UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ECONOMIA MESTRADO EM AGRONEGÓCIOS E DESENVOLVIMENTO REGIONAL UMA AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DE MATO GROSSO ROBERTA MARIA AMARAL DE CASTRO PINTO PENNA CUIABÁ-MT 2011 ROBERTA MARIA AMARAL DE CASTRO PINTO PENNA UMA AVALIAÇÃO DO PLANEJAMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DE MATO GROSSO Dissertação apresentada à Universidade Federal de Mato Grosso, como requisito para a obtenção do título de Mestre em Economia no Programa de Pós-Graduação em Agronegócios e Desenvolvimento Regional. Orientador: Prof. Dr. José Manuel Carvalho Marta CUIABÁ-MT 2011 FICHA CATALOGRÁFICA P412a Penna, Roberta Maria Amaral de Castro Pinto. Uma avaliação do planejamento para o desenvolvimento do Estado de Mato Grosso / Roberta Maria Amaral de Castro Pinto Penna. – 2011. xiii, 209 f. : il. color. Orientador: Prof. Dr. José Manuel Carvalho Marta. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Economia, Pós-Graduação em Agronegócios e Desenvolvimento Regional, 2011. Bibliografia: f. 122-128. Inclui apêndices. 1. Mato Grosso – Desenvolvimento regional. 2. Mato Grosso – Políticas públicas. 3. Agronegócio – Mato Grosso. I. Título. CDU – 338.433(817.2) Ficha elaborada por: Rosângela Aparecida Vicente Söhn – CRB-1/931 ii iii Dedico esta dissertação ao meu pai, Roberto, que me emprestou seu nome e que acreditou em mim em todas as adversidades da minha vida. iv AGRADECIMENTOS A Deus por ter conduzido a minha vida dentro dos preceitos de amor, solidariedade, honestidade e esforço, através dos quais pude realizar tantos avanços em minha trajetória de luta e determinação, mas sem nunca perder a fé em seus desígnios. A minha mãe, Lourdes, por me acolher nas horas difíceis com ternura e amor. Ao meu marido, Paulo Lucas, pela compreensão e pelo amor a mim dedicado nas intermináveis horas de estudos e leituras. A Maria Paula, minha filha, por ter me proporcionado a grandeza de ser mãe e poder experimentar a beleza de um amor incondicional. À Paola, por me ajudar nos momentos em que a dedicação ao mestrado era exclusiva. À minha irmã especial Flávia, ofereço o meu cuidado e proteção. Ao Yenes e ao Arnaldo, Secretários da Seplan, por me possibilitarem a realização de um sonho. Aos professores Adriano Marcos Rodrigues Figueiredo e Tereza Cristina Higa pelas sugestões e contribuições proferidas na banca de qualificação. Ao Professor Marta, meu amigo e orientador, pelo carinho e dedicação ao longo deste trabalho. Suas palavras, seus conselhos e suas sugestões foram determinantes para a minha conquista. v A trajetória de sua vida, antes de ser um caminho, é uma escolha e uma crença. vi SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................................... viii ABSTRACT ................................................................................................................................................... ix LISTA DE TABELAS ....................................................................................................................................... x LISTA DE QUADROS .................................................................................................................................... xi LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................................................... xi LISTA DE GRÁFICOS .................................................................................................................................... xi LISTA DE APÊNDICES .................................................................................................................................. xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ............................................................................................................ xii INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 1 Justificativa e formulação das hipóteses ................................................................................................... 5 Objetivos .................................................................................................................................................... 8 Objetivo Geral ............................................................................................................................................ 9 Objetivos Específicos.................................................................................................................................. 9 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................................................ 10 1.1 Desenvolvimento ............................................................................................................................... 10 1.2 Planejamento ..................................................................................................................................... 22 2. PLANEJAMENTO E GESTÃO .................................................................................................................. 41 2.1 Planejamento no Brasil ...................................................................................................................... 41 2.2 Instrumentos de planejamento ......................................................................................................... 58 2.3 Gestão pública voltada para resultados............................................................................................. 61 2.4 Modelo de gestão do estado de Mato Grosso ................................................................................... 62 2.5 Plano Plurianual ................................................................................................................................. 63 3. MÉTODOS E DADOS ............................................................................................................................. 70 3.1 Fóruns Regionais ................................................................................................................................ 70 vii 3.2 Demandas da População .................................................................................................................... 75 3.3 Indicadores dos Programas ................................................................................................................ 76 3.4 Indicadores do PPA ............................................................................................................................ 80 3.4.1 Objetivo Estratégico 1: “Melhorar a Qualidade de Vida para promover a cidadania”. .................. 81 3.4.2 Objetivo Estratégico 2: “Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social” 88 3.4.3 Objetivo Estratégico 3: “Promover o desenvolvimento sustentável da economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação nos mercados nacional e internacional, com base nas potencialidades regionais, ampliando a participação do micro, pequeno e médio empreendimento”. 89 3.4.4 Objetivo Estratégico 4: “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando o desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental” ............................................................... 92 4. RESULTADOS ........................................................................................................................................ 94 4.1 Participação da sociedade civil na elaboração do plano plurianual .................................................. 94 4.2 Atendimento das demandas consensuadas nos fóruns regionais ..................................................... 97 4.2.1 Segmento social .............................................................................................................................. 97 4.2.2 Segmento econômico ..................................................................................................................... 97 4.2.3 Segmento ambiental ....................................................................................................................... 98 4.3 Indicadores dos programas .............................................................................................................. 100 4.4 Indicadores do PPA .......................................................................................................................... 103 4.4.1 Área social ..................................................................................................................................... 104 4.4.2 Área econômica ............................................................................................................................ 108 4.4.3 Área Ambiental ............................................................................................................................. 113 4.4.4 Análise geral .................................................................................................................................. 114 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................................... 118 BIBLIOGRAFIA ......................................................................................................................................... 122 APÊNDICES ............................................................................................................................................. 129 viii RESUMO PENNA, Roberta Maria Amaral de Castro Pinto, M. S.; Universidade Federal de Mato Grosso, Julho de 2011. Uma avaliação do Planejamento para o Desenvolvimento do Estado de Mato Grosso. Orientador: Prof. Dr. José Manuel Carvalho Marta O estudo faz uma análise do planejamento estratégico participativo que seria adotado pela Seplan na elaboração do plano plurianual 2004-2007, visando ao desenvolvimento regional do estado de Mato Grosso. Para tanto, a Secretaria de Planejamento realizou fóruns regionais de discussão, a fim de permitir a participação social, utilizando como metodologia a teoria do desenvolvimento regional endógeno. Como característica principal dessa teoria, estava o pensamento de um modelo de desenvolvimento sustentável que se aplicava da base para o topo, como forma de mitigar o crescimento desequilibrado. Nesse sentido, tinha importância fundamental a participação da sociedade civil local e os seus processos de organização e relação social. Dessa forma, era necessário saber se a participação da comunidade naqueles fóruns foi efetiva e se suas propostas e demandas foram transformadas em programas de governo. A avaliação do plano foi feita verificando-se o atendimento das demandas estabelecidas no fórum e o desempenho dos programas. Os estudos mostraram que as demandas regionais se transformaram em programas governamentais. No entanto, estes não obtiveram o resultado esperado, uma vez que grande parte dos indicadores não atingiu os índices previstos. Além disso, a participação social encerrou-se ao final dos fóruns. Nenhuma estrutura permanente de participação e controle social foi montada, desperdiçando, dessa forma, a mobilização social criada para os eventos. O estudo visava, também, avaliar se o modelo de desenvolvimento para o estado, proposto no plano plurianual, possuía os componentes de sustentabilidade e endogenia, visando ao crescimento da produção, mas, principalmente, a realização de avanços na qualidade de vida, na equidade, na democratização, na participação cidadã e na proteção ao meio ambiente. Os estudos comprovaram que o plano possuía os componentes essenciais a um modelo de desenvolvimento. No entanto, a falta de monitoramento impediu que se definissem indicadores claros e precisos que avaliassem o resultado das políticas e, consequentemente, a promoção do desenvolvimento do estado. Assim, a pesquisa se apresenta como uma oportunidade de contribuição para melhorar um instrumento que pode ser considerado determinante para a efetividade das políticas públicas: o planejamento estratégico participativo da sociedade mato-grossense. Palavras-chave: Planejamento estratégico, Desenvolvimento regional, Políticas Publicas. Código JEL: ix ABSTRACT The study does an analyze of the strategic participative planning that would be adopted by Seplan in the elaboration of the Plurianual Plan 2004-2007, expecting the regional development of the State of Mato Grosso. In that way, the Planning Secretary has done regional forums of discussions, to permit the social participation, using the endogenous regional development theory like methodology. The principal characteristic of this theory was the thought of a sustainable development model that was applied from the base to the top, in order to reduce the unbalanced growth. In this sense, the local society and their organizations process and social relationship had fundamental importance. That way, it was necessary to know if the community participation in those forums was effective and if their purpose and requests were transformed in governmental programs. The planning evaluation was done by looking if the forum‟s requests were attend and the performance of the governmental program. The studies showed that the regional requests were converted in governmental programs. However, those programs don‟t have the result expected as while almost all the indicators don‟t reach the preview values. Furthermore, the social participation has finished by the end of the forums. No permanent structure of participation and social control was built, wasting, in this way, the social mobilization made for the events. The study had also the intention to evaluate if the development model for the state, proposed in the plurianual plan, had the sustained and endogenous components, looking for the producing growth, but, specially, the improvements in life quality, equality, democracy, citizen participation e environmental protect. The studies confirmed that the plan had the essential components for a development model. Despite this, the absence of monitoring doesn‟t allow that clear and exact indicators were defined to evaluate the public policies results and, consequently, the State development promotion. Therefore, this investigation presents itself like an opportunity of contribution to improve an instrument that can be consider determinant for the effectiveness of the public policies, the participative strategic planning. Key Words: Strategic planning, Regional development, Public Policies. JEL Code: x LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Participação nos fóruns regionais de Mato Grosso, 2008 ................................. 73 Tabela 2 - Participação nos fóruns regionais de Mato Grosso, 2008 – resumida ...............74 Tabela 3 – Distribuição percentual dos alunos das escolas estaduais de Mato Grosso em níveis de desempenho .......................................................................................83 Tabela 4 – População ocupada por classes de rendimento médio mensal ......................... 85 Tabela 5 – Distribuição dos domicílios particulares permanentes ..................................... 86 Tabela 6 – Distribuição das famílias residentes em domicílios particulares permanentes ....................................................................................................................88 Tabela 7 – Participação das atividades econômicas de Mato Grosso no valor adicionado bruto a preço básico ..........................................................................................90 Tabela 8 – Balança Comercial de Mato Grosso ..................................................................91 Tabela 9 - Participação relativa nos fóruns regionais de Mato Grosso, 2008 .................... 95 Tabela 10 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 1 .................................... 174 Tabela 11 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 2 .................................... 183 Tabela 12 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 3 .................................... 186 Tabela 13 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 4 .................................... 192 Tabela 14 – Execução financeira dos programas - objetivo estratégico 1 ........................196 Tabela 15 – Execução financeira dos programas - objetivo estratégico 2 ........................198 Tabela 16 – Execução financeira dos programas - objetivo estratégico 3 ........................199 Tabela 17 – Execução financeira dos programas - objetivo estratégico 4 ........................201 Tabela 18 – Indicadores para avaliação do PPA – área social ..........................................202 Tabela 19 – Indicadores para avaliação do PPA – área econômica ..................................206 Tabela 20 – Indicadores para avaliação do PPA – área ambiental ....................................209 xi LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Regiões de planejamento, Mato Grosso, 2008 ..................................................71 Quadro 2 – Propostas consensuadas nos fóruns regionais – segmento social ..................130 Quadro 3 – Propostas consensuadas nos fóruns regionais – segmento econômico............145 Quadro 4 – Propostas consensuadas nos fóruns regionais – segmento ambiental..............162 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Regiões de planejamento de Mato Grosso ..........................................................71 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Participação nos Fóruns Regionais ...................................................................94 Gráfico 2 – Proficiência nas 8ªs séries das escolas urbanas estaduais ...............................107 Gráfico 3 – Proporção de empregados com carteira assinada em Mato Grosso ...............109 Gráfico 4 – População ocupada por classe de rendimento médio mensal .........................110 LISTA DE APÊNDICES Apêndice A – Propostas consensuadas nos Fóruns Regionais ..........................................130 Apêndice B – Indicadores dos programas .........................................................................174 Apêndice C – Execução financeira dos programas ...........................................................196 Apêndice Anexo D - Indicadores do PPA .........................................................................202 xii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CEPAUR – Centro de Alternativas de Desenvolvimento CF – Constituição Federal CI – Consumo Intermediário CNAS – Conselho Nacional de Assistência Social CNMDA – Comissão Mundial de Meio-ambiente e Desenvolvimento CNS – Conselho Nacional de Saúde CSN – Companhia Siderúrgica Nacional EMPAER – Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural FEMA – Fundação Estadual do Meio-ambiente FMI – Fundo Monetário Internacional FOB – Free On Board IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDB – Indicadores e Dados Básicos IDH – Índice de Desenvolvimento Humano IGPI – Indicador de Progresso Genuíno INEP – Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais IPMD – Índice de Participação no Mercado Doméstico INFB – Indicador Nacional de Felicidade Bruta IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias LOA – Lei Orçamentária Anual LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social MEC – Ministério da Educação MPOG – Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão OECD – Organization for Economic Co-operation and Development OGU – Orçamento Geral da União OMS – Organização Mundial da Saúde ONG – Organização Não Governamental xiii ONU – Organização das Nações Unidas PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo PEC – Proposta de Emenda à Constituição PDCA – Plan, Do, Check, Act PED – Plano Estratégico de Desenvolvimento PIB - Produto Interno Bruto PNAD – Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PND – Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico PPA – Plano Plurianual PTA – Plano de Trabalho Anual RAG – Relatório da Ação Governamental SAEB – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica SEBRAE – Serviço de Apoio às Pequenas e Micro Empresas SEJUSP/MT – Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial SEPLAN/MT – Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral de Mato Grosso SUS – Serviço único de Saúde TR – Taxa Referencial de Juros VBP – Valor Bruto da Produção ZSEE – Zoneamento Socioeconômico Ecológico 1 INTRODUÇÃO Entre os anos 50 e 70, o Brasil foi marcado pela ampliação do processo de industrialização e pela migração campo-cidade da população, a partir da Política Desenvolvimentista. Tal política, realizada através de financiamentos externos, implementava programas de modernização da infraestrutura, do transporte e da energia, deixando como herança empresas como CSN, Petrobrás e Eletrobrás. Nesta época, pensava-se o desenvolvimento do país como consequência de um bom planejamento estatal e da capacidade desse Estado de implementar seus programas e projetos. Portanto, o desenvolvimento era pensado através de diretrizes nacionais e executado pelo governo central. Desenvolvimento era, acima de tudo, expandir a produção interna e a oferta de bens e serviços padronizados para o mercado doméstico, esperando que os efeitos multiplicadores dos investimentos sobre a geração de renda e emprego produzissem os resultados desejados em termos de eqüidade (COSTA e CUNHA,2002, p.2). Em meados dos anos 80, o país sofreu a ruptura desse modelo de desenvolvimento nacional, assim como os países americanos e europeus. Alegava-se o esgotamento do modelo de financiamento externo causado pela crise da dívida, no caso brasileiro, associada aos déficits nos balanços comerciais e de pagamento de 1982. No entanto, no cenário internacional, o pensamento neoliberal conduzia as negociações dos organismos multilaterais – Banco Mundial e FMI. Ocorreria, também, o chamado hiato de recursos e manifestações por demandas sociais passaram a aflorar na sociedade. As modificações governamentais em 1985, com a substituição de um Governo militar por um civil, exigiram alterações, as quais foram contempladas na nova Constituição de 1988, que se explicitam em seu artigo 6º: “são direitos sociais a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL, 2001, p.11). Para responder às demandas sociais, em meio à crise, foi necessário que políticas de desenvolvimento regional, desacreditadas pela hegemonia neoliberal privativista, também sofressem grandes transformações, evidenciadas por modificações nos processos produtivos nos anos 80 e 90 e o declínio de regiões fortemente industrializadas (BENKO & LIPITIEZ1, 1995 apud SOUZA FILHO, 2010, p. 1). Associava-se nesse mister a rápida ascensão 1 BENKO, Georges & LIEPITZ, Alain (1995). Las regiones que ganan. Valencia, Generalitat Valenciana. 2 econômica de novas regiões (STORPER & SCOTT2, 1995 apud SOUZA FILHO, 2010, p.1). O Estado centralizador, e mesmo o neoliberal, responsável pelo planejamento e desenvolvimento nacional não atendia às demandas locais, acentuando o desequilíbrio regional, que passou a engendrar estudos sob duas categorias analíticas distintas: a sustentabilidade e a endogenia. A primeira respondia às pressões de natureza ambiental, introduzidas no ideário intelectual nos anos setenta e a endogenia era repensada sob a perspectiva de empresa do mesmo período. Assim, o desenvolvimento passou a incorporar a definição surgida na Comissão Mundial de Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNMDA), criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) por decisão da Assembleia Geral em 1983. Nela, passava-se a discutir e propor meios de harmonizar dois objetivos: o desenvolvimento econômico e a conservação ambiental. Definia-se, então, desenvolvimento sustentável como aquele capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações. É o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro (ONU, 1983). Mas é a teoria do desenvolvimento endógeno que enfoca a questão regional, tentando resolver os problemas de desigualdade ao apontar instrumentos de política para intervenção nessa realidade. O desenvolvimento endógeno surgia na década de 1970, com propostas de desenvolvimento da base para o topo como forma de combater o crescimento desequilibrado (SOUZA FILHO, 2010, p.1). Em relação a essa teoria, Costa e Cunha (2002) comentam: O desenvolvimento das regiões e cidades, antes pensado como uma simples parte de uma matriz de insumo-produto nacional, adquiriu importância crescente, na medida em que, na ordem econômica internacional hoje hegemônica, regiões e cidades tornam-se atores tão significativos quanto os Estados nacionais (COSTA e CUNHA, 2002, p.2). Nos anos 90, a principal questão do modelo de desenvolvimento endógeno era entender porque o nível de crescimento variava entre as diversas regiões, mesmo ela dispondo das mesmas condições na busca de fatores produtivos, como capital financeiro, mão de obra ou tecnologia. Dessa forma, a teoria endogenista tenta identificar quais os fatores de produção atualmente decisivos, como o capital social, o capital humano, o conhecimento, a pesquisa e desenvolvimento, a informação e instituições eram determinados dentro da região e não de forma exógena, como até então se entendia. Conclui-se que a região dotada desses fatores ou 2 STORPER, Michael & SCOTT, Allen J. (1995). The wealth of regions. Market forces e policy imperatives in local and global context. In: Futures. Vol. 27, nº 5. 3 estrategicamente direcionada para desenvolvê-los internamente teria as melhores condições de atingir um desenvolvimento acelerado e equilibrado (SOUZA FILHO, 2010, p.1). A economia daqueles anos tinha a égide de mercado como paradigma da regulação. O planejamento, como instrumento do desenvolvimento na concepção social democrata keynesiana, eclipsava-se na perspectiva daquela nova realidade. Desse modo, a intervenção estatal, com seus instrumentos de oitiva da população, estruturação das demandas sociais e disponibilidade dos meios, eram substituídos por empreendimentos que garantissem empregos e renda aos trabalhadores. Nessa perspectiva, os movimentos sociais, especialmente os sindicatos, eram desqualificados para o diálogo e os excluídos aumentavam o cinturão de miséria, criando-se os “ciclos viciosos” da pobreza. A conclusão desse movimento pode ser caracterizada no seu clímax de 2008, quando se apresenta o rompimento da bolha dos derivativos que lastreavam a economia americana. Com isso, milhões de trabalhadores nos países centrais ficaram desempregados. Grandes empresas, em função da crise, retornaram ao seu leito natural, depois de extinguir riquezas e poupanças da população de classe média. O novo modelo de desenvolvimento que se procurava deveria atender as demandas do país em suas características de infraestrutura e sociais. Além dessa endogenia regional, deveria contemplar não apenas o crescimento da produção nacional, como também a realização de avanços na qualidade de vida, na equidade, na democratização, na participação cidadã e na proteção ao meio-ambiente (COSTA e CUNHA, 2002, p.1). Em meio a essa mudança, o Estado passou a redefinir o seu papel de formulador de políticas públicas, atuando como agente regulador, parceiro e estimulador do desenvolvimento endógeno das sociedades regionais e locais (COSTA e CUNHA, 2002, p.2). Na perspectiva de elaborar um planejamento estratégico participativo, a Secretaria de Estado de Planejamento e Coordenação Geral do estado de Mato Grosso – Seplan - realizou em 2003, em 15 municípios de 12 regiões de Mato Grosso, eventos denominados Fóruns Regionais. O objetivo dos fóruns seria receber demandas da população para a elaboração do Plano Plurianual - PPA 2004-2007, instrumento de planejamento obrigatório, de acordo com a Constituição Federal. Neles participaram vários segmentos da sociedade, realçando-se os políticos locais e estaduais, representantes das classes sociais, presidentes de associações de bairros e organizações não-governamentais. As pautas das discussões foram os problemas e necessidades locais, tendo como resultado propostas segmentadas em três categorias: 4 ambiental, social e econômica. As propostas consensuadas nas discussões foram apropriadas pela equipe técnica do estado, devendo ser incorporadas em programas de governo. Para fins desse estudo, entende-se como programa o instrumento de organização da atuação governamental, que articula um conjunto de ações que concorrem para um objetivo comum pré-estabelecido, mensurado por indicadores definidos no PPA, visando à solução de problemas ou atendimento a necessidades ou demandas da sociedade (MATO GROSSO, 2003b, p. 25). Esta dissertação inicialmente apresentou-se como um estudo avaliativo de alguns instrumentos do planejamento estratégico da Secretaria de Planejamento do estado de Mato grosso – fóruns regionais e plano plurianual. Todavia, a necessidade da retomada do planejamento como instrumento público de decisão permitiu uma abordagem mais ampla, como a que se apresenta. Assim, nesta introdução, procura-se demonstrar que o planejamento como instrumento permite uma evolução do desenvolvimento como matéria que dá guarida às transformações sociais e de infraestrutura demandadas pela população em geral. Neste trabalho, procura-se analisar a participação da comunidade na elaboração das propostas, sua operacionalização em programas e projetos e o desempenho dos mesmos. Avalia, ainda, a participação efetiva da população local em instâncias como “fóruns regionais” e sua suficiência para identificar demandas e potencialidade local e se essa participação se modifica, ao longo do processo, para controle social, cobrando os resultados, fiscalizando, avaliando. Deseja-se saber, também, se o modelo de desenvolvimento para o estado de Mato Grosso, proposto no Plano Plurianual 2004-2007, possui os componentes de sustentabilidade e endogenia apresentados anteriormente, visando ao crescimento da produção, mas, principalmente, a realização de avanços na qualidade de vida, na equidade, na democratização, na participação cidadã e na proteção ao meio-ambiente. Por fim, o trabalho avalia os resultados obtidos na execução dos programas do PPA, a fim de se verificar se os mesmos foram responsáveis pela promoção do desenvolvimento do estado no período em estudo. 5 Justificativa e formulação das hipóteses Muitas são as demandas de uma região, estruturais, econômicas, ambientais, dependendo do objetivo que se pretenda alcançar. Mas muitas, também, são as variáveis locais, diversidade que implica em olhares diferenciados ao se pensar em políticas públicas para o desenvolvimento de um estado como o de Mato Grosso, no qual se encontram 3 ecossistemas, mais de 30 etnias, um percentual considerável de migrantes que trazem toda bagagem de costumes e cultura. Esse conjunto se encontra em uma área territorial de 906.806,9 km2 com densidade demográfica de apenas 3,16 hab./km2, superando apenas os estados do Amazonas e Roraima (2,06 e 1,74, respectivamente) (IBGE, 2006). Em relação à ação governamental, existe um amplo consenso, por parte de diversos estudiosos da teoria de desenvolvimento, de que a descentralização leva a uma alocação eficiente dos recursos disponíveis. Dentre as razões, pode-se citar: a proximidade da informação, pelo fato de ser o espaço onde acontecerem os processos, a experimentação variada e simultânea que pode produzir novos métodos, ao se comparar e experimentar os existentes no local e o tamanho do aparelho interventor, que se torna mais eficiente por ser menor (AMARAL FILHO, 2001, p. 269). Acreditando no novo paradigma do desenvolvimento regional, adota-se um modelo no qual o planejamento realiza-se de “baixo para cima” como premissa e fator preponderante de seu sucesso. Dessa forma, vários governos têm democratizado seus programas, em experiências como orçamento participativo e fóruns regionais de planejamento. No entanto, neste estudo procura-se saber se as formas de participação adotadas são efetivas, representativas da população local e suficientes para traduzir em propostas as reais demandas de uma região e os recursos necessários para o seu desenvolvimento. Além disso, é necessário saber se há controle social, com a participação durante a execução do plano, ou se a mesma se encerra nos fóruns regionais. Quanto à relação Estado/Sociedade Civil para o desenvolvimento regional, vários autores fazem suas considerações, a saber: Uma das chaves do desenvolvimento local reside na capacidade de cooperação entre seus atores. Também é conveniente particularizar a análise das formas de cooperação institucional ou voluntária que se produzem entre 6 eles contanto que o objetivo seja o desenvolvimento local (GODARD et al.3, 1987 apud SOUZA FILHO, 2010, p. 2). Para Barquero (1988), o desenvolvimento regional endógeno confere relevância à sociedade civil local e aos seus processos de organização e relação social. Permite, assim, que a região atinja um crescimento equilibrado e sustentado no longo prazo, sem entrar em conflito direto com a base social e cultural da região. Normalmente a forte identidade da cultura local tende a assimilar as novas realidades produtivas e os novos esquemas de relações sociais, e os novos valores encontram um eco favorável nas zonas de desenvolvimento local. Desta feita, tendem a integrar-se com um mínimo de custos sociais e culturais, já que são respostas viáveis aos problemas locais. As atividades industriais se integram na vida social e cultural local, incorporando novos valores que desenvolvem e potenciam os antigos, sem criar um certo conflito e contradições no processo de adaptação. (BARQUERO4, 1988 apud SOUZA FILHO, 2010, p.2). A compreensão da importância da relação Estado/Sociedade na busca de um desenvolvimento sustentável leva à reflexão de um novo modelo de intervenção estatal, voltado à percepção das capacidades e potencialidades locais, a partir de políticas de coordenação e promoção de iniciativas sociais (SOUZA FILHO, 2010, p.4). Para Amaral Filho (2001), “o novo papel do Estado no desenvolvimento local/regional tem se balizado em um „modo de intervenção pragmático‟, o qual não valoriza em absoluto o princípio neoliberal nem o princípio do dirigismo estatal”. Segundo esse modelo, não se aceita o mercado e os preços como os únicos mecanismos de coordenação dos agentes. Por outro lado, o dirigismo estatal leva “à burocracia pesada, à hierarquia rígida e ao desperdício financeiro” (AMARAL FILHO, 2001, p. 270). Assim, o modelo de intervenção pragmático tem sido utilizado na maioria das situações de desenvolvimento localizado e regional. Como exemplo, têm-se os casos de desenvolvimento regional na Itália (na “terceira Itália”) e nos Estados federados americanos [OCDE5 (1993 e 1996) e GOLDSTEIN6 (1990) apud AMARAL FILHO, 2001, p. 8]. Dessa 3 GODARD, O. et al. (1987). Desarrollo endógeno y diferenciación de espacio de desarrollo: un esquema de análisis para el desarrollo local. In: Estudios Territoriales. Madrid, nº 24. 4 VÁSQUEZ BARQUERO, Antonio (1996). Desarrolos reciente de la política regional. La experiencia europea. In: Revista EURE. Santiago de Chile, vol. XXII, nº 65, jun. 5 OCDE. Développment territorial et changement structurel (une nouvelle sur perspective l’ajustement et la réforme). Ed. Organisation de Coopération et de Développement Économiques, Paris: 1993. OCDE. Réseaux d’entreprises et développement local (ou Network of entrerprises and local developpement). Ed. Organisation de Coopération et de Développemente Èconomiques. Paris:1996. 7 forma, constata-se que os estados centrais tenderam, nos últimos anos, para uma adesão ao paradigma neoliberal, enquanto os estados federados ou os subsistemas nacionais de governo partiram para o modo de intervenção tipo pragmático (AMARAL FILHO, 2001, p.270). O financiamento do modelo, que prega um novo papel do Estado, pode ser conseguido: Mediante a geração de poupança pública local e a recuperação da capacidade de investimento, para a melhoria e a recuperação da infra-estrutura, a criação de um efeito multiplicador sobre o emprego, o produto, a renda e os investimentos privados além de para a melhoria da produtividade dos fatores globais (AMARAL FILHO, 2001, p. 270 e 271). Maciel (1996) analisa esse novo papel do Estado, ao estudar o desenvolvimento da Itália nas últimas duas décadas: Esse papel coordenador do Estado remete-nos inelutavelmente para o papel mais crucial das formas de organização da sociedade civil no processo de geração, distribuição e apropriação do conhecimento e das inovações dele advindas. Redes de colaboração formadas por empresários, sindicatos, organizações comunitárias, instituições científicas e de informação são composições flexíveis de agentes da sociedade civil para uma nova articulação entre Estado e sociedade. Este é mais um aspecto do deslocamento dos espaços da administração pública. (MACIEL7, 1996 apud SOUZA FILHO, 2010, p.4). A compreensão do papel do Estado promotor do desenvolvimento resultou no interesse neste projeto. Após anos trabalhando com políticas públicas em diversas Secretarias de Estado, foram acompanhados vários programas de governo, desde sua elaboração até sua avaliação, ou seja, todo o ciclo de gestão. Em todos os programas que não obtiveram os resultados esperados, foi observada uma característica em comum: os mesmos eram elaborados pelo nível estratégico, sem um diagnóstico preciso do problema e sem ouvir os principais envolvidos. Dessa forma, com erros na sua problematização, o programa não atingia as metas, uma vez que os projetos e atividades definidos para a sua execução não eram adequados ou suficientes para resolver o problema em questão ou atender à demanda da sociedade. O planejamento de uma Secretaria ou Órgão de Governo, quando segue toda a metodologia adequada, desde sua elaboração, até o seu efetivo acompanhamento, é responsável pelo atendimento das demandas da sociedade ou pela resolução de problemas que 6 GOLDSTEIN, H. A. (1990), “Regional policies, the state, and the pattern of regional economic development: the case of postwar united states”, Revue d‟Economie Régionale et Urbaine n.5, Paris. 7 MACIEL, Maria L. (1996). O milagre italiano: caos, crise e criatividade. Rio de Janeiro, Releme Demará/Paralelo 15 Editores. 8 atingem a vida das pessoas. O monitoramento dos programas em tempo real proporciona aos gestores informações necessárias à tomada de decisão, seja para priorizar programas, seja para redefinir rumos em direção aos objetivos desejados. Com os resultados alcançados, os programas interferem diretamente nos indicadores socioeconômicos de uma região, promovendo melhoria de qualidade de vida, inclusão social, desenvolvimento, entre outros objetivos priorizados. Assim, esta pesquisa se apresenta como uma oportunidade de contribuição para melhorar um instrumento que pode ser considerado como determinante para a efetividade das políticas públicas, o planejamento estratégico participativo. Nesse sentido, configurou-se o planejamento estratégico participativo adotado pela Seplan como problema central do trabalho, questionando se ele pode contribuir para o desenvolvimento regional. Como hipótese, pretende-se demonstrar que o planejamento participativo adotado pela Seplan pode contribuir para o desenvolvimento regional, ao identificar as capacidades e avaliar a dotação de recursos na região. Ao mesmo tempo, deve assegurar o bem estar e a cidadania da população regional, sem degradar a base dos recursos a serem adotados pelo processo produtivo. Ao ser definido a partir de variáveis endógenas e exógenas, construído de “baixo para cima”, pode-se estabelecer um padrão de desenvolvimento a partir das potencialidades socioeconômicas originais do local. O modelo de desenvolvimento em questão: Pode ser definido como um modelo endógeno construído de “baixo para cima”, ou seja, que parte das potencialidades sócioeconômicas originais do local, em vez de como um modelo de desenvolvimento “de cima para baixo”, isto é, que parte do planejamento e da intervenção conduzidos pelo Estado nacional (AMARAL FILHO,1995, p.267 e 268). Objetivos Os objetivos deste trabalho foram estabelecidos a partir de questionamentos acerca do modelo de desenvolvimento proposto no plano plurianual 2004-2007. Procurando saber se esse modelo possui os componentes de sustentabilidade e endogenia, essenciais ao desenvolvimento regional, e os resultados obtidos com a execução do mesmo, através dos programas e projetos, definiu-se os objetivos listados a seguir. 9 Objetivo Geral Desenvolver um estudo crítico reflexivo sobre a elaboração de um planejamento estratégico que vise ao desenvolvimento regional do estado de Mato Grosso. Objetivos Específicos a) analisar a representatividade dos diversos segmentos da sociedade nos fóruns regionais de desenvolvimento; b) analisar as propostas consensuadas nos fóruns regionais e a aderência aos programas de governo contidos no PPA 2004-2007; c) analisar a evolução dos indicadores dos programas; d) avaliar o comportamento dos indicadores definidos no PPA 2004-2007. Dessa forma, o trabalho estrutura-se em quatro capítulos, além da Introdução, que apresenta a questão do desenvolvimento no Brasil a partir dos anos 50 e suas alterações no conceito e na abordagem ao longo dos anos, até a dissociação a crescimento econômico a partir dos anos 90. O primeiro capítulo trata da fundamentação teórica, apresentando os conceitos de desenvolvimentos em suas várias abordagens, como desenvolvimento sustentável e desenvolvimento na escala humana, passando para as teorias de desenvolvimento regional, capital social e políticas públicas. Em seguida, no segundo capítulo, apresenta-se o planejamento como instrumento utilizado pelos governos para a promoção do desenvolvimento, com os modelos de planejamento utilizado pelos governos, até a criação do Plano Plurianual pela Constituição Federal de 1988 e os PPAs executados pelo Governo Federal. O capítulo se encerra apresentando o modelo de gestão do Estado de Mato Grosso e o PPA 2004-2007, desde sua elaboração, as propostas apresentadas nos fóruns regionais e os programas de governo. O terceiro capítulo apresenta a metodologia e os dados utilizados para elaboração deste trabalho. No quarto capítulo, o plano plurianual é avaliado através dos seus indicadores e dos indicadores dos programas. Ao final, são apresentadas as considerações finais. 