INSTITUTO DE PESQUISAS E N E R G É T I C A S E N U C L E A R E S SECRETARIA DA INDÚSTRIA. COMÉRCIO, CIÊNCIA E TECN0LCX3IA AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO A P L I C A Ç Ã O DA T É C N I C A DE E S P E C T R O S C O P I A F O T O A C U S T I C A A O E S T U D O DOS PRIMEIROS HARMÔNICOS DO HIDROGÊNIO SÓLIDO E SEUS I S Ó T O P O S Martha Marques Ferreira Vieira Tese apresentada ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares como parte dos rsquisitos para obtenção do Grau de "Doutor em Ciências - Area Tecnologia Nuclear". Orientador: Dr. Spero Penha Morato Sao Paulo 1985 INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES A U T A R Q U I A A S S O C I A D A À UNIVERSIDADE DE S à O P A U L O APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE ESPECTROSCOPIA FOTOACUSTICA AO ESTUDO DOS PRIMEIROS HARMÔNICOS DO HIDROGÊNIO SÓLIDO E SEUS ISÓTOPOS MARTHA MARQUES FERREIRA VIEIRA T e s e apresentada ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares como parte dos requisitos para obtenção do grau., de «Doutor em Ciências» — «Área Tecnologia Nuclear». Orientador: DR. SPERO PENHA MORATO SÃO PAULO 1985 OJO WJUU>on. d a. ZZOXÄIZ ao mau. pai, WaZteJi AGRADECIMEKTOS AGRADEÇO DE MODO ESPECIAL A : VR. SVERO PENHA UOHATÕ pela amizade, apoio e i n c e n t i v o no decorrer deste desenvolver este trabalho; VR. C.K.N. PATEL pela o r i e n t a ç ã o e pela oportunidade de t r a b a l h o nos l a b o r a t ó r i o s da ,"AT&T Bell Laboratories". AGRADEÇO AINDA A : IPEW por t e r p o s s i b i l i t a d o a minha ida ao e x t e r i o r para d e s e n v o l v e r e s t e tra_ balho; VR. CHIEN-VÜ KUO pela colaboração e discussões durante a r e a l i z a ç ã o deste t r a balho; RUVy KERL pela amizade e pelo apoio t é c n i c o ; NILSON pelo companheirismo, compreensão e apoio c o n s t a n t e s ; BEATRIZ por t e r t r a z i d o t a n t a s a l e g r i a s nos períodos d i f í c e i s e por compreeji der sua mãe; Aos COLEGAS do IPEN pela amizade e i n c e n t i v o ; SUELI pelo empenho, dedicação e p a c i ê n c i a com que d a t i l o g r a f o u ; GRAFJKOR pelo t r a b a l h o de confecção das capas e encadernação. MARTHA APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE ESPECTROSCOPIA FOTOACUSTICA AO ESTUDO DOS PRIMEIROS HARMÔNICOS DO HIDROGÊNIO SÓLIDO E SEUS ISÓTOPOS MARTHA MARQUES F E R R E I R A VIEIRA R E S U M O Foi f e i t o um estudo dos e s p e c t r o s de absorção v i b r a c i o n a i s dos p r i m e i r o s harmônicos do h i d r o g ê n i o s ó l i d o e rotacionais seus isótopos u t i l i z a n d o - s e a t é c n i c a de e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a i n d u z i d a por l a s e r p u ^ sado e detectada com um t r a n s d u t o r p i e z o e l e t r i c o . Como uma característica g e r a l , os e s p e c t r o s de absorção consistem de l i n h a s de fonons zero finas, i d e n t i f i c a d a s como t r a n s i ç õ e s simples ou d u p l a s , acompanhadas pelas bandas de fonons. Ao c o n t r á r i o do que o c o r r e no h i d r o g ê n i o gasoso sob p r e s s ã o , a i n t e n sidade das t r a n s i ç õ e s s i m p l e s , nos h i d r o g e n i o s s ó l i d o s , é menor que a das t r a n s i ç õ e s duplas. Foi também observado um d e s v i o para frequências mais baixas em r e l a ç ã o as f r e q u ê n c i a s c a l c u l a d a s para moléculas i s o l a d a s , n a f a s e gasosa. Estudando o h i d r o g ê n i o normal o b s e r v o u - s e que as e x c i t a ç õ e s de fonons ass£ ciadas com t r a n s i ç õ e s moleculares duplas são predominantemente fonons tran£ v e r s a i s ó p t i c o s , enquanto que as e x c i t a ç õ e s associadas com t r a n s i ç õ e s molecu^ l a r e s simples são predominantemente fonons Ó p t i c o s l o n g i t u d i n a i s . No parahj[ drogênio e o r t o d e u t é r i o foram observadas e s t r u t u r a s de mui t i p l e t o para c e r t a s t r a n s i ç õ e s duplas. Esses desdobramentos são devidos ã remoção das degeneres^ cências quando as moléculas da rede interagem i s o t r o p i c a e a n i s o t r o p i c a m e n t e . O t e r c e i r o sobretom v i b r a c i o n a l do parahidrogenio f o i observado pela p r i m e i r a v ê z . O e s p e c t r o do HD, além de a p r e s e n t a r as l i n h a s de fonon z e r o bem f i n a s e as bandas de fonon a s s o c i a d a s , como o \\¿ e o D j i a p r e s e n t o u também duas cara£ t e r i s t i c a s d i s t i n t a s . Uma delas f o i a presença da t r a n s i ç ã o AJ= 1, que é rigorosamente p r o i b i d a no Hg e no Dg, mas é p e r m i t i d a no HD por s e r e s t a uma molécula h e t e r o n u c l e a r . A o u t r a f o i a observação de uma d i v i s ã o na banda de fonons que é causada por uma f o r t e i n t e r a ç ã o e n t r e a rede e o movimento r o t a c i o n a l das moléculas. Esta observação era comum a todas t r a n s i ç õ e s envolvendo e x c i t a ç õ e s r o t a c i o n a i s puras no Hg e Dg, que apresentam l a r g u r a s grandes. I s s o , associado a o u t r o s f a t o s (tempo de v i d a de de linha fluorescencia-10s; acoplamento f r a c o e n t r e a v i b r a ç ã o i n t e r n a das moléculas e a r e d e ) , n o s l e v o u ã proposição de um mecanismo para e x p l i c a r a rápida r e l a x a ç ã o não - r a d i a t i v a nos hidrogenios s ó l i d o s . Esta r e l a x a ç ã o , d e v i d a a acoplamentos f o r t e s , ocorre^ r i a em duas etapas: i n i c i a l m e n t e os modos v i b r a c i o n a i s i n t e r n o s relaxariam para os modos r o t a c i o n a i s das moléculas e então e s t e s modos r o t a c i o n a i s r e U xariam para os modos v i b r a c i o n a i s da r e d e . VIBRATION-ROTATIONAL OVERTONES ABSORPTION OF SOLID HYDROGENS USING OPTOACOUSTIC SPECTROSCOPY TECHNIQUE MARTHA MARQUES F E R R E I R A VIEIRA A B S T R A C T Vibrational-rotational o v e r t o n e s a b s o r p t i o n o f s o l i d hydrogens ( H a , Dg, HD) i s s t u d i e d using pulsed l a s e r p i e z o e l e t r i c transducer (PULPIT) o p t o a c o u s t i c s p e c t r o s c o p y . As a general c h a r a c t e r i s t i c t h e a b s o r p t i o n s p e c t r a c o n s i s t o f sharp zero-phonon l i n e s i d e n t i f i a b l e w i t h e i t h e r s i n g l e o r double t r a n s i t i o n s and t h e accompanying phonon s i d e b a n d s . C o n t r a r y t o high p r e s s u r e gas phase a b s o r p t i o n s , i n s o l i d hydrogens s i n g l e t r a n s i t i o n s a r e weaker than double t r a n s i t i o n s . I t was a l s o observed a general downward s h i f t from i s o l a t e d m o l e c u l a r e n e r g i e s , in energy Studying normal-hydrogen i t was observed t h a t the phonon e x c i t a t i o n s a s s o c i a t e d w i t h double-molecular t r a n s i t i o n s are predominantly t r a n s v e r s e - o p t i c a l phonons, whereas the e x c i t a t i o n s a s s o c i a t e d w i t h s i n g l e - m o l e c u l a r t r a n s i t i o n s a r e predominantly longitudinal phonons. M u l t i p l e t s t r u c t u r e s were observed f o r c e r t a i n double - optical transitions i n parahydrogen and o r t h o d e u t e r i u m . These s p l i t t i n g s a r e due t o the removal o f the degeneracies when the molecules i n the l a t t i c e i n t e r a c t isotropically and a n i s o t r o p i c a l l y . The t h i r d v i b r a t i o n a l o v e r t o n e o f molecular parahydrogen was observed f o r t h e f i r s t t i m e . The HD spectrum,besides p r e s e n t i n g the sharp zero-phonon l i n e s and the a s s o c i a t e d phonon s i d e bands, l i k e Hg andDg,showed a l s o two d i f f e r e n t f e a t u r e s . One o f these was the o b s e r v a t i o n t r a n s i t i o n , t h a t i s s t r i c t l y f o r b i d d e n i n Hg and Dg, but i s o f the AJ= 1 allowed in HD because i t i s not homonuclear. The o t h e r one was the o b s e r v a t i o n o f a s p l i t phonon b r a n c h , t h a t i s caused by a s t r o n g l a t t i c e and r o t a t i o n interaction. T h i s o b s e r v a t i o n was common to a l l the t r a n s i t i o n s i n v o l v i n g pure r o t a t i o n a l e x c i t a t i o n i n Hg and Dg, which showed broad l i n e w i d t h s . T h i s , t o g e t h e r some o t h e r f a c t s ( f l u o r e s c e n c e l i f e t i m e ~ 10' s e c ; weak internal with vibration and l a t t i c e c o u p l i n g ) , led t o the p r o p o s i t i o n o f a mechanism f o r the f a s t nonr a d i a t i v e r e l a x a t i o n i n s o l i d h y d r o g e n s , i m p l i e d from some observed mental e v i d e n c e s . T h i s r e l a x a t i o n , due t o s t r o n g c o u p l i n g , would happen two s t e p s : the i n t e r n a l v i b r a t i o n modes would r e l a x t o the r o t a t i o n a l o f the m o l e c u l e s , and then t h i s r o t a t i o n a l modes would r e l a x to the v i b r a t i o n modes. exper^ in modes lattice APLICAÇÃO DA TÉCNICA DE ESPECTROSCOPIA FOTOACUSTICA AO ESTUDO DOS PRIhEIROS HARMÔNICOS DO HIDROGÊNIO SÓLIDO E SEUS ISÓTOPOS ÍNDICE PÁGINA I. II. 11.1. 11.2. 11.3. 11.4. INTRODUÇÃO 01 TEORIA DA ABSORÇÃO INDUZIDA POR COLISÃO E SUA A P L I C A B I L I DADE AOS HIDROGENIOS SÕLIDOS 04 Introdução .... Propriedades g e r a i s dos espectros induzidos por c o l i s ã o . Forças i n t e r m o l e c u l a r e s e momentos de d i p o l o ^. A p l i c a b i l i d a d e d a ^ t e o r i a da absorção i n d u z i d a por c o l i s ã o aos hidrogenios s ó l i d o s 07 11.4.1. 11.4.2. 11.4.3. C a r a c t e r í s t i c a s Gerais dos Hidrogenios Sólidos Interações I n t e r m o l e c u l a r e s E x c i t a ç o e s V i b r a c i o n a i s Puras 07 12 20 11.4.3.1. 11.4.3.2. 11.4.4. 11.4.5. 11.5. Perturbações numa molécula i s o l a d a Bandas de e n e r g i a v i b r a c i o n a i s E x c i t a ç o e s Rotacionais nos Sólidos J = O E x c i t a ç o e s R o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s Mistas Espectros de absorção dos hidrogenios s ó l i d o s na r e g i ã o do i n f r a v e r m e l h o ( r e v i s ã o da l i t e r a t u r a ) 20 21 22 26 27 Hidrogênio Deutérp Hidrogênio deuterado ^ Hg, Dg e HD em m a t r i z e s l í q u i d a s e s ó l i d a s 27 30 30 32 III. ESPECTROSCOPIA FOTOACUSTICA 33 I I I . 1. 111.2. 111.3. 111.4. I I 1.5. Introdução P r i n c i p i o s Básicos Espectroscopia F o t o a c u s t i c a Pulsada Sensibilidade ^. Comparação e n t r e Espectroscopia F o t o a c u s t i c a e E s p e c t r o s copia F o t o r e f r a t i v a 33 34 34 42 IV. PARTE EXPERIMENTAL 47 IV.1. IV.2. IV.3. IV.4. IV.5. IV.6. IV.7. Célula Fotoacustica Criostato Gases U t i l i z a d o s Conversão O r t o - P a r a Crescimento dos C r i s t a i s A r r a n j o Experimental Aquisição de Dados 47 49 49 49 52 52 57 V. RESULTADOS E CONCLUSÕES 58 V.l. V.2. Aspectos Gerais Descrição dos Resultados 58 60 11.5.1. 11.5.2. 11.5.3. 11.5.4. 04 04 06 44 .../ PAGINA V.2.1. V.2.2. V.2.3. V.2.4. V.2.5. Hidrogênio normal Parahidrogenio Bandas de fonon no hidrogênio Ortodeutério Hidrogênio deuterado 60 65 75 82 82 V.3. Aplicação dos Resultados Obtidos na Região do T e r c e i r o Sobretom (Av= 4) do Parahidrogenio em Estudos Astronomi cos 91 V.4. Correlação Hg, HD e Dg 93 V.4.1. V.4.2. V.4.3. V.4.4. Comparação e n t r e a fase s ó l i d a e a fase gasosa C a r a c t e r í s t i c a s comuns a todos isótopos E v i d ê n c i a s de r e l a x a ç ã o rápida Mecanismo de r e l a x a ç ã o proposto 93 93 96 96 V.5. Conclusões 97 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 99 CAPITULD I IISÍTRODUCÃD O h i d r o g ê n i o s ó l i d o e o p r o t ó t i p o e o mais simples dos s ó l i d o s molec£ l a r e s , onde se pode e s t u d a r propriedades moleculares e princTpios da f T s i c a da m a t é r i a condensada devidos a i n t e r a ç õ e s i n t e r m o l e c u l a r e s fracas. J á foi também mostrado que uma possTvel maneira de se r e a b a s t e c e r r e a t o r e s de fusão s e r i a a i n j e ç ã o , n e s t e s , de p a s t i l h a s de h i d r o g ê n i o s ó l i d o e seus i s ó t o p o s ^ . Por o u t r o l a d o , m i s t u r a s de d e u t e r i o e t r i t i o ( D - T ) congeladas são empregadas 2 como combustível nuclear em fusão por confinamento magnético ou i n e r c i a l Além d i s s o , p a s t i l h a s de h i d r o g ê n i o fornecem um método a l t e r n a t i v o de . se 3 i n i c i a r um plasma em tokamaks . No s e n t i d o de se ampliar o conhecimento básico das t r a n s i ç õ e s l a r e s do h i d r o g ê n i o , e s t e t r a b a l h o tem por o b j e t i v o p r i n c i p a l molec£ i n v e s t i g a r os espectros de absorção r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s dos p r i m e i r o s harmônicos {¿o hKeJjam] do h i d r o g ê n i o s ó l i d o e seus i s ó t o p o s . Para esses estudos f o i neces_ s á r i o o emprego de uma t é c n i c a de e s p e c t r o s c o p i a de a l t a s e n s i b i l i d a d e pois a absorção ó p t i c a na r e g i ã o dos sobretons é muito pouco i n t e n s a . Nos ú l t i m o s anos foram d e s e n v o l v i d a s v á r i a s t é c n i c a s de e s p e c t r o s c o p i a ó p t i c a , numa t e n t a t i v a de se e l e v a r a s e n s i b i l i d a d e das medidas de absorção a n í v e i s nunca a t i n g i d o s anteriormente ( - Í O " ^ - 70~® cirt"^). t é c n i c a s , o e f e i t o de l e n t e t é r m i c a {"th^maZ inm^lnQ"] f o t o t é r m i c o [phototheMmaZ dLUpiacmznt"), Dentre e o estas deslocamento por exemplo, baseiam-se na mudança das propriedades f í s i c a s UndU.cz dz n.z^ç.cio], que são detectadas t e . Na e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a , por o u t r o l a d o , d e t e c t a - s e opticameji a energia a c ú s t i c a o b t i d a a p a r t i r da i n t e r a ç ã o da l u z com o m a t e r i a l em e s t u d o . Além d i s s o , u t i l i z a n d o - s e fontes de l u z pulsadas e j a n e l a s de detecção e l e t r ô n i c a s {"box-coÂ.") no estudo de amostras na fase condensada, consegue-se o b t e r uma s e n s i b i l i d a d e que u l t r a p a s s a os v a l o r e s obtidos com a t é c n i c a fotoacustica convencional ( - 1 0 " ' - 10"® cm~^] ( r e f . 4 ) , que u t i l i z a fontes de l u z modula das mecanicamente {pon, "choppz/u"] e detecção por amplificadores "lock-in".A e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a pulsada ê p o r t a n t o uma t é c n i c a bastante poderosa no estudo de absorções pouco intensas na fase condensada, sendo aplicada, neste t r a b a l h o , ao estudo do hidrogênio s ó l i d o e seus i s o t o p o s . O e s p e c t r o de absorção r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l das moléculas diatômi_ cas homonucleares é muito pouco i n t e n s o porque as t r a n s i ç õ e s e n v o l v i d a s são rigorosamente p r o i b i d a s na ordem de d i p o l o e l é t r i c o . E n t r e t a n t o , como essas t r a n s i ç õ e s são permitidas na ordem de quadrupolo e l é t r i c o , H e r z b e r g ' pôde o b s e r v á - l a s , u t i l i z a n d o para i s s o um caminho ó p t i c o de absorção de 1 km .atm. As t r a n s i ç õ e s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s , p r o i b i d a s na molécula l i v r e {pon. òua òmatAla) y tornam-se permitidas quando duas moléculas c o l i d e m , pois as forças i n t e r m o l e c u l a r e s induzem um momento de d i p o l o no par de m o l é c u l a s . E s t e momeji t o de d i p o l o i n d u z i d o é modulado pelo movimento v i b r a c i o n a l das moléculas e , consequentemente, o par de moléculas é capaz de absorver radiação na frequên^ c i a fundamental de v i b r a ç ã o . Essa absorção i n d u z i d a por c o l i s ã o {ou p/teá^õo) é , ã pressão de algumas a t m o s f e r a s , muito mais i n t e n s a que a absorção de quadrupolo mencionada a n t e r i o r m e n t e . Esses espectros foram bastante estudados no hidrogênio gasoso sob a l t a p r e s s ã o , apresentando, mesmo ã temperatura de ~ 85 K, bandas alargadas com l a r g u r a t í p i c a de ~ 70 cm"^. Esse f a t o f a z com que s e j a muito d i f í c i l , senão i m p o s s í v e l , uma comparação d i r e t a das posições das bandas observadas com as posições c a l c u l a d a s . E n t r e t a n t o , de um modo g e r a l , estudos anteriores® coji c l u í r a m que há uma boa concordância e n t r e os v a l o r e s medidos e calculados da posição das l i n h a s , bem como das intensidades r e l a t i v a s , p a r a os sobretons do hidrogênio gasoso. O h i d r o g ê n i o s o l i d o (e a Gomila, compo&ta. de. 6e.ui> X ó ó t o p o ^ ) , por o u t r o l a d o , apresenta linhas de absorção f i n a s {^acUZmzrvtz ide.nti^cãvzlò)mregião fundamental de seu e s p e c t r o v i b r a c i o n a l ' e , p o r t a n t o , se c o n s t i t u i no meio i d e a l para o estudo dessas t r a n s i ç õ e s . Esses s ó l i d o s moleculares diferem dos o u t r o s , uma v ê z que nos hidrogenios s ó l i d o s o movimento r o t a c i o n a l e v i b r a c i o ^ nal de uma molécula i s o l a d a permanece praticamente i n a l t e r a d o pelas inter£ ções da molécula com seus v i z i n h o s . Desse modo, o s o l i d o pode s e r v i s u a l i z a d o como um a r r a n j o de moléculas l o c a l i z a d a s nos pontos da rede mas rotacionando l i v r e m e n t e , de modo que as propriedades r o t a c i o n a i s e v i b r a c i o n a i s da molecu^ l a podem s e r d e s c r i t a s em termos dos números quânticos v i b r a c i o n a i s e rotacio^ nais moleculares J e v ( r e f . 8 ) . Existem muitos t r a b a l h o s t e ó r i c o s sobre os hidrogenios s ó l i d o s , sendo que o mais completo f o i apresentado por Van K r a n e n d o n k ^ A base de seu t r a b a l h o é a compreensão t o t a l dos processos e n v o l v i d o s na c o l i s ã o das molé^ cuias de h i d r o g ê n i o . E l e quebra então as d i f e r e n t e s partes da e n e r g i a i n t e r a ç õ e s no s ó l i d o que são r e s p o n s á v e i s pelas d i f e r e n t e s e s p e c t r a i s . Desse modo j u s t i f i c a - s e um estudo detalhado das características dos hidrogenios s ó l i d o s para se poder e f e t u a r a comparação da t e o r i a com as observações expe^ rimentais. Os e s p e c t r o s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s das moléculas H g , Dg e HD,partj_ cularmente na r e g i ã o fundamental de v i b r a ç ã o dessas m o l é c u l a s , foram bastante estudados, ã a l t a s p r e s s õ e s , e com caminhos ó p t i c o s de absorção bem longDs^"^®. Na r e g i ã o dos s o b r e t o n s , e n t r e t a n t o , há poucos dados e as c a r a c t e r í s t i c a s das absorções nessa r e g i ã o não são bem conhecidas. Isso e devido ao fato das t r a n s i ç õ e s são permitidas na ordem de quadrupolo e l é t r i c o , H e r z b e r g ' pôde o b s e r v á - l a s , u t i l i z a n d o para i s s o um caminho ó p t i c o de absorção de 1 km .atm. As t r a n s i ç õ e s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s , p r o i b i d a s na molécula l i v r e {pon. òua òmatAla) y tornam-se permitidas quando duas moléculas c o l i d e m , pois as forças i n t e r m o l e c u l a r e s induzem um momento de d i p o l o no par de m o l é c u l a s . E s t e momeji t o de d i p o l o i n d u z i d o é modulado pelo movimento v i b r a c i o n a l das moléculas e , consequentemente, o par de moléculas é capaz de absorver radiação na frequên^ c i a fundamental de v i b r a ç ã o . Essa absorção i n d u z i d a por c o l i s ã o {ou p/teá^õo) é , ã pressão de algumas a t m o s f e r a s , muito mais i n t e n s a que a absorção de quadrupolo mencionada a n t e r i o r m e n t e . Esses espectros foram bastante estudados no hidrogênio gasoso sob a l t a p r e s s ã o , apresentando, mesmo ã temperatura de ~ 85 K, bandas alargadas com l a r g u r a t í p i c a de ~ 70 cm"^. Esse f a t o f a z com que s e j a muito d i f í c i l , senão i m p o s s í v e l , uma comparação d i r e t a das posições das bandas observadas com as posições c a l c u l a d a s . E n t r e t a n t o , de um modo g e r a l , estudos anteriores® coji c l u í r a m que há uma boa concordância e n t r e os v a l o r e s medidos e calculados da posição das l i n h a s , bem como das intensidades r e l a t i v a s , p a r a os sobretons do hidrogênio gasoso. O h i d r o g ê n i o s o l i d o (e a Gomila, compo&ta. de. 6e.ui> X ó ó t o p o ^ ) , por o u t r o l a d o , apresenta linhas de absorção f i n a s {^acUZmzrvtz ide.nti^cãvzlò)mregião fundamental de seu e s p e c t r o v i b r a c i o n a l ' e , p o r t a n t o , se c o n s t i t u i no meio i d e a l para o estudo dessas t r a n s i ç õ e s . Esses s ó l i d o s moleculares di ferem dos o u t r o s , uma v ê z que nos hidrogenios s ó l i d o s o movimento r o t a c i o n a l e v i b r a c i o ^ nal de uma molécula i s o l a d a permanece praticamente i n a l t e r a d o pelas inter£ ções da molécula com seus v i z i n h o s . Desse modo, o s o l i d o pode s e r v i s u a l i z a d o como um a r r a n j o de moléculas l o c a l i z a d a s nos pontos da rede mas rotacionando l i v r e m e n t e , de modo que as propriedades r o t a c i o n a i s e v i b r a c i o n a i s da molecu^ l a podem s e r d e s c r i t a s em termos dos números quânticos v i b r a c i o n a i s e rotacio^ nais moleculares J e v ( r e f . 8 ) . Existem muitos t r a b a l h o s t e ó r i c o s sobre os hidrogenios s ó l i d o s , sendo que o mais completo f o i apresentado por Van K r a n e n d o n k ^ A base de seu t r a b a l h o é a compreensão t o t a l dos processos e n v o l v i d o s na c o l i s ã o das molé^ cuias de h i d r o g ê n i o . E l e quebra então as d i f e r e n t e s partes da e n e r g i a i n t e r a ç õ e s no s ó l i d o que são r e s p o n s á v e i s pelas d i f e r e n t e s e s p e c t r a i s . Desse modo j u s t i f i c a - s e um estudo detalhado das características dos hidrogenios s ó l i d o s para se poder e f e t u a r a comparação da t e o r i a com as observações expe^ rimentais. Os e s p e c t r o s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s das moléculas H g , Dg e HD,partj_ cularmente na r e g i ã o fundamental de v i b r a ç ã o dessas m o l é c u l a s , foram bastante estudados, ã a l t a s p r e s s õ e s , e com caminhos ó p t i c o s de absorção bem longDs^"^®. Na r e g i ã o dos s o b r e t o n s , e n t r e t a n t o , há poucos dados e as c a r a c t e r í s t i c a s das absorções nessa r e g i ã o não são bem conhecidas. Isso e devido ao fato das absorções nessa r e g i ã o serem f r a c a s , com as conseqüentes d i f i c u l d a d e s na sua d e t e c ç ã o , pois para essas medidas seriam necessários caminhos ó p t i c o s extre mámente l o n g o s . E neste ponto que surgem as vantagens de se estudar os h i d r o gênios s ó l i d o s . Num estudo p r e l i m i n a r , que deu origem a e s t e t r a b a l h o , f e i t o por P a t e l , Nelson e K e r l ^ , f o i f e i t a a p r i m e i r a observação do segundo sobreton vibra^ c i o n a l j u n t o com alguns dados do p r i m e i r o sobretom no hidrogênio s Ó l i d o f s s e s estudos foram possTveis devido ao advento da t é c n i c a de e s p e c t r o s c o p i a f o t o £ c ú s t i c a i n d u z i d a por l a s e r pulsado e detectada com um t r a n s d u t o r piezoelêtrj_ co^^. A baixas temperaturas essa t é c n i c a é i d e a l para o estudo de espectros de absorção de baixa i n t e n s i d a d e de m a t e r i a i s na fase condensada. Neste t r a b a l h o f o i f e i t o um estudo da absorção do p r i m e i r o , segundo e t e r c e i r o sobretons v i b r a c i o n a i s do h i d r o g ê n i o s o l i d o normal ( n - H g ) e drogênio s ó l i d o ( p - H g ) , o p r i m e i r o e segundo sobretons v i b r a c i o n a i s parahi_ do orto d e u t e r i o s o l i d o (O-Dg) e a absorção do p r i m e i r o e segundo sobretons v i b r a c i o nais no h i d r o g ê n i o deuterado s o l i d o ( H D ) . Da c o r r e l a ç ã o desses resultados põde-se v e r i f i c a r as propriedades que são comuns a todos isotopos e as são c a r a c t e r í s t i c a s de cada um. F i c o u e v i d e n c i a d o que a p r i n c i p a l forma d e s e x c i t a ç ã o o c o r r e por r e l a x a ç ã o n ã o - r a d i a t i v a e que e s t a e que de r á p i d a , ao coji t r ã r i o do que o c o r r e nos o u t r o s s ó l i d o s m o l e c u l a r e s . Para maior f a c i l i d a d e de l e i t u r a e s t e t r a b a l h o f o i d i v i d i d o em capTtj£ l o s , como d e s c r i t o a s e g u i r . No C a p i t u l o I I é f e i t o um apanhado geral da t e o r i a da absorção i n d u z i d a por c o l i s ã o e sua a p l i c a b i l i d a d e aos hidrogenios s ó l i d o s , bem como uma r e v i s ã o da l i t e r a t u r a dos estudos e x i s t e n t e s sobre Hg, Dg e HD. Uma breve r e v i s ã o da e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a , mais especifica mente a e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a p u l s a d a , assim como um estudo f e i t o coji s i d e r a n d o - s e a e x c i t a ç a o f o t o a c u s t i c a na f a i x a de nanosegundos, para a sime t r i a c i l í n d r i c a , são apresentados no CapTtulo I I I . O equipamento u t i l i z a d o e os métodos experimentais são d e s c r i t o s no Capitulo I V . E finalmente, no CapTtulo V são apresentados os r e s u l t a d o s e conclusões obtidos como presente estudo. CAPITULD II TEORIA DA ABSORÇÃO INDUZIDA POR COLISÃO E SUA APLICABILIDADE AOS HIDROGENIOS SÓLIDOS 11.1. Introdução Moléculas diatómicas homonucleares, t a i s c o m o o h i d r o g ê n i o e o d e u t e r i o , têm um c e n t r o de s i m e t r i a no estado eletrônico fundamental e são p o r t a n t o i n a t i v a s na absorção por d i p o l o r o t a c i o n a l ou v i b r a c i o n a l . As r e s t r i ç õ e s nas t r a n s i ç õ e s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s são suspensas quando duas moléculas colj_ dem porque as i n t e r a ç õ e s i n t e r m o l e c u l a r e s induzem um momento de d i p o l o no par de moléculas e n v o l v i d o . T a i s e s p e c t r o s , i n d u z i d o s por c o l i s ã o o r i g i n a m dos momentos de d i p o l o produzidos pela distorção e l e t r ô n i c a das moléculas i n t e r a g i n d o mutuamente em c o l i s õ e s r i a s e de ordens mais a l t a s . O dipolo ou p r e s s ã o , s e da distribuição binarias, terni i n d u z i d o e modulado pela v i b r a ç ã o e rotação das moléculas e n v o l v i d a s na c o l i s ã o e também pelo t r a n s i a c i o n a i r e l a t i v o , por causa de sua f o r t e dependência seu movimento com a separação intermolecular. O e s p e c t r o i n f r a v e r m e l h o induzido contém informação sobre as i n t e r a ç õ e s e movimentos i n t e r m o l e c u l a r e s , do mesmo modo que o n o r m a l , contém informações sobre as propriedades espectro infravermelho intermoleculares correspojn dentes. 