A Criação da Memória Digital Transmídia do NAP Escola do Futuro - USP1 Fabiana Grieco Cabral de Mello Vetritti2 Resumo: Este trabalho propõe a análise do projeto que busca resgatar e distribuir, de forma sistematizada e por meio de canais transmidiáticos, a memória digital da Escola do Futuro USP. A iniciativa contempla o mapeamento do universo documental em plataformas tecnológicas; gestão dos materiais a serem digitalizados; edição e organização dos documentos multimídia a serem publicados em um portal web; realização de um vídeodocumentário; um evento científico; um livro impresso e e-book; entre outros. Palavras-chave: Transmídia; Memória; Internet; Escola do Futuro – USP. Abstract: This paper proposes the analysis of the project that seeks to rescue and distribute, in a systematic way and through transmidiáticos channels, the digital memory of the School of the Future - USP. The initiative includes mapping the universe documentary on technology platforms; management of materials to be digitized; editing and organization of multimedia documents to be published on a web portal; making a video documentary; a scientific event; a printed book and eBook; among others. Keywords: Transmedia; Memory; Internet; Escola do Futuro – USP. 1. Internet e Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) O surgimento da Internet remonta a criação, em 1960, de uma rede de computadores para fins militares com estrutura fundamentada na contribuição interativa de centros de computação e grupos de pesquisa. No entanto, foi em 1990 que o cenário da comunicação foi diretamente impactado pelos avanços da tecnologia com a libertação da Internet de seu ambiente militar e a possibilidade da maioria dos computadores nos Estados Unidos entrarem em rede, o que permitiu a interconexão de redes (CASTELLS, 2003, p. 14-15). Em 1990, o programador inglês Tim Berners-Lee desenvolveu um sistema de hipertexto chamado de World Wide Web (www) e permitiu que a Internet abarcasse o mundo todo. Em 1994, a Netscape Communications disponibilizou o primeiro navegador comercial, o Nestcape Navigator. Um ano depois, a Microsoft lançou o software Windows 95 e o Trabalho apresentado no Seminário Temático “Tecnologia e o Ensino nas Redes”, durante a I Jornada Internacional GEMInIS, realizada entre os dias 13 e 15 de maio de 2014, na Universidade Federal de São Carlos. 2 Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação (PPGCOM) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA - USP) e pesquisadora do Observatório da Cultura Digital da Escola do Futuro - USP, e-mail: [email protected]. 1 navegador Internet Explorer. Assim, em 1990, a Internet estava privatizada e com arquitetura técnica aberta, permitindo a interconexão de todas as redes de computadores. Com a oferta de vários navegadores de uso fácil e a oportunidade de pessoas se conectarem com acesso a computadores em diferentes lugares do mundo, a Internet passou a ter seu uso disseminado como ferramenta de comunicação. A emergência da Internet e sua disseminação nos mais diversos ambientes foram elementos que contribuíram para a transformação ocorrida no final do século XX, período em que ficou mais evidente a incorporação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs). De certo modo, as TICs promoveram uma revolução na sociedade do conhecimento e nos modelos de comunicação permeados pela Internet. A introdução e desenvolvimento das tecnologias nas últimas décadas têm trazido novos contornos ao universo da educação e comunicação através de uma multiplicidade de hábitos de interação entre usuários que se conectam em rede. A mudança traz consigo a necessidade de compreensão acerca desses fenômenos, o que se revela em iniciativas recentes no mundo todo. A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) 3 tem colaborado com o debate a respeito dessa temática, pois acredita que as TICs podem contribuir com o acesso universal da educação, a equidade na educação, a qualidade de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento profissional de professores, bem como melhorar a gestão, a governança e a administração educacional ao fornecer a mistura certa e organizada de políticas, tecnologias e capacidades. Segundo a organização, o desafio é equipar essas tecnologias efetivamente de forma a atender aos interesses dos aprendizes e da grande comunidade de ensino e aprendizagem. A fim de orientar estudos e questionamentos sobre as TICs, a UNESCO indica que certos pontos devem ser levados em consideração: (1) as TICs são apenas uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e enriquecer a aprendizagem; (2) as TICs, como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a fins educacionais; (3) várias questões éticas e legais, como as vinculadas à propriedade do conhecimento, ao crescente tratamento da educação como uma mercadoria, à globalização da educação face à diversidade cultural, interferem no amplo uso das TIC na educação. 