10 1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo, procura-se apresentar o desenvolvimento nas suas várias formas. Para tanto, são relacionadas a evolução dos conceitos e as teorias que o caracterizaram. São apresentadas, também, as experiências em planejamento no país, desde a sua introdução nos anos 40. A importância dessa retrospectiva se dá pelo fato de o planejamento ser um instrumento de política pública em prol do desenvolvimento de um país. 1.1 Desenvolvimento Entender as consequências do planejamento no desenvolvimento de uma região é compreender o conceito de desenvolvimento, que necessariamente se distingue de crescimento econômico. Assim, este crescimento pode ser sinônimo de aumento de produção, de renda e de emprego de uma determinada região, sem que ocorra um desenvolvimento econômico e social. Todavia, o desenvolvimento pressupõe a redução de desigualdades sociais e econômicas. O crescimento econômico é necessário, mas nem sempre se traduz em desenvolvimento. O crescimento econômico pode ser medido pelo PIB, o qual representa a soma de todos os produtos e bens produzidos em um país ou região, em uma determinada época. No entanto, essa produção pode estar concentrada em uma porção pequena da população, gerando desigualdades, bolsões de pobreza, atraso social. Conclui-se, então, que o PIB é incapaz de medir o desenvolvimento de uma região. Corroborando com essa visão de desenvolvimento distinta de crescimento econômico e dando a devida importância à sociedade nesse processo, Furtado (1982) expressa o seu conceito da seguinte forma: A experiência tem mostrado que o verdadeiro desenvolvimento é principalmente um processo de ativação e canalização de forças sociais e de avanço na capacidade associativa, se tratando de um processo social, cultural e secundariamente econômico. Se produz desenvolvimento, quando a sociedade manifesta sua energia, capaz de articular de forma convergente forças que estavam latente ou dispersas (FURTADO, 1982, p. 149). Na perspectiva de se introduzir a questão ambiental como variável do desenvolvimento, durante a Conferência ECO-92, no Rio de Janeiro, incorporou-se o conceito de desenvolvimento sustentável proposto pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e 11 Desenvolvimento (CNMDA) em 1983. Assim, o conceito de desenvolvimento foi ampliado para os seguintes termos: “Desenvolvimento Sustentável é aquele que concilia métodos de proteção ambiental, equidade social, eficiência econômica, promovendo a inclusão econômica e social por meio de políticas de emprego e renda” (CNUMAD, 1992). Assim, esses conceitos mostram a importância de entender o desenvolvimento como algo que melhore a qualidade de vida da população, atendendo suas aspirações e necessidades. Mostram, também, a responsabilidade do Estado como agente promotor desse desenvolvimento, implementando políticas públicas capazes de universalizar o acesso da população aos serviços de infraestrutura econômica e social, satisfazendo as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir as próprias necessidades. Nesse contexto, Galli (1995) acrescenta outros valores como condições de desenvolvimento, quais sejam: a paz social, a economia como mecanismo do progresso, o meio ambiente como base da sustentabilidade, a justiça como pilar da sociedade e a democracia como sustentáculo da boa governança (GALLI8, 1995, apud BOISIER, 2001, p.4). Por fim, o conceito de Desenvolvimento na Escala Humana expresso pelo Centro de Alternativas de Dessarrollo – Chile (CEPAUR), em versão de Max-Neef, Elizalde e Hopenhayn (1982) indica: Desenvolvimento se baseia na satisfação das necessidades Humanas fundamentais, na geração de níveis crescentes de auto- dependência e na articulação orgânica dos seres humanos com a natureza e a tecnologia, dos processos globais com os comportamentos locais, das planificações com autonomia e da sociedade civil com o Estado (MAX-NEEF; ELIZALDE; HOPENHAYN, 1982, p.12). O desenvolvimento humano está centrado nas necessidades humanas, sendo propostos três postulados para melhor descrevê-lo: 1- o desenvolvimento refere-se a pessoas e não a objetos; 2- o melhor processo de desenvolvimento é aquele que permita elevar mais a qualidade de vida das pessoas; 3- A qualidade de vida dependerá das possibilidades que tenham as pessoas de satisfazer adequadamente suas necessidades humanas fundamentais (MAX-NEEF, 1991, p.16). 8 GALLI, Boutros. Conferência sobre o Desenvolvimento. Organização das Nações Unidas – ONU. Nova York: 1995. 12 Em uma apresentação no Brasil em 2007, Max-Neef afirmou que o crescimento econômico anda na contramão dessas necessidades, uma vez que, a partir de determinado ponto, pode gerar uma queda na qualidade de vida das pessoas. Essa constatação partiu de um estudo realizado pelo autor em 1982 em sete países, onde foi medido o Produto Interno Bruto (PIB) e o Indicador de Progresso Genuíno (GPI), que mede a qualidade de vida. O estudo originou a Teoria do Umbral e concluiu que: O crescimento econômico está alinhado à qualidade de vida de uma sociedade até certo ponto. Depois disso, a tendência é que ele se torne maligno ao bem-estar das pessoas. [...] Os países estudados, Estados Unidos, Inglaterra, Holanda, Suécia, Áustria, Dinamarca, Chile e Tailândia, tiveram um grande período de crescimento econômico e desenvolvimento até o ano de 1970. Após essa data, o nível de qualidade de vida da população começou a cair (MAX-NEEF, 200). A Constituição Federal, em 1988, já demonstrava a preocupação com a qualidade de vida da população ao garantir, em seu artigo 6º, os direitos sociais da sociedade brasileira: “[...] a educação, a saúde, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição” (BRASIL, 1988, p.11). Com o objetivo de ressaltar que os direitos sociais elencados no artigo acima são essenciais à busca da felicidade, o senador Cristovão Buarque de Holanda elaborou uma proposta de emenda à Constituição, PEC 19/10, aprovada em 10 de novembro de 2010 e que faz a seguinte alteração: Art. 6º São direitos sociais, essenciais à busca da felicidade, a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição (BRASIL, 2010, p1). Na justificativa de tal proposta, fica claro que é dever do Estado prover as condições subjetivas e objetivas para que o indivíduo tenha qualidade de vida e, consequentemente, felicidade. Expressa, ainda, que a alteração do artigo visa ressaltar que a felicidade é “objetivo do Estado e direito de todos”. [...] a expressa previsão do direito do indivíduo de perquirir a felicidade vem ao encontro da possibilidade de positivação desse direito, ínsito a cada qual. Para a concretização desse direito, é mister que o Estado tenha o dever de, cumprindo corretamente suas obrigações para com a sociedade, bem prestar os serviços sociais previstos na Constituição.[...]A busca individual pela 13 felicidade pressupõe a observância da felicidade coletiva. Há felicidade coletiva quando são adequadamente observados os itens que tornam mais feliz a sociedade, ou seja, justamente os direitos sociais – uma sociedade mais feliz é uma sociedade mais bem desenvolvida, em que todos tenham acesso aos básicos serviços públicos de saúde, educação, previdência social, cultura, lazer, dentre outros (BRASIL, 2010, p.1-2). Continuando sua justificativa, o senador afirma que a busca pela felicidade está presente em legislações de diversos países, como a Declaração de Direitos da Virgínia (EUA, 1776), na qual se dava aos homens o direito de buscar e conquistar a felicidade; e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (França, 1789), em cujo texto determina-se que as reivindicações dos indivíduos sempre se voltarão à felicidade geral. As Constituições de outros países, de acordo com Buarque, também citam a busca pela felicidade, destacando nesse contexto “o Reino do Butão que estabelece, como indicador social, um Índice Nacional de Felicidade Bruta (INFB), mensurado de acordo com indicadores que envolvem bem-estar, cultura, educação, ecologia, padrão de vida e qualidade de governo” (BRASIL, 2010, p.2). Na concepção de Max-Neef et al. (1982), as necessidades humanas fundamentais são baseadas no ser, ter, estar e fazer, podendo ser resumidas em: subsistência, proteção, afeto, compreensão, participação, recreação, criação, identificação e liberdade. As necessidades de todas as pessoas são as mesmas, o que difere é o modo como elas satisfazem essas necessidades (MAX-NEEF et, al, 1982, p.12). No propósito de verificar in loco as necessidades elencadas na visão de vários autores, Oliveira (2008) entrevistou 150 moradores de 4 municípios da região com o menor Índice de Desenvolvimento Humano - IDH do Estado de Mato Grosso. O objetivo do trabalho era verificar a percepção dos moradores acerca do desenvolvimento de sua região. Nas entrevistas, foi perguntado o que era viver bem na concepção dessas pessoas, simplificando o termo desenvolvimento que poderia ser mal interpretado devido a pouca escolaridade da maioria dos entrevistados. De acordo com a autora: A resposta dada pelos moradores pesquisados sobre “o que é viver bem” apresentou aspectos objetivos e subjetivos em todos os municípios pesquisados. Os aspectos objetivos dizem respeito às condições básicas para o atendimento de suas necessidades elementares. Nos quatro municípios os entrevistados entenderam que “viver bem” está condicionado ao “estar com saúde”, uma vez que “tendo saúde” o individuo pode conquistar aquilo que necessita para o seu bem-estar: um lugar para abrigar a família. A moradia foi considerada tão importante que, para alguns, bastaria “a casa sem nenhum conforto”, para outros, todavia, o bem-estar só seria alcançado “se a casa fosse confortável”. Encontraram-se, entre as pessoas pesquisadas, 14 aquelas que se contentariam com o atendimento de necessidades elementares como comer, beber e vestir-se bem. Algumas associaram a condição de bemestar à necessidade de se ter um trabalho ou emprego, ter um salário digno ou ganhar dinheiro para sustentar a família. Aspectos subjetivos também podem ser observados nas respostas dos entrevistados quando declararam que para viver bem era preciso ter paz, amor, harmonia, amizade, união com a família e com a comunidade, comodidade, descanso, tranquilidade, educação de qualidade, ter liberdade completa, ter fé em Deus, governar melhor, segurança, ter lazer, saneamento básico (OLIVEIRA, 2008, p.125). Na percepção dos moradores da região mais pobre do Estado, viver bem é o atendimento as suas necessidades básicas, as quais podem ser resumidas em saúde, moradia, trabalho, segurança, lazer, educação e saneamento básico. Ao se tratar das várias faces do desenvolvimento, Perroux (1967) afirma que “o desenvolvimento é a combinação das transformações de ordem mental e social duma população que lhe possibilitam o aumento cumulativo e duradoiro do seu produto real global” (PERROUX, 1967, p. 179). Nessa proposta, o autor acreditava que o ser humano deve ser o sujeito do seu próprio desenvolvimento. Desse mesmo modo, afirmam Furtado (1982) e Godart et al. (1987). A diferença nos conceitos está, segundo Delors (1996), na necessidade da educação como um requisito que possibilitará ao mesmo discernir e reivindicar o necessário à sua satisfação. Para esse autor, um dos motores do desenvolvimento é a educação, cuja função principal é permitir que a humanidade possa dirigir seu próprio desenvolvimento. Outro elemento na concepção de desenvolvimento, proposto por Putnam (1993), se apresenta como capital social. Esse conceito pode ser entendido como o conjunto das características da organização social que englobam as redes de relações, normas de comportamento, valores, confiança, obrigações e canais de informação. Segundo o autor, quando existente em uma região, o capital social torna possível a tomada de ações colaborativas que resultem no benefício de toda comunidade (PUTNAM9, 1993 apud SOUZA FILHO, 2010, p. 3). No entanto, capital social e práticas colaborativas por si só não desencadeiam o progresso econômico, configurando “a base para as regiões enfrentarem e se adaptarem aos desafios e oportunidades da realidade presente e futura” (SOUZA FILHO, 2010, p. 4). 9 PUTNAM, Robert D. (1993). The prosperous community: social capital and public Life. In: The American Prospect. nº 13, mar. 15 Na elaboração de uma política de desenvolvimento regional, é importante prever ações distintas das de cunho ortodoxo. Como tal, linhas de crédito ou incentivos fiscais não podem ser considerados instrumentos exclusivos. As políticas públicas devem ser constituídas também para manter e ampliar o estoque de capital social em sua comunidade, “fortalecendo a auto-organização social, estimulando a prática de soluções colaborativas para problemas comuns e promovendo a participação e a abertura ao diálogo com os diversos integrantes das comunidades regionais” (SOUZA FILHO, 2010, p. 4). O estabelecimento das teorias de desenvolvimento regional inicia-se pelo seu conceito, definido como um ramo da ciência econômica que tenta mostrar como as economias pobres do mundo poderiam superar sua situação. Teve sua origem entre as décadas de 1940 e 1950. Sua formulação inicial foi de Paul Rosenstein-Rodan, considerando que as economias dos países menos desenvolvidos estavam presas a um ciclo de pobreza e precisavam de um “forte empurrão” (Big Push) para se desenvolverem. Este empurrão poderia se caracterizar como um impulso no investimento, auxiliado por gastos do Estado na área social e na infraestrutura, inclusive investimento do capital privado nacional e estrangeiro, assim como pela ajuda de governos dos países desenvolvidos. No final dos anos 80, a teoria do desenvolvimento teve sua reformulação feita por Paul Krugman, economista neoclássico, passando a incorporar os conceitos de rendimentos crescentes ou externalidades do paradigma neoclássico. Em macroeconomia, a economia do desenvolvimento tem sido influenciada pela teoria do crescimento neoclássica, designada por “crescimento endógeno”. Estes modelos (por exemplo, os de Paul Romer e Robert Lucas) procuram explicar o crescimento do produto interno bruto pelo próprio processo de acumulação ou, internamente, sem recorrer a mecanismos exógenos como é o caso do famoso modelo de Solow de 1956. A essência deste modelo reside na ideia de que, havendo total confiança nos mercados competitivos, o crescimento de qualquer economia em estado estacionário, rica ou pobre, deverá ocorrer mais tarde ou mais cedo. Desnecessário, pois, o tal “Grande Empurrão”, apenas e tão somente uma estrutura institucional propiciadora da competição entre os interesses privados dos agentes. Uma das previsões da nova teoria de crescimento endógeno reporta-se à inexistência de convergência no crescimento entre os vários países, em particular a conclusão chave de que nas economias de mercado o Estado deve intervir para acelerar a acumulação de capital, o que significa crescimento a longo prazo. 16 Dessa forma, pode-se definir desenvolvimento endógeno como possuidor de expressões chaves como a convergência e a interação. É um processo cujo território – no sentido amplo do termo - atua ativamente na formação de estratégias que influenciam sua dinâmica econômica. Ele não é apenas um receptor passivo das determinações de grandes empresas, por exemplo. A interação entre os atores públicos e privados é fundamental para gerar a sinergia necessária para o processo de desenvolvimento. Juntamente com isso, o papel dos atores locais e as formas de capital intangível também têm importância relevante. É um projeto coletivo de desenvolvimento, que se articula dentro de um território, daí a ideia de endogenia. Para Amaral Filho (2001), Desenvolvimento endógeno pode ser entendido como um processo de crescimento econômico implicando em uma contínua ampliação da capacidade de agregação de valor sobre a produção bem como da capacidade de absorção da região, cujo desdobramento é a retenção do excedente econômico gerado na economia local e/ou a atração de excedentes provenientes de outras regiões. Este processo tem como resultado a ampliação do emprego, do produto e da renda do local ou da região (AMARAL FILHO, 2001, p. 2). Segundo esse mesmo autor, A definição do modelo de desenvolvimento passa a ser estruturada a partir dos próprios atores locais e não mais através do planejamento centralizado ou através das forças puras do mercado.[...] Como resultado, a estruturação do modelo alternativo de desenvolvimento regional, como sugerem os evolucionistas e institucionalistas, é realizada por meio de um processo já definido por Boisier10 (1988) de “organização social regional” ou como define Schmitz11 (1997) de “ação coletiva”. Este processo tem como característica marcante a ampliação da base de decisões autônomas por parte dos atores locais, que coloca nas mãos deste o destino da economia local ou regional (AMARAL FILHO, 2001, p. 5). Neste ponto, é importante definir os conceitos das variáveis “regional”, “local” e “território”, que são utilizadas neste capítulo, a fim de deixar claro qual o tipo de desenvolvimento tratado neste trabalho. Uma primeira definição de região leva em consideração o princípio da centralidade, 10 BOISIER, S. (1988), Política Econômica, Organização Social e Desenvolvimento Regional, in HADDAD, P. R.; CARVALHO FERREIRA. C. M. de; BOISIER, S. & ANDRADE, T. A., Economia Regional (teoria e métodos de análise), Banco do Nordeste do Brasil S. A., Fortaleza. 11 SCHMITZ, H. (1997), Collective efficiency and increasing returns. Working Paper n. 50, Institute of Development Studies, UK. 17 Cujo argumento focal é que as relações entre os agentes econômicos dão origem a um lugar central. Este princípio pode ser entendido tanto pelo seu sentido geográfico – o lugar é o centro geográfico de um espaço, como pelo seu conteúdo de centralização ou agrupamento da produção em um lugar. Trata-se de definir um lugar de produção no espaço (SILVA, 2004, p. 28). Apesar de haver grande número de abordagens quanto à definição de regiões, todas praticamente se reduzem a três categorias principais: regiões uniformes ou homogêneas; regiões nodais; e regiões de programação e planejamento. As regiões homogêneas partem da idéia que unidades espaciais podem ser reunidas porque apresentam determinadas características uniformes, como: estruturas de produção semelhantes, padrões homogêneos de consumo e distribuição similar de força de trabalho. Podem ser semelhantes em relação a fatores geográficos, como recurso natural predominante, topografia e clima. Ou, ainda, podem incluir variáveis não econômicas como atitudes sociais uniformes, identidade regional ou concepção política semelhante. No entanto, esses limites podem não ser definidos facilmente, pois uma área pode possuir um aspecto de uma região, mas se assemelhar a uma região vizinha em outro aspecto (RICHARDSON, 1975, p. 222). As regiões nodais são compostas por unidades heterogêneas, mas intimamente relacionadas umas às outras funcionalmente. Nessas regiões, podem-se verificar facilmente as conexões funcionais através dos fluxos de população, bens e serviços, comunicações e tráfego. Esses fluxos não ocorrem aleatoriamente dentro de uma região, nem com intensidades uniformes. Ao contrário, os fluxos mais importantes tendem a concentrar-se, nas duas direções, em torno de um ou dois centros dominantes, geralmente grandes cidades. Nesse sentido, a região nodal concentra a atenção no lugar central que controla e polariza uma região ao invés de tratar da delimitação de suas fronteiras. É o alto grau de interdependência entre o núcleo e os elementos em torno dele que determina a estrutura e o caráter da região (RICHARDSON, 1975, p. 224 e 225). A terceira categoria de conceituação de região, denominada região de planejamento ou de programação, atende às necessidades dos governos na implementação de políticas regionais. Devem ser definidas em termos de coerência e unidade no que se refere ao processo de tomada de decisões. No entanto, uma vez que existem regiões advindas de unidades naturais formadas sob a influência de forças econômicas, seria importante que as regiões de planejamento se conformassem aos limites das regiões naturais. Por outro lado, se as regiões de planejamento forem definidas sem considerar as relações funcionais entre as distintas unidades espaciais pode comprometer os resultados das políticas implementadas (RICHARDSON, 1975, p. 226 e 227). 18 Uma caracterização de região similar é a proposta pelo economista francês Jacques Boudeville (1970): região polarizada, região homogênea e região-plano. Apesar de ser seguidor de Perroux, economista francês, criador da teoria dos polos de crescimento, Boudeville sugere outro ponto de vista em sua análise regional. Enquanto Perroux destaca as relações econômicas, numa orientação que pode ser considerada como não geográfica, Boudeville enfatiza a natureza regional do espaço econômico (BOUDEVILLE, 197012, apud, SILVA, 2004, p.34). De acordo com o critério da polaridade, ou da “nodalidade”, as regiões são definidas como áreas de influência polarizadas por uma capital ou lugar central. Conforme o critério da homogeneidade, as regiões compartilham alguns traços característicos que se tornam o princípio do seu agrupamento (história, cultura, idioma, base econômica, etc.). Já segundo o critério relacionado com as fronteiras políticas ou administrativas, as regiões são entendidas como regiões-plano, ou seja, submetidas aos mesmos processos de tomada de decisão (o planejamento) (SILVA, 2004, p. 34). A expressão desenvolvimento local tem sido utilizada com certa frequência nos estudos sobre crescimento e desenvolvimento, sendo confundida com desenvolvimento regional. Segundo Navarro (2001), essa expressão é recente e advém de dois fenômenos do período atual: a multiplicação das ONGs e a descentralização em curso em muitos continentes. As ONGs atuam normalmente em ambientes geograficamente mais restritos (a região ou o município), criando estratégias de “ação local”, que se acentuaram quando os impactos dos processos de globalização se aceleraram. A descentralização consiste na transferência de responsabilidade do governo central para os municípios, valorizando o “local” (NAVARRO, 2001, p. 89 e 90). Essas duas mudanças privilegiam a menor porção de uma região, o local onde os processos realmente ocorrem. Dessa forma, pensar em desenvolvimento local pode ser uma estratégia para provocar o desenvolvimento de uma região maior. Isso porque, como foi dito anteriormente, as regiões se conectam funcionalmente umas às outras, propagando as ações no sentido dos fluxos. Por outro lado, região e local podem ter o mesmo significado, quando forem utilizadas em uma política que avalie as necessidades, aspirações e potencialidades de uma porção menor do território e cujas ações tenham efeito localizado. Os programas governamentais elaborados nessa perspectiva serão direcionados para um público-alvo, respeitando as características de cada espaço do país. 12 BOUDEVILLE, Jacques. Les espaces économiques. Paris: PUF – Press Universitaires de France, 1970. 19 Corroborando com a afirmação acima, Dallabrida e Fernández (2008) apresentam outro conceito de desenvolvimento com significado similar: Ao utilizar o conceito “desenvolvimento territorial”, tem-se a pretensão de estar se referindo a um processo localizado de desenvolvimento, não tendo uma referência exata quanto à escala: pode-se estar tratando de uma pequena localidade ou de um conjunto de localidades (DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 41). Território, por sua vez, é definido como: [...] uma fração do espaço historicamente construída por meio das interrelações dos atores sociais, econômicos e institucionais que atuam neste âmbito espacial, apropriada a partir de relações de poder sustentadas em motivações políticas, sociais, ambientais, econômicas, culturais ou religiosas, emanadas do Estado, de grupos sociais ou corporativos, instituições ou indivíduos. Portanto, o conceito de desenvolvimento territorial abrange todas as dimensões do desenvolvimento: social, humana, econômica, físico-natural, ambiental, política e cultural (DALLABRIDA, 200713, apud DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 40-41). Além disso, podem-se identificar duas dimensões no desenvolvimento: a dimensão tangível (material), composta pelos aspectos econômicos; e a dimensão intangível (imaterial), referente à capacidade coletiva para realizar ações de interesse social. Em face do exposto, é fundamental a organização sócio territorial, na geração de processos qualificados de desenvolvimento territorial, atuando na dimensão intangível do desenvolvimento. No entanto, é necessário também atuar na outra dimensão, pensando em estratégias que gerem inovações, através de esforços de pesquisa e desenvolvimento das empresas, ou de aprendizagem coletiva dos atores locais. Procurando identificar as condições necessárias para que regiões desenvolvam processos inovativos, em busca do seu desenvolvimento, Barquero (1996) apresenta novos conceitos: as dimensões hardware, software e orgware do desenvolvimento. A dimensão hardware refere-se “a todas as infraestruturas que servem de base aos processos de mudança estrutural e que são instrumentos indispensáveis para o funcionamento do sistema produtivo”. São ações onde a ação do Estado é eminente, como melhoria da rede de transporte e comunicações, construção de escolas, hospitais, áreas de lazer, entre outras (VÁZQUEZBARQUERO, 199614, apud DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 55 e 56). 13 DALLABRIDA, V. R. Gestão, inovação e desenvolvimento: oportunidades e desafios para o desenvolvimento da região Fronteira Noroeste. Santa Cruz do Sul: Edunisc, 2007. 14 VÁZQUEZ-BARQUERO, A. Desarrollos recientes de La política regional. La experiência europea. Eure, Santiago de Chile, v. 22, n. 65, p. 105). 20 A dimensão software diz respeito à forma como as iniciativas incidem sobre os aspectos qualitativos do desenvolvimento e que têm um caráter imaterial. Podem ser iniciativas que atuem na qualificação dos recursos humanos, no Know-how tecnológico e inovador, na difusão da tecnologia, na informação existente nas empresas, na capacidade empreendedora existente, etc. As iniciativas encaminhadas a melhorar o software do desenvolvimento local ou regional, ao promover o surgimento e desenvolvimento das empresas e a criação e difusão das inovações no tecido produtivo e no território, constituem um dos pontos vitais da política de desenvolvimento; propõem-se desenvolver o tecido produtivo local, levando a que empresas industriais e de serviços sejam competitivas e inovadoras, e, em definitivo, melhorar a dinâmica de aprendizagem, o que permite responder competitivamente aos desafios da globalização, visto que a “difusão das inovações é um dos eixos principais da política de desenvolvimento local (DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 56 e 57). Nesta dimensão, instituições públicas ou privadas, como, Universidades, Centros de Pesquisas, Associações de produtores, SEBRAE, SENAI, entre outras, geralmente sob a coordenação do estado, são indispensáveis para que as empresas tenham maior competitividade e possam se diferenciar no mercado. As vantagens advindas desse processo serão propagadas na região, gerando o desenvolvimento. Por último, a dimensão orgware do desenvolvimento local ou regional “consiste em melhorar a capacidade de organização que existe na cidade ou região (ou território) e lhe permite dar uma resposta eficaz aos problemas e desafios que têm a superar” (VÁZQUEZBARQUERO, 199614, apud DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 57). A dimensão orgware estabelece um novo modelo de governança territorial, formado pelas redes empresariais, que encontram a melhor forma de organizar a produção, adquirir insumos, comercializar produtos ou introduzir inovações no processo. Para que haja governança territorial nos níveis adequados, é necessária a existência de capital social na região, conceito que será abordado mais a frente, tendo como resultado do processo a geração de mais capital social. O Estado tem um papel importante também nessa dimensão do desenvolvimento, elaborando projetos que melhorem a governança local, como: criação de escolas técnicas, ou centros universitários com cursos voltados à especificidade da região; de laboratórios de provas de material ou certificação; de agência de informações sobre comércio exterior; de consórcio de exportações; de estruturas de comercialização, entre outros. 21 Para a promoção do desenvolvimento, o Estado deve elaborar uma política de desenvolvimento territorial, com objetivos e metas definidos, ações que atuem nas três dimensões apresentadas e que se apoie nas capacidades endógenas das regiões. Embora possam existir experiências de desenvolvimento fruto de iniciativas e mobilização de atores locais, os estudos recentes mostram que a atuação efetiva do Estado é indispensável e determinante para o sucesso de tal empreitada. Sobre esse fato, DALLABRIDA e FERNÁNDEZ (2008) afirmam: [...] Tanto para a estruturação empresarial para a inserção nas atuais cadeias globais como para estruturar cadeias globais alternativas, parece possível afirmar que simplesmente relegar tal decisão às regras do chamado livremercado não seja viável. O papel do Estado não se restringe ao apoio às iniciativas de inserção internacional; sua atuação na estruturação/(re)estruturação do mercado interno também é fundamental (DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 187). Na execução da política de desenvolvimento definida, um processo deve ser ressaltado pela importância que possui na obtenção dos resultados: concertação social regional. Dallabrida (2003) o conceitua como: [...] uma relação horizontal entre diferentes, na qual cada um participa em condições iguais, fortalecendo relações de confiança entre os setores, facilitando a comunicação e o entendimento, contribuindo para uma boa prática de governança territorial. Representa uma valorização da sociedade civil, que assume o papel de protagonista do processo, com postura propositiva, geradora de novas propostas, ou reativa, fazendo a crítica ou reagindo às diferentes formas de intervenção externa que desrespeitem o processo de concertação local ou regional. No entanto, o fato de a sociedade civil tornar-se protagonista não substitui o papel do Estado. Assim, as diferentes estratégias de concertação social regional que se transformam na prática da governança territorial tornam-se experiências de construção de poder local, indispensáveis para a prática da democracia (DALLABRIDA, 200315, apud DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 73). Para o melhor entendimento do conceito, o autor cita o significado da palavra “concertar”, expresso como o ato de harmonizar interesses, podendo ser relacionado com a ideia de pacto, acordo em situações de impossibilidade de superar desafios, senão pela soma de esforços, agindo em concerto. O autor afirma, ainda, que: É fundamental que seja por meio de processos de concertação social que a sociedade de uma determinada região, organizada em suas redes de poder socioterritorial, democraticamente, proponha-se a construir consensos mínimos que representem as decisões acordadas naquele momento histórico no que se refere à superação dos seus desafios. Isso implica a participação cidadã dos diferentes atores sociais, econômicos e institucionais como 15 DALLABRIDA, V. R. Gobernanza y planificación territorial: para La institucionlización de una práctica de “concertación público-privada”. Documentos e aportes em administración pública y gestión estatal. Santa Fé: Ediciones UNL – Universidad Nacional Del Litoral, ano 3, n. 4, p. 61-94, 2003. 22 protagonistas do processo de gestão do desenvolvimento (DALLABRIDA e FERNÁNDEZ, 2008, p. 74). 1.2 Planejamento Para melhor compreensão do texto, define-se planejamento como “o elo entre a Gestão Fiscal responsável e os resultados à demanda da sociedade”. Portanto, ele não pode ser visto apenas como instrumento técnico ou burocrático, pois poderia implicar em resultados indesejáveis, como: desorganização e falta de controle e acompanhamento das políticas públicas; falta de efetividade das políticas, causando insatisfação junto à sociedade, o que gera desgaste e avaliação negativa do governo; desperdício de recursos financeiros, materiais e humanos, pois muitos setores do governo acabam fazendo as mesmas coisas sem resultados efetivos; atuação das políticas públicas desfocadas, pois, muitas vezes as ações de governo não correspondem às reais necessidades da população; finalmente, a ausência de planejamento pode levar ao desequilíbrio das contas públicas, podendo o administrador de despesas ser responsabilizado legalmente por isso (MATO GROSSO, 2003b, p. 1). O Planejamento é uma estratégia de governo para implantação das políticas públicas necessárias ao desenvolvimento de uma região e tem como pressupostos: intervenção do Estado; indicação de prioridades regionais, sociais ou de outra natureza; e busca por resultados. O Estado tem um papel fundamental na promoção do desenvolvimento de um país ou região. Para tanto, políticas públicas são elaboradas e implementadas, em consonância com os objetivos estratégicos previamente definidos. Em relação a isso, Heidemann e Salm (2009) fizeram suas considerações: Em termos político-administrativos, o desenvolvimento de uma sociedade resulta de decisões formuladas e implementadas pelos governos dos Estados nacionais, subnacionais e supranacionais em conjunto com as demais forças vivas da sociedade, sobretudo as forças de mercado em seu sentido lato. Em seu conjunto, essas decisões e Ações de governo e de outros atores sociais constituem o que se conhece com o nome genérico de políticas públicas (HEIDEMANN e SALM 2009, p.28). Segundo esse mesmo autor, a política pode ser definida como: 23 [...] ações, práticas, diretrizes políticas, fundadas em leis empreendidas como funções de Estado por um governo, para resolver questões gerais e específicas da sociedade. Nesse sentido, o Estado passa a exercer uma presença mais prática e direta na sociedade, sobretudo por meio do uso do planejamento, que pressupõe políticas previamente definidas tanto de alcance geral ou “horizontal” (por exemplo, política econômica), como de alcance ou impacto “setorial” (por exemplo, política de saúde (HEIDEMANN e SALM, 2009, p.29). Políticas e Políticas Públicas parecem se confundir em seus significados. Para a maioria dos autores, no entanto, política pública é a forma mais operacional da política, contendo elementos necessários a sua implementação. Para David Easton (1953), a política pública significa “a alocação oficial de valores para toda a sociedade” (Easton16, 1953 apud Heidemann e Salm, 2009, p. 29). Já H. Lasswell e A. Kaplan (1970) definem políticas como “um programa projetado com metas, valores e práticas” (Lasswell; Kaplan17, 1970 apud Heidemann e Salm, 2009, p. 29). E. C. Friedrich garante que “é essencial ao conceito de política que contenha uma meta, objetivo ou propósito” (Friedrich18, 1963 apud Heidemann e Salm, 2009, p.29). Por fim, Wildavsky (1979, p. 387) lembra que “o termo política é usado para referir-se a um processo de tomada de decisões, mas, também, ao produto desse processo”. Rossetti (1976) relaciona o fenômeno econômico ao termo política na sua obra “Política e Programação Econômicas”. Assim, a Política Econômica para aquele autor tratase do Ramo da Economia Normativa, manejado pela esfera governamental, que estabelece, ao maior nível de agregação e segundo um esquema de perfeita concorrência, o conjunto das principais normas referentes ao manejo de todos os instrumentos econômicos e extra-econômicos, mobilizáveis para a realização dos objetivos globais do sistema (ROSSETTI, 1976, p.46). Os objetivos da Política Econômica se relacionam com o desenvolvimento, a estabilização e a repartição de renda entre as classes sociais e regiões. A estabilidade do processo econômico pressupõe garantir empregos para a população economicamente mobilizável, com taxa de expansão suficiente para incorporar ao contingente ocupado os fluxos decorrentes do crescimento demográfico, estabilidade dos preços e equilíbrio nas 16 EASTON, David. The Political System: An Inquiry into the State of Political Science. New York: Alfred A. Knopf, 1953, p. 129. 17 LASSWELL H. D.; KAPLAN, A. Power and society: a framework for political inquiry. Rainbow Bridge Book CO., 1970, p. 71. 18 FRIEDRICH, C. J. Man and his Government. New York: McGraw-Hill, 1963, p. 70. 24 transações econômicas com o exterior. A repartição de renda compreende a redução dos desníveis regionais e a melhoria da estrutura orgânica dos fatores e da riqueza e remuneração entre pessoas e grupos sociais. Para atingir os três objetivos, a política econômica conta com instrumentos de intervenção: fiscais, monetários, cambiais e coadjuvantes. Os instrumentos monetários referem-se ao manejo das operações destinadas a regular o suprimento dos meios de pagamento, provendo o sistema econômico de moeda e crédito. O fluxo monetário tem relação direta com os objetivos da política econômica. A falta ou o excesso de moeda em uma economia pode alterar o desenvolvimento, a estabilidade e até mesmo a repartição de renda. Os instrumentos fiscais referem-se ao manejo das finanças públicas. Englobam vários componentes da despesa e da receita governamentais. O Governo utiliza os instrumentos fiscais arrecadando impostos, taxas e contribuições de melhoria e executando despesas, a fim de atingir os objetivos da política econômica acima especificados. Os instrumentos cambiais referem-se ao manejo da taxa de câmbio e sua relação com a moeda nacional, em função da moeda estrangeira, influenciando diretamente o fluxo do comércio exterior de mercadorias e dos investimentos procedentes ou destinados a outros países. As relações internacionais, por sua vez, influenciam diretamente o desenvolvimento, a estabilidade e as condições de repartição de renda de uma economia. Por fim, os instrumentos coadjuvantes, referem-se a um conjunto de controles diretos exercidos sobre as atividades das empresas, sobre os preços dos recursos de produção e dos produtos finais e sobre o comportamento dos consumidores. A economia normativa, o conjunto de normas que regem a economia, é a parte da economia ligada à execução da política em si, tem como suporte a economia positiva, a qual contém os princípios, leis e teorias que regem o sistema econômico. Além da política, a programação e o projeto, em geral utilizados pelas empresas, são dimensões da economia normativa e se constituem numa sequência lógica de desdobramento do planejamento econômico. Na implementação dos programas definidos, a esfera governamental recorre a todos os instrumentos fornecidos pela Política Econômica – nos âmbitos 25 fiscal, monetário e cambial, e ainda nos planos coadjuvantes ou de natureza extra econômica. Ao recorrer a esses instrumentos, a esfera governamental está procedendo a ligação prática entre a Política Econômica e a Programação Econômica (ROSSETTI,1976, p.51). Programação Econômica, por sua vez, é definida como um Ramo da Economia Normativa, manejado pela esfera governamental, que estabelece, a níveis globais ou intermediários de agregação e segundo esquemas de consistência recíproca, o conjunto das metas que reproduzem os objetivos do sistema econômico, submetendo-se às diretrizes superiormente definidas (ROSSETTI, 1976, p.51). Completando a sequência de execução de um planejamento, o projeto aparece como o menor nível de desdobramento dos programas de um governo. Dessa forma, pode ser entendido como “composto de informações e estimativas, envolvendo não apenas aspectos econômicos e financeiros, como ainda tecnológicos e administrativos, capazes de possibilitar a avaliação de seu interesse em face dos programas estabelecidos para o sistema” (ROSSETI, 1976, p.52). A política econômica traça linhas mestras de atuação para o Estado na economia, dependendo do objetivo a ser alcançado, desenvolvimento por exemplo. As linhas gerais dão origem a programas de governo, os quais se desdobram em projetos, em um menor nível de agregação, suficiente para a sua execução. Apesar de abordar a dimensão econômica da política, Rossetti trata a política da mesma forma que os autores apresentados anteriormente. Tem-se uma visão mais geral da ação do governo, denominada política de governo e uma visão mais específica ou operacional, que pode ser chamada de política pública. Bonavides (1986) corrobora Rossetti (1976) na importância dada à questão econômica do processo político do planejamento, pois: Sem o conhecimento dos aspectos econômicos em que se baseia a estrutura social, dificilmente se poderia chegar à compreensão dos fenômenos políticos e das instituições pelas quais uma sociedade se governa.