11.2. Propriedades Gerais dos Espectros Induzidos por Colisão As propriedades mais marcantes dos e s p e c t r o s i n d u z i d o s por c o l i s ã o s ã o : A) 0¿ dÂpzdtAüò 600, dd im modo gzAaJL, miuXo d¿{¡Lií>o.& pon. cxuuadacjuuvt duAdção dcU) co-òcóõeó (a duração da aolisão aumenta quando a tempera tura ê abaixada). exceó40e¿ ^õo oó JbLnhaò de. dòtnuXunja. ^¿na devldoÁ OJOÁ compZe.xoò de. Van deA WaaZò, e. oó JU^hoò de. {¡onon zeAo no¿ ejípdcitnoò de. amoÁtnoÁ na {¡a&e. cjondeMada. B) Pana mofícuZaò dÁotomicao homomcle.an.ej, a n.e.gnM. de. 6eZe.ç.ãjo n£itacÁ naí no eÃpzcXna induzido e. AJ= ± 2 , ± 4 , . . . , como i&gue. da òimeX/Ua doò mome.nto6 de. dipolo induzidos pon. natação dej>ta¿ molccuíaò. C) Uma quz oò momznto¿> dz dipolo induzidoò òão pnopnÁzdadzÁ dz pan.eÁ dz molzcalüÁ quz z&tãa intznjogindo, podem oconjizn. tnan!,içõz& dupZoÁ YUXÁ qucUò oò 2Átadoò fiota.cÃjomÁJ> z/ou. vibAacÃorwuu dz mboò molzcuZcU) do pax mudam mm único pAjocUÁO dz hjadÁaçãjo. VonXanto, to_ do& oò z&pzctAoò indazÃÁoi pon. fwta.cãa z n.ota.ç.ão-vi.bfia.ção conZom tanto tnamlcõzi, òimplzò como tmní>Á.çõzò duplcu,. A abòon/íão do hidAo_ Qznia na n.ZQlãa do 3Q hoAmônico (1.05 - 1.33 ym) ^omzczuo pfimzÁAo ZKmpJío cta/LO dz uma tAan&ição dupZa^\ a banda coml6tz na òupzn.po_ ÒICÕJO dz uma banda dz\)Á.do a um hoAmÔnico puno, na quat a tnanÁloão vibmclonal v= Z u= O OCOHM. numa molzcuZa dz um poJi, zuma banda na quaJL ambaò aò motzcwüiò z^ztuam a tnanòição l-^O òAjnuítanzamzntz. TKanÁicõzM duploò também oconjiem na banda {^undamoyvtat moó nãc òã tão apoA/zntzi, poK cau&a da òupzfipoÁicão. EntKztanto, ztoi, dzvzm 6zn. Zzvadoò m conta numa anaíiòz dztaÚiada da banda . Tnanòiçõzò znvol \jzndo mudançoò noò ZÁtadoò intàamolzcula/idò dz moÀÁ dz duoò molzcu loi, podem ocohAzn. òomzyvtz a paAtÚL da pafvtz não-adctivadoi momzntoó dz dipolo induzidos z ainda não ^oAom obàznvadoò. V] Mum InZzfwaZo ZÁmitado dz baixai pK2ÁòÕ2Á QOÁOÒOÒ, òomzntz cotlòõzò blnJânÃjx& [emoh}2jndo doiò co/cpoi] òão ÂjnponXantzi; òob zàòaò condi Ç.ÕZÒ, a intzn&idadz da banda dz abòonção induzida pon. pn.zi>òãD \jajUa quadnaticamzntz com a dznòidadz do gãò z com o p/wduto dai dzYU>ida dz& pafidaiò numa miÁtuAa. Uma excz&òão &zAÍa o z&pzct/w dz t/uinòZa cão dz um gãò puAo, ainda não dztzctado, quz vojiia com o cubo da dzmidadz. E) Um oipzcto inteJieÁòantz doò zòpzcüwò induzidos pon. coJbUão z o áoto da toAguMa dai tnanòiçõzi individuais òzn. gnandz. IÁÒO Z uma con&z quzncia da cu/ita dunação dai colidozi z do pni.nclpio daincznXzza dz Hziéznbzng. Eòóa tnamição induzida [Zanga] z na n.zaZidadz um con tZnuo pnjovznizntz da òoma z iubtnação dai {iAzquzncioi ± v ^ , ondz VffiZ a ^n.zquzncia moZzcuZan. a / i c v ^ z o continuo dai znzngioi clnz ticai n.zíativas do pon znvoZvido na coZiião. Pontanto, oò intzmida du nai n.zgiõzi dz alta z baixa ^n.zquzncÁa., pana ^n.zquznclai dziZo_ cadoò da + A v zm n.zZação a ei-íõo n.eJLacionadai pon. uman.zlação dz Boltzman da òzguintz ^onma^h I ( v m - A v ) / I (vn, + A v ) = exp (- Avhc / KT) (II.l) o quz dá uma oisimztnÁa caAactznZiti.ca ao pzn^iZ dz cada tnamicãü. A participação da znzngia cinztica n.zíaHva no pnjoczÃòo dz abion.ção Izva tambm ã uma aczntuada vaniação na diitAlbuição da intzmidadz com a tzmpznatuAa na banda {^undan^zntal. Uma vzz quz a dunação da COIÍÁÕO aumznta ã medida quz a tzmpznatana z abaixada, a mzla-Zangu KO. de uma. dada tAoMiçãu dJjnlïul e a a&òÁm&fuja dzvlda ã fidíjação dz BoZtmaym tofma-òz macó pfLOmincAjada. F) Ha doÁj, z^eÁXoò matcanteÁ. da pfizòòãjo m dutnlbulçao dz ¿ntznoÁdadz no peA^lt da banda {¡undamzntaZ. E&ÁZÁ Z^ÜÁXOO {¡onjam z¿tudadoo paAJX urna mlstuÁja - kn.?*0 malo natãveJL du¿ doÁÁ zizltoò z a dvJAj,ax¡ na nomo (l, quz iz toma multo aczntuada pana dzn^ldadzs aíta&. O Ázgun do z^zlto da pn.z&¿ao z o zòtAzltamznto da llnha 5 i ( / ) poAo. dznslda dzò aJLtai,. A dlvlòão no nmo ^ z explicada como um z^zlto dz lntQJiizn.zncla coll&lonal z o z&tn.zltamznto da& llnka¿ S, dzvldo ã pn.2Á¿cio, pode ¿zn. lntzn.pfiztado como um z^zito dz dl^uião. G) AJ> Unhai dz ^onon-zzAjO nos zipzctAOò ln{¡navznmzlho doò iÓlldoi znvolvzndo tnanilçõzi onlzntaclonali ou nataclonali ião dzvldoi quoiz quz Intzlnamzyvtz ao mzcanlimo dz Indução pon. quadnupolo, ou ¿Zj'a, ao¿ momznto¿ dz dlpolo Induzldoi nai molzauíoi pzloi, campoò quadnupolxuzi dai molzculai vizinhai. Oi zòpzcXAjoò vlbnaclonali pu nc-i e Oi bandai dz ^onon aloAjgadoi, quz acompanham ai Unhai dz ^onon-zzno (relat-ùvamente finas), pnovm doò momzntoi dz dipolo ÁM duzldoò pztoi ioKçaÁ InlznmolzcxUüvieÁ liotnõplcoò, zm pantlculan ai {¡on.cai dz &upzn.poòlção ("overlap"). I I . 3. Forças Intermolecu l a r e s e Momentos de Dipo1o^°'"'^° A f o r ç a i n t e r m o l e c u l a r e o momento de d i p o l o induzido de um par de átomos de gás i n e r t e t a l como He-Ar situam-se ao longo do eixo i n t e r m o l e c u l a r , R, e podem s e r e s c r i t o s da s e g u i n t e forma: f ^ y ( R ) = fo ( R ) R ^ ( R ) = uo ( R ) R (II.2) onde R= R / R. Há uma ambiguidade no s i n a l global das magnitudes f o ( R ) e y o ( R ) — ->• por causa das ambiguidades na escolha de R e f . As c a r a c t e r í s t i c a s q u a l i t a t j ^ vas das funções f o ( R ) e y o ( R ) são mostradas na F i g u r a I I . l . A f o r ç a f o ( R ) tem uma componente de longo a l c a n c e , que v a r i a com R " ' [a dzpzndzncla com pana dutãnclai gnandzi z tgnonadadzvldo a z^zltoi dz n.ztaAdamznto] e uma p a r t e aproximadamente exponencial de c u r t o alcance de s i n a l oposto,que aumenta indefinidamente quando R tende a z e r o por causa da pulsão Coulombiana e n t r e os n ú c l e o s . O momento de d i p o l o induzido também re possui uma componente de longo alcance que v a r i a com R ~ ' , e uma p a r t e de c u r t o alcance aproximadamente exponencial que pode ou não t e r o mesmo s i n a l queacomponente de longo a l c a n c e , e que deve i n v e r t e r - s e para pequenos v a l o r e s de R e tender FIGURA I I . l . CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DA FORÇA INTERMOLECULAR, f . E DO MOMENTO DE DIPOLO INDUZIDO, y , PARA UM PAR DE Á T O M O S DE G A S INERTE". ã z e r o quando R= 0. Quando uma das moléculas do par é uma molécula d i a t ó m i c a , t a l como . o Ha, o momento de d i p o l o i n d u z i d o contém uma parte i s o t r o p i c a d i r i g i d a ao lojn go do e i x o i n t e r m o l e c u l a r e uma p a r t e a n i s o t r õ p i c a que pode ter o r i e n t a ç ã o . O comportamento q u a l i t a t i v o das magnitudes dessas qualquer duas do momento de d i p o l o é mostrado na F i g u r a I I . 2 . A p a r t e i s o t r o p i c a partes pode s e r representada por um modelo exp ( - 7 ) e a p a r t e a n i s o t r õ p i c a de ordem baixa por um modelo exp ( - 4 ) . O termo R'** de longo alcance é devido mecanismo de indução por quadrupolo. A dependência eventualmente com R"** t o r n a - s e exponencial para v a l o r e s de R pequenos, podendo s e r de s i n a l ou oposto ao da p a r t e R""*. As p a r t e s exponenciais dos momentos de i n d u z i d o s são devidas ao mecanismo de indução por s u p e r p o s i ç ã o . mais ao igual dipolo Uma aproximação c o n s i s t e em se d e s p r e z a r a p a r t e de longo alcance da boa componente i s o t r o p i c a e as p a r t e s de c u r t o alcance das componentes a n i s o t r o p i c a s , r e s u ^ tando num modelo que é i d e n t i f i c a d o como o modelo exp ( - 4 ) . I I . 4 . A p l i c a b i l i d a d e da T e o r i a da Absorção I n d u z i d a por C o l i s ã o aos H i d r o g ê nios Sólidos II.4.1. C a r a c t e r í s t i c a s Gerais dos Hidrogenios Sólidos8 1 U , 25 O h i d r o g ê n i o molecular s ó l i d o , assim como o d e u t e r i o e o t r i t i o combinações não homonucleares (HD, H T , D T , e t c . ) , s ã o chamados e as coletivamente FIGURA I I . 2 . PARTES ISOTROPICA E ANISOTRÜPICA DO MOMENTO DE DIPOLO INDUZIDO NUM PAR DE MOLÉCULAS DE GASOSO" . de hidrogenios s ó l i d o s . Todos os h i d r o g e n i o s s ó l i d o s se c r i s t a l i z a m formando hcp, sendo que o ponto de fusão v a r i a e n t r e 13 e 20K TABELA I I . l . uma {VOA TabeZa 11. J . ) . PONTO DE FUSÃO DOS HIDROGENIOS SOLIDOS 27 MATERIAL Tfusão (99,8) p-Hg 13,81 n-Hg 13,95 o-Hg 14,05 n-Dg 18,72 (97,8) o-Dg 18,69 HD 16.60 estrutura Eles são os mais simples e fundamentais s ó l i d o s moleculares e apresentam v á r i a s c a r a c t e r í s t i c a s que os distinguem dos o u t r o s s ó l i d o s m o l e c u l a r e s . A mais importante é que mesmo no s ó l i d o , os estados de r o t o r l i v r e que descrevem os movimentos r o t a c i o n a i s de uma molécula i s o l a d a praticamente não são distoj^ eidos pelas i n t e r a ç õ e s com os v i z i n h o s . Desse modo, o s ó l i d o pode s e r visua^ l i z a d o como um a r r a n j o p e r i ó d i c o de moléculas que estão fracamente ligadas aos pontos da rede e que estão rotacionando quase que 1 ivremente, de modo que as propriedades r o t a c i o n a i s de uma única molécula podem s e r d e s c r i t a s em t e r mos do número quântico r o t a c i o n a l J . Essa s i t u a ç ã o incomum é uma consequência do f a t o da constante r o t a c i o n a l molecular s e r grande [o momzrvto dz ¿neAcÁa z pzqazno] e das f o r ç a s anisotró picas serem f r a c a s {dzvldo ã dlí,tfUbuÀç.cio dz coAga molzcxiWi qua&z ZÁ^znlca z õó gnandzi d¿¡>tcincÁcu> intznmolzcuàViZ& znOiz vlzlnho-i, mcLÚ pfwxÁjnoòi - 3,79l] no -òõtido ã p/LZòÁÕo mZa.). O f a t o do p o t e n c i a l i n t e r m o l e c u l a r i s o t r Ó p i c o s e r f r a c o , a l i a d o ã massa l e v e da molécula de h i d r o g ê n i o , r e s u l t a numa e n e r g i a e movimento de ponto zero g r a n d e s , impondo que o h i d r o g ê n i o , a s s i m como o h é l i o , s e j a t r a t a d o como um s ó l i d o q u â n t i c o . As propriedades dos hidrogenios s ó l i d o s podem s e r entendidas t r a t a n d o se o e f e i t o das i n t e r a ç õ e s i n t e r m o l e c u l a r e s como uma pequena perturbação nas propriedades das moléculas l i v r e s . A pressão nula o hidrogênio é altamente compressível do& òóUdoò quântlaoi]: uma pressão da ordem de ~ 10 kbar ( ccuiCLctznlòtlca resulta numa redução de 100% no volume, enquanto que num s ó l i d o não quântico s e r i a o b t i d a uma mudança de apenas uma pequena porcentagem. Há duas modificações das moléculas de hidrogênio chamadas nio e p a r a h i d r o g e n i o . A c a r a c t e r í s t i c a que d i f e r e n c i a essas ortohidroge moléculas é a o r i e n t a ç ã o r e l a t i v a do spin nuclear dos átomos i n d i v i d u a i s . Uma t r o c a das v a r i á v e i s o r b i t a i s dos dois núcleos numa molécula a c a r r e t a na s u b s t i t u i ç ã o da separação i n t e r n u c l e a r f por - f . Na função de onda do o r b i t a l n u c l e a r , a par t e v i b r a c i o n a l permanece i n a l t e r a d a com essa s u b s t i t u i ç ã o , uma v ê z que e l a depende somente da magnitude de f , e a p a r t e r o t a c i o n a l muda por (- 1)"^, a paridade dos harmônicos e s f é r i c o s . Portanto a p a r t e função de onda n u c l e a r é s i m é t r i c a para J par e a s s i m é t r i c a um fator orbital para J da impar. Para o h i d r o g ê n i o , o s p i n n u c l e a r é S = l / 2 , os núcleos são férmions e a função de onda nuclear t o t a l deve s e r a s s i m é t r i c a . Para J par a função s p i n nuclear deve s e r portanto a s s i m é t r i c a , ou s e j a , um s i n g l e t o correspondente a 1= O , e para J impar a função s p i n nuclear deve s e r s i m é t r i c a , ou s e j a , um t r i p l e t o correspondente a 1= 1. Em o u t r a s p a l a v r a s , moléculas de h i d r o g ê n i o com spins nucleares a n t i p a r a l e l o s podem e x i s t i r somente nos estados rotacio nais pares J = O , 2 , 4 . . . e moléculas com spins nucleares p a r a l e l o s podem exis^ t i r somente nos estados r o t a c i o n a i s impares J = 1, 3 , 5 . . . Não há r e s t r i ç õ e s nos estados v i b r a c i o n a i s . 10 Para o d e u t e r i o , o s p i n n u c l e a r é S= 1, os núcleos são bosons e a f u n ç ã o de onda n u c l e a r t o t a l deve s e r s i m é t r i c a . Para J par a função s p i n nuclear deve s e r s i m é t r i c a , correspondendo a 1= O ou 1= 2 , e para J Tmpar o spin n u c l e a r deve ser 1. P o r t a n t o , moléculas de Dj com 1= O ou 1= 2 podem e x i s t i r somente nos estados r o t a c i o n a i s pares e moléculas de Dg com 1= 1 somente nos estados r o t a c i o n a i s impares. Contrariamente ao Hg e o Dg, os dois núcleos na molécula d i s t i n g u T v e i s e consequentemente não há nenhuma e x i g ê n c i a quanto das funções de onda nucleares do HD. P o r t a n t o , no HD o s p i n de HD são ã simetria nuclear total pode t e r seus dois v a l o r e s p o s s T v e i s 1/2 e 3/2 , em quaisquer estados r o t a c i o n a i s . A degenerescencia de um nTvel r o t a c i o n a l devida ao spin nuclear chamada peso e s t a t T s t i c o do n T v e l , uma vêz que e l a d e t e r m i n a , j u n t o f a t o r de degenerescencia r o t a c i o n a l , 2 J + 1 , I com é o e o f a t o r Boltzmann a p r o p r i a d o , a d i s t r i b u i ç ã o de e q u i l T b r i o das moléculas nos n T v e i s r o t a c i o n a i s . A espécie mais abundante em a l t a s temperaturas é chamada o r t o e a menos abundante é chamada para. P o r t a n t o , o r t o h i d r o g ê n i o r e f e r e - s e a moléculas com 1= 1, J Tmpar e um peso e s t a t T s t i c o gs= 3 , e parahidrogenio a 1= O, J par e gs= 1. Por o u t r o l a d o , o r t o d e u t é r i o corresponde a 1= O ou 1= 2 , J p a r e g s = 6 , e p a r a d e u t é r i o corresponde a 1= 1, J Tmpar e gs= 3. Em a l t a s temperaturas a razão de e q u i l T b r i o o r t o / p a r a h i d r o g ê n i o é portanto 3 : 1 , e o r t o / p a r a d e u t é r i o é 2 : 1 , e essas m i s t u r a s são chamadas hidrogênio normal e d e u t e r i o normal [VOA UguAan.3. z TabeZoL U.2.]. O aspecto mais importante dessa r e l a ç ã o e n t r e os números quanticos ro t a c i o n a l e de s p i n nas moléculas homonucleares é que t r a n s i ç õ e s e n t r e estados r o t a c i o n a i s com v a l o r e s pares e Tmpares de J exigem uma mudança d e f i n i t i v a na o r i e n t a ç ã o r e l a t i v a dos spins n u c l e a r e s . No Hg esses s a l t o s do s p i n podem o c o r r e r somente como r e s u l t a d o de campos magnéticos bem h e t e r o g ê n e o s e n o Dg, como os núcleos do d e u t e r i o possuem momentos de quadrupolo e l é t r i c o s , s a l t o s também podem o c o r r e r por meio de campos e l é t r i c o s T r a n s i ç õ e s do t i p o A J = ± 1, ± 3, . . . , A I = ±1 bem são chamadas esses heterogêneos. processos de conversão e a transformação r e s u l t a n t e das duas e s p é c i e s , umas nas o u t r a s , é chamada conversão o r t o - p a r a . Em moléculas isoladas essas t r a n s i ç õ e s podem o c o r r e r , em p r i n c T p i o , por processos de radiação de octopolo e l é t r i c o ou qua drupolo m a g n é t i c o , mas o tempo de v i d a é tão longo que pode-se considerar essas t r a n s i ç õ e s como rigorosamente p r o i b i d a s . Em sistemas de moléculas i n t e r a g i n d o e n t r e s i , a i n t e r a ç ã o intermolecu^ l a r , e em p a r t i c u l a r a i n t e r a ç ã o de d i p o l o magnético e n t r e spins nucleares de moléculas v i z i n h a s pode dar origem a processos de conversão. Em gases p u r o s , na densidade n o r m a l , e s t a conversão i n t r T n s e c a é muito l e n t a , cerca de 1% por semana no Hg e menos que 1% por ano no Dg. A conversão é acelerada c o n s i d e r ^ velmente na presença de impurezas paramagnéticas, sendo o c a t a l i z a d o r magnético A p a c h i , ã base de s i l i c a t o de n T q u e l , o mais e f i c i e n t e . para^ 11 H, o6- «4- -ftoSXU 06- -UPIX9 .4- ^ P3X11 -!ttU6X9 a3- ^ 1.3X7 «2- UPIXS LI- al- Mo3X3 AI— »0—— - T (b) (a) FIGURA I I . 3 . • p3X3 M t*o6XI SIMETRIA, O R I E N T A Ç Ã O DO S P I N PRIMEIROS N T V E I S R O T A C I O N A I S DO Hg e Dg NO E S T A D O ESCALA DE ENERGIA I NUCLEAR ntto6xs E PESO E S T A T Í S T I C O D I F E R E N T E P A R A O Hg E O Dg. DAS S E T A S R E P R E S E N T A N D O O S P I N N U C L E A R NAO l N I T U D E DO S P I N N U C L E A R . DOS FUNDAMÉNTALA O COMPRIMENTO UMA M E D I D A D A MAG O S P E S O S E S T A T Í S T I C O S SAO E S C R I T O S COMO P R O D U T O S D A S P A R T E S D E V I D A S AO S P I N N U C L E A R E A J . ^ - T A B E L A 11.2. COMBINAÇÕES PERMITIDAS ROTACIONAIS PARA 0 HIDROGÊNIO PARA. ASSIMÉTRICA DOS E S T A D O S D E S P I N N U C L E A R E ABREVIADA E ESTADOS E D E U T E R I O , E A S DESIGNAÇÕES POR AS E S I M É T R I C A POR S , ORTOI E O S P I N N U C L E A R M O L E C U L A R T O T A L E J E O NDMERO Q U A N T I C O R O T A C I O N A L . ® MOLÉCULA E SPIN DO NUCLEÓN h - V2 DEUTERIO In = 1 DESIGNAÇÃO Imol 0 par - - para AS S AS 1 - estado 1 Tmpar - - orto simetria S AS AS 3 - estado 1 Tmpar - - para simetria AS AS S 3 - estado 0,2 par - - orto S S S 6 estado HIDROGÊNIO PESO NUCLEAR 91 J simetria simetria ^dmol) ^(J) 12 A p r i n c i p a l conclusão é que as modificações o r t o e para do Hg e do são especies metaestáveis que em muitas e x p e r i e n c i a s podem ser Dj vistas como moléculas d i s t i n t a s e e s t á v e i s . A baixas t e m p e r a t u r a s , c a r a c t e r í s t i c a s dos s ó l i d o s , e ã pressões não muito a l t a s , somente os n T v e i s J= 1 e J = O estão consideravelmente ocupados. Nestes c a s o s , os s ó l i d o s consistem de misturas de moléculas e s f é r i c a m e n t e s i m é t r i c a s , que são como átomos de gás i n e r t e , e mo l é c u l a s nos v á r i o s estados J = 1 que são e s f e r o i d e s achatados ou alongados e que estão rodeados por campos de quadrupolo e l é t r i c o e interagem com as molê cuias v i z i n h a s por meio das f o r ç a s i n t e r m o l e c u l a r e s anisotropicas. O espectro da r e g i ã o do i n f r a v e r m e l h o do parahidrogenio s ó l i d o c a r a c t e r i z a - s e por uma e s t r u t u r a onde aparecem v á r i a s l i n h a s bem d e f i n i d a s que são acompanhadas por bandas de absorção r e l a t i v a m e n t e l a r g a s . Essas bandas largas foram i n t e r p r e t a d a s como sendo p r o v e n i e n t e s de t r a n s i ç õ e s nas quais ção de um f ó t o n é acompanhada pela emissão de um ou mais fonons. a absoj^ Elas são chamadas de bandas de fonons do e s p e c t r o i n f r a v e r m e l h o e as l i n h a s f i n a s são i d e n t i f i c a d a s como as l i n h a s de fonon z e r o correspondentes. Como j á f o i d i t o a n t e r i o r m e n t e , os espectros induzidos por pressão são em g e r a l muito d i f u s o s , basicamente porque o tempo de v i d a do d i p o l o induz^ do é muito c u r t o . E n t r e t a n t o , o momento de i n é r c i a I da molécula H¿ r e l a t i v a m e n t e pequeno, sendo a constante r o t a c i o n a l de é (B= fi/8 TT^ c I = 60 cm"^) s u f i c i e n t e m e n t e grande para dar uma c e r t a separação aos v á r i o s r o t a c i o n a i s de uma banda. P o r t a n t o , a e s t r u t u r a de bandas do componentes hidrogênio é delineada mais claramente do que em o u t r a s moléculas. II.4.2. I n t e r a ç õ e s I n t e r m o l e c u l a r e s " > " » Na f a s e gasosa do h i d r o g ê n i o , para densidades b a i x a s , as i n t e r a ç õ e s ini t e r m o l e c u l a r e s podem s e r d e s c r i t a s como uma soma de i n t e r a ç õ e s de pares de moléculas. Uma v ê z que as propriedades i n d i v i d u a i s das moléculas não praticamente a l t e r a d a s quando no estado s ó l i d o , as i n t e r a ç õ e s dos pares são no s ó l i d o podem s e r representadas pela i n t e r a ç ã o e n t r e um par isolado,com peque nas correções r e l a t i v a s aos e f e i t o s ambientais. Na Hamiltoniana para um s i s t a n a de duas ou mais moléculas de hidrogênio é n e c e s s á r i o l e v a r - s e em conta apenas a i n t e r a ç ã o Coulombiana e n t r e todos os núcleos e e l é t r o n s . A i n t e r a ç ã o i n s t a n t â n e a t o t a l para uma dada configuração de todas as p a r t T c u l a s do sistema é portanto uma função simples das coordenadas das p a r t T c u l a s , mas não é possTvel se f a z e r d i s t i n t a dessa e n e r g i a numa parte i n t r a - m o l e c u l a r e o u t r a e conhecida uma separação ihter - molecular, porque não há uma maneira única de se a t r i b u i r um dado e l é t r o n a uma determ^ nada m o l é c u l a . A quantidade de i n t e r e s s e é o v a l o r esperado da e n e r g i a t o t a l dosistema sobre o estado fundamental e l e t r ô n i c o das moléculas que estão interagindo . 13 Espera-se que os e f e i t o s não a d i a b á t i c o s , p r o v e n i e n t e s da mistura dos d i f e r e j i t e s estados e l e t r ô n i c o s , sejam pequenos uma v ê z que esses e f e i t o s são nos nas moléculas i s o l a d a s . A i n t e r a ç ã o i n t e r m o l e c u l a r pode, peque^ portanto, ser d e f i n i d a em termos da e n e r g i a t o t a l do sistema no estado e l e t r ô n i c o mais baj_ xo para núcleos f i x o s ["cJíamped nacZeU."] y o que é chamado de aproximação BornOppenheimer. Para duas m o l é c u l a s , ou melhor, para um sistema de 4 n ú c l e o s e 4 e l é t r o n o , essa e n e r g i a , E o , é uma função de 6 v a r i á v e i s , a s a b e r , as 12 coordenadas menos as 3 coordenadas do c e n t r o de massa e os 3 ângulos de E u l e r que especj[ ficam a posição e a o r i e n t a ç ã o do sistema no espaço, apresenta dependência. P o r t a n t o , e s t a e n e r g i a h i p e r s u p e r f T c i e num espaço a b s t r a t o de dimensão com pode ser sete os quais Eo descrita e não como uma esta superfície e chamada de s u p e r f í c i e da e n e r g i a p o t e n c i a l t o t a l do sistema. As f o r ç a s que agem nos núcleos numa dada configuração são determinadas pelos g r a d i e n t e s desta s u p e r f í c i e e na aproximação Bom-Oppenheimer Eo age como a e n e r g i a p o t e n c i a l na equação de onda para o movimento n u c l e a r . A supej^ f í c i e p o t e n c i a l , como d e f i n i d a a q u i , é i d ê n t i c a para os v á r i o s i s ó t o p o s , mas as equações de onda nucleares são d i f e r e n t e s por causa das d i f e r e n t e s massas dos núcleos e portanto as v á r i a s i n t e r a ç õ e s e f e t i v a s apresentam pequenos efej^ tos isotópicos. O conjunto de v a r i á v e i s padrão para duas X= ( r i , r 2 , ô i , 6 2 , <j), R ) , mostrado na moléculas Figura I I . 4 . é O eixo dado por intermolecular R= R12 conecta os pontos medios e n t r e os dois núcleos das duas moléculas <j)= <i>2 - <í)i. Apesar de Eo depender somente de <j), em g e r a l utilizar-se é conveniente e (pz separadamente e i n d i c a r as o r i e n t a ç õ e s das moléculas, com r e l a ç ã o ao sistema possuindo o e i x o z ao longo de R, por u)i= ( 6 1 , (J)i) W2= ( 0 2 , ^z)' e e As quantidades c o r r e s p o n d e n t e s , r e l a t i v a s a um sistema a r b i t r a - > • - ) - _ ->• ~ r i o f i x o no espaço, são indicadas por fíi, e ^ 2 , e a o r i e n t a ç ã o de R nesse sistema é indicada por Q = Qn . As propriedades do p a r , t a i s como a e n e r g i a t o t a l E o , podem portanto aparecer de t r ê s maneiras e q u i v a l e n t e s : A ( X ) = A ( r i , r^, o j i , 012, R) = A ( r ^ r g , Q i , üz, R) . (II.3) onde R= ( R , Q). Para v a l o r e s grandes de R, a e n e r g i a t o t a l , E o ( X ) , q u e é igual â e n e r g i a dos e l é t r o n s no estado mais baixo para a configuração e n e r g i a r e p u l s i v a de Coulomb dos n ú c l e o s , r e d u z - s e moléculas ã fixada X , mais a soma das energias das livres, Eo ( r i , r g , cüi, (ü2, " ) = e o ( r i ) + eo ( r g ) (II.4) 14 FIGURA I I . 4 . CONJUNTO DE VARlAVEIS PADRAO PARA UM PAR DE MOLÉCULAS DIATÓMICAS HOMONUCLEARES ( r e f . 10) V- I V=0 (I) (N) (I) (I) (a) FIGURA II.5. \ (b) NiVEIS v= O , J= O e v= 1, J= O DE UMA MOLÉCULA ISOLADA (a) EDE UM CRISTAL DE N MOLÉCULAS (b) (ref. 10). 15 onde e o ( r ) e d e f i n i d o pela equação de onda para núcleos f i x o s {"cZampod mcleÁ." ) Ho 0„ ( x ; f ) = ( r ) 0^ ( x ; f ) Portanto d e f i n e - s e o potencial (II.5) i n t e r m o l e c u l a r V ( x ) como: V (X) = Eo(X) - e o ( r i ) - e o ( r J que tem a propriedade de t e n d e r a zero quando R (II.6) <». E mais conveniente usar para a e n e r g i a uma r e f e r ê n c i a c o n s t a n t e , para a qual escolhemos 2 e o ( r e ) , onde re= 1,40 u . a . é a separação de e q u i l T b r i o . Da mesma f o r m a , d e f i n e - s e o potencial t o t a l , 0 ( X ) , como: 0 (X) = Eo(X) - 2 eo(re) = V (X) + Uo(ri) + U o ( r J (II.7) onde: U o ( r ) = e o ( r ) - e o ( r e ) (II.8) é o potencial i n t r a m o l e c u l a r de uma molécula l i v r e . Para r i = rz= r g os dois p o t e n c i a i s são i d ê n t i c o s , ou s e j a , Vg= 0e* O p o t e n c i a l V ( X ) p o d e s e r decomposto em v á r i a s p a r t e s : UofwplccL; Anl&OtAJÔplCM.; VlbãacÁomZ e Rotado YwJL- vlhhjxcyio naZ. V ( X ) = Vo(R) + A ( 4 , W 2 , R) + F ( r i , r g , R) + M ( r i , r 2 , í i , W 2 , R) (II.9) Vo é o p o t e n c i a l i s o t r õ p i c o para separações de e q u i l T b r i o não perturbadas r i = r2= r e , Vo(R) = < V ( r e , r g , w i , ^ 2 , R)> (11.10) onde < > i n d i c a uma média sobre todos v a l o r e s de u i e u ) 2 . O termo a n i s ó t r o p i c o é d e f i n i d o como: A ( u i . W 2 , R) = V ( r e , r g , ^i, Î 2 , R) - V o ( R ) . o termo v i b r a c i o n a l como: (11.11) 16 F ( r i , r g , R) = < V ( r i , r^, w i , W 2 , R) > - V o ( r ) e o termo r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l M (ri, rg, 0 ) 1 , 0)2, R) (11.12) é formado pelos termos remanescentes, = V (x) - V (rg, rg, íx, 0)2,R) - - < V ( r i , r 2 , üJi, 0J2, R) >+Vo(R) (11.13) Os termos dependentes das coordenadas i n t e r n a s s a t i s f a z e m as condições: F ( r g , r g ) = < A ( o ) i , 0)2) > = M ( r g , r g , õoi, W2) = = < M(ri, r z , ü)2) >=0 (11.14) onde, por b r e v i d a d e , o m i t i u - s e o R. A decomposição apresentada na equa^ ção ( I I . 9 ) é d e f i n i d a unicamente pelas equações (11.10) e ( 1 1 . 