A real visão sobre a Ayahuasca É droga? O que é droga? Uso incorreto da Cannabis sp. (IMAGENS, 2008) • Matthew & Wilson (1991) mostraram por SPECT (SINGLE PHOTON EMISSION COMPUTER TOMOGRAPHY) que em usuários de cannabis inexperientes tiveram uma aguda diminuição no fluxo de sangue cerebral, e em usuários crônicos tiveram uma diminuição de perfusão no todo, comparados com o grupo controle normal. • Relatado anormalidades estruturais no hipocampo e amídalas em usuários pesados de longo-período de cannabis. Esses achados indicaram que usuários diários pesados usando por períodos prolongados manifestam efeitos nocivos ao tecido cerebral e à saúde mental (YUCELL et al., 2008). Imagens (SPECT) 3D- cérebro normal (LAKOTAS, 2007) Não-usuário Imagens de cérebro de usuários de maconha (LAKOTAS, 2007) Usuário de 2 anos Efeitos do THC na teia de aranha (IMAGENS, 2008) …e a ayahuasca? Taxonomia Chacrona Jagube • • • • • • • • • • • Reino Plantae Divisão Magnoliophyta Classe Magnoliopsida Ordem Rubiales Família Rubiaceae Gênero Psycotria Espécie Psycotria viridis Ordem Malpighiales Família Malpighiaceae Gênero Banisteriopsis Espécie Banisteriopsis caapi (WIKIPÉDIA, 2008) Nomes populares “Vinho das Almas”; Daime (Santo Daime); “Pequena morte”; “Chicote da alma”; Vegetal; Hoasca; Caapi; Kahi; Pindé; Natemä; Yajé (“sonho azul”); (HOFMANN et al., 2000) Psycotria viridis Chacrona Rainha Banisteriopsis caapi Caapi Jagube Ayahuasca Mariri Cipó Psycotria viridis Banisteriopsis caapi (AVISOSPSICODELICOS, 2008) Decocção (SPIRITPATHPERU, 2008) . Raimundo Irineu Serra- Fundador do Santo Daime- Alto Santo (CNSC, 2008) Composição Química Alcalóides do B. caapi (TOXNET, 2008) Harmina- C13 H12 N2 O Harmalina- C13 H14 N2 O Tetrahidroharmina (THH)C13 H16 N2 O Shihunine- C12 H13 N O2 2-metiltetrahidroharmina- C9 H7 N O Principal alcalóide da P. viridis (TOXNET, 2008) N,N-dimetiltriptamina (DMT)C12 H16 N2 Estruturas similares à serotonnina Serotonina- C10 H12 N2 O (TOXNET, 2008) Cromatograma da amostra de ayahuasca. (AVÓ, 2008) (CALLAWAY, 2005b) Farmacologia • • N, N- Dimetiltriptamina é inativa em doses de até um grama por via oral, provavelmente devido à degradação pela enzima monoaminoxidase (MAO) do trato gastrintestinal e fígado (MCKENNA, 2004). Porém, quando a DMT se combina com os inibidores da enzima MAO, como as β- carbolinas, se torna capaz de atingir o sistema circulatório e o sistema nervoso central, produzindo seus efeitos (MCKENNA et al. 1984). IMAO- elevar os níveis de serotonina (inibição da recaptação) no cérebro; (MCKENNA et al., 1998) • • • • Harmina e harmalina também são inibidores seletivos do citocromo P450 isozima 2D6 humano (CIP 2D6), o qual metaboliza a harmina e harmalina para um derivado mais hidrofílico para eventual excreção (CALLAWAY, 2005). Em humanos, liberada pela glândula pineal o DMT está presente no sangue, urina e fluido cérebroespinhal (STRASSMAN, 2001). Algumas β- carbonilas no plasma e nas plaquetas (McKenna et al., 1998). Efeito agonista para receptores 5- HT₂A (CALLAWAY, 1988); LSD, MESCALINA, PSILOCIBINA, DIMETILTRIPTAMINA Alucinação Receptores pós-sinápticos DL50 7,8L (TOXNET) • É provavelmente incorreto caracterizar as propriedades psicotrópicas das β-carbolinas como alucinógenas ou psicodélicas (SHULGIN et al., 1997). • Β- carbonilas em dose regular de ayahuasca estão abaixo do limiar de sua dose alucinogênica. (MCKENNA, 2004) • O uso do termo “alucinógeno” para a DMT é político, não é apropriado para a ciência médica. DMT é um agente psicoativo que manifesta visões, e não alucinações (CALLAWAY, 2008, comunicação pessoal). (IMAGENS, 2008) • Assim, num período variável de tempo após sua ingestão, e em geral quando o daime já atingiu o intestino delgado, suas substâncias psicoativas são levadas pela corrente sanguínea até o sistema nervoso central, sendo por efeito da DMT a hiperativação prolongada das funções cerebrais de percepção (perceptivas), de conhecimento (cognitivas) e de memória, as quais representam a base do psiquismo humano, no que diz respeito aos aspectos operativos da consciência: conhecer, compreender e memorizar ou recordar (FREITAS, 2002). • Do ponto de vista metabólico, níveis de serotonina aumentam depois da inibição da MAO, estimulando o nervo vago do cérebro, o qual inerva o trato digestivo. Evacuação do trato digestivo superior e inferior pode ocorrer com ingestão de doses excessivas de Ayahuasca, o qual é um reflexo natural que atua como um falso mecanismo de defesa contra a possibilidade de uma “overdose” fatal neste caso (CALLAWAY et al., 1994), dificultando ainda mais a ingestão da dose letal. Ayahuasca e a medicina • Há especulações de que o aumento nos transportadores de serotonina, encontrado nos usuários crônicos de ayahuasca, possa reverter quadros de alcoolismo, associado a comportamento violento e comportamento suicida (MCKENNA, 2004) ; • Possibilidade de desenvolvimento de tratamentos capazes de modular a expressão dos genes das proteínas transportadoras de serotonina, por exemplo no tratamento do alcoolismo, depressão, altismo, esquizofrenia, desordem de déficit de atenção por hiperatividade e demência senil (MCKENNA, 2004). No tratamento de alcoolismo • Em um estudo realizado na Universidade Federal de São Paulo, Doering-Silveira e colaboradores avaliaram o uso de álcool entre adolescentes que já tomaram o “Vinho das Almas” em relação aos que nunca ingeriram a substância. Entre os usuários de Ayahuasca, apenas 46,31% consumiram álcool de forma abusivo no último ano, comparados aos 74,4% do grupo que nunca ingeriu Ayahuasca. Ainda, ao avaliar-se o uso do álcool no período recente, 65,1 % dos participantes que nunca ingeriram daime fizeram uso abusivo da droga, enquanto que no grupo de usuários do Daime a porcentagem ficou em torno de 32,5% (DOERING-SILVEIRA et al., 2005). • Na última década tem sido verificado um interesse particular quanto à utilização da bebida para fins terapêuticos. Estes trabalhos baseiam-se no fato de que a Ayahuasca, embora potencialmente psicoativa, não apresenta outros efeitos adversos importantes. De fato, em um estudo comparativo, Gable constatou que entre a codeína, mescalina ou metadona, a DMT é o composto que possui uma maior janela terapêutica. Além disso, diferente da codeína ou metadona, a DMT tem potencial mínimo de causar dependência química (GABLE, 2007). Ainda Doering-Silveira e colaboradores constataram que adolescentes que utilizavam Ayahuasca num contexto religioso não apresentaram prejuízos de desempenho em testes de atenção rápida, procura visual, sequenciamento, velocidade psicomotora, habilidades visuais e verbais, memória e flexibilidade mental (DOERINGSILVEIRA et al., 2005). • O fato da ayahuasca possuir em sua composição química alcalóides capazes de inibir a monoamino oxidase (harmina, tetrahidroharmina e harmalina), a recaptação seletiva de serotonina (tetrahidroharmina) e de mimetizar a ação deste neurotransmissor (DMT), propriedades compartilhadas por diversas substâncias usadas no tratamento farmacológico de depressão, levanta-se a possibilidade de melhora desta patologia com o uso da Ayahuasca (SANTOS, 2006). • Pelo exposto, torna-se claro que a Ayahuasca apresenta potencial terapêutico para dependência química e depressão. O uso de certas plantas para o tratamento de dependentes químicos já vem sendo aplicado por alguns anos, como no caso da Tabernanthe iboga cujo princípio ativo é a ibogaína, utilizada para tratamento de dependentes de heroína, cocaína, anfetamina e álcool (HITTNER & QUELLO, 2004). “É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. (Albert Einstein) Efeitos da Ayahuasca • Avaliação neurológica: maior poder de concentração e melhor resposta de memória auditiva imediata que os indivíduos do grupo controle (que nunca ingeriram Ayahuasca); • Análise da personalidade: os indivíduos experimentais tendiam a ser pessoas mais