[ ...] O conhecimento econômico se faz cada vez mais interessado e o Estado não o emprega unicamente para explicar ou conhecer o modo por que se satisfazem as necessidades materiais de uma sociedade, senão que os emprega cada vez mais, para criar instrumentos novos e diretos de ação, 26 vinculando-os a um programa de governo ou a uma política econômica específica (BONAVIDES, 1986, p. 32). Assim, a Economia e a Política sempre caminharam juntas, desde a Antiguidade, na Grécia e em Roma, quando a Economia, a Ética e a Ciência Política compreendiam um único ramo do conhecimento, quando se desenvolviam estudos sobre a indústria e o comércio, a agricultura e os tributos, a escravatura e a organização sócio-política, a moeda e o valor, os juros e os salários (ROSSETTI, 1985, p. 35). Segundo o autor, essa interdependência entre as ciências resulta de ser competência da Política o estudo da organização do Estado, das relações dos seus agentes e das instituições que desenvolverão as atividades econômicas. Dessa forma, a ação econômica subordina-se à estrutura política da sociedade. Além disso, em termos conjunturais também pode se verificar a ligação entre ambas: a instabilidade das instituições políticas leva à instabilidade econômica. Por outro lado, a estabilidade e o desenvolvimento econômico são os fatores essenciais que levam à estabilidade do poder político. Após as definições acima, pode-se afirmar que a política pública é a ação direcionada de um agente, em uma das etapas finais do planejamento governamental. Dessa forma, é necessário conceituar planejamento, suas fases e dimensões. Mais que isso, é necessário identificar sua origem no Estado brasileiro e o que confere legitimidade ao Estado no exercício de planejador e executor de políticas públicas. Para Mindlin (2001, p.7), O planejamento nada mais é do que um modelo teórico para a ação. Propõese a organizar racionalmente o sistema econômico a partir de certas hipóteses sobre a realidade. Naturalmente, cada experiência de planejamento se afasta de sua formulação teórica e o que é interessante na análise dos planos é justamente separar a história do modelo e verificar por que os fatos ocorreram de maneira diferente da prevista. Complementando o pensamento de Mindlin (2001), Heidemann e Salm (2009) discutem a contribuição da ciência política, ao longo dos anos, ao desenvolver uma série de modelos para explicar a vida política. Para eles, pode-se analisar a elaboração e a implementação das políticas públicas a partir dos modelos teóricos, como: modelo institucional, modelo de processo, modelo de grupo, modelo de elite, modelo racional, modelo incremental, modelo da teoria de jogos, modelo da opção pública e modelo sistêmico. De acordo com os autores, 27 Cada um desses termos identifica um modelo conceitual básico que pode ser encontrado na literatura de ciência política. Nenhum desses modelos foi desenvolvido especialmente com a finalidade de estudar política pública, mas cada um oferece uma maneira diferente de pensar sobre política e até sugere algumas causas e consequências gerais de políticas públicas (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 100). A maioria das políticas públicas utiliza uma composição de vários modelos, cada um focalizando um aspecto distinto da vida política. Dessa forma, não se pode dizer que um modelo é superior a outro, devendo ser escolhido para o planejamento governamental dependendo do objetivo e das circunstâncias. Na verdade, o que se deduz é que cada tipo corresponde a uma etapa do processo de planejamento, executada por diferentes atores sociais. Para melhor compreensão do texto, consideram-se atores sociais as diversas pessoas, grupos, entidades, etc. envolvidas no processo de planejamento. O modelo institucional considera as instituições como responsáveis pela elaboração e implementação das políticas públicas, conferindo a estas três características distintas: legitimidade, universalidade e coerção. Somente as políticas governamentais implicam em obrigações legais, dizem respeito a todas as pessoas na sociedade e dão ao governo o poder de sanção a quem violá-las. Na ciência política, essa abordagem se preocupa com a estrutura das instituições, sua organização e suas funções. Não tem intenção de avaliar o impacto que as características institucionais têm no resultado das políticas. Quanto a isso, o autor ressalta que uma mudança específica na estrutura institucional não garante uma mudança no resultado da política implementada. Isso porque: Tanto a estrutura quanto as políticas são em grande parte determinadas por forças econômicas ou sociais, e os diferentes arranjos institucionais terão pouco impacto independente sobre as políticas, se as forças subjacentes permanecerem constantes (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 103). O segundo modelo trata do processo político. Neste se analisam os comportamentos políticos de diversos grupos sociais, como eleitores, legisladores, burocratas, juízes e outros atores políticos. Assim como os atores sociais, consideram-se atores políticos todas as pessoas envolvidas no processo político. Recentemente, alguns cientistas políticos agruparam várias atividades com base em sua relação com as políticas públicas, resultando em um conjunto de processos políticoadministrativos que geralmente seguem o seguinte esquema geral: identificar problemas, 28 montar agenda para deliberação, formular propostas de políticas, legitimar políticas, implementar políticas e avaliar políticas (HEIDEMANN e SALM, 2009). Pela forma aqui apresentada, pode-se perceber claramente a interligação entre os dois primeiros modelos, o institucional e o de processos. Enquanto o primeiro dá legitimidade às instituições na condução das políticas públicas, o segundo descreve e legitima uma série de atividades a serem realizadas, sequencialmente, no processo de planejamento, desde a identificação das demandas da população (em um processo participativo) até a avaliação dos resultados obtidos. Neste modelo cabe a observação que o conteúdo da política não é examinado durante o processo. A ênfase é dada à sequência correta das atividades, pressupondo que a simples observância do que foi estabelecido seja suficiente para alcançar o resultado planejado. Da mesma forma que no modelo anterior, a mudança no processo de formulação das políticas pode não ser suficiente para gerar mudanças no resultado das políticas. É provável que restrições sociais, econômicas, políticas ou tecnológicas afetem mais os resultados. O terceiro modelo sugerido por Heidemann e Salm (2009) introduz na discussão a questão dos grupos de interesses, que são indivíduos com interesses comuns que se unem para fazer reivindicações ao governo. Fazer parte de um grupo confere importância aos indivíduos, uma vez que os grupos organizados têm mais capacidade de pressionar e manobrar a condução das políticas. Dessa forma, o grupo representa o elo entre o indivíduo e o governo, lutando por seus interesses, de modo articulado e programado. No entanto, coexistem no processo político decisório diversos grupos, nas mais variadas áreas, tentando prevalecer seus interesses. Dessa forma, o sistema político tem por obrigação administrar os conflitos entre esses grupos, segundo o autor, mediante: “(1) o estabelecimento das regras do jogo para a luta entre os grupos; (2) a negociação de acordos e o equilíbrio de interesses; (3) a oficialização dos acordos na forma de políticas públicas; (4) o cumprimento efetivo desses acordos” (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 107). De acordo com o modelo de grupo, a política pública resulta do equilíbrio alcançado entre os grupos de interesse, equilíbrio esse determinado pela influência relativa de cada grupo. Dessa forma, a política atenderia aos anseios do grupo que possui mais influência, a qual é determinada pelo seu tamanho, riqueza, poder organizacional, liderança, acesso aos formuladores de decisão e coesão interna. No entanto, essa influência pode ser alterada ao 29 longo do tempo, sendo comum haver alternância de grupos influenciando as políticas e até mesmo alteração das mesmas. Os partidos políticos podem ser exemplos de grupos de interesse quando eles possuem a identidade definida em função de uma causa e balizam suas ações nesse sentido. No entanto, é mais fácil identificar grupos de interesses entre associações de bairro, de classe, sindicatos, etc. O próximo modelo apresentado é o de elite. Nesse caso, não são os grupos de interesse que influenciam a elaboração das políticas e sim as elites dominantes, ou elites governantes. De acordo com esse modelo, as políticas traduzem as preferências das elites, sendo construídas de “cima para baixo” e não se originando da demanda popular. As elites constituem uma pequena porção da população, socioeconomicamente privilegiada, dotada de poder político e interessada na manutenção do sistema, por lhe ser conveniente. Dessa forma, as mudanças originadas por políticas públicas nesse modelo serão mais incrementais que revolucionárias, preservando o sistema e sua posição nele. Heidemann e Salm (2009), no entanto, afirmam que “os valores das elites podem genuinamente considerar o interesse público. [...] O elitismo não significa que as políticas públicas serão contra o bem-estar das massas, mas apenas que a responsabilidade por esse bem-estar repousa sobre os ombros das elites, não das massas”. Além disso, “o elitismo considera as massas profundamente passivas, apáticas e mal informadas”. Talvez seja esse o motivo de as elites se sentirem como condutoras legítimas das políticas públicas. (HEIDEMANN, 2009, p. 110). O modelo racional prioriza as políticas que apresentam os melhores resultados para a sociedade. Na ótica desse modelo, os ganhos sociais devem exceder os custos dos programas, para que sejam consideradas racionais. No caso de priorização, deve ser escolhida a política que produza o maior benefício em relação aos custos. O racionalismo não se preocupa apenas com custos monetários. Ele envolve “o cálculo de todos os valores sociais, políticos e econômicos sacrificados ou alcançados por uma política pública” (HEIDEMANN e SALM, 2009, p.112). Segundo o autor, os formuladores de políticas devem seguir alguns requisitos para selecionar uma política racional: conhecer as preferências valorativas da sociedade e seus respectivos pesos relativos, as propostas disponíveis de políticas e as consequências de cada 30 proposta alternativa. Então, devem-se calcular os quocientes entre benefício/custo de cada proposta e selecionar a proposta política mais eficiente. Para tanto, é necessário conhecer e ponderar as preferências valorativas da sociedade como um todo e não apenas de alguns grupos. Como também é necessário ter informações sobre as propostas alternativas, capacidade preditiva para prever precisamente as consequências das diferentes propostas e conhecimento especializado para calcular corretamente a relação entre custos e benefícios. Finalmente, a formulação racional de políticas necessita de um sistema de tomada de decisão que facilite a racionalidade na formação de políticas (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 112). Enquanto os dois modelos anteriores, Grupo e Elite, orientam a elaboração de uma política pública em função de interesses de grupos de influência ou de elites governantes, o modelo racional apresenta elementos que auxiliam na priorização da política que gera mais ganhos sociais. Neste caso, há uma perfeita identificação com o modelo de desenvolvimento endógeno apresentado anteriormente e que leva em consideração as aspirações e as necessidades da população local. Críticas ao modelo racional fizeram com que o cientista político Charles E. Lindblom formulasse o modelo incremental. Essa crítica teve como base o fato de, segundo o autor, os responsáveis por políticas não analisarem anualmente o conjunto de políticas existentes. Devido a restrições de tempo, informações e custos, toma-se decisão por novas políticas, sem avaliar os reais benefícios gerados pelas atuais, desperdiçando o recurso envolvido em sua execução. O modelo incremental, por sua vez, propõe a continuidade da política pública de governos anteriores, fazendo apenas alterações incrementais (HEIDEMANN e SALM, 2009, p.115). A importância desse modelo está no fato de considerar a avaliação da política uma importante etapa do planejamento. O ato de avaliar as ações executadas e os resultados obtidos pode fazer diferença na condução de um programa de governo. Quando executada “ex-post”, podem-se estabelecer medidas visando corrigir os problemas que ocasionaram o insucesso de uma política, como sugerido pelo modelo incremental. No entanto, a avaliação pode contribuir ainda mais para o processo, quando ela ocorre durante a execução dos programas, permitindo corrigir os erros quase em tempo real e alterando o plano para adaptálo à nova realidade encontrada. Dessa forma, os resultados esperados serão factíveis, uma vez que os responsáveis pela execução da política terão a visão e o controle das ações em andamento. 31 A avaliação das ações executadas permite examinar a política implementada por um Governo: se os resultados alcançados permitiram alterar a situação de uma região, promovendo seu desenvolvimento e melhorando as condições de vida dos seus moradores. Sendo esses os objetivos da execução de uma política pública, através do planejamento das ações governamentais, avaliar uma política nada mais é que medir a diferença entre a situação anterior e a atual, verificando o quanto ela se aproximou da situação desejada. Para Dye (1976), fazer “Análise de Política é descobrir o que os governos fazem, porque fazem e que diferença isto faz”. Para ele, Análise de Política é a descrição e explicação das causas e consequências da ação do governo e tem um papel importante na ampliação do conhecimento da ação do governo e pode ajudar os “fazedores de política” (policy makers) a melhorar a qualidade das políticas públicas (DYE 19, 1976 apud DAGNINO et al., 2002, p.4). A preocupação com o resultado das Políticas Públicas implementadas pelos Governos tem início na década de 60 e, segundo Ham e Hill (1993), originou-se de duas vertentes de interesses: As dificuldades porque passavam os formuladores de política frente à complexidade cada vez maior dos problemas com que se deparavam, fato que os levou paulatinamente a buscar ajuda para construção de alternativas e propostas para soluções; e a atenção de pesquisadores acadêmicos em ciências sociais (ciência política, economia, sociologia) que progressivamente passaram a trabalhar com questões relacionadas às políticas públicas e procuraram construir e aplicar conhecimentos à resolução de problemas concretos do setor público” (HAM e HILL 20, 1993, apud DAGNINO et al., 2002, p.4-5). Pesquisadores acadêmicos, principalmente da área de ciências sociais, procuraram identificar por que algumas políticas não dão resultados e achar respostas para os problemas surgidos em sua implementação. A partir daí, surgiram várias publicações sobre o tema, além de programas, cursos universitários e disciplinas. Nos países avançados, tem início a figura do analista de políticas públicas, usualmente contratado pelas agências de governo, as quais passam a adotar novas práticas, como a análise de custo e benefício, o orçamento por programa e análise de impacto. 19 20 DYE, T.R. The policy analysis. Alabama: The University of Alabama Press, 1976. HAM, Cristopher; HILL Michael. The policy process in the modern capitalist state. Londres, 1993. 32 A partir da década de 70, a avaliação de políticas começa a ocorrer em escala maior, tendo maior receptividade por parte dos governos. Nessa fase, são utilizados métodos quantitativos combinados à análise organizacional. O intuito é ir aprimorando os modelos de análise, a fim de tentar responder as questões pertinentes à execução de políticas públicas. Nos anos 80, foram empregadas no setor público técnicas de administração desenvolvidas no setor privado. A questão central determinante no período foi que a administração pública era considerada ineficiente e o setor privado apresentava resultados. Isso culminou no debate Estado mínimo x mercado máximo, característico do neoliberalismo. A privatização passou a ser considerada como uma solução para a incapacidade do Estado em resolver os problemas sociais. Outra solução seria utilizar o modelo gerencial da iniciativa privada. O setor público vem se beneficiando das experiências em gestão da iniciativa privada, ao adaptar as melhores práticas ao contexto social que caracteriza as ações governamentais. Mas, a dificuldade das necessidades sociais que devem ser atendidas pelos governos dificulta a criação de indicadores precisos e, consequentemente, o estabelecimento de modelos de monitoramento e avaliação. Além disso, como geralmente não há uma prática formal de gestão nas instituições públicas brasileiras, os servidores não possuem a visão global do planejamento, desconhecendo as políticas e os objetivos fixados pela administração. A necessidade de monitoramento constante das políticas deve-se ao fato de o planejamento ser um processo dinâmico, que se modifica durante a execução, por conta das diversas variáveis que contém. Quando um plano modifica seu traçado original, dificulta a obtenção do seu resultado, conforme esperado. Dessa forma, é necessário intervir rapidamente, adaptando as ações conforme a nova realidade se apresenta. No entanto, avaliar não é um processo simples, principalmente quando se trata de projetos sociais. Não há consenso sobre a melhor forma de se acompanhar e medir os impactos que ocorrem com determinada ação, a qual poderá trazer desenvolvimento econômico ou bem-estar da sociedade. A complexidade, a subjetividade, a multiplicidade de atores e o caráter multidisciplinar das atividades sociais dificultam o estabelecimento de parâmetros e modelos, divergindo do que ocorre no mundo empresarial, onde os pressupostos de lucro e disponibilidade de ativos prevalecem. 33 Nos últimos debates envolvendo Políticas Públicas e papel do Estado, a avaliação de resultados tem tomado um novo formato, mais abrangente e mais condizente com a questão “ética da responsabilidade”. A prestação de contas do gestor passa a ser tratada como accountability, palavra inglesa, derivada do latim ad + computare, que significa contar para, contar com. O termo accountability tem grande elasticidade na língua portuguesa, sendo utilizado no sentido de “responsabilidade” e “imputabilidade”. Segundo Etzioni (2009), Os oradores e os escritores que clamam por mais accountability usam, normalmente, o termo em três contextos concretos: para referir-se a mais responsabilidade e sensibilidade; para aludir a uma maior atenção ou consideração para com a “comunidade”; ou para exigir maior compromisso com “valores” (como na expressão “padrões mais elevados de moralidade”, por exemplo (ETZIONI, 2009, p. 287). Apesar de ser tão necessário “à construção, à consolidação e à garantia do regime democrático de governo” (CAMPOS21, 1990, apud HEIDEMANN, 2009, p. 301), o termo accountability é quase desconhecido para o cidadão brasileiro, devido a sua dependência histórica e cultural de regimes de governo autocráticos e até despóticos (HEIDEMANN, 2009, p. 301). A accountability no sentido de “prestação de contas” não deve se limitar a dar respostas formais a grupos ou organizações específicos, dentro de um ambiente burocrático. Em um sentido mais amplo, a administração pública deve ser capaz de atender às demandas da população, administrando as expectativas geradas. Para tanto, é necessário a criação de um sistema de prestação de contas, que englobe todas as ações necessárias para um efetivo controle social. Dentre as ações necessárias, uma das mais relevantes é a capacitação dos conselhos e da sociedade em geral, para que tomem consciência dos seus direitos e deveres como cidadãos e possam cobrar resultados e responsabilização dos gestores públicos. Para a Constituição Federal, controle social é a participação da população na elaboração, implementação e fiscalização das políticas sociais, sendo esse controle assegurado através de vários artigos, como, por exemplo, o artigo 194, inciso VII, que trata da gestão quadripartite da Seguridade Social; o artigo 198, inciso III, que trata da Política de Saúde e da participação da comunidade; o artigo 204, inciso II, que assegura a "participação da 21 CAMPOS, Ana Maria. Accountability: quando poderemos traduzi-la para o português? Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas, v. 24, n. 2, p. 30-51, fev./abr. 1990. 34 população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis"; e o artigo 31, parágrafo 3 que expressa que “as contas dos municípios ficarão, durante sessenta dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhe a legitimidade, nos termos da lei" (BRASIL, 1988). Além da Constituição Federal, outras leis asseguram a participação social, como a Lei Complementar nº. 101/ 2000 (lei de Responsabilidade Fiscal) que trata da gestão fiscal e estabelece em seu Art. 48, parágrafo único que “a transparência será assegurada também mediante incentivo à participação popular e realização de audiências públicas, durante o processo de elaboração e de discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e orçamentos". Nessa mesma direção, a Lei 9394/96 LDB determina a participação das comunidades escolar e local em Conselhos. Assim como a LOAS – Lei Orgânica da Assistência Social (lei n 8.742/93) que determina em seu artigo 5º, inciso II, a “participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis". Para Demo (1996): A garantia do Estado é o cidadão, não o contrário. Não se pode ter um Estado “melhor” do que a sociedade civil que o cria e mantém. Cidadania organizada é o que poderíamos chamar de qualidade política da população (ALVES, 198022; SCHNEIDER, 198223; PAOLI, 198224; GOHN, 198525; SILVA, 198826; PERROT, 198827; REIS, 198828 apud DEMO, 1996, p.37). Dessa forma, o autor entende ser o cidadão o condutor do Estado através da cidadania organizada, evitando que o mesmo tente capturar a cidadania popular, como se fosse seu papel produzir a cidadania, escondendo a estratégia de evitar que a participação popular se volte contra ele mesmo. Todavia, é o Estado quem deve ocupar a posição de instrumentador, sobretudo no sentido de garantir às associações populares acesso à 22 ALVES, V. M. B. Vanguarda operária: elite de classe? Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. SCHNEIDER, L. Marginalidade e delinqüência juvenil. São Paulo: Cortez, 1982. 24 PAOLI, M. C. et al. A violência brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1982. 25 GOHN, M. G. M. A força da periferia – a luta das mulheres por creches em São Paulo. Petrópolis: Vozes, 1985. 26 SILVA, P. N. N. Autoritarismo e impunidade – um perfil do democratismo brasileiro. São Paulo: AlfaÔmega, 1988. 27 PERROT, M. Os excluídos da história – operários, mulheres, prisioneiros. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. 28 REIS, F. W. & O‟DONNELL, G. (org.). A democracia no Brasil – dilemas e perspectivas. São Paulo: Vértice, 1988. 23 35 informação estratégica, à justiça e à segurança, a serviços públicos de qualidade, para o exercício da cidadania; garantir outros serviços públicos adequados, dirigidos a instrumentar o processo de formação da cidadania, em particular educação básica, promoção cultural e acesso à comunicação (DEMO, 1996, p. 38). A sociedade organizada que cria o Estado também gera sua qualidade. Assim, onde não existe sociedade civil organizada, existe massa de manobra, “seja sob a forma de letargia cultivada e mantida seja sob a forma de ditadura opressora. São as manifestações mais drásticas de pobreza política” (LUSTOSA29, 1985 apud DEMO, 1996, p. 38-39). Mesmo que o Estado conduza um processo de planejamento de forma participativa como sugerido acima, é muito difícil avaliar a intensidade qualitativa desses fenômenos. A qualidade formal de uma associação não precisa coincidir com qualidade política. Dessa forma, apesar de existir uma parcela da sociedade civil organizada formalmente e participando do processo de planejamento, É possível que a mesma não funcione como demonstração prática de ocupação de espaço de poder, no sentido da consciência crítica, da capacidade de definir projeto próprio, da competência organizativa influente (DEMO, 198630; 1987a31; OLIVEIRA, 198532; PETRINI, 198433 apud DEMO, 1996, p. 92). A cidadania popular organizada não é obra do Estado ou de sua equipe técnica, mas fruto do amadurecimento da consciência crítica de uma população. Dessa forma, cabe à administração pública fornecer os elementos necessários a sua promoção: colocando a disposição dos movimentos sociais informações estratégicas para o exercício da cidadania, como as formas de associação, formalização e direitos, disponibilização dos orçamentos e prestações de contas dos governos; manutenção de instâncias públicas que garantam os direitos básicos, como tribunais, ouvidorias, etc.; manutenção de serviço público em geral, como educação, saúde, justiça, segurança, etc.; preservação do espaço público de equalização das oportunidades no sentido do acesso a direitos fundamentais (DEMO, 1996, p. 94). 29 LUSTOSA, P. Desburocratização e cidadania – textos para discussão. Brasília: PrND, Presidência da República, 1985. 30 DEMO, P. Precariedades de práticas participativas. In: Cadernos de Estudos Sociais, jul./dez. 1986, pp. 473-483. 31 DEMO, P. Riscos e desafios de processos participativos. In: Cadernos de Estudos Sociais, jan./jun. 1987a, pp. 75-92. 32 OLIVEIRA, C. A. S. Associações de moradores: uma luta pela desprivatização do Estado. In: Rev. Administração Municipal, jul./set. 1985, pp. 30-35 33 PETRINI, J. C. CEBs: um novo sujeito popular. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984. 36 Promover a participação e controle social é fundamental na promoção de um Estado democrático, aquele que favorece seu próprio controle a partir da base. Nessa afirmação temse uma contradição: o Estado cria mecanismos que fiscalizam a sua própria atuação. No entanto, a participação da população nos processos de gestão do Estado é uma exigência da Constituição Federal de 1988, como já foi dito anteriormente. A participação social para Ammann (1978) não se apresenta como presença em apenas um processo de planejamento ou de consulta à população. Para a autora, participação social é um processo que resulta fundamentalmente da ação das camadas sociais em três níveis diferenciados, mas inseparáveis e interdependentes: “a produção de bens e serviços; a gestão da sociedade; o usufruto dos bens e serviços produzidos e geridos nessa sociedade” (AMMANN, 1978, p. 17). A participação não representa um fenômeno insulado e incidental, nem tampouco significa um estado que se registre independente de contingências históricas e de componentes psico-culturais de uma dada população: ela constitui-se num processo dialético, numa prática cotidiana, que obviamente carece de requisitos para sua demarragem e sua consolidação. A intensidade da participação social pode ser ampliada ou reduzida em decorrência de condições propiciadas a nível societal e ainda por razões que se colocam na área da conscientização. Em ambos os níveis, essas condições podem exercer um papel de facilitação ou de bloqueio ao processo participativo (AMMANN, 1978, p. 27). Assim como Demo (1996), Ammann (1978) considera fundamental o nível de conscientização da sociedade para o exercício da cidadania: “a informação, a motivação e a educação para participar agem sobre os indivíduos, tornando-os mais inclinados ou menos inclinados ao processo participativo” (AMMANN, 1978, p. 34). Para que a população participasse efetivamente na produção de bens e serviços, teria que tomar parte “na propriedade dos meios de produção, na organização e controle do trabalho, na geração do produto e na propriedade do produto gerado pelo processo produtivo” (AMMANN, 1978, p. 50). Como os meios de produção representam condições imprescindíveis a todo processo produtivo, há uma separação entre trabalhadores e proprietários Dessa forma, os trabalhadores vão gradativamente perdendo o controle dos meios de produção e participando menos do processo produtivo. Em relação à gestão da sociedade, deve-se questionar: Sse os sistemas político e organizacional garantem e mediatizam a contribuição real das diversas camadas à definição de metas, à elaboração e à execução dos planos. Se existe uma livre circulação de sugestões, de proposições, o direito à crítica e ao protesto, tendo em vista a tomada de decisões, o planejamento e a administração com bases genuinamente democráticas (AMMANN, 1978, p. 52). 37 Por fim, o terceiro nível de participação apresentado pela autora diz respeito ao usufruto dos bens da sociedade, que garante à sociedade o direito aos bens materiais e imateriais, sendo a cidadania considerada o bem fundamental. A cidadania como conceito tem origem na Grécia Antiga, onde significava vivência política na cidade (polis). No início dizia respeito a direitos, mas como apenas alguns grupos tinham acesso a esses direitos (como participar efetivamente das decisões políticas), cidadania se traduzia em privilégios. Ao longo do tempo esse conceito foi se modificando e passou a incorporar os direitos universais, o princípio de igualdade perante a lei e o conceito de nação. Hoje cidadania é a base do Estado Democrático de Direito, expresso no Art. 1º, inciso II, da CF de 1988. Com o propósito de garantir a cidadania preconizada no artigo 1º, são apresentados no artigo 5º os direitos e deveres individuais e coletivos: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: [...] (BRASIL, 1988). No artigo seguinte, são apresentados os direitos sociais: educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, entre outros (BRASIL, 1988). Para Bonavides (1986), a cidadania é a prova de identidade que mostra a relação ou vínculo do indivíduo com o Estado, mediante a qual uma pessoa constitui parte de um povo. O estado de cidadania define a capacidade pública do indivíduo, ou seja, a soma dos direitos políticos e deveres que ele tem perante o Estado (BONAVIDES, 1986, p. 69). Segundo Marshall (1963), a cidadania pressupõe três aspectos: os direitos civis relativos às liberdades individuais; o direito político de votar e ser votado; e os direitos sociais de segurança, bem-estar econômico, educação (MARSHALL, 196334 apud AMMANN, 1978, p. 53). As necessidades básicas dos seres humanas que devam ser atendidas na promoção do desenvolvimento, discutidas anteriormente, aparecem aqui como condição de cidadania. Dessa forma, pode-se afirmar que buscar o desenvolvimento de um país ou região é o primeiro dever do Estado, uma vez que é a cidadania é um fundamento do Estado Brasileiro, assegurado pelo texto constitucional. Os três níveis de participação apresentados por Ammann (1978) configuram a participação popular do tipo direta. No entanto, como quase sempre é negada às classes 34 MARSHALL, T. H. Class, citizenship and social development. New York: Doubleday & Comp. Inc., 1963. 38 populares a participação nesses níveis, criou-se a instância de participação indireta: o associativismo, expresso principalmente pelos grupamentos voluntários. Os grupamentos voluntários assumirão, portanto, significância, na proporção em que funcionem como veículos de participação social. Mediante a associação, as diversas camadas sociais podem partilhar seus problemas e interesses, adquirir poder reivindicatório e indiretamente ter acesso à gestão da sociedade (AMMANN, 1978, p. 57). A autora é enfática ao afirmar que, para que haja participação popular, é necessário que a sociedade atue nos três níveis apresentados anteriormente. Dessa forma, é necessário que a população, além de produzir, possa intervir nos meios de produção, tome parte da gestão da sociedade e usufrua dos bens gerados por ela (AMMANN, 1978, p.62). Continuando a apresentação dos modelos políticos, tem-se o modelo da teoria dos jogos. Tal modelo é muito utilizado pelas ciências econômicas para analisar o comportamento de empresas atuando em oligopólios. Consiste no estudo de como as pessoas se comportam em situações consideradas estratégicas. Nesse caso, as ações tomadas terão repercussão em outras pessoas, tendo que se levar em conta as reações destas. Os “participantes do jogo” têm opções a fazer e devem fazer a escolha mais racional, sendo o resultado dependente das escolhas que cada um faça. No caso de políticas públicas, as escolhas são interdependentes e refletem a conduta de um “jogador”, considerando as expectativas do que os outros farão. Segundo Heidemann e Salm (2009, p.120), A teoria dos jogos é um modelo abstrato e dedutivo de formulação de políticas. Não descreve como as pessoas de fato tomam decisões, mas como procederiam para tomar decisões em situações competitivas se elas fossem inteiramente racionais. Portanto, a teoria dos jogos é uma forma de racionalismo, mas que se aplica a situações competitivas, em que o resultado depende do que dois ou mais participantes façam. A teoria dos jogos não fornece orientações claras para os formuladores de política, não sendo muito utilizada na prática em busca da escolha racional. A sua maior contribuição é servir de instrumento analítico, “oferecendo uma maneira interessante de se pensar claramente sobre as opções de políticas em situações de conflito” (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 120). A teoria dos jogos consiste na aplicação da lógica matemática ao processo de tomada de decisões em jogos e, por extensão, na economia, na política e na guerra – situações caracterizadas, como as dos jogos, por conflito de interesses, informações incompletas e acaso. A teoria demonstra, de maneira geral, que, em jogos de apenas uma pessoa, a estratégia 39 é determinada exclusivamente pelas regras do próprio jogo. Quando houver duas pessoas no jogo, cada jogador leva em consideração as possíveis estratégias do outro. No caso de haver mais de duas pessoas (ou instituições), a análise é mais complexa, tendo que se verificar as inúmeras possibilidades que podem ocorrer devido à ação de cada um (AUGUSTO et al., 1985, p.428). O modelo da opção pública suscita a discussão das ciências econômica e política e gerou os conceitos homo economicus e homo politicus, os quais possuíam motivações diversas. Enquanto o homo economicus procurava maximizar benefícios pessoais, o homo politicus buscava maximizar o bem-estar societário. A teoria da opção pública, no entanto, contesta a versão que os indivíduos agem de maneira diferente no meio político e no mercado. Segundo essa teoria, “os atores políticos – eleitores, contribuintes, candidatos, legisladores, burocratas, grupos de interesse, partidos, burocracias e governos – procuram tornar máximos seus benefícios pessoais tanto no reino da política quanto no ambiente do mercado” (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 121). A essência da teoria da opção pública reside no fato de que o governo deve atuar em áreas nas quais o mercado não tem interesse. Dessa forma, o governo deve prover à população os chamados “bens públicos”, que, segundo Mankiw (2006), “são bens que não são excludentes, nem rivais”. Considera-se um bem não excludente quando é impossível impedir alguém de se beneficiar dele e não rival quando o fato de uma pessoa usufruir desse bem não impede a outra de usufruir da mesma forma. Como exemplos de bens públicos, temos: defesa nacional, segurança pública, pesquisa de base, combate à pobreza. Neste último exemplo, há na literatura divergências entre os economistas sobre qual o papel do governo frente à luta contra a pobreza. Os defensores dos programas de incremento de renda argumentam que o combate à pobreza é um bem público, pois, além de o mercado não ter interesse, não conseguiria resolver o problema por ser amplo demais. Cabe, então, ao Estado atuar nessa frente e, apesar de as ações serem voltadas a um público específico, os resultados serão sentidos por toda a sociedade (MANKIW, 2006, p.225-227). O último modelo apresentado deriva da idéia de sistema político descrita pelo cientista político David Easton, o qual é muito utilizado para analisar as causas e consequências das políticas públicas. Segundo o modelo sistêmico, as políticas públicas são: 40 Respostas de um sistema político às forças que o afetam a partir do meio ambiente. As forças geradas no meio ambiente e que afetam o sistema político são consideradas como inputs, ou entradas. O meio ambiente é qualquer condição externa ao sistema político. O sistema político é o conjunto de estruturas e processos inter-relacionados, que exerce as funções oficiais de alocar valores para a sociedade. Os outputs, ou saídas, do sistema político são as alocações oficiais de valores do sistema; essas alocações, por sua vez, constituem a política pública (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 124). As políticas públicas são um produto do sistema político. As entradas do sistema inputs - têm a forma de demandas da população ou de grupos de interesse, e de apoio, quando a população ratifica as ações tomadas pelos governos, sem participar das mesmas. O sistema recebe as demandas e as transforma em saídas - outputs (políticas públicas), através das instituições responsáveis. Para tanto, pode ser necessário decidir entre demandas conflitantes, fazer acordos, concessões, etc. A noção de sistema implica também em que os elementos do sistema estejam inter-relacionados, no qual podem responder às forças em seu ambiente, e ele o fará para assim se auto preservar (HEIDEMANN e SALM, 2009, p. 125). Os modelos aqui apresentados podem auxiliar no entendimento de algumas questões relativas à formulação e à implementação de políticas públicas. No caso, os papéis e os interesses dos atores sociais, a formação de arranjos institucionais, a influência exercida por alguns grupos na elaboração e na condução da política, entre outras mais. No entanto, exceto o modelo incremental, que se preocupa com a avaliação de políticas anteriores, nenhum modelo prioriza a execução da política em si. A maior contribuição dos modelos é no entendimento da dinâmica do processo político. Outras utilidades são citadas na compreensão e na utilização dos modelos que tentam explicar a vida política: os modelos têm capacidade de ordenar e simplificar a realidade e identificar o que é relevante; condizem com a realidade, comunicam algo significativo, orientam a pesquisa e a investigação e propõem explicações para a política pública adotada. Todavia, é importante ressaltar que um modelo é meramente uma abstração ou uma representação da vida real, em uma tentativa de simplificar e esclarecer o processo político. Um único modelo não consegue abranger as etapas de participação da sociedade, de jogo político, de formulação técnica, de execução e avaliação, que se constituem no processo de planejamento, o qual será tratado a seguir. 41 2. PLANEJAMENTO E GESTÃO Como instrumento de política econômica, o planejamento é relativamente recente, mesmo em países socialistas. Na União Soviética, o primeiro plano quinquenal ocorreu em 1929. Assim sendo o único país antes da guerra que adotava o planejamento de forma sistêmica. Na década de vinte, iniciou-se uma discussão teórica sobre planejamento, sendo julgado desnecessário em países socialistas, por possuírem decisões econômicas centralizadas (MINDLIN, 2001, p. 9). Em relação aos países capitalistas, a autora afirma que o planejamento surgiu pela necessidade de atingir certos objetivos econômicos e sociais. O mercado, com pequena intervenção do Estado, se mostrava incapaz de atingir os resultados desejados pela sociedade. Surgem, então, elementos que encerrariam um longo período com a ausência de planejamento, que se iniciou na Antiguidade, com a Grécia e o Império Romano executando atividades econômicas subordinadas ao comando central, continua na Idade Média, nos séculos XVI e XVII, com a implantação de Estados fortes e governos absolutistas, com plena intervenção do Estado, até os séculos XVIII e XIX, com a construção do sistema laissez-faire, onde o Estado se abstém, deixando para o mercado as decisões econômicas e com a construção prática do socialismo de Estado, mais uma vez com intervenção total deste (ROSSETTI, 1976, p.65-87). 2.1 Planejamento no Brasil Mindlin apresenta, em seu trabalho sobre o planejamento no Brasil, os elementos que foram responsáveis pela introdução do ato de planejar nos governos, encerrando definitivamente a crença no automatismo de mercado e abandonando a teoria do laissez-faire nas decisões econômicas. São eles: a instabilidade do sistema econômico, com crises cíclicas na atividade e desemprego periódico em grau assustador, a nova ênfase no desenvolvimento econômico e luta contra a miséria e a mobilização das economias para a guerra. Isso tudo levou à elaboração de modelos racionais de política econômica, que permitissem dominar as forças econômicas em direção à alocação ótima dos recursos. A partir de então, surgiram novos instrumentos de análise econômica, como modelos econométricos, técnica de matriz 42 insumo-produto, etc., que procuravam prever e atuar sobre a realidade (MINDLIN, 2001, p.12). Cabem neste momento duas observações: o desenvolvimento de um país na década de vinte já começa a ser relacionado com o planejamento econômico; o planejamento faz previsões e busca atuar sobre elas. Assim, Mindlin (2001) afirma que: Todo modelo pressupõe a racionalidade da ação, isto é, que seja possível prever a realidade e, portanto, mudá-la. A previsão é feita através da escolha de variáveis relevantes para explicar a situação. Não há, necessariamente, uma relação determinista entre as variáveis e o fenômeno explicado, mas uma correlação estatística – o conceito de causalidade é probabilístico. Supõe-se que haja regularidade nos fenômenos e que as relações estruturais se repitam, ou seja, supõe-se que os acontecimentos não sejam únicos e a história não se dê ao acaso. As variáveis no modelo explicam sempre uma certa porcentagem do fenômeno – o resto é atribuído a fatores não identificados, ao acaso, ao que não pode ser analisado racionalmente (MINDLIN, 2001, p.26). No Brasil, o planejamento econômico começou a tomar forma a partir de 1940. No entanto, até o ano de 1956, as atividades de planejamento tiveram características de propostas, diagnóstico, racionalização do processo orçamentário ou medidas puramente setoriais. De 1956 a 1961, houve a implantação do Plano de Metas, o qual, segundo Mindlin, pode ser considerado a primeira experiência efetivamente posta em prática de planejamento governamental no Brasil, “pela complexidade de suas formulações – quando comparado com essas tentativas anteriores e pela profundidade de seu impacto” (MINDLIN, 2001, p.30). Para a autora, o processo de planejamento, embora único, pode ser dividido em três fases para análise: “a decisão de planejar, a implementação do plano e o plano em si”. As duas primeiras fases são essencialmente decisões políticas, pois, enquanto a primeira é uma tentativa de alocar recursos e valores através do processo de planejamento, a segunda é uma forma de se aferir quanto da tentativa de alocar recursos e valores se efetivou, verificando a relação entre política e administração. A última fase, porém, o plano em si, é a única que pode ser verificada de forma estritamente técnica. Se existe um documento escrito, este pode ser analisado através de critérios econômicos, onde pode ser testada sua consistência interna e a compatibilidade de seus objetivos. Para Cardoso (2001, p. 163), 43 O planejamento seria a “administração racional”, isto é, o processo de distribuição ótima dos recursos e dos meios tendo em vista objetivos dados. Mas a fixação dos objetivos cairia no campo de decisão política e essa, por ser eminentemente criativa e por decorrer da imposição (embora legitimada) da vontade de uns grupos sobre os outros, de umas classes sobre as outras, estaria ligada à esfera não racionalizada da vida social. [...] Política “racional” ou “planejamento” e política se oporiam, portanto, em princípio. Ainda segundo Cardoso, a decisão de planejar é política, pois, através dos planos, se alocam valores e recursos e se definem as formas pelas quais esses valores serão distribuídos. Passa-se de um modo “tradicional” de definição de prioridades e distribuição de recursos baseados nas esferas de influência (entre os Estados, os Partidos e a Administração) e na continuidade do sistema político através do sistema eleitoral, para um modo “racional” de proceder, onde se elabora o diagnóstico, definem-se os objetivos e os meios a serem empregados, através de procedimentos criados pela equipe técnica. A implementação do plano, no entanto, implica em “políticas”, ao se escolher alguns recursos em detrimento de outros, objetivando alcançar os resultados “econômicos” e reforçar o grupo de apoio. Até mesmo a “decisão administrativa” converge para uma decisão política, quando as normas em vigor são incapazes de resolver uma situação e novos critérios, fora da administração, são propostos para resolver o impasse criado (CARDOSO, 200, p.170 e 171). A decisão política de se utilizar o planejamento para solucionar os problemas brasileiros da época foi motivada por vários fatores. Primeiro, a ampliação política foi elevada nesse período. Considerando o voto como medida de participação política, verifica-se um aumento de percentagem de voto em relação à população total de 4% na República Velha para 17,7% em 1960. Essa ampliação da participação política veio acompanhada de maior mobilização da população urbana, que, em 1950 representava 36,2% da população contra 45,1% em 1960. Por fim, o acréscimo de participação política não foi canalizado através de instituições, pois o sistema partidário brasileiro não apresentou alterações. O que ocorreu foi o aparecimento de relações diretas tipo massa-elite que se exprimiram através do populismo e cuja dinâmica e conteúdo podem ser resumidos segundo Weffort (1968) da seguinte maneira: “por um lado, as novas massas politicamente relevantes outorgavam, através do voto, legitimidade ao regime e à conciliação entre as elites e estas por sua vez se comprometiam a ampliar as oportunidades de emprego, garantindo dessa maneira a legitimidade de seu mando” (WEFFORT35, 1968 apud MINDLIN, 2001, p.31 a 33). 35 WEFFORT, Francisco C. Classes Populares e Política (contribuição ao estudo do populismo). Tese de doutoramento. São Paulo: Universidade de São Paulo, 1968, p. 139. 