1 4 ) . Um esquema a l t e r n a t i v o para a decomposição do potencial o c o r r e naturaj_ mente quando os e f e i t o s da i n t e r a ç ã o nos estados r o t a c i o n a i s - vibracionais das moléculas são t r a t a d o s pela t e o r i a de p e r t u r b a ç ã o . Neste c a s o , os elemeji tos de m a t r i z da i n t e r a ç ã o e n t r e os estados r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s não perturbados aparecem, levando ã decomposição do p o t e n c i a l de modo s i m i l a r ao f e i t o a q u i , sendo que a p r i n c i p a l d i f e r e n ç a nesta decomposição a l t e r n a t i v a é que o v a l o r de uma função em r= r g é s u b s t i t u í d o pelo v a l o r esperado dessa função sobre o movimento v i b r a c i o n a l de ponto z e r o . As partes a n i s o t r õ p i c a e v i b r a c i o n a l podem ainda s e r decompostas em termos devidos ã molécula i s o l a d a e ao acoplamento e s c r e v e n d o - s e : F ( r i , r g ) = F i ( n ) + F i ( r g ) + Fg ( r x , r g ) (11.15) onde: Fi(r)= F ( r , rg) = F (rg, r ) (11.16) Fg ( r i , r g ) = F ( r i , r g ) - F ( r i , r e ) - F ( r g , r g ) (11.17) de modo que: F i ( r g ) = Fg ( r g , r g ) = Fg ( r i , r g ) = O e do mesmo modo para a p a r t e A (0)1,0)2) (11.18) anisotrõpica = A l ( w i ) + A l (cüz) + Ag ( w i , 0)2) (11.19) 17 A decomposição da p a r t e r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l M contém cinco ao i n v é s de t r ê s termos d i f e r e n t e s , mas esses não serão e s c r i t o s e x p l i c i t a m e n t e . A ra^ zão para a decomposição do p o t e n c i a l do modo indicado aqui éque os d i f e r e n t e s termos tem e f e i t o s d i f e r e n t e s nos estados r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s . O F i produz deslocamentos nos n í v e i s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s das termo moléculas, e em p a r t i c u l a r nos espectros i n f r a v e r m e l h o e Raman dos s o l i d o s , que para os n T v e i s mais baixos podem s e r calculados pela t e o r i a da perturbação ou utilj^ zando-se o modelo de Dunham". O termo Fg acopla os movimentos v i b r a c i o n a i s em moléculas v i z i n h a s , e no s ó l i d o é responsável pelo desdobramento dos nTveis v i b r a c i o n a i s em bandas de e n e r g i a v i b r a c i o n a i s . O termo F i d a origem também a um e f e i t o i s o t r ó p i c o na i n t e r a ç ã o e f e t i v a e n t r e moléculas no estado vibra cional fundamental^" , e seu e f e i t o no movimento v i b r a c i o n a l de ponto zero f a z uma c o n t r i b u i ç ã o a p r e c i á v e l para a e n e r g i a c o e s i v a dos s ó l i d o s . Num sistema contendo t r e s ou mais moléculas ocorrem interações não a d i t i v a s . Indicando-se o p o t e n c i a l V ( X ) (Equação I I . 9 ) de um par de moléculas i,j por V i ^ j , a e n e r g i a de i n t e r a ç ã o t o t a l das t r ê s moléculas pode s e r escrj_ t a da s e g u i n t e forma: V ^ ' ^ = Vi2 + Vg3 + V31 + V123 (11.20) onde V123 é a i n t e r a ç ã o não a d i t i v a de 3 c o r p o s , e d e f i n i ç õ e s similares se mantém para agrupamentos maiores de moléculas. A p a r t e n a o - a d i t i v a da i n t e r a ção é , em g e r a l , pequena comparada com a i n t e r a ç ã o a d i t i v a t o t a l , sendo máximo 10%. A componente de longo alcance de V123 é a i n t e r a ç ã o Axelrod - T e l l e r - M u t o que f o i estudada em detalhes para átomos no , mas pouco se sabe a r e s p e i t o da componente de c u r t o alcance das f o r ç a s n a o - a d i t i v a s . A e n e r g i a p o t e n c i a l de um par de moléculas d i v i d e - s e , em g e r a l , numa p a r t e a t r a t i v a de longo a l c a n c e , uma parte i n t e r m e d i a r i a e ima p a r t e r e p u l s i v a de c u r t o a l c a n c e , correspondendo respectivamente a v a l o r e s g r a n d e s , interme d i á r i o s e pequenos da separação i n t e r m o l e c u l a r R. alcance A p a r t e de longo corresponde ã r e g i ã o de R onde as nuvens e l e t r ô n i c a s das moléculas sobrepõem c o n s i d e r a v e l m e n t e ; a p a r t e i n t e r m e d i a r i a corresponde a não se r e g i ã o ao redor do mTnimo do p o t e n c i a l , onde a superposição é s i g n i f i c a t i v a mas pequena e a p a r t e de c u r t o alcance c a r a c t e r i z a - s e por uma grande superposição dominada pelas f o r ç a s de superposição r e p u l s i v a s e as f o r ç a s de troca e é e re pulsão Coulombiana dos n ú c l e o s . As f o r ç a s de longo alcance e n t r e duas moléculas provém da i n t e r a ç ã o de uma molécula com os campos de m u l t i p o l o c r i a d o s pela o u t r a m o l é c u l a , e podem s e r t r a t a d a s pela t e o r i a de p e r t u r b a ç ã o . Em p r i m e i r a ordem, os campos de m u l t i p o l o são aqueles das moléculas não p e r t u r b a d a s . Para urna dada configura^ ção n u c l e a r , esses campos consistem de urna componente e s t a c i o n á r i a e uma componente f l u t u a n t e . O campo e s t a c i o n á r i o provém dos momentos de m u l t i p o l o 18 permanentes e em p r i m e i r a ordem dão origem a i n t e r a ç õ e s m u l t i p o l o - m u l t i p o l o puramente a n i s o t r o p i c a s . Em segunda ordem, a p o l a r i z a ç ã o das moléculas pelos campos de m u l t i p o l o l e v a a i n t e r a ç õ e s de indução e d i s p e r s ã o . Numa s i m p l i f i c a d a , a perturbação na e n e r g i a do estado fundamental de notação um par de moléculas é dada p o r : AEoo = < 00 Vc I 00 > - Z rs < r s | V c | 0 0 > 1^ • E^s - Eoo (11.21) onde r e s r e f e r e m - s e aos estados e l e t r ô n i c o s e x c i t a d o s e Vc é a interação Coulombiana t o t a l e n t r e as m o l é c u l a s , que pode s e r expandida numa s é r i e de multipolos: V,. J D L ^ J D Q . / d o ^ ^QQ R" R- ^ ... (11.22) No p r i m e i r o termo da Equação (11.21) ficam somente os m u l t i p o l o s p e r manentes e , para moléculas de h i d r o g ê n i o , as partes mais importantes i n t e r a ç õ e s quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o (QQE) e são as quadrupolo-hexadecapolo e l é t r i c o ( Q H E ) , que variam com R " ' e R ' ' r e s p e c t i v a m e n t e . No segundo termo da Equação (11.21) os termos com r = O ou s= O dão origem a e n e r g i a de indução - 1/2 a < E >^, devida a p o l a r i z a ç ã o de uma molécula pelo campo dos momentos de m u l t i p o l o permanentes da o u t r a m o l é c u l a , v a r i a n d o com R " " para indução quadrupolar. Para um par de m o l é c u l a s , esta i n t e r a ç ã o é geralmente desprezT v e l , mas no s ó l i d o o mecanismo de indução da origem a importantes e f e i t o s de 3 corpos. F i n a l m e n t e , os termos com ambos, r e s =j¿ O fornecem a e n e r g i a de d i s p e r s ã o devida aos campos de m u l t i p o l o f l u t u a n t e s . O termo de dispersão mais importante é sempre o termo d i p o l o - d i p o l o que v a r i a com R~®, e o s termos de ordem s u p e r i o r variam com R~^, R~^°,etc. De acordo com o procedimento seguido por Van Kranendonk'^^ a i n t e r a ç ã o quadrupolo-quadrupolo para duas moléculas diatómicas pode s e r e s c r i t a das s e g u i n t e s formas: V22= £22 (R) 2 C (224; m m ) C^m ( w j (wz) = mn a^ C g , (ít;.) c : , (Üí.) -5e,^^^iR)l onde (^.23) am E am ( 4 ) = ( 1 , " 4 , 6 , " 4 , 1 ) , i _ 5 (70)'/^ ,,,iK)-.^lJrú^LÁLlL ^ é a constante de acoplamento q u a d r u p o l a r , e (11.24) 19 < £z m, I 2£i y onde I ¿, mx > +1 2£2 + 1 I C E /Y* . (£i £ £ 2 ; O O (t^) 0) Y. C (£1 £ £ 2 ; d w = sen 9 d 8 d <j) e C ( £ 1 £ £ 2 ; nii m 012) são os = mi m mj coeficientes de Clebsh-Gordan. A i n t e r a ç ã o do momento de quadrupolo da molécula 1 com o momento de hexadecapolo da molécula 2 é dada p o r : V2^= e2..(R) Z C ( 2 4 6 ; m m) C^m (wi) m onde £2. ( R ) = 3 (55)'/^ C^m {'^2) (11.25) ( r x ) Q,. ( r J / R ' e a i n t e r a ç ã o hexadecapolo-hexadecapolo é dada por uma expressão s i m i l a r ejn volvendo C ( 4 4 8 ; m m ) , e t c . As i n t e r a ç õ e s ( 1 1 . 2 3 ) e ( 1 1 . 2 5 ) não contém p a r t e s i s o t r õ p i c a s e coji t r i b u a n somente para as partes a n i s o t r o p i c a s e m i s t a s , A e M, d e f i n i d a s na Equação ( I I . 9 ) . A i n t e r a ç ã o de d i s p e r s ã o de longo alcance c o n t r i b u i , em para todas as partes do p o t e n c i a l V ( X ) , mas a p r i n c i p a l princTpio , contribuição desta i n t e r a ç ã o é i s o t r o p i c a e da forma: DISP Vo ( R ) = - (Cs R"® + Ca R " " + C x o R " " + . . . ) (11.26) onde os termos i n d i v i d u a i s correspondem a i n t e r a ç õ e s de d i p o l o - d i p o l o induzj^ do, dipolo-quadrupolo, e t c . Para pequenas separações i n t e r m o l e c u l a r e s , a t e o r i a de perturbação , tão bem sucedida no c á l c u l o de i n t e r a ç õ e s de longo a l c a n c e , não pode usada. E n t r e t a n t o , em v i r t u d e da s i m p l i c i d a d e r e l a t i v a das m o l é c u l a s , ser foi possTvel r e a l i z a r - s e recentemente os chamados c á l c u l o s a p a r t i r de p r i m e i r o s p r i n c T p i o s da e n e r g i a das duas moléculas de h i d r o g ê n i o em i n t e r a ç ã o , tendo sido obtidos v a l o r e s notadamente p r e c i s o s da e n e r g i a de i n t e r a ç ã o no interva_ lo 2 . 5 ¿ R ^ 5.0 bohr. Esses r e s u l t a d o s baseiam-se num c á l c u l o v a r i a c i o n a l da e n e r g i a do estado fundamental de um sistema de 4 e l é t r o n s movendo-se no campo de 4 núcleos f i x o s {cZjamped"). As i n t e r a ç õ e s , q u e são essencialmente exponeji c i a i s nesta r e g i ã o , começam a c a i r bem mais rapidamente para separações in t e r m o ! e c u l a r e s maiores que ~ 4 , 5 b o h r , r e f l e t i n d o a c r e s c e n t e importância das f o r ç a s de d i s p e r s ã o a t r a t i v a s . Para uma dada geometria p, esses potenciais podem s e r representados a n a l i t i c a m e n t e pela forma r e p u l s i v a , = exp (ap + 3p R - Yp R ' ) (11.27) 20 I I . 4 . 3 . E x c i t a ç õ e s V i b r a c i o n a i s Puras" I I . 4 . 3 . 1 . Perturbações numa Molécula Isolada Considerando-se um c r i s t a l c o n s t i t u í d o por N moléculas com os c e n t r o s de massa f i x o s nos pontos R-¡ de uma rede hexagonal compacta e assumindo-se i n t e r a ç õ e s a d i t i v a s par a p a r , a e n e r g i a de i n t e r a ç ã o t o t a l é i g u a l a: N Z V = iK<jj = l onde ^ ^ V . . ( r i , r j , fi., í í . , R . . ) ^ ' J 'J (11.28) V . . é o p o t e n c i a l do p a r . *J A p a r t e i s o t r o p i c a do p o t e n c i a l para r i = Vo(R) = < V ( r e , r e , ^i, r g , d e f i n i d a por: W 2 , R) > (11.29) não a f e t a os estados r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s das m o l é c u l a s e d e p e n d e somente da separação i n t e r m o l e c u l a r . O v a l o r t o t a l desta i n t e r a ç ã o numa r i d e r í g i d a , ordenada, é dado por: Vo = N I i<j = l V o ( R i j ) = N Z V o ( R i j ) = N Z Vo (Rp) j/^i P (11.30) onde Z ' i n d i c a uma soma sobre todas separações i n t e r m o l e c u l a r e s a p a r t i r de uma potencial Vo energia coe ^ molécula c e n t r a l numa rede i n f i n i t a . O v a l o r médio do sobre as v i b r a ç õ e s da rede da a p r i n c i p a l c o n t r i b u i ç ã o para a s i v a e a equação-de-estado do s ó l i d o , e a dependência de Vo com os deslocameji tos das moléculas de suas posições de e q u i l T b r i o determina a dinâmica das v i b r a ç õ e s da r e d e . As p a r t e s v i b r a c i o n a l e a n i s o t r õ p i c a remanescentes do p o t e n c i a l ( I I . 9 ) perturbam os estados r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s das moléculas e s ã o , p o r t a n t o , de grande i n t e r e s s e em conexão com as propriedades e s p e c t r o s c ó p i c a s dos sÓlj[ dos. A propriedade mais t T p i c a dos hidrogenios s ó l i d o s , ã pressões não muito a l t a s , é que essas i n t e r a ç õ e s são f r a c a s comparadas com as separações e n t r e os n T v e i s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s não p e r t u r b a d o s . Como r e s u l t a d o , os movji^ mentos r o t a c i o n a i s e v i b r a c i o n a i s i n t e r n o s das moléculas no sólido são l i v r e s , no s e n t i d o de que os números quanticos r o t a c i o n a i s e v i b r a c i o n a i s J e v permanecem bons números q u a n t i c o s . Desse modo, no estado fundamental do p a r a Hg, orto-Dg e HD, todas as moléculas estão no estado J = O e a estados com J ^ O no estado fundamental é muito pequena. mistura de 21 A parte mais importante da i n t e r a ç ã o v i b r a c i o n a l (11,12) é devida aos termos F i de uma molécula i s o l a d a d e f i n i d o s na Equação (11.16), No sólido, e s t a i n t e r a ç ã o produz deslocamentos dos n T v e i s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s ordem de 10 cm'^ em densidades normais, e e s t a perturbação deve s e r z i d a p r i m e i r o . O alargamento dos n T v e i s r e s u l t a n t e s do termo de da introd^j acoplamento F j d e f i n i d o pela Equação (11.17) em bandas de e n e r g i a é um e f e i t o secundario e deve s e r i n t r o d u z i d o depois de F i . A perturbação t o t a l devida aos termos de urna molécula i s o l a d a é igual a: Vi = N Z i=l Vi ( r i ) (11.31) Z j=i (11.32) onde: Vi ( r i ) = Fi ( r i , Rij) Uma i n t e r a ç ã o da forma ( 1 1 . 3 1 ) , envolvendo uma soma de termos, cada um depejí dendo das coordenadas i n t e r n a s de uma m o l é c u l a , é chamada i n t e r a ç ã o de campo c r i s t a l i n o . T a i s i n t e r a ç õ e s mudam o p o t e n c i a l i n t r a m o l e c u l a r e f e t i v o das m£ l é c u l a s e as funções de onda r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s , mas as funções de onda do sistema como um todo permanecem produtos de funções de onda das moléculas individuais. Para os n T v e i s mais b a i x o s , v < 2 , essas perturbações podem ser Para mostrar as bandas de e n e r g i a v i b r a c i o n a i s na sua forma mais sim calculadas com o a u x T l i o do modelo de Dunham^". I I . 4 . 3 . 2 . Bandas de E n e r g i a V i b r a c i o n a i s ^ " p i e s , c o n s i d e r a - s e um c r i s t a l de N m o l é c u l a s , todas no estado r o t a c i o n a l J=0 e i g n o r a - s e as v i b r a ç õ e s da r e d e . No estado fundamental [ 0>, todas as moléc^ las estão no estado v i b r a c i o n a l mais b a i x o , v i = O , e e s t e estado c a r a c t e r i z a se pelo anulamento do número quantico v i b r a c i o n a l t o t a l , v= O , onde: V = N Z Vi i=l (11.33) O estado j 0> não é degenerado e tem a função de onda: < xi ... onde Xm ^ O> = N II i=l <> ío ( x i ) $0 é a função de onda v= 0, J = O de uma molécula no campo ( 1 1 . 3 2 ) . O p r i m e i r o nTvel v i b r a c i o n a l e x c i t a d o corresponde a v= 1 (11.34) cristalino e possui 22 degenerescência N, uma v ê z que a e x c i t a ç ã o v= 1 pode e s t a r l o c a l i z a d a emquaj^ quer uma das N m o l é c u l a s . Seja | R Í > o estado no qual a e x c i t a ç ã o está -»• ' loca _ l i z a d a na molécula s i t u a d a em R i . A função de onda desse estado é : -»• < xi ... x,^ I Ri > = $ 1 ( x i ) n fo ( x j ) (11.35) onde $ 1 é a função de onda de uma molécula com v= 1, J = O, e os em ( 1 1 . 3 5 ) , correspondendo a i = 1, N estados N, formam um conjunto ortonormal com p l e t o no m u l t i p l e t o v= 1. Para v= 2 há dois n T v e i s , um i n f e r i o r , com r e s c ê n c i a N, correspondendo a presença de uma e x c i t a ç ã o v s 2 , s u p e r i o r , com degenerescência - y - e degene um nTvel N (N-1) correspondendo ã duas e x c i t a ç õ e s v= 1 em moléculas d i f e r e n t e s . I n t r o d u z - s e e n t ã o , como p e r t u r b a ç ã o , a i n t e r a ç ã o de acoplamento vibra_ cional total: Vg = onde N E i<j=l Fg ( x i , X j , R i j ) (11.36) Fg é d e f i n i d o pela Equação ( 1 1 . 1 7 ) . A p a r t i r da expansão de s é r i e de potências das coordenadas v i b r a c i o n a i s , x= ( r - r e ) / r e , Fg vê-se Vg tem elementos de m a t r i z t a n t o dentro como e n t r e os m u l t i p T e t o s t e s a d i f e r e n t e s v a l o r e s de v . Os elementos de m a t r i z e n t r e d i f e r e n t e s m u l t i p l e t o s são da ordem de 0.1 c m " ^ , enquanto que e n t r e as e n e r g i a s nao perturbadas e da ordem de 10 r a de estados cm numa que pertenceji estados a em separação e portanto a mistL[ pertencentes a d i f e r e n t e s v a l o r e s de v é d e s p r e z T v e l . P o r t a n t o , V permanece um bom número quântico na presença do acoplamento (II.36)e,nesta i n t e r p r e t a ç ã o , a v i b r a ç ã o das moléculas no s ó l i d o é l i v r e . Os elementos de m a t r i z de Vg dentro do m u l t i p l e t o v= 1 removem a degenerescência de ordem n do n T v e l v= 1, desdobrando esse n T v e l numa banda de e n e r g i a quase-contTnua , como mostrado na F i g u r a I I . 5 . O elemento de m a t r i z < Rj I Va i Ri > = < I j O i I Fa ( x i , X j , R i j ) I Oj l i > = ( - l / 2 ) e ' ( R i j ) (11.37) é chamado elemento de m a t r i z de s a l t o , uma v ê z que e l e é i g u a l ãamplitudeda probabilidade de uma e x c i t a ç ã o l o c a l i z a d a i n i c i a l m e n t e em Ri s a l t a r para R j . A p r i n c i p a l c o n t r i b u i ç ã o para o elemento de m a t r i z vem da i n t e r a ç ã o de p e r s ã o , e a função e ' ( R i j ) d e f i n i d a pela Equação (11.37) cai com dis^ Rij"® medida que R i j aumenta. Portanto esses s a l t o s ocorrem p r i n c i p a l m e n t e ã entre v i z i n h o s mais próximos. I I . 4 . 4 . E x c i t a ç õ e s Rotacionais nos Sólidos J = 0^'" A propriedade mais t T p i c a dos h i d r o g e n i o s s ó l i d o s é que a interação 23 i n t e n n o l e c u l a r a n i s o t r õ p i c a não m i s t u r a , de modo c o n s i d e r á v e l estados corres^ pendentes a d i f e r e n t e s v a l o r e s do nímiero quantico r o t a c i o n a l J = L J i , que portanto permenece um bom número q u a n t i c o no s ó l i d o , pelo menos para pressões b a i x a s . O p r i n c i p a l e f e i t o da i n t e r a ç ã o e n t r e as moléculas é l e v a n t a r a dege nerescência dos n í v e i s r o t a c i o n a i s e x c i t a d o s alargando-os em bandas de e n e r g i a r o t a c i o n a i s . Nessas bandas, os estados são c a r a c t e r i z a d o s por um v e t o r de onda e um í n d i c e de p o l a r i z a ç ã o , e correspondem a e x c i t a ç o e s r o t a c i o n a i s q u e s a l t a m , os r o t o n s . No H¿ e Dg s ó l i d o s , esses rotons são q u a s e - p a r t i c u l a s 2, 4, com spin enquanto que no HD s ó l i d o podem o c o r r e r rotons tanto com s p i n par como com s p i n Tmpar. Consideremos então o e f e i t o da i n t e r a ç ã o i n t e r m o l e c u l a r nos estados r o t a c i o n a i s puros do s ó l i d o . Nesses estados todas as moléculas estão no estado v i b r a c i o n a l v= O , e nós nos r e s t r i n g i r e m o s aos estados r o t a c i o n a i s J = 0 , 1 e 2 . Haverá c o n t r i b u i ç õ e s do campo c r i s t a l i n o e dp termo a n i s ó t r o p i c o . C o n s i d e r a - s e i n i c i a l m e n t e o e f e i t o do campo c r i s t a l i n o , n a ausência do termo de i n t e r a ç ã o quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o , de modo que podemos assu^ mir que as e x c i t a ç o e s r o t a c i o n a i s estão completamente l o c a l i z a d a s . A Hamiltoniana que governa o movimento r o t a c i o n a l das moléculas no s ó l i d o , assumindo-se i n t e r a ç õ e s a d i t i v a s dos p a r e s , e dada por: H= Ho + Z A ( n . , ü . y Rij) i<j ' = Ho + Hi (11.38) ^ onde A é o p o t e n c i a l a n i s ó t r o p i c o do par d e f i n i d o pelas Equações ( 1 1 . 1 1 ) ( 1 1 . 1 9 ) , e fii i n d i c a a o r i e n t a ç ã o da molécula i com r e l a ç ã o a e um sistema de coordenadas comum a todas m o l é c u l a s . Ho é a Hamiltoniana do movimento r o t a c i o nal não p e r t u r b a d o , na qual e s t á i n c l u i d a a i n t e r a ç ã o v i b r a c i o n a l de molécula i s o l a d a ( 1 1 . 3 1 ) . Os a u t o v a l o r e s r o t a c i o n a i s de HQ no estado v i b r a c i o n a l fuji damental são dados por: N Z i=l 1 N E' OJi = hc Z Z Y' {%) i=l £m £m ^ onde as quantidades a'i^^ = - m Ji m (Ji + 1) são as perturbações espectroscópicas das moléculas devidas ã i n t e r a ç ã o ( 1 1 . 3 1 ) . (11.39) nas Os constantes termos molécula i s o l a d a A i na Equação ( 1 1 . 1 9 ) para o p o t e n c i a l a n i s ó t r o p i c o de do par dão origem a uma i n t e r a ç ã o de campo c r i s t a l i n o Ve que remove parcialmente a degenerescencia dos n T v e i s J ^ 0. O número de n T v e i s r e s u l t a n t e e as p r o p r i e dades de transformação das funções de onda por s i m e t r i a l o c a l da rede s e r encontrados com o a u x T l i o da t e o r i a de grupo. A função Vc (fi) podem pode s e r expandida em termos dos harmônicos e s f é r i c o s Y^^^ ( í í ) . Por causa do c a r á c t e r homonuclear da molécula c e n t r a l (Hg ou D g ) , aparecem somente os termos cor_ respondentes a ¿ p a r , e uma v ê z que nos r e s t r i n g i m o s aos estados r o t a c i o n a i s 24 J= 0,1 e 2 , é n e c e s s á r i o c o n s i d e r a r somente os termos £= 2 e £=4. F i n a l m e n t e , por causa da s i m e t r i a pontual da e s t r u t u r a h c p , aparecem somente os termos com m= 0. P o r t a n t o , a função Vc i^) pode s e r e s c r i t a da s e g u i n t e forma: Vc ih = e2c (4TT/5)'/2 Xzoiü) + e , c iW)^^"^ Y,o ( í ) (11.40) onde £20 e e:.c são c o n s t a n t e s . O termo £= 2 provém da i n t e r a ç ã o de Van d e r Waals^^ anisotrõpica com £= 2 , e n t r e as moléculas. Numa rede de e s t r u t u r a h c p , a soma desta i n t e r a ç ã o sobre os doze v i z i n h o s se a n u l a . E n t r e t a n t o , o hidro gênio s o l i d o é s e n s i v e l m e n t e expandido pelas v i b r a ç õ e s de ponto z e r o da rede e , por causa da a n i s o t r o p i a das propriedades e l á s t i c a s do c r i s t a l , e s p e r a - s e que essa expansão não s e j a p e r f e i t a m e n t e i s o t r o p i c a . O r e s u l t a d o é um d e s v i o uniforme da razão dos e i x o s ( c / a ) do v a l o r ( 8 / 3 ) , característico de uma e s t r u t u r a h c p , o que l e v a a um v a l o r de £2C d i f e r e n t e de z e r o . Uma segunda c o n t r i b u i ç ã o para £20 vem da d i s t o r ç ã o l o c a l da r e d e , r e s u l t a n t e do acoplameji to e n t r e o movimento r o t a c i o n a l das moléculas e as v i b r a ç õ e s da rede duas c o n t r i b u i ç õ e s para £20 são de mesma ordem de magnitude . Essas mas de sinais o p o s t o s , de modo que o v a l o r r e s u l t a n t e de £2c é muito pequeno. O termo eitc da Equação (11.40) provêm das f o r ç a s a n i s o t r o p i c a s de Van d e r Waalscom£= 4. Este termo não se anula quando somado sobre os doze v i z i n h o s numa rede h c p , portanto a constante £^c é maior que £20. O e f e i t o da i n t e r a ç ã o (11.40) nos estados r o t a c i o n a i s l o c a l izados pode s e r calculado f a c i l m e n t e . Os autoestados são os estados | J n i > , onde m se r e f e r e ao e i x o h e x a g o n a l , e os a u t o v a l o r e s de Vc são dados p o r : Ec (Jm) = Z £=2,4 C ( J £ J ; 0 0 0) C ( J £ J ; mOm) onde os C s são c o e f i c i e n t e s de Clebsh-Gordan. ["òptitUng"] Além (11.41) do desdobramento ( 1 1 . 4 1 ) , que d e i x a a e n e r g i a média i n a l t e r a d a , os n T v e i s c i o n a i s sofrem um d e s v i o r e s u l t a n t e da a u t o - e n e r g i a dos estados rota^ rotacionais devido ao acoplamento com as v i b r a ç õ e s da r e d e . Esse e f e i t o f o i d i s c u t i d o por Van Kranendonk e Sears^^ e o deslocamento r e s u l t a n t e na e n e r g i a Es ( J ) = Vs Z Es ( J , m ) = -£ m s é dado p o r : ^'^ ^ 2 ( 2 J - 1) ( 2 J + 3) (11.42) A constante £5 f o i c a l c u l a d a por Van Kranendonk e é da ordem de 1 cm'-"-. A g o r a , i g n o r a - s e a i n t e r a ç ã o ( 1 1 . 4 0 ) , ou s e j a , c o n s i d e r a - s e l i v r e s . No estado fundamental l 0 > de um c r i s t a l de p a r a - H g , orto-Dg p u r o , todas as moléculas estão no estado r o t a c i o n a l rotons ou HD fundamental, J i = O , e este estado não é degenerado e tem a função de onda: < r'^ , ^ > = .n f o o ( r j ) Yoo (S^j) (11.43) 25 No para-Hj e orto-Dg os estados r o t a c i o n a i s e x c i t a d o s i n d i v i d u a l m e n t e corres^ pondem a J = 2 , 4, J= 1, 2 , 3, . . . . enquanto que no HD são p o s s T v e i s todos os v a l o r e s de . Considera-se i n i c i a l m e n t e a banda J = 2 no Hg ou Dg, indj_ cando-se as d i f e r e n ç a s nos o u t r o s casos. Seja I 2 m , Ri > o estado no qual a molécula em Ri e s t á no estado t a c i o n a l J = 2 , J z = m, onde m= 2 , 1, - 2 , e todas as outras ro moléculas estão no estado fundamental. A função de onda desse estado é: < r^ 2m,Ri > = f o 2 ( r i ) Y2n,(ni) n f o o ( r j ) Yoo(fij) (11.44) J5^i Esses 5N estados são autoestados da Hamiltoniana r o t a c i o n a l Ho das moléculas que não estão i n t e r a g i n d o e formam um conjunto ortonormal completo no sub- espaço 2i J i = 2 com uma e n e r g i a de e x c i t a ç ã o igual a: {') C) AEg=AE2 onde A E C) -3 [ ( 2 Coi (1) {') + C i i ) u i + C u ys ] - (11.45) - e a e n e r g i a de e x c i t a ç a o da molécula l i v r e e o termo de correção é devido ã i n t e r a ç ã o de campo c r i s t a l i n o . Os C^m^"^ são dados pela Tabela 113. (n) TABELA I I . 3 . OS COEFICIENTES C» DEFINIDOS NA EQUAÇÃO (11.45) PARA O Hg, EM cm ^ í \ = 1 2 3 4 5 6 20,3 5,1 _ _ -0,23 2 0 4,16 23,1 0 1 3,37 - - - 0 0 0,85 6,94 2,37 1,26 1 1 0,11 0,53 0,28 - - 3 0 -0,31 0,74 2.19 2,64 1 ,31 (0) Para o Hg, A E = 354,4 cm ^ e a magnitude do termo de correção ã pressão zero é cerca de -0.6 cm"^. Na presença da i n t e r a ç ã o a n i s o t r õ p i c a H , d e f i n i d a na Equação ( 1 1 . 3 8 ) , os estados de ordem z e r o podem s e r e s c r i t o s da forma: I > = N Z i=l +2 Z m="2 Um ( R i ) I 2n,, Ri > (11.46) onde Um ( R i ) é a função de onda que d e s c r e v e o movimento de s a l t o da excita 26 ção J = 2 a t r a v é s da r e d e . Essa função de onda c a r r e g a um T n d i c e de s p i n m, e Um ( R i ) r ^ ^ p r o b a b i l i d a d e no estado | > de se e n c o n t r a r a e x c i t a ç a o J = 2 na molécula em Ri com J i z = m. A equação de onda para Um ( R i ) , o b t i d a de H i ] > = = E I > e da Equação ( 1 1 . 4 6 ) , é dada por: Z jn < 2 m , R i i Hi I 2 n , Rj > Un ( R j ) = E Um ( R i ) (11.47) onde E é a e n e r g i a na banda J= 2 medida a p a r t i r da origem da banda ( 1 1 . 3 9 ) . A p r i n c i p a l c o n t r i b u i ç ã o para os elementos de m a t r i z na Equação (11.47) vem da i n t e r a ç ã o quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o . Desprezando-se todas as o u t r a s i n t e r a ç õ e s a n i s o t r o p i c a s , obtém-se a p a r t i r das Equações (11.23) e (11.47) : <2m,Ri Hi 2n,Rj > = <2m,Ri VQQE 2n,Rj> = Ml-6,j)e.aC„(R./R.j)=C,.„.^(a,j) (11.48) onde: m 1/ Cmn= (70) (-1) C (224; m ñ ) (11.49) e: eo 2 = [ < O O I Q ( r ) I 02 >^ / 5 Ro^] (11.50) é a constante de acoplamento quadrupolar para a banda J = 2. I I . 