XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE AVALIAÇÃO DAS RESPOSTAS ANTIOXIDANTES DE OSTRAS Crassostrea brasiliana COLETADAS EM DUAS BAÍAS DO SUL DO BRASIL Flávia L. Zacchi1; Fabrício F. Nunes 1; Jacó J. Mattos1; Álvaro P. de Mello1; Cláudio M. R. Melo1; Afonso C. D. Bainy1 1 [email protected] (Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina) [email protected] (Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina) 1 [email protected] (Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina) 1 [email protected] (Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina) 1 [email protected] (Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina) 1 [email protected] (Universidade Federal Santa Catarina, Florianópolis, Santa Catarina) 1 Com o crescimento da indústria aquícola e necessidade do fornecimento de pescados, a qualidade das águas de cultivo tem sido uma das maiores preocupações dos setores de pesquisa em aquicultura. Poucos locais apresentam monitoramento contínuo e/ou possuem dados consistentes sobre a as características ambientais das áreas de cultivo. No Brasil e no mundo, bivalves têm sido utilizados como organismos sentinela em programas de monitoramento, uma vez que são filtradores, cosmopolitas e sésseis. A ostra Crassostrea brasiliana possui viabilidade zootécnica e econômica para cultivo, além de ser uma espécie nativa que vem sendo utilizada em avaliações ambientais. O objetivo deste trabalho foi avaliar possíveis alterações na a atividade catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD), glutationa redutase (GR), glutationa peroxidase (GPx), glutationa S-transferase (GST) e glicose-6 fosfato desidrogenase (G6PDH) em brânquias de C. brasiliana coletadas em áreas de cultivo e nos bancos naturais da espécie em duas baias do sul do Brasil, Babitonga-SC (BB) e Guaratuba-PR (GT). Em BB, as coletas foram realizadas em uma área de cultivo e dois bancos naturais (C1, A1 e A2). Em GT, as coletas foram realizadas em três cultivos e um banco natural (C1, C2, C3 e A1). Em Babitonga, as atividades GST, G6PDH, GPx e SOD não apresentaram diferença significativa entre os grupos analisados, porém, a atividade GR foi maior em BB-C1 do que em BB-A1 e a atividade CAT foi maior em BB-A1 do que em BB-C1. Em Guaratuba, houve diferença significativa na atividade GR (GT-C1 menor do que GT-C2 e GT-C3), GPx (GT-C1 maior que GT-A1), CAT (GT-C1 e GTA1 maior que GT-C2), G6PDH (GT-C1 e GT-A1 menor que GT-C3) e SOD (GT-A1 maior que GT-C3). A menor atividade GR no ponto BA1 sugere uma menor capacidade da célula em regenerar glutationa reduzida, podendo, a longo prazo, causar estresse oxidativo. Corroborando esse resultado, a maior atividade CAT no ponto BB-A1 pode estar relacionada a um mecanismo compensatório para evitar o estresse oxidativo gerado por uma deficiência dos mecanismos de defesa antioxidantes (GR). No local GT-C1, uma menor atividade GR e G6PDH sugere uma menor capacidade da célula de regenerar glutationa reduzida e NADPH, respectivamente. Esse resultado, associado à maior atividade CAT e GPx pode estar relacionado a um mecanismo compensatório para evitar o estresse oxidativo. Os resultados das análises de atividade enzimática entre os diferentes locais de coleta nas duas baías podem estar relacionados com as características ambientais do local de coleta. Apoio: CAPES; CNPq INCT-TA #573949/2008-5. Palavras-chave: ostra do mangue, ambientes costeiros, respostas enzimáticas Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 386