Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia Reconhecimento do Curso de Licenciatura em Ciências com habilitações em Química e B i o lo g ia . . PARECER N 999/88 1 - RELATÓRIO A Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-BA, encaminha pedido de reconhecimento do Curso de Licenciatura em Ciências com h a b i l i t a ções em Química e Biologia, ministrado pela Faculdade de Formação de Profes sores, Campus de Jequiê, unidade integrada ã Universidade Estadual do Su- doeste da Bahia. Referido curso começou a funcionar em 1982 ã luz do Parecer n 232/8lo CEE/BA e foi autorizado, posteriormente, pelo Decreto Federal n 92.352/86, tendo em v i s t a o Parecer n 198/85-CFE/BA. Cumpre informarque, além do reconhecimento do curso, a ins tituiçao solicita a convalidação de estudos realizados, para os alunos que o frequentaram no período anterior a sua autorização, ou seja, de 1982/1985Pela Portaria n O76 de 10/03/88 - SESu-MEC, foi designada Comissão Verificadora das condições para o reconhecimento do cursor cujo relatório conclusivo vem de ser encaminhado ao Conselho. 1. Dados sobre a mantenedora De acordo com os dados contidos no processo, a entidade man tenedora ê uma Autarquia da administração descentralizada estadual, criada sob a forma de Fundação Educacional do Sudoeste, pela Lei n 3799/80, de 29 de maio de 1980. Transformada em Autarquia Universidade do Sudoeste, mediante a Lei Delegada nº12 de 30 de dezembro de 1980, vinculada à Secretaria da Educação e Cultura do Estado da Bahia, com personalidade jurídica, autonomia didático-cientítica - administrativa e financeira, a Instituição tem sede e foro na cidade de V i t ó r i a da Conquista, Estado da Bahia. Está registrada no Cartório de Registro C i v i l das pessoas jurídicas de Vitória da Conquista sob o n 261 Livro A-5 f1s. 21 e 22 em agosto de 1980. A regularidade fiscal e parafiscal da entidade é absoluta perante todos os órgãos oficiais respectivos. Trata-se de entidade de utilidade pública, reconhecida como tal, no âmbito municipal, pelo Alvará 822/80 e, no âmbito estadual, instituída como entidade de administração descentralizada através da Lei Delegada n° 12/80. 2. Dados sobre o Curso A Comissão Verificadora informa em seu relatório que: "As instalações destinadas a salas de aula, laboratórios, almoxarifado, biblioteca, mecanografia e secretaria satisfazem a demanda atual do Curso, em que pese uma carência de espaço destinado a gabinetes de professores onde possam desenvolver satisfatoriamente atividades outras que não as de salas de anual. Esta deficiência tem sido superada pelo magistério com muita dedicação, até que se efetive a ampliação da área construída. Os laboratórios são pequenos, considerando-se os padrões das Universidades do Sul e Sudeste brasileiros, mas suficientemente adequados para a Faculdade, onde as turmas práticas não ultrapassam um total de 10 alunos. A pretensão da UESB de instalar ocampus de Jequié numa área de 5 ha (Km 05 da Br-330, rodovia Jequié- Ipiaú") deve ser implementada o curto prazo. A comissão constatou que a universidade já i n i c i o u a terraplanaqem da área devendo, segundo informações colhidas, i n i c i a r brevemente os serviços de fundação. 'Os equipamentos, materiais de laboratórios e didáticos satisfazem às condições de funcionamento das d i s c i p l i n a s do Curso. A Faculdade tem recebido apoio de outras Instituições regionais , tais como o CEPLAC - Centro de Pesquisa da Lavoura Cacaueira., a SUDEPE -Superintendência do Desenvolvimento da Pesca e o Pólo Petroquímico de Salvador. Diversos equipamentos e materiais de laboratório foram conseguidos graças ao empenho pessoal de alguns professores v i a projetos de pesquisa envia dos e aprovados por Instituição de Fomento". Biblioteca: A biblioteca encontra-se instalada numa área de 130m , com 72m reservados ao acervo, e tem capacidade para atender até 40 leitores por turno. Con ta atualmente com duas bibliotecárias legalmente habilitadas e 06 auxiliares de biblioteca. O acervo é composto por 2.241 títulos, com 4.070 exemplares e 1.785 periódicos. Sobre este ponto a Universidade assume o compromisso de ampliar os recursos bibliográficos particularmente no tocante a periódicos, tendo em conta o bom desempenho de grupos emergentes de pesquisa. A Associaçio de Docentes da UESB mantém uma l i v r a r i a na Faculdade de Jequié, cujo material disponível é adquirido v i a convênios com livrarias de outras Instituições e repassado a baixo custo. 