4 . 5 . E x c i t a ç o e s R ò t a c i o n a i s - V i b r a c i o n a i s Mistas 9 > 10 As e x c i t a ç õ e s mistas mais simples nos s ó l i d o s 0= O, correspondem ã presença de um v i b r o n [excltovi vlbACLcÁjonaZ] v= 1 e um r o t o n [oxcJXon. nx)ta.c¿o_ nat) J= 2. Essas e x c i t a ç õ e s interagem fortemente e n t r e s i e estão s u j e i t a s a várias perturbações. Considerando-se um m u l t i p l e t o de estados M= Mi + Mg, correspondente ã presença de uma e x c i t a ç ã o J= 2 e uma e x c i t a ç ã o v= 1, ^um c r i s t a l contendo N moléculas de p a r a h i d r o g e n i o , há 5N estados nos quais as duas e x c i t a ç õ e s estão na mesma molécula {muJítipl2X.o Mi) e 5N (N-1) estados nos quais e l a s estão em moléculas d i f e r e n t e s [mvüLUjpleJ^ M J . O estado do c r i s t a l no qual a e x c i t a ç ã o v= 1 e s t á l o c a l i z a d a numa molécula i , e a e x c i t a ç ã o J = 2 , 0^= m numa molécu^ l a j s e r á indicado por | l i ; 2jm >, onde z e m r e f e r e m - s e aos e i x o s nais do c r i s t a l . As t r a n s i ç õ e s do estado fundamental para l i ; 2im > em Mi dão origem a absorção S i (0) e aquelas para l i ; 2jm >. i =í^ j os hexag£ estados os estados em Mg, dão origem ã absorção Q i ( 0 ) + S o ( 0 ) . Na ausência dos acoplamentos r o t a c i o n a l e v i b r a c i o n a l , os estados em M i , e aqueles em Mg são degenerados, mas estão separados e n t r e s i pela e n e r g i a de i n t e r a ç ã o r o t a cional-vibracional i n t e r m o l e c u l a r W i . Para moléculas l i v r e s Wi = Wo tem o 27 (9) v a l o r 17,95 c m " ^ , sendo que no s o l i d o esse v a l o r é aumentado por 0,6]ii+ 2,7u2 A ordem de magnitude desse termo de correção e 0,02 cm~^, sendo • portanto adotado o v a l o r Wi= 18,0 cm"^ para a i n t e r a ç ã o r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l no sÓ lido. Há v á r i a s maneiras pelas quais os e f e i t o s das v á r i a s interações nTveis do m u l t i p l e t o M podem s e r c a l c u l a d o s , dependendo da ordem i n t e r a ç õ e s são i n t r o d u z i d a s . Esses v á r i o s métodos,se levados nos em que as suficientemente a d i a n t e , e sendo c o n v e r g e n t e s , devem l e v a r a um mesmo r e s u l t a d o . No p r i m e i r o método, d e s p r e z a - s e i n i c i a l m e n t e a i n t e r a ç ã o r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l Wi e c o n s i d e r a - s e os m u l t i p l e t o s Mi e Mg como degenerados. I n t r o d u z - s e então a i n t e r a ç ã o quadrupolar e o acoplamento v i b r a c i o n a l como p e r t u r b a ç õ e s , e o b t é m se uma banda r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l c o n s i s t i n d o de uma banda J = 2 pura super posta com uma banda v= 1 p u r a . A l a r g u r a t o t a l desta banda é claramente soma das l a r g u r a s das bandas J = 2 e v= 1. I n t r o d u z - s e então a a interação W i , que dá origem a processos de espalhamento do r o t o n e do v i b r o n e a formação de complexos l i g a d o s . Esse método é mais conveniente para a obtenção de e s t a dos e n v o l v i d o s no espalhamento, não sendo muito ú t i l , na p r á t i c a , no c á l c u l o de estados l i g a d o s . No segundo método, i n i c i a - s e com os m u l t i p l e t o s Mi e separados pela e n e r g i a de i n t e r a ç ã o r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l Wi. Mj Introduz-se então a i n t e r a ç ã o QQE que t r a n s f o r m a os estados de Mg em estados espalhadores para um r o t o n J= 2 , a p a r t i r de um v i b r o n e s t a c i o n á r i o v= 1. Ao mesmo tempo, os estados em M i , | 1 Í ; 2-¡ m > mudam pela m i s t u r a de estados de Mg em estados nos quais a e x c i t a ç ã o J = 2 não e s t á p e r f e i t a m e n t e l o c a l i z a d a na moléculav= 1, sendo portanto diminuTda a e n e r g i a desses estados. I n t r o d u z - s e então asoutras p e r t u r b a ç õ e s , que são o acoplamento v i b r a c i o n a l , a i n t e r a ç ã o de campo crista^ l i n o e a p a r t e v i b r a c i o n a l da i n t e r a ç ã o quadrupolar. Essas interações todas da mesma ordem de magnitude no seu e f e i t o nos complexos l i g a d o s uma ordem de magnitude menor que a i n t e r a ç ã o quadrupolar. um desdobramento a d i c i o n a l dos nTveis de estado l i g a d o e ã são e são Elas dão origem um ã alargamento desses n T v e i s , correspondendo ao f a t o de que os complexos ligados não são mais imóveis na presença dessas perturbações menores. II.5. Espectros de Absorção dos Hidrogenios Sólidos na Região do I n f r a v e r m e IJTO II.5.1.Hidrogênio Bandas d i f u s a s , p r o v e n i e n t e s da absorção induzida por p r e s s ã o , foram observadas pela p r i m e i r a v ê z no o x i g ê n i o , n i t r o g ê n i o e h i d r o g ê n i o gas&sos sob p r e s s ã o , na região próxima ãs suas f r e q u ê n c i a s v i b r a c i o n a i s f u n d a m e n t a i s ^ " ' ^ e em seguida também f o i observada absorção na r e g i ã o dos p r i m e i r o s s o b r e t o n s . 28 O espectro Herzberg^ de q u a d r u p o l o , que e permitido, foi observado por , que para i s s o u t i l i z o u um caminho de absorção de Ikm . atm . Os espectros induzidos por c o l i s ã o na r e g i ã o de absorção fundamental do h i d r o g ê n i o foram estudados num amplo i n t e r v a l o de pressão e no hidrogênio gasoso puro e em misturas com H e , A r , Ng e CO temperatura, e nas fases l i q u i d a e s o l i d a no h i d r o g ê n i o normal e um v a r i a s concentrações o r t o / p a r a . A banda v i b r a c i o n a l fundamental f o i i n v e s t i g a d a em pressões de até 1500 atm no i n t e r v a l o de temperatura de 376 a 78 K por Chisholm e Welsh^e de até 5000 atm ã temperatura ambiente por Hare e Welsh^^ em pressões . Ao mesmo tempo. Colpa e K e t e l a a r ^ i n v e s t i g a r a m o espectro de absorção r o t a c i o n a l por pressão do Hg puro e em m i s t u r a s com He, A r , Ng e CO nas 213, 298 e 353 K, no i n t e r v a l o de pressão de 20 a ISOatm. induzido temperaturas Hunt e Welsh^^ f i z e r a m um estudo detalhado dos p e r f i s de absorção em pressões i n t e r m e d i á r i a s (700 a. 300 atm) no i n t e r v a l o de temperatura de 300 a 78 K. Watanabe e Welsh estudaram a absorção i n d u z i d a por pressão na r e g i ã o fundamental de absorção do hidrogênio no gás puro e em m i s t u r a com H e , no i n t e r v a l o de 18 a 77 K.Foram obtidos espectros para densidades do gás no i n t e r v a l o de 6 a 30 amagats amagat z dz^lnído como a dm&ÁxLadz noÁ corutiçõzò noAmau dz ( I tzmpznãtwia pAZòÁCLo] e para concentrações de p-Hg de 25%, 50% e 98%. São mostrados pectros de absorção t í p i c o s , ficando e v i d e n t e o e s t r e i t a m e n t o z e¿ { a^lmmzyito ] das l i n h a s Q , S ( 0 ) e S ( l ) para baixas temperaturas. 36 Hare e colaboradores estudaram a banda de absorção v i b r a c i o n a l na r e gião fundamental para v á r i a s concentrações o r t o / p a r a h i d r o g e n i o l i q u i d a e s ó l i d a . Um estudo comparativo do n-Hg s ó l i d o , l i q u i d o f e i t o p o s t e r i o r m e n t e por Gush e c o l a b o r a d o r e s ' nas fases e gasoso, mostrou que o e s p e c t r o do s ó l i d o apresenta l i n h a s melhor d e f i n i d a s , que são devidas ã i n t e r a ç ã o quadru^ polar e bandas alargadas que são devidas aos fonons. No para-Hg sólido as l i n h a s tornam-se mais acentuadas e a t r a n s i ç ã o dupla Q i ( 0 ) + So(0) apresenta uma e s t r u t u r a complexa. Balasubramanian e colaboradores^' observaram uma t r a n s i ç ã o rotacional pura do t i p o U(AJ= 4) no para-Hg s ó l i d o ( U o ( 0 ) ) , e n q u a n t o que Prasad e colabo radores?® observaram uma t r a n s i ç ã o r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l variação 5 correspondente 1 e 4 -«-0 no número quantico r o t a c i o n a l J da molécula ã de Hg Concíue-se p o r t a n t o que a banda fundamental i n d u z i d a por c o l i s ã o no ( U i ( J ) e Q i ( J ) + U o ( J ) ) no h i d r o g ê n i o s ó l i d o . h i d r o g ê n i o f o i bastante estudada num amplo i n t e r v a l o de pressão e t e m p e r a t u r a no h i d r o g ê n i o gasoso puro e em misturas com He, A r , Ng e CO, e nas fases s ó l i d a e l i q u i d a no h i d r o g ê n i o normal e em v á r i a s concentrações o r t o / p a r a , sendo bem conhecidas suas c a r a c t e r í s t i c a s nessa r e g i ã o . Na r e g i ã o dos sobre t o n s , e n t r e t a n t o , as c a r a c t e r í s t i c a s das bandas de absorção ainda não estão bem d e l i n e a d a s , havendo poucos t r a b a l h o s ^ ' " I s s o é devido ao f a t o des^ sas absorções serem f r a c a s com as conseqüentes d i f i c u l d a d e s na sua i n v e s t i g a 29 ção no l a b o r a t ó r i o . Hare e Welsh obtiveram os e s p e c t r o s da r e g i ã o do p r i m e i r o ã a l t a s pressões (> 2000 atm) e Watanabe, Hunt e Welsh ^ em baixas ras [24 K com um caminho Óptãuo de. 13 m]. sobretom temperat^ Chegou-se a conclusão que na r e g i ã o do segundo harmônico a absorção e i n d u z i d a predominantemente por q u a d r u p o l o , uma v ê z que não f o i observada d i v i s ã o na banda Q , como na tal" região fundameji . Mc K e l l a r e W e l s h " estudaram a absorção do segundo e t e r c e i r o nicos u t i l i z a n d o um caminho ó p t i c o mais longo (137m), r a t u r a de 85 a 116 K. harmõ no i n t e r v a l o de tempe Eles mostraram que a indução por quadrupolo responsável pelo p e r f i l o b s e r v a d o , com 14 t r a n s i ç õ e s simples e sozinha é duplas, de d i f e r e n t e s f r e q ü ê n c i a s , c o n t r i b u i n d o para o p e r f i l . J e a n - L o u i s e colaboradores"* estudaram soluções s ó l i d a s mistas de 50% Hg + 50% Da à 4K na r e g i ã o do segundo harmônico dessas duas m o l é c u l a s , apre sentando uma comparação e n t r e os e s p e c t r o s do Hg e Dg puros e os da m i s t u r a . Foram observadas t r a n s i ç õ e s simples e duplas acompanhadas pelas fonon. Mais recentemente P a t e l , Nelson e Kerl^^ bandas de o b t i v e r a m os p r i m e i r o s dados do e s p e c t r o de absorção do t e r c e i r o harmônico do h i d r o g ê n i o s ó l i d o normal. O h i d r o g ê n i o também f o i estudado u t i l i z a n d o - s e a espectroscopiaRaman. O espectro Raman do h i d r o g ê n i o nas suas v á r i a s f a s e s f o i o b j e t o de muitas i n v e s t i g a ç õ e s que se i n i c i a r a m praticamente com a descoberta do e f e i t o em 1928. O e s p e c t r o Raman do h i d r o g ê n i o l i q u i d o f o i observado pela vêz por Mc Lennan e Mc L e o d , sendo estudado posteriormente por Raman primeira Allin e colaboradores**^ nas fases l i q u i d a e s ó l i d a . As p r i m e i r a s observações do e f e i t o Raman no hidrogênio foram f e i t a s por R a s e t t i sob e um estudo q u a n t i t a t i v o das r e l a ç õ e s da dade e n t r e as v a r i a s linhas f o i f e i t o por Bhagavantam . Os pressão intensj^ e s p e c t r o s Raman do h i d r o g ê n i o e suas formas i s o t ó p i c a s , HD e D a , foram obtidos a baixas pres soes por Teal e Mc Wood"*^ e p o s t e r i o r m e n t e por S t o i c h e f f '^".Este ú l t i m o t r a b ¿ l h o , f e i t o com a l t a resolução e s p e c t r a l , f o r n e c e , j u n t o com os espectros i n f r a v e r m e l h o q u a d r u p o l a r e s ' e os e s p e c t r o s estimulados por Raman"*" , os v a l o r e s mais p r e c i s o s das constantes v i b r a c i o n a i s e r o t a c i o n a i s das moléculas de H a , HD e Oa no seu estado e l e t r ô n i c o fundamental. A perturbação da f r e q ü ê n c i a v i b r a c i o n a l do h i d r o g ê n i o i n t e r m o l e c u l a r e s f o i estudada por May e c o l a b o r a d o r e s ' * ^ ' ' " no pelas forças e s p e c t r o Raman do h i d r o g ê n i o a a l t a s p r e s s õ e s ; o e s p e c t r o i n f r a v e r m e l h o i n d u z i d o por campo e o espectro estimulado por Raman** também foram u t i l i z a d o s nessas i n v e s t j [ gações. O e s p e c t r o Raman do h i d r o g ê n i o s ó l i d o , observado i n i c i a l m e n t e p o r A l l i n e colaboradores infravermelho ^. , confirmou a rotação molecular l i v r e observada no e s p e c t r o 30 11.5.2. D e u t e r i o Uma i n v e s t i g a ç ã o detalhada na r e g i ã o fundamental da absorção induz^ da por c o l i s ã o do d e u t e r i o gasoso f o i f e i t a ã temperatura ambiente por Reddy e Cho e em baixas temperaturas por Watanabe e Welsh^"* , no gás puro m i s t u r a s com h é l i o , argõnio e n i t r o g ê n i o , ã temperatura ambiente, c o l a b o r a d o r e s " . Penney, Prasad e Reddy e em por Pai e estudando ainda o d e u t e r i o na f a s e gasosa, obtiveram os e s p e c t r o s i n d u z i d o s por c o l i s ã o na r e g i ã o da banda fuji damental do d e u t e r i o , para densidades de a t é 60 amagat nas temperaturas 77, 196 e 298 K, com um caminho de absorção de 2m. Eles f i z e r a m uma a n a l i s e dos p e r f i s de a b s o r ç ã o , o que t o r n o u p o s s í v e l separar as c o n t r i b u i ç õ e s dos dois t i p o s de t r a n s i ç õ e s [ixanòlção Induzida, pon. oupoApooicRo ("overlap"J,dzavUo alcance, e tAanòiç.cu) induzida pon. quadmpolo, dz longo alcancz]. Crane e Gush ^ o b t i v e r a m as bandas de absorção do d e u t e r i o normal e orto-Dg s ó l i d o s na r e g i ã o fundamental. Esses espectros apresentaram r i s t i c a s que correspondem ã t r a n s i ç õ e s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s caracte numa única m o l é c u l a , em pares de moléculas e ã t r a n s i ç õ e s moleculares acompanhadas pela c r i a ç ã o de fonons. Na r e g i ã o dos harmônicos foram f e i t o s estudos na fase gasosa * e na fase sólida**" . Reddy e Kuo '® observaram a banda de absorção infravermelha i n d u z i d a por c o l i s ã o na r e g i ã o do segundo harmônico ã temperatura Essa banda f o i estudada no gás puro e em m i s t u r a s b i n a r i a s ambiente. com argõnio e n i t r o g ê n i o , com um caminho de absorção de 194,3 cm, em pressões de a t é 800 atm. Os p e r f i s de absorção da banda observados não apresentam d i v i s ã o no ramo Q , o que i n d i c a que a c o n t r i b u i ç ã o das f o r ç a s de superposição de c u r t o alcance é d e s p r e z í v e l . A p r i n c i p a l c o n t r i b u i ç ã o para a intensidade dos absorção do d e u t e r i o puro vem das t r a n s i ç õ e s duplas Q i { J ) + Q i ( J ) , perfis de Qi(J) + + S i ( J ) e Q g í J ) + S o ( J ) nos pares de moléculas de Dg em col i s ã o . J e a n - L o u i s e c o l a b o r a d o r e s e s t u d a r a m m i s t u r a s s ó l i d a s de 50% Hg + 50% Dg a 4 K,na r e g i ã o dos p r i m e i r o s harmônicos das duas moléculas. Eles apresentaram uma comparação e n t r e os espectros do Hg e Dg puros e o da m i s t u r a Hg + Dg. Foram observadas t r a n s i ç õ e s simples e d u p l a s , acompanhadas das bandas de fonon. 11.5.3. Hidrogênio Deuterado O espectro r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l do HD, que é f r a c o , f o i observado pela p r i m e i r a v ê z por H e r z b e r g " , que obteve os espectros das bandas do seguji do e t e r c e i r o sobretons do i n f r a v e r m e l h o f o t o g r á f i c o , u t i l i z a n d o caminhos de absorção de até lOOOm. atm. Um estudo abrangente dessas bandas e das bandas da r e g i ã o fundamental e do p r i m e i r o sobreton f o i f e i t o posteriormente por D u r i e e H e r z b e r g ^ . Esse t r a b a l h o e os e s p e c t r o s Raman obtidos p o r S t o i c h e f f * * , ainda são as p r i n c i p a i s f o n t e s das constantes moleculares do HD no seu estado e l e t r ô n i c o fundamental. E n t r e t a n t o , D u r i e e Herzberg '" f i z e r a m somente esti 31 mativas q u a l i t a t i v a s das intensidades das l i n h a s de absorção no i n f r a v e r m e l h a Trefler e colaboradores^* i n v e s t i g a r a m o e s p e c t r o no infravermelho d i s t a n t e e obtiveram o e s p e c t r o r o t a c i o n a l devido ao d i p o l o e l é t r i c o permanente e o 59 espectro r o t a c i o n a l i n d u z i d o por c o l i s ã o . T r e f l e r e Gush mediram as inteji sidades do espectro r o t a c i o n a l p u r o , obtendo então o p r i m e i r o v a l o r experimeji t a l para o momento de d i p o l o do HD ( - 5,85 x 10"** D ) . As intensidades das v a r i a s t r a n s i ç õ e s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s medidas por Mc Kellar^^ [Unhoò P i ( 7 ) , R i ( 0 ) , R i ( / ) e foram (0)) e Bejar e Gush^^ [tínhcu, R i ( 0 ) , R i ( J ) , R i ( 2 ) , R i ( 3 ) e R i ( 4 ) ) , sendo f e i t a s estimativas r i c a s por v á r i o s a u t o r e s ^ " * . T r a u g e r e colaboradores^^ detectaram teõ HD na atmosfera de J ú p i t e r por meio da l i n h a de absorção P t ( 1 ) . Mc K e l l a r " " estudou as bandas r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s 1-0, 2-0,3-0 e 4 - 0 , nas temperaturas de 77 e 184K e com caminhos de absorção no i n t e r v a l o de 6 a 66 m. Mc K e l l a r e colaboradores" mediram as bandas do segundo sobretom do espectro r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l ao q u i n t o devido ao d i p o l o e l é t r i c o , u t i l j ^ zando caminhos de absorção de a t é 3 km ã 1 atm (o quz ZXIQÁJX. chtcxidz SOOt dz góó) e 295 K. Eles o b t i v e r a m pela p r i m e i r a v ê z , as bandas do quarto (-6100 A) o e q u i n t o ( - 5200 Â) sobretons do espectro r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l do HD. Dalby e Vigué®", u t i l i z a n d o e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a , obtiveram o espectro r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l do quarto sobretom da molécula l i v r e do HD, com uma c é l u l a de volume 1,2 cm^ e caminho de absorção de 4 cm. Reddy e Prasad estudaram os espectros de absorção no i n f r a v e r m e l h o da banda fundamental do HD no gás puro ã 298 Hf^ e ã 196 e 77K^° para várias densidades a t é 50 amagat. Além das c a r a c t e r í s t i c a s comuns {bandas l(VigcL&]dos e s p e c t r o s induzidos por c o l i s ã o de um gás diatómico s i m é t r i c o , na r e g i ã o fuji damental, os e s p e c t r o s ã 77 e 19K apresentaram as t r a n s i ç õ e s R i ( 0 ) e R i ( 1 ) , bem d e f i n i d a s , que são devidas ao d i p o l o e l é t r i c o permanente das moléculas i n d i v i d u a i s . As c o n t r i b u i ç õ e s das i n t e r a ç õ e s de superposição {"ovzàIa.p"] e q u a d r u p o l o , para a i n t e n s i d a d e , foram separadas pelo método de análise do p e r f i 1. Crane e Gush ' ' o b t i v e r a m as bandas de absorção na r e g i ã o fundamental do HD s ó l i d o ã 1,9K. Eles observaram v á r i a s c a r a c t e r í s t i c a s que provém do f a t o do HD s e r h e t e r o n u c l e a r : uma l i n h a de absorção bem d e f i n i d a , t r a n s i ç ã o AJ= 1 numa m o l é c u l a , e uma d i v i s ã o {"òpLitUng"] devida a incomum na banda de f o n o n s . O mesmo e f e i t o f o i observado por T r e f l e r e colaboradores"" no e¿ pectro r o t a c i o n a l puro do HD s ó l i d o . Uma d i v i s ã o s i m i l a r f o i observada poste r i o r m e n t e por Souers e colaboradores nos e s p e c t r o s do HD e HT l í q u i d o s e s ó l i d o s , em m i s t u r a com T g . Rich e colaboradores'^ f i z e r a m um estudo de a l t a resolução da banda fundamental do HD ã temperatura ambiente e pressão {0,òatm)y relativamente baixa u t i l i z a n d o um caminho de absorção longo (4«m). Eles observaram nove 32 t r a n s i ç õ e s de d i p o l o (AJ= ± 1 ) e t r ê s t r a n s i ç õ e s de quadrupolo (AJ=2) no in t e r v a l o 3350 a 4210 c m " ^ , estendendo consideravelmente esse i n t e r v a l o em r e lação ã estudos a n t e r i o r e s . T r a u g e r e Mickelson'^ o b t i v e r a m as bandas v i b r a c i o n a i s do terceiro, quarto e q u i n t o sobretons do HD a temperatura ambiente variando de 0 , 3 a 1,7 amagat. I I . 5 . 4 . H a , HD e Dg em M a t r i z e s L í q u i d a s e Solidas Soluções de H¿ em gases r a r o s , na f a s e l i q u i d a , foram bastante estu^ dadas por Ewing e c o l a b o r a d o r e s ^ " ' " , enquanto que as soluções s ó l i d a s cor respondentes foram examinadas por Welsh e c o l a b o r a d o r e s ' ' ' ' ^ e Vu e c o l a b o r a dores "^"'^^ . Warren e c o l a b o r a d o r e s " " estudaram as absorções na r e g i ã o fundamental do H g , HD e Da em m a t r i z e s de Ar e mais t a r d e estenderam esses estudos "'^ para i n c l u i r os e s p e c t r o s puramente r o t a c i o n a i s do H¿ e Da m a t r i z e s alem do A r . em várias outras 33 CAPITULO I I I ESPECTROSCOPIA III.1. FOTOACUSTICA Introdução O e f e i t o f o t o a c u s t i c o ( F A ) ou o p t o a c ú s t i c o (OA) c o n s i s t e na geração de uma onda a c ú s t i c a t r a n s i t o r i a devido ã absorção de um pulso de l u z . E s s e e f e ^ t o f o i descoberto por B e l l há cem anos a t r á s . E l e demonstrou que quando um f e i x e de l u z s o l a r i n t e r r o m p i d a periodicamente i n c i d i a sobre d i s c o s f i n o s de c e r t a s substancias contidos num volume fechado e r a produzido um som a u d T v e l . Alguns t r a b a l h o s p o s t e r i o r e s mostraram que e s t e e f e i t o FA também o c o r r i a com amostras i T q u i d a s e g a s o s a s " " " ^ . A e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a d i s t i n g u e - s e das t é c n i c a s convencionais p r i n c i p a l m e n t e pelo f a t o de que embora a e n e r g i a i n c i d e n t e e s t e j a soba forma de f o t o n s , o estudo da i n t e r a ç ã o desses fotons com a amostra em questão não é f e i t o pela detecção e a n á l i s e p o s t e r i o r desses f o t o n s , mas pela medida dire t a da e n e r g i a a b s o r v i d a pelo m a t e r i a l devido a sua i n t e r a ç ã o com o f e i x e de fétons. A p a r t i r de 1968 r e s s u r g i u o i n t e r e s s e no e f e i t o F A . Esse na u t i l i z a ç ã o da t é c n i c a f o i devido p r i n c i p a l m e n t e ã t e s de l u z de a l t a i n t e n s i d a d e [ZHÒZAÒ crescimento d i s p o n i b i l i d a d e de foji e Zâmpadcu, de, oAxioje o desenvolvimento de d e t e c t o r e s de som altamente s e n s T v e i s , t a i s como t r a n s d u t o r e s piezoelétrjí COS, d e t e t o r e s p i e z o e l é t r i c o s de f i l m e s f i n o s , m i c r o f o n e s , e t c . Além disso, f o i demonstrada a a l t a s e n s i b i l i d a d e da t é c n i c a na detecção de absorções p o ^ co i n t e n s a s em amostras i T q u i d a s ou s ó l i d a s . Essa rápida expansão nos estudos da EFA e suas aplicações se r e f l e t e nos v á r i o s a r t i g o s de r e v i s ã o e livros publicados a esse r e s p e i t o "®""^. A e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a ( E F A ) tem muitas aplicações incomuns . Essas a p l i c a ç õ e s incluem estudos espectroscópicos de m a t e r i a i s opacos ou sob a forma de p Ó , estudos de processos de conversão de e n e r g i a , a n á l i s e de t r a ç o , e s p e c t r o s c o p i a de t r a n s i ç õ e s ó p t i c a s bem pouco i n t e n s a s , t e s t e s de m a t e r i a i s ópticamente e s p e s s o s , medida dos tempos de r e l a x a ç ã o v i b r a c i o n a l de moléculas gasosas e mapeamento s u b s u p e r f i c i a l n ã o - d e s t r u t i v o . Novas aplicações experj^ mentais dos e f e i t o s FA em v á r i o s meios são publicadas quase que d i a r i a m e n t e . A p r i n c i p a l vantagem da EFA sobre as t é c n i c a s convencionais é a possj^ b i l i d a d e de se o b t e r e s p e c t r o s , s i m i l a r e s aos espectros de absorção Ó p t i c a , de m a t e r i a i s s ó l i d o s ou s e m i - s ó l i d o s , sob a forma c r i s t a l i n a , p ó , amÓrfos ou 34 gel. III.2.Principios Básicos 9^, 98, 101 A teoria básica envolvida na detecção FA i bastante simples. A l u z pro veniente de uma fonte de radiação periódica é absorvida por uma amostra,sendo então uma fração da população excitada do estado fundamental para nTveis de energia mais a l t o s . Esses estados excitados relaxam posteriormente por meio de uma combinação de processos de desexcitação r a d i a t i v a e não-radiativa. A componente não r a d i a t i v a gera calor na região especTfica da excitaçao pelo f e i x e de l u z , produzindo uma onda de pressão que se propaga a p a r t i r da fonte. Essa onda de pressão e então detectada com um sensor adequado, como um micro^ fone ou um transdutor p i e z o e l e t r i c o . O parámetro importante na geração de um sinal FA é a rápida conversão da energia absorvida em calor por meio de pro cessos de relaxação não-radiativa. A fonte de radiação periódica pode ser um f e i x e contTnuo modulado ou um f e i x e pulsado. A diferença entre os arranjos pulsado e contTnuo está básica mente na fonte de l u z u t i l i z a d a , que quando pulsada é capaz de gerar radiação com potências de pico altas para a amostra, enquanto que lasers contTnuos permitem a obtenção de radiação monocromática mais facilmente.Esses picos de a l t a intensidade tornam r e a l i z á v e i s uma variedade de aplicações impossTveis de serem f e i t a s utilizando-se um arranjo CW. F o i mostradt^"'* que fontes de excitaçao pulsadas aumentam a sensibilidade de detecção quando se tem amostras na fase condensada. Desse modo, em nosso estudo dos hidrogenios sólidos ut^ l i z o u - s e um f e i x e de laser pulsado como excitaçao. I I 1 . 3 . E s p e c t r o s c o p i a F o t o a c u s t i c a Pulsada A geração de um s i n a l FA devido ã e x c i t a ç a o pulsada de m a t e r i a i s absorção ó p t i c a pouco i n t e n s a f o i estudada teoricamente por alguns com auto 94, 105-107 res com v a n o s graus de r i g o r matemático. Nosso i n t e r e s s e p r i n c i p a l e s t á na u t i l i z a ç ã o da EFA na medida de absor ções f r a c a s em m a t e r i a i s na f a s e condensada e portanto serão seguidos aqui os desenvolvimentos f e i t o s por Patel e c o l a b o r a d o r e s ^ " * ' " " ' " ^ Há dois casos a serem considerados na EFA pulsada: (-t) [li] excitaçao na {^oU.xa de. mlcnoò efundoò e.; excitaçao na ^oÀxa de. nanosegundoò. . 35 (i) E x c i t a ç ã o na F a i x a de Mi erosegundos Patel e Tam consideraram o caso no qual a duração de pulso do l a s e r ''^p é grande em comparação com o tempo de t r a n s i t o a c ú s t i c o da perturbação da pressão Icutyuívh, da. A.