3 Fonte: site UNESCO. Disponível em: http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/communication-andinformation/access-to-knowledge/ict-in-education/. Acesso em: 30 jul. 2014. 2. NAP Escola do Futuro - USP Assim como a UNESCO se ocupa, entre outras coisas, da compreensão acerca dos avanços das TICs na educação, outras instituições passaram a se dedicar ao tema. Em 1989 foi inaugurado o Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação – Escola do Futuro – USP sob a coordenação científica de Fredric M. Litto4. Na ocasião, o Núcleo foi instituído como laboratório departamental com a denominação “Laboratório de Tecnologias de Comunicação” do Departamento de Cinema, Rádio e Televisão da Escola de Comunicações e Artes. Em 1993 foi instituído Núcleo de Apoio à Pesquisa (NAP), subordinado à Pró-Reitoria de Pesquisada Universidade, e passou a intitular-se Núcleo das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação NAP Escola do Futuro/USP. A missão do NAP Escola do Futuro – USP em sua primeira década foi a de melhorar a educação no Brasil por meio de projetos de introdução das TICs em ambientes formais e não-formais de ensino e aprendizagem. No final dos anos 90, seus projetos de pesquisa centraram-se na Internet e nas redes sociais. Importante destacar que o modelo dos projetos de pesquisa do NAP Escola do Futuro – USP envolve agências de fomento à pesquisa, universidade, governo e a sociedade em geral. Desse modo, tem-se observado o intercâmbio de práticas e conhecimentos entre os educadores de instituições acadêmicas nacionais e internacionais, o que contribui para a construção coletiva do conhecimento. Um marco foi o início de estudos e pesquisas sobre a sociedade do conhecimento e seus impactos nas áreas da comunicação, educação e informação, quando a coordenação científica do Núcleo de Pesquisa das Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas à Educação passou a ser exercida pela Professora Titular do Departamento de Biblioteconomia e Documentação da ECA/USP Brasilina Passarelli. A gestão de Passarelli privilegia o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre a sociedade do conhecimento e seus impactos nas áreas da comunicação, educação e informação para iluminar os novos contornos da “sociedade em rede”. A fim de realizar tais estudos, em 2007 foi fundado o Observatório da Cultura Digital com vistas à realização de atividades de pesquisa como dissertações de mestrado, teses de 4 Professor Emérito da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo e Presidente da Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) desde 1995. doutorado, livre-docência e projetos de pós-doutorado, produção de livros e coletâneas e publicação de artigos em revistas científicas indexadas nacional e internacionalmente. O Observatório da Cultura Digital tem como objetivo compreender as nuances da cultura digital, contemplando as atitudes e comportamentos de uma população em rede, a interação e reconstrução de dados digitais e os padrões de participação nas redes sociais. Atualmente, conta com mais de cem pesquisadores engajados em pesquisas nacionais e internacionais, realizadas através de convênios com núcleos de universidades e instituições parceiras em países como Estados Unidos, Portugal e Espanha. Em 2014, a Escola do Futuro – USP completa 25 anos e se consolida como o mais longevo grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo na área de Ciências Sociais Aplicadas I. Diante desse marco, a equipe de pesquisadores do Núcleo junto com parceiros internacionais se mobilizam na iniciativa de criar, pela primeira vez, a memória digital transmídia da Escola do Futuro - USP. 3. Memória Digital Transmídia O projeto de Memória Digital Transmídia do NAP Escola do Futuro – USP partiu do objetivo de resgatar sua história, destacando os projetos de pesquisa relevantes para a compreensão dos avanços das TICS em relação ao processo de reconfiguração de ambientes de ensino e aprendizagem. Para que a reconstrução da memória se tornasse viável, está sendo realizado um mapeamento do universo documental existente nos arquivos do Núcleo e presentes em diversas plataformas tecnológicas, desde materiais impressos e fotografias, até dados arquivados em mídias físicas obsoletas (como disquetes e fitas VHS). Além disso, um dos desafios para o resgate da memória concentrou-se na coleta de informações junto aos parceiros, através de reuniões e entrevistas com dirigentes e especialistas que estiveram diretamente envolvidos nos projetos. Essa etapa inclui um esforço dos pesquisadores em realizar atividades de comunicação que se aproximam das atividades realizadas pelos profissionais relações públicas. Isso ocorre porque antes da