3- Estrutura e funcionamento 0 Curso de Licenciatura em Ciências com habilitações em Química e Biologia, começou a funcionar em 1982, ã luz do Parecer n 232/81 do CEE/BA, sendo posteriormente ;autorizado pelo Decreto Federal n 92.352/86 de 30/01/86, tendo em vista o Parecer n 198/85 do CEE/BA, com 40 vagas totais anuais no período noturno. A estrutura curricular aprovada no início do funcionamento do cur so sofreu as seguintes alterações após a autorização, sendo reduzida a carga horária de Educação Física e aumentada a das d i s c i p l i n a s optativas. Na la. versão; o curso t i n h a uma carga horária de 3.-195 h/a para a habilitação em Biologia e 3.255h/a para a habilitação em Química, incluindo-se nesse total as horas destinadas a EF e EPB. Na versão em vigor, o curso tem a duração de 3-405 h/a para a habilitação em Biologia e 3-450 h/a para a habilitação em Química, acrescida de 90h/a de EF e de 60h/a de EPB, perfazendo um total de 3- 555 h/a e 3-600 h/a. (Anexos 1 a 4). No entender da Comissão , o elenco da comissão, "o elenco de d i s c i p l i n a s do tronco comum e do que compõe as áreas de habilitarão, bem como os conteú dos programáticos das disciplinas, atendem aos objetivos propostos pelo Curso." As práticas de ensino são desenvolvidas nas escolas públicas de 2° grau. Algumas d i s c i p l i n a s mereceram destaque pelo desempenho nas aulas práticas. É o caso da Física, onde o setor de ótica, monitorado por um grupo de alunos, desenvolve um protótipo de câmara fotográfica para impressão de chapas simultâneas em diferentes posições; da Química Geral que m i n i s t r a aulas práticas semanais, fato pouco comum em muitas escolas de química do sul e sudeste b r a s i l e i ros; da Citogenética, como laboratório bem equipado em sua maioria, adveio do empre go de verba conseguida por convênio com o CNPc); da Estatística, onde o exercício prático consiste em levantar, tabular e apresentar dados sobre a saúde da população de 20 municípios regionais (endemias, parasitoses, abortos, etc); e da Química Inorgânica, que mantém contato permanente com um renomado grupo de pesquisa da Universidade Federal da Bahia. 4. Corpo Docente Sobre o corpo docente os verificadores assinalam que há uma eviden I te preocupação da Faculdade com o treinamento do magistério a nível de pós-gradua-ção. Assim 4% do professorado já concluiu o mestrado e 17% são mestrandos, 60% passaram por especialização, 14% estão com o curso em andamento, 2% cursam doutorado e 5% são recém-contratados. A) Professores aceitos por possuírem o título de mestre ou doutor. . Ana Angélica Leal Barbosa Instrumentação para o Ensino de Biologia/Prática do Ensino de Biologia/Evolução. . Célia Cristina de Oliveira Psicologia da Educação I e II / Metodologia Científica . Kiyoto Abe Sandes Genética I, II/ Genética Humana . Maria das Graças Santos Instrumentação para o Ensino de Ciências do 1º Grau/Prática do Ensino de Ciências (sup. em Ciências). B) Professores aceitos para este curso por atenderem ao disposto na Resolução 20/77 art. 5, alíneas "c" e "d". Ademir José Rosso Taxionomia Vegetal I e II/ Ecologia Vegetal Adervan Gonçalves da Silva Fisiologia Animal Comparada AdroaIdo Raimundo da Silva Freitas Fundamentos de Botânica/Anatomia Vegetal/ Fisiologia Vegetal Alberto Carvalho Bonfim Anatomia Alice Guimarães Valverde Inglês Técnico Antônio Fernando Barbosa Sacramento Química Orgânica l/II e I I I Armando Luis Andrade Peixoto Matemática II / Introdução à Álgebra Linear Carlos Alberto Andrade Freitas Instrumentaço para o Ensino de Química/Prática do Ensino de Quími ca/Prática do Ensino de Química/Evolução da Química. . Célia Rosângela Dantas