&g¿aa aqazcÃda], r e s u l t a n t e do aquecimento local transito r i o da amostra. Devido ã s i m e t r i a a x i a l e n e c e s s á r i o que: T p > > W/ V 5 a a (III.1) onde (0 é a c i n t u r a do l a s e r , v , é a v e l o c i d a d e do som e t o tempo de t r a n s i a a — to [ojcEitcco] c a r a c t e r í s t i c o para uma onda a c ú s t i c a se propagar através região da amostra iluminada pelo l a s e r . Na a n á l i s e f e i t a e l e s também da assumj_ ram que a duração do pulso é muito maior que o tempo de r e l a x a ç ã o não radia^ t i v a r^^ e que o tempo de resposta do t r a n s d u t o r p i e z o e l e t r i c o , ''^p^^' ^ ' Sob e s t a s c o n d i ç õ e s , que podem s e r obtidas quando se u t i l i z a um dye l a s e r bombeado por uma " f l a s h - l a m p " e sendo Eo a e n e r g i a por pulso do f e i x e i n c i d e n t e , a e n e r g i a a b s o r v i d a pelo m e i o , que possui um c o e f i c i e n t e de absor ção a e comprimento ¿ hhs= é dada p o r : - ^""'^^ ^^^^^^^ Para absorções pouco i n t e n s a s , aZ « 1 , a e n e r g i a absorvida pode s e r e s c r i t a como: ^abs= (in.4) Assumindo-se que a r e l a x a ç ã o e n e r g i a a b s o r v i d a também n ã o - r a d i a t i v a é predominante no m e i o , a é igual ao c a l o r gerado no m e i o , dado p o r : onde P e a densidade do m a t e r i a l , Cp é o c a l o r e s p e c i f i c o a pressão cons^ t a n t e , V é o volume iluminado e A T é o aumento na t e m p e r a t u r a . Se R é o r a i o do f e i x e de l u z , então: y= -n R Z Assumindo-se uma expansão a d i a b á t i c a , i s o b á r i c a , a expansão AR do volume 36 iluminado i dada por: TT (R + AR)^ l - T\ R ¿ = ß V A T , (III.6) onde 3 é o c o e f i c i e n t e de expansão v o l u m é t r i c a . Urna vez que A R « R na m a i o r i a dos c a s o s , combinando-se as equações a n t e r i o r e s obtém-se: Eo a 3 A R £- (III.7) 2 7TRCpP Essa expansão c r i a uma onda de pressão que v i a j a radialmente a partir do c i l i n d r o iluminado com a v e l o c i d a d e do som. A v a r i a ç ã o da pressão num ponto r e l a c i o n a - s e com a f r e q ü ê n c i a _f_ da onda sonora e o criada deslocamento _d_por meio da e x p r e s s ã o : p = 2 TTf V , dp Urna v ê z que d (III.8) a uma c e r t a d i s t a n c i a r a d i a l r do c i l i n d r o iluminado 1/ é p r o p o r c i o n a l a A R (oa Ò&JCL, d - A R ( R / r ) ' ^ 1 , c o n c l u i - s e a p a r t i r das duas ú l t i m a s equações que: 3 Va Eo a P= x — (III.9) Cp Uma v ê z que a geometria e as c a r a c t e r í s t i c a s do l a s e r sejam mantidas f i x a s , f e R podem s e r englobados numa c o n s t a n t e . Desse modo nõs temos: 3 Va p= cte Eo a (III.10) Uma v ê z que o s i n a l f o t o a c u s t i c o Vp^ o b s e r v á v e l com um t r a n s d u t o r z o e l é t r i c o é proporcional a pie p , têm-se: 3 Va Vp^ = K Eo a (III.11) Cp onde K é uma constante para um t r a n s d u t o r , forma de pulso e geometria dos. D e f i n i n d o - s e o s i n a l FA normalizado S como Vp^ / Eo obtém-se: fix¿ 37 S= K a (in.12) Essa equação é a base da EFA pulsada. Observa-se que para um dado m a t e r i a l , onde (B v ^ / Cp) e uma c o n s t a n t e , S i p r o p o r c i o n a l ao c o e f i c i e n t e de absorção a . Fazendo-se uma v a r r e d u r a com um l a s e r pulsado ou o u t r a f o n t e de l u z p u l s a d a , obtem-se um e s p e c t r o F . A . , p r o p o r c i o n a l ao c o e f i c i e n t e de absor ção. A constante de p r o p o r c i o n a l i d a d e pode independentemente para ser obtida um determinado comprimento determinando-se de onda e a medindo-se S nesse mesmo comprimento de onda. Uma v ê z que a constante de p r o p o r c i o n a l i dade K ê o b t i d a para um dado m a t e r i a l , pode-se o b t e r uma c a l i b r a ç ã o absoluta para um o u t r o m a t e r i a l . I s s o pode s e r f e i t o se a g e o m e t r i a , forma do pulso e t r a n s d u t o r u t i l i z a d o s permanecerem i n a l t e r a d o s no estudo desse outro m a t e r i a l , e se (3 Va / Cp) f o r conhecido para os dois m a t e r i a i s . Em o u t r a s c a l i b r a ç ã o absoluta pode s e r ajustada de amostra para f a t o r dependente do m a t e r i a l (ii) amostra palavras a por meio do (3 Va / C p ) . E x c i t a ç ã o na F a i x a de Nanosegundos 108 Nelson e Patel consideraram a s i t u a ç ã o da e x c i t a ç a o na f a i x a de nano segundos na qual o volume aquecido da amostra não s o f r e uma expansão i s o b ã r i c a . Neste c a s o , o c i l i n d r o iluminado ê "espesso" quasi- comparado com a d i ¿ t ã n c i a de propagação do pulso a c ú s t i c o durante o pulso de e x c i t a ç a o , ou s e j a , -Ca » Tp Eles também assumiram que a r e l a x a ç ã o ê rápida pulso do l a s e r , comparada com a duração do i.e., TNR « Tp E l e s v e r i f i c a r a m que a c i n t u r a do l a s e r e um parâmetro importante na d e t e n m nação da dependência temporal da onda a c ú s t i c a e da r e s p o s t a global do trans^ dutor. O r e s u l t a d o ê quase o mesmo que o o b t i d o por Patel e Tam , exceto que Va ê s u b s t i t u í d o por V a * . 108 Nelson e Patel _ _ - consideraram também a i n t e r a ç a o da onda a c ú s t i c a com o t r a n s d u t o r , em duas s i t u a ç õ e s . No p r i m e i r o c a s o , o tempo de resposta t r a n s d u t o r p i e z o e l e t r i c o ( x ^ ) e longo comparado com a duração do pulso do acús^ t i c o ( x a ) . enquanto que no segundo caso mantém-se a r e l a ç ã o i n v e r s a . Em ambos os casos assumiu-se que a impedância a c ú s t i c a do t r a n s d u t o r é muito maior que a da f o n t e . Os r e s u l t a d o s que ê l e s obtiveram são resumidos a s e g u i r : 38 (a) Para » Tg G ( t ) A 633 ,g = B Vg^ E a T C Cp C33 « onde: T - — ^ — — — — , ^ abs ^ ptz G(t) expressa a dependência temporal da o s c i l a ç ã o do t r a n s d u t o r , A é a área do t r a n s d u t o r ; C ê a c a p a c i t a n c i a e f e t i v a do t r a n s d u t o r e da entrada do p r é amplificador; e33 e C 3 3 . . são constantes p i e z o e l é t r i c a s . Essa expressão d i f e r e da o b t i d a por Patel e Tam^** pela i n c l u s ã o explî c i t a dos parámetros p i e z o e l é t r i c o s e o f a t o r de transmissão T e n t r e o abso£ vedor e o t r a n s d u t o r p i e z o e l e t r i c o . (b) Para t a » Tr Neste c a s o , onde o tempo de resposta do t r a n s d u t o r é muito menor do que Tg, a r e s p o s t a do t r a n s d u t o r r e l a c i o n a - s e ã pressão i n c i d e n t e pela expressão^" 633 A Vgít) = — C33 C 3 Va^ i. Cp Ea F(t) (III.14) Esse r e s u l t a d o d i f e r e dos r e s u l t a d o s de Patel e Tam** por um f a t o r V a » Kuo, V i e i r a e Patel"também consideraram o caso da e x c i t a ç ã o na f a i x a de nanosegundos. F o i f e i t o um c á l c u l o g e n e r a l i z a d o do pulso u l t r a s ó n i c o na e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a no caso de e x c i t a ç ã o c i l i n d r i c a . gerado Esses tados foram comparados com r e s u l t a d o s experimentais por nos obtidos resuj^ utilizajn do-se um t r a n s d u t o r de f i l m e f i n o sem o s c i l a ç õ e s amortecidas ("non r i n g i n g " ) . Mostrou-se também, a p a r t i r dos c á l c u l o s , que os tempos de v i d a das espécies e x c i t a d a s podem s e r i n f e r i d o s a p a r t i r da forma dos pulsos u l t r a s ó n i c o s . Assumiu-se que o c o e f i c i e n t e de absorção a no meio é pequeno, a f i m de se assegurar uma deposição uniforme de e n e r g i a ao longo do f e i x e do laser. Neste caso tem-se a s i m e t r i a c i l i n d r i c a , ao c o n t r á r i o do que o c o r r e num meio fortemente a b s o r v e d o r , onde se tem a s i m e t r i a e s f é r i c a (oó ondcu acEòtlccu dÃ^^OAlcjOÁ &2. oAlglmm a pantúi do ponto de. IncÁdíncÃa na. ¿upeA^lcÁz]. O com 39 portamento das ondas u l t r a s ó n i c a s geradas por uma perturbação causada c a l o r ao longo de urna l i n h a pode s e r d e s c r i t o pela s e g u i n t e equação pelo difereji Ciai a' p ( r . t) ^ Va^ 'a V ^ p ( r , t ) = 2 3 Q(f, t) (III.15) 3t 3t' onde _g_ é a f l u t u a ç ã o da p r e s s ã o , e Q d e s c r e v e a deposição de e n e r g i a pelo l a s e r . Num s ó l i d o i s o t r ó p i c o , a v e l o c i d a d e do som sera uma função das t a n t e s e l á s t i c a s , mas essa equação c o n t i n u a r á a s e r a p l i c á v e l . A cons^ quantidade Q pode s e r e s c r i t a como: 36 po a I ( r ) T ( t ) Q (f, t) = K I(r) T(t) (III.16) Po Cy e r e p r e s e n t a o e f e i t o do aquecimento devido ao l a s e r com intensidade 1(f). Cy é o c a l o r e s p e c i f i c o ã volume constante e po é a densidade não perturbada; T ( t ) . . . é uma função combinada da l a r g u r a do pulso do l a s e r e da t a x a de r e l a x a ç ã o ; P é a pressão de e q u i l í b r i o ; K contém todas as constantes que não estão relacionadas ã depen dência espacial e t e m p o r a l . Deve-se notar que a d i f u s ã o ter mica e a ^ e l e e t r o s t r i ç ã o foram desprezadas da equação o r i g i n a T da r e f e r ê n c i a i l l A quantidade 0 é a temperatura em K e l v i n . A solução g e r a l para essa equação, com contorno i n f i n i t o , é resolvida encontrando-se i n i c i a l m e n t e a função de Green que s a t i s f a z a equação: ^^^-^'^ ^ 3 t2 1 va^ 6(r - f ' ) V^G(f-f', t - f ) ô(t - f ) (III.17) f - f' 2 TT onde o v e t o r - r é um v e t o r posição b i d i m e n s i o n a l . A função ô ( r - f ' ) é uma função d e l t a b i d i m e n s i o n a l . A convolução da função de Green comada f o n t e dá então a solução g e r a l . A função de Green dessa equação d i f e r e n c i a l v i d a por Morse e Feshbach. f o i resoj^ 40 2 Va G (f - f'. ''va^ para | f - f ' | (III.18) t - t') = < Va ( t - t ' ) e (t - t')2 =0 para - | f - r' 2 > Va ( t - t ' ) . A onda r - r de pressão u l t r a s ó n i c a e então dada por: p ( f , t ) = K // r ' GI (f') ^ (^'^ 9 f dr' (III.19) dt' Para um pulso do l a s e r de c u r t a duração comparada ao tempo de propagação a c ú s t i c a a t r a v é s do diâmetro iluminado (xp « x a ) e para r á p i d a comparada com o tempo de duração do pulso (x^JR « uma relaxação x p ) , a nossa solução deve se r e d u z i r aos r e s u l t a d o s o b t i d o s por Nelson e Patel'f^Sob estas ç õ e s , a função T ( t ) é t r a t a d a como uma função d e l t a e a i n t e g r a l condi^ na equação para a onda de pressão pode s e r e s c r i t a como: p(f, t) = K / r ' 2v I(r') at / va^ t^ - (III.20) d r' f - f' 2 Essa expressão f o i i n t e g r a d a numericamente para um conjunto de t r o s e o r e s u l t a d o é mostrado na f i g u r a I I I . l . Esse g r á f i c o da parame f l u t u a ç ã o da pressão mostra uma das c a r a c t e r í s t i c a s mais importantes dos pulsos de sime t r i a c i l í n d r i c a : como no caso de uma onda e s f é r i c a , há uma pressão p o s i t i v a , correspondendo ã expansão do meio pela r e g i ã o aquecida, seguida por uma pres^ são n e g a t i v a correspondente ã contratação do meio que se segue ã.. expansão. Mas a onda c i l í n d r i c a d i f e r e da onda e s f é r i c a pois o pulso p o s i t i v o da primej^ r a tem uma amplitude maior com uma l a r g u r a menor, seguido por uma descompres^ são mais f r a c a e a l a r g a d a . Os c á l c u l o s f e i t o s mostraram também que as amplj_ tudes da onda de pressão são inversamente p r o p o r c i o n a i s ã r a i z quadrada das d i s t â n c i a s ao f e i x e do l a s e r . Esta r e l a ç ã o surge como consequência da conser vação de e n e r g i a quando a s u p e r f í c i e do pulso c i l í n d r i c o se expande a t r a v é s do meio. Essa dependência com a d i s t â n c i a f o i constatada q u a l i t a t i v a m e n t e por 94 Patel e Tam e a n t e r i o r m e n t e por Landau e L i f s h i t z 113 , sendo verificada em nossas e x p e r i ê n c i a s . Considerou-se também, em nossos e s t u d o s , a s i t u a ç ã o onde o tempo de r e l a x a ç ã o é da ordem ou maior que o tempo de propagação acústica (x^R ^ Ta ) , mas o pulso do l a s e r ainda possue c u r t a duração. Neste c a s o , a forma nal da quantidade T ( t ) pode s e r e s c r i t a como: T(t) To e 'xNR funcio 41 S+j •r-Q i(O (U -o teor. <a -a ui = 105 JJ V , = 131x10* cm/s o 00 LU < Q § O -200 -100 100 200 300 400 500 600 700 TEMPO ( n s ) FIGURA I I I . l . Formas t e ó r i c a e experimental do pulso u t i l i z a n d o - s e como para metros a v e l o c i d a d e do som no benzeno e a l a r g u r a medida do f e i x e . O e i x o temporal é considerado em r e l a ç ã o ao v a l o r t - ( r / v a ) com r= 2 mm. A forma do pulso de pressão i o b t i d a i n t e g r a n d o - s e novamente a equação ( I I I . 1 9 ) . Foram f e i t o s g r á f i c o s para v á r i o s tempos de decaimento ( F i g u r a I I I . 2 ) . 100 200 300 TEMPO ( n s ) FIGURA I I 1 . 2 . Curvas T e ó r i c a s para V á r i o s Tempos de Decaimento. 42 sendo q u e , as l a r g u r a s de pulso são determinadas pelos processos de decaimejí t o . A tendencia g e r a l observada é que para um tempo de decaimento maior, a e n e r g i a a b s o r v i d a d e s l o c a - s e mais lentamente no meio. Eventualmente pode acoji t e c e r desse deslocamento não s e r s u f i c i e n t e m e n t e rápido para acompanhar a d i f u s ã o , não havendo portanto a geração de ondas a c ú s t i c a s . O a r r a n j o experimental u t i l i z a d o para se t e s t a r os cálculos descritos a n t e r i o r m e n t e i n c l u i a um t r a n s d u t o r de f i l m e f i n o , um a m p l i f i c a d o r rápido de baixo ruTdo e um meio fracamente a b s o r v e d o r . O pulso obtido experimentalmente a j u s t a - s e razoavelmente ao calculado t e o r i c a m e n t e , com pequenas (figura diferenças III.l). Observou-se a presença de um pequeno pulso n e g a t i v o i n i c i a l , não explj[ cado, e o f a t o da amplitude observada do pulso n e g a t i v o , correspondente descompressão, s e r maior do que a calculada t e o r i c a m e n t e . Especulou-se ã que provavelmente a f r e q u ê n c i a de c o r t e do f i l m e f i n o o c o r r e para v a l o r e s relatj_ vãmente baixos ( - 1 0 M H z ) , reduzindo a r e s p o s t a para o pico p o s i t i v o mais r á p i d o . A d e s p e i t o dessas d i s c r e p â n c i a s v e r i f i c o u - s e o que comportamento c i l í n d r i c o das ondas, com uma dependência l i n e a r da amplitude do pico _ 0.4 com o 1/ i n v e r s o da r a i z quadrada da d i s t a n c i a ( r " ' ^ ) Oi ê 0.6 (figura III.3). OS FIGURA I I I . 3 . Amplitudes dos pulsos a c ú s t i c o s como função de r ' A linha r e t a s e r v e como um g u i a . I I I . 4 . Sensibilidade Os f a t o r e s que afetam e limitam a s e n s i b i l i d a d e da e s p e c t r o s c o p i a FA 43 incluem: í. Slncuià FA pAovmiiyvtU d& abòoAção peZcu janeZoLò da cítuJia F A ; 2. E&patkairmyito d<¿ luz dzvÁdo a panXZcuZai m ÁUÁpcnòão mma amoòt/ux. ZlqvúÁa oa a ImpeA^eÁçõu no caòo de. um òÓJUdo; 3. ElzctAjosinlção. Os s i n a i s p r o v e n i e n t e s dos dois p r i m e i r o s i t e n s podem s e r pelo uso de j a n e l a s de baixa perda {"ÍOW-ZOÒÁ"], preparação minimizados cuidadosa das amostras e uma escolha temporal adequada da p a r t e do s i n a l f o t o a c u s t i c o provje n i e n t e do t r a n s d u t o r p i e z o e l e t r i c o a s e r considerada. Essa " j a n e l a " temporal é muito i m p o r t a n t e , uma v e z que a l u z espalhada v i a j a com a v e l o c i d a d e da l u z no m e i o , v ^ = c / n , onde n i o í n d i c e de r e f r a ç ã o do m a t e r i a l , enquanto que o s i n a l a c ú s t i c o gerado na amostra v i a j a com a v e l o c i d a d e a c ú s t i c a Vg no meio. Desse modo, os s i n a i s p r o v e n i e n t e s da l u z espalhada que são detectados t r a n s d u t o r o c o r r e r ã o imediatamente apÕs o pulso do l a s e r , enquanto s i n a l a c ú s t i c o p r o v e n i e n t e da amostra e s t a r á atrasado um tempo xd que dado pelo o por Td = í ' / v a . onde r i a d i s t â n c i a mínima e n t r e o c i l i n d r o iluminado e o trans^ d u t o r . Os s i n a i s da absorção ó p t i c a pelas j a n e l a s o c o r r e r ã o depois daqueles o r i g i n a d o s pela amostra. A electrostriçao e d e v i d a basicamente a p o l a r i z a b i l i d a d e das molecjj Ias na a m o s t r a , de modo que e l a s tendem a se mover para dentro ou para f o r a das r e g i õ e s de a l t a i n t e n s i d a d e l u m i n o s a , dependendo da p o l a r i z a b i l i d a d e delas s e r p o s i t i v a ou n e g a t i v a . Os movimentos atômicos produzem um g r a d i e n t e na densidade ocasionando, p o r t a n t o , e f e i t o s f o t o a c u s t i c o s e f o t o r e f r a t i v o s . I s s o f o i notado por Bebchuck e colaboradores mudança v o l u m é t r i c a (ÔI//1/) ¿ó . Eles também ressaltaram que a devida ã e l e c t r o s t i ç ã o é dada por(6l//l/) es a 1/8, onde: I é a i n t e n s i d a d e do f e i x e de e x c i t a ç a o ; B é a c o m p r e s s i b i l i d a d e do m a t e r i a l . Lai e Young^" mostraram teoricamente q u e , u t i l i z a n d o - s e uma detecção com j a n e l a temporal adequada* , é p o s s í v e l s u p r i m i r - s e a componente devida ã electrostriçao. Brueck e colaboradores"^' o b t i v e r a m as expressões que fornecem os v a l o res mínimos d e t e c t á v e i s dos c o e f i c i e n t e s de absorção no caso da espectrosco^ pia FA e f o t o r e f r a t i v a ( F R ) . Em ambos os casos o c o r r e uma dependência com o i n v e r s o da c i n t u r a do l a s e r . Os r e s u l t a d o s de Brueck sugerem que a electros^ t r i ç ã o pode l i m i t a r a s e n s i b i l i d a d e da detecção FA ao v a l o r mínimo de 10"^ cm"^ para amostras na f a s e condensada, enquanto que para a espectrosco 44 pia FR as l i m i t a ç õ e s impostas pela e l e c t r o s t r i ç a o seriam bem menos severas. E n t r e t a n t o , os estudos de Brueck tinham como o b j e t i v o m o s t r a r a s u p e r i o r i d a d e da t é c n i c a f o t o r e f r a t i v a sobre a EFA pulsada. Nesses estudos e l e s u t i l i z a r a m um pulso de c u r t a duração (- 70n4eg) e uma f o c a l i z a ç ã o i n t e n s a do f e i x e incj^ dente {ZOO]ide. dlmoXAJo] ^ o que ocasionava campos e l é t r i c o s i n t e n s o s , tuando os e f e i t o s da e l e c t r o s t r i ç a o . No e n t a n t o , para estudos aceji fotoacusticos l i n e a r e s t í p i c o s não há necessidade dessa f o c a l i z a ç ã o i n t e n s a , podendo - se u t i l i z a r uma c i n t u r a do l a s e r da ordem de m i l í m e t r o s . Nesse c a s o , o sinal a c ú s t i c o p r o v e n i e n t e da e l e c t r o s t r i ç a o serã i g u a l ao p r o v e n i e n t e do efeito f o t o a c u s t i c o para um c o e f i c i e n t e de absorção ó p t i c a ~ 6 x 10"" cm"^ d i s s o , o s i n a l p r o v e n i e n t e da e l e c t r o s t r i ç a o não depende do . Alãn comprimento onda e p o r t a n t o e q u i v a l e a um s i n a l constante que pode s e r s u b t r a í d o de èletro nicamente para f o r n e c e r os picos de absorção em função do comprimento de onda. Os estudos de Patel e Tam^"* mostraram que a e l e c t r o s t r i ç a o não interfe r e no s i n a l f o t o a c u s t i c o para c o e f i c i e n t e s de absorção de até 1 0 " ' c m " ^ . I s s o e q u i v a l e a d i z e r que com essa t é c n i c a é possTvel a detecção de impurezas em s ó l i d o s com concentração de uma p a r t e em 1 0 " para t r a n s i ç õ e s de d i p o l o t r i c o e uma p a r t e em 10^ para t r a n s i ç õ e s de d i p o l o magnético ou ele quadrupolo elétrico. II1.5.Comparação e n t r e E s p e c t r o s c o p i a F o t o a c u s t i c a e E s p e c t r o s c o p i a F o t o r e fratjfva. Uma o u t r a t é c n i c a , igualmente conveniente para o estudo de m a t e r i a i s de b a i x a a b s o r ç ã o , e que e s t ã intimamente r e l a c i o n a d a ã EFA é a e s p e c t r o s c o p i a f o t o r e f r a t i v a ( E F R ) , também conhecida como e s p e c t r o s c o p i a de deflecção • foto 118-120 térmica - O efeito fotorefrativo (FR) c o n s i s t e na produção de um gradiente T n d i c e de r e f r a ç ã o devido ao g r a d i e n t e de c a l o r gerado pela absorção f e i x e de l u z [o {^eÁxe. de. excÁXaoJoa] que pode ou não s e r modulado. do de um Na EFR u t i l i z a m - s e , em g e r a l , dois f e i x e s de l a s e r : o f e i x e de e x c i t a ç ã o , d i s c u t i d o acima, e um " f e i x e de p r o v a " CW f r a c o que é d e f l e t i d o pelo g r a d i e n t e do T n d i c e de r e f r a ç ã o . Quando se tem e x c i t a ç ã o p u l s a d a , o angulo de d e f l e c ç ã o $ é dado 118. por : dn dT P w p c TT^ [1 - e x p ( - a £ ) ] [ - 2 ( x o / a 2 ) exp ( - x o V a^) ] a^ no caso em que o comprimento de d i f u s ã o t é r m i c a é muito menor que o r a i o f e i x e bombeador g a u s s i a n o , e: do 45 $ = JJL dT P [ 1 . exp(- a £ ) ] C 1 - exp(- X o V a^) ] K TT^ Xo quando o comprimento de difusão térmica é muito maior que o raio bombeador. Nas expressões anteriores: dn/dT P 0) Pc a Xo K a l do f e i x e coeficiente de temperatura do Tndice de refração do meio; potência do laser incidente; frequência de modulação do f e i x e bombeador; capacidade c a l o r T f i c a por unidade de volume; raio do f e i x e bombeador na intensidade l / e ^ ; separação entre os máximos de intensidade dos f e i x e s bom beador e de prova; condutividade térmica do meio; coeficiente de absorção Ó p t i c a ; comprimento do caminho Óptico no meio absorvedor. P o r t a n t o , para aZ pequeno, a amplitude da deflecção é proporcional ao coeficiente de absorção óptica. O f e i x e de prova deve ser suficientemente fraco para não gerar nenhum gradiente do Tndice de refração. Se o f e i x e de excitação e o de prova são coincidentes, o método f o t o r e f r a t i v o é chamado de método de lente térmica ( L T ) 121 {"tkeMnaZ Zzn&lng") que f o i desenvolvido por A l b r e c h t e colaboradores uma ferramenta e s p e c t r o s c o p i c a s e n s í v e l . Bocearaecolaboradores como ressaltaram que a sensibilidade da espectroscopia FR pode ser maior para a detecção FR não-coincidente comparada com a detecção de lente t é r m i c a ; isso é possTvel porque no método LT o f e i x e de prova está situado numa distribuição do gradiente do Tndice de refração enquanto que no método FR o f e i x e de prova pode ser po sicionado no ponto máximo do gradiente do Tndice de refração. As vantagens da EFA comparada com a EFR são: /. SzmtltúJUdadz compoAMoZ [a upzctAOòcopZa. FA oxcÃXada. poAZxueApuZ òodo d detzcZada com m tAonòdutoA pizzo&Zêt/Uco mootHjou.-6zca.paz do. mzdúA. coz^lcZzntzò dz abòon.cão a da ofidzm dz 10~^ cm~^).. 2. SmpZicÁdadz no aiZnhmznto z IntoJvpAjztacao dÍAzta do¿ dados {no¿ mztodoÁ LT z FR o aLínhamznto z compZzxo z a iritzn-pAztiação doò dados 122- — Azqazn. o ^omatiòmo dz Zzntz zspzssa z COMAZÇOZÒ poAa todas as possZvzZò iontzò dz zizítos dz dÁjitonjíão Ópticos). 3. A velocidade dz aquÁslcãx) dz dados z limitada peJío tempo dzosciZaçãx} amontzcÂjda do tAansdutoM. cujo vaZoA. tZplco z mznoA quz 100]is {no 46 mztodo FR o tempo quí uma leyvte. teAmtca Zzva pana 6z diianduji z dz òapanaceA z em geAoZ mznon. quz 0,1 ÒZQ Z pontanto aaquÁJilcao dz da do6 z pzío mzno.ò 100 vzzzò maU Zznta comparada com o mztodo F A ) . Por o u t r o l a d o , os métodos FR apresentam uma vantagem d i s t i n t a quando um t r a n s d u t o r não pode s e r acoplado ã a m o s t r a , como por exemplo no caso de uma micro-amostra ou uma amostra de um gás altamente c o r r o s i v o ; neste caso , a c a r a c t e r í s t i c a da t é c n i c a FR de s e r um sensor ã d i s t â n c i a , sem necessidade de c o n t a c t o , é uma vantagem i m p o r t a n t e . 47 CAPÍ7UID IV PARTE EXPERirCi^AL Neste c a p i t u l o são d e s c r i t o s os aspectos r e f e r e n t e s ao desenvolvimento experimental deste t r a b a l h o , i n c l u i n d o detalhes da c é l u l a F . A . , e do criosta_ t o . São igulamente f o r n e c i d o s detalhes do processo de conversão o r t o / p a r a e p a r a / o r t o Dg, assim como do crescimento dos c r i s t a i s de Hg, Dg e HD. São também d i s c u t i d o s o a r r a n j o experimental e o sistema de a q u i s i ç ã o de dados . IV.1. Célula Fotoacustica A c é l u l a f o t o a c u s t i c a u t i l i z a d a e r a f e i t a de aço i n o x tendo a s u p e r f í c i e i n t e r n a bem p o l i d a para e v i t a r absorção de l u z espalhada pelas paredes da c é l u l a . As j a n e l a s Ó p t i c a s , de q u a r t z o , eram seladas ao corpo da c é l u l a com anéis de vedação de T n d i o . No topo da c é l u l a e s t a v a l o c a l i z a d o um tubo para a introdução da amostra gasosa. Um diagrama esquemático da c é l u l a F . A . pode ser v i s t o na f i g u r a I V . 1 . O t r a n s d u t o r u t i l i z a d o f o i uma p i e z o - c e r â m i c a de t i t a n a t o - z i r c o n a t o de chumbo { L T Z - 2 ) , na forma c i l í n d r i c a , c o m um pico de s e n s i b i l i d a d e em 300 KHz, f a b r i c a d o pela T r a n s d u c e r P r o d u c t s . E l e e s t a v a c o n t i d o num i n v ó l u c r o CO, f e i t o de aço i n o x , com uma membrana de aço inox bem p o l i d a metálj[ no topo para f a z e r o isolamento e n t r e o c r i s t a l p i e z o - e l é t r i c o e a amostra ( vzfi IV.l.b]. Esse i n v ó l u c r o m e t á l i c o b l i n d a , de c e r t a f o r m a , o ííqííâo. transdutor das c o r r e n t e s i n d u z i d a s por r á d i o - f r e q ü ê n c i a associadas a l a s e r s pulsados operajíi do no regime Q - s w i t c h num l o c a l próximo ã montagem, o que era o nosso caso. A membrana de aço inox bem p o l i d a minimiza o problema da absorção pelo trans^ d u t o r de s i n a i s de i n t e r f e r ê n c i a p r o v e n i e n t e s da l u z espalhada pela amostra. O t r a n s d u t o r f i c a l i g e i r a m e n t e s a l i e n t e , formando a base da célula, sendo esse acoplamento f e i t o u t i l i z a n d o - s e um anel de vedação de ouro. t r a n s d u t o r c o n s t i t u i a p a r t e mais f r i a da c é l u l a e é a p a r t i r dai que c r e s c i d o s os c r i s t a i s . Desse modo f i c a g a r a n t i d o o melhor acoplamento O são possí v e l e n t r e a amostra e o t r a n s d u t o r . O caminho Ó p t i c o proporcionado pela c é l u l a F . A . , e r a de 8mm. Todo o conjunto da c é l u l a F . A . , era i n t r o d u z i d o num c r i o s t a t o J a n i s de temperatura v a r i á v e l e a temperatura da c é l u l a e r a monitorada por um servo- mecanismo u t i l i z a n d o como sensor de temperatura um diÓdo de s i l í c i o preso diretamente ã amostra. O c o n t r o l a d o r de temperatura u t i l i z a d o f o i o Digital C r y o g e n i c Thermometer/Control l e r . Modelo DRC 8 0 C d a Lake Shore Cryotonics 48 AÇO . INOX JANELA DE QUARTZO TOPO DO TRANSDUTOR "0"-RING DE I N D I O " 0 " - R I N G D E OURO I I CONECTOR "MICRODOT" (a) LTZ-2 MEMBRANA D E A Ç O ANEL DE T E F L O N CHUMBO COBRE lOLA •* INOX ENVÕLUCRO DE AÇO INOX (b) FIGURA IV.1. D I A G R A M A S E S Q U E M Á T I C O S DA C E L U L A F O T O A C U S T I C A CRO DO T R A N S D U T O R (b). (a) E DO ENVÖLU 49 Inc. O b t i n h a - s e desse modo uma estabilidade da temperatura melhor do que 0.1 K. IV.2. Criostato U t i l i z o u - s e o c r i o s t a t o de temperatura v a r i á v e l [VoAl-temp dmoA] Janis cujo diagrama esquemático pode s e r v i s t o na f i g u r a I V . 