44 Dessa forma, pode-se dizer que o populismo foi responsável pela decisão de planejar durante esse período, uma vez que sua dinâmica exigia a contínua expansão das oportunidades de emprego como fator primordial da manutenção desse sistema. A partir dessa dinâmica, Kubitschek chegou à conclusão da necessidade de novas medidas para solucionar a crise brasileira. Segundo ele, a crise era de crescimento, sendo necessária uma vigorosa política de industrialização, com vistas para o futuro. Nesse sentido, propôs durante a campanha eleitoral um planejamento setorial que buscaria como fim último a melhoria do nível de vida da população. O planejamento mostra-se, então, como reflexo das características do sistema político da época, pois buscando garantir sua continuidade pela elevação do nível de vida da população, adotava a tradição de conciliação das elites brasileiras. Responsável pela implementação do planejamento em questão, a administração pública brasileira sofre um grande impacto, uma vez que não estava preparada para as exigências da população. Com o objetivo de expandir as oportunidades de emprego, consequência da ampliação da participação política, novas formas de atuação seriam necessárias (MINDLIN, 2001, p. 33 e 34). Rossetti reforça a importância do setor administrativo de um governo nessa empreitada: [...] em sua implementação prática, a Política e a Programação Econômicas são fortemente influenciadas pela estrutura administrativa do setor público, pois a este é que caberá boa parcela da responsabilidade pela execução dos planos estabelecidos. De pouco valerão dos mais perfeitos modelos de atuação econômica, se eles não puderem ser suportados por um correspondente modelo de implementação, construído a partir da correta estruturação do setor público e do organismo responsável pela coordenação geral das atividades enfeixadas no programa (ROSSETI, 1976, p.37). Uma primeira conclusão é apresentada por Mindlin: A ampliação da participação política provocou um dilema que não se resolvia no contexto das premissas existentes e a solução aventada para enfrentar esse dilema foi o planejamento: a decisão de planejar, portanto, resultou da percepção da dinâmica do sistema político (MINDLIN, 2001, p. 34). Uma vez decidido pelo planejamento da economia e definido seu objetivo, melhorar o nível de vida da população, o governo Kubitschek convocou uma equipe de técnicos que tinha participado das tentativas anteriores de planejamento, a fim de transformar esse objetivo em programas de desenvolvimento econômico. Como resultado, tem-se o Plano de Metas, o 45 qual prioriza cinco setores da economia: energia, transportes, alimentação, indústria de base e educação (MINDLIN, 2001, p.35). Cardoso (2001) afirma que, no Brasil, os planos foram definidos por grupos restritos de técnicos e políticos e aprovados pelo sistema político tradicional, apesar de terem sido justificados em nome do desenvolvimento do país e da sua apropriação pela sociedade excluída. Os planos elaborados dessa forma dificilmente se transformam em processos de planejamento efetivo. O primeiro plano que rompeu com essa situação foi o Plano de Metas que introduziu na cúpula governamental um grupo de técnicos e intelectuais, criou um esforço de coordenação de planos, metas e meios propostos para diversos setores da economia nacional e resultou na formação de uma nova burocracia. (CARDOSO, 2001, p.171). O Plano de Metas segue a mesma lógica apresentada por Rossetti (1976): a elaboração de uma política econômica, com definição do objetivo, no caso desenvolvimento, e implementada através de uma programação econômica, o plano em si. O Plano de Metas foi um exemplo bem-sucedido de planejamento, analisando desde sua formulação até a sua implantação. Mindlin (2001) sugere que os problemas desencadeados por esse plano aos governos seguintes ocorreram devido ao seu sucesso. Ora, se o plano de metas obteve os resultados esperados, alterando o modelo econômico em vigor no país, com o modelo de substituição de importações, a estrutura administrativa também vê sua capacidade esgotada. Cabe a esta a mobilização de seus técnicos para gerenciar um novo sistema em funcionamento. Estes, no entanto, encontraram dificuldades para elaborar as ações necessárias à continuidade e à manutenção do plano, devido à pressão de um ambiente de ampliação política não institucionalizada e à própria imaturidade do processo de planejamento. Isso gerou a fragilidade do governo, ao não conseguir traduzir em programas as necessidades da população, explicando “ao menos em parte o colapso do populismo e, também no contexto do novo regime, algumas das dificuldades administrativas do planejamento” (MINDLIN, 2001, p. 50). No final de 1962, surge outra grande experiência brasileira com planejamento, o Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social (1963-1965). O plano foi elaborado por uma equipe liderada por Celso Furtado, com os objetivos de recuperação do ritmo de desenvolvimento observado no período 1957-1961, em torno de 7% ao ano; a contenção progressiva do processo inflacionário; algumas correções na distribuição de rendas, sob o 46 aspecto regional e pessoal; a realização das reformas de base (administrativa, bancária, fiscal e agrária) e o reescalonamento da dívida externa. Apesar de parecer buscar o desenvolvimento econômico e social, expresso no nome, o plano trienal tinha apenas a intenção de efetivar o planejamento econômico no país, podendo ser verificado no texto de apresentação do próprio plano: [...] No planejamento, como na cartografia, o mais prático é iniciar o trabalho com uma escala pequena, capaz de proporcionar facilmente uma visão de conjunto. Esta visão é que permite relacionar os problemas em função de sua complexidade, de forma a que a solução de um venha a facilitar a dos demais. O que se objetiva de imediato com o planejamento, no Brasil, é essa hierarquização de problemas, a fim de criar condições para que, dentro de uns poucos anos, possam ser introduzidas técnicas mais eficazes de coordenação das decisões. Trata-se, portanto, de um esforço de transição, em busca de um conhecimento mais sistemático da realidade econômica e de uma maior eficácia na capacidade de decisão. Alcançados esses objetivos, será então possível dar maior profundidade à ação de planejamento (PLANO TRIENAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL36, 1962 apud MINDLIN, 2001, p. 53 e 54). Celso Furtado, um grande estudioso da economia e do desenvolvimento dos países periféricos (subdesenvolvidos), deixa claro nesse texto a importância de criar no Brasil a lógica do planejamento econômico. Mas, também, reconhece o pouco domínio que se tem em relação ao tema nesse período. Em relação aos resultados obtidos, Mindlin (2001) afirma que o plano fracassou tanto em relação ao incentivo do desenvolvimento econômico, como no combate ao processo inflacionário. No esforço de combater a inflação, o Governo Goulart utilizou os instrumentos de que dispunha (contenção de crédito, aumento de impostos, suspensão de subsídios, contenção salarial) de forma inconsistente. Além disso, não dispunha de um poder coercitivo que permitisse impô-los à sociedade, pois seu equilíbrio no poder era bastante instável. A autora sintetiza as principais causas do insucesso do plano: A premência do tempo, a dificuldade de informações estatísticas detalhadas e de boa qualidade, a deficiência da estrutura governamental para suportar a organização necessária ao planejamento, a falta de experiência, a inexistência de adequados instrumentos de ação, o desconhecimento dos efeitos das políticas executadas, a resistência dos empresários, tudo isso impediu e ainda impede a efetiva implantação do planejamento no País (MINDLIN, 2001, p. 67). 36 Página 16 do documento oficial: Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social – 1963-1965 – Síntese – Presidência da República – dezembro de 1992. 47 Fatores extra econômicos responsáveis pelo êxito da política econômica são apresentados por Rossetti (1976): estrutura administrativa do setor público; estrutura política prevalecente; estrutura e características da ordem jurídica; questões relativas à segurança nacional; painel dos valores sociais e éticos que se encontram na base de qualquer sistema econômico (ROSSETTI, 1976, p. 37). Em relação ao fracasso dos planos, Mindlin (2001) faz suas considerações: O fracasso ou não do planejamento está obviamente ligado à exclusão de variáveis importantes. Assim, raramente os planos incluem variáveis fundamentais, como a organização administrativa e burocrática, o planejamento financeiro e orçamentário, as formas de ligar o plano a sua execução, a influência das instituições vigentes e do quadro político do momento, etc. [....]A principal deficiência dos planos, porém, talvez se deva a fatores em geral não passíveis de inclusão em modelos, ao que Maquiavel atribuiu à fortuna, e costumamos chamar de irracional ou aleatório. A coesão política em torno do plano, a coincidência entre objetivos dos membros da coletividade, a ligação entre a estrutura política e a eficácia do sistema, a consciência da necessidade de mudanças e a vontade de levar à frente um programa, são essas as variáveis que escapam ao controle e à atuação. O que não quer dizer que se deva desistir de agir (MINDLIN, 2001, p. 27). Cardoso (2001, p. 184) reforça um ponto apresentado anteriormente por Mindlin, a questão política, quando afirma: Mas são as questões políticas que marcam as condições de êxito e os limites do planejamento, em situações históricas concretas. Para sua solução os planejadores, como categoria social, pouco podem contribuir. Seu equacionamento adequado dependerá sempre das forças sociais subjacentes ao processo de planejamento e da dinâmica política mais ampla que circunscreve as condições nas quais se dá o planejamento brasileiro. Mas como intelectual e cidadão o planejador não pode eximir-se de colocá-las e mostrar que a falácia do tecnocratismo, quando as desqualifica por não serem “questões técnicas”, não faz mais que encobrir os problemas políticos subjacentes a qualquer planejamento. Ao Plano Trienal não podem ser atribuídos apenas fracassos. Houve uma contribuição importante em relação à efetivação do planejamento no país, conforme texto do documento oficial do plano que previa a hierarquização de problemas, um esforço de transição e um maior conhecimento da realidade criando-se, assim, pré-condições para uma ação de planejamento mais eficiente no futuro. Comparando com planos de governo seguintes, verifica-se quanto o planejamento no Brasil avançou, com um conhecimento muito maior da economia brasileira e da utilização dos instrumentos de política (MINDLIN, 2001, p. 67). 48 Sendo o planejamento um processo contínuo de aprendizado, os dois primeiros planos de governo brasileiros foram responsáveis pelo início e pela efetivação, respectivamente, da arte de planejar no país. Os planos que se seguiram a partir de então tiveram a facilidade de encontrar um sistema em andamento, com sua resistência inicial vencida. No entanto, ainda era pequena a experiência brasileira em relação ao processo de planejamento e o país apresentava como desafios problemas de ordem estrutural que demandavam enorme esforço de programação econômica. No período de 1964 a 1966, tem-se o PAEG – Plano de Ação Econômica do Governo, com os objetivos de acelerar o ritmo de desenvolvimento econômico do País, interrompido a partir de 1962, combater a inflação, atenuar os desníveis econômicos setoriais e regionais, expandir a oferta de empregos e corrigir os déficits no balanço de pagamentos. A ênfase é dada no combate inflacionário, pois se acreditava que não haveria desenvolvimento possível numa economia que sofra um processo de inflação acelerado, com taxa de elevação de preços de 80% no ano de 1963 (MARTONE, 2001, p. 74 e 75). Em relação aos objetivos do plano, Martone (2001) afirma: O objetivo primordial do PAEG foi, sem dúvida, o combate ao processo inflacionário intenso que minava a economia brasileira desde 1959. Embora teoricamente existisse uma preocupação com o desenvolvimento econômico e com a correção de algumas distorções do sistema, na prática esses objetivos perderam significação face à necessidade de por fim à inflação. Essa perda de ênfase do crescimento em favor do combate à inflação se prende a duas ordens de idéia: em primeiro lugar, porque se julgou que a inflação era o mal maior da economia brasileira, ameaçando transformar-se num processo irrefreável de elevação de preços que forçosamente conduziria a economia à falência; em segundo lugar, porque implicitamente se acreditava que a economia havia paralisado devido à inflação e que, tão logo ela cessasse, o ritmo dos investimentos privados seria retomado, impulsionando o sistema novamente. Dentro desse contexto, a política antiinflacionária encontrava sua melhor justificativa como critério de política econômica (MARTONE, 2001, p.80). O PAEG falhou no cumprimento das metas quantitativas tanto em relação à inflação quanto ao desenvolvimento. Uma das possíveis causas para o fracasso seria “a incapacidade do plano em realizar um diagnóstico mais acurado da situação do país. [...] Segundo o plano, a inflação era de demanda e, uma vez que o excesso de demanda fosse cortado, a economia voltaria ao seu ponto de pleno-emprego sem inflação e estaria apta a retomar o nível de investimento necessário”. Apesar das falhas, o PAEG representou uma mudança no enfrentamento da inflação por parte das autoridades governamentais. Pela primeira vez, o problema inflacionário foi encarado seriamente, através de ações planejadas e coordenadas 49 para o seu enfrentamento. Essa é a maior contribuição do Plano de Ação Econômica do Governo ao processo de planejamento do país nesse período: a experiência adquirida pelos técnicos e equipe do Governo no combate ao processo inflacionário, a qual será utilizada nos planos posteriores (MARTONE, 2001, p. 81, 84, 88 e 89). Em junho de 1967, o Governo do Mal. Costa e Silva, empossado em março do mesmo ano, apresenta as diretrizes gerais de política econômica para o seu mandato. Tem-se, então, um novo plano econômico, contendo Objetivos Básicos, Diretrizes Gerais de Política Econômica, Programa Estratégico de Desenvolvimento, Diretrizes Setoriais e Desenvolvimento Regional. O objetivo básico do plano é o desenvolvimento econômico e social do país. Além disso, o plano estabeleceu alguns valores que norteariam a atuação do Governo: fortalecimento da empresa privada; estabilização gradativa do comportamento dos preços; responsabilidade do Governo na consolidação da infraestrutura; expansão das oportunidades de emprego; fortalecimento e ampliação do mercado interno. O objetivo básico se desdobrava em dois objetivos fundamentais da política econômica: a aceleração do desenvolvimento e a contenção da inflação (ALVES; SAYAD, 2001, p. 93). Um ponto fundamental na elaboração de um plano é o diagnóstico da situação encontrada. Neste caso, o plano apresentou um diagnóstico do comportamento da economia brasileira, no período 1964-66, mostrando a situação de crise existente na economia, devido, em grande parte, à política econômica de combate à inflação preconizada (ALVES; SAYAD, 2001, p. 93). O plano apresentou a seguinte metodologia: a partir de uma estratégia, estimaram-se as possíveis metas quantitativas para os próximos anos. Construiu-se, então, um modelo para verificação da compatibilidade entre os diferentes objetivos escolhidos. A partir dos resultados globais obtidos, desdobram-se os objetivos setoriais, os quais originaram os programas setoriais de desenvolvimento (ALVES; SAYAD, 2001, p. 95). O Plano Estratégico de Desenvolvimento –PED- apresentava os elementos essenciais à elaboração de uma política econômica: objetivos, diretrizes, valores e programas. Além disso, a metodologia de desdobramento das diretrizes gerais em programas parecia estar correta. No entanto, “não ficou demonstrado no plano qual o critério de prioridade adotado e, sob o ponto de vista de uma política de desenvolvimento a longo prazo, tendo sido aceito o diagnóstico do „estreitamento relativo‟ do mercado, não é muito compreensível por que o 50 Plano não deixou um lugar de destaque para os investimentos educacionais” (ALVES e SAYAD, 2001, p. 107). Por outro lado, se o PED for considerado como uma estratégia de ação, de prazo menor e objetivos imediatos, e não como um plano de desenvolvimento econômico, as críticas anteriores não fazem sentido. Nesse caso, podem-se considerar os avanços conquistados nessa fase, principalmente em relação à atividade de planejamento no Brasil. Como causas desse avanço têm-se a conclusão pela necessidade de planejamento, pelo menos nas atividades governamentais; a tradição de planejamento governamental já existente; e a estrutura administrativa com experiência em planejamento lotada no Escritório de Pesquisa Econômica Aplicada, que tinha elaborado o plano anterior (ALVES e SAYAD, 2001, p. 107 e 108). Pelo fato de ter definido um horizonte de tempo restrito, o PED teve a vantagem de utilizar “um modelo econômico mais adequado, com um poder analítico maior e a definição mais precisa das metas quantitativas” (ALVES e SAYAD, 2001, p. 108). Por ser um plano de médio prazo, o PED priorizou os aspectos operacionais do planejamento e os problemas relativos a sua execução e implementação. Nesse ponto, surge um elemento novo na trajetória do planejamento no país: a preocupação com o monitoramento da execução dos planos, até então negligenciada. Foi criado “um Sistema de Acompanhamento das medidas propostas, cuja atuação, ainda desconhecida, garante ao Plano uma distinção em relação às experiências anteriores” (ALVES e SAYAD, 2001, p. 108). Em relação à importância da avaliação para consecução dos resultados definidos no planejamento, Mafra (2007) afirma que: Entretanto, não basta a definição de planos, programas e projetos e sua inserção no Orçamento para que se possa obter automaticamente como resultado a solução dos problemas identificados. A gestão eficiente dos gastos públicos pressupõe, ainda, a definição clara de objetivos, metas e indicadores de desempenho para cada um dos programas criados, bem como o seu acompanhamento sistemático, de forma que possam ser realizados ajustes e corrigidos desvios visando ao alcance dos objetivos perseguidos (MAFRA, 2007, p.13). Apesar de o PED ter introduzido no País um Sistema de Acompanhamento do Planejamento, no final da década de 60, Mafra (2007) afirma que ainda hoje não se tem um modelo efetivo de avaliação das ações governamentais: A análise da bibliografia sobre o assunto demonstrou um conjunto de deficiências que não têm permitido o efetivo acompanhamento dos resultados dos programas, entre as quais, podem ser destacadas: a ausência, 51 para grande parte dos programas, de sistemas próprios de acompanhamento desenhados para o monitoramento da implementação; o elevado grau de subjetividade observado nas avaliações realizadas pelos respectivos gerentes; a inexistência de mecanismos que promovam a responsabilização e cobrança pelos resultados; a inadequação e baixa qualidade dos indicadores de desempenho e de metas definidas para os programas e as ações; e a falta de coleta tempestiva de dados sobre o desempenho. Como consequência podese esperar a degradação da qualidade dos serviços prestados, o desperdício dos recursos públicos e a facilitação da corrupção (MAFRA, 2007, p.5). Encerrando a análise do período de 1967 a 1971, pode-se dizer que o Plano Estratégico de Desenvolvimento proposto pelo Mal. Costa e Silva introduziu no país um ponto fundamental para o sucesso do planejamento: o monitoramento e a avaliação das políticas. Além disso, a atividade de monitoramento se interliga com outras atividades não menos importantes e relatadas acima, como accountability, controle social, planejamento participativo, participação social e cidadania. A experiência seguinte de planejamento no Governo Federal analisada é o I Plano Nacional de Desenvolvimento Econômico – PND, implementado no período de 1972 a 1974. Seus objetivos eram: “manter o alto nível global do PIB (Produto Interno Bruto), a continuação do combate à inflação, o equilíbrio da balança de pagamentos e a melhor repartição de renda”. Segundo Kom (1999), instrumentos incluídos nesse plano permitiram a modernização da empresa nacional, do sistema financeiro e do mercado de capitais. Para tanto, foram criados programas específicos, como a Política de Tecnologia Nacional, o Programa Petroquímico, o Programa de Construção Naval, o Programa Básico de Energia Elétrica, a implantação de Corredores de Transportes, o Programa de Comunicações e o de Mineração (KON, 1999, p. 10 e 22). O I PND tinha como estratégia disseminar os resultados do progresso econômico de algumas regiões para todo o país, através do seu efeito multiplicador. No entanto, essa política baseada na modernização da tecnologia tornou a economia dependente de recursos externos, com o consequente endividamento público e privado. Nesse sentido, o Estado subsidiou a formação de capital na indústria, através de isenções ou reduções de tarifas aduaneiras e impostos; e instituiu incentivos fiscais, administrados por órgãos regionais de desenvolvimento visando aos investimentos em regiões menos desenvolvidas. Essas políticas permitiram a retomada do crescimento econômico, com taxas médias anuais de 13% entre 1971 e 1973. Ao mesmo tempo, reformas tributárias e financeiras permitiram a eliminação do déficit do caixa do Tesouro Nacional e um financiamento dos investimentos sem efeitos inflacionários (KON, 1999, p. 22). 52 A indústria rapidamente sentiu o aumento do mercado consumidor interno e das exportações. Em apoio à expansão do mercado interno, o governo implementou uma política expansionista, manifestada pelos investimentos em infraestrutura econômica e social, em transportes, comunicações, energia, urbanização e saneamento básico (KON, 1999, p. 23). Em 1973, houve a ruptura no ciclo de crescimento econômico que o país vinha alcançando. O aumento dos preços internacionais do petróleo desencadeou uma crise internacional, forçando o governo a fazer ajustes estruturais no plano econômico, a fim de absorver o impacto gerado pela crise mundial. Dessa forma, foi elaborado um novo plano complementar ao I PND (KON, 1999, p. 24). O II PND, referente ao período 1975-1979, previa um programa de investimentos para alcançar uma taxa de crescimento média de 10%. Para tanto, o plano oferecia como estratégia a substituição de importações. Sua diretriz primordial era o crescimento econômico acelerado e contínuo, reafirmando o país como potência emergente. Além disso, estabelecia como objetivos adicionais a continuação da política anti-inflacionária, a manutenção do equilíbrio no balanço de pagamentos e a realização de uma política de melhoria na distribuição pessoal e regional da renda (KON, 1999, p. 10). Apesar da crise econômica internacional, surgida com o “choque do petróleo”, os objetivos de crescimento econômico acelerado do plano não foram alterados. Para financiar as ações governamentais, o Brasil teve que recorrer ao capital externo, gerando endividamento. Por outro lado, países desenvolvidos adotaram medidas contracionistas para enfrentar a crise econômica. Com isso, havia nesse período liquidez no mercado financeiro internacional, o que possibilitou o empréstimo de capital estrangeiro e o crescimento do produto no país a taxas elevadas. Os Planos Nacionais de Desenvolvimento ressaltaram a importância do monitoramento da execução do planejamento. Apesar de a crise internacional requerer medidas específicas de enfrentamento, os objetivos iniciais do plano não foram reformulados. Isso fez que as metas definidas não fossem cumpridas e ocasionou o agravamento das contas externas, devido ao grande endividamento, e das tensões inflacionárias. O III PND foi elaborado para o período de 1980-1985, com objetivos diferentes dos planos anteriores, visando ao reequilíbrio das contas cambiais e do balanço de pagamentos e o controle da inflação. Porém suas propostas não chegaram a ser implementadas efetivamente. Com isso, houve redução da atividade econômica no país, queda da produção industrial e aumento da inflação (KON, 1999, p. 27). 53 Os três anos de recessão sofridos, de 1981 a 1983, geraram o atraso tecnológico do Brasil em relação aos países industrializados. Apesar dessa situação de crise, em 1984 o país retoma o ciclo de crescimento, a partir da ocupação dos fatores de produção que se encontravam ociosos, verificando um crescimento de 4,5% naquele ano. No ano seguinte, a retomada da atividade econômica permitiu o pagamento integral dos juros da dívida externa e a maior taxa de crescimento do país. Essa situação foi gerada em parte por fatores exógenos, como a queda dos preços do petróleo e a diminuição das taxas de juros internacionais. Mesmo assim, esses fatores não surtiriam os efeitos verificados na época se não houvesse o esforço do planejamento governamental com uma política expansionista, que gerou: a melhoria do nível de emprego interno, o aumento do déficit público e a remonetização acelerada da moeda. Isso tudo permitiu “a intensificação do nível de utilização da capacidade industrial e a elevação dos salários reais” (KON, 1999, p. 29). Nesse período de reversão da conjuntura recessiva, foi verificada a ausência de uma política industrial vinculada a uma estratégia de desenvolvimento científico e tecnológico a médio e curto prazo. Em face disso, entre 1985 e 1987, estratégias para o desenvolvimento industrial foram formuladas, mas não foram devidamente implantadas (KON, 1999, p. 29 e 30). Esse fato mostra uma carência comum no ciclo de planejamento: programas e projetos são elaborados, dentro de uma metodologia correta, com objetivos a serem alcançados, metas definidas e ações a serem executadas. No entanto, sem o monitoramento adequado, muitos planos são abandonados no decorrer do tempo, na primeira mudança de cenário. Alguns não chegam nem a ter sua implantação iniciada. Ao longo da elaboração e execução dos planos apresentados, pode-se verificar a melhoria nos processos de planejamento e diagnóstico. Mas, a execução, monitoramento e avaliação ainda são o grande problema enfrentado pelos governos. No ano de 1986, duas fases de um mesmo plano foram colocadas em práticas: Plano Cruzado, em fevereiro, e Plano Cruzado 2, em novembro. O objetivo principal de ambos era combater a inflação inercial, através das seguintes medidas: a instituição de um novo padrão monetário, que levava o nome do plano, o congelamento total de preços e tarifas de bens e serviços e a adoção do câmbio fixo. O valor real dos salários foi restabelecido, foi concedido um abono salarial de 8% e implantado o seguro-desemprego. O Plano Cruzado 2 tinha, ainda, como objetivo conter a demanda com medidas de desaceleração do crescimento e elevação da carga tributária indireta, visando a evitar a fuga de divisas e à liberação da taxa de juros. “No entanto, o plano não logrou resolver esses problemas, resultando em uma explosão de preços, 54 que apontou para a perspectiva de um novo patamar inflacionário, superior ao do início dos anos 80, e para um aumento acentuado do déficit público” (KON, 1999, p.31). Em 1987, foi anunciado o Plano Bresser, um plano de estabilização de emergência, onde o congelamento de preços foi mantido. Tinha como objetivo o controle da demanda agregada através da compressão salarial e do ajuste fiscal. “O plano visava diminuir o déficit público por meio da correção prévia dos preços e tarifas públicas, de redução de subsídios e de gastos de capital”. Mas, o crescimento continuado da inflação e o controle das finanças do governo impediram o sucesso do plano (KON, 1999, p. 31 e 32). Em janeiro de 1988, o Plano Maílson foi instituído buscando basicamente a redução do déficit fiscal, conter a hiperinflação e possibilitar a renegociação da dívida externa. As medidas sugeridas pelo plano para contenção fiscal e desenvolvimento regional, como criação de Zonas de Processamento das Exportações (ZPEs), não foram eficientes para atrair o capital estrangeiro e fomentar a atividade econômica no país. (KON, 1999, p. 32). Com a inflação se acelerando, o governo apresentou em janeiro de 1989 o Plano Verão, baseado no congelamento, na reforma monetária e na tentativa de desindexação da economia. Apesar das medidas adotadas, como aumento da taxa de juros, criação da Nota do Tesouro Nacional – NTN e do Bônus do Tesouro Nacional – BTN, em substituição à Obrigação do Tesouro Nacional – OTN- e fixação do câmbio, no segundo semestre do mesmo ano o país se encontrava ameaçado pela hiperinflação. Mais um plano era anunciado para tentar conter a inflação. Em março de 1990, surge o Plano Brasil Novo, composto dos Planos Collor I e II. O primeiro combinava uma reforma monetária profunda, com a recriação do Cruzeiro, prefixação da correção de preços e salários, câmbio flutuante, tributação ampla e pesada sobre aplicações financeiras, enxugamento radical do dinheiro em circulação no país, fechamento de empresas e órgãos públicos e demissão de funcionários. No entanto, a restrição da atividade econômica, subproduto das medidas de ajuste fiscal e monetário, a carência de recursos e o clima de incertezas quanto à condução da política econômica pelo governo bloquearam o avanço de investimentos consideráveis por parte de empresas privadas e estatais (KON, 1999, p. 34). O Plano Collor II, instituído em janeiro de 1991, objetivava conter a inflação. Como medidas, o plano previa o congelamento de preços e salários, a unificação das datas-bases de reajustes salariais, o fim dos BTN e dos BTNF - Bônus do Tesouro Nacional Fiscal, visando desindexar a economia, o fim do overnight e a criação de um fundo de títulos federais e estaduais, a criação da Taxa Referencial de Juros (TR), a aplicação de uma tablita para 55 contratos anteriores ao plano, o aprofundamento do aperto monetário e fiscal e um tarifaço para atualização das tarifas e preços públicos. No entanto, a inflação continuava a subir rapidamente, chegando ao final da gestão presidencial a um valor de 23% ao mês. Além disso, a economia apresentava-se sob uma profunda recessão, com aumento do desemprego, queda dos salários e da massa salarial (KON, 1999, p. 35). Na gestão presidencial seguinte foi priorizada a organização da economia, com o ajuste do setor público através do Plano FHC 1. O plano previa corte de despesas da União, o ajustamento das contas dos estados e municípios, o equilíbrio dos bancos oficiais estaduais e a aceleração do programa de privatizações. Com dificuldades políticas de executar as medidas propostas, o governo apresentou em dezembro de 1993 um Programa de Estabilização Econômica, conhecido como FHC 2, que seria implementado em três etapas. A primeira etapa consistia do ajuste das contas do governo. A segunda fase foi responsável por criar um padrão estável de valor, denominado Unidade Real de Valor (URV), que serviria como moeda confiável para denominação de contratos e obrigações e para referenciar preços e salários. O objetivo da introdução da URV seria romper a inércia inflacionária, cortando o vínculo com a inflação passada e reduzindo as incertezas e expectativas quanto à inflação futura, desde que este indexador refletiria na inflação presente (KON, 1999, p. 35 e 36). Na terceira fase do programa, esse novo padrão de valor foi transformado em uma nova moeda nacional de poder aquisitivo estável: o Real. Com isso, a moeda nacional passa a ter capacidade de servir como meio de pagamento e substituir, como reserva de valor, as várias formas de moeda remunerada existentes (KON, 1999, p. 36). O Plano Real, de todos os planos avaliados, é o que reúne as melhores experiências nas análises macroeconômicas das políticas públicas. Tinha como premissa a estabilização econômica e, a partir de sua implementação, grandes transformações ocorreram na condução da política econômica pelo governo (KON, 1999, p. 11 e 12). O sucesso do plano teve como bases a valorização cambial e a prática de juros elevados. A redução da inflação expandiu o consumo nos dois primeiros anos do plano, tendo que ser contido em 1995 com medidas de restrição de crédito para reduzir a atividade e evitar um impacto maior no déficit da balança comercial. Ainda em 1995, “o governo reconheceu a sobrevalorização cambial e adotou, corretamente, um processo de desvalorização gradual da taxa de câmbio” (LACERDA, 1999, p. 221). A iniciativa de estabilização econômica, porém, resultou de um acordo de ajuste fiscal entre os países em desenvolvimento e instituições financeiras situadas em Washington, Estados Unidos, como o Fundo Monetário Internacional – FMI, o Banco Mundial e o 56 Departamento do Tesouro dos Estados Unidos. O compromisso foi selado em um documento intitulado Consenso de Washington, em 1989, que previa dez regras básicas de ajustamento macroeconômico para os países em desenvolvimento que passavam por dificuldades. As medidas de ajuste fiscal foram colocadas em prática no Brasil a partir do governo Fernando Henrique Cardoso e se mostraram eficientes para promover o ajuste das contas públicas e o controle da inflação. A formulação inicial do documento é do economista John Williamson, do Internacional Institute for Economy e tinha como propósito formatar um conjunto de recomendações de políticas econômicas que estavam sendo cogitadas pelas instituições financeiras baseadas em WASHINGTON e que deveriam ser aplicadas nos países da América Latina. A partir de então, o termo “Consenso de Washington” vem sendo utilizado para designar todas as medidas de políticas neoliberais utilizadas nos países e com as quais nem Williamson concorda. Uma medida recorrente e se traduz na essência da política neoliberal, de acordo com o autor, é o Estado Mínimo, que tira do Estado a função de prover bem-estar social e distribuição de renda (WILLIAMSON, 2002). As dez regras básicas do consenso são: disciplina fiscal, redução dos gastos públicos, reforma tributária, juros de mercado, câmbio de mercado, abertura comercial, investimento estrangeiro direto, com eliminação de restrições, privatização das estatais, desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas) e direito à propriedade intelectual (WASHIGTON CONSENSUS, 2003). Apesar de terem promovidos a estabilização da economia, as práticas neoliberais são ineficientes para promover o desenvolvimento. Apresentado como fórmula de modernização, o modelo de economia de mercado preconizado no consenso de Washington constitui, na realidade, uma receita de regressão a um padrão econômico pré-industrial caracterizado por empresas de pequeno porte e fornecedoras de produtos mais ou menos homogêneos. O modelo é o proposto por Adam Smith e referendado com ligeiros retoques por David Ricardo faz dois séculos. (...). O modelo ortodoxo de laissez-faire, de redução do Estado à função estrita de manutenção da „lei e da ordem‟ – da santidade dos contratos e da propriedade privada dos meios de produção – poderia ser válido no mundo de Adam Smith e David Ricardo, em mercados atomizados de pequenas e médias empresas gerenciadas por seus proprietários e operando em condições de competição mais ou menos perfeita; universo em que a mãode-obra era vista como uma mercadoria, a ser engajada e remunerada exclusivamente segundo as forças da oferta e da demanda; uma receita, portanto, de há muito superada e que pouco tem a ver com os modelos modernos de livre empresa que se praticam, ainda que de formas bem diferenciadas, no Primeiro Mundo (BATISTA, 1995, p. 119-120). 57 Jomo Sundaram, secretário-geral adjunto da ONU para o Desenvolvimento Econômico, e Jacques Baudot, economista especializado em temas de globalização, publicaram em 2007 o livro “Flat World, Big Gaps” (um mundo plano, grandes disparidades), que avalia os anos em que as "receitas neoliberais" vêm sendo aplicadas por um grande número de países e os resultados obtidos pelos mesmos. Nesse livro seus autores concluem que: "A globalização e liberalização, como motores do crescimento econômico e o desenvolvimento dos países, não reduziram as desigualdades e a pobreza nas últimas décadas" (SUNDARAM; BAUDOT, 2007, apud FRIAS, 2009, p.24-25). Na segunda parte, o livro analisa as tendências das desigualdades econômicas que vêm ocorrendo em várias partes do mundo, inclusive na OECD, nos Estados Unidos, na América Latina, no Oriente Médio e norte da África, na África sub-saariana, Índia e China. Pode-se constatar que as políticas liberais adotadas não melhoraram a distribuição de renda, pelo contrário: A desigualdade na renda per capita aumentou em vários países da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) durante essas duas décadas, o que sugere que a desregulação dos mercados teve como resultado uma maior concentração do poder econômico ((SUNDARAM; BAUDOT, 2007, apud FRIAS, 2009, p.24-25). Até mesmo a liberalização do fluxo de capitais financeiros internacionais, que era apontada como uma maneira segura de fazer os capitais jorrarem dos países ricos para irem irrigar as economias dos países pobres, deles sedentos, funcionou exatamente ao contrário. "Houve uma tremenda liberalização financeira e se pensava que o fluxo de capital iria dos países ricos aos pobres, mas ocorreu o contrário", anotou Sundaram. Analisando as cinco décadas de experiências em planejamento, desde o Plano de Metas do governo Kubitschek até o Plano Real do governo Fernando Henrique Cardoso, conclui-se que o planejamento no Brasil sempre esteve condicionado às condições políticas. O período foi marcado por fortes instabilidades e situações conjunturais que levaram a uma intensa participação estatal (KON, 1999, p. 37). Outro ponto importante a ser relatado é a dificuldade de execução dos planos de acordo com a proposta inicial. Essa incapacidade pode ter sido devido às dificuldades técnicas, como falta de qualificação dos recursos humanos, insuficiência de infraestrutura e ou de controle efetivo, que sobrepujaram a insuficiência de recursos financeiros ou a instabilidade política crônica. Em relação a esse ponto, a autora faz a seguinte consideração: O planejamento governamental deve ser entendido como um processo contínuo, que envolve desde a elaboração de um plano até sua implementação, controle e ajustamentos. Nesse sentido, a consistência dos 58 objetivos formulados está diretamente relacionada à verificação não apenas da consistência global do plano, mas também da capacidade de execução efetiva das políticas públicas previstas, sem desvios consideráveis dos objetivos iniciais (KON, 1999, p.37). Os planos postos em prática a partir da década de 80 tiveram a preocupação com a estabilização econômica, com ações específicas e de curto prazo. Dessa forma, não apresentaram a abrangência e globalidade necessárias para um plano de desenvolvimento (KON, 1999, p. 38). A partir da introdução do Real em 1994, os altos juros e a taxa de câmbio estáveis mantiveram a inflação em patamares baixos. A estabilização de preços e uma série de mudanças estruturais no período melhoraram as condições em busca do desenvolvimento econômico (KON, 1999, p. 38). No entanto, a sustentabilidade do Plano Real e a retomada do crescimento econômico dependem de reformas mais profundas, de âmbito estrutural, envolvendo as áreas fiscaltributária, patrimonial, financeira e administrativa (LACERDA, 1999, p. 222). 2.2 Instrumentos de planejamento Em 1988, com a promulgação da Constituição Federal, surge a figura de novos instrumentos de planejamento: o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a lei orçamentária anual, estabelecidos por leis de iniciativa do Poder Executivo. Art. 165. § 1º A lei que versará sobre o plano plurianual deverá conter, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de capital e outras dela decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (BRASIL, 2001). A Constituição brasileira teve a intenção de fazer a integração do planejamento com o orçamento, ao criar as três leis citadas acima. Com isso, pretendia acabar com a distorção do que é planejado com o que é executado. Além disso, oficializou o planejamento no país, ao criar para os governos a obrigação de elaborar planos e programas regionais e setoriais. O primeiro Plano Plurianual – PPA elaborado pelo governo federal refere-se a um período de cinco anos, de 1991 a 1995, no Governo do Presidente Fernando Collor de Melo. A inflação acelerada no período tornava inviável o planejamento de médio e longo prazos. Dessa forma, o PPA não teve o caráter de um plano, mas sim de consolidação de orçamentos, expressando a programação das iniciativas governamentais, sem a característica de plano de desenvolvimento (MAFRA, 2007, p.32). 59 Em seguida, o segundo PPA, elaborado no primeiro mandato do Presidente Fernando Henrique, alcançava o período de quatro anos, de 1996 a 1999. Trazia as estratégias, as diretrizes em linhas gerais e os objetivos do plano. No entanto, não apresentava os valores financeiros necessários a sua execução. A novidade nesse PPA foi a concepção de eixos nacionais de desenvolvimento, que integravam: Uma estratégia de desenvolvimento que possibilitasse a redução dos desequilíbrios regionais e sociais do país, levando em conta a sua geografia econômica e o fluxo dos bens e serviços. As ações consideradas estratégicas foram agrupadas no Plano “Brasil em Ação” e passaram a ser implantadas em regime de gerenciamento intensivo (MAFRA, 2007, p. 32). A lei que aprovou o PPA para esse período determinou a elaboração de um relatório de acompanhamento do plano. No entanto, o relatório do ano de 1997 foi mais descritivo do que analítico, sem uma consolidação de dados em indicadores de desempenho. Alguns dos problemas enfrentados foram a incompatibilidade entre o PPA e o OGU e a ausência de parâmetros que permitissem a avaliação de desempenho do governo sobre o real alcance das metas. Com o objetivo de resolver o problema de avaliação do plano anterior, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão – MPOG definiu uma nova estratégia e foram selecionados 42 projetos do PPA para integrarem o Programa “Brasil em Ação”. Esses projetos integraram um sistema de acompanhamento e gerenciamento, com os objetivos de orientar o processo orçamentário, sinalizando prioridades; detectar problemas de implementação e introduzir correções; e criar base de dados de informação para atrair investidores e facilitar parcerias público-privadas. Os projetos selecionados identificavam objetivos, metas físicas e financeiras, localização, executores, fontes de financiamento e cronogramas de execução. Para cada projeto foi designado um gerente, tendo sido disponibilizado um sistema informatizado para gerentes e executores atualizarem o planejamento inicial, acompanharem e avaliarem a execução do projeto, elaborarem relatórios, anteciparem problemas e proporem medidas para superação de dificuldades. O “Brasil em Ação” serviu como projeto-piloto para o PPA 2000-2003, denominado “Avança Brasil”, o qual estendeu o controle gerencial para todos os programas do governo federal. Para a elaboração desses programas, o MPOG e o IPEA fizeram inúmeras discussões técnicas. Além disso, para subsidiar a elaboração do novo plano, foi contratado um estudo denominado “Eixos Nacionais de Integração e Desenvolvimento”, realizado por um consórcio 60 internacional de empresas, visando identificar investimentos estratégicos para o desenvolvimento do país. Como inovações metodológicas do “Avança Brasil”, podemos citar: utilização das Diretrizes Estratégicas da Presidência da República como referência para elaboração dos programas dos ministérios; integração do plano como o OGU; organização de todas as ações governamentais em programas, que passaram a ser a unidade de gestão; estruturação dos programas com objetivos, público-alvo, valores, prazos, metas físicas e indicadores definidos, com vistas ao acompanhamento e avaliação; adoção de um modelo de gerenciamento moderno, visando à obtenção de resultados; indicação de um gerente para cada programa; introdução da avaliação anual dos resultados alcançados por cada programa. Apesar de erros na formulação dos programas e no processo implantado, o PPA 2000-2003 criou a cultura do monitoramento e avaliação, sendo um passo importante para a incorporação dessas práticas nos processos de tomada de decisão, melhoria da gestão e aprendizagem organizacional. A temporalidade dos planos plurianuais não coincide com os mandatos presidenciais. Os três primeiros anos do “Avança Brasil” foram executados no segundo mandado do Presidente Fernando Henrique e o último ano no Governo do Presidente Luís Inácio Lula da Silva. Essa lógica tem por objetivo permitir a continuidade dos programas, sendo que, no primeiro ano de governo, o Presidente tem por obrigação executar um orçamento aprovado, pertencente ao planejamento do governo anterior. Além disso, tem a oportunidade de se familiarizar com o cenário político e econômico do país, com os programas em execução e com a equipe técnica para, só então, elaborar um novo plano plurianual para os próximos quatro anos. Dessa forma, em 2003, executando o último ano do plano plurianual do governo Fernando Henrique, o governo Lula elaborou o Plano Plurianual para o período de 2004 a 2007. O Plano recebeu a denominação “Um Brasil de Todos” e foi realizado de forma participativa, através de consultas públicas a representantes da sociedade civil e das três esferas de governo. Teve sua estrutura organizada em programas e ações, “consolidando o modelo de gestão do PPA iniciado no governo anterior” (MAFRA, 2007, p.36). O atual modelo de gestão do governo brasileiro foi concebido dentro de um modelo gerencial, direcionado para a obtenção de resultados. No modelo existem objetivos e responsabilidade claramente definidos e a mensuração dos processos, dos produtos, dos custos, dos prazos e do nível de satisfação da população beneficiada. Os sistemas de informações devem conter informações que permitam avaliar o desempenho, o alcance das 61 metas, o grau de satisfação da sociedade e os resultados globais dos programas (BRASIL 37 , 2005, apud MAFRA, 2007, p. 44). De acordo com esse modelo de gestão, o PPA 2004-2007 está organizado na estratégia de desenvolvimento, que se desdobra em cinco dimensões e em três megaobjetivos, decompostos em trinta desafios, enfrentados por 374 programas (MAFRA, 2007, p. 37). Para elaboração do PPA, o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão MPOG publicou o “Manual de elaboração de programas”, o qual estabelece que a configuração de um programa realiza-se pela união de atributos previamente definidos, listados a seguir: órgão responsável; unidade responsável; denominação; problema; objetivo do programa; público-alvo; justificativa; objetivo setorial associado; desafio associado; tipo de programa; horizonte temporal; estratégia de implementação do programa; valor anual do programa; indicador; e ação. Os programas são desdobrados em ações orçamentárias. Segundo o manual do Ministério, “a ação é uma operação da qual resulta um produto (bem ou serviço) ofertado à sociedade ou que contribui para atender ao objetivo do programa”. Os atributos das ações orçamentárias são: órgão ou unidade orçamentária; função; sub função; título; finalidade; descrição; produto; unidade de medida; especificação do produto; tipo de ação; tipo de orçamento; forma de implementação; tipo de inclusão da ação; base legal; unidade responsável; localização do gasto; custo total estimado do projeto; duração do projeto; meta física; cumulatividade da meta física; e dados financeiros (BRASIL20, 2005, apud MAFRA, 2007, p. 38). 