etapa de reuniões e entrevistas, tem sido necessária a análise de projetos de destaque, reconhecimento da equipe envolvida e levantamento/organização de dados para a elaboração de questionários qualitativos capazes de coletar informações estratégicas. A respeito dessa prática de mapeamento de parceiros e retomada de contatos para o desenvolvimento de relacionamentos, vale destacar o envolvimento dos pesquisadores em atividades de comunicação guiadas pela máxima de que a identidade da organização participa do princípio organizador na sociedade informacional (CASTELLS, 1999, p. 38 – 41). Além disso, conjuga-se a possibilidade de utilização de processos dialógicos na discussão da missão e da visão das organizações, bem como da recuperação de suas memórias como processos de reconhecimento e de fortalecimento do sentimento de pertença dos indivíduos que as integram (NASSAR, 2012, p. 64). O resgate da memória e a visita à noção de identidade do Núcleo fazem parte da tentativa de compilar e reunir materiais que deem suporte à perspectiva transmídia do projeto, que se sustenta nos conceitos de Henry Jenkins descritos em “Cultura da Convergência” (Editora Aleph, 2008). Isso porque o projeto engloba o resgate e difusão, de forma sistematizada e por vários meios (portal web, vídeo-documentário, evento e livro) a memória digital da instituição. Entende-se por perspectiva transmídia o conjunto de múltiplos produtos acerca de uma mesma narrativa. Uma história transmidiática se desenrola através de múltiplos suportes midiáticos, com cada novo texto contribuindo de maneira distinta e valiosa para o todo. Na forma ideal de narrativa transmidiática, cada meio faz o que faz de melhor – a fim de que uma história possa ser introduzida num filme, ser expandida pela televisão, romances e quadrinhos; seu universo possa ser explorado em games ou experimentado como atração de um parque de diversões. Cada acesso à franquia deve ser autônomo, para que não seja necessário ver o filme para gostar do game, e vice-versa. Cada produto determinado é um ponto de acesso à franquia como um todo. (JENKINS, 2008, p. 135) Assim, o projeto da Criação de Memória Transmídia do NAP Escola do Futuro – USP perpassa, a partir do mapeamento do universo documental, a edição, digitalização, indexação e organização sistemática para compor, primeiramente, um Portal Web e vídeos documentários. A ação de difusão também contempla as redes sociais5 com o uso de textos, imagens e vídeos em plataformas já existentes como facebook, twitter, youtube, flickr, entre outras. Perfil do NAP Escola do Futuro – USP no Facebook: https://www.facebook.com/ef.usp; Fanpage no Facebook: https://www.facebook.com/futuro.usp; Twitter: https://twitter.com/EF_USP; Youtube: http://www.youtube.com/user/futurousp; Flickr: https://www.flickr.com/photos/escoladofuturo/. 5 No projeto está previsto um evento científico internacional de lançamento da memória digital transmídia a ser realizado na USP, em que registros e palestras de convidados, juntamente com dados já digitalizados, deverão compor um livro de caráter institucional. Entretanto, e considerando o calendário comemorativo de 25 anos da instituição em 2014, no dia 22 de maio foi realizado o “Inventando Futuros"6, iniciativa gratuita e aberta ao público interessado em trocar ideias e ampliar o conhecimento a respeito de temas intrínsecos aos impactos da sociedade na era da Internet. O “Inventando Futuros” contemplou um debate com especialistas de diversas instituições e quatro apresentações de projetos/parceiros acerca dos movimentos que marcam profundamente a sociedade atual e, ao mesmo tempo, aponta uma visão de futuro e tendências, por meio da abordagem de temas como #inclusãodigital, #culturadoremix, #internetdascoisas, #transmídia, entre outros. O evento conquistou o alcance de 90 participantes/ouvintes com assinaturas na lista de presença; 330 acompanhamentos ao vivo com pontos de acesso registrados pela transmissão IPTV da USP; 250 inscritos – pela página do evento no Facebook e por e-mail; e como ação integrante do projeto de Memória Transmídia serviu como ponto de encontro para especialistas que foram entrevistados para um vídeo7 que debateu o tema principal do evento. Os resultados conquistados pela realização do “Inventando Futuros” estão diretamente relacionados com a percepção do termo transmídia para o fluxo de conteúdos dispersos as conexões possíveis na web. Isso porque “a convergência representa uma transformação cultural, à medida que consumidores são incentivados a procurar novas informações e fazer conexões em meio a conteúdos midiáticos dispersos” (JENKINS, 2008, p. 28). A perspectiva do projeto transmídia torna-se ainda mais relevante quando, além dos conteúdos disponibilizados de maneira múltipla e convergente, dialoga com o próprio objeto de estudo dos pesquisadores do NAP Escola do Futuro – USP. Isso porque a coordenadora científica do NAP Escola do Futuro - USP Brasilina Passarelli pesquisa as literacias digitais desde 2006 e é considerada uma das principais referências sobre o tema em âmbito nacional. A proposta do projeto “Inventando Futuros” foi aprovada no Edital de Programação para a Tenda Cultural Ortega Y Gasset - abril e maio de 2014, conforme idealizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP: http://prceu.usp.br/tendaculturalortegaygasset/edital-de-programacao-para-a-tendacultural-ortega-y-gasset-abril-e-maio-de-2014/. 