 24 Marcel Duchamp Ressurge a antiga recriminação: • a massa procura diversão • a arte exige concentração A arte permite que o espectador entre na obra, na diversão é a obra que entra na massa. Ex.: edifício, instalação... Le Corbusier Soto O cinema é a forma de arte pela seara da diversão que não precisa + do culto a arte. Arte pela arte – glorificação estética da guerra. A arte serve a política. Ler manifesto pg 27 “Na época de Homero, a humanidade oferecia-se em espetáculo aos deuses do Olimpo: agora, ela fez de si mesma o seu próprio espetáculo. Tornou-se suficientemente estranha a si mesma, a fim de conseguir viver a sua própria destruição, como um gozo estético de primeira ordem. Essa é a estetização da política, tal como a pratica o facismo. A resposta do comunismo é politizar a arte.” Marinetti Futurismo