2.3 Gestão pública voltada para resultados A gestão pública voltada para resultados é uma estrutura conceitual que reflete uma mudança fundamental nas culturas da gestão onde a ênfase nos meios é substituída pela ênfase nos fins, possibilitando gerar benefícios junto à população. É um modelo de gestão baseado na realidade, orientado para resultados, transparente e responsável. A estrutura proposta visa reduzir custos para a população; ser eficiente e eficaz na execução das políticas 37 BRASIL, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Manual de elaboração de programas: Plano Plurianual 2004 – 2007: Exercício 2006. Brasília, [2005]. Disponível em: <http://www.sigplan.gov.br/arquivos/download/manuais/manualelaboracaoprogramas2005.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2007. p. 15. 62 públicas; comprometer o Estado com os cidadãos; satisfazer as necessidades da sociedade; e avaliar continuamente as ações do governo. O modelo de gestão para resultado tem como características principais agilidade, dinâmica, flexibilidade, controle a posteriori, transparência e responsabilização. Dialoga continuamente com o cidadão, utiliza intensamente as tecnologias de informática e da comunicação e os procedimentos de avaliação. Como inovações do modelo, pode-se citar o fato de trabalhar em redes, estimulando parcerias não apenas dentro do setor público, como também com o setor privado e o terceiro setor para articular ações, maximizar recursos e ter maior legitimidade. 2.4 Modelo de gestão do estado de Mato Grosso Seguindo a mesma lógica do governo federal, o Estado de Mato Grosso criou um novo modelo de gestão, com o objetivo de obter resultados na administração pública. As ações de alteração tiveram início com a Lei n º 6.695, de 19/12/95, que autorizou o estado a aderir ao Programa de Apoio à Reestruturação e ao Ajuste Fiscal dos Estados. Por meio do Decreto nº 752, de 22/01/96, criou-se o Programa de Reforma do Estado de Mato Grosso. Este Programa tinha como objetivos fundamentais concentrar a atuação do Estado em suas atribuições típicas, absorver na Administração Direta as entidades da Administração Indireta que não disponham de recursos próprios para se auto sustentar (ressalvadas as de caráter social, assistencial e educacional), reverter aos municípios as atividades e serviços de sua competência constitucional, promover ações articuladoras para o desenvolvimento do estado e eliminar gradualmente o déficit público, assegurando o equilíbrio econômico-financeiro. Para dar continuidade ao Programa de Reforma, foi constituído em 20/03/2000, pela Resolução nº 002/2000 do Conselho Diretor, um Grupo de Trabalho, com a missão de avaliar a execução da Reforma Administrativa de Mato Grosso e propor um modelo de gestão voltado para resultados e legislação pertinente. A base desse modelo é a administração gerencial, voltada para resultados, com fixação de diretrizes, objetivos, metas e prazos a serem cumpridos. A partir da implantação do modelo, conceitos como qualidade, produtividade e responsabilização são incorporados pela administração pública do Estado. Os principais objetivos do modelo eram reorganizar o estado nos moldes vigentes do neoliberalismo e visavam: reduzir custos; equilibrar as contas públicas; aumentar a transparência e a articulação com a sociedade; atender bem o cidadão; trabalhar com definição 63 de prioridades e cobrança de resultados; introduzir entre os servidores públicos a cultura da qualidade, produtividade, trabalho por resultados e responsabilidade; superar modelos burocráticos; incorporar técnicas gerenciais; descentralizar a administração pública, transferindo recursos e competências para órgãos, municípios e servidores; redefinir as funções do Estado. O Modelo de Gestão entende o planejamento como um processo, reconhecendo que a atividade de planejamento não se esgota na concepção de um plano, de um programa, ou de um projeto. Esses mecanismos seriam meios de estruturar ações voltadas para os objetivos que podem ser melhores geridos e controlados. Para tanto, o modelo é composto pelas etapas de planejamento, execução, avaliação e ação corretiva, sendo representadas no método de gerenciamento do PDCA como: Planejar (Plan), Executar (DO), Avaliar (CHECK) e Ação Corretiva (ACTION). A fase de planejamento desse modelo de gestão incorpora os instrumentos legais previstos na CF de 1988: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual. Integra, ainda, o modelo o Plano de Trabalho anual, que tem por objetivo detalhar as ações que compõe o PPA, tornando-o mais operacional. No gerenciamento do plano são identificadas responsabilidades nos níveis estratégico, tático e operacional. No nível estratégico são estabelecidos os objetivos estratégicos e as estratégias para atingi-los. A partir das estratégias são definidos os programas com seus respectivos objetivos, esse desdobramento acontece no nível tático. Os programas são desdobrados em projetos e atividades, atingindo o nível operacional (MATO GROSSO, 2003b). O fim maior desse sistema de planejamento é o resultado ofertado à sociedade visando à satisfação do cliente-cidadão. Portanto, toda ação do Estado deverá estar centrada na solução de problemas que atingem diretamente a sociedade e naqueles que comprometem a atuação do Estado, enquanto gestor dos bens públicos. 2.5 Plano Plurianual O Plano Plurianual – PPA - é o instrumento para planejar as ações de governo de caráter mais estratégico, político e de longo prazo. É este instrumento que evidencia o programa de trabalho do governo e no qual se enfatizam as políticas, as diretrizes e as ações programadas no longo prazo e os respectivos objetivos a serem alcançados. Esses objetivos 64 são definidos inicialmente a partir do plano de governo do candidato, discutidos com a sociedade durante o período de campanha eleitoral e, a partir da posse do candidato eleito, inicia-se todo um processo de transformação desses objetivos e intenções em programas de governo, traduzidos na linguagem do Plano Plurianual. A Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal estabelecem em suas disposições a integração da Lei de Diretrizes Orçamentárias e Lei Orçamentária Anual, sendo que o PPA orienta as funções programáticas e fortalece o conteúdo desses instrumentos. A Constituição Federal prevê que: “Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: o plano Plurianual; as diretrizes orçamentárias; os orçamentos anuais” (BRASIL, 2001, art. 165). A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101 de 04/05/2000) cria vínculos específicos de integração entre o plano plurianual e as leis de diretrizes orçamentárias e de orçamentos anuais nos artigos 5º e 16, assim especificados: Art. 5º. “O projeto de lei orçamentária anual, elaborado de forma compatível com o plano plurianual, com a lei de diretrizes orçamentárias e com as normas desta Lei Complementar:”; Art. 16. “A criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de: [...] II – declaração do ordenador da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.” Muito mais do que um documento formal de planejamento no qual os administradores públicos devem cumprir as obrigações e prazos legais, o PPA constitui um poderoso instrumento de gestão que evidencia as intenções do Governo pelos próximos quatro anos e os recursos necessários para transformar essas intenções em benefícios diretos à sociedade. Para que essas ações ultrapassem o plano das intenções, algumas condições devem ser criadas, como por exemplo: Participação das secretarias na elaboração dos programas, sob coordenação da Secretaria de Planejamento, de modo a garantir que o PPA seja um produto de governo e não de determinada Secretaria; Comparabilidade entre os programas e os objetivos estratégicos de Governo; Objetivos coerentes com a capacidade e disponibilidade de recursos administrativos e financeiros; Organização de programas, com pessoas, ações e estruturas, objetivando solução de um problema ou ao atendimento de uma demanda da sociedade; Atualização do PPA a partir da avaliação anual dos programas, bem como de suas contribuições para o alcance dos objetivos estratégicos de governo; Estimulação de parcerias com outras esferas de Governo e iniciativa privada; Maior transparência aos recursos públicos 65 e aos resultados obtidos; Permitir a avaliação do desempenho dos programas em relação às metas de resultado especificadas no Plano (MATO GROSSO, 2003b). Assim sendo, o PPA é um instrumento que permeia os diversos setores da administração pública estadual, quando de sua elaboração e revisões necessárias. O objetivo do PPA é executar ações de governo de modo a gerar o máximo de resultados positivos para a sociedade a partir da execução dos programas previstos. A elaboração do plano plurianual 2004-2007 seguiu uma metodologia proposta pela Seplan-MT. O ponto de partida teve como pressuposto um documento amplamente aceito pela população através da eleição de 2002 ao Governo do Estado. As premissas do seu plano de governo eram crescimento econômico e inclusão com ajuste social. Para atuar nessas duas dimensões, econômica e social, a equipe de campanha desenhou quatro eixos temáticos: Inclusão Social; Modernização da Produção e do Mercado; Infraestrutura e Desenvolvimento Regional; Revitalização do Estado, os quais foram integrados com mais dois eixos definidos posteriormente pela Seplan: Valorização dos Recursos Naturais e Fontes de Financiamento. A exigência legal, conforme artigo 165 da Constituição Federal, de transformar planos de governo em plano plurianual permitiu definir as prioridades e estratégias para um período de quatro anos. Para que este plano se tornasse um instrumento de gestão governamental e não apenas uma peça legal, três elementos foram fundamentais no processo: a mobilização de capacidade técnica; a mobilização de compromisso político dos dirigentes e a participação de segmentos da sociedade. A capacidade técnica foi necessária no desenho dos cenários da realidade socioeconômica e ambiental, no desenho dos programas e na elaboração dos sistemas de acompanhamento e avaliação dos programas. O compromisso político deveria indicar os rumos, as prioridades de governo e assumir a liderança pelo cumprimento dos objetivos e estratégias de governo. Por último, a participação da sociedade se deu na discussão nos fóruns regionais e nas audiências públicas realizadas em conjunto com o Poder Legislativo (MATO GROSSO, 2003b). Para elaboração do plano, foram definidas as fases: Preparação para Elaboração do PPA; Orientação Estratégica de Governo para Elaboração do PPA; Valorização Regional; Elaboração dos Programas de Governo; Consolidação e Validação da versão final do PPA junto ao nível estratégico; Acompanhamento do Processo de Aprovação do PPA junto ao Legislativo. 66 Após definidas as estratégias com a equipe técnica da Seplan e o nível estratégico do governo, formado pelos Secretários e seus Assessores, foram realizados os fóruns regionais em 12 regiões do Estado. O objetivo era promover amplo debate com a sociedade matogrossense, de forma regionalizada, aproximando o governo das organizações da sociedade civil e das instituições públicas, com vistas a compartilhar as definições estratégicas do governo e suas opções prioritárias para os quatro anos seguintes (MATO GROSSO, 2003b). Costa e Cunha (2002) ressaltam a importância da forma regionalizada e participativa do planejamento: O planejamento estratégico do desenvolvimento, entendido como atividade contínua, sistemática e permanente, deve ser participativo e ascendente, regionalizado, descentralizado e integrado. Torna-se vital para o sucesso de suas ações a participação de todos os grupos sociais mais significativos no processo de planejamento, de modo a facilitar a integração de iniciativas existentes e melhor atingir os objetivos da comunidade. A participação deve ocorrer de forma ordenada e organizada, para que a soma dos esforços resulte no melhor aproveitamento dos recursos disponíveis. Além disso, a diversidade de características dentro de uma mesma região ou município exige um planejamento que leve em conta essas peculiaridades e o conhecimento aprofundado das demandas localizadas. O planejamento descentralizado, por sua vez, é a forma mais adequada para sintonizar os planos de ações com as demandas da sociedade e ao mesmo tempo, aproximar as decisões das ações e do controle social dos interessados (COSTA e CUNHA, 2002, p. 5). Nos fóruns regionais de desenvolvimento participaram 3.056 representantes de 682 entidades: universidades públicas e privadas, organizações não governamentais, federações, sindicatos, associações, cooperativas, conselhos, Igrejas, clubes de serviços, partidos políticos, ministério público, além dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. As discussões foram divididas em três segmentos: ambiental, econômico e social. Para cada um desses segmentos, foi criado um Comitê Inter setorial que contou com a coordenação e com o suporte metodológico da equipe da Seplan. No Comitê também participaram técnicos de planejamento e das áreas programáticas das demais secretarias, que possuíam afinidade com os temas. “Os Comitês mobilizaram os agentes públicos, criaram espaços inter setoriais de discussão e buscaram soluções conjuntas para minimizar as ações em duplicidade, o desperdício de recursos e a visão fragmentada de governo” (MATO GROSSO, 2003a, p.11). Em busca de assegurar maior eficácia às ações contidas no PPA, LDO e LOA, o Estado de Mato Grosso implementou no PPA 2004-2007 mudanças nos processos de planejamento e gestão das políticas públicas. Os programas de governo passaram a ser 67 organizados como unidades básicas de gerenciamento das ações integrantes do Plano Plurianual e das Leis Orçamentárias Anuais. A concepção introduzida incorporava as inovações introduzidas pelas Portarias nº 42/99 e 117/98 (MPOG) e pelo Decreto 2829/98 do Governo Federal, compatibilizando o planejamento estadual com as práticas e metodologias que estão se desenvolvendo no país a partir da experiência federal (MATO GROSSO, 2003a, p. 12). A organização da ação governamental em programas vem sendo executada desde os anos 60 no Brasil. A inovação feita pelo Estado durante a elaboração desse plano plurianual consiste na forma de construção dos programas, fazendo com que ele deixe de conter ações que não estejam em sintonia com os problemas que os gerou. Além disso, é designado um responsável pelo programa e garantido fluxos de recursos para ações prioritárias. Tais medidas possibilitam condições mínimas de gerenciamento e êxito da ação programática (MATO GROSSO, 2003a, p.12). Os programas são responsáveis pela materialização da política pública e se fundamentam em problemas e demandas da sociedade. Dessa forma, os programas são elaborados para resolver um problema ou atender uma demanda. Pode ainda ser elaborado para aproveitar uma oportunidade de melhoria. O programa é por sua característica organizativa, a unidade gerencial através da qual o governo deve organizar seus meios, sempre com vistas ao alcance de seus objetivos maiores. O programa é o módulo orientador e integrador da ação de governo, é o instrumento que integra o planejamento, o orçamento, a programação e execução orçamentária-financeira, o controle, a avaliação e é nele que se operam as ações corretivas e se retroalimenta o sistema de gestão (MATO GROSSO, 200ba, p. 12). Os programas, por sua vez são desdobrados em projetos, que são “o conjunto de operações limitados no tempo e que concorrem para a expansão ou aperfeiçoamento da ação governamental, das quais resulta um produto” e atividades, que são “conjunto de operações que se realizam de modo contínuo e que concorrem para a manutenção da ação governamental” (MATO GROSSO, 2003b p. 25). O governo do período 2003-2006 se baseou no plano de campanha para definir inicialmente seis eixos temáticos: inclusão social, modernização da produção e do mercado, infraestrutura e desenvolvimento regional, revitalização do Estado, valorização dos recursos naturais, fontes de financiamento. Esses eixos deram origem a seis objetivos estratégicos que nortearam toda a elaboração dos programas e projetos contidos no Plano Plurianual 20042007: “Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania”; “Reduzir o número de 68 pessoas em condições de vulnerabilidade social”; “Promover o desenvolvimento sustentável da economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação nos mercados nacional e internacional, com base nas potencialidades regionais, ampliando a participação do micro, pequeno e médio empreendimento”; “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental”; Melhorar o desempenho da Gestão Pública Estadual”; “Dar sustentabilidade à Gestão das Políticas Públicas, garantindo o equilíbrio fiscal e a capacidade de financiamento do Estado, visando o atendimento das necessidades da sociedade”. Segundo Rossetti, na prática, a política econômica é representada por dois importantes polos que se encontram intimamente relacionados: os objetivos globais estabelecidos e os instrumentos de ação que serão utilizados para que os objetivos definidos possam ser alcançados. Os objetivos globais podem ser representados por desenvolvimento, estabilidade e repartição, sendo considerados objetivos primários, base ou fim. Esses objetivos se subdividem em outros, chamados secundários, que servem de suporte para a realização de cada um dos objetivos primários (ROSSETTI, 1974, p. 426). De acordo com o autor, os objetivos estratégicos do PPA são os objetivos secundários do Governo, os quais são responsáveis a atender os objetivos primários: desenvolvimento, estabilidade e repartição. Os instrumentos de ação responsáveis em atingir os objetivos da Política Econômica são divididos em quatro grupos: instrumentos fiscais, monetários, cambiais e coadjuvantes. Os instrumentos fiscais referem-se, basicamente, ao manejo das finanças públicas, através dos vários componentes da despesa e da receita governamentais. São classificados segundo os dois grandes ramos da despesa e da receita governamental. Os instrumentos monetários e cambiais são utilizados apenas pelo Governo Federal, responsável pela política de estabilidade da economia. Em nível estadual, apenas os instrumentos fiscais são utilizados e dizem respeito ao manejo das finanças, através da arrecadação da receita e execução da despesa governamental. Dessa forma, somente os instrumentos fiscais serão objeto deste estudo. Embora os instrumentos coadjuvantes possam ser utilizados pela esfera estadual, não serão objetos de análise no estudo em questão (ROSSETI, 1974, p. 430-431). Como já foi dito, os instrumentos fiscais podem ser vinculados à despesa ou à receita governamental. Em relação à despesa, referem-se aos gastos do governo que têm por finalidade atingir os objetivos propostos. No caso do PPA em estudo, os objetivos estratégicos se desdobraram em programas de governo e estes em projetos e atividades. Dessa forma, os 69 programas de governo podem ser definidos como os objetivos secundários propostos por Rossetti e os projetos e atividades os instrumentos de ação, no caso instrumentos fiscais, uma vez que são dispêndios de investimentos e de consumo utilizados para atingir os objetivos definidos nos programas. Os instrumentos fiscais vinculados à receita governamental podem ser divididos em tributos indiretos, diretos e outras receitas correntes. Esses instrumentos não serão analisados neste trabalho, pois o objeto de estudo são os programas de governo responsáveis por melhorar os indicadores de uma região. 70 3. MÉTODOS E DADOS O Plano Plurianual será avaliado através de quatro dimensões, atendendo aos quatro objetivos específicos deste trabalho. Primeiro será verificada a participação da sociedade civil nos fóruns regionais. Ao analisar a representatividade dessa categoria e avaliar sua participação, pode-se demonstrar se a população foi ouvida na elaboração do plano plurianual, apresentando suas demandas e propostas. Em seguida, serão avaliadas as propostas apresentadas e se as mesmas foram transformadas em programas de governo. Isso demonstraria o esforço da equipe técnica da Seplan em tornar o planejamento realmente participativo. Os programas de governo terão o desempenho avaliado através da análise dos seus indicadores. Dessa forma, pode-se verificar se os mesmos cumpriram o planejado, enfrentando os problemas e atendendo às demandas da sociedade. Por fim, serão avaliados os indicadores do Plano Plurianual, os quais se referem à melhoria das condições de saúde, educação, segurança, moradia, emprego e renda, além de crescimento da economia e preservação do meio-ambiente. Através da avaliação desses indicadores pode-se verificar se foi promovido o desenvolvimento do estado. 3.1 Fóruns Regionais Os fóruns regionais foram realizados nas doze regiões de planejamento, criadas a partir de 2001, quando estudos produzidos pela Seplan definiram uma nova regionalização do estado. Essa regionalização tem sua origem a partir dos dados do Diagnóstico do Meio Físico-Biótico e Socioeconômico do Projeto Zoneamento Socioeconômico Ecológico, através das análises temáticas e dos mapeamentos de vários temas que compuseram esse estudo (MATO GROSSO, 2008). Em algumas regiões foram realizados dois eventos em municípios diferentes, devido à especificidade das mesmas. Os fóruns regionais foram realizados em municípios polos, os quais abrangeram os municípios vizinhos, conforme relacionado no quadro 1 em seguida. A figura 1, por sua vez, mostra como as regiões de planejamento se inserem no estado de Mato Grosso. 71 Quadro 1: Regiões de Planejamento, Mato Grosso, 2008 Região Polo Municípiosede I Juína Juína II Alta Floresta Matupá Municípios Juína, Castanheira, Colniza, Aripuanã, Rondolândia, Cotriguaçu e Juruena. Matupá, Peixoto de Azevedo, Nova Guarita, Nova Santa Helena, Terra Nova do Norte, Novo Mundo e Guarantã do Norte. III Vila Rica Confresa Alta Floresta, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Apiacás, Carlinda, Nova Canaã e Colider. Confresa, Vila Rica, Santa Cruz do Xingú, São José do Xingú, Santa Terezinha, Porto Alegre do Norte, Luciara, São Félix do Araguaia, Novo Santo Antonio, Alto Boa Vista e Canabrava do Norte. IV Barra do Garças Água Boa Água Boa, Querência, Ribeirão Cascalheira, Canarana, Cocalinho, Campinápolis, Nova Xavantina e Nova Nazaré. Paranaíta Pontal do Araguaia V VI VII Pontal do Araguaia, Araguaiana, General Carneiro, Novo São Joaquim, Torixoréu, Ribeirãozinho, Ponte Branca, Araguainha, Barra do Garças. Rondonópolis, Tesouro, Guiratinga, Alto Garças, Itiquira, Pedra Preta, São José do Povo, Juscimeira, São Pedro da Cipa, Jaciara, Alto Araguaia, Alto Taquari, Primavera Primavera do Leste, Dom Aquino, Campo Verde, Paranatinga, Santo Antônio do Rondonópolis do Leste Leste, Poxoréo e Gaúcha do Norte. Cuiabá, Várzea Grande, Chapada dos Guimarães, Barão de Melgaço, Poconé, Cuiabá/Várze Nossa Senhora do Livramento, Jangada, Rosário Oeste, Nobres, Planalto da Serra, a Grande Cuiabá Nova Brasilândia, Santo Antonio do Leverger e Acorizal São José dos Quatro Marcos, Cáceres, Porto Esperidião, Glória D´Oeste, São José Curvelândia, Mirassol D´Oeste, Lambarí D´Oeste, Rio Branco, Salto do Céu, dos Quatro Reserva do Cabaçal, Indiavaí, Figueirópolis do Oeste, Araputanga, Jauru e Vale do Cáceres Marcos São Domingos. Sapezal Sapezal, Vila Bela da Santíssima Trindade, Conquista D´Oeste, Nova Lacerda, Campos de Júlio, Pontes e Lacerda e Comodoro. VIII Tangará da Serra Tangará da Tangará da Serra, Nova Olímpia, Barra do Bugres, Denise, Porto Estrela, Santo Serra Afonso, Campo Novo do Parecis e Brasnorte. IX Diamantino Diamantino, Arenápolis, Nova Marilândia, Alto Paraguai, São José do Rio Claro, Diamantino Nova Maringá e Nortelândia. X Sorriso Sorriso XI Juara Juara Juara, Porto dos Gaúchos, Novo Horizonte do Norte e Tabaporã. XII Sinop Sinop Sinop, Marcelândia, Itaúba, Cláudia, Santa Carmem, Feliz Natal, Vera, Nova Ubiratan e União do Sul. Sorriso, Tapurah, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum e Santa Rita do Trivelatto. Fonte: Seplan/MT 2008. Elaborada pela autora. Figura 1 – Regiões de planejamento de Mato Grosso, 2008 Fonte: Seplan/MT. 72 A Tabela 1 a seguir apresenta a participação da população da região em cada fórum de discussão. A participação foi computada em dez segmentos definidos pela Seplan. A fim de facilitar a análise dos dados, esses segmentos foram reduzidos a três, resumindo a participação nos seguintes segmentos: políticos e entidades governamentais, sociedade e entidades governamentais, apresentados na Tabela 2. Para melhor compreensão dos resultados, apresentamos os participantes dos três segmentos relacionados acima: Políticos – Prefeitos, Primeiras-damas e Vice-prefeitos municipais, Presidentes e Vices das câmaras municipais, Vereadores, Secretários estaduais e municipais, Deputados estaduais e federais e Entidades governamentais; Sociedade – População em geral – estudantes, população civil; Entidades não governamentais – movimentos sociais, associações de bairros, ongs. 73 Tabela 1 – Participação nos fóruns regionais de Mato Grosso, 2008 Participantes/Fóruns Juína Alta Floresta Matupá Alta Floresta Paranaíta Vila Rica Barra do GarçasÁgua Boa Barra do GarçasPontal do Araguaia Rondonópolis Cuiabá Cáceres S. J. Quatro Marcos Cáceres Sapezal Tangará da Serra Diamantino Sorriso 4 3 3 1 55 1 2 1 14 2 0 22 1 Prefeitos municipais 2 2 4 6 2 1 5 3 9 6 4 2 Primeiras Damas municipais 2 0 2 2 1 0 1 0 0 1 1 3 Vice-Prefeitos municipais 1 4 2 3 1 0 1 0 4 0 0 3 1 4 Presidentes/Vice de Câmaras Municipais 5 Vereadores 7 Secretários estaduais/municipais Deputados federais/estaduais 8 Outros 9 6 10 Juara Sinop Total 9 6 3 4 4 4 2 3 0 3 3 6 0 3 2 52 14 8 19 17 11 11 11 9 42 20 12 9 4 10 11 208 22 16 26 37 15 5 20 46 28 28 15 8 11 17 18 312 1 0 1 0 0 0 1 5 0 0 0 0 0 0 0 8 125 111 199 377 110 169 134 370 170 110 100 102 76 92 165 2410 Entidades governamentais 29 26 27 25 18 34 27 58 28 31 28 23 23 23 32 432 Entid. não governamentais e movim. Sociais 25 17 21 21 12 16 30 43 20 26 20 17 10 20 17 315 230 190 304 492 174 240 232 537 301 225 183 172 129 172 247 3828 Total Fonte: Seplan-MT. Elaborada pela autora. 74 Tabela 2 – Participação nos fóruns regionais de Mato Grosso, 2008 – resumida Participantes Políticos e entidades governamentais Sociedade Entidades nãogovernamentais Total Juína Alta Floresta/ Matupá Alta Floresta/ Paranaíta Vila Rica Barra do Garças/ Pontal do Araguaia Barra do Garças/ Água Boa Rondonópolis Cuiabá Cáceres/ S. J. dos 4 Marcos Cáceres/ Sapezal Tangará da Serra Diamantino Sorriso Juara Sinop Total 80 62 84 94 52 55 68 124 111 89 63 53 43 60 65 1103 125 111 199 377 110 169 134 370 170 110 100 102 76 92 165 2410 25 17 21 21 12 16 30 43 20 26 20 17 10 20 17 315 230 190 304 492 174 240 232 537 301 225 183 172 129 172 247 3828 Fonte: Seplan-MT. Elaborada pela autora. 75 3.2 Demandas da População Os fóruns regionais de planejamento tiveram como resultado um conjunto de propostas de melhoria para os diversos municípios do estado, fruto das aspirações da sociedade, necessidades e vocação da região. Para este estudo, essas propostas se constituem como dados a serem analisados. As propostas apresentadas se dividiram em três segmentos: social, econômico e ambiental. e tinham a intenção de atingir os seguintes objetivos estratégicos: I- “Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania”; II- “Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social”; III- “Promover o desenvolvimento sustentável da economia mato-grossense, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação nos mercados nacional e internacional, com base nas potencialidades regionais, ampliando a participação dos micro, pequenos e médios empreendimentos”; IV- “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais com vistas ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental”. O segmento social tinha relação direta com os objetivos I e II, o segmento econômico com o objetivo III e o segmento ambiental com o objetivo IV. Na tentativa de atender às demandas solicitadas, a equipe técnica da Seplan buscou transformar as propostas consensuadas nos fóruns em programas de governo. Dessa forma, seriam entregues à população os produtos e serviços necessários ao desenvolvimento dessas regiões. No entanto, não há garantia que os programas de governo presentes no PPA 20042007 contivessem as propostas dos fóruns. Para constatar se esses programas foram construídos em uma perspectiva participativa, respeitando o desejo da população local, serão avaliados os programas contidos no plano e sua aderência às demandas da população. Em anexo (Anexo A – Quadros 2, 3 e 4), serão apresentadas as propostas que foram consensuadas nos fóruns regionais de desenvolvimento. O material em questão foi produzido após dois dias de discussão entre a equipe técnica do governo, os agentes políticos e a sociedade civil organizada. Com o objetivo de facilitar a análise, as demandas dos municípios-sede foram agrupadas, eliminando as repetidas e respeitando a divisão nos segmentos. 76 3.3 Indicadores dos Programas O Plano Plurianual 2004-2007 do Estado de Mato Grosso contém 94 programas, divididos em 6 objetivos estratégicos, responsáveis por atender a um objetivo maior: crescimento econômico com inclusão e ajuste social. I - Objetivo Estratégico 1: Melhorar a Qualidade de Vida para Promover a Cidadania Programas: 1. Fortalecimento da Atenção Básica; 2. Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde; 3. Fortalecimento do Complexo Regulador do SUS; 4. Reestruturação da Assistência Farmacêutica; 5. Gestão Democrática do SUS; 6. Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde; 7. Qualidade do Ensino Fundamental; 8. Expansão e Fortalecimento do Ensino Médio; 9. Escolarização de Jovens e Adultos; 10. Educação no Campo; 11. Expansão, Manutenção e Melhoria do Ensino Superior; 12. Acesso à Justiça; 13. Defesa do Interesse Coletivo; 14. Redução da Criminalidade; 15. Ressocialização dos Reeducandos e Adolescentes Infratores; 16. Redução de Acidentes de Trânsito; 17. Prevenção e Atendimento a Sinistros e Emergências; 18. Cooperação Social para Prevenção da Violência e Drogas; 19. Cidadania para Todos; 20. Geração de Trabalho, Emprego e Renda; 21. Conselhos na Construção do Controle Social; 22. Desenvolvimento do Desporto; 23. Desenvolvimento do Lazer; 24. Intercâmbio e Integração Cultural; 25. Preservação do Patrimônio Cultural e Ambiental; 26. Obras Públicas e Infraestrutura; 27. Apoio ao Saneamento Básico nos Municípios; 77 28. Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar; 29. Fomento Agropecuário; 30. Cidade Cidadã. II - Objetivo Estratégico 2: Reduzir o número de pessoas em condições de Vulnerabilidade Social Programas: 1. Organização do Associativismo; 2. Meu Lar; 3. Atenção às Crianças, Adolescentes e Jovens 4. Gestão da Política da Assistência Social 5. Atenção Integral às Famílias; 6. Atenção ao Idoso 7. Atenção à Pessoa Portadora de Deficiência 8. Nossa Terra, Nossa Gente. III – Objetivo Estratégico 3: Promover o Desenvolvimento Sustentável da Economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação do micro, pequeno e médio empreendimento. Programas: 1. Fomento ao Desenvolvimento Industrial; 2. Fomento ao Desenvolvimento Comercial e de Serviços; 3. Fomento à Atividade Mineral; 4. Desenvolvimento Energético; 5. Gestão do Processo de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Minas e Energia; 6. Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva do Estado; 7. Desenvolvimento Regional Sustentável; 8. Popularização da Ciência; 9. Formação Qualificada de Recursos Humanos; 10. Fomento a Projetos de Pesquisa; 11. Melhoria do Abastecimento e Comercialização; 12. Desenvolvimento da Agricultura; 13. Desenvolvimento Florestal; 78 14. Programa Mato-grossense de melhoramento da Pecuária (PROMMEPE); 15. Defesa Sanitária Vegetal; 16. Programa de Defesa Sanitária Animal 17. Inspeção de Produtos de Origem Animal; 18. Regularização Fundiária Rural; 19. Programa Estradeiro; IV – Objetivo Estratégico 4: Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental. Programas: 1. Controle de Atividades Poluidoras; 2. Gestão da Biodiversidade; 3. Gestão de Recursos Hídricos; 4. Gestão de Áreas Degradadas; 5. Educação Ambiental Integrada; 6. Gestão de Recursos da Fauna e Flora; 7. Gestão de Resíduos Sólidos; 8. Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais; 9. Melhoria do Uso dos Solos e Insumos Agrícolas. V – Objetivo Estratégico 5: Melhorar o desempenho da Gestão Pública Estadual Programas: 1. Coordenação de Políticas Públicas; 2. Gestão da Informação às Políticas Públicas; 3. Estudos e Geração de Conhecimentos em Políticas Públicas; 4. Desenvolvimento Municipal; 5. Qualidade no Serviço Público; 6. Programa Estadual de Gestão de Pessoas; 7. Gestão Integrada do Patrimônio Estadual; 8. Formação e Capacitação dos Servidores; 9. Modernização da Estrutura Organizacional do Poder Executivo Estadual; 10. Fortalecimento dos Controles Internos do Executivo Estadual; 11. Marco Regulatório dos Serviços Públicos Delegados; 12. Prevenção e Controle da Evasão Fiscal e Recuperação de Receita; 79 13. Controle da Legalidade e Defesa do Estado; 14. Intervenções Inter setoriais; 15. Ação Política; 16. Aglomerado Urbano Cuiabá/Várzea Grande; 17. Assistência à Saúde; 18. Modernização do Sistema de Segurança Pública; 19. Revitalização da EMPAER; 20. Fortalecimento da Gestão da SES; 21. Gestão de Pessoas e Educação Permanente em Saúde; 22. Gestão Institucional; 23. Valorização dos Profissionais da Educação; 24. Desenvolvimento Institucional e Modernização da Gestão Acadêmica; 25. Gestão da Tecnologia da Informação. VI – Objetivo Estratégico 6: Dar sustentabilidade à Gestão das Políticas Públicas, garantindo o equilíbrio fiscal e a capacidade de financiamento do Estado, visando o atendimento das necessidades da sociedade. Programas: 1. Receita Pública; 2. Gestão da Política Financeira Estadual; 3. Consciência Fiscal. Os programas listados acima serão avaliados a partir da análise dos seus indicadores, os quais foram definidos pela equipe técnica responsável pela elaboração do plano plurianual. Para cada programa de governo definiu-se um rol de indicadores, explicitando-se o seu número inicial e o desejado ao final do plano. Assim, será verificado se os indicadores atingiram o resultado esperado. Para fim deste trabalho, definiu-se indicadores como padrões ou parâmetros através dos quais se avalia o resultado de políticas públicas implementadas (SEPLAN, 2007). Os programas referentes aos objetivos estratégicos 5 e 6 não serão avaliados, uma vez que não concorrem diretamente para o objetivo especificado. A tabela contendo a relação de todos os indicadores dos programas e os resultados alcançados é apresentada no anexo B. 80 3.4 Indicadores do PPA No capítulo de fundamentação teórica, foram apresentados conceitos de desenvolvimento de acordo com diversos autores. Max-Neef et al. (1982) define desenvolvimento como a satisfação das necessidades humanas fundamentais e que permita elevar a qualidade de vida das pessoas. A Constituição Federal de 1988 traz em seu artigo 6º os direitos sociais: educação, saúde, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, entre outros. Buarque afirma que os direitos sociais elencados acima são essenciais à busca da felicidade, sendo dever do Estado prover as condições para que o indivíduo tenha qualidade de vida e, consequentemente, felicidade. Por fim, Oliveira (2008) interpreta a percepção de moradores da região do Rio Cuiabá quanto ao desenvolvimento como ter saúde, moradia, trabalho, segurança, lazer, educação e saneamento básico. Apesar de a maioria desses aspectos estar garantida pela Constituição Federal, em um país com grandes desigualdades regionais, como o estado de Mato Grosso, muitas pessoas ainda carecem dos serviços básicos necessários para se viver com dignidade. Nesse caso, é fundamental a intervenção do Estado com a implantação de políticas públicas que garantam ao cidadão os direitos sociais preconizados na Constituição, além da promoção do desenvolvimento regional que melhore a qualidade de vida dessas pessoas. O planejamento do estado de Mato Grosso, para o período de 2004 a 2007, materializado no plano plurianual, é um exemplo de intervenção governamental com vista ao desenvolvimento do estado. A fim de avaliar se o plano cumpriu o seu objetivo na promoção do desenvolvimento regional, o PPA 2004-2007 definiu uma relação de indicadores sociais que poderiam medir a melhoria da qualidade de vida da população. Os indicadores se dividem nas categorias social, ambiental, econômica e instrumental, sendo relacionados aos objetivos estratégicos definidos no plano. Aqui foram desprezados os indicadores da área instrumental, por verificarem a eficiência da máquina administrativa, não sendo objeto deste estudo. Uma vez que os indicadores propostos no PPA vêm ao encontro das dimensões necessárias à satisfação das necessidades humanas citadas acima, esses passam a ser os indicadores utilizados neste trabalho, a fim de se verificar o desenvolvimento do estado de Mato Grosso, a partir da implantação dos programas de governo contidos no plano plurianual 2004-2007. A seguir apresenta-se a relação dos indicadores definidos no plano plurianual (MATO GROSSO, 2003a): 81 3.4.1 Objetivo Estratégico 1: “Melhorar a Qualidade de Vida para promover a cidadania”. Indicadores da área social: a) Taxa de mortalidade infantil Definição: razão entre o número de óbitos entre crianças de até um ano e o total de crianças nascidas vivas durante o ano, expresso em termos de milhares. Último valor disponível para MT: Ano 2000: 22,2 Fonte: IDB 2002 (Indicadores e Dados Básicos 2002, Ministério da Saúde, ww.datasus.gov.br) O Ministério da Saúde definiu um padrão para a taxa de mortalidade infantil, onde taxas acima de 49 são consideradas altas, entre 20 e 49 consideradas medianas e abaixo de 20 baixas. No entanto, a OMS – Organização Mundial de Saúde só considera aceitáveis números abaixo de 10 entre 1.000 nascidos vivos. b) Cobertura vacinal DPT no primeiro ano de vida Definição: O indicador expressa, em percentual, a proporção de crianças menores de um ano de idade imunizadas com vacinas específicas no ano considerado. Neste caso, foi escolhida a vacina DPT, por ser a de cobertura mais complexa. Último valor disponível para MT: Ano 2001: 100,82% (devendo ser avaliado em termos de município e região) Fonte: IDB 2002 (Indicadores e Dados Básicos 2002, Ministério da Saúde, www.datasus.gov.br). O número considerado ideal para esse indicador é de 100%, quando todas as crianças menores de um ano de idade de uma região estariam imunizadas. No entanto, resultados acima de 100% são considerados, pois campanhas de vacinação podem atingir crianças que não foram computadas no cálculo inicial, aumentando o número de crianças vacinadas e, consequentemente, o indicador. 82 c) Acesso à saúde no interior do estado Definição: Expressa, em percentual, a proporção de pacientes não residentes em Cuiabá e que demandam ações de assistência de saúde na Capital, em relação ao total de pacientes residentes no Estado que demandam ações de assistência de saúde na capital. Último valor disponível: este indicador está em construção. Fonte: Secretaria de Saúde de MT. Ao ser medido, esse indicador pode mostrar a quantidade de pessoas que precisam de um tipo de atendimento médico que não existe em sua região, tendo que se dirigir à Capital, Cuiabá. Os números apresentados seriam de importância fundamental para o planejamento de ações de saúde, como construção de hospitais, policlínicas, entre outras. d) Taxa de escolarização ou escolarização líquida Definição: é a proporção de estudantes de determinada faixa etária em um nível de ensino em relação ao total de pessoas desta faixa. Último valor disponível para MT: Ano 1999 Taxa de escolarização líquida Ensino Fundamental: 94 Taxa de escolarização líquida Ensino Médio: 27,4 Fonte: INEP, Ministério da Educação (www.edudatabrasil.inep.gov.br) O número considerado ideal para esse indicador é de 100%, que indicaria que todas as crianças de uma determinada faixa etária estariam em sala de aula. Números abaixo disso mostrariam a demanda por escolas/salas de aula nas regiões, podendo ser utilizados para o planejamento de construção de escolas no estado. e) Taxa de abandono Definição: é a proporção de alunos da matrícula total na série k, no ano t, que abandonaram a escola. Último valor disponível para MT: Ano 2001 Taxa de abandono Ensino Fundamental: 16,2 Taxa de abandono Ensino Médio: 22,2 Taxa de abandono Ensino Fundamental rede estadual: 19,5 83 Taxa de abandono Ensino Médio rede estadual: 24,8 Fonte: INEP, Ministério da Educação (www.edudatabrasil.inep.gov.br) O indicador em questão mostra a capacidade que a rede possui em reter o aluno na escola. Dessa forma, o ideal é apresentar números próximos de zero, apontando que nenhum aluno abandona a escola antes de concluir seus estudos. f) Distribuição percentual dos alunos das 4ªs e 8ªs séries do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio nos níveis de desempenho em Matemática e Língua Portuguesa Definição: O indicador apresenta o percentual de alunos que se encontram nos níveis de desempenho propostos pelo SAEB (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) nas disciplinas de Matemática e Língua Portuguesa. Fonte: SAEB / MEC. Último valor disponível para Mato Grosso: SAEB 2001, conforme Tabela 3. Tabela 3 – Distribuição percentual dos alunos das escolas estaduais de Mato Grosso em níveis de desempenho. Abaixo Nível Nível 1 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Nível 6 Nível 7 Nível 8 Total Descrição do Indicador Percentual de alunos da 4ª série do Ensino Fundamental nos níveis de desempenho em Português 27% 21% 22% 17% 12% 1% 100% Percentual de alunos da 4ª série do Ensino Fundamental nos níveis de desempenho em Matemática 18% 21% 25% 19% 17% 2% 102% 4% 7% 14% 37% 31% 6% 99% 6% 13% 42% 28% 9% 98% 3% 8% 26% 38% 22% 3% 4% 28% 32% 25% 5% Percentual de alunos da 8ª série do Ensino Fundamental nos níveis de desempenho em Português Percentual de alunos da 8ª série do Ensino Fundamental nos níveis de desempenho em Matemática Percentual de alunos da 3º ano do Ensino Médio nos níveis de desempenho em Português Percentual de alunos da 3º ano do Ensino Médio nos níveis de desempenho em Matemática 100% 3% 97% Fonte: Seplan, 2003a. O SAEB é uma importante ferramenta para o monitoramento das políticas voltadas para a melhoria da qualidade da educação no Brasil. Ao fazer a análise desse indicador, o sistema de ensino tem condições de propor ações para intervir na baixa qualidade do mesmo, tendo o diagnóstico de quais séries apresentam problemas, se distanciando do nível 8, que corresponde ao melhor rendimento. 