2 . da I V . 3 . Gases U t i l i z a d o s U t i l i z o u - s e o h i d r o g ê n i o u l t r a - p u r o (99.999mo£|) e o d e u t e r i o com 99.5% mTnimo de pureza i s o t r o p i c a , ambos da Matheson. O HD u t i l i z a d o f o i f o r necido pela Merck, Sharp and Dohme, com pureza de 97%. I V . 4 . Conversão O r t o - P a r a A conversão o r t o - p a r a era f e i t a u t i l i z a n d o - s e o catalizador paramagne t i c o ã base de nTquel e s T l i c a , cujo nome comercial é A p a c h i , HSC-197, f o r n e cido pela Houdry D i v i s i o n o f A i r Products and Chem. I n c . A ativação c a t a l i z a d o r e r a f e i t a aquecendo-se o m a t e r i a l , que se apresentava desse na forma de g r a n u l o s , a 150-175°C por algumas horas, fazendo-se ao mesmo tempo passar um f l u x o de hidrogênio gasoso pelo catalizador. A ativação remove o a r e a água absorvidos que s a t u r a r i a m as superfTcies disponTveis, atrapalhando o processo. O c a t a l i z a d o r Apachi apresenta uma área s u p e r f i c i a l e f e t i v a de 500600 m^/g. O parahidrogenio ou o ortodeutério eram preparados liqüefazendo - se o hidrogênio ou o deuterio gasosos num frasco de pirex contendo o catalizador. Esse frasco de pirex estava contido num outro f r a s c o , também de p i r e x , o qual era preenchido com hidrogênio ou deuterio iTquidos para assegurar que durante o processo de conversão as amostras seriam mantidas na fase i T q u i d a , em coji tacto com o c a t a l i z a d o r , o que é uma condição básica para a conversão. Esse conjunto dos dois frascos de p i r e x , conforme f i g u r a I V . 3 . , c o n t i t u i a a célula de conversão, que era localizada num outro criostato Janis de temperatura controlável. A conversão orto-parahidrogênio era bem mais rápida que a conversão para-ortodeutério, levando apenas algumas horas enquanto para o d e u t e r i o eram necessários de dois a três dias para a efetivação da conversão. A conversão também era mais e f i c i e n t e para o hidrogênio do que para o deuterio.:Não tTnhamos meios efetivos para a v a l i a r o grau de conversão, sendo para i s s o utilizados os espectros obtidos, v e r i f i c a n d o - s e a presença ou não de linhas correspon tes ãs espécies Tmpares [ontohldAqgmlo e, panjodejutifUo]. Desse modo, estimase que no caso do parahidrogenio tenhamos atingido uma concentração razoávej_ mente próxima da concentração de equilTbrio (99.S| p-H^) enquanto que para o bü te S T VÁLVULA DE CONTROLE DO He RESERVATÓRIO DE Ng LIQUIDO 38D RESERVATÓRIO D E Ha LÍQUIDO C A P I L A R Q U E L E V A O He A T E A B A S E DA CELULA F.A. CÉLULA FIGURA IV.2. DIAGRAMA F.A. E S Q U E M Á T I C O DO C R I O S T A T O . entrada do Hg ou Dg gasoso catalizador Hg ou Dg liquido FIGURA I V . 3. DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DA C E L U L A DE CONVERSAD O R T O / P A R A . 52 d e u t e r i o e s t i m a - s e que a concentração de orto-Dg tenha sido aumentada somente para 80%. I V . 5 . Crescimento dos C r i s t a i s Uma v ê z completado o processo de c o n v e r s ã o , a amostra de gás j á conver t i d o e r a t r a n s f e r i d a para a c é l u l a f o t o a c u s t i c a . Nessa c é l u l a o gas s o l i d i f i c a d o pelo abaixamento l e n t o da temperatura da c é l u l a . Esse era resfria^ mento l e n t o e r a o b t i d o pela efusão de h é l i o gasoso a p a r t i r da base do crios^ t a t o , e s t a b e l e c e n d o - s e , dessa f o r m a , o g r a d i e n t e de temperatura na direção v e r t i c a l n e c e s s á r i o para o crescimento de c r i s t a i s de boa qualidade de h i d r o gênio e seus i s o t o p o s . Como j á f o i d i t o a n t e r i o r m e n t e , esses c r i s t a i s ciam ã p a r t i r da base da c é l u l a , que era o p r ó p r i o As d i f i c u l d a d e s cres^ transdutor. foram muitas até o estabelecimento de um processo rot_i_ n e i r o para o crescimento dos c r i s t a i s , sendo que uma pequena variação da temperatura ou a presença de s u j e i r a na c é l u l a F . A . , ocasionavam f r a t u r a s nos cristais. I V . 6 . A r r a n j o Experimental O a r r a n j o experimental mostrado na f i g u r a I V . 4 . , f o i projetado p e r m i t i r a sua u t i l i z a ç ã o numa r e g i ã o e s p e c t r a l ampla e num temperaturas de 2 a 300 K. A t é c n i c a u t i l i z a d a em nossos para intervalo estudos e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a i n d u z i d a por l a s e r pulsado e detectada de foi a com um t r a n s d u t o r p i e z o e l e t r i c o [PULPIT OAS - POdóecí j.a¿eA P I e z o e £ e c X ^ c P u m d a c e ^ OptaajcouÃtic SpdcXÂjo&cjopy]. O p r i n c T p i o de operação c o n s i s t e na e x c i t a ç a o da amostra com radiação pulsada medindo-se a s e g u i r o s i n a l a c ú s t i c o gerado pela r e l a x a ç ã o não r a d i a t i v a . O b t i n h a - s e radiação l a s e r pulsada s i n t o n i z á v e l e linearmente da a p a r t i r do dye l a s e r da Quantel I n t e r n a t i o n a l bombeado com polariza o segundo harmônico do l a s e r de Nd:YAG, YG 481 c também da Quantel I n t e r n a t i o n a l . A t a x a de r e p e t i ç ã o u t i l i z a d a era de 10 Hz. As e n e r g i a s de pico do pulso eram da ordem de 90 mJ com uma l a r g u r a de 7 n s . A l a r g u r a de l i n h a do l a s e r eramenor que 0.2 cm"^ o que nos p o s s i b i l i t a v a o b t e r espectros de absorção de alta resolução. Para e s t e n d e r a r e g i ã o e s p e c t r a l coberta pela f o n t e de e x c i t a ç a o , u t i l j _ zou-se uma c é l u l a de h i d r o g ê n i o ã a l t a pressão para obtenção ~ 125 estimuladas por espalhamento Raman das linhas — . Essa t é c n i c a permite uma v e r s a t j ^ l i d a d e grande do a r r a n j o experimental sem modificações t r a b a l h o s a s , t a i s como a mudança do corante ou mesmo a u t i l i z a ç ã o de o u t r o s t i p o s de laser,como por exemplo l a s e r s de centros de c ô r . O f e i x e de l a s e r era então f o c a l i z a d o no c e n t r o de uma c é l u l a de h i d r o gênio ã a l t a pressão (- SOO p&l] áe 70 cm de comprimento sofrendo espalhamento CODIFICADOR NUMÉRICO (DIGITIZER) CODIFICADOR NUMÉRICO (DIGITIZER) COMPUTADOR BOX CAR (REFERENCIA) BOX CAR (SINAL) PRE AMPLIFICADOR FIGURA I V . 4 . DIAGRAMA ESQUEMÁTICO DO ARRANJO EXPERIMENTAL (L= l e n t e ; F= f i l t r o ; D= d i a f r a g m a ; P= p r i s m a ; PB= prima P e l l i n Broca). . CELULA DE HIDROGÊNIO TRANSDUTOR MEDIDOR DE ENERGIA en 54 Raman e s t i m u l a d o . A radiação fundamental e as v a r i a s ordens de S t o k e s e a n t i Stokes emergentes eram colimadas e separadas ú t i l i z a n d o - s e dois prismas P e l l i n - B r o c a , sendo que o segundo e r a g i r a d o por um motor de passo c o n t r o l a d o pelo computador para manter a o r i e n t a ç ã o da ordem desejada a t r a v e s da mont£ gem experimental ã medida em que a f r e q u ê n c i a fundamental [dyz > lcu>eA] e r a s i n t o n i z a d a . Esse deslocamento da f r e q u ê n c i a fundamental t i n h a como o b j e t i v o f o r n e c e r a radiação l a s e r nas r e g i õ e s de i n t e r e s s e para o estudo dos harmÕ nicos de ordem mais baixa do h i d r o g ê n i o e seus i s ó t o p o s . A Tabela I V . l mostra as r e g i õ e s que foram estudadas para cada um dos isótopos e qual o c o r a n t e e a ordem do deslocamento S t o k e s , gerado pelo espalhamento Raman estimulado c ã l u l a de h i d r o g ê n i o ã a l t a p r e s s ã o , u t i l i z a d o s . T i p i c a m e n t e , a na e n e r g i a do f e i x e na e n t r a d a da c é l u l a F . A . , e r a de I m J , apresentando um f e i x e colimado de 1 mm de d i â m e t r o . A f r e q u ê n c i a do l a s e r e r a medida por comparação com o e s p e c t r o de uma lâmpada de neÕnio de baixa p r e s s ã o , u t i l i z a n d o - s e para i s s o um espectrómetro de 2m o que p e r m i t i a uma e x a t i d ã o de ± 2 c m " ^ . Para essa identificação radiação fundamental e r a levada ao espectrómetro u t i l i z a n d o - s e uma a fibra ó p t i c a . Uma camera de TV l o c a l i z a d a na saída do espectrómetro p e r m i t i a a vj_ s u a l i z a ç ã o das l i n h a s da lâmpada de neõnio (^-tn/ioó de fLí^eJilncÁja.) bem como da radiação l a s e r em questão num monitor de T V , f a c i l i t a n d o desse modo a identj^ f i cação. Os c r i s t a i s de h i d r o g ê n i o , d e u t e r i o e h i d r o g ê n i o deuterado eram o b t i d o s com o e i x o c [z&tmtu/ui kcp] predominantemente ao longo do e i x o v e r t i c a l , c o i n c i d i n d o com a p o l a r i z a ç ã o do l a s e r que também e r a nessa d i r e ç ã o . Para e v i t a r e f e i t o s de i n t e r f e r ê n c i a ("etaZan e á ^ e c t " ) a c é l u l a da amostra era desalinhada i n t e n c i o n a l m e n t e em r e l a ç ã o ao l a s e r , uma v ê z que mesmo pequenas f l u t u a ç õ e s poderiam r e s u l t a r num s i n a l a c ú s t i c o o s c i l a n t e com r e s p e i t o ã f r e q u ê n c i a do l a s e r . O s i n a l f o t o a c u s t i c o o b t i d o [dztzcXüdo peZo tÂjon&dwton. locaLLzado òoóe da cÁJbiXa iotoacRotZca) na e r a a m p l i f i c a d o i n i c i a l m e n t e por um pré-amplifj^ cador de f a b r i c a ç ã o c a s e i r a * * , sendo então a m p l i f i c a d o pelo 1201- Low Noise P r e - a m p l i f i e r I t h a c o . Esse s i n a l e r a processado por um " B o x - c a r I n t e g r a t o r " PAR - Mod. 160 sendo então c o d i f i c a d o numericamente e i n t r o d u z i d o no computa^ dor Data G e n e r a l . Como s i n a l de r e f e r ê n c i a d e t e c t a v a - s e o f e i x e que a t r a v e s sava a amostra u t i l i z a n d o - s e o medidor de e n e r g i a Rj-7200 - E n e r g y Radiometer da Laser P r e c i s i o n C o r p o r a t i o n . Esse s i n a l também e r a p r o c e s s a d o e c o d i f i c a d o numericamente, sendo então i n t r o d u z i d o no computador que f o r n e c i a o sinal f o t o a c u s t i c o normalizado em função da e n e r g i a do l a s e r . A f i g u r a I V . 5 . , mostra um s i n a l F . A . , t í p i c o . O s i n a l tempo de a t r a s o começa após um t depois da o c o r r ê n c i a do pico do l a s e r . Esse tempo t v a r i a 55 T A B E L A IV.. 1 SUMARIO DAS R E G I Õ E S E S P E C T R A I S E S T U D A D A S COM OS CORANTES U T I L I Z A D O S ESPALHAMENTO E A ORDEM DO D E S L O C A M E N T O S T O K E S RAMAN E S T I M U L A D O N A C E L U L A D E Hg A A L T A PARA NORMAL - HARMÔNICO CORRESPONDENTES Ha Hz GERADO PELO PRESSÃO. HD ORTO - Dg região espectral 8000- 9200 cm"^ corante/ ordem do Stokes Rh 590 / S I I Rh 610 / S I I região espectral 11700-13000 cm"^ 8950-9050 cm"^ 10920-10980 cm'^ corante/ ordem do Stokes Rh 590 / S I Rh 610 / S I Rh 590 / S I I DCM / S I região espectral 16200-16500 cm"^ - - - - 6000-6340 cm'^ 7000- 8000 cm"^ 29 LOS 698 / S I I Rh 640 / S I I 39 49 corante/ ordem do Stokes Rh 610 / F j a n e l a do "box c a r " 7l sinal FA amplificado pulso do laser X 120 -^'ns FIGURA I V . 5 . SINAL FOTOACOSTICO TTPICO 57 lineamiente com a d i s t â n c i a e n t r e o f e i x e do l a s e r e a s u p e r f í c i e do transdu^ t o r . A j a n e l a do boxcar é posicionada de modo a s e r detectada a amplitude da parte i n i c i a l do s i n a l FA. I s s o porque as partes p o s t e r i o r e s estão mais sujej^ tas a absorções e s p ú r i a s , como por exemplo absorções nas j a n e l a s Os e s p e c t r o s foram obtidos no intervalo da célula. de temperatura de 10 a dependendo da amostra em estudo. O l i m i t e i n f e r i o r de temperatura determinado pelo i n t e r v a l o de temperatura o p e r a c i o n a l do não transdutor l é t r i c o mas pelo f a t o dos c r i s t a i s de h i d r o g e n i o s s ó l i d o s 18 K era piezo^ apresentarem uma f o r t e tendência de se t r i n c a r e m quando a temperatura é diminuída até 4 K. Essa tendência se deve ao f a t o do abaixamento da temperatura s e r f e i t o por cujo c o n t r o l e é mecânico, havendo f l u t u a ç õ e s em t o r n o da temperatura passos escolhi^ da que podem eventualmente o c a s i o n a r a f r a t u r a do c r i s t a l . I V . 7 . Aquisição de Dados A a q u i s i ç ã o de dados e r a totalmente comandada pelo computador Data General que c o n t r o l a v a os passos do l a s e r bem como todo o processo de i n t e g r a ção e normalização do s i n a l f o t o a c u s t i c o , passando esse s i n a l para um regi£ t r a d o r que f o r n e c i a o e s p e c t r o de absorção em função da e n e r g i a do l a s e r . E s s e s dados eram armazenados permitindo um tratamento Todos os dados apresentados aqui menos 10 d i s p a r o s ("¿k»^") posterior. representam uma média sobre pelo do l a s e r . A p r e c i s ã o na determinação das f r e q u ê n c i a s de pico dos espectros obtidos é l i m i t a d a pelos passos do c o n t r o l a d o r de f r e q u ê n c i a do dye cujo v a l o r mTnimo é - 0.27 cm"^ e pela l e i t u r a da f r e q u ê n c i a de calibração. Para se melhorar a l e i t u r a c o l o c a v a - s e marcadores de frequência ao do espectro nos pontos correspondentes ãs l i n h a s da lâmpada de neõnio. laser, longo 58 CAPITULO V RESULTADOS E CONCLUSÕES Neste c a p i t u l o são apresentados os r e s u l t a d o s obtidos p a r a o h i d r o g ê n i o n o r m a l , para-Hg orto-Dg e HD, sendo mostradas as c a r a c t e r í s t i c a s assim como as propriedades comuns a todos i s ó t o p o s . Da individuais correlação dessas c a r a c t e r í s t i c a s comuns e i n d i v i d u a i s , f o i proposto um mecanismo para a xação n ã o - r a d i a t i v a [quz é fiJÔLpÁda. dz acondo com reU zitudoó] no h i d r o g ê n i o WÁSOÁ sólido. V.I. Aspectos Gerais Os espectros obtidos para o h i d r o g ê n i o n o r m a l , p a r a - H g , orto-Dg e HD são mostrados nas F i g u r a s V . l . a V.1% Como c a r a c t e r í s t i c a g e r a l e l e s apreseji tam um grande número de t r a n s i ç õ e s simples e duplas. T r a n s i ç ã o simples aquela que e n v o l v e apenas uma m o l é c u l a . T r a n s i ç ã o dupla é aquela transição rotacional-vibracional na e qual a numa molécula é acompanhada por uma mudança 125 — no estado r o t a c i o n a l de uma das moléculas ~ circunvizinhas . A excitaçao rota c i o n a l não e s t ã l o c a l i z a d a em nenhuma molécula em p a r t i c u l a r , mas v i a j a atra^ vês da r e d e , passando de uma molécula para o u t r a . Como r e s u l t a d o , o s u p e r i o r d e s t a t r a n s i ç ã o dupla é uma banda de e x c i t o n s l a r g a estado . As t r a n s i ç õ e s simples das moléculas no s ó l i d o se apresentam bem menos intensas que as t r a n s i ç õ e s d u p l a s , r e s u l t a d o e s t e que c o n t r a r i a as observações 7 — e x p e r i m e n t a i s na fase gasosa . Esse f a t o e e x p l i c a d o 127 considerando-se que a molécula deve t e r um momento de d i p o l o i n d u z i d o não nulo para e f e t u a r a t r a j i s i ç ã o . No s ó l i d o , esse momento de d i p o l o é induzido pelas i n t e r a ç õ e s interm£ l e c u l a r e s e p o r t a n t o depende da s i m e t r i a pontual da molécula.Quanto mais a l t a a s i m e t r i a , maior s e r á o cancelamento do momento de d i p o l o induzido e portaji to menor a sua i n t e n s i d a d e . De f a t o , quando a rede possui um c e n t r o de t r i a de i n v e r s ã o , a t r a n s i ç ã o é totalmente s u p r i m i d a . As t r a n s i ç õ e s sime duplas, e de ordem s u p e r i o r , que envolvem uma mudança de estado em duas ou mais mole c u i a s , não são afetadas por esse e f e i t o de cancelamento, no s e n t i d o não hã c o r r e l a ç ã o e n t r e os movimentos r o t a c i o n a l e v i b r a c i o n a l de que em moléculas diferentes. As c a r a c t e r í s t i c a s e s p e c t r a i s observadas podem s e r d i v i d i d a s em duas c a t e g o r i a s . A p r i m e i r a i n c l u i as t r a n s i ç õ e s bem d e f i n i d a s que provêm da 59 puAomeyítü motdcjuJíüA.] e são as t r a n s i ç õ e s mais semelhantes àquelas observadas nos espectros de absorção do hidrogênio gasoso ã a l t a pressão. Essas l i n h a s , chamadas de l i n h a s de f o n o n - z e r o , provim dos momentos de d i p o l o induzidos por i n t e r a ç õ e s do t i p o quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o [Q^ÍE) e n t r e as moléculas de h i d r o g ê n i o (oa oa. H D ) . A o u t r a c a t e g o r i a i n c l u i as bandas l a r g a s que pos^ suem l a r g u r a s t T p i c a s da ordem de 50 a 100 cm~^. Elas aparecem ã aproximada_ mente 45 - 70 cm"^ em r e l a ç ã o ãs l i n h a s de f o n o n - z e r o , no lado das f r e q ü ê n c i a s mais a l t a s , e são i d e n t i f i c a d a s como sendo p r o v e n i e n t e s da combinação de uma e x c i t a ç a o molecular e uma e x c i t a ç a o da rede do h i d r o g ê n i o (oa oa HD) sõlj^ do. Essas t r a n s i ç õ e s , chamadas de bandas de f o n o n s , têm sua origem nos momeji tos de d i p o l o induzidos por i n t e r a ç õ e s de superposição Baseando-nos apenas nas f r e q ü ê n c i a s das ("oveAiap"). transições foi possível a t r i b u i r uma t r a n s i ç ã o molecular a cada uma das l i n h a s observadas nos espe£ t r o s o b t i d o s . Isso e r a f e i t o por comparação das f r e q ü ê n c i a s observadas com as c a l c u l a d a s para a molécula i s o l a d a . Nesses c á l c u l o s u t i l i z a - s e a equação do r o t o r - v i b r a n t e ^ q u e dá os n T v e i s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s numa molécula d i a t õ mica e as constantes determinadas por S t o i c h e f f para o Hg e o Dg , dadas por D u r i e e Herzberg^^ para o HD. Assumiu-se nesses c á l c u l o s e as que as No Hg, Dg e HD s o l i d o s f o i observado um d e s v i o para f r e q ü ê n c i a s mais constantes r o t a c i o n a i s não são perturbadas num meio mais denso. baixas em r e l a ç ã o ãs f r e q ü ê n c i a s calculadas com moléculas i s o l a d a s , na f a s e gasosa. Esses d e s v i o s são devidos ãs f o r t e s i n t e r a ç õ e s i n t e r m o l e c u l a r e s iso^ t r ó p i c a s que afetam os p o t e n c i a i s i n t r a m o l e c u l a r e s produzindo um e f e i t o de achatamento nesses p o t e n c i a i s . Os d e s v i o s observados estão indicados nas t a b e l a s V . l , V . 2 , V . 7 e V . 8 . Deve-se r e s s a l t a r que o f a t o desses desvios não serem muito grandes i n d i c a que o e f e i t o do estado s ó l i d o ( oa 4 e / a , o doÁScu mot2.cjuZct& eÁtatem locaLízadcU) YW& pontos da iato A.ede) nos números quanticos v i b r a c i o n a l e r o t a c i o n a l é pequeno. Deve-se notar também que esses desvios são compatíveis com os calculados considerando-se a p a r t e i s o t r o p i c a da per^ turbação dos v i z i n h o s na m o l é c u l a . I s s o no caso do p r i m e i r o sobretom,pois a t é o presente não e x i s t e m c á l c u l o s f e i t o s para as r e g i õ e s do segundo e t e r c e i r o sobretons. Nas tabelas também são mostradas as f r e q ü ê n c i a s observadas j u n t o com a i d e n t i f i c a ç ã o das t r a n s i ç õ e s com base na f r e q ü ê n c i a , assim como as frequêji c i a s das t r a n s i ç õ e s moleculares das moléculas l i v r e s , calculadas como descrj^ to anteriormente. De acordo com a equação I I I . 1 1 , v e r i f i c a - s e que hã uma dependência do s i n a l f o t o a c u s t i c o com o i n v e r s o do c a l o r e s p e c i f i c o ã pressão c o n s t a n t e ( C p ) . Por sua v ê z , a v a r i a ç ã o de Cp com a temperatura é bem grande. V a l o r e s cidos do c a l o r e s p e c i f i c o do para-Hg s ó l i d o ^ (Cp= 1,21 x 10'^ J . m o l " ^ . g r a u " ^ ) indicam que o s i n a l FA d e v e r i a mente quando a temperatura é abaixada de 10 para 4 K. aumentar conhe + 8,5x10"^ substancia^ 60 Foi r e a l i z a d o um estudo da v a r i a ç ã o do s i n a l FA em função da tempera t u r a . Esse estudo f o i f e i t o para a t r a n s i ç ã o Q i ( l , 0 ) + S i ( l ) do hidrogênio normal. Não foram observadas mudanças s i g n i f i c a t i v a s , quer na l a r g u r a , quer na amplitude das l i n h a s o b t i d a s . Uma possTvel e x p l i c a ç ã o para i s s o seria f a t o do s i s t e m a de detecção [tAomdwtofL e. eZztÁÕYiicja. de amptiilcxiçõüo] o ter resposta l e n t a . Neste c a s o , o sistema pode d e t e c t a r a e n e r g i a t o t a l a b s o r v i d a , não sendo s e n s T v e l ã amplitude. V.2. Descrição dos Resultados V . 2 . 1 . Hidrogênio Normal A F i g u r a V . l . mostra o espectro FA normalizado na r e g i ã o do p r i m e i r o sobretom (8000 - 9200 c m " ^ ) . Observam-se v á r i a s t r a n s i ç õ e s simples (Qad) , Qg(0) e S g d ) e duplas ( Q i ( l ) + Q i ( l ) , Q g ( l ) + S o ( 0 ) , Q i ( l ) + S i ( 0 ) , Q i ( l ) + + Si(l) e Si(0) + S i (0) sendo .as transições, duplas, bem mais intensas que as t r a n s i ç õ e s simples. Os d e s v i o s em relação ã f r e q ü ê n c i a t r a n s i ç ã o da molécula l i v r e encontram-se na Tabela V . l , sendo em ordem de 11 c m ' ^ . Nessa t a b e l a também são dados os v a l o r e s de média da das l a r g u r a s de l i n h a e dos c o e f i c i e n t e s de absorção. As l i n h a s são l a r g a s , sendo a l a r g u r a de l i n h a média da ordem de 12 cm"^. O maior c o e f i c i e n t e de absorção observado f o i de 0,29 cm"^ para a t r a n s i ç ã o Q i ( l , 0 ) + S i ( l ) . A r e g i ã o do segundo sobretom (11 700 - 12 800 c m " ^ ) , mostrada na F i g u r a V . 2 , apresenta apenas uma t r a n s i ç ã o simples ( Q a d ) ) , s e n d o duplas outras transições ( Q a d ) + So(0), Q g d ) + Q i ( l ) , Q a d ) + S o ( l ) , todas Qi(l) as + + S 2 ( 0 ) , Q i d ) + 8 2 ( 1 ) e Q 2 ( l ) + S i d ) ) . O d e s v i o médio em relação a frequen c i a de t r a n s i ç ã o da molécula i s o l a d a é da ordem de 16 cm'-'- e a l i n h a média é da ordem de 11 cm"^ (cont^o-^e a. Tabela V.l). largura de Essas l a r g u r a s de l i n h a são devidas ãs f o r t e s i n t e r a ç õ e s a n i s o t r o p i c a s das moléculas de orto-Dg que levam a um alargamento não homogêneo s i g n i f i c a t i v o dos sobretons v i b r a c i o n a i s , mesmo quando a e x c i t a ç a o e n v o l v e apenas moléculas de para-Hg. Convém r e s s a l t a r que a ampla d i s t r i b u i ç ã o em intensidade das ções para o h i d r o g ê n i o normal r e s u l t a da superposição de v a r i a s transj_ transições d i f e r e n t e s , devidas ãs moléculas o r t o e para-Hg e que ocorrem em f r e q ü ê n c i a s muito próximas. * A notação (l,K e 5 A.eáe^e-4e ã Vtanslção notadonoJi de AJ=^0,1 e 2,A.eópectc vameyvte.. O j^uhsçfilto indica o valon. da mudança no nJúmeAo quãníico vibnacixjndZ. (Au) e_o nJmeAo eRtte potêníeóeó indica o nwneAo quãntlco AotacionaZ iniciat da motlauía abòOKvedona. Pon. exemplo, ^ 1 ( 0 ) n.e.ieA.&-òz ã uma tÂan&ição com AJ= O, Au= 1 z^iniciai:: O e 5^(7) A.eáeA.e-4e ã uma tnanòição comàJ = 2, Au = 2 iniciat - 1. 8000 8200 8400 8600 8800 9000 ENERGIA ( c m ' ^ ) FIGURA V . l . ESPECTRO DE ABSORÇÃO FOTOACOSTICO NORMALIZADO DA REGlAO DO P R l MEIRO SOBRETOM DO HIDROGÊNIO NORMAL S O L I D O . ABSORÇÃO o TO ro o o to o D3 m —I o o O ic >-' o o o m to -o m o —I o o 3> 00 o 30 -o o IT» -PI 2 o — I o OPTICA NORMALIZADA 63 TABELA V . l . HIDROGÊNIO NORMAL SOLIDO Av TRANSIÇÃO FREQUÊNCIA OBSERVADA (cm-^) (cm-^) COEFICIENTE DE ABSORÇÃO LARGURA DE LINHA (cm-^) 8 062 8 075 13 7 Q^m 8 076 8 087 11 5 8 311 7 8 316 12 8 322 18 0,26 13 15 0,08 17 8 605 7 0,01 12 8 653 10 0,25 18 8 659 16 +Qi(l) Qi(0) + Qi(0) 8 304 + So(0) 8 420 8 435 S,(l) 8 598 Qi(l) + Si(0) 8 643 Qi(0) Q2(l) Qi(0) + Si(0) SgCO) + S o ( 0 ) 8 754 8 761 7 0,01 Qi(l) + Si(l) 8 857 8 868 11 0,29 13 8 874 17 + Si(T) Si(0) + Si(0) 8 982 8 996 14 0,01 7 Sg(l) + So(l) 9 182 9 191 9 0,01 12 + Si(l) 9 201 9 211 10 0,01 13 11 7 4 9 11 765 16 0,015 10 Qad) + SQ(0) 12 1 0 2 12 1 1 9 17 0,010 14 Qad) + Q i d ) 12 2 1 4 12 231 17 0,040 12 Qad) + S o d ) SaíO) + Q i d ) 12 334 12 3 5 2 18 0,015 14 12 5 5 3 12 5 6 2 9 0,015 16 Sad) + Q i d ) 12 7 4 4 12 7 6 0 16 0,030 12 Qad) + S i d ) 12 7 7 2 12 7 8 8 16 0,015 8 QaCO) + S i d ) 12 7 8 4 12 8 0 0 16 0,010 2 Qi(0) Si(0) 3 DESVIO^ Qa(l) Qi(l) + Qi(l) 2 FREQUÊNCIA CALCULADA^ ?. ¥/L2jqum(Ua. cjtxZcuZada. panxx. a. molécula. Uoiada. I. Vzòvio m AeZação ã ^AíquzncMX. caZcuZada. pa/ux a. moZzcuZa. lòotada. 