seguras, calmas, dispostas, alegres, emocionalmente maduras, ordeiras, persistentes e confiantes em si mesmas em relação aos indivíduos do grupo controle; • Efeitos fisiológicos: não foram evidenciadas diferenças estatisticamente significantes; • Passadas 6 horas, os níveis de DMT não eram mais detectáveis, e após 8 horas, os demais alcalóides também apresentaram tal comportamento. (MCKENNA et al., 1998) • Freqüência cardíaca moderada ou não foi significamente aumentada; • Efeitos na atividade elétrica regional no cérebro - Tomografia Eletromagnética: não induziu sintomas psicóticos plenos e nenhum dos participantes perdeu a consciência de que os efeitos psicológicos experimentados eram induzidos pela Ayahuasca; • Envolvimento de estruturas paralímbicas (emoção e memória), límbicas e do córtex; os efeitos na percepção e cognição foram considerados positivos e prazerosos pelos voluntários, em contraste com o aspecto esquizofrenizante (pensamentos paranóicos, medo de perder o controle). (RIBA et al., 2004) Ayahuasca não tem efeito tóxico ou deletério no funcionamento neurocognitivo em adolescentes (DOERING-SILVEIRA et al., 2005). (IMAGENS, 2008) Dependência de ayahuasca? • Ayahuasca não causa dependência fisiológica ou comportamentos associados à dependência como abstinência, comportamento de abuso ou perda social. Não se observa deterioração física ou psicológica com o uso regular (CALLAWAY et al. 1999); • Ayahuasqueiros que consomem há décadas não aumentam a dose, pelo contrário, diminuem a dose ingerida por ritual passando por experiências de igual ou até maior intensidade (LAKOTAS, 2007). Mi LSD, MESCALINA, PSILOCIBINA, DIMETILTRIPTAMINA 5-HT3 (IMAGENS, 2008) PARECER DA CÂMARA DE ASSESSORAMENTO TÉCNICOCIENTÍFICO SOBRE O USO RELIGIOSO DA AYAHUASCA Solicitado pela DEMANDA Nº 01/2004, de 24 de março de 2004 Apresentado na 3º Reunião do CONAD, de 17 de agosto de 2004 • “a planta utilizada praticamente in natura não cabe nenhum controle, acrescentando que não haverá controle das plantas usadas em forma de chá, segundo a opinião do INCB, pois não há purificação, concentração ou isolamento de substâncias”. • “o CONFEN recomendou, em 1995, interdições ao uso do chá por pessoas com distúrbios mentais e por menores, matéria de que se tratou no ponto n° 3, supra”. • É responsabilidade do “Padrinho”, líder espiritual do instituto, tomar as devidas precauções como em casos de mulheres grávidas acima de três meses, cirurgias próximas, uso de medicamentos de tarja preta, histórico de distúrbios mentais, bem como pessoas debilitadas físicamente. Por fim, não se deve utilizar ou misturar drogas com Ayahuasca, e os institutos não devem objetivar lucro com rituais sagrados. Procendendo desta maneira, é possível ajudar muitos dependentes de entorpecentes a se libertarem dos seus vícios. Referências Bibliográficas: • • • • • • • • AVISOSPSICODELICOS. 2 fotografias, color. Maio, 2007. Disponível em: <http://avisospsicodelicos.blogspot.com/2007/05/ayahuasca.html>. Acesso em: 20 de fevereiro de 2008. AVÓ, R. Ayahuasca- aplicação, utilização e métodos analíticos de caracterização dos princípios psicoativos. Monografia em Ciências Biológicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2008. BRASIL, BRASÍLIA, Lei 11.343/2006, de 23 de agosto de 2006. Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20042006/2006/Lei/L11343.htm>. Acesso em: 6 de junho de 2008. CALLAWAY, J.C. A proposed mechanism for the visions of dream sleep. Medical Hypotheses 36: 119–124.,1988. CALLAWAY, J.C. Fast and Slow Metabolizers of Hoasca. Journal of Psychoactive Drugs 37 (2), junho, 2005. CALLAWAY, J.C. Phytochemical Analyses of Banisteriopsis caapi and Psycotria viridis. Journal of Psychoactive Drugs 37(2), junho, 2005. CALLAWAY, J.C. Comunicação pessoal via e- mail. Acesso em: 12 de março de 2008. CALLAWAY, J.C.; AIRAKSINEN, M.M.; MCKENNA, D.J.; BRITO, C.S.; GROB, C.S. 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