84 A tabela 3, que se encontra no plano plurianual 2004-2007, apresenta o total de alguns percentuais diferente de 100%, indicando que houve um erro na utilização das informações pelos técnicos que elaboraram o plano. Como havia a intenção de avaliar esse instrumento de planejamento, os erros aqui mostrados não foram corrigidos. g) Taxa de atividade geral Descrição: É um indicador básico de ocupação no mercado de trabalho, corresponde à proporção de indivíduos ocupados ou que buscam trabalho dentre a mão de obra potencialmente disponível para a atividade econômica. Último valor disponível para MT: Ano 2001: 64,6% Fonte: PNAD, IBGE. Em outras palavras, taxa de atividade é a percentagem das pessoas economicamente ativas, em relação às pessoas com 10 ou mais de idade. População Economicamente Ativa (PEA), por sua vez, compreende o potencial de mão-de-obra com que pode contar o setor produtivo, isto é, a população ocupada e a população desocupada, assim definidas: população ocupada refere-se àquelas pessoas que, num determinado período de referência, trabalharam ou tinham trabalho mas não trabalharam (por exemplo, pessoas em férias). Pode ser composta por empregados, conta própria, empregadores e não remunerados. População desocupada são aquelas pessoas que não tinham trabalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.) (IBGE,2010). Dessa forma, ao fazer a razão entre a população economicamente ativa em relação à não ativa, pode-se verificar o quanto de dependência existe nessa relação, uma vez que a população não ativa depende da produção da primeira para sua sobrevivência. Além disso, uma alteração significativa nessa taxa pode demonstrar uma maior ou menor atratividade pelo mercado de trabalho. Esses diagnósticos, além de outros que podem ser feitos a partir dos resultados apresentados por esse indicador, podem auxiliar os técnicos na elaboração de políticas públicas que visem ao aumento nos níveis de emprego. h) Proporção de empregados com carteira assinada Descrição: É um indicador básico para medir o grau de estruturação do mercado de trabalho. Último valor disponível para MT: 85 Ano 2001: 46,4 % dos empregados em MT não possuem carteira assinada. Fonte: PNAD, IBGE. Políticas públicas que visam diminuir a informalidade no mercado de trabalho utilizam esse indicador como diagnóstico, o qual deve tender para 100%. Dessa forma, haveria um aumento no número de empregos formais e, como conseqüência, o aumento de contribuições para a Previdência e a proteção social que o emprego formal oferece para o trabalhador. i) Distribuição percentual da população ocupada, por classes de rendimento médio mensal de todos os trabalhos em salário mínimo Último valor disponível para MT: PNAD/IBGE, 2001, conforme Tabela 4. Tabela 4 - População ocupada por classes de rendimento médio mensal. Faixa salarial Até 1 SM 1/2 a 1 SM 1 a 2 SM 2 a 3 SM 3 a 5 SM Mais de 5 SM Total % 3,6 15,5 29,8 15 10,9 12,2 87 Fonte: Seplan, 2003a. O indicador acima apresenta a distribuição da população ocupada nas diversas faixas salariais, em relação ao salário mínimo. Dessa forma, ao comparar o indicador por diferentes anos, pode-se verificar qual faixa salarial está tendo evolução, mostrando se houve aumento nos níveis salariais ou não. Assim como na tabela 3, o total da população da tabela 4 não totaliza 100%. j) Rendimentos médios mensais (em reais e em salário mínimo) dos 40% mais pobres e dos 10% mais ricos da população ocupada 86 Definição: Através da análise dos rendimentos médios dos mais ricos e o dos mais pobres da população ocupada avalia-se a desigualdade na distribuição dos rendimentos. Último valor disponível para MT: Ano 2001 Rendimento médio mensal em reais dos 40% mais pobres: R$ 182,14 Rendimento médio mensal em reais dos 10% mais ricos: R$ 2.789,30 Rendimento médio mensal em SM dos 40% mais pobres: 1,01 Rendimento médio mensal em SM dos 10% mais ricos: 15,50 Fonte: PNAD, IBGE. Para que haja uma melhor distribuição de renda, o ideal é que a diferença entre os rendimentos dos mais ricos não se distancie muito do rendimento dos mais pobres. Quanto maior essa diferença, maior a desigualdade de renda da população. k) Proporção da população em domicílios cedidos ou alugados Definição: Os domicílios particulares permanentes se classificam em: próprios, alugados, cedidos e outros, segundo a condição de ocupação. A proporção de domicílios cedidos e outros expressa um dos aspectos do déficit habitacional. Último valor disponível para MT: Ano 2001 Número de domicílios particulares permanentes: 554.079 Fonte: PNAD/IBGE. Tabela 5 - Distribuição dos domicílios particulares permanentes. Domicílios Ocupação (%) Próprios 73,1 Alugados 16,4 Cedidos 10,1 Outros 0,4 Total Fonte: Seplan, 2003a. 100 87 As políticas públicas na área habitacional visam reduzir o seu déficit. Nesse caso, a demanda que se apresenta para a construção de imóveis residenciais é a quantidade apresentada por esse indicador na categoria “cedidos” e “outros”. l) Taxa de mortalidade por causas externas Definição: Número de óbitos por causas externas (acidentes e violências) por 100.000 habitantes da população mato-grossense. Os tipos de causa são: acidentes de transporte, homicídios, suicídios, e causas de intenção indeterminada. Último valor disponível para MT: Ano 2000: 94,87/100.000 hab. Fonte: IDB 2002 (Indicadores e Dados Básicos 2002, Ministério da Saúde, www.datasus.gov.br) O indicador acima estima o risco de morte por causas externas e dimensiona a sua magnitude como problema de saúde pública; reflete aspectos culturais e de desenvolvimento socioeconômico, com o concurso de fatores de risco específicos e para cada tipo de acidente ou violência e expressa as condições da assistência médica dispensada e a qualidade do registro das ocorrências. É usado para analisar variações populacionais, geográficas e temporais da mortalidade específica por causas externas em segmentos populacionais, identificando situações de desigualdade e tendências que demandem ações e estudos específicos. Contribui na avaliação dos níveis de saúde e de desenvolvimento socioeconômico da população. Enfim, subsidia os processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas públicas de promoção, proteção e recuperação da saúde, concernentes às causas externas de mortalidade. No entanto, para que os números não levem a diagnósticos errados e a conseqüente adoção de políticas inadequadas, é necessário verificar imprecisões na declaração da intencionalidade da ocorrência (homicídio, suicídio ou acidente). Além disso, esse indicador tem restrição de uso sempre que ocorrer elevada proporção de óbitos sem assistência médica ou por causas mal definidas (DATASUS, 2011). A média nacional para a taxa de mortalidade por causas externas é de 69,5 entre 100.000 óbitos. 88 m)Taxa de homicídios/ taxa de roubos/ taxa de furtos Definição da Taxa de homicídio: O indicador é a relação entre o nº de homicídios dolosos e a população do Estado. Definição da Taxa de Roubos: O indicador é a relação entre o nº de roubos de carga, estabelecimentos bancários, veículos e outros roubos e a população do Estado. Não estão sendo considerados os roubos seguidos de morte. Definição da Taxa de Furtos: O indicador é a relação entre o nº de furtos e a população do Estado. Último valor disponível para MT: Ano 2002 – taxa de homicídio: 2,29; taxa de roubos: 36,71. Ano 2004 - taxa de furtos: 124,16. Fonte: SEJUSP-MT Observação: 1) Os dados da população do Estado correspondem às estimativas do IBGE. 2) As taxas estão expressas em nº ocorrências por 10.000 habitantes. Quando combinadas as três taxas, homicídio, roubos e furtos, tem-se o indicador de criminalidade, sendo utilizado para o planejamento de ações de segurança pública. A OMS considera aceitável uma taxa de homicídio até 10 por 100.000 habitantes. Regiões com taxas acima de 10 são consideradas “zonas epidêmicas”. O valor informado pela Sejusp de 2,29 homicídios a cada 100.000 habitantes corresponde a uma taxa de 22,9 a cada 100.000, considerado altíssimo pela OMS. 3.4.2 Objetivo Estratégico 2: “Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social” a) Distribuição percentual das famílias residentes em domicílios particulares permanentes por classes de rendimento médio mensal Definição: Mostra a distribuição dos recursos materiais das famílias, indicada pelo rendimento familiar, através da distribuição das famílias por classes de rendimento familiar per capita. Último valor disponível para MT: ano 2001, conforme Tabela 6 a seguir. 89 Tabela 6- Distribuição das famílias residentes em domicílios particulares permanentes. % Faixa salarial Até 1/2 SM 1/2 a 1 SM 1 a 2 SM 2 a 3 SM 3 a 5 SM Mais de 5 SM Total 21 27,3 25,6 8 6,8 6,8 95,5 Fonte: Seplan, 2003a. O indicador mostra em que faixa de rendimento salarial existe maior déficit habitacional, auxiliando no planejamento de políticas públicas habitacionais. Mais uma vez a tabela apresenta valor total diferente de 100% 3.4.3 Objetivo Estratégico 3: “Promover o desenvolvimento sustentável da economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação nos mercados nacional e internacional, com base nas potencialidades regionais, ampliando a participação do micro, pequeno e médio empreendimento”. Indicadores da área econômica: a) Crescimento do PIB total e do PIB por atividade econômica Definição: O PIB regional é calculado sob a ótica da produção, a qual determina que o valor agregado bruto resulta da diferença entre o valor bruto da produção e o respectivo consumo intermediário. O crescimento da produção de bens e serviços é uma informação básica do comportamento de uma economia. Sua variação é uma medida do ritmo do crescimento econômico dele. A análise da sua variação ao longo do tempo faz revelações da performance da economia estadual. Últimos valores disponíveis para MT: PIB a preço de mercado corrente (em R$ milhão): 1997 - 9.155 1998 - 9.901 1999 - 11.701 2000 - 13.428 Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) 90 b) Participação das atividades econômicas de MT no valor adicionado bruto a preço básico Definição: A variação da participação do valor adicionado de cada atividade econômica de MT no valor adicionado de todas as atividades econômicas de MT mostra as mudanças no peso que cada atividade econômica tem no valor adicionado de toda a economia do estado. A análise desta evolução permite estudar a diversificação. Último valor disponível para MT: ano 1999, conforme Tabela 7. Tabela 7 – Participação das atividades econômicas de Mato Grosso no valor adicionado bruto a preço básico. Atividades econômicas Agropecuária Indústria extrativista mineral Indústria de transformação Eletricidade, gás e água Construção Comércio e reparação de veículos e de objetos pessoais e de uso doméstico Alojamento e alimentação Transporte e amarzenagem Comunicações Intermediação financeira Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas Administração pública, defesa e seguridade social Saúde e educação mercantis Outros serviços coletivos e pessoais Serviços domésticos % 21,60 1,84 9,15 2,14 7,70 Total 12,22 2.42 2,18 2,59 2,45 6,30 23,38 3,52 2,01 0,51 97,59 Fonte: Seplan, 2003a. Assim como relatado em outras situações, o valor da participação das atividades econômicas de Mato Grosso não totaliza 100%. 91 c) Evolução do volume do valor adicionado a preço básico acumulado por ano Definição: Permite comparabilidade do valor adicionado de MT. Valor Adicionado Bruto ao preço básico é definido como a diferença entre o Valor Bruto da Produção (VBP), valorado ao preço de produtor, e seu Consumo Intermediário (CI) – valorado ao preço do comprador. Últimos valores disponíveis para MT: 1997 - 244,57 1998 - 262,20 1999 - 284,92 2000 - 307,25 Fonte: IBGE (www.ibge.gov.br) O Valor Adicionado (DVA) evidencia, de forma sintética, os valores correspondentes à formação da riqueza gerada por determinada atividade. Ele mede a eficiência na utilização dos fatores de produção, comparando o valor para o consumo com o valor dada produção. d) Balança comercial Definição: As variáveis utilizadas para a construção deste indicador são as exportações e as importações do estado, em um dado período, expressas em dólares americanos (valor FOB). O indicador é constituído pela diferença entre exportação e importação, ou seja, pelo saldo comercial. Os componentes do indicador refletem as mudanças em termos de troca e competitividade internacional. A agregação territorial adotada, Unidades da Federação, pode ocultar movimentos como a importação de bens por uma região diferente daquela de consumo final. Últimos valores disponíveis para MT: 2001 e 2002, conforme Tabela 8 a seguir. Fonte: MDIC - Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Tabela 8 – Balança Comercial de Mato Grosso (100U$FOB) Ano Exportações Importações Saldo 2001 1.395.758 136.541 1.259.217 2002 1.795.792 Fonte: Seplan, 2003a. 209.049 1.586.743 92 e) Índice de participação no mercado doméstico (IPMD) Definição: através de uma cesta de bens “viáveis”, determina o tamanho do mercado doméstico dessa cesta e a participação dos empreendedores locais nesse mercado. IPMD = Valor da demanda doméstica (cesta) atendida por produtores locais Nota: esta cesta deve conter apenas bens cuja produção será incentivada por políticas públicas. Último valor disponível para MT: em construção Fonte: Seplan/Sefaz/MT 3.4.4 Objetivo Estratégico 4: “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando o desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental” Indicadores da área ambiental: a) Quantidade de agrotóxico utilizado por unidade de área cultivada Definição: Expressa a intensidade de uso de agrotóxicos nas áreas cultivadas de um território, em determinado período. Último valor disponível para MT: Ano 2000: 3,46 kg/ha Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável Brasil 2002. IBGE b) Número de focos de calor em um território e ano determinado. Definição: Expressa a ocorrência de incêndios florestais e queimadas em um território determinado. Últimos valores disponíveis para MT: Nº de focos de calor ano 2001: 33053 Nº de focos de calor ano 2000: 26168 Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável Brasil, 2002. IBGE c) Número de focos de calor em MT num ano determinado / número de focos de calor no Brasil no mesmo ano em um território e ano determinado Definição: Expressa em percentagem o peso que tem no total de focos de calor no território nacional os focos de calor no estado de MT. Últimos valores disponíveis: 93 2001: 22,7% 2000: 25,1% Fonte: Indicadores de desenvolvimento sustentável Brasil, 2002. IBGE. d) Taxa de desflorestamento bruta, expressa em km2 por ano Definição: Expressa a perda de cobertura florestal no território. Último valor disponível para MT: Ano 2002: 7.957 km2 Biênio 2000/2001: 12.232 km2 Fonte: Síntese da Dinâmica de Desmatamento de MT, 2002. Fema/MT e) Áreas protegidas Definição: Expressa, em percentual, a razão entre a superfície abrangida pelas Unidades de Conservação Federais, Estaduais e Municipais e a superfície total do bioma. Último valor disponível para MT: em construção. Os indicadores definidos no PPA podem mostrar a melhoria da qualidade de vida da população avaliando o atendimento de suas necessidades básicas. Além disso, podem mostrar o crescimento da economia do estado e as ações referentes à preservação do meio-ambiente. Como essas variáveis são as mesmas definidas para a avaliação deste trabalho, não será necessário definir outros indicadores a fim de se verificar se houve promoção de desenvolvimento no estado, no período de execução do plano plurianual, de 2004 a 2007, além dos já previstos no texto do PPA pela equipe técnica da Secretaria de Planejamento. O objetivo deste trabalho é verificar se o plano elaborado conseguiu atender ao seu objetivo maior, ou seja, promover o desenvolvimento do estado. Para isso, no capítulo de resultados será analisada a participação da sociedade civil no processo de elaboração do PPA, o atendimento de suas demandas e o desempenho dos programas de governo. Além disso, será analisada a evolução dos indicadores sociais, referentes à melhoria da qualidade de vida da população. 94 4. RESULTADOS Nesta seção, serão apresentados os resultados obtidos com a avaliação dos fóruns regionais, dos programas de governo e seus indicadores e dos indicadores do PPA. Dessa forma, atende-se aos objetivos específicos definidos inicialmente. 4.1 Participação da sociedade civil na elaboração do plano plurianual Analisando a participação da população nos fóruns regionais, de acordo com o gráfico 1 e tabela 9 a seguir, verifica-se que a maior parte dos presentes foi composta pela sociedade em geral, organizada em entidades e movimentos, ou não. A região de Cáceres (considerando os fóruns realizados em São José dos Quatro Marcos e em Sapezal) apresentou a menor participação da sociedade, 62%, sendo 53% sociedade em geral e 9% entidades nãogovernamentais. Nessa mesma região, os políticos e entidades governamentais representaram 38% dos presentes. Considerando a população da região em 2004, ano de realização dos fóruns regionais, de 197.276 habitantes, 0,1% da população se fez presente no evento. A região de Vila Rica apresentou a maior participação da sociedade, com valores de 81%, 77% de sociedade em geral e 4% entidades não governamentais. Os políticos e entidades governamentais representaram 19% da participação. Com 65.108 habitantes em 2004, a região de Vila Rica teve 0,6% da sua população presente no fórum de discussões (MATO GROSSO, 2005). 400 350 300 250 200 150 100 50 0 POLÍTICOS E ENTIDADES GOV. SOCIEDADE ENTIDADES NÃO GOV. Gráfico 1 – Participação nos fóruns regionais Fonte: Seplan – MT. Elaborada pela autora 95 Tabela 9 - Participação relativa nos fóruns regionais de Mato Grosso, 2008 Participantes/Municípios Políticos e Entidades não entidades Sociedade Total governamentais governamentais Juína 34,78% 54,35% 10,87% 100,00% Alta Floresta/ Matupá 32,63% 58,42% 8,95% 100,00% Alta Floresta/ Paranaíta 27,63% 65,46% 6,91% 100,00% Vila Rica 19,11% 76,63% 4,27% 100,00% Barra do Garças/ Água Boa 29,89% 63,22% 6,90% 100,00% Barra do Garças/ Pontal do Araguaia 22,92% 70,42% 6,67% 100,00% Rondonópolis 29,31% 57,76% 12,93% 100,00% Cuiabá 23,09% 68,90% 8,01% 100,00% Cáceres/ S. J. dos 4 Marcos 36,88% 56,48% 6,64% 100,00% Cáceres/ Sapezal 39,56% 48,89% 11,56% 100,00% Tangará da Serra 34,43% 54,64% 10,93% 100,00% Diamantino 30,81% 59,30% 9,88% 100,00% Sorriso 33,33% 58,91% 7,75% 100,00% Juara 34,88% 53,49% 11,63% 100,00% Sinop 26,32% 28,81% 66,80% 62,96% 6,88% 8,23% 100,00% 100,00% Total Fonte: Seplan – MT. Elaborada pela autora. Apesar do Governo do estado de Mato Grosso ter promovido a realização de fóruns regionais para ouvir as demandas locais, com participação da sociedade civil em sua grande maioria, não se pode dizer que houve uma efetiva participação popular na elaboração do plano plurianual. Como se entendeu na fundamentação teórica, a participação popular se dá também na implementação e na gestão das políticas, não apenas na época da elaboração, sendo dessa forma denominada controle social, garantida aos cidadãos principalmente pela Constituição Federal. No entanto, em um país onde não existe uma prática participativa consolidada, é necessário que o Estado promova as condições necessárias ao seu exercício. Nesse sentido, ao elaborar o plano plurianual de 2004-2007, a Seplan- MT buscou a participação popular ao introduzir o planejamento participativo através dos fóruns regionais. As ações executadas seguiram os primeiros passos da metodologia proposta por Demo (1996): formação de consciência crítica, com apresentação de levantamentos e estudos pela 96 equipe técnica e proposta de enfrentamento dos problemas apresentada pelos participantes dos fóruns. Na terceira fase, porém, a construção da cidadania não foi bem sucedida. Aqui, seria necessário de início o amadurecimento da sociedade para entender a necessidade de se organizar em grupos ou movimentos sociais, a fim de acompanhar a execução das ações propostas. O papel do Estado nessa fase seria o de instrumentalização do processo, garantindo às pessoas acesso à informação estratégica, qualificando os membros dos movimentos e disponibilizando aos mesmos um canal permanente de acesso à gestão das políticas constantes no planejamento. De acordo com os documentos produzidos pela Secretaria de Planejamento na elaboração do plano plurianual e disponíveis no site institucional, pode-se constatar que a participação da população se encerrou com o fim dos fóruns regionais e com a produção de relatórios contendo as demandas das regiões. Em momento algum houve a iniciativa de criação de conselhos regionais, de atuação permanente, que pudessem verificar o andamento das ações e até mesmo propor a alteração dos projetos, caso necessário. Além de Demo (1996), Amman (1978) também não considera participação popular a presença em um processo de planejamento ou de consulta à população. A efetiva participação popular é um processo que resulta fundamentalmente da ação das camadas sociais em três níveis: a produção de bens e serviços; a gestão da sociedade; e o usufruto dos bens e serviços produzidos e geridos nessa sociedade (AMMANN, 1978, p. 17). Os três níveis de participação apresentados por AMMAN configuram a participação popular do tipo direta. Além disso, há a participação chamada indireta, a qual pode ser representada pelo associativismo, expresso principalmente pelos grupamentos voluntários. Assim, pode-se concluir que não houve participação popular, de acordo com o seu conceito e na forma colocada pelos autores apresentados na fundamentação teórica. Os fóruns regionais executados em 12 regiões do estado representam iniciativas de participação da sociedade, na identificação e enfrentamento dos problemas locais, sem institucionalização da sua continuidade, o que poderia ser considerado como controle social. 97 4.2 Atendimento das demandas consensuadas nos fóruns regionais As discussões ocorridas nos fóruns regionais foram organizadas em três segmentos: social, econômico e ambiental. Cada segmento continha um conjunto de estratégias definidas pela equipe técnica da Seplan-MT, as quais eram responsáveis por cada um dos seis objetivos estratégicos de governo. Neste item, será avaliado se as propostas apresentadas pela população presente nos fóruns foram absorvidas pela equipe técnica do governo, através dos programas e projetos. 4.2.1 Segmento social O segmento social visava atender aos Objetivos Estratégicos I – “Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania” e II- “Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social”. As discussões giraram em torno dos temas educação; saúde; assistência social; saneamento básico; habitação; segurança; justiça; cultura; esporte e lazer; emprego e renda. As demandas da população foram em número de 227, das quais 78 (34,36%) foram atendidas, através de 34 programas, operacionalizados em 127 projetos e 10 atividades. No sentido de se atingir os objetivos estratégicos I e II descritos acima, foram elaborados pela equipe técnica da Seplan 38 programas de governo, dos quais apenas 4 não se utilizaram das demandas da população para sua construção. 4.2.2 Segmento econômico As demandas do segmento econômico foram divididas em 15 estratégias: investir na formação profissional continuada, permitindo ao trabalhador sua constante requalificação, em sintonia com as demandas regionais do mercado de trabalho; fortalecer a produção e disseminação do conhecimento, priorizando o desenvolvimento regional; fortalecer institucionalmente a ciência e a tecnologia de forma participativa e organizada; oportunizar e facilitar o acesso a linhas de crédito para micro e pequenos empreendimentos, incentivando a ampliação do mercado; garantir uma política de qualidade de assistência técnica e extensão rural para os pequenos e micro produtores; estimular agregação de valor aos produtos mato- 98 grossenses (verticalização da produção), visando ao fortalecimento das cadeias produtivas; fomentar o incremento e a diversificação da produção; fortalecer as relações de comércio nacional e internacional; apoiar a integração socioeconômica e cultural de MT; estimular o desenvolvimento regional, considerando as aptidões de cada região, com vistas à redução das desigualdades econômicas e sociais; dotar estado da infraestrutura de energia elétrica e transporte, visando atender às crescentes demandas do setor produtivo; desenvolver agrospolos que consolidem a produção e a transformação de matéria-prima, fortalecendo o mercado e a integração regional; garantir a legalização e regularização fundiária do norte do estado; redefinir a divisa interestadual entre MT e Pará e revisar a legislação estadual e articular para alteração da legislação federal no que diz respeito à exploração das áreas agrícolas. As estratégias relacionadas acima visavam atingir o Objetivo Estratégico III“Promover o desenvolvimento sustentável da economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação do micro, pequeno e médio empreendimento” e concentraram 252 demandas, das quais 81 (32,14%) foram atendidas, através de 19 programas, 72 projetos e 2 atividades. A equipe técnica da Seplan utilizou as demandas da população para elaborar 17 dos 19 programas relacionados com esse objetivo estratégico. 4.2.3 Segmento ambiental As discussões no segmento ambiental visavam elaborar propostas que atingissem o Objetivo Estratégico IV – “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental”. Para tanto, foram definidas as seguintes estratégias: adoção do ZSEE validado/aprovado como instrumento orientador do desenvolvimento econômico; promover o desenvolvimento de indicadores de sustentabilidade; desenvolver a educação ambiental; articular ações para recuperação de áreas em processo de degradação; desenvolver ações que previnam impactos ambientais decorrentes do processo de desenvolvimento regional e criar incentivos fiscais voltados ao manejo sustentável do meio-ambiente. Em relação à primeira estratégia, o programa “Gestão da informação às políticas públicas” contem o projeto “Implementação do zoneamento socioeconômico ecológico, o qual atende uma demanda da população apresentada nos fóruns de discussão. No entanto, outras seis demandas ficaram sem ser atendidas na forma de programas de governo. 99 A segunda estratégia teve a demanda “estudos e acompanhamento sistemático de impactos ambientais relacionados à implantação e operação de empreendimentos produtivos potencialmente poluentes” contemplada no programa “Controle de atividades poluidoras”, projeto “Fiscalização e monitoramento das atividades poluidoras”. Da mesma forma que a estratégia anterior, esta teve seis demandas não atendidas. A terceira estratégia, educação ambiental, contava com vinte e três demandas da população, das quais sete foram contempladas em projetos do programa “Educação Ambiental Integrada”. A questão da recuperação de áreas degradadas foi tratada na estratégia de número 4, a qual recebeu 20 sugestões de ação por parte dos presentes nos fóruns. Três programas de governo, “Gestão de áreas degradadas”, “Gestão de resíduos sólidos” e “Melhoria do uso dos solos e insumos agrícolas”, foram responsáveis em atender seis demandas da população, através de oito projetos. Outra demanda foi atendida pelo programa “Revitalização da Empaer”, através de três projetos. A estratégia 5 se preocupou com a prevenção dos impactos ambientais decorrentes do processo de desenvolvimento. A população reunida definiu 89 ações para atuar nesse sentido, das quais 17 foram atendidas através de 9 programas de governo. Por fim, a estratégia 6 se preocupou em criar incentivos fiscais visando à utilização sustentada do meio ambiente, propondo 16 ações de isenção e incentivo fiscais, linhas de crédito e estímulo nesse sentido. Analisando o PPA 2004-2207, não foram encontrados programas de governo que tratassem especificamente desse assunto. Resumindo o segmento ambiental, foram propostas 162 demandas pela população reunida nos fóruns regionais, das quais 32 foram atendidas através de 13 programas de governo. Apesar do pequeno número de demandas atendidas (19,75%), todos os programas do objetivo estratégico IV, o qual se refere ao uso ordenado dos recursos naturais, foram elaborados a partir das necessidades da população, apresentadas nos fóruns regionais. Ao se analisar as discussões nos três segmentos, ambiental, social e econômico, verifica-se que por volta de 30% das solicitações da população local foram atendidas, ao se transformarem em programas de governo. Apesar de representar um número pequeno, muitas 100 demandas não puderam ser atendidas por estarem mal formuladas. Algumas eram de responsabilidade do Governo Federal, outras não tinham o formato de ações, não podendo ser incluídas no orçamento. Os fóruns regionais foram um instrumento importante na elaboração de um diagnóstico regional, ao ouvir as necessidades e aspirações das populações locais. No entanto, apesar de se utilizar de necessidades regionais para sua elaboração, o plano plurianual 2004-2007 não pode ser considerado um instrumento de desenvolvimento regional. Durante a avaliação pode-se perceber que a entrega dos produtos não obedeceu às demandas dos municípios ou regiões. Os programas necessários ao desenvolvimento do estado foram criados, mas as metas quantitativas, bens ou serviços entregues à população, não foram em sua totalidade determinadas utilizando os resultados dos fóruns. Além disso, durante a execução do plano, muitas dessas metas físicas foram alteradas, sem que houvesse uma justificativa coerente. Essa questão pode ser verificada no trabalho de Oliveira (2008), ao avaliar as políticas públicas elaboradas para os municípios da região do Rio Cuiabá: Na analise da execução das ações para a área da educação, percebeu-se que, além do contingenciamento dos recursos, houve também anulação de parte das dotações orçamentárias previstas para a realização das ações de expansão e melhoria nas unidades escolares existentes. A continuidade desse procedimento foi o remanejamento para outras regiões do Estado devido ás redefinições das prioridades anteriormente estabelecidas. (...) Diante da análise feita com base nas informações no RAG, pode se perceber que os recursos previstos para as ações nesta Região são contingenciados ou anulados em suas dotações orçamentárias iniciais para serem alocados (remanejados) em ações destinadas para outras regiões do Estado. Como conseqüência disso, tem-se a baixa capacidade do Governo em transformar a estrutura dos municípios pesquisados (OLIVEIRA, 2008, p. 116). 4.3 Indicadores dos programas Nesta seção do trabalho, será avaliada a eficácia dos programas governamentais contidos no plano plurianual 2004-2007. Para tanto, será verificado se os mesmos atingiram os objetivos propostos, através da análise dos seus indicadores. Analisando os resultados apresentados na tabela 10 (em anexo), referentes ao Objetivo Estratégico 1- “Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania”, verifica-se que do total dos indicadores dos programas, quatorze indicadores superaram a expectativa, apresentando valores acima do esperado e trinta e nove não conseguiram atingir os valores previstos. No entanto, a maioria dos programas não teve seu desempenho avaliado, sessenta e 101 dois indicadores se apresentaram como inconsistentes porque não foram medidos pela equipe responsável ou não chegaram a ser construídos. Em relação ao Objetivo Estratégico 2 – “Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social” (tabela 11 em anexo), os resultados são semelhantes ao objetivo anterior. A metade dos indicadores, 17, representando 51,5%, está inconsistente. A outra metade, 16 (48,5%), se divide igualmente entre acima e abaixo do esperado. O Objetivo Estratégico 3 – “Promover o desenvolvimento sustentável da economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação do micro, pequeno e médio empreendimento” (tabela 12 em anexo) apresenta 23 indicadores inconsistentes (43,39%), 11 indicadores (20,75%) acima da expectativa, 17 (32,07%) abaixo da meta e 2 (3,77%) cumpriram a meta estabelecida. O objetivo estratégico 4, último objetivo analisado (tabela 13 em anexo), “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental”, possuía 35 indicadores, sendo 15 (42,86%) inconsistentes. Dos 20 indicadores restantes, 8 (22,86%) se apresentaram acima da meta, 11 (31,43%) abaixo e 1 (2,86%) cumpriu exatamente o valor estabelecido. Para avaliar os 66 programas de governo, divididos em 4 objetivos estratégicos, a equipe técnica da Seplan utilizou 236 indicadores, dos quais 117 (49,58%) foram considerados inconsistentes. Em relação à outra metade dos indicadores que tiveram seus valores aferidos, apenas 41 atingiram ou ficaram acima da meta, representando 17,37% do total. Dessa forma, a avaliação dos resultados dos programas executados durante os quatro anos do plano plurianual fica prejudicada. Não se pode dizer que os programas atingiram o seu objetivo, alcançando os resultados propostos no plano inicial quando metade dos seus indicadores não foi informada ou não pode ser medida. Nesse caso, verifica-se um grande despreparo das equipes de planejamento das secretarias de governo na elaboração de indicadores consistentes e possíveis de serem medidos e acompanhados. Pode-se notar, também, a pouca importância dada ao acompanhamento das ações de governo pelas equipes executoras nas secretarias, que alteraram os valores esperados a cada ano, não informaram com precisão os valores medidos ou não se preocuparam em informar as unidades corretamente, o que pode ser conferido nas tabelas 10, 11, 12 e 13 Indicadores dos programas. 102 Para continuar a avaliação, verificaram-se os valores orçamentários propostos e executados de cada programa de governo (tabelas 14 a 17 em anexo), a fim de se avaliar a eficiência dos programas (conseguir atingir as metas com menor volume de recursos financeiros) e a capacidade de execução dos mesmos pelos órgãos e secretarias de governo. O objetivo estratégico IV obteve o menor valor de execução orçamentário-financeira dos programas: apenas 47,17% dos recursos previstos foram utilizados na execução dos projetos e atividades. Em seguida, os 30 programas relacionados com o objetivo estratégico I tiveram 58,55% de execução. Uma execução um pouco melhor teve o objetivo estratégico II em seus 8 programas: 70,30%. Apenas o objetivo estratégico III teve sua execução considerada adequada, 81,30%. Se considerarmos os recursos totais previstos e realizados de todos os 66 programas dos quatro objetivos estratégicos analisados neste trabalho, a execução foi de 65,99%. A Seplan-MT estabeleceu um critério para avaliar a execução orçamentáriofinanceira dos programas, sendo: Faixa de 90,01% a 110,00% - Ótimo; Faixa entre 80,01% a 90,00%, ou ainda, a faixa entre 110,01% a 120,00% - Bom; Faixa entre 60,01% a 80,00%, ou ainda, a faixa entre 120,01% a 140,00% - Regular; Faixa entre 40,01% a 60,00%, ou ainda, a faixa entre 140,01% a 160,00% - Deficiente; Faixa menor de 40,00%, ou ainda, acima de 160,00% - Altamente Deficiente. A execução orçamentária considerada ideal, ou ótima, conforme o critério estabelecido no RAG, se encontra na faixa de 90, 01 a 110%. Nesse caso, o orçamento proposto inicialmente teve sua execução na totalidade (100%) ou apenas uma pequena parcela não foi executada (até 9,99%). A execução acima de 100% também apresenta problemas e só pode ser considerada ótima quando ocorre um incremento de até 10% do valor inicial. Isso porque, assim como a execução a menor, a execução orçamentária acima de 100% indica que houve alteração do orçamento inicial, podendo ser na forma de remanejamento (o recurso total, ou parte dele, passa para outra ação), suplementação (o orçamento inicial tem um incremento) ou contingenciamento (o recurso total, ou parte dele, é bloqueado, não podendo ser utilizado) de recursos. Em todos os casos, o planejamento inicial não foi respeitado, seja por deficiência desse ou por problemas na arrecadação de receitas. 103 De acordo com esse critério, a execução orçamentário-financeira dos programas relacionados com os objetivos I e IV pode ser considerada deficiente, a execução dos programas do objetivo II regular e apenas a execução dos programas do objetivo III boa. Utilizando esse critério, pode-se medir o grau de desempenho da execução orçamentário-financeira dos programas. Neste caso, percebe-se a pequena capacidade de execução dos programas por parte das unidades administrativas. Muitas podem ser as causas para o fato: despreparo da equipe para a condução dos programas, erro no planejamento das ações, processos burocráticos complexos para celebração de convênios e contratos, contingenciamento do orçamento ou remanejamento de recursos por ordem do gestor do órgão ou secretaria, entre outras. De toda a forma, o instrumento de planejamento utilizado, no caso o plano plurianual, que poderia promover o desenvolvimento não foi seguido em sua íntegra, como foi demonstrado nesta seção: apenas 17,37% dos indicadores de programas cumpriram ou ficaram acima do planejado e a execução orçamentário-financeira dos programas em estudo foi considerada regular, de apenas 65,99%. Não se pode dizer que houve economia de recursos, no caso eficiência na execução das ações, pois a execução das metas foi baixa. O fato apresentado pode comprometer seriamente o resultado do planejamento, impedindo o alcance dos objetivos estratégicos definidos. Para verificar se a pequena execução dos programas de governo afetou a consecução dos objetivos do plano plurianual 2004-2007 e, consequentemente, a promoção do desenvolvimento do estado, serão avaliados na próxima seção os indicadores do PPA. 4.4 Indicadores do PPA A medição feita através de indicadores pretende dar objetividade a aspectos muitas vezes subjetivos, de modo a permitir comparações no período, local ou atividade a ser observada. Assim, para avaliar os quatro anos de execução do plano plurianual do Estado de Mato Grosso, foram utilizados os relatórios de ação governamental – RAG, o relatório de evolução dos indicadores do PPA e a publicação de dados socioeconômicos, Mato Grosso em números, edição 2010, todos disponíveis no site institucional da Seplan–MT. Havendo discrepância entre os números apresentados nesses relatórios e os obtidos nos sites oficiais do Governo Federal, optou-se pelos federais. 104 A análise considerou três áreas de atividades componentes da sociedade matogrossense: social, econômica e ambiental. O ordenamento dos indicadores nessas três áreas foi fundamental para a avaliação dos resultados alcançados com a implementação do plano plurianual em estudo. Considerando a área social, os indicadores procuravam avaliar os aspectos de saúde, educação e segurança da população. A área econômica avaliava emprego e renda, habitação, além dos aspectos macroeconômicos. A área ambiental, por sua vez, considerava as questões de utilização de agrotóxicos, incidência de queimadas e áreas protegidas no estado. 4.4.1 Área social I. Saúde O objetivo estratégico I “Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania” concentrava os indicadores relativos à área social, saúde, educação e segurança, analisados neste item, além dos relativos a emprego, renda e habitação, analisados na área econômica. Para avaliar as condições de saúde da população, definiram-se os indicadores de mortalidade infantil; cobertura vacinal DPT no primeiro ano de vida e acesso à saúde no interior do Estado. Em relação às condições da educação, os indicadores definidos foram: taxa de escolarização; taxa de abandono e distribuição percentual dos alunos das 4ª e 8ª série do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio nos níveis de desempenho em matemática e língua portuguesa. Por fim, a segurança pública foi verificada através das taxas de mortalidade por causas externas, homicídios, roubos e furtos. Os indicadores listados são comentados a seguir, de acordo com os resultados apresentados na tabela 18 – Indicadores para avaliação do PPA – área social, em anexo. 105 a) Mortalidade infantil A mortalidade infantil no Estado apresentava no ano de 2000 uma taxa de 22,2 crianças até um ano entre um total de 1.000 crianças nascidas vivas. De acordo com o padrão estabelecido pelo Ministério da Saúde, pode-se considerar essa taxa mediana (valores entre 20 a 49). No primeiro ano de execução do plano plurianual, a taxa de mortalidade reduziu para 20,2, mas continuou no mesmo patamar mediano. A partir de 2005, a taxa passou para a ser considerada baixa (valores abaixo de 20), diminuindo para 19,4. Nos anos seguintes, a taxa manteve-se nesse patamar, sendo 18,8 em 2006 e 18,2 em 2007. Apesar dessa crescente redução (quase 10% no período de quatro anos), o índice apresentado em 2007, último ano de execução do plano, ainda estava muito acima dos valores apresentados por países desenvolvidos em 2005, como Portugal (4), Canadá (5), Bélgica (4), Suécia (4) e Estados Unidos (7). A Organização Mundial de Saúde – OMS considera aceitável até 10 mortos por 1.000 nascidos vivos. b) Cobertura vacinal Tetravalente (DTP + HIB) no primeiro ano de vida O indicador cobertura vacinal se referia à aplicação da vacina DPT (difteria, tétano e coqueluche) no ano de 2001. Em 2003, o Ministério da Saúde substituiu a vacina DPT pela tetravalente, que engloba a DPT e a HIB (Haemophilus influenza tipo B). Então, os resultados referentes aos anos de 2004 a 2007 se referem à aplicação da vacina tetravalente. No ano inicial de apuração, 2001, o indicador apresentava um valor de 100,82 %, sugerindo que naquele ano mais de 100% das crianças menores de um ano foram imunizadas com a vacina específica. Pode-se tentar interpretar esse resultado como um número de crianças vacinadas que não estavam cadastradas, devido a amplas campanhas de divulgação com cobertura nacional Em todo caso, o indicador iniciou com o valor esperado, cobertura de 100%. Nos anos do plano plurianual apresentou valores próximos, um pequeno aumento em 2004 (101,03 %), diminuindo em 2005 (99,93%), voltando a subir em 2006 (100,21) e 2007 (108,69). c) Acesso à saúde no interior do Estado No PPA esse indicador se apresentava em construção e não teve nenhuma medição nos anos subsequentes. 