64 As bandas Q¡,{^) e QaCO) podem s e r i n t e r p r e t a d a s como sendo proveniejí tes da presença de uma molécula de orto-Hg num meio de moléculas p a r a - H g , em analogia a i n t e r p r e t a ç ã o dada por Sears e Van Kranendonk para as componentes Q i ( l ) e Q i ( 0 ) no Hg s ó l i d o . A l i n h a QgíO) provém das t r a n s i ç õ e s para os esta^ dos de e x c i t o n v= 2 , J = O no c r i s t a l para-Hg acompanhadas por uma mudança na o r i e n t a ç ã o de uma molécula o r t o . A componente Q g ( l ) corresponde ã c r i a ç ã o de uma e x c i t a ç a o v i b r a c i o n a l na molécula o r t o q u e , em boa aproximação,permanece nessa m o l é c u l a . A separação e n t r e as componentes QgíO) e Q g ( l ) , da ordem de 14cm'^ , é causada p r i n c i p a l m e n t e pela i n t e r a ç ã o r o t a c i o n a l v i b r a c i o n a l da molécula no estado J = 1. A l i n h a S g ( l ) r e s u l t a da t r a n s i ç ã o r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l numa molé^ c u l a o r t o com AJ= 2. As l i n h a s Q i ( J ) + Q i ( J ) , por o u t r o l a d o , correspondem a transições v i b r a c i o n a i s fundamentais em cada uma das moléculas do par em colisão,enquajri t o que as l i n h a s Q g ( J ) + S o ( J ) correspondem ã uma t r a n s i ç ã o de p r i m e i r o s£ bretom numa das moléculas do par e uma t r a n s i ç ã o r o t a c i o n a l pura na o u t r a . Nas t r a n s i ç õ e s S i ( J ) + S i ( J ) cada uma das moléculas e n v o l v i d a s na l i são f a z uma t r a n s i ç ã o co rotacional-vibracional. As t r a n s i ç õ e s Q i ( J ) + S g ( J ) correspondem ã uma t r a n s i ç ã o vibracional Q i ( J ) numa molécula e uma t r a n s i ç ã o r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l na o u t r a , o c o r r e n d o simultaneamente no par e n v o l v i d o na c o l i s ã o , e analogamente para as demais transições duplas. Na r e g i ã o do segundo sobretom não f o i observada a banda Q j í O ) , tendo sido observada a banda Q j í l ) acompanhada de uma banda de fonons bastante in t e n s a , num e s p e c t r o muito semelhante ao observado para o Dg normal na r e g i ã o 55 fundamental . As bandas de absorção S(0) e S ( l ) são a t r i b u í d a s ã t r a n s i ç ã o nal-vibracional rotacio com Av = 2 , AJ= 2. Essas t r a n s i ç õ e s podem o c o r r e r numa única molécula dando origem ãs componentes SgíO) e S g ( l ) ou duas moléculas podem p a r t i c i p a r simultaneamente dando origem ãs componentes Q g ( l ) + S o ( 0 ) , Q g ( 0 ) + + So(0), Q i ( l ) + S i ( 0 ) . Qi(0) + S i ( 0 ) , Q i ( l ) + S i ( l ) e Qi(0) + S i ( l ) . No e s p e c t r o o b t i d o não f o i observada a t r a n s i ç ã o S g í O ) , possivelmente encoberta pela banda fundamental de fonons. A m a i o r i a das t r a n s i ç õ e s duplas o b s e r v a d a é l a r g a porque e n v o l v e a superposição de l i n h a s devidas ãs moléculas o r t o e p a r a . A banda S ( l ) depende da e x i s t ê n c i a de moléculas orto-Hg no c r i s t a l . Consequeji temente, a i n t e n s i d a d e e a l a r g u r a dessa banda decrescem com a diminuição na concentração de moléculas o r t o . No para-Hg o b s e r v a - s e somente a transição Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) , como será v i s t o p o s t e r i o r m e n t e . As bandas de fonons associadas ãs l i n h a s de f o n o n - z e r o e x c i t a ç a o dos modos v i b r a c i o n a i s da rede c r i s t a l i n a . Em nossos resultam da estudos foi observado um comportamento s e l e t i v o nas bandas de fonons que sera mente d i s c u t i d o em maiores detalhes (Secçõo I / . 2 . 3 . ) . posterior 65 V . 2 . 2 . Parahidrogenio No espectro de absorção do para-Hg ha v á r i a s l i n h a s com ordem de 0,1 cm"^. largura da Essas l i n h a s f i n a s resultam das t r a n s i ç õ e s de f o n o n - z e r o para estados nos quais as e x c i t a ç o e s r o t a c i o n a i s e v i b r a c i o n a i s estão localj^ zadas j u n t a s em uma ou mais m o l é c u l a s . Como pode s e r v i s t o na T a b e l a V . 2 , os c o e f i c i e n t e s de absorção para as t r a n s i ç õ e s observadas variam de 10 a 10 cm . A F i g u r a V 1 3 . , mostra o e s p e c t r o FA normalizado na r e g i ã o do p r i m e i r o sobretom (8000 - 9000 c m " ^ ) . Observa-se a predominância das t r a n s i ç õ e s duplas, tendo sido observada a presença de apenas uma t r a n s i ç ã o simples SgíO) . Comparando-se com o h i d r o g ê n i o normal o b s e r v a - s e que no para-Hg a baji da Qg(0) + So(0) ganha i n t e n s i d a d e , destacando-se também a l i n h a Sg(0)bastaj2 t e i n t e n s a , com uma l a r g u r a de 2cm~^. Essa t r a n s i ç ã o d u p l a , Qg(0) + S o ( 0 ) , apresenta uma e s t r u t u r a de m u l t i p l e t o centrada em 8431 c m " ^ , semelhante ã observada na r e g i ã o fundamental do orto-Dg^^ Essa e s t r u t u r a de m u l t i p l e t o é mostrada em detalhes na F i g u r a V . 4 . , onde são também mostrados os espectros detalhados das t r a n s i ç õ e s Q i ( 0 ) + Q i ( 0 ) , Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) e S i ( 0 ) + S i ( 0 ) . Na r e g i ã o do segundo sobretom (11 700 - 13 000 c m ~ ^ ) , mostrada na F i g u r a V . 5 . , o espectro o b t i d o apresenta apenas t r a n s i ç õ e s d u p l a s . Na F i g u r a V.6 . , são apresentados espectros detalhados das t r a n s i ç õ e s Qg(0) + Q i ( 0 ) , Qi(0) + + S g ( 0 ) , Qg(0) + S i ( 0 ) e S i ( 0 ) + S g ( 0 ) . Convém r e s s a l t a r aqui que as t r a n s i ç õ e s na r e g i ã o do t e r c e i r o sobretom ( A V = 4) foram observadas no para-Hg s ó l i d o pela p r i m e i r a v ê z . A f i g u r a V . 7 . , mostra os e s p e c t r o s FA normalizados nas 16 200 e 16 450 c m ' ^ regiões de Na r e g i ã o de 16 200 c m " ^ , a l i n h a de absorção é i d e n t i f j _ cada como sendo p r o v e n i e n t e da t r a n s i ç ã o Q i ( 0 ) + $3(0). A freqüência de t r a n s i ç ã o da molécula l i v r e é 16 247 cm"-"-, sendo esse v a l o r 30 cm"-"- maior que o da f r e q ü ê n c i a observada (Con^oAme a Tabela 1/.2.). O e s p e c t r o de absorção na r e g i ã o de 16 450 cm'^ apresenta uma e s t r u t u r a de m u l t i p l e t o que f o i a t r i b u í d a ã t r a n s i ç ã o Qg(0) + $2(0). O c e n t r o de gravidade desse m u l t i p l e t o l o c a l i z a - s e em 16 458 cm~-'-. O v a l o r calculado para a molécula l i v r e é 16 495 cm~-'', valor e s t e - 37 cm"-"- maior que o o b s e r v a d o . Estas t r a n s i ç õ e s , j u n t o com as transj^ ções das r e g i õ e s do p r i m e i r o e segundo s o b r e t o n s , estão relacionadas na Tabela V . 2 . . Nessa t a b e l a também se encontram relacionados os c o e f i c i e n t e s de absor ç a o , que variam no i n t e r v a l o de ~ 10 a 10° cm ^. Os c o e f i c i e n t e s de absorção da r e g i ã o do t e r c e i r o sobretom foram o b t ^ dos f a z e n d o - s e a proporção do s i n a l FA medido {nomoLizado] ^ em r e l a ç ã o aos c o e f i c i e n t e s de absorção c o n h e c i d o s , correspondentes aos s i n a i s FA para as t r a n s i ç õ e s com Av= 2 e 3. Além d i s s o , encontram-se nessa medidos tabela as l a r g u r a s de l i n h a medidas, cujos v a l o r e s variam de - 0,4 a 2,1 cm"^. No caso e s p e c i f i c o do p a r a h i d r o g e n i o e x i s t e um formalismo d e s e n v o l v i d o 66 TABELA V . 2 . Av TRANSIÇÃO FREQUÊNCIA OBSERVADA PARAHIDROGENIO SOLIDO FREQUÊNCIA CALCULADA^ DESVIO^ COEFICIENTE DE ABSORÇÃO (cm-^) Qi(0) + Qi(0) S,(0) LARGURA DE LINHA (cm-^) 8 075 8 087 11 0,01 8 307 8 322 15 0,12 0,62 8 394 8 407 13 0,17 2,10 0,98 0,54 8 424 • 8 425 8 426 8 427 8 429 2 Q^{Q) + So(0) 8 431 8 441 10 8 659 16 8 434 8 437 8 439 Qi(0) + Si(0) 8 643 0,81 8 647 Si(0) + Si(0) 8 981 8 996 14 0,09 8 983 1.12 0,98 12 119 QaíO) + So(0) 12 123 0,04 12 129 3 4 QaíO) + Q i ( 0 ) 12 231 12 248 17 0,01 0,84 Q i ( 0 ) + Sg(O) QaCO) + S i ( 0 ) Si(0) + S,(0) 12 545 12 567 22 0,11 1,44 12 561 12 585 24 0,02 1,73 12 884 12 905 21 0,02 Q i ( 0 ) + SaíO) 16 217 16 247 30 0,072 0,74 Q^{Q) + Sa(0) 16 458 16 495 37 0,024 0,38 0,016 0,64 16 465 7. ¥A.exiuê.ncloi cjoüLcjuüLada pcuia a moZlaula iAolcxdci. 2. VoAvlo m relação ã {¡fiíqumcÁJi aaZcuZada paxá a motlcuZa. ¿&olaxia. < CQ o ce: O o. K3 o 8400 (CM-^) 8800 SENSIBILIDADE X 0,1 ENERGIA 8600 i l r _ MEIRO SOBRETOM DO P A R A H I D R O G Ê N I O SOLIDO. ls^(o)+a,(o) DA R E G l A O DO 9000 F I G U R A V . 3 . E S P E C T R O DE ABSORÇÃO F O T O A C U S T I C O NORMALIZADO 8200 $2(0) Qi(0)+Qi(0) i Q2(0)+So(0) Qi(0)+Si(0) PRl EN bü 3 LU 8 O 305 8 310 8 430 8 440 O o CO Qi(o) + Si(0) O u ^ J ,8 640 1 ^1 8 645 8 650 8 980 8 985 FREQÜÊNCIA (cm"^) FIGURA V.4. ESPECTROS DETALHADOS DOS DESDOBRAMENTOS DE ALGUMAS TRANSIÇÕES DA REGlAO DO PRIMEIRO SOBRETOM DO PARAHIDROGÊNIO SOLIDO. Ql(0)+S2(0). <C O Q. ' O Q3(0)+So(0) O « <C O- ^2(0)+S-,(0) Q2(0)+Qi(0) ac O CO Si(0)+S2(0) i2CX)0 12200 i 2400 12600 12800 ENERGIA ( C M " b FIGURA V . 5 . ESPECTRO DE ABSORÇÃO FOTOACUSTICO NORMALIZADO DA REGIAO DO SEGUNDO SOBRETOM DO PARAHIDROGENIO SOLIDO. /u LU Qi(0) + Q2(0) CU LU OU 8 LU Q LU LU O U_ LU 8 12 225 12 230 FREQUÊNCIA 12 880 12 235 12 885 FREQUÊNCIA (cm"^) Qi(0) + 12 890 (cm'M S,(0) LU Cd a: QgíO) + LU Q Si(0) LU O LU 8 12 540 1 2 550 FREQUÊNCIA FIGURA V . 6 . 1 2 560 (cm"M ESPECTROS DETALHADOS DOS DESDOBRAMENTOS DE ALGUMAS TRANSIÇÕES DA REGIAO DO SEGUNDO SOBRETOM DO PARAHIDROGÊNIO SÓLIDO. QzíO) + SaíO) 6 xlO-5 o 16458.5 C m - ' ' 4 X 10-3 16464.8 C m - ^ 2 X 10-3 ha. »o o «<c (_> ce o 00 0 i 1 16456 1 _. 58 .Li- 1 1 1 64 66 68 70 16217.0 C m - ^ UJ LÜ 1 62 0 , ( 0 ) + 83(0) 10x10-3 1— 1 60 8 X 10-3 6 X 10-3 O 4 X 10-3 2 X 1 0 -3 16212 14 . 16 18 ENERGIA 20 22 24 (CM-h FIGURA V . 7 . ESPECTRO DE ABSORÇÃO FOTOACOSTICO NORMALIZADO DAS TRANSIÇÕES QziO) + S 2 ( 0 ) E Q i ( 0 ) + 83(0) DO PARAHIDROGÊNIO SOLIDO ( T E R C E I RO SOBRETOM). 72 por Van Kranendonk e K a r l ^ , para a r e g i ã o do p r i m e i r o sobretom, e que per mite a r e a l i z a ç ã o de c á l c u l o s que fornecem os v a l o r e s p r e v i s t o s para quência das t r a n s i ç õ e s no s o l i d o . Nesse formalismo c o n s i d e r a - s e a fre inicialmente a molécula de para-Hg como um r o t o r v i b r a n t e , analisando-se e n t ã o , de que maneira os n í v e i s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s das moléculas são afetados pelas f o r ç a s i n t e r m o l e c u l a r e s operantes no s o l i d o . Nesses c á l c u l o s c o n s i d e r a - s e um c r i s t a l puro de p a r a h i d r o g e n i o , e em alguns casos um c r i s t a l de parahidro^ gênio contendo uma baixa concentração de o r t o h i d r o g ê n i o . Os v a l o r e s das f r e quências obtidos u t i l i z a n d o - s e esse formalismo são apresentados na Tabela V . 3 . , j u n t o com os v a l o r e s observados no h i d r o g ê n i o normal e n o p a r a h i d r o g e n i o s ó l i d o s . Os v a l o r e s calculados concordam com os obtidos experimentalmente dentro de no máximo 0,05%, o que i n d i c a que esse tratamento t e ó r i c o descreve adequadamente o h i d r o g ê n i o s ó l i d o . De um modo g e r a l o b s e r v a - s e que os espectros dos sobretons no para-Hg s ó l i d o apresentam v á r i o s desdobramentos {"òptUttlngi") nas t r a n s i ç õ e s molecu l a r e s devido ã remoção das degenerescências quando as moléculas são colocadas na r e d e , sendo permitido que elas i n t e r a j a m i s o t r o p i c a e anisotropicamente . V e r i f i c a - s e o aparecimento de dubletos nas r e g i õ e s Av= 2 e 4 do S i ( 0 ) + S i ( 0 ) , S i ( 0 ) + Q i ( 0 ) e Q¿{0) + S^iO). espectro: Um f a t o i n t e r e s s a n t e é que todos os dubletos observados estão associados com t r a n s i ç õ e s duplas,tendo Av i d ê n t i c o para ambas t r a n s i ç õ e s . A e s t r u t u r a f i n a da l i n h a S i ( 0 ) + S i ( 0 ) , s u l t a n t e do levantamento da degenerescência do estado s u p e r i o r re [dzg&neAjado 25 V&Z&a) pela i n t e r a ç ã o combinada quadrupolo-quadrupolo e quadrupolo-hexade capolo e l é t r i c o f o i c a l c u l a d a por Gush e Van Kranendonk""'. Observa-se que o desdobramento e a i n t e n s i d a d e r e l a t i v a das duas componentes da e s t r u t u r a de dubleto apresentam boa concordância com os r e s u l t a d o s o b t i d o s por n ó s , c o n f o r me pode s e r v i s t o na Tabela V . 4 . Foi f e i t o também o c á l c u l o do desdobramento e da intensidade r e l a t i v a 131 para a l i n h a Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) por Van Kranendonk , a nosso ^pedido e também os v a l o r e s calculados apresentam boa concordância com os aqui resultados obtidos por nÓs. Para a t r a n s i ç ã o QgíO) + S g í O ) , o v a l o r calculado para o desdobramento, d e r i v a d o do momento de quadrupolo t e ó r i c o , é 8 , 4 c m " \ e n q u a n t o que o v a l o r observado é - 6,3 cm"-"-. Convém r e s s a l t a r que nos c á l c u l o s para as t r a n s i ç õ e s Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) e QgíO) + SgCO), c o n s i d e r o u - s e feitos apenas a i n t e r a ç ã o de quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o . A p a r t i r desses dados v e r i f i c a se que a i n t e r a ç ã o a n i s o t r õ p i c a de quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o pura é res ponsável apenas por - 75% do desdobramento, indicando a importância das i n t e rações de superposição e de quadrupolo-hexadecapolo e l é t r i c o . 73 TABELA V.3. HIDROGÊNIO SSLIDO - PRIMEIRO SOBRETOM FREQUÊNCIA OBSERVADA (cm"^) TRANSIÇÃO HIDROGÊNIO NORMAL PARA HIDROGÊNIO 8 294 Qi(l) +Q i ( l ) Qi(0) + Q i ( l ) FREQUÊNCIA CALCULADA^ 8 304 Qi(0) + Q i ( 0 ) 8 300 8 307 8 307 8 636 Qi(l) + Si(0) Qi(0) + S i ( 0 ) 8 643 8 643 8 642 Si(0) 8 982 8 981 8 978 + Si(0) /. l/a£OA.c¿ calculador utilizando-ò o. o ionmoLi&mo dc Van KnanzndoYÚi . 74 TABELA V.4. DESDOBRAMENTO E R A Z A O DAS NO P A R A H I D R O G Ê N I O SEPARAÇÃO INTENSIDADES DOS DUBLETOS SOLIDO. EM ENERGIA R A Z A O DAS (cm- ^ ) TRANSIÇÃO OBSERVADOS INTENSIDADES (cm- ^ ) CALCULADA EXPERIMENTAL CALCULADA EXPERIMENTAL Si(0) + Si(0) 2,0 2,0 1.5 1.4 Qi(0) + Si{0) 6,0 4,0 1,7 1.2 QAÍO) + Sg(0) 8,4 6,3 75 V . 2 . 3 . Bandas de Fonons no H i d r o g ê n i o ^ ^ As bandas de fonons associadas ãs l i n h a s de f o n o n - z e r o resultam da e x c i t a ç ã o dos modos v i b r a c i o n a i s da rede c r i s t a l i n a . Uma c a r a c t e r í s t i c a notável do espectro de fonons é a grande do p e r f i l , além do máximo da banda, para f r e q u ê n c i a s mais a l t a s . — — 7 pretado como r e s u l t a d o da c r i a ç ã o m ú l t i p l a de fonons ' cálculos existentes extensão Issoeinter 133 . De acordo com , a intensidade i n t e g r a d a do enésimo ramo de fonons cresce rapidamente com a ordem de n. Além d i s s o , uma v ê z que a de distribuição do e s p e c t r o do enésimo fonon se estende por um i n t e r v a l o de frequências i g u a l a n vezes aquele associado a um fonon [todoò e£e¿ tm a m<u>ma. a es_ ofLígm], t r u t u r a que e r e v e l a d a na banda associada a um fonon e s t a r á d i s p e r s a e os picos de absorção serão bem menores para os ramos de ordem s u p e r i o r . Uma com paração detalhada com a t e o r i a ê muito d i f í c i l devido ã i n t e n s a superposição de bandas, que impede uma separação p r e c i s a das v á r i a s componentes da banda de fonons. Um f a t o i n t e r e s s a n t e observado i que a intensidade da banda de fonons associada a t r a n s i ç õ e s simples ê maior que a das bandas associadas a transj^ ções duplas. Esse f a t o e bem marcante no espectro da r e g i ã o Av= 3 para o hidrogênio normal [vtja, pon. oxmplo, a. bayida dz ^omnò cu>ÁO(UMda.ciiAxxyU)Zçiío Q a í l ) ) . Essa d i f e r e n ç a nas intensidades j á h a v i a sido observada a n t e r i o r m e n t e por P o l i e Van Kranendonk"^ . Como a m a i o r i a das t r a n s i ç õ e s observadas em no¿ SOS estudos ê de t r a n s i ç õ e s d u p l a s , e portanto com menor i n t e n s i d a d e , está e x p l i c a d o o porquê da não observação de e s t r u t u r a na banda de fonons. As f r e q u ê n c i a s e a densidade dos estados de fonons no hidrogênio s ó l i d o têm sido medidas por v á r i a s t é c n i c a s d i f e r e n t e s , Estas incluem espalhamento 13"t-li6 Raman ^ ^ 137 e espalhamento por n e u t r o n s . Estudos por espalhamento Raman^ forneceram informação sobre a den sidade de estados dos fonons t r a n s v e r s a i s ó p t i c o s ( T O ) . Foi mostrado ainda que a e s t r u t u r a da banda de fonons [na n.zgÁÂo dz ^n-zqumcÁjoa aJUa&] , o b t i d a por espalhamento Raman, apresenta boa concordância com a densidade de estados de fonons observada nas e x p e r i ê n c i a s com espalhamento de neutrons . Observa^ ções experimentais e considerações t e Ó r i c a s ^ ^ parecem c o n f i r m a r que a excita_ ção de fonons l o n g i t u d i n a i s ó p t i c o s ( L O ) é p r o i b i d a nos estudos por espalha mento Raman. A e s p e c t r o s c o p i a por espalhamento de neutrons f o r n e c e ambos: as quencias e a densidade de estados dos fonons para o hidrogênio s o l i d o fre . As frequências dos fonons T O e L O são obtidas com precisão r a z o á v e l , mas elas d i f e r e m para d i f e r e n t e s grupos de r e s u l t a d o s . Além d i s s o , os fonons T O e L O não são v i s t o s consistentemente nos e s p e c t r o s , provavelmente como resultado da o r i e n t a ç ã o r e l a t i v a do c r i s t a l e do f e i x e de n e u t r o n s . A densidade defonons TO f o i o b t i d a mas apresenta muito ruTdo para a l t a s e n e r g i a s . A densidade de 76 n e u t r o n s . Além d i s s o , a e s p e c t r o s c o p i a de espalhamento por neutrons não propj^ c i a boa resolução em e n e r g i a para os s ó l i d o s quânticos porque estes sólidos apresentam secções de choque pequenas de espalhamento por n e u t r o n s . Como j á f o i d i t o a n t e r i o r m e n t e , a absorção no i n f r a v e r m e l h o devida ãs t r a n s i ç õ e s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s dos sobretons provim das i n t e r a ç õ e s mole c u l a r e s , de modo análogo ao caso do h i d r o g ê n i o sob a l t a pressão.As l i n h a s de f o n o n - z e r o provim somente das e x c i t a ç õ e s i n t e r n a s das moléculas de hidroge nio e são devidas aos momentos de d i p o l o induzidos por i n t e r a ç õ e s intermole c u l a r e s . As bandas de fonons por o u t r o l a d o , envolvem ambas, excitação a i n t e r n a das moléculas de h i d r o g ê n i o e as v i b r a ç õ e s da rede c r i s t a l i n a . ocorrem p r i n c i p a l m e n t e como um r e s u l t a d o dos momentos de d i p o l o induzidos por i n t e r a ç õ e s de s u p e r p o s i ç ã o . P o r t a n t o , neste c a s o , a absorção nas de fonons e s t á l i v r e da l i m i t a ç ã o da conservação do momento, Elas bandas característica da e s p e c t r o s c o p i a Raman e não e s t ã r e s t r i t a aos fonons do c e n t r o da zona de Brillouin. Embora as r e g r a s de seleção para t a i s ramos dos fonons ainda não tenham sido d e s e n v o l v i d a s t e o r i c a m e n t e , os dados esperimentais e x i s t e n t e s su gerem que ambos os ramos, T O e L O são p e r m i t i d o s . A absorção no i n f r a v e r m e l h o f o i u t i l i z a d a anteriormente no estudo de fonons no h i d r o g ê n i o s o l i d o sob v á r i a s condições. Fonons T O foram observados no parahidrogenio^^ acompanhando t r a n s i ç õ e s moleculares com A J * 4. A densida^ de de estados dos fonons também f o i o b t i d a e apresenta boa concordância com os dados o b t i d o s por espalhamento de n e u t r o n s . Fonons L O não foram observa_ d o s , mas sua e x i s t ê n c i a f o i evidenciada pelos dados f o r n e c i d o s Gush por e colaboradores'^ . No p a r a h i d r o g e n i o puro os ramos ó p t i c o s dos fonons são reso_l_ v T v e i s para concentrações de o r t o h i d r o g ê n i o menores que 50%. Acima dessa c o n c e n t r a ç ã o , os fonons L O dominam os espectros^ . As F i g u r a s V . 8 . e V . 9 . mostram os espectros de absorção normalizados nas regiões de 8850 e l l B O O c m " ^ , r e s p e c t i v a m e n t e . Na F i g u r a V . 8 . ,o pico bem pronunciado é i d e n t i f i c a d o como sendo a t r a n s i ç ã o dupla Q i ( 0 ) + S i ( l ) , ciada com a absorção do p r i m e i r o sobretom no h i d r o g ê n i o s ó l i d o . A ass£ banda fonons que acompanha esse pico está 45 cm"^ d i s t a n t e d e l e . Ao c o n t r á r i o r e s u l t a d o s obtidos por espalhamento Raman de dos , a banda de fonons e bem l a r g a , com uma l a r g u r a da ordem de 40 cm"-^, enquanto que no e s p e c t r o Raman a l a r g u r a é ~ Zcm"^. E n t r e t a n t o , essa banda l a r g a é c o n s i s t e n t e com observações por espalhamento Raman das bandas de fonons associadas com as t r a n s i ç õ e s molec£ l a r e s So(0) e S o ( l ) ^ ^ " ^ ^ . A f r e q u ê n c i a dos fonons d e r i v a d a da F i g u r a V . 8 . , e de o u t r o s fonons associados com t r a n s i ç õ e s duplas é dada por 45 ± 4cm-^ (ue/t Tafae£a 1/.5.). Deve-se d e s t a c a r portanto que a e v i d ê n c i a experimental fortemente que os fonons associados com t r a n s i ç õ e s duplas são sugere predominant^ mente fonons T O . Na F i g u r a V . 9 . , a l i n h a bem d e f i n i d a f o i i d e n t i f i c a d a como t r a n s i ç ã o simples Q a d ) associada com o e s p e c t r o de absorção do sendo a segundo ESTE TRABALHO ,8857 cm-1 Q i W + s , (1) [X^A 0.02 ESCALA DIREITA ESCALA A ESQUERDA REF. 9 REF. 4 H 0.15 n ~11'K s o- 0.10 ce. o </i m < 0.01 0.05 o Ò.00 ENERGIA (cm"^) FIGURA V . 8 . ABSORÇÃO QPTICA DERIVADA DE DADOS DA EFA PROVENIENTE DE UM SOBRE TOM VIBRACIONAL Av= 2 E FONON TO NO HIDROGÊNIO SOLIDO NORMAL. / DADOS COMO OBTIDOS DADOS SUAVIZADOS "SMOOTHED" n-H, a. to Q3 ( D 1-1749 cm-''' I o to CQ o o 120 ENERGIA 160 (cm"M FIGURA V . 9 . SINAL FA NORMALIZADO PROVENIENTE DE UM SOBRETOM VIBRACIONAL Av=3 E FONON LO NO HIDROGÊNIO SOLIDO NORMAL. 79 sobretom no h i d r o g ê n i o s ó l i d o . A banda correspondente aos fonons f o i suaviza^ da com um a l g o r i t i m o f a z e n d o - s e uma média a cada i n t e r v a l o espec {"6mootli2d") t r a i de 20 cm--"- e e s t á l o c a l i z a d a a 76cm-''-da l i n h a de f o n o n - z e r o . N a Tabela V . 5 . , encontram-se algumas f r e q u ê n c i a s a d i c i o n a i s de dados obtidos por nós. Os v a l o r e s observados para as f r e q u ê n c i a s de fonon T O e L O , j u n t o c o m os v a l o r e s obtidos de estudos por espalhamento Raman e espalhamento nêutroná"^ , encontram-se na Tabela V . 6 . Também se encontram aT 139 teóricos * os de valÓres ^ das f r e q u ê n c i a s dos fonons T O e L O . A f r e q u ê n c i a dos fonons T O apresenta boa concordância com os dados e x p e r i m e n t a i s , mas os v a l o r e s teóri^ cos obtidos para os fonons L O são cerca de 40 a 50% mais e l e v a d o s . A banda de fonons do e s p e c t r o e n v o l v e o produto da m a t r i z de t r a n s i ç ã o e a densidade de estados dos fonons. Se nós assumirmos que a m a t r i z de transj^ ção não apresenta mudanças s i g n i f i c a t i v a s na r e g i ã o do espectro de f o n o n s , a i n t e n s i d a d e de absorção observada ê p r o p o r c i o n a l ã densidade de estados. Na F i g u r a V . 8 . , os dados foram expandidos em e s c a l a para uma melhor comparação com os espectros o b t i d o s por t é c n i c a s de espalhamento de neutrons e por um método de e s p e c t r o s c o p i a ó p t i c a no i n f r a v e r m e l h o distante^^ . A p a r t i r desses dados estimou-se a temperatura de Debye como sendo 115 ± 5 K u t i l i z a n d o - s e a ~ 140 relação 0^= fi w ^ / K g , onde: 9q Wjj fi Kg & CL tmpQÃjatuAa. de Vzhyz é a á-teqaênoca de VeJoyz é a conó-toníe de Ptanck é a conòtayitz de Bottmcmn O v a l o r calculado apresenta boa concordância com o v a l o r o b t i d o a p a r t i r do 128 - c a l o r e s p e c i f i c o , que e 116 K, obtido por H i l l e Lounasmaa . Na F i g u r a V . 9 . , a c u r v a t r a c e j a d a f o i r e p r o d u z i d a de um estudo onde o espectro f o i calculado para o parahidrogenio s o l i d o a O K. AT também se encontra o espectro o b t i d o por espalhamento de neutrons que apresenta ambos os ramos, T O e L O . E importante s a l i e n t a r que esses estudos i n i c i a i s a p r e sentavam os fonons T O e L O no mesmo e s p e c t r o enquanto que nos nossos estudos nós podemos o b s e r v a r apenas os fonons T O ou L O separadamente. Poderia-se t e n t a r e x p l i c a r esse f a t o pela o r i e n t a ç ã o r e l a t i v a e n t r e o f e i x e de l a s e r e o eixo c r i s t a l i n o , mas a n a t u r e z a p o l i c r i s t a l i n a do c r i s t a l de hidrogênio u t i l i z a d o em nossos estudos e l i m i n a essa p o s s i b i l i d a d e . A razão dessa ocor r ê n c i a p r e f e r e n c i a l dos fonons T O ou L O , associados a d i f e r e n t e s l i n h a s de f o n o n - z e r o nos v a r i o s s o b r e t o n s , ainda não e s t ã c l a r a , sendo trabalho teórico n e c e s s á r i o um adicional. EJn resumo, o b s e r v o u - s e e x c i t a ç o e s de fonons T O e L O associadas com t r a n s i ç õ e s moleculares do p r i m e i r o e segundo sobretons no h i d r o g ê n i o sólido ã 11 K. Os ramos T O estão associados p r i n c i p a l m e n t e duplas a transições 80 TABELA V . 5 . DETERMINAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DE FREQUÊNCIAS DE FONONS ADICIONAIS A PARTIR DA ANALISE DOS ESPECTROS DO PRIMEIRO E SEGUNDO SOBRETONS DO HIDROGÊNIO SOLIDO. TRANSIÇÃO FREQUÊNCIA DOS FONONS^ (cm-M PRIMEIRO IDENTIFICAÇÃO SOBRETOM 50 L 0 67 L 0 Qi(l)+Qi(l) 45 T 0 Q a d ) + So(0) 41 T 0 Qid) +SI(0) 48 T 0 Qid) +S i d ) 45 T 0 SEGUNDO SOBRETOM 75 L 0 Qad) + Q i d ) 78 L 0 QACO) + So(0) 45 T 0 QACO) + So(0) 50 T 0 Q3d) J. FAzqumcÁa do. mhúmo da banda dz jJonoKus a&¿oclada a cada t/tanòição. 81 TABELA V.6. FREQUÊNCIAS (cm"M DOS FONONS TO E TES L O , EXPERIMENTAIS R I C A S , EM RELAÇÃO A LINHA DE FONON-ZERO. ESPÉCIE T(K) n - Hg n 11 11 10 13 4,2 4,2 4,2 4,3 n-Hg n - Hg n - Hg n - Hg 00- Hg Hg p-Hg p-Hg MODO TO LO <10 TO TO INFRAVERMELHO RAMAN^ NEUTRONS^^ TEORIA^ 87,9 40,8 119,2 40,5 118,3 45^ 69^ 73^ 45^ 439 38,6 LO TO 38,6 LO a. Hz^eÁzncÁjO. 134 b. REÁESENCIA c. 4. e. f. g. RE^eAêncói 1^3 Eòtz tnjûthatko. Poòlçcb da ¿ntejn&ÁÁadz mhUma. RzÍ2AmcÁ,a ? RzieAÍncÁa 38 RzioAJincÂa 3? 137 82 enquanto que os ramos L O aparecem associados p r i n c i p a l m e n t e com transições simples. V.2.4. Ortodeutério O e s p e c t r o do o r t o d e u t é r i o s o l i d o d i f e r e do e s p e c t r o do hidrogênio solido pois a f r e q ü ê n c i a v i b r a c i o n a l é mais baixa e o espaçamento r o t a c i o n a l i menor. Além d i s s o , os n i v e i s r o t a c i o n a i s do d e u t e r i o têm pesos e s t a t í s t i c o s d i f e r e n t e s dos do hidrogênio porque o s p i n n u c l e a r do déuteron é um. Nos nossos e s t u d o s * o r t o - d e u t é r i o e n r i q u e c i d o [gn/ui dz comjzfuão modo m S0%] t nas r e g i õ e s do p r i m e i r o e segundo sobretons (Av= 2 e 3 ti\jcmzntz) y foram observadas somente t r a n s i ç õ e s duplas [FlguAxu A n a l i s a n d o - s e os e s p e c t r o s obtidos o b s e r v a - s e Qi(0) que n,zòpzc V.IO as + S i ( 0 ) e Q A Í O ) + S i ( 0 ) apresentam, de modo semelhante zòti zV.íl]. transições ao que foi observado no h i d r o g ê n i o , as l i n h a s de fonon z e r o acompanhadas pelas bandas de fonons. Como no o r t o d e u t é r i o não f o i a t i n g i d a uma conversão c o m p l e t a , o b s e r v a se, para algumas l i n h a s , a c o n t r i b u i ç ã o de t r a n s i ç õ e s devidas ã presença de moléculas para-Dg. Esse f a t o é confirmado pelas l a r g u r a s de l i n h a das transj_ ções observadas. Estas se assemelham mais aquelas observadas no hidrogênio normal que ãs o b t i d a s no estudo do p a r a h i d r o g e n i o . As l a r g u r a s de l i n h a o b s e r v a d a s , juntamente com as t r a n s i ç õ e s o b s e r v ¿ das e i d e n t i f i c a ç õ e s r e s p e c t i v a s encontram-se na Tabela V . 