Dórea Desenho Geométrico . Edna Madeira Nogueira Química Analítica I e I1/ Química Analítica Quantitativa/Análise Instrumental. . Edna Soares Pinheiro Ecologia, . Edson Cardoso dos Reis Prática do Ensino de Ciências do 1º Grau (sup. Matemática I I I . em Matemática). . Eunice Nunes Freitas Biologia Geral/ Biologia do Desenvolvimento . Flaviano P i n h e i r o Neto Física II e IV . Gloria Del Carmen Melendez Bastos Físico-Química I e IITecnologia das Fermanetações. . Jorge Barros Cálculo Diferencial e Integral I e II . Jorge Costa do Nascimento Matemática I e M/Estatística e Probabilidade . Lenira Eloina Coelho de Souza Invertebrados I . Luis Cláudio Almeida Madureira Instrumentação para o Ensino de Ciências do 1º Grau/Prática do Ensino de Ciências do 1º Grau. . Marcia Pinheiro de Oliveira Sena Didática/Evolução da Educação Brasileira. . Maria Afonsina Ferreira Matos Língua Portuguesa . Maria Auxiliadora Leal Sandes Ecologia Vegetal /Taxionomia Vegetal I e II . Maria das Graças Bispo Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º Grau e 2º Grau. . M a r ia Verônica Leite Pereira Fundamentos de Botânica/Anatomia Vegetal . Marlene Dantas Química Inorgânica I e M/Bioquímica . Marluce Galvão Barreto Invertebrados II/ Vertebrados 1 1 / Ecologia Animal . Milton de Almeida Rabelo Estudo de Problemas Brasileiros I e II . N a d i a Mamede José FÍsico-Química I /FÍsico-Química II . N e i va D e l i b e r a l i Rosso Química Ambiental/ Química Geral . O l í v i a Nolasco Beltrão Antropologia . Oscar Vitorino Moreira Mendes Fundamentos de Zoologia/Psicu1tura Geral/Vertebrados I . Paulo Roberto Velasco Bastos Microbiologia e Imunologia . Reinaldo Moura Pinehri Estrutura e Funcionamento do Ensino de 1º Grau e 2º Grau . Raimundo José A l m e i d a de O l i v e i r a Pinto Histologia . Reivaldo Moreira Fagundes Biofísica . Ranes Santana de Oliveira H i g i e n e e Saúde . Robério Chaves Pinheiro Educação Física I, II e I I I . Rosalvo Lemos Estudo de Problemas Brasileiros I e II . Rui Macedo Elementos de Geologia/ Paleontologia . V a l d i r bopes Moraes Elementos de Geologia/ Paleontologia . Valfredo R i b e i r o Dorea Educação Física I, I I e III . Walter Duarte de Araújo Filho Física I, II e I I I Na opinião dos alunos, de de acordo com o plano de trabalho de ca da professor, apurou-se que a docência é exercida com bastante seriedade. 5. Conclusão da Comissão Verificadora A Comissão conclui seu relatório favoravelmente, em decorrência dos pontos a seguir assinalados: . A realidade do curso - corpo docente, infraestrutura de apoio, a n á l i s e c u r r i c u l a r -, que situa-se na media dos padrões de qualidade. . A rápida evolução da Faculdade) ride o Curso objeto de Reconhecimento é relativamente novo, tendo começado a funcionar em 1982. . 0 atingimento do objetivo do curso, qual seja, o de bem formar licenciados em ciências habilitados em Química e Biologia para suprir a carência das esocolas de 2º grau, um ponto de evidência na região-alvo da Faculdade. . A emergência de grupos de pesquisa, fator de importância c a p i t a l na conceituação de universidade, isto é, produtora de saber e não apenas transmis-| sora de conhecimentos. . A integração com a comunidade local e regional. II - VOTO DO RELATOR Considerados o relatório da Comissão Verificadora e os demais,dados do processo, vota o Relator pelo reconhecimento do curso de Licenciatura em Ciências, com ha b i li ta ç ões plenas em Química e Biologia, m i n i s t r a d o pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia no campus de Jequié, sob a responsabilidade de sua Faculdade de Formação de Professores. A convadalidação de estudos solicitada se fará em processo específico, com acompanhamento da DEMEC-BA, que se manifestará preliminarmente, sobre a regularidade dos estudos efetuados antes do Decreto presidencial. III - CONCLUSÃO DA CÂMARA A CESu, 1º Grupo, subscreve o voto do Relator. IV - DECISÃO DO PLENÁRIO O Plenário do Conselho Federal de Educação aprovou , por unanimidade, a Conclusão da Câmara. Sala Barretto Filho , em 07 de 10 de 1988