7 O vídeo foi gravado após o evento com os convidados que compuseram a mesa de debates: Sérgio Rizzo (mediador), Sérgio Amadeu, Renato Cruz, Drica Guzzi, Fredric Litto e Brasilina Passareli. Disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=ls1tdN2bP9U. 6 Em uma perspectiva mais abrangente, o termo literacia tem sido compreendido como o conjunto de competências relacionadas à leitura, escrita e cálculo nas mais diferentes formas de representação. Nos dias de hoje, e considerando a sociedade conectada, a noção de literacia passa a referir-se também à capacidade de interagir e comunicar-se utilizando as TICs. O processo de aprendizado incutido na noção de literacia expande o conceito de alfabetização, que diz respeito a uma condição associada ao aprendizado iniciático da língua escrita. A literacia digital refere-se a um “processo permanente e contínuo da evolução” (PASSARELLI & JUNQUEIRA, 2012, p. 23). Nowadays, TS seems to be one of the most widespread strategies of media corporations. TS has gone beyond the experimental phase and can be found in any kind of genre, from science fiction (The Matrix) to comedy (High School Musical) to thriller (24) to horror (The Blair Witch Project) to fantasy (Harry Potter). Reality shows were one of the first formats to experiment with TS. For example, the UK 2001 edition of Big Brother was disseminated over nine different platforms: terrestrial broadcast, E4 digital interactive, the Internet, mobile phone, land-line phones, audio, video, book retail, and tabloid press. (…) From the consumers’ perspective, transmedia practices are based on and at the same time promote multiliteracy, which is the ability to interpret discourses from different media and languages.8 (SCOLARI, 2009, p. 590) Desse modo, levando-se em consideração a constatação de que as narrativas transmídias baseiam-se na promoção simultânea da multiliteracia, que, segundo Scolari, seria a capacidade de interpretar os discursos de diferentes meios e linguagens, a Criação da Memória Transmídia vai ao encontro do objetivo dos pesquisadores do NAP Escola do Futuro em duas vertentes. A primeira contempla a própria produção dialógica com a memória da instituição a ser divulgada em múltiplas plataformas; já a segunda permite que a narrativa transmídia, e os procedimentos imbricados nesse processo, seja alvo de pesquisa. Assim, ao mesmo tempo em que a perspectiva transmidiática do projeto se sustenta na produção de conteúdos de maneira convergente, também se torna objeto de estudo dos próprios 8 Hoje em dia, transmídia parece ser uma das estratégias mais difundidas por empresas de mídia. A narrativa transmídia foi além da fase experimental e pode ser encontrada em qualquer tipo de gênero, desde a ficção científica (The Matrix) até a comédia (High School Musical), suspense (24), horror (The Blair Witch Project) e fantasia (Harry Potter). Os reality shows foram uma das primeiras experiências com narrativa transmídia. Por exemplo, a Edição de 2001 do Big Brother no Reino Unido foi exibida em nove plataformas diferentes: via broadcast terrestre, linha telefônica digital E4, Internet, telefone fixo, telefone móvel, áudio, vídeo, livraria online e jornal impresso. (...) Do ponto de vista do consumidor, as narrativas transmídias baseiam-se e ao mesmo tempo promovem a multiliteracia, que é a capacidade de interpretar os discursos de diferentes meios e linguagens (tradução minha). pesquisadores envolvidos nas pesquisas do Observatório da Cultura Digital. O presente artigo, por exemplo, integra o conjunto de produções acadêmicas que se dedicam a examinar o Projeto de Criação da Memória Transmídia. Por fim, vale ressaltar que o projeto de difusão da memória digital transmídia do NAP Escola do Futuro – USP visa contribuir para a manutenção/difusão da memória e da história da Universidade de São Paulo e da comunidade de atores em rede que dela participam, estimulando e orientando novas pesquisas e parcerias no contexto da sociedade em rede contemporânea. Referências Bibliográficas ALZAMORA, G; TARCIA, Lorena. Brazilian Journalism Research. Convergência e transmídia: galáxias semânticas e narrativas emergentes em jornalismo. Vol 8, nº 1. 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