7 . AT também se encontram tabelados os desvios das f r e q ü ê n c i a s obtidas experimentalmente em relação aos v a l o r e s calculados para a molécula i s o l a d a . A l i n h a observada em 6140 cm"^ é claramente uma superposição das t r a j i sições Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) e Q i ( l ) + S i ( 0 ) . A t r a n s i ç ã o S i ( 0 ) + S i ( 0 ) , localizada em 6309 cm"^ é muito pouco i n t e n s a , permitindo apenas a sua i d e n t i f i c a ç ã o . Na r e g i ã o de 6040 cm"^ o b s e r v o u - s e uma l i n h a bem l a r g a , r e s u l t a n t e da superposição das t r a n s i ç õ e s + S o ( 0 ) , QziO) + So(0) e $¿{0). Na r e g i ã o do segundo sobretom, por o u t r o l a d o , o b s e r v o u - s e transição Q Z Í O ) H- S I ( 0 ) , apenas a que se assemelha bastante ãs observadas no parahidro gênio e parece não a p r e s e n t a r m i s t u r a com t r a n s i ç õ e s devidas ãs moléculas para-Dg. E importante n o t a r q u e , do mesmo modo que no h i d r o g ê n i o n o r m a l , o des^ dobramento das l i n h a s não é r e s o l v i d o , provavelmente devido ã presença das impurezas de para-Dg. V . 2 . 5 . Hidrogênio Deuterado Como no caso do Hg e do Dg, o espectro r o t a c i o n a l - v i b r a c i o n a l do HD é p r o i b i d o pela r e g r a de seleção que determina que estados e l e t r ô n i c o s pares combinam apenas com estados Tmpares, uma r e g r a que se a p l i c a a todas molécu M _l 6120 6140 6160 6180 O «1 o. 'O o i<X. o o 00 6280 6300 6320 6340 6000 6020 6040 6060 ENERGIA ( C M " 1 ) F I G U R A V . I O . E S P E C T R O D E ABSORÇÃO F O T O A C O S T I C O N O R M A L I Z A D O D A R E G I A O DO P R ] , M E I R O S O B R E T O M DO O R T O D E U T É R I O S O L I D O . o CL O o «a: <_> o¿. o CO 8980 FIGURA 9000 9020 ENERGIA (CM"1) 9040 V . l l . E S P E C T R O D E A B S O R Ç Ã O F O T O A C O S T I C O N O R M A L I Z A D O D A REGlAO DO S E GUNDO S O B R E T O M D O O R T O D E U T É R I O S O L I D O . ,.Ar^i.-i.-!A! np F W P R a i A M ! I N I P A R /<;P 85 TABELA V.7. ORTODEUTÉRIO SOLIDO Av FREQUÊNCIA OBSERVADA TRANSIÇÃO DESVIO^ 3 7 20 24 18,5 4,0 26 3,5 2 Qad) QzíO) Qi(0) Si(0) So(0) So(0) Si(0) Si(Q) 6 040 6 140 6 309 6 043 6 047 6 160 6 333 3 Qa(0) + S,(0) 9 008 9 034 + + + + LARGURA DE LINHA (cm-^) FREQUÊNCIA CALCULADA^ (cm-^) J. FAzquincioL ccutcuZada pa/ui a. motzcjíila lòolada. 2. Vuvio m /Lelação ã {¡M(¿qu&ncUji catcuZada. pcuui a molzcuía. l&olada. 86 las cujos núcleos têm cargas i g u a i s . E n t r e t a n t o , essa r e g r a e quebrada no caso do HD que possui um pequeno momento de d i p o l o , apresentando um espectro 15 _ f r a c o no i n f r a v e r m e l h o . O momento de d i p o l o da molécula de HD r e s u l t a do movimento v i b r a c i o n a l da molécula de HD associado ao f a t o dos centros de massa e carga não serem c o i n c i d e n t e s . Quando os núcleos v i b r a m , ambos os c e n t r o s de carga p o s i t i v a e carga n e g a t i v a oscilam mas, por causa da i n é r c i a dos elé t r o n s , o c e n t r o de carga n e g a t i v a f i c a atrasado em relação ao c e n t r o de carga p o s i t i v a , o r i g i n a n d o um momento de d i p o l o . A p a r t i r das medidas da i n t e n s i d a d e das bandas rotacionais - v i b r a c i o nais no h i d r o g ê n i o g a s o s o , o b t i d a s por D u r i e e Herzberg^^, f o i possTvel est^ mar-se a espessura do HD s ó l i d o necessária para revelar o espectro permitido. Esse v a l o r é de 3 cm. Uma v ê z que em nossas e x p e r i ê n c i a s c r i s t a l é 0,8 cm, o espectro observado é um e s p e c t r o a espessura do induzido,qualitativameji t e comparável ao do Hg e do Dg. A molécula de HD é h e t e r o n u c l e a r e portanto a d i s t i n ç ã o entre nTveis r o t a c i o n a i s s i m é t r i c o s e a s s i m é t r i c o s não e x i s t e . Ou s e j a , não ocorrem as modificações o r t o e p a r a , e , ã baixas t e m p e r a t u r a s , quase todas as moléculas estão no estado r o t a c i o n a l J = 0. S e r i a então de se esperar que o e s p e c t r o do HD s ó l i d o se assemelhasse ao do para-Hg ou do o r t o - D g . Embora de g e r a l haja bastante semelhança e n t r e esses e s p e c t r o s , conforme um as modo Figuras V . 1 2 . , e V . 1 3 . , há d i f e r e n ç a s marcantes que dão um i n t e r e s s e e s p e c i a l ao e ^ pectro do HD. Essas d i f e r e n ç a s estão relacionadas com a presença de t r a n s i ç õ e s com AO = 1 e ã observação de d i v i s ã o nas bandas de fonons e serão d i s c u t i d a s em maiores detalhes p o s t e r i o r m e n t e . O e s p e c t r o de absorção do HD, induzido por c o l i s ã o , na r e g i ã o do pri^ meiro sobretom [flQuJux. l/. J 2 . ) c a r a c t e r i z a - s e pelas l i n h a s de fonon z e r o acom panhadas pelas bandas de fonons. Há a q u i , do mesmo modo que no p a r a h i d r o g e n i o , h i d r o g ê n i o normal e o r t o d e u t é r i o , a predominância de t r a n s i ç õ e s duplas sobre transições simples. A m a i o r i a das bandas observadas no espectro do HD pÕde s e r i d e n t i f i c a da com base apenas na f r e q ü ê n c i a . A Tabela V . 8 . , mostra as l i n h a s observadas com a i d e n t i f i c a ç ã o c o r r e £ pondente e as f r e q ü ê n c i a s c a l c u l a d a s . No caso do HD, a f r e q ü ê n c i a da Q g ( 0 ) , determinada experimentalmente, f o i tomada como origem da linha banda e as 15 constantes moleculares u t i l i z a d a s foram as determinadas por D u r i e e H e r z b e r g . Foi observado um dubleto correspondente ã t r a n s i ç ã o S i ( O ) + semelhante ao observado no para-Hg s o l i d o , porém com uma separação Si(0) maior e n t r e as l i n h a s . Isso e r a esperado pois no HD a d i s t â n c i a ao v i z i n h o mais pró ximo i menor que no Hg (Ro= 3,789 A para o Hg e Ro= 3,642 A para o Dg) e a i n t e r a ç ã o de quadrupolo-quadrupolo e l é t r i c o , p r i n c i p a l responsável pelo de£ dobramento, v a r i a com R " ^ . A l i n h a QgíO) é p r o i b i d a no HD puro porque os momentos de t r a n s i ç ã o se Q^(1.0) + S , ( 0 ) a. 'O .(_> 5 •c o en co S,(0) + Si(0) 02(1.0) + S Q Í O ) 0,(1.0) 0 2 + Si(1)H2 R2(0) .0) + S,(1) S2(0) 02(0) 7040 7120 Pid.o) + 0,(1.0) 7200 7280 A 7360 7440 7520 7600 7680 7760 7840 7920 ENERGIA ( C M - ^ ) FIGURA V . 1 2 . ESPECTRO DE ABSORÇÃO FOTOACUSTICO NORMALIZADO DA REGlAO DO PR^ MEIRO SOBRETOM DO HD SOLIDO. ÜJU. I •- 1 Q ca o _ Q.(0)+Sj(0) Qj(l.O)+S,(0) A o o I/O CQ 10 920 10 940 FREQÜÊNCIA F I G U R A V.13. 10 960 10 980 (cm"^) E S P E C T R O DE ABSORÇÃO FOTOACUSTICO NORMALIZADO GUNDO SOBRETOM DO HD SOLIDO. DA R E G I A O DO SE 89 TABELA V . 8 . HIDROGÊNIO DEUTERADO SOLIDO Av FREQUÊNCIA CALCULADA^ DESVIO^ COEFICIENTE DE ABSORÇÃO 7 068 7 083 15 0,02 RaCO) 7 151 7 164 13 0,04 Qi(0) + Q i ( 0 ) S,(0) 7 251 7 265 14 0,02 7 313 7 327 14 0,02 QziO) + So(0) 7 343 7 350 7 0,09 Ri(0) + R i ( 0 ) 7 428 7 435 7 0,05 Qi(l,0) + S i ( Q ) Qi(0) + S i ( l ) 7 504 7 518 14 0,46 7 662 7 684 22 0,04 Qi(0)D2 + SiCDHg 7 594 7 706 12 0,02 Si(0) + S i ( 0 ) 7 767 7 775 8 0,14 11 014 20 0,01 TRANSIÇÃO FREQUÊNCIA OBSERVADA (cm-^) 2 7 774 Q i ( 0 ) + SgíO) 3 QaO) + Si(0) 10 994 QzíO) + S i ( 0 ) 1. F^EÇAÊNCXA caícuZada. pa/ia a moZzcuía. ¿ooZcida., 2. Vz&vÃX) m AelcLção a {¡n.zque.n(UM. catcutada pafia a moZícuía lòoZuda. 90 anulam quando somados sobre toda a r e d e . O aparecimento da l i n h a QjC O ) no e s p e c t r o e a t r i b u í d o ã presença de moléculas de o r t o - H g » que é a razão dada para o aparecimento da l i n h a Q i ( 0 ) em c r i s t a i s de parahidrogenio^"^e hidroge nio d e u t e r a d o . Essa e x p l i c a ç ã o f o i t e s t a d a u t i l i z a n d o - s e uma m i s t u r a na qual a concentração de Hg f o i aumentada deliberadamente. Foi v e r i f i c a d o que o aumento na concentração de h i d r o g ê n i o normal provocava um aumento na intensj_ dade da l i n h a enquanto que a v a r i a ç ã o na concentração de para-Hg não nava nenhum e f e i t o . Assume-se, p o r t a n t o , que a l i n h a QgíO) r e s u l t a ocasÍ£ de uma t r a n s i ç ã o simultanea na qual uma t r a n s i ç ã o Av= 2 , AJ= O na rede do HD ê acom panhada por uma t r a n s i ç ã o o r i e n t a c i o n a l numa molécula de o r t o - H g . A c i a da l i n h a Qg(0) é 7068 c m " ^ , que é 15 cm"^ menor que o valor frequêji calculado para a molécula i s o l a d a . Esse abaixamento na f r e q ü ê n c i a v i b r a c i o n a l é o c a s i o nado pelas f o r ç a s intermoleculares. As l i n h a s de absorção Sg(0) e Q g ( l , 0 ) + So(0) r e s u l t a m rotacional-vibracional da transição Av= 2 , AJ= 2. Essa t r a n s i ç ã o pode o c o r r e r numa única m o l é c u l a , dando origem ã componente S g ( 0 ) , ou em duas moléculas,dando origem ã componente Q2(l,0) + S o ( 0 ) . No ú l t i m o c a s o , uma molécula f a z a transição Av= 2 , AJ= O e uma o u t r a molécula f a z a t r a n s i ç ã o Av= O , A J = 2.A l i n h a Sg(0) é bem d e f i n i d a enquanto que a l i n h a Q g ( l , 0 ) + So(0) é bem l a r g a e não apr£ senta picos bem d e f i n i d o s por s e r uma m i s t u r a Q g ( l ) + So(0) e Qg(0) + S o ( 0 ) . A l i n h a Q i ( l , 0 ) + S i ( 0 ) é a mais i n t e n s a mas também é alargada por s e r uma m i s t u r a das t r a n s i ç õ e s Q i ( l ) + S i ( 0 ) e Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) . Observou-se também uma t r a n s i ç ã o bastante f r a c a , mas presente,que f o i a t r i b u i d a ã presença de impurezas de Dg e Hg, e i d e n t i f i c a d a como Qi(l,O)D2 + +Si(l)H2. Uma das c a r a c t e r í s t i c a s marcantes observada no e s p e c t r o do HD,mas não observada nos espectros do Hg e Dg, é a presença das l i n h a s R g ( 0 ) , a t r i b u i d a ã t r a n s i ç ã o simples Av= 2 , a j = l , e R i ( 0 ) + R i ( 0 ) , a t r i b u i d a ã t r a n s i ç ã o du pia envolvendo duas moléculas com Av= í , AJ= 1. Essas t r a n s i ç õ e s , que são rj_ gorosamente p r o i b i d a s no caso do Hg e do Dg, são permitidas no HD por c a u s a , de seu c a r á t e r h e t e r o n u c l e a r . O o u t r o aspecto r e l e v a n t e , com r e l a ç ã o ao e s p e c t r o do HD, f o i a obser vação de uma d i v i s ã o na banda de fonons associada ã t r a n s i ç ã o Q i ( l , 0 ) + S i ( 0 ) . Essa d i v i s ã o na banda de fonons f o i observada a n t e r i o r m e n t e por Granee Gush^^, na absorção fundamental associada ã t r a n s i ç ã o Q i ( 0 ) + S o ( 0 ) , tendo sido dada teoricamente por Zaidi^'*^ A c r e d i t a - s e que essa d i v i s ã o na banda nons é causada por uma f o r t e i n t e r a ç ã o do movimento rotacional (Ro ~ 90cm-^)com a v i b r a ç ã o da rede {^onoru - 40-90 m~^]. De •itií de acordo estü fo puro com _ Z a i d i * , esse acoplamento e devido p r i n c i p a l m e n t e ao deslocamento do c e n t r o de carga em relação ao c e n t r o de massa na molécula h e t e r o n u c l e a r do HD. A e s t i m a t i v a t e ó r i c a desse acoplamento, f e i t a u t i l i z a n d o - s e os cálculos Z a i d i , dá um v a l o r da ordem de 10 c m ' ^ Essa f o r t e i n t e r a ç ã o da rotação de das 91 moléculas com a v i b r a ç ã o da r i d e tem um papel importante num mecanismo relaxação p r o p o s t o , a s e r d i s c u t i d o de posteriormente. Na r e g i ã o do segundo sobretom {¥¿guAa 1/.Í3) o b s e r v a - s e uma banda lar^ g a , devida a v á r i a s t r a n s i ç õ e s l o c a l i z a d a s bem próximas umas das o u t r a s , que t o r n a i m p o s s í v e l uma i d e n t i f i c a ç ã o V.3. o precisa. Aplicação dos Resultados Obtidos na Região do Terceiro Sobretom ( A V = 4 ) do P a r a h i d r o g e n i o S ó l i d o em Estudos Astronômicos Os e s p e c t r o s de absorção dos harmônicos da v i b r a ç ã o fundamental das moléculas de Hg no h i d r o g ê n i o s o l i d o têm,por exemplo,papel importante na de terminação da presença ou não de Hg na atmosfera de o u t r o s p l a n e t a s , a p a r t i r de observações astronómicas desses e s p e c t r o s . Embora haja dados sobre e s p e c t r o s de absorção ó p t i c a induzidos por c o l i s ã o para os p r i m e i r o s os harmÓ nicos das bandas v i b r a c i o n a i s do h i d r o g ê n i o gasoso m o l e c u l a r , há necessidade de dados s i m i l a r e s para harmônicos de ordem mais a l t a . Foi observada uma t r a n s i ç ã o em 642 nm nos e s p e c t r o s de Urano eNeptuno que f o i a t r i b u i d a igualmente ã presença de Hg e C H i . , sendo d i f í c i l uma ideji t i f i cação sem ambigüidade em v i r t u d e da i n e x i s t ê n c i a de dados de l a b o r a t ó r i o sobre e s p e c t r o s i n d u z i d o s por c o l i s ã o na r e g i ã o do t e r c e i r o sobretom {n.zgZãc cx>HÂ.zòpoYid(LYitz ã tnxLnòição do Hg obsznvada]. E nesse ponto que surge uma a p l i c a ç ã o importante de nossos estudos nessa r e g i ã o (Av= 4 ) , que por sua aplj_ cação e s p e c T f i c a mereceram uma publicação separada. Para que os estudos da r e g i ã o Av= 4 sejam ú t e i s na i n t e r p r e t a ç ã o dos espectros p l a n e t á r i o s o b s e r v a d o s , p r o v e n i e n t e s das t r a n s i ç õ e s de d i p o l o indjj z i d a s por c o l i s õ e s , o parâmetro importante é a i n t e n s i d a d e da l i n h a em unida^ des a b s o l u t a s . Da comparação dos c o e f i c i e n t e s de absorção Ó p t i c a medidos para as t r a n s i ç õ e s Av= 2 e 3 com o s i n a l FA normalizado {Equaçãa 14- Capitulo lll), deduz-se os c o e f i c i e n t e s de absorção para as t r a n s i ç õ e s A v = 4 r e l a c i o n a d o s na Tabela a V . 2 . A . F i g u r a V.14 mostra um g r á f i c o do c o e f i c i e n t e de absorção para as l i n h a s mais i n t e n s a s das t r a n s i ç õ e s moleculares r e g i õ e s Av= 2,3 e 4 do para-Hg s ó l i d o . P a r t i n d o - s e da i n t e n s i d a d e a b s o l u t a da l i n h a A v = 4 n a f a s e s ó l i d a , é p o s s T v e l d e r i v a r - s e a i n t e n s i d a d e das l i n h a s e a forma da banda na fase gasosa em temperaturas e s p e c T f i c a s , se f ô r conhecida a densidade distância intermolecular. e a Para comparaçãq são mostrados nessa mesma F i g . Y . 2 as i n t e n s i d a d e s de absorção i n t e g r a d a s c a l c u l a d a s ' nais i n d u z i d o s por pressão (nomatízadoò dos sobretons vibracio pafia. o ua£ÔA. m Au= 2 ) . A boa c o r r e lação observada i n d i c a que os v a l o r e s medidos das intensidades da l i n h a em Av= 4 no para-Hg s Ó l i d o podem s e r usados para conversão das l i n h a s de d i p o l o i n d u z i d a s por pressão observadas no Hg em e s p e c t r o s p l a n e t á r i o s . Devido ao f a t o dessas absorções serem extramamente f r a c a s , quando e l a s são i d e n t i f i c a das com c e r t e z a como sendo p r o v e n i e n t e s das t r a n s i ç õ e s de d i p o l o no Hg 10" r Qi(0) + Si{0) o ce. o CQ 10-1 r Qi(0)+S2{0) o o 10-2 10 r -3 Av TOTAL FIGURA V . 1 4 . COEFICIENTES DE ABSORÇÃO ABSOLUTOS MEDIDOS EM FUNÇÃO DE Av.JUN TO COM VALORES CALCULADOS^ PARA A FASE GASOSA SOB ALTA PRESSAO, NORMALIZADOS PARA OS VALORES MEDIDOS EM Av= 2. 93 induzidas por c o l i s ã o , elas podem s e r consideradas opticamente f i n a s , s e m pro blemas de saturação e fornecem p o r t a n t o , bons v a l o r e s para a coluna de gra d i e n t e de densidades do h i d r o g ê n i o nesses p l a n e t a s . V.4. Correlação . HD e V . 4 . 1 . Comparação e n t r e a Fase Sólida e a Fase Gasosa Nas f i g u r a s V.15 e V.16 pode s e r v i s t a uma comparação e n t r e os espec t r o s do hidrogênio nas fases s ó l i d a e gasosa, nas r e g i õ e s do p r i m e i r o e segujfi 6 do s o b r e t o n s . Os e s p e c t r o s da fase gasosa foram obtidos por Mc K e l l a r e W e l s h u t i l i z a n d o um caminho de absorção de 137m e densidades v a r i a n d o e n t r e 30 e 38 amagat. Os e s p e c t r o s de absorção na fase s ó l i d a apresentam l i n h a s bem finas comparadas com as bandas alargadas o b t i d a s na fase g a s o s a , o que f a c i l i t a a determinação das posições em f r e q ü ê n c i a , p o s s i b i l i t a n d o , consequentemente, a i d e n t i f i c a ç ã o das t r a n s i ç õ e s e n v o l v i d a s . Hã, e n t r e t a n t o , o aparecimento das bandas de fonons que acompanham as l i n h a s de f o n o n - z e r o . Deve-se r e s s a l t a r que esse comportamento observado para o Hg sólido, em r e l a ç ã o ã fase g a s o s a , ê também observado para o HD e o Dg. V e r i f i c o u - s e ainda uma tendência g e n e r a l i z a d a de deslocamento, para f r e q ü ê n c i a s mais b a i x a s , das t r a n s i ç õ e s observadas na f a s e sólida,em r e l a ç ã o aos v a l ó r e s para a f a s e gasosa. Esses deslocamentos são devidos ãs f o r t e s t e r a ç õ e s i n t e r m o l e c u l a r e s i s o t r õ p i c a s que afetam os p o t e n c i a i s r e s , diminuindo as f r e q ü ê n c i a s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s in intramolecula envolvidas. V . 4 . 2 . C a r a c t e r í s t i c a s Comuns a Todos Isótopos Os espectros o b t i d o s (Hj, HD e.V¡] são c a r a c t e r i z a d o s por linhas fonon z e r o bem f i n a s , i d e n t i f i c a d a s como t r a n s i ç õ e s moleculares p u r a s , de acom panhadas das bandas de fonons {aZaAgadcu>]. Os c o e f i c i e n t e s de absorção t í p i c o s variam de 10" a lo" cm'^. Esses c o e f i c i e n t e s de absorção podem ser usados para c a l c u l a r as vidas-médias de f l u o r e s c e n c i a . Foi f e i t o esse c á l c u l o l i z a n d o - s e o c o e f i c i e n t e de absorção para a l i n h a de maior absorção ut^ medida, Q i ( 0 ) + S i ( 0 ) na r e g i ã o do p r i m e i r o sobretom do p a r a - H g , usando r e l a ç õ e s sim pies dos c o e f i c i e n t e s de E i s n t e i n A e B. O v a l o r c a l c u l a d o é da ordem de l O ^ s , e preenche os r e q u i s i t o s necessários para estudos u t i l i z a n d o e s p e c t r o ^ copia f o t o a c u s t i c a . Como os e s p e c t r o s o b t i d o s são e s p e c t r o s i n d u z i d o s por col isão,a l a r g u r a de l i n h a é p r o p o r c i o n a l ã i n t e n s i d a d e da i n t e r a ç ã o . A c a r a c t e r í s t i c a mais importante o b s e r v a d a , comum a todos i s ó t o p o s , é o f a t o da l a r g u r a de l i n h a s e r grande para t r a n s i ç õ e s envolvendo estados 1 1 1 o 1 1 1 1 1 1 — 0 , ( 1 ) + 8,(1) ^ 0 , ( 1 ) + 0,(1) S O 3^ 8000 8100 8200 8300 8400 8500 8800 u 8700 8,(0»+8,(0) 8800 8000 9100 FREQÜÊNCIA (cm'M FIGURA V J 5 . COMPARAÇÃO DO ESPECTRO FA NORMALIZADO OBTIDO PARA A REGIAO DO PRIMEIRO SOBRETOM DO HIDROGÊNIO NORMAL SOLIDO COM O OBTIDO PA RA A FASE GASOSA SOB ALTA PRESSAO*. h FASE GASOSA ! J I I I I 12212 \ I I I ' I Û2(1)+Qi(1) S2(1)+Qi(1) FASE SOLIDA 12741 8 Qad) 11745 S 2 ( 0 ) + Q i ( 1 ) Û2(1) Q3(D+So(Ô) 11800 ^+Si(1) 12769 Û3(1)+So(1) 12000 12200 12400 12600 12800 ENERGIA ( C M ' ^ ) FIGURA V . 1 6 . COMPARAÇÃO DO ESPECTRO F A NORMALIZADO OBTIDO PARA A REGlAO SEGUNDO S O B R E T O M DO H I D R O G Ê N I O NORMAL S Q L I D O COM 0 O B T I D O A F A S E G A S O S A SOB A L T A PRESSAO^ DO PARA 96 e x c i t a d o s r o t a c i o n a i s p u r o s . Isso e v i d e n c i a um f o r t e acoplamento e n t r e omovi^ mento r o t a c i o n a l da m o l i c u l a e as v i b r a ç õ e s da r e d e . V . 4 . 3 . E v i d e n c i a s de Relaxação Rápida Foram observadas algumas e v i d e n c i a s e x p e r i m e n t a i s que indicam uma re laxação não r a d i a t i v a rápida dos estados e x c i t a d o s . Em p r i m e i r o l u g a r , a relaxação e s u f i c i e n t e m e n t e rápida p a r a s e r o b s e r vada u t i l i z a n d o - s e e s p e c t r o s c o p i a f o t o a c u s t i c a . Isso i n d i c a que essa relaxa ção o c o r r e num tempo menor que microsegundos porque a s e n s i b i l i d a d e do nosso d e t e t o r apresenta um pico em 300 kHz. Em segundo l u g a r , a l a r g u r a de l i n h a do e s p e c t r o de absorção da r e g i ã o Av= 4 i n d i c a um tempo de v i d a maior que 100 picosegundos.A l i n h a c o n s i d e r a d a , Q i ( 0 ) + 8 3 ( 0 ) , não apresenta superposições e possui uma forma aproximadamente Lorentziana. Esses dois f a t o s j u n t o s determinam um l i m i t e para G tempo de v i d a r e l a x a ç ã o e n t r e 100 picosegundos [ZoAguAa q^pzcXâüJíW alguns da microsegundos [d<Ltz(itciibÁJU.dcuiz da. EFA). Tendo em v i s t a esses l i m i t e s para o tempo de r e l a x a ç ã o , o b s e r v a - s e que, comparado com o u t r o s s ó l i d o s moleculares como o n i t r o g ê n i o e o monóxido de carbono^'*, o tempo de r e l a x a ç ã o para o h i d r o g ê n i o e v á r i a s ordens de magnitu^ de menor [paxá. o YIUAJOQZYU.O^'^ O tzmpo dz n.2Zaxa.ção é i 56 4 ) . Isso significa que nesses o u t r o s s ó l i d o s moleculares há um f r a c o acoplamento e n t r e a v i b r a ç ã o i n t e r n a das moléculas e a r e d e . V . 4 . 4 . Mecanismo de Relaxação Proposto Tendo-se em mente todos os f a t o s mencionados nas secções f o i proposto um mecanismo que e x p l i c a a rápida r e l a x a ç ã o não hidrogênio anteriores, radiativa no sólido. I n i c i a l m e n t e , assume-se que a e n e r g i a a b s o r v i d a r e l a x e principalmente por processos não r a d i a t i v o s , uma vêz que a p r o b a b i l i d a d e de f l u o r e s c ê n c i a e muito pequena ( - 7(J"^4). De acordo com a nossa p r o p o s i ç ã o , essa r e l a x a ç ã o o c o r r e r i a etapas. I n i c i a l m e n t e h a v e r i a uma f o r t e i n t e r a ç ã o e n t r e a v i b r a ç ã o o movimento r o t a c i o n a l em duas interna e das moléculas. Essa i n t e r a ç ã o s e r i a possTvel em função dos numerosos modos r o t a c i o n a i s d i s p o n T v e i s , v i s t o que nos h i d r o g e n i o s sÓlj_ dos as moléculas podem s e r consideradas como r o t o r e s l i v r e s . AT e s t á a dife rença fundamental em r e l a ç ã o a o u t r o s s ó l i d o s moleculares onde não há a presença desses modos r o t a c i o n a i s e a relaxação e l e n t a . Em seguida ã essa f o r t e i n t e r a ç ã o e n t r e a v i b r a ç ã o i n t e r n a eomovimeji to r o t a c i o n a l , h a v e r i a um f o r t e acoplamento e n t r e o movimento r o t a c i o n a l moléculas e a v i b r a ç ã o da r e d e . A p o s s i b i l i d a d e desse acoplamento forte das é .97 evidenciada pela d i v i s ã o na banda de fonons observada no HD e pelo l a r g u r a s de l i n h a das absorções que envolvem estados e x c i t a d o s fato das rotacionais puros serem grandes. O diagrama esquemático abaixo i l u s t r a como s e r i a esse mecanismo no h i d r o g ê n i o s o l i d o em comparação com o u t r o s s Õ l i d o s m o l e c u l a r e s : HIDROGÊNIO SÓLIDO VIBRAÇÃO ROTAÇÃO DAS MOLÉCULAS INTERNA forte forte SÓLIDOS MOLECULARES VIBRAÇÃO DA REDE VIBRAÇÃO INTERNA fraca [auòhvcÁA dz. AJOX:OAZ& ZÀMAZÒ] Em suma, o mecanismo proposto acima e x p l i c a r i a a r e l a x a ç ã o r á p i d a e v ^ denciada pelos r e s u l t a d o s e x p e r i m e n t a i s o b t i d o s . V.5. Conclusões Foi apresentado um estudo da absorção ó p t i c a dos sobretons rotacÍ£ nais v i b r a c i o n a i s no h i d r o g ê n i o , d e u t e r i o e h i d r o g ê n i o deuterado s ó l i d o s . AJ_ gumas destas t r a n s i ç õ e s moleculares foram observadas pela p r i m e i r a v ê z . Como uma c a r a c t e r í s t i c a g e r a l o b s e r v o u - s e uma tendência de deslocameji t o para f r e q u ê n c i a mais baixas quando comparadas com os v a l o r e s calculados para a molécula i s o l a d a . Esses deslocamentos são devidos ãs f o r t e s i n t e r a ç õ e s i n t e r m o l e c u l a r e s i s o t r õ p i c a s que afetam os p o t e n c i a i s i n t r a m o l e c u l a r e s efetj^ vos de cada m o l é c u l a , produzindo um e f e i t o de achatamento desses p o t e n c i a i s , o que diminui as f r e q u ê n c i a s r o t a c i o n a i s - v i b r a c i o n a i s envolvidas.Entretanto, o f a t o desses deslocamentos serem pequenos i n d i c a que o e f e i t o s ó l i d o nos números quânticos r o t a c i o n a l e v i b r a c i o n a l é pequeno. de estado 98 Com r e l a ç ã o a banda de fonons o b s e r v o u - s e um comportamento seletivo onde os fonons associados com t r a n s i ç õ e s duplas são predominantemente fonons t r a n s v e r s a i s Ópticos ( T O ) enquanto que aqueles associados com t r a n s i ç õ e s mo l e c u l a r e s simples são predominantemente fonons l o n g i t u d i n a i s ó p t i c o s . Para o para-Hg e o o r t o - D g foram observados desdobramentos múltiplos nas t r a n s i ç õ e s m o l e c u l a r e s . Alguns dos desdobramentos indicaram a importância da c o n t r i b u i ç ã o das i n t e r a ç õ e s de superposição ("oveA^ap") e quadrupolo - qua^ drupolo e l é t r i c o em adição ã i n t e r a ç ã o a n i s o t r õ p i c a de quadrupolo-quadrupolo elétriCO. A d i v i s ã o na banda de fonons do HD e a l a r g u r a de l i n h a grande das t r a n s i ç õ e s envolvendo e x c i t a ç ã o r o t a c i o n a l pura i m p l i c a num f o r t e acoplamento e n t r e o movimento r o t a c i o n a l das moléculas e a r e d e . Esse acoplamento t e v e um papel muito importante na proposição de um mecanismo para e x p l i c a r a relaxa^ ção n ã o - r a d i a t i v a da absorção v i b r a c i o n a l dos h i d r o g e n i o s s ó l i d o s . Nossas o ^ servações e x p e r i m e n t a i s indicaram que essa r e l a x a ç ã o n ã o - r a d i a t i v a é bem r á p i d a , s i t u a n d o - s e no i n t e r v a l o de 100 picosegundos [timlte. Ájnposto pzZaloA. guÂxi QÁPZCXAJOJL) a alguns microsegundos da ZÁpzcüwÁCOpla [tmite. Ámpo&to poJüx. detzctabÁZcdade. iotoacJâstlcja]. Um aspecto importante deste t r a b a l h o é que os dados e x p e r i m e n t a i s f o r necidos a q u i , na r e g i ã o dos p r i m e i r o s harmónicos, dão s u b s í d i o s para estudos t e ó r i c o s nessas r e g i õ e s , uma v ê z que a m a i o r i a dos estudos da absorção c i o n a l - v i b r a c i o n a l dos h i d r o g e n i o s s ó l i d o s abrange p r i n c i p a l m e n t e a rota região fundamental. F i n a l m e n t e , em continuação ã e s t e t r a b a l h o , o u t r o s . e s t u d o s seriam a determinação p r e c i s a do tempo de r e l a x a ç ã o n ã o - r a d i a t i v a possTveis no hidro gênio s ó l i d o ; o estudo dos h i d r o g e n i o s s ó l i d o s sob pressão e em m i s t u r a com t T t r i o e , u t i l i z a n d o o conhecimento a d q u i r i d o , estudar o H g , HDeDg em m a t r i z e s sólidas. 99 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. C . T . CHANG, L.W. JORGENSEN, P. NIELSEN e L . L . LENGYEL, N u c l . Fusion 20, 859 (1980). 2. P.C. SOUERS, E.M. FEARON, R . L . STARK, R . T . TSUGAWA, J . D . POLLeJ.L.HUNT, Can. J . Phys. 59, 1408 (1981). 3. F . B . MARCUS, D.R. BAKER e J . L . LUXON, N u c l . Fusion 4. A . ROSENCWAIG,Adv. E l e c t r o n . E l e c t r o n Phys. 21, 859 (1981). 46, 207 (1978). 5. G. HERZBERG, Can. J . Research A 28, 144 (1950). 6. A.R.W. Mc KELLAR e H . L . WELSH, P r o c . Roy. Soc. 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