106 II. Educação a) Taxa de escolarização ou escolarização líquida O indicador apresentou como valores iniciais, no ano de 1999, a taxa de escolarização de 94 para o ensino fundamental e 27,4 para o ensino médio. Essa taxa indica a proporção de estudantes de uma determinada faixa etária em um nível de ensino em relação ao total de pessoas dessa faixa. Dessa forma, o ensino fundamental apresentava em 1999 uma taxa de escolarização próxima de 100, demonstrando que havia uma pequena faixa da população em idade escolar que ainda poderia estar matriculada. No entanto, o ensino médio apresentava naquele ano uma taxa próxima de 30, apontando um grande problema a ser resolvido, a grande maioria dos jovens no Estado estava fora das salas de aula. Apesar de apontar uma área onde obrigatoriamente o Estado deveria intervir, esse indicador não teve seus valores medidos nos anos seguintes, o que impede a análise da situação do problema ao final do plano plurianual. b) Taxa de abandono ou evasão escolar A taxa inicial de abandono escolar em 2001 era de 19,5 no ensino fundamental e 24,8 no ensino médio, ambos em relação à rede estadual. Em relação ao ensino fundamental, a taxa de abandono aumentou para 21,2 em 2004, diminuindo nos anos subsequentes: 18,2 em 2005, 15,3 em 2006 e 6,9 em 2007. O ensino médio apresentou taxas maiores que a inicial nos três primeiros anos do PPA, sendo 28,7 em 2004, 29,2 em 2005 e 26,0 em 2007. Em 2007, a taxa apresentou uma queda substancial, ficando em 19,7. Quando consideradas as taxas de abandono do ensino do estado, os números se apresentam melhores, pois são consideradas as escolas particulares, contidas na rede estadual, que possuem menores taxas de abandono. Em 2007 o estado apresentou taxas de abandono de 5,0 para o ensino fundamental 17,9 para o ensino médio, contra a média nacional naquele ano de 3,2 e 10,0, respectivamente. Pode-se verificar que o estado de Mato Grosso, além de ter altas de abandono, ainda superava a média nacional. Além disso, o Brasil em 2007 apresentava a maior taxa da América Latina, tendo o Uruguai o menor valor em relação ao ensino fundamental (0,3) e a Venezuela em relação ao ensino médio (1,0) (MERCOSUL EDUCACIONAL, 2011). 107 c) Distribuição percentual dos alunos das 4ªs e 8ªs séries do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio nos níveis de desempenho em Matemática e Língua Portuguesa. O PPA apresentou em sua elaboração os valores iniciais desse indicador, referente ao ano de 2001, contidos na seção 3.4 deste trabalho. Os relatórios de ação governamental – RAG dos anos de 2004 a 2006 não apresentaram as medições dos anos seguintes. O relatório “evolução dos indicadores do PPA” e a edição 2010 do Mato Grosso em números também não relacionaram o indicador em questão. No site do INEP há informação desse indicador para o estado. No entanto, o mesmo é apresentado em 13 níveis e no PPA apenas em 8, o que impossibilita utilizar o dado. No relatório de evolução de indicadores, o indicador em questão foi substituído por “coeficientes de proficiência em língua portuguesa e matemática nas escolas urbanas estaduais, 8ª séries do ensino fundamental” (gráfico 2), cujos valores variam de 0 (aprendizagem muito baixa) a 1(nível de excelência). Pelos resultados obtidos na avaliação, verifica-se que os alunos das escolas urbanas estaduais tiveram uma pequena melhoria no nível de aprendizagem em língua portuguesa, saindo de 0,476 em 2003 para 0,481 em 2005. Na disciplina de matemática, os números pioraram, saindo de 0,485 em 2003 para 0,458 em 2005. Os valores informados mostram que os alunos em geral não conseguiram absorver nem metade dos conteúdos nas disciplinas de português e matemática, quando o coeficiente ficaria próximo de 0,5. Gráfico 2 – Proficiência nas 8ªs séries das escolas urbanas estaduais de Mato Grosso. Fonte: MATO GROSSO, 2008. 108 III. Segurança a) Taxa de mortalidade por causas externas A taxa de mortalidade causada por fatores externos, como acidentes de transporte, homicídios, suicídios, etc., reduziu-se em 9,67% no estado, saindo de 94,87 entre 100.000 em 2000 para 85,7 entre 100.000 em 2007. Nos quatros anos do plano plurianual, a redução foi um pouco menor, 8,05%, considerando o valor de 2004 de 93,2 entre 100.000. Apesar da redução em cada ano, a taxa em 2007 ainda era bem acima da média nacional, de 69,5 entre 100.000 óbitos. b) Taxa de homicídio, taxa de roubo, taxa de furto Em 2002, o estado apresentava a taxa de 2,29 homicídios para cada 10.000 habitantes, reduzindo para 2,05 em 2004, 1,94 em 2005 e 2,28 em 2006. Em 2007, essa taxa aumentou para 2,91, superando o valor inicial. A taxa de roubos se encontrava em 36,71 para cada 10.000 habitantes em 2002, reduzindo para 35,26 em 2004, mas voltando a subir nos anos seguintes: 38,87; 45,11 e 42,22. A taxa de furtos apresentou os piores resultados. Iniciou o plano plurianual com 124, 16 por cada 10.000 habitantes, aumentou para 129,22, experimentou uma pequena redução em 2006 (127, 94) e encerrou em 2007 com 135,55. 4.4.2 Área econômica A questão do emprego e renda é avaliada pelos indicadores taxa de atividade geral; proporção de empregados com carteira assinada; distribuição percentual da população ocupada por classes de rendimento médio mensal de todos os trabalhos em salário mínimo e rendimentos médios mensais (em reais e em salário mínimo) dos 40% mais pobres e dos 10% mais ricos da população ocupada. As condições de moradia da população são avaliadas pelos indicadores proporção da população em domicílios cedidos ou alugados e distribuição percentual das famílias residentes em domicílios particulares permanentes por classes de rendimento médio mensal familiar per capita em salário mínimo. 109 IV. Emprego e Renda a) Taxa de Atividade Geral O valor inicial desse indicador era de 64,6 % em 2001. Os valores seguintes não foram encontrados nos relatórios de ação governamental – RAG, no relatório “evolução dos indicadores do PPA”, nem na edição 2010 do Mato Grosso em números. b) Proporção de empregados com carteira assinada O indicador apresentou um crescimento de 14,05% em relação ao valor de 2004, saindo de 44,91% em 2004 para 51,21% em 2007, conforme gráfico 3 abaixo (MATO GROSSO, 2010). O PIB de Mato Grosso teve um aumento de 15,52% entre 2004 e 2007, 1,98% a. a., mostrando que o aumento de empregos formais está coerente com o aumento da riqueza do estado, o que poderia ser um indicativo positivo de distribuição de renda. Gráfico 3 – Proporção de empregados com carteira assinada em Mato Grosso. Fonte: MATO GROSSO, 2008. (1) Projeção. c) Distribuição percentual da população ocupada, por classes de rendimento médio mensal de todos os trabalhos em salário mínimo. De acordo com o gráfico 4 abaixo, a classe de rendimento que apresentou uma evolução maior foi a de “até ½ salário mínimo”, que saiu de 3,6% em 2001 para 5,4% em 2006 (50%), a classe “de ½ a 1 salário mínimo” teve incremento de 15,2 para 20,6% (35,53%) e “de 1 a 2 salários mínimos”, de 29,8% para 32,1% (7,72%). As demais classes tiveram 110 decréscimo em seus valores, sendo: “mais de 5 salários mínimos” -29,51%; “de 3 a 5 salários mínimos” -24,77% e “de 2 a 3 salários mínimos” -15,33%. Isso significa que houve uma deterioração nos níveis de salário. A transferência foi de salários acima dos mínimos para as classes inferiores. Gráfico 4 – População ocupada por classe de rendimento médio mensal. Fonte: MATO GROSSO, 2008. Apesar de o último indicador mostrar o aumento de empregos formais na mesma proporção do PIB do estado sinalizando distribuição de renda, este indicador mostra exatamente o contrário, ao ter aumento nas classes mais baixas, até 2 salários mínimos. d) Rendimentos médios mensais (em reais e em salário mínimo) dos 40% mais pobres e dos 10% mais ricos da população ocupada Através desse indicador, avalia-se a desigualdade na distribuição dos rendimentos. Em 2001, os 40% mais pobres do estado tinham como rendimento mensal R$182,14 ou 1,01salário mínimo. Os 10% mais ricos R$2.789,30 ou 15,5 salário mínimo, o que configurava uma diferença de 15,35 vezes. Os valores dos anos seguintes não foram informados. V. Habitação Para avaliar as condições de habitação da população, o objetivo estratégico I “Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania” contava com o indicador proporção da população em domicílios cedidos ou alugados e o objetivo estratégico II “Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social”, sendo esta entendida 111 como a parcela da população com menor apropriação de renda per capita, o indicador percentual de famílias residentes em domicílios particulares por classe de rendimento. a) Proporção da população em domicílios cedidos ou alugados Em 2001, Mato Grosso apresentava 73,1% da sua população morando em domicílios próprios, 16,4% em domicílios alugados e 10,1% em domicílios cedidos. Os valores dos anos seguintes não foram informados. b) Distribuição percentual das famílias residentes em domicílios particulares permanentes por classes de rendimento médio mensal familiar per capita em salário mínimo. As famílias residentes em domicílios particulares, em 2001 no estado, se dividiam dentre as classes de rendimento da seguinte forma: 21% na classe “até ½ salário mínimo”, 27,3% na classe “de ½ a 1 salário mínimo”, 25,6% “de 1 a 2 salários mínimos”, 8% na classe “de 2 a 3 salários mínimos”, 6,8% nas duas classes restantes. Os valores dos anos seguintes não foram informados. VI. Macroeconomia ou Aspectos Macroeconômicos O objetivo estratégico III “Promover o Desenvolvimento Sustentável da Economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação do micro, pequeno e médio empreendimento” concentrava os indicadores referentes às atividades econômicas desenvolvidas no estado. Eles procuravam expressar o desempenho da economia, através da análise da evolução do Produto Interno Bruto, do valor adicionado das atividades produtivas, dos volumes acumulados dos agregados macroeconômicos da balança comercial do índice de participação no mercado doméstico. a) Crescimento do PIB total e crescimento do PIB por atividade econômica Em 2003, o PIB a preço de mercado corrente do Estado era de R$27.889 mi, passando para 36.961 em 2004, 37.466 em 2005, 35.284 em 2006 e 42.700 em 2007. Nos quatros anos de execução do PPA, o aumento do PIB do estado foi de 15,52%, representando 1,6% de participação no PIB nacional. 112 A taxa de crescimento do PIB a preços básicos por atividade econômica do Estado no ano de 2007 foi de 11,35%, superior à taxa nacional que foi de 5,9% naquele ano (MATO GROSSO, 2011; IBGE, 2010). b) Participação das atividades econômicas de MT no valor adicionado bruto a preço básico A participação relativa da agropecuária no PIB apresentou elevação em 2004 (29,67%) e em 2005 (32,17), mas em 2006 reduziu sua participação para 25,25%, devido à crise de liquidez e renda do agronegócio desencadeada a partir de 2005. A atividade indústria de participação tem mantido sua participação relativa em torno de 10%, sendo 11,06% em 2004, 10,28 em 2005 e uma ligeira queda em 2006, 9,24. O ideal seria que esse setor tivesse um aumento significativo na participação do PIB do estado, devido à importância que tem no encadeamento da produção e consequente efeito multiplicador no restante da economia. O setor de serviços apresentou o maior valor de participação na economia do estado: 44,77% em 2004, 49,16% em 2005 e 56,56% em 2006. Os valores referentes ao ano de 2007 não foram informados. c) Evolução do volume do valor adicionado a preço básico acumulado por ano Valor adicionado a preço básico é a diferença entre o Valor Bruto da Produção, medido a preços do produtor, e o Consumo Intermediário, mensurado a preços de mercado. No caso de Mato Grosso, esse valor teve um incremento de 14,90% nos quatro anos do PPA. d) Balança Comercial Mato Grosso apresentou um saldo na balança comercial de 2.685 em 1.000.000 U$FOB em 2004, 3.742 em 2005, 3.927 em 2006 e 4.377 em 2007. Os valores citados representam um aumento de 63% em quatro anos. A balança comercial brasileira, nesse mesmo período apresentou os seguintes valores: 33.640; 44.757; 46.074 e 40.029, representando um aumento de 19% no período, bem 113 abaixo do estado de Mato Grosso. A participação relativa do estado na balança nacional saiu de 8,0% em 2004 para 10,9% em 2007. e) Índice de participação no mercado doméstico (IPMD) Os valores não foram apresentados nos relatórios informados, RAG e Mato Grosso em números. 4.4.3 Área Ambiental Os indicadores que avaliam as condições ambientais do Estado referem-se ao objetivo estratégico IV “Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando ao desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental”. VII. Agrotóxicos a) Quantidade de agrotóxico utilizado por unidade de área cultivada. O valor inicial desse indicador era de 3,46 kg/há em 2000. Os valores seguintes não foram encontrados no RAG, nem no relatório de evolução de indicadores. VIII. Derrubadas, Queimadas a) Número de focos de calor em um território e ano determinado. O valor inicial desse indicador era de 33.053 em 2001, passando a 52.918 em 2007, apresentando uma evolução de 60% no número de focos de calor em 6 anos. b) Número de focos de calor em MT num ano determinado / Nº de focos de calor no Brasil no mesmo ano x100 O valor inicial desse indicador era de 22,7% em 2001, passando a 22,84 em 2007, apresentando uma redução de 0,62% em seis anos. 114 c) Taxa de desflorestamento bruto, expressa em km2 por ano. Em 2003, o Estado apresentava uma taxa de desflorestamento de 18.595 km2, reduzindo para 18.151,28 em 2004 e 15.430,84 em 2005. IX. Áreas Protegidas Na época de elaboração do plano plurianual, este indicador estava em construção, não apresentando valores iniciais. Em 2007, Mato Grosso contava com áreas protegidas em três tipos de biomas: Floresta Amazônica, Cerrado e Pantanal, perfazendo um total de 18.995.597,38 hectares protegidos, em 90.319.429,16 hectares de área do estado (21,03%). Não há como dizer se houve uma evolução nesse indicador, pois não foi disponibilizado o valor inicial. 4.4.4 Análise geral Para verificar se houve promoção do desenvolvimento no estado, no período de execução do plano plurianual 2004-2007, foi avaliada a melhoria nos indicadores de saúde, moradia, trabalho, segurança, lazer, educação e saneamento básico, conforme explicado no capítulo 3, Métodos e dados. A área de saúde no estado foi a que teve o melhor desempenho. Dos três indicadores definidos no plano, dois tiveram evolução positiva. A mortalidade infantil saiu do patamar mediano do Ministério da Saúde para o baixo. No entanto, ainda apresenta índice bem acima do considerável aceitável pela OMS. A cobertura vacinal apresentou valores próximos aos 100%, sendo este indicador muito importante no controle e erradicação de doenças e, consequentemente, na redução da mortalidade infantil. O terceiro indicador, acesso à saúde no interior do estado não chegou a ser construído. Certamente, esses três indicadores relacionamse com as campanhas de divulgação feitas e com a cobertura dada pelo Ministério da Saúde. A questão da moradia contava com dois indicadores para sua avaliação, proporção da população em domicílios cedidos ou alugados e distribuição percentual das famílias residentes em domicílios particulares permanentes por classe de rendimento, mas não teve registros. A população de Mato Grosso em 2001 (IBGE, 2010) era de 2.605.537 habitantes. Destes, 26,5% moravam em domicílios cedidos ou alugados, representando um contingente 115 de 690.467.305 pessoas. O déficit habitacional no período de execução do plano plurianual ficou em 130.000 moradias em média, sendo de 133.964 em 2004, 118.207 em 205, 127.000 em 2006 e 141.000 moradias em 2007 (MATO GROSSO, 2011). Nesse mesmo período, o Governo do Estado construiu, através do programa “Meu Lar”, 32.546 casas, o que atenderia por volta de 25% da demanda (MATO GROSSO, 2010). Se considerarmos o período de 2003 a 2009, esses índices são ainda mais expressivos, pois o déficit habitacional apresentou a média de 124.000 moradias e foram construídas 60.727 casas, atendendo 48% da demanda. Apesar de apresentar um resultado importante na questão moradia, o plano plurianual não teve definido o indicador déficit habitacional, que mediria com precisão a necessidade de atuação nessa área pelo poder público. Ainda em relação à questão moradia, o relatório “evolução dos indicadores do PPA” apresentou o aumento do percentual de pessoas em domicílio com água potável canalizada de 82% para 90% e redução do percentual de pessoas em domicílio com densidade superior a 2 por dormitório de 19 para 18. A variável trabalho, ou emprego e renda, teve cinco indicadores no PPA: taxa de atividade geral, que não teve medição; proporção de empregados com carteira assinada, que aumentou 14,05% de 2004 a 2007; distribuição percentual da população ocupada, por classes de rendimento médio mensal de todos os trabalhos em salário mínimo, que teve um desempenho ruim, aumentando nas classes mais baixas e rendimentos médios mensais (em reais e em salário mínimo) dos 40% mais pobres e dos 10% mais ricos da população ocupada, que não foi medido. O relatório “evolução dos indicadores do PPA” apresentou outros indicadores para avaliar o mercado do trabalho: taxa de desocupação, medida pela porcentagem de pessoas desocupadas em relação à PEA, a qual apresentou um desempenho ruim: 5,7 em 2004, 8,0 em 2005 e 8,4 em 2006; e renda domiciliar per capita, definida como a razão entre a soma da renda mensal de todos os indivíduos da família residentes no domicílio e o número dos mesmos, que diminuiu de R$321,5 em 2004 para 315,2 em 2005. Em relação à renda, o indicador de indigência e pobreza apresentou números piores em 2005 em relação a 2004: a porcentagem de indigentes, sendo considerados aqueles cuja renda é insuficiente para comprar uma cesta alimentar que satisfaça requisitos mínimos em termos nutricionais, aumentou de 3,8 para 4,8 e a porcentagem de pobres de 15,9 para 17,9. Por outro lado, a porcentagem de não pobres diminuiu de 84,1 para 83,0 (MATO GROSSO, 2010). 116 O ponto positivo na questão do trabalho foi certamente o aumento do número de empregos com carteira assinada, o que melhora a qualidade de vida da pessoa, uma vez que ela pode contar com alguns direitos sociais importantes saindo da informalidade, como seguro desemprego, auxílio-doença, aposentadoria, entre outros. No entanto, os outros indicadores tiveram desempenho ruim, com aumento na população desocupada, diminuição da renda per capita, deterioração no nível salarial, aumento de pobres e indigentes. A segurança pública contava com dois indicadores: taxa de mortalidade por causas externas e taxa de homicídios, roubos e furtos. O primeiro indicador teve redução, mas ainda ficou bem acima da média nacional. O outro indicador, considerado importantíssimo no diagnóstico e na prevenção da criminalidade, apresentou aumento durante o período. A educação teve dois indicadores não acompanhados durante a execução do plano: taxa de escolarização e distribuição percentual dos alunos das 4ªs e 8ªs séries do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio nos níveis de desempenho em matemática e língua portuguesa. O terceiro indicador, taxa de abandono, apresentou melhoria nos quatro anos do plano. No entanto, os valores do estado em 2007 estavam muito acima da média nacional, sendo que o Brasil possuía naquele ano os piores valores da América Latina. Outros indicadores apresentados no “relatório evolução de indicadores do PPA” para avaliar a educação foram: coeficientes de proficiência em língua portuguesa e matemática, cujos números apresentaram melhora em matemática e piora em matemática, ambos abaixo de 50%; escolaridade média da população, que indica quantos anos em média a população permaneceu na escola, o qual que teve uma pequena melhora, saindo de 6,1 em 2004, para 6,2 em 2005 e taxa de analfabetismo, que mede o número de pessoas de 15 anos ou mais que não sabem ler ou escrever um bilhete simples, o qual apresentou uma pequena redução de 10,1 em 2004 para 9,7 em 2005. O lazer e o saneamento básico dos moradores do estado não tiveram nenhum indicador no PPA disponível para avaliação. Na publicação integração com desenvolvimento (MATO GROSSO, 2010), foi informada a construção de 27 quadras cobertas e 1 pista de skate e a concessão de 170 bolsas atletas como ações referentes ao esporte e lazer. Quanto ao saneamento básico, o relatório “evolução de indicadores” apresentou o aumento do percentual de pessoas em domicílios com instalação adequada de esgoto de 36 em 2004 para 44 em 2005. 117 Além dessas sete variáveis consideradas fundamentais para o desenvolvimento, o PPA definiu indicadores nas áreas econômica e ambiental. Os indicadores econômicos mostraram um bom desempenho do estado, com aumento de 15,52% do PIB e 63% na balança comercial no período do plano, superiores à média nacional e aumento do volume do valor adicionado a preços básicos, de 120,3 em 2004, para 126,5 em 2005. A participação nas atividades econômicas indicou aumento na atividade de comércio e redução nas atividades agropecuária e industrial. Nesse último indicador, é importante ressaltar que o setor industrial poderia ser responsável pela diversificação da estrutura produtiva do Estado, reduzindo a vulnerabilidade e internalizando os efeitos dinâmicos do crescimento sobre a renda e o emprego. O indicador de participação no mercado doméstico não apresentou medições. Por fim, cinco indicadores avaliaram a área ambiental, dos quais dois tiveram resultados positivos, apesar de pequenos: número de focos de calor em Mato Grosso em relação ao Brasil e taxa de desflorestamento, com redução de 0,62% em 6 anos e 14,99% de 2004 para 2005, respectivamente. A quantidade de agrotóxico utilizado por unidade de área cultivada e áreas protegidas não foram medidas. O último indicador teve um desempenho ruim, com aumento no número de focos de calor. Avaliando os vinte e quatro indicadores definidos no PPA, apenas oito tiveram desempenho satisfatório, seis ficaram abaixo do esperado e dez, quase a metade, não tiveram seus valores acompanhados durante a execução do plano. Aqui se repete o descaso com o instrumento de planejamento e com a sua importância na promoção de qualidade de vida aos moradores do estado. Os dados apresentados mostram que não há preocupação dos gestores públicos no acompanhamento e na avaliação das políticas públicas implementadas. Para que fosse possível a avaliação neste trabalho, foi necessária a inclusão de mais doze indicadores, dos quais sete se mostraram satisfatórios. A causa principal da falta de monitoramento do plano é o fato de não haver responsabilização na administração pública. Sem responsáveis, é impossível esperar por resultados. 118 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estado de Mato Grosso deu um grande passo rumo à efetividade das políticas públicas quando adotou em 1996 o modelo de gestão voltado para resultados. Neste modelo, são definidos diretrizes, objetivos e metas a serem cumpridos pela administração pública. Com a sua implantação, os gestores públicos deveriam incorporar conceitos como qualidade, eficiência, produtividade e responsabilização. Delineava-se, então, uma nova fase no estado, com definição clara de objetivos e resultados a serem alcançados e, mais importante, com a definição dos caminhos e meios para alcançá-los. Ao final, o resultado seria a oferta de melhor qualidade de vida aos cidadãos. Em 2003, seguindo o caminho traçado pelo governo federal, Mato Grosso implantou a gestão por programas e elaborou o primeiro Plano Plurianual do estado, para o período de 2004-2007. O PPA em questão incorporava as premissas do modelo gerencial voltado para resultados. Além disso, teria como inovação a sua construção de forma participativa. Nessa perspectiva, foram realizados fóruns regionais, distribuídos nos municípios-sede das regiões de planejamento da Seplan, com o objetivo de ouvir a população local, suas demandas e as vocações dos municípios. As demandas da população apropriadas e o diagnóstico socioeconômico do estado permitiriam que a equipe técnica da Seplan elaborasse os programas de governo que seriam responsáveis por atingir os objetivos estratégicos previamente definidos. No entanto, ao analisar os dados referentes aos fóruns regionais e os indicadores de programa e do plano plurianual, não se tem clareza quanto à consecução desse objetivo maior, que é o desenvolvimento do estado no período do plano. Como se viu, o modelo de planejamento participativo é fundamental para o desenvolvimento regional, pois trabalha em uma perspectiva endógena, cujo objetivo é reduzir as desigualdades regionais, estimulando a geração de capital social, a integração e a cooperação entre os agentes. Todavia, o sucesso na implantação de qualquer prática participativa depende de um longo apoio institucional, que dê credibilidade e sustentação às políticas públicas em curso na região. Neste ponto tem-se a primeira falha na condução do planejamento estratégico do estado: os fóruns regionais tiveram a representatividade da população local, mas a 119 participação social se encerrou com o fim dos mesmos. Não houve o cuidado de se montar uma estrutura contínua de participação social, sob a forma de conselhos regionais ou outra que fosse conveniente. A instância regional assim preconizada seria responsável pelo acompanhamento da execução dos programas, garantindo que fosse respeitada sua formulação inicial. Ou, caso fosse necessário o replanejamento de ações, o plano continuaria sendo elaborado sob uma perspectiva participativa. Além disso, a existência de uma instância de conselho local é imprescindível para a elaboração de um plano de desenvolvimento regional, cujo PPA 2004-2007 teve a pretensão de ser. Dessa forma, com a ausência desse elemento, o plano conseguiu apenas iniciar no estado uma nova forma de fazer planejamento, ouvindo a população das regiões, elaborando diagnósticos e criando programas para atuar nos problemas regionais. Apesar do avanço e das inovações, esse formato não foi suficiente para elaborar um plano que promovesse o desenvolvimento local/regional. Grande parte dos programas governamentais constantes do PPA foi elaborada a partir das necessidades da população, apresentadas nos fóruns regionais. No entanto, os mesmos não tiveram o desempenho esperado e, em muitos casos, sequer mitigaram os problemas que deveriam resolver. A avaliação dos programas foi feita através dos seus indicadores. Porém, metade deles não pode ser avaliada, pois não foram medidos pela equipe executora do programa ou nem chegaram a ser construídos. Apenas 17,37% dos indicadores dos programas conseguiram cumprir ou ficar acima da meta. A avaliação do plurianual foi feita através da avaliação dos seus indicadores, dos quais apenas 33% tiveram desempenho satisfatório, sendo relacionados: à melhoria da saúde da população, com diminuição da mortalidade infantil e aumento da cobertura vacinal; ao aumento do número de empregos com carteira assinada; à redução da mortalidade por causas externas; à redução da taxa de abandono; ao aumento do PIB; ao aumento do saldo da balança comercial; ao aumento do valor adicionado a preço básico; à redução de focos de calor em relação aos focos totais no país e à redução da taxa de desflorestamento. Dos indicadores avaliados, os referentes ao desempenho da economia matogrossense apresentaram os melhores resultados. No entanto, pode-se dizer que esse desempenho não foi distribuído de maneira igualitária à população se verificarmos a evolução tão tímida dos indicadores sociais. Em seguida, têm-se os indicadores relativos à saúde com bom desempenho. Esse resultado era de se esperar, pois a política de saúde dos estados segue 120 o planejamento do Ministério da Saúde e conta com todo o aporte metodológico e financeiro desse. A questão da moradia também sofreu um incremento importante, com a construção de 60.000 moradias, em um período superior ao da execução do plano plurianual. No entanto, o déficit habitacional ainda se apresentava demasiadamente alto ao final da execução do PPA. Alguma melhoria também pode ser percebida na geração de empregos formais, no saneamento básico e na promoção do esporte e lazer da população. Indicadores relativos à educação e segurança, apesar de apresentarem melhoria, ficaram bem abaixo da média nacional. Vários fatores podem ser levados em conta para tentar entender os resultados tão inexpressivos após a mobilização de tantos recursos na elaboração do plano plurianual. Certamente, os fatores principais são a falta de monitoramento, acompanhamento e avaliação contínua do plano e a falta de responsabilização dos gestores pela não realização das metas definidas inicialmente. Aliado a isso, tem-se o desconhecimento por parte dos técnicos do conceito de desenvolvimento e das políticas responsáveis pela sua promoção. As questões administrativa e burocrática, o contingenciamento de recursos e o quadro político também são importantes, tendo sua parcela de responsabilidade no fracasso de planos, mas não possuem certamente o impacto dos outros fatores. Além da definição clara de objetivos, metas e indicadores de desempenho para os programas, é necessário o acompanhamento sistemático dos planos, a fim de serem realizados ajustes e corrigidos desvios. É comum planos serem avaliados ao final da sua execução. Isso impede que se tenha uma atitude proativa ao longo da execução do programa, que possa reconduzi-los em direção aos objetivos pretendidos. Soma-se a isso a baixa qualidade dos indicadores definidos, os quais muitas vezes não correspondem aos seus objetivos. Por fim, não há um sistema de responsabilização e cobrança de resultados dos gestores, embora a Constituição Federal pregue a eficiência como um princípio da administração pública. Como resultado, tem-se o desperdício dos recursos públicos, a prestação de serviços de baixa qualidade e o não alcance dos resultados esperados. O plano de desenvolvimento, preconizado pelo Plano Plurianual 2004-2007, continha os componentes de sustentabilidade e endogenia essenciais a um modelo de desenvolvimento endógeno. Isso pode ser comprovado pelo fato de incluir em sua avaliação indicadores da área ambiental e ser construído em uma perspectiva de participação social. Essa construção participativa contrariou a lógica recorrente do planejamento de cima para baixo, elaborado 121 pelo nível estratégico, sem ouvir os atores locais e com grandes chances de fracasso. O planejamento estratégico participativo adotado pela Seplan identificou as capacidades e a dotação de recursos na região, ao elaborar os fóruns regionais. A partir dessas potencialidades socioeconômicas, tentou-se estabelecer um plano de desenvolvimento regional. No entanto, o plano não possuía o elemento de controle social, encerrando a participação popular na fase de elaboração do mesmo. O Plano Plurianual 2004-2007 conseguiu melhorar alguns indicadores sociais do estado. No entanto, a falta de monitoramento do plano impediu que se definissem indicadores claros e precisos que avaliassem o resultado das políticas e, consequentemente, a promoção do desenvolvimento do estado. 122 BIBLIOGRAFIA ALVES, O. Denysard; SAYAD, João. O Plano Estratégico de Desenvolvimento 1968-1970. In: MINDLIN, Betty. Planejamento no Brasil. 5ª edição – reimpressão. São Paulo: Editora Perspectiva, 2001. Capítulo 4, p. 91-109. AMARAL FILHO, Jair do. 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Programa: Expansão e Fortalecimento do Ensino Médio. Projeto: Expansão e melhoria da infraestrutura das escolas. 1.3 Criar alternativas para otimizar recursos do transporte escolar, dando responsabilidade maior ao Estado. 1.4 Implementar e definir políticas na área do ALFA de acordo com cada região; 1.5 Implantar laboratórios de informática, de química, física, biologia, matemática e de ciências naturais nas escolas da região. 1.6 Garantir o co-financiamento para o investimento na educação infantil; 1.7 Construir, equipar e redimensionar o quadro funcional do CEFAPRO, NTE e assessoria pedagógica, fortalecendo esta para tratar das questões indígenas educacionais. Construir um CEFAPRO na região sudoeste. 1.8 Rever o valor da merenda escolar por região. 1.9 Contratar psicólogos, psicopedagogos, assistentes sociais e dentistas para as escolas da região para programas Inter setoriais de atenção especial aos estudantes. 1.10 Reativar o PIQD (programa interinstitucional de qualificação do docente) para a região. 1.11 Valorizar os profissionais do serviço público, diferenciando os municípios de difícil acesso. Programa: Expansão, Manutenção e Melhoria do Ensino Superior, Pesquisa e Extensão. Projetos: 1Ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação; 2-Ampliar e fortalecer parcerias para os 1.12 Criar cursos especiais de nível superior, em outras áreas do conhecimento, além das licenciaturas, para Programas de Ensino de Graduação e Pós-Graduação, visando a atender os municípios de difícil acesso (à distância e modular), estabelecendo convênios entre Estado, UFMT e Formação de Educadores e outros Profissionais (Professores das Redes Estaduais e Municipais, Prefeituras da região; criação de uma universidade pública. Educadores Indígenas, Comunidades Negras, Rurais e Assentamentos Agrários). 1.13 Capacitar professores para trabalhar em educação especial. 1.14 Propor formação continuada para os servidores do Estado. 1.15 Incluir na matriz curricular do aluno: educação de saúde, educação ambiental, educação para o trânsito, formação de consciência de cidadão e técnicas agrícolas com noções de cooperativismo e associativismo. 1.16 fortalecer e apoiar a implantação de novos cursos na UFMT, Campus do Médio Araguaia. 131 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 1.17 Garantir a continuação do Projeto Arara Azul; 1.18 Incentivar a educação de jovens e adultos e alfabetização de adultos. Programa: Escolarização de Jovens e Adultos. Projetos: 1-Alfabetização de Jovens e Adultos (LETRAÇÃO); 2-Desenvolvimento da Política de Educação de Jovens e Adultos na Educação Básica. 1.19 Criação de uma política voltada para a educação rural, com estruturação das escolas nos assentamentos, com Programa: Educação no Campo. Projetos: 1-Fortalecer a Educação no Campo; 2-Incentivo à vistas à fixação do homem no campo. implementação da Educação no Campo. 1.20 Criar projetos para redução da evasão escolar. 1.21 Retomada das discussões para implantação do Sistema Único de Educação e articulação para a implantação do FUNDEB. 1.22 Descentralizar os repasses para escolas para flexibilidade o uso dos recursos nas escolas; 1.23 Definição de políticas públicas para a educação infantil, educação especial, educação de jovens e adultos e ensino médio. 1.24 Implantação de um campus da UNEMAT no município de Matupá, consolidando assim um Polo Regional de Educação Superior, orientado para a promoção da cultura local, para os princípios da sustentabilidade e para a administração rural, envolvendo os cursos de agronomia, veterinária, zootécnica e agroindústria. 1.25 Implantação de Centros Educacionais de Atenção Integral a criança e ao adolescente (Projetos Luz do Sol). 1.26 Apoio à implantação do PROEP. 1.24. Implantar uma sistemática de acompanhamento e avaliação dos recursos financeiros do estado e união repassados aos municípios. 1.28 Implementar as bibliotecas escolares. 1.29 Cumprimento dos acordos coletivos e da LOPEB, inclusive piso salarial. 1.30 Interiorização do ensino, por meio de ônibus-escola, de bibliotecas públicas e do acesso ao computador e à internet (Projeto Educação). 1.31 Disponibilizar veículos automotores para as assessorias pedagógicas e CEFAPRO. 1.32 Necessidade da existência de porteiros (vigias, inspetores...) em todos os horários nas escola e que os mesmos tenham qualificação. 1.33 Cursos de pós-graduação gratuitos. 1.34 Fortalecimento da UNEMAT, com apoio das licenciaturas e cursos universitários a distancia. 1.35 Ajuda de custo para os profissionais que estiverem fora de seu domicílio de trabalho. 132 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS 1.36 Ensino médio na zona rural com remuneração diferenciada para os professores. PROGRAMAS/PROJETOS Programa: Expansão e Fortalecimento do Ensino Médio. Projeto: Melhoria do atendimento aos alunos do Ensino Médio. Programa: Educação no Campo. Projetos: 1-Fortalecer a Educação no Campo; 2-Incentivo à implementação da Educação no Campo. 1.37 promover a formação superior para docentes de nível médio em parceria com a UFMT. 1.38 Implantar programa de prevenção às drogas lícitas e ilícitas nas escolas. 1.39 Realização de concursos públicos para professores e pessoal administrativo. 1.40 Melhorar o apoio aos municípios pela Secretaria de Educação Estadual. 1.41 Disponibilizar recursos no orçamento estadual para o projeto “Consciência Fiscal”, estabelecendo parcerias com os municípios. 1. 42 Criar um sistema de avaliação da qualidade de ensino. 1.43 Abertura de 4 cursos de parceladas nas áreas de História, Geografia, Letras e Matemática (160 alunos). Programa: Expansão, Manutenção e Melhoria do Ensino Superior, Pesquisa e Extensão. Projetos: 1Ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação; 2-Ampliar e fortalecer parcerias para os Programas de Ensino de Graduação e Pós-Graduação, visando a Formação de Educadores e outros Profissionais (Professores das Redes Estaduais e Municipais, Educadores Indígenas, Comunidades Negras, Rurais e Assentamentos Agrários). Programa: Expansão, Manutenção e Melhoria do Ensino Superior, Pesquisa e Extensão. Projetos: 1Ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação; 2-Ampliar e fortalecer parcerias para os Programas de Ensino de Graduação e Pós-Graduação, visando a 1.44 Abertura de DEAD-LIPEB (Departamento de Educação a distancia – Licenciatura Plena em Educação Formação de Educadores e outros Profissionais (Professores das Redes Estaduais e Municipais, Básica): uma turma de 240 alunos. Educadores Indígenas, Comunidades Negras, Rurais e Assentamentos Agrários). 1.45 Abertura de DEAD-LIPEB – Creche pré-escolar: uma turma de 120 alunos. 1.46 Abertura de mais cursos noturnos, além do curso de biologia. Programa: Expansão, Manutenção e Melhoria do Ensino Superior, Pesquisa e Extensão. Projetos: 1Ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação; 2-Ampliar e fortalecer parcerias para os Programas de Ensino de Graduação e Pós-Graduação, visando a Formação de Educadores e outros Profissionais (Professores das Redes Estaduais e Municipais, Educadores Indígenas, Comunidades Negras, Rurais e Assentamentos Agrários). 1.47 Abertura de cursos Psicologia, Filosofia e Sociologia noturno. Programa: Expansão, Manutenção e Melhoria do Ensino Superior, Pesquisa e Extensão. Projetos: 1Ampliação da oferta de vagas nos cursos de graduação; 2-Ampliar e fortalecer parcerias para os Programas de Ensino de Graduação e Pós-Graduação, visando a Formação de Educadores e outros Profissionais (Professores das Redes Estaduais e Municipais, Educadores Indígenas, Comunidades Negras, Rurais e Assentamentos Agrários). 1.48 Construir e manter a casa do estudante em Pontal do Araguaia. 1.49 Estruturar nas escolas rurais, aulas em horário integral, em dias intercalados, dessa forma contribuindo para Programa: Educação no Campo. Projetos: 1-Fortalecer a Educação no Campo; 2-Incentivo à diminuição dos custos (financeiro e tempo) do transporte escolar. implementação da Educação no Campo. 1.50 Criar programas para a formação e qualificação para professores na área indígena (ensino básico e superior). 133 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 1.51 Criar uma coordenadoria regional de esportes, vinculada à assessoria pedagógica dos municípios. 1.52 Criar uma superintendência de Educação Ambiental e Fomento Cultural, na estrutura da SEDUC, com ação descentralizada nos polos. 1.53 Destinar recursos para ações sociais que garantam atendimento integral aos jovens e à terceira idade, utilizando a estrutura da PROSOL nos municípios (oficinas). 1.54 Implementar parcerias entre Estado/Municípios para criação da “Casa da Cultura”. 1.55 Garantir investimentos para projetos educacionais voltados aos portadores de necessidades especiais; 1.56 Criação de escolas técnicas, com cursos profissionalizantes de acordo com a vocação dos municípios. Ex. áreas de saúde, turismo e outras. 1.57 Criar um calendário de eventos esportivos e culturais da região. 1.58 Unificar as redes estaduais e municipais de ensino com redistribuição equivalente de responsabilidade e recursos. 1.59 Capacitar professores para desenvolverem a área artística /cultural com foco na cultura mato-grossense; 1.60 Garantir recursos para construção de centros culturais e poliesportivos nos municípios. 1.61 Garantir que o Conselho Estadual de Cultura tenha representantes de todas as regiões mato-grossenses. 1.62 Implantação de hortas nas escolas. 2. Saúde Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: Cooperação Técnica para Estruturação dos Serviços Hospitalares. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projetos: 1-Implantação de Hospitais nas Regiões Norte e Médio Araguaia; 2-Reforma e Adequação do Hospital Regional de Sorriso; 3-Reforma do Hospital Geral Nicolau Fragelli em Poconé; 4-Ampliação e Adequação da Unidade Mista de Tangará da Serra; 5Ampliação do Hospital Municipal de Jaciara; 6-Implementação do Hospital Regional de 2.1 Implantação de um hospital regional com serviços e equipamentos de apoio diagnóstico e terapêutico Rondonópolis; 7-Ampliação dos Hospitais Regionais de Cáceres e de Rondonópolis para Instalação de (Sorriso, Juína, Juara, Matupá, Confresa, Cuiabá, Diamantino, Primavera do Leste, Água Boa e Tangará). Equipamentos; 8-Readequação Física dos Hospitais Regionais de Rondonópolis e Cáceres. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação do Centro de Tratamento Renal e Outras Adequações no Hospital Júlio Muller em 2.2 Implantação de um Centro de Hemodiálise em Juína, Sinop e em Tangará. Cuiabá 2.3 Implantação de uma Casa Albergue para atendimento social (inclusive andarilhos e pessoas em tratamento de Programa: Fortalecimento do Complexo Regulador do SUS. Projetos: 1-Ampliação de Casas de saúde) em parceria com os municípios e entidades filantrópicas. Apoio dentro e fora do Estado; 2-Implementação de Casas com Leitos de Retaguarda. 2.4 Ampliar a equipe de PSF (urbano e rural), PASCAR (Juína e Matupá) e construção sede Pontal do Araguaia. 2.4 Criar incentivo de controle de endemias (malária, febre amarela, doenças de chagas). 134 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: Estruturação e Implementação da Rede Laboratorial para Exames de Interesse da Vigilância. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projetos: 1-Implantação da Sede do Laboratório Central-LACEN em Cuiabá; 2-Implantação de Laboratórios Regionais. 2.6 Implantar um LAREN (Laboratório Regional de Referência) na região (Pontal do Araguaia, Juína e Tangará). em Saúde e Assistência. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projetos: 1Estruturação e Implementação da Rede Laboratorial para Exames de Interesse da Vigilância; 22.7 Ampliar o atendimento do CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) para dependentes químicos para atender a Implementação da Assistência Psicossocial no CIAPS Adauto Botelho. região (Juína, Confresa, Vila Rica, São Félix, Nova Xavantina e Sapezal). em Saúde e Assistência. Projeto: Implantação de serviços substitutivos em Saúde Mental. 2.8 Aumentar o valor da renda per capita para o repasse dos programas de saúde. 2.9 Incentivar a implantação de consórcio intermunicipais de saúde. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: Ampliação e Reestruturação dos Consórcios Intermunicipais de Saúde 2.10 Implantar o SAE (Serviço Ambulatorial Especializado aos portadores do vírus HIV- AIDS e outras doenças Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: sexualmente transmissíveis). Vigilância, Prevenção e Atenção em HIV/AIDS e outras doenças sexualmente transmissíveis. 2.11 cobrir em 33% do custo total do PSF no Vale do Arinos e nos assentamentos. 2.12 Capacitação continuada dos profissionais de saúde e descentralização de cursos de especialização na área de saúde. 2.13 Descentralização para região das referenciais das doenças tropicais (leishmaniose, hanseníase). 2.14 Estrutura física e adequação do quadro de RH do Escritório Regional de saúde e criação de novos escritórios regionais (Matupá, Pontes e Lacerda e Sinop). Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação e Reforma dos Escritórios Regionais de Saúde. 2.15 Inclusão dos municípios com população abaixo de 20.000 hab. no processo de micro regionalização. 2.16 Implementação da Central de regulação de vagas com serviços de TFD estadual. Programa: Fortalecimento do Complexo Regulador do SUS. Projeto: Implementação das Centrais Regionais de Regulação. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação de uma Central de Regulação em um Escritório Regional. Programa: Reestruturação da Assistência Farmacêutica. Projeto: Implementação do Ciclo da Assistência Farmacêutica (Seleção - Programação 2.17 Reorganizar a Política de Assistência Farmacêutica Regional, construção e manutenção de farmácia de Aquisição - Armazenamento - Distribuição - Dispensação). Programa: Desenvolvimento da Política manipulação de medicamentos na Região (Matupá e Tangará) e criação da farmácia básica do idoso. de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação e Implementação de Farmácias de Manipulação. 2.18 Construção de Indústria de Medicamentos no Estado. 2.19 Criação de Centros de Pesquisa Tecnológica para o aproveitamento sustentável dos recursos agroflorestais da região, inclusive para fins farmacológicos e da fitoterapia. 135 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS 2.20 Implantação do Centro de Zoonoses Regional. PROGRAMAS/PROJETOS Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação de Centros Regionais de Zoonoses. 2.21 Regionalização do hospital de Alta Floresta. 2.22 Descentralização da distribuição de remédios para ERS. 2.23 Construção, reforma e estruturação das unidades da rede básica de saúde (Paranaíta). Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projetos: 1-Implantação de Postos de Saúde no Estado; 2-Implantação do Pronto Socorro em Diamantino; 3-Implantação de Posto de Saúde no Distrito de Batovi no Município de Tesouro; 4-Ampliação e Reforma do Centro de Saúde de Figueirópolis D`Oeste; 5-Ampliação e Reforma Centros de Saúde no Estado; 6-Implementação de Unidades de Atenção Básica de Média Complexidade; 7-Implantação de Posto de Saúde na Comunidade de Novo Paraíso-Município de Nova Canaã do Norte; 8-Ampliação do Centro de Saúde de Carlinda. 2.24 Programa de atendimento emergencial aos assentamentos, com garantia das condições básicas de habitação, saneamento básico e atendimento médico e odontológico. 2.25 Integralização das informações da área de saúde, com maior eficácia nas transmissões e consolidações dos Programa: Gestão Democrática do SUS. Projeto: Realização de Conferências de Saúde e Eventos dados. Correlatos. 2.26 Garantia de repasses, com pontualidade, dos recursos pactuados entre governo estadual e municipais. 2.27 Inclusão de profissionais como assistente social, odontólogo e fisioterapeuta nos PSF. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projetos: 1Implantação de Clínicas Odontológicas Especializadas; 2-Implantação do Serviço de Buco-maxilofacial. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação de Centros Odontológicos. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: Implantação de Unidades de Reabilitação. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento 2.28 Construir e equipar Centro de Reabilitação nos municípios que não o possuem e ampliação da unidade local em Saúde. Projeto: Implantação da Sede da Fundação Centro de Reabilitação Dom Aquino Correa (Pontal do Araguaia) do CRDAC – Centro de Reabilitação Dom Aquino Corrêa.. em Cuiabá. 2.29 Aquisição de veículo de transporte para UCT (Pontal do Araguaia). Programa: Fortalecimento da Atenção Básica. Projetos: 1-Expansão e Consolidação das Equipes de Saúde da Família; 2-Implementação de equipes de saúde bucal integradas às equipes de saúde da 2.30 Ampliação das equipes de saúde da família, com transporte (veículo) e equipe de saúde bucal para cada família; 3-Incentivo a organização e implementação da atenção básica na zona rural (PASC equipe, principalmente as equipes rurais. Rural). 2.31 Aquisição de ambulância semi UTI e apoiar os municípios na instalação de semi UTIs nos hospitais Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação e municipais. Implementação de Unidades de Terapia Intensiva-UTI. 2.32 Criar cursos técnicos profissionalizantes de saúde (enfermagem, técnico em odontologia, laboratório de RX, etc. 136 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 2.33 Realizar ações voltadas para o fortalecimento dos Conselhos Municipais de Saúde (ex.: capacitação dos conselheiros e divulgação do seu papel para a sociedade). Programa: Gestão Democrática do SUS. Projeto: Efetivação do Controle Social Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: Ampliação dos Serviços de Assistência Hospitalar. Programa: Desenvolvimento da política de investimento em saúde. Projetos: 1-Implantação de Almoxarifado nos Hospitais Regionais de Colíder, Rondonópolis, Cáceres e Sorriso; 2-Readequação Tecnológica do Centro Cirúrgico em Nova Monte Verde; 3-Ampliação e Readequação Tecnológica do Hospital Municipal de Brasnorte; 4-Adequação Tecnológica das SES e Hospital Regional de Rondonópolis; 5-Adequações para Implantação das Unidades de Terapia Intensiva Adulto e Neonatal da Santa Casa de Misericórdia de Rondonópolis; 6-Instalar Equipamentos Biomédicos e Laboratório para as Unidades de Coleta e Transfusão, Agências Transfusionais e HEMOCENTRO; 7-Instalação de Gerador de 180 kwa no HEMOCENTRO; 8-Aquisição de Veículos para Unidades de Coleta e Transfusão- HEMOCENTRO; 9-Readequação Física dos Hospitais Regionais de Colíder, Cáceres e Sorriso 10-Aquisição de Equipamentos para os Hospitais Regionais de Colíder, Rondonópolis, Cáceres e Sorriso; 11-Aquisição de Equipamentos para os Hospitais Regionais de Colíder, Rondonópolis, 2.34 Apoio para estrutura física e aquisição de Equipamentos Hospitalares para todos os municípios, reforçando Cáceres e a implantação dos módulos assistenciais e sua modernização. Sorriso; 12- Conservação dos Estabelecimentos de Saúde no Estado. 2.35 Recursos para construção (conclusão) da unidade mista de Confresa (já iniciada obra). Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projetos: Fornecimento de Hemocomponentes e Hemoderivados de Qualidade aos Usuários do SUS. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projetos: 1-Implantação e Reforma de Unidades de Coleta e Transfusão-UCT; 2-Readequação Tecnológica de Unidades de Coleta e 2.36 Reforma e ampliação do UCT (Unidade de Coleta e Transfusão) de Porto Alegre do Norte e aquisição de Transfusão-UCT e Agências Transfusionais-AT; 3-Implementação de Unidade de Coleta e Transfusãoequipamentos. UCT. 2.37 Criação do CTA (Centro de Testagem e Aconselhamento) em São Félix, que é referência para 6 municípios. 2.38 Reestruturar a política de apoio à Saúde Indígena. 2.39 Assegurar a pesquisa entomológica para diagnóstico e vigilância da leishmaniose tegumentar americana, Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação do problema este especifico na região. Laboratório de Entomologia. 2.40 Aumentar o número de profissionais especialistas na área de saúde. 2.41 Descentralizar a unidade orçamentária do hospital regional de Sorriso através da criação de um decreto Lei. 2.42 Promover a capacitação dos gestores municipais sobre o funcionamento das políticas de saúde, visando à melhoria do gerenciamento dos serviços. 2.43 Garantir aos municípios consorciados autonomia para a escolha dos hospitais conveniados ao SUS para encaminhar seus pacientes. 137 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 2.44 Reavaliar o consórcio Garças – Araguaia para rever a pactuação de metas de assistência, estimular a modernização gerencial e promover o seu realinhamento. 2.45 Criar Unidade Regional de Prevenção e Controle de Câncer - URPCC. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação da Sede do ONCOCENTRO em Cuiabá. 2.46 Apoiar a aquisição de equipamentos para o laboratório municipal de análises clínicas Geraldo Pimenta Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: (Pontal do Araguaia). Ampliação dos Serviços de Assistência Hospitalar. Programa: Fortalecimento do Complexo Regulador do SUS. Projeto: Ampliação de Casas de Apoio 2.47 Apoiar os municípios na manutenção e funcionamento de centros de convivência para os idosos (através da dentro e fora do Estado. Pro – Sol). 2.48 Aprimorar Programas de Saúde voltados para a prevenção e tratamento da tuberculose, hanseníase e DST/AIDS, incluindo ações de capacitação dos profissionais (reestabelecer o “Tolerância Zero” que incentiva a notificação e acompanhamento de casos de hanseníase pelos ACM). 2.49 Garantir reajuste salarial de 20% para os funcionários da área de saúde, em 2003, conforme deliberação do Conselho Estadual de Saúde, da Comissão Inter gestora Bi-partite Estadual e Assembleia Legislativa. 2.50 Eliminar a interferência política (de deputados e outros políticos) na intermediação de atendimentos, o que contradiz o funcionamento da Central de Regulação de Vagas. 2.51 Implantação de um centro para recuperação de dependentes químicos. 2.524 Informatização gerencial na área de saúde. 2.53 Criar equipe de acompanhamento multidisciplinar de saúde para atender as escolas da região financiadas pelo Estado. 2.54 Promover a humanização do atendimento da saúde. 2.55 Descentralizar a contratação de exames de média e alta complexidade para a região (tomografia, mamografia e encefalograma, etc...). 2.56 Construir Policlínicas, unidades centrais de laboratórios, unidades de UTI intermediária e neo-infantil em todos os municípios da região (Cuiabá). 2.57 Reformar e ampliar Hospital e Pronto Socorro de Cuiabá. 2.58 Implantação de UTIs em Sinop. 2.59 Disponibilizar veículos automotores para as equipes do PSF que atendem a comunidade rural e urbana. 2.60 Aumentar incentivos estaduais para a implantação das equipes do PSF que atendem a comunidade rural. 2.61 Equipar os hospitais municipais e filantrópicos da baixada cuiabana com aparelhos de Raio X, de ultrassonografia e de eletrocardiograma. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Implantação e Implementação de Unidades de Terapia Intensiva-UTI. 138 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 2.62 Equipar as policlínicas de Cuiabá com aparelhos de Raio X, de ultrassonografia e de eletrocardiograma. 2.63 Equipar a policlínica do Coxipó, transformando-a em Hospital de referencia da regional sul de Cuiabá. 2.64 Adquirir unidade móvel de atendimento médico e odontológico para os municípios da baixada cuiabana. 2.65 Rever e reformar a base de cálculo dos recursos destinados à saúde, garantindo o cumprimento da Constituição Federal. 2.66 Programa da saúde da mulher, da criança e do idoso. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projetos: 1Implantação da Casa da Gestante 2.67 Implantar em todos os municípios da região o Programa de Vida Saudável. 2.68 Descentralizar e duplicar as ações as ações do TFD. 2.69 Descentralizar as ações da Escola de Saúde Pública. Programa: Desenvolvimento da Política de Investimento em Saúde. Projeto: Readequação Tecnológica da Escola de Saúde Pública. 2.70 Implementar a vigilância sanitária e epidemiológica em todos dos municípios. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projetos: 1Fortalecimento e Descentralização das Ações de Vigilância Sanitária; 2-Fortalecimento da Vigilância Epidemiológica das Doenças de Notificação Compulsória (DNC), outras doenças e agravos relevantes. 2.71 Promover programas de saúde ocular e auditiva. 2.72 Fortalecer os centros de referencias em alta complexidade da região. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projeto: Fortalecimento dos Serviços de Alta Complexidade nos Municípios de Referência. Programa: Fortalecimento do Complexo Regulador do SUS. Projeto: Implementação da Central de Alta Complexidade. 2.73 Reativação do Hospital Municipal de 4 Marcos transformando em extensão do Hospital Regional. 2.74 Implantar, em Tangará da Serra, para atendimento da região centro de hemodiálise. 2.75 Propor ao Governo Federal a adoção de mecanismos de articulação e supervisão, pelo Governo do Estado, dos serviços de atendimento à saúde indígena prestados por ONGs. 2.76 Criar uma unidade de referência regional para atendimento da saúde mental. Programa: Implementação e Efetivação da Micro regionalização da Saúde no Estado. Projetos: 1Implantação de serviços substitutivos em Saúde Mental; 2-Implementação da Assistência Psicossocial no CIAPS Adauto Botelho. Programa: Desenvolvimento da política de investimento em saúde. Projeto: Reforma do Hospital Adauto Botelho. 3) Assistência Social 3.1 Garantir a continuidade dos programas na área social de ação continuada. Programa: Gestão da política da assistência social. Projeto: Monitoramento dos projetos na área de assistência social nos municípios. 139 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS 3.2 Implantar Centros de Convivência para os idosos, crianças e adolescentes na região. PROGRAMAS/PROJETOS Programa: Atenção às crianças, adolescentes e jovens. Atividade: Manutenção e Coordenação dos Abrigos (Lar Criança / Abrigos). Programa: Desenvolvimento do desporto. Projeto: Construção de Centros de Convivência da Terceira Idade. 3.3 Firmar parcerias para construção e ampliação de creches. 3.4 Criar projetos para auxiliar na formação do cidadão como SER HUMANO. 3.5 Capacitação e apoio financeiro aos Conselhos Tutelares. Programa: Conselhos na Construção do Controle Social. Projeto: Fortalecimento dos Órgãos Colegiados (Conselhos). Programa: Gestão da política da assistência social. Projeto: Apoio ao monitoramento dos Conselhos Municipais. 3.6 Criação de Centro Regional para atendimento de adolescente dependente químico e infrator. Programa: Ressocialização dos reeducandos e adolescentes infratores. Projetos: 1-Reestruturação física do atendimento a adolescentes em conflito com a lei; 2-Propiciar condições de ressocialização dos adolescentes em conflito 600 com a lei. Atividade: 1-Manutenção e coordenação das ações de atendimento ao adolescente em conflito com a lei. 3.7 Viabilização da Construção de Centro de apoio a Mulher vítima de violência e seus filhos. Programa: Cidadania para todos. Atividade: Fortalecimento do Sistema de Garantia das Políticas Afirmativas. 3.8 Ampliação dos valores per capita dos Programas Sociais. 3.9 Implantação dos Programas Sociais para atendimento da criança e adolescente em todos os municípios da Programa: Conselhos na Construção do Controle Social. Atividade: Apoio ao Sistema de Garantia de regional. Direitos à Criança e ao Adolescente - CEDCA. 3.10 Construção de Casas Transitórias Regionais. 3.11 Apoio ao Programa Fome Zero. 3.12 Criar Linhas de Crédito e facilitar os pequenos núcleos familiares, através do Banco Social ou Banco do Programa: Geração de trabalho, emprego e renda. Atividade: Financiamento à Microempreendedores Povo. MICROCRÉDITO. Programa: Geração de trabalho, emprego e renda. Projetos: 1-Qualificação Profissional para Geração 3.13 Capacitação de técnicos a esses Núcleos familiares conforme as necessidades dos municípios da região e de Trabalho, Emprego e Renda; 2-Capacitação de instrutores para o artesanato mineral. Programa: em áreas de assentamentos. Atenção integral às famílias. Projeto: Apoio financeiro e técnico aos núcleos de atendimento. 3.14 Construir Centros de Múltiplo Uso nos municípios da região. 3.15 Garantir 10% do orçamento estadual para a Assistência Social. 3.16 Implantar programas de capacitação de profissionais para trabalhar com portadores de necessidades especiais. 3.17 Aumentar o valor per capita e as metas para programas que atendam os portadores de necessidades especiais. 140 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 4) Saneamento Básico 4.1 Incentivar a implantação e implementação da política de saneamento básico: aterro sanitário, reciclagem do lixo, controle de qualidade da água, esgoto e educação sanitária. Programa: Apoio ao saneamento básico nos municípios. Projetos: 1-Construção, ampliação e recuperação do sistema de abastecimento de água e do sistema de esgotamento sanitário; 2-Elaboração de projetos técnicos de saneamento básico. Programa: Apoio ao saneamento básico nos municípios. Projetos: 1-Construção, ampliação e 4.2 Expandir e complementar a Rede de Abastecimento d‟água nos bairros de Cuiabá e nos municípios da recuperação do sistema de abastecimento de água e do sistema de esgotamento sanitário; 2-Elaboração baixada cuiabana. de projetos técnicos de saneamento básico. 4.3 Promover a integração entre saneamento básico e educação. 4.4 Estender a rede de esgoto para todos os bairros de Cuiabá e para todos os municípios da região. Programa: Apoio ao saneamento básico nos municípios. Projetos: 1-Construção, ampliação e recuperação do sistema de abastecimento de água e do sistema de esgotamento sanitário; 2-Elaboração de projetos técnicos de saneamento básico. 5) Habitação 5.1 Concretizar o projeto habitacional com construções de casas, fortalecer o programa bolsa material de Programa: Meu lar. Projetos: 1-Construção de habitações urbanas e infraestrutura; 2-Construção de construção para pessoas carentes conforme a demanda de cada município. habitações rurais e infraestrutura; 3-Distribuição de bolsas "material de construção". 5.2 Criar instâncias municipais para a gestão da política habitacional responsável pelos critérios dos beneficiários e estabelecimento de normas que impeçam a “comercialização” dos imóveis e fiscalização da qualidade dos materiais utilizados. 5.3 Desenvolver mecanismos para ampliação do número de casas a serem construídos com recursos públicos (ex.: parcerias entre Estado, municípios e beneficiários, intermediação de recursos pelo Estado junto aos agentes financeiros). 5.4 Transferir aos municípios todos os lotes urbanos de propriedade do Governo Estadual a fim de serem regularizados e ocupados devidamente. Programa: Cidade cidadã. Projeto: Regularização urbana dos municípios. 5.5 Reduzir os impostos dos materiais básicos para construção de casas populares. 5.6 Destinar recursos para regularização fundiária de lotes urbanos em todos os municípios da região. 5.7 Proporcionar linhas de crédito aos municípios para criação de carteira de aval que atenda a população de baixa renda na compra de materiais básicos de construção. 5.8 Construir vilas para policiais civis e militares com infraestrutura com escola, posto de saúde, etc. 6) Segurança 6.1 Implantação de projeto de reintegração de presos na sociedade. Programa: Ressocialização dos reeducandos e adolescentes infratores. Projeto: Ressocialização dos reeducandos. 6.2 Aumentar o corpo de efetivo policia militar na região. Programa: Redução da criminalidade. Projeto: Reestruturação operacional do policiamento ostensivo. 141 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 6.3 Disponibilizar viaturas adequadas para a região e recursos para sua manutenção. 6.4 Disponibilizar profissionais específicos para desempenhar as funções administrativas e externas nas polícias. 6.5 Criar destacamentos da polícia na região. 6.6 Equipar e informatizara polícia militar e civil com armas adequadas para a região. 6.7 Implantação de projetos contra a violência nas escolas – Programa PROERD. 6.8 Criar um Pelotão do Corpo de Bombeiro Militar na região, desvinculado de Sinop e na região de Matupá. Programa: Prevenção e atendimento a sinistros e emergências. Projetos: 1-Descentralização Operacional do Corpo de Bombeiros na Região Metropolitana; 2-Ampliação de atuação do corpo de bombeiros nos municípios; 3-Modernização dos serviços do Corpo de Bombeiros. 6.9 Melhorar o repasse e a aplicação do FUNRESEG (Fundo de Segurança Pública) por região. 6.10 Formação acadêmica específica para os policiais e formação continuada por meio de cursos periódicos para Programa: Redução da criminalidade. Atividade: Formação e capacitação continuada dos servidores o efetivo das polícias militar e civil, respeitando a constituição do Polo, e que os cursos sirvam de base para a do sistema de segurança progressão na carreira. pública. Programa: Ressocialização dos reeducandos e adolescentes infratores. Projeto: Reestruturação física 6.11 Construção de um presídio regional. do Sistema Prisional. Programa: Redução da criminalidade. Atividade: Formação e capacitação continuada dos servidores do sistema de segurança 6.12 Capacitação dos agentes carcerários. pública. 6.13 Ampliação de recurso para custeio e manutenção, assegurando melhores condições para a realização de diligências. 6.14 Criação de uma delegacia da mulher na região. 6.15 Destinar um delegado para cada município da região. 6.16 Reformar e ampliar os presídios de Vila Rica e São Felix do Araguaia e as cadeias públicas. 6.17 Construir um novo presídio em Porto Alegre do Norte, em Confresa e em Água Boa. 6.18 Implantar uma delegacia regional em cada comarca da Região (Confresa). 6.19 Implantar postos avançados de polícia nos assentamentos. 6.20 Buscar parcerias para implantar melhoria de vida nos presídios. 6.21 Implantar o sistema de polícia comunitário. 7) Justiça 7.10 Instalação de Cartórios de primeiro ofício nas Comarcas, e de segundo ofícios em todos os municípios, através de concursos públicos. 7.2 Disponibilizar Defensores Públicos nas regiões (Juína, Confresa e Paranaíta). 7.3 Criar Segunda Entrância na região (Juína). Programa: Redução da criminalidade. Projeto: Consolidação do policiamento comunitário. 142 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 7.4 Criação de uma Comarca em Guarantã do Norte, Paranaíta. 7.5 Criação de uma Vara da justiça do trabalho na região (Matupá). 7.6 A Justiça deve ser atuante quanto aos direitos do cidadão assegurados em lei aos usuários da Assistência Social. 7.7 Assegurar que as empresas de transportes cumpram a lei que dispõe sobre os direitos dos usuários da Assistência Social. Programa: Defesa do interesse coletivo. Projeto: Incrementação da promoção da cidadania. 7.8 Implantar Centros de Cidadania nas Comarcas da região, com as funções de: confecção de documentos, Programa: Redução da criminalidade. Projeto: Implementação e manutenção dos Centros Integrados defesa do consumidor e do trabalhador, pequenas causas e outros. de Segurança e Cidadania. 7.9 Destinar juízes e promotores definitivos para as comarcas da região (Confresa). 8) Cultura, Esporte e lazer Programa: Desenvolvimento do Desporto. Projetos: 1- Ampliação de infraestrutura para prática desportiva do lazer; 2-Ampliação de infraestrutura para prática desportiva do lazer; 3-Construção de Quadras Poliesportivas Cobertas. Programa: Desenvolvimento do lazer. Projetos: 1-Estímulo e orientações profissionais às práticas de atividades físicas; 2-Incentivo à prática de atividades esportivas e culturais para criança e adolescente 8.1 Implantar projetos para desenvolver ações de lazer, cultura e esporte e construção de centros culturais, nas áreas de risco. Programa: Intercâmbio e integração cultural. Projeto: Apoio Técnico e Logístico inclusive na zona rural. dos Projetos Culturais. Atividade: Realização de Ações Culturais. 8.2 Garantir a criação e ampliar o incentivo à cultura através do Fundo Estadual da Cultura, de forma democrática. 8.3 Incentivos às artes cênicas por meio de criação de bolsas para os talentos regionais. Programa: Intercâmbio e integração cultural. Atividade: Realização de espetáculo de teatro, dança e circo - Artes Cênicas Brasil. 8.4 Promover parâmetros de distribuição igualitária dos recursos de financiamento da área da cultura entre todos os municípios do Estado a partir da criação dos Fóruns Regionais. 8.5 Incentivar, através da Secretaria de Cultura do Estado, práticas culturais nas escolas. 8.6 Promoção de competições esportivas no polo Regional de Matupá. Programa: Desenvolvimento do desporto. Projeto: Realização de jogos regionais estudantis matogrossenses (JOREM's). 8.7 Incentivar a pesquisa e a preservação do patrimônio cultural. Programa: Preservação do Patrimônio Cultural e Ambiental. Projeto: 1-Restauração de Patrimônios Históricos; 2-Construção do Memorial Rondon (2ª etapa); 3-Criação de Museus; 4-Elaboração de Projetos de Restauro; 5-Continuação do Estudo de Escavações Arqueológica no Município de Vila Bela da Santíssima Trindade (2ª etapa Fronteira Ocidental). 8.8 Tombamento de sítios arqueológicos na região. Programa: Preservação do Patrimônio Cultural e Ambiental. Projeto: Realização dos Inventários para Tombamentos. 8.9 Descentralização da Secretaria de Esporte e Lazer por meio da criação de polos regionais. 143 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS PROGRAMAS/PROJETOS 8.10 Construir o Espaço Cultural Museológico, no campus da UNEMAT de Nova Xavantina. 9) Emprego e Renda 9.1 Viabilizar a instalação de micro e pequenas empresas para aumento de renda e empregabilidade. Programa: Organização do associativismo. Atividade: Geração de micro e pequenos empreendimentos em áreas de extrema pobreza Programa Nacional de Geração de Emprego e Renda - PRONAGER. 9.2 Apoiar o cooperativismo e o associativismo para funcionamento de micro indústria de alimentos e artesanato, confecções. Programa: Fomento agropecuário. Projeto: Agroindústria da Produção Familiar. Programa: Fomento ao desenvolvimento industrial. Projetos: 1-Incentivo às empresas para 9.3 Criar linhas de créditos que viabilizem a implantação de micro indústrias para aproveitamento da matéria- industrialização de produtos alimentares; 2-Agronegócio da Madeira; 3-Incentivo às empresas para prima da região (leite, couro, madeira,...). industrialização do couro produzido no Estado. Programa: Atenção à pessoa portadora de deficiência. Projeto: Apoio às instituições nas ações de 9.4 Buscar parcerias para desenvolver programas de profissionalização para portadores de necessidades valorização de Pessoas Portadoras de Deficiência especiais. PPD. 9.5 Viabilização financeira da produção familiar, garantindo assistência técnica e comercialização do produto. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projetos: 1-Promoção do acesso ao crédito rural (PRONAF); 2-Habilitação de agricultores em elaboração de projetos para captação de crédito rural. 9.6 Implementar projetos de incentivos aos assentamentos e aos pequenos produtores, para sua permanência no campo e aumento de renda. Programa: Nossa terra, nossa gente. Projeto: Assentamentos Rurais. 9.7 Criar parcerias para assessoria técnica aos produtores (micro e pequeno); Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Promoção dos Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural – ATER 9. 8 Ampliar o projeto Casulo nos municípios. 9.9 Compromisso com a implementação da Reforma Agrária. 9.10 Agilizar a regularização fundiária. Programa: Regularização fundiária rural. Projetos: 1-Regularização fundiária de áreas rurais menores que 100 há; 2-Regularização fundiária de áreas rurais acima de 100 há; 3-Regularização Fundiária do Projeto de Gerenciamento de Micro Bacias Hidrográficas. Programa: Organização do associativismo. Projetos: 1-Fomentar o Desenvolvimento da Economia 9.11 Implantar um Centro de Apoio às famílias para a geração de emprego e renda (qualificação, inserção no Solidária para geração de Trabalho, Emprego e Renda; 2-Fortalecimento do Desenvolvimento da mercado de trabalho, incentivo às cooperativas e associações). Economia Solidária para Geração de Trabalho, Emprego e Renda. 144 (Continuação) ESTRATÉGIAS/DEMANDAS 9.12 Criar e manter programa de erradicação do trabalho infantil. PROGRAMAS/PROJETOS Programa: Atenção às crianças, adolescentes e jovens. Atividade: Coordenação e monitoramento do Programa Erradicação ao Trabalho Infantil PETI. 9.13 Dar continuidade aos programas PROGER (Programa de Geração de Emprego e Renda) e PADIC Programa: Organização do associativismo. Atividade: Geração de micro e pequenos empreendimentos (Programa de Apoio as Iniciativas Comunitárias) e estender suas ações a todos os municípios da região e manter em áreas de extrema pobreza Programa Nacional de Geração o Fundo de Aval do Governo. de Emprego e Renda - PRONAGER. 9.14 Implantar um posto do SINE na região. 9.15 Contemplação do “Programa Qualificar” de acordo com a vocação da região em todos os municípios. 9.16 Criar um Polo de desenvolvimento Regional para direcionar as políticas de assentamentos, geração de emprego e renda, economia local, através de Conselhos Municipais. 9.17 Implantar curso de agronomia em Pontes e Lacerda, já que o município possui o laboratório que serve ao curso de Zootecnia. 9.18 Incentivar a implantação de Agência Escola e do Hotel Escola (Laboratório do Curso de Turismo da UNEMAT-Nova Xavantina). 9.19 Criar um Programa para “Primeiro Emprego” (16 a 24 anos) para a juventude com ênfase na qualificação. Fonte: Seplan-MT. Elaborada pela autora. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Elaboração de Planos de Desenvolvimento Local Sustentável. 145 Quadro 3 - Segmento econômico Estratégias/Demandas (Continua) Programas/Projetos 1. Investir na formação profissional continuada, permitindo ao trabalhador sua constante requalificação, em sintonia com as demandas regionais do mercado de trabalho. 1.1 Garantir recursos para conclusão e manutenção do CENFOR regional Diamantino, Tangará da Serra, Juara, Barra do Garças e Sinop. Programa: Formação Qualificada de Recursos Humanos. Projeto: Implementação de Centros de Educação Profissional. Atividade: Manutenção da Atividade de Educação Profissional. 1.2 Integrar as ações do governo voltadas para a questão da qualificação e do emprego (Programa Qualificar- SINEPRODER- CENFOR). Programa: Formação Qualificada de Recursos Humanos. Projeto: Educação Profissional. 1.3 Expansão das ações do pequeno e médio empreendimento rural e urbano e o re ou aproveitamento das pessoas locais como multiplicadores. 1.4 Revisão dos programas de treinamento já implantados reforçando os mesmos. 1.5 Apoio a estruturação da escola agrícola de Tapurah, implantar uma escola agrícola em Confresa e reativar a escola agrícola de Alta Floresta. 1.6 Fortalecer a Secretaria de Trabalho e Cidadania e intensificar as parcerias com as Secretarias e ORGÃOS afins nos Municípios. 1.7 Apoiar a qualificação para as comunidades indígenas. 1.8 Fortalecimento das Instituições públicas de ensino médio profissionalizante e superior em toda a região (Paranaíta e Confresa). Programa: Formação Qualificada de Recursos Humanos. Projeto: Educação Profissional. 1.9 Priorizar a questão da educação Cooperativista na qualificação profissional, com destaque para o pequeno produtor / os assentamentos rurais. 1.10 Qualificação de pessoas para atuarem nas exatorias. 1.11 Adequar as demandas as vocações regionais (agropecuária, turismo, clientela prioritária) descentralizar as ações do Programa Qualificar, para os municípios, garantindo seu acompanhamento e continuidade. 1.12 Possibilitar alternativas para criação de cursos de pós-graduação lato sensu direcionados ao desenvolvimento técnico-científico da região. 1.13 Utilizar o espaço físico da Escola Agrícola de Porto dos Gaúchos, como Centro de Capacitação e campo experimental com estrutura adequada para efetivar cursos e treinamentos em conformidade com as necessidades regionais (esta escola já conta com 66 ha de terra e estrutura física adequada). 1.14 Criação de uma Escola Técnica Regional de qualificação e formação profissional no polo de Sapezal. 146 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 1.15 Potencializar as estruturas regionais, através da intensificação de parcerias: Escolas Técnicas, CENFOR, FUFMT, UNEMAT, FEMA, SEBRAE, SENAI / SENAC, Sindicatos, Cooperativas, INDEA / EMPAER, ONGS, Conselhos Municipais de Trabalho, etc. 1.16 Ampliar a capacitação na área da gestão pública, com ênfase nas parcerias Estado – AMM –PrefeiturasUNEMAT e Tribunal de Contas. 2. Fortalecer a produção e disseminação do conhecimento, priorizando o desenvolvimento regional. 2.1 Expansão do Ensino Superior na Região (N º DE VAGAS e CURSOS). 2.2 Expansão e/ou dos cursos da UNEMAT na Região (Diamantino, Água Boa, Matupá, Alta Floresta, Pontal do Araguaia, Juara, Colíder, Apiacás, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes, Sinop, Campo Novo, Tangará da Serra, Barra do Bugres e região Noroeste), priorizando os cursos da área das ciências agrárias, com destaque para cursos de tecnólogos e ensino a distância. 2.2 Articular a expansão da UFMT (Diamantino) na região. 2.3 Descentralização administrativa, orçamentária e financeira da UNEMAT e ampliação de recursos. 2.4 Articular para criação de um CEFET agroindustrial. 2.5 Garantir a operacionalização do Centro Regional de Pesquisa da EMPAER, com intensificação da parceria com as Universidades Locais. 2.6 Instalação de núcleos tecnológicos em parceria com associações, cooperativas e sindicatos de produtores. 2.7 Criação de uma unidade regional de pesquisa para as culturas de soja, milho, arroz, feijão e sorgo e outras, Programa: Desenvolvimento Regional Sustentável. Projetos: 1- Financiamento de projetos de envolvendo a correção e conservação do solo e demais tratos culturais. inovação tecnológica; 2- Articulação para implantação de tecnologias inovadoras. 2.8 Criar e fortalecer institucionalmente órgãos de ciência e tecnologia de forma participativa e organizada de âmbito regional. Programa: Popularização da Ciência. Projeto: Informação em C&T no Estado de MT. 2.9 Fortalecer a iniciação científica nas áreas do ensino médio, profissional e superior com apoio da FAPEMAT. 2.10 Criação de um fundo ou linha de credito (Estadual) priorizando famílias de baixa renda que queiram cursar outros cursos de ensino superior não contemplados na sua região. 2.11 Incentivar projetos de investigação local e regional em diversas áreas para atender a necessidade existente. Programa: Popularização da Ciência. Projetos: 1- Financiamento de kits de ciência nas escolas estaduais de ensino médio; 2- Financiamento de salas de ciências; 3- Financiamento de museus de ciência, bibliotecas e arquivos; 4- Implantação de kits de ciência nas escolas estaduais de ensino médio; 5- Implantação de salas de ciências; 6-Apoio a implantação de museus de ciência, bibliotecas e arquivos. 147 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 2.12 Estimular a implantação de Universidades e/ou Faculdades Públicas ou Privadas no Noroeste do Estado. 2.13 Transformar a Escola Agrícola de Juína em Escola Técnica Agrícola Regional, estendendo atendimento até o nível médio e com o consequente aumento de vagas. 2.14 Garantir recursos da FAPEMAT para as universidades da região (Pontal do Araguaia). 2.15 Implementação do processo de rodízio de cursos na região. 2.16 Implantar núcleos pedagógicos da UNEMAT, para atender os municípios Santo Afonso, Denise, Nova Marilândia, Arenápolis, Nortelândia e Alto Paraguai. 2.17 Aumentar o nº de pesquisadores e a divulgação dos resultados dos projetos já existentes a nível regional. Programa: Fomento a Projeto de Pesquisas. Projetos: 1- Apoio a projetos de pesquisa científica; 2Apoio a eventos/publicações científica. Atividade: Fiscalização de projetos científicos. 3. Fortalecer institucionalmente a ciência e a tecnologia de forma participativa e organizada 3.1 Incentivo a pesquisa para combate as pragas e doenças da agropecuária regional. Programa: Desenvolvimento Regional Sustentável. Projetos: 1- Financiamento de projetos de inovação tecnológica; 2- Articulação para implantação de tecnologias inovadoras. 3.2 Criação de uma incubadora e de unidades demonstrativas de produção para o desenvolvimento de produtos agroindustriais com a parceria das Instituições de Ensino Superior. 3.3 Fortalecer os conselhos municipais de trabalho, visando à definição das prioridades de qualificação profissional. 3.4 Priorizar a agricultura alternativa nas ações da pesquisa. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Pesquisa de inovações tecnológicas em áreas rurais. 3.5 Criação de Conselho Regional do Desenvolvimento ou Câmara Regional de Negócios. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Promoção do acesso ao crédito rural (PRONAF). 3.6 Reestruturar e fortalecer os órgãos públicos (EMPAER-EMBRAPA) e as parcerias com a iniciativa privada / universidades e municípios. 3.7 Garantir recursos da FAPEMAT (Fundação de Amparo a Pesquisa) para o apoio à pesquisa na região. Programa: Fomento a Projeto de Pesquisas. Projetos: 1- Apoio a projetos de pesquisa científica; 2Apoio a eventos/publicações científica. Atividade: Fiscalização de projetos científicos. 3.8 Criar e internalizar um sistema de informação e disseminação do conhecimento (software Árvore do Conhecimento) a nível regional. 3.9. Instalação de Laboratório de analise de solo e água na região; 3.10 Implantação de um centro de pesquisa e estudos em convenio com a Embrapa e Estado para gerar e transferir tecnologias que promovam a utilização dos recursos naturais e da biodiversidade Amazônica de forma sustentável e Programa: Desenvolvimento Regional Sustentável. Projetos: 1- Desenvolvimento de tecnologias competitiva. para micro e pequenas mineradoras; 2- Ampliação do Centro de Tecnologia Mineral. 148 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 4. Oportunizar e facilitar o acesso a linhas de crédito para micro e pequenos empreendimentos, incentivando a ampliação do mercado. 4.1 Disponibilizar e desburocratizar o crédito para os micro e pequenos empreendedores rurais e urbanos e cooperativas regionais com destaque para a criação e implementação de fundo de aval, Banco do Povo, etc. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Habilitação de agricultores em elaboração de projetos para captação de crédito rural. 4.2. Articular com o Banco do Brasil, visando à mudança de seu papel em relação à gestão do FCO e PRONAF (ampliação dos agentes financeiros na gestão do FCO); Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Incentivo à Criação e Capacitação dos Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural Sustentável - CMDRS. 4.3 Articulação junto aos agentes financeiros para liberação do crédito agroindustrial. 4.4 Intensificar a regularização fundiária e tributária municipal com a prioridade para a organização do cadastro Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Reordenação fundiário e tributário. Fundiária. 4.5 Reativar as linhas de financiamento para armazenagem a nível de produtor. 4.6 Articular com o Governo Federal para rever, melhorar e intensificar o modelo de Reforma Agrária no Estado, ouvindo os Conselhos Municipais de Desenvolvimento Rural (principalmente na seleção dos Assentados). Programa: Programa Mato-grossense de Melhoramento da Pecuária (PROMMEPE). Projetos: 1Apoio à Produção da Ovinocultura; 2- Apoio à Produção da Pecuária de Corte; 3-Apoio à Produção da Aquicultura; 4- Apoio à produtividade e qualidade da pecuária de leite; 5-Apoio à Produção da 4.7 Organizar Sistema de Informação sobre a Comercialização de produtos Agropecuários para pequenos Apicultura; 6- Apoio à Produção da Suinocultura. Programa: Melhoria do Abastecimento e produtores, visando mercado nacional e internacional (reativar o PROMMEP). Comercialização. Projeto: Implementar Sistema de Informações Agropecuárias. 4.8 Buscar recursos para a extensão rural (Ex. PAI e POLONOROESTE). 4.9 Ampliar e agilizar a atuação do PADIC, PRONAF, FCO, PROGER, PRO-MADEIRA, PRO-CAFÉ, PRO- Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Promoção do NATUREZA e PRÓ-AMBIENTE, na região. acesso ao crédito rural (PRONAF). 4.10 Apoiar a participação das bases, nas tomadas de decisões para definir prioridades das linhas de produção. 4.11 implementar ações articuladas para a regularização fundiária na região, para detentores de áreas de até 04 Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Reordenação módulos fiscais. Fundiária. 4.12 Realizar a revisão territorial dos municípios da região. 4.13 Incrementar os processos de emancipação das áreas de assentamentos. 4.14 Criar programas de agentes financeiros diversificados voltados para os micro, pequeno e médios produtores, respeitando as peculiaridades da região. 149 (Continuação) Estratégias/Demandas 4.15 Reduzir a burocracia como forma de facilitar o acesso do micro, pequeno e médio produtor as linhas de crédito. Programas/Projetos 4.11 Garantir recursos necessários para sustentar as ações desenvolvidas pelas empresas do Governo que atuam no Programa: Gestão do Processo de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Minas e Energia; setor agropecuário. Projeto: Gestão do FUNDEIC. 4.12 Adequação do FUNDEI para os pequenos e médios empreendimentos produtores. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Promoção do 4.13 Baixar o módulo rural (INCRA) para viabilizar o acesso ao crédito. acesso ao crédito rural (PRONAF). 4.14 Descentralizar, desburocratizar e dar transparência à situação dos projetos de crédito oficiais, em especial FCO / PRONAF. 4.15 Fortalecer a fiscalização dos projetos a serem financiados, através do fortalecimento dos Conselhos Municipais Estaduais de Participação. 5. Garantir uma política de qualidade de assistência técnica e extensão rural para os pequenos e micro produtores. 5.1 Garantir recursos financeiros, humanos, técnicos e administrativos (destaque para a questão salarial), valorização para a reestruturação dos serviços de assistência técnica e extensão rural (EMPAER) e Defesa Sanitária (INDEA), com destaque para os projetos de desenvolvimento integrado dos Assentamentos Rurais (presença física dos ORGÃOS no local), abrindo concursos públicos para esses órgãos. 5.2. Fortalecer parcerias com entidades privadas ligadas com o setor agropecuário, para assistência técnica e extensão rural. 5.3 Juntar no mesmo local INDEA, EMPAER, Agencia Fazendária e outros órgãos do governo. Programa: Educação ambiental integrada. Projeto: Estímulo à destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos e afins. 5.4 Controle do uso de agrotóxicos (contaminação). 5.5 Parceria com o município em forma de gestão compartilhada de atuação. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Incentivo à Agricultura Orgânica. 5.6 Implantação de um programa regional de agricultura familiar, orgânica e cooperativada, visando à produção integrada e a melhoria da renda familiar do pequeno produtor rural através da AGREPA (Associação dos Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. agricultores ecológicos do portal da Amazônia). Desenvolvimento de redes de referência tecnológica para a agricultura familiar. 5.7 Possibilitar o intercâmbio de experiências, bem sucedidas entre os municípios desenvolvendo estudos e pesquisas, organizando publicações, oferecendo formação, consultoria e assessoramento relacionados a programas de desenvolvimento econômico e cultural. Projeto: 5.8 Reativar e ampliar o campo experimental da EMPA/EMBRAPA em Juína. 5.9 Revogação da Lei n. 7.337, que criou os cargos de DAS para a EMPAER e garantir concurso público garantindo Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Promoção dos o aumento de efetivos. Serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural - ATER. 150 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 5.10 Implantar programas de políticas públicas, como forma de melhorar a qualidade da extensão e assistência técnica rural e a empreendimentos urbanos, viabilizando a implantação dos respectivos projetos. 5.11 Implantar um programa que discipline a distribuição das taxas de elaboração de projetos de assistência técnica, garantindo que as mesmas sejam destinadas ao escritório local responsável pela elaboração dos mesmos. 6. Estimular agregação de valor aos produtos mato-grossenses (verticalização da produção), visando o fortalecimento das cadeias produtivas. Programa: Fomento Agropecuário. Projeto: Produção de Matrizes e Reprodutores de Suínos. 6.1 Assegurar recursos de implantação de frigorífico de suínos e aves e seus subprodutos. Programa: Desenvolvimento da Agricultura. Projetos: 1-Apoio à Cadeia Produtiva da Fruticultura; 2-Incentivo à Cultura do Algodão (PROALMAT); 3- Incentivo à Cultura do Café (PROCAFÉ); 4Apoio à diversificação e expansão de culturas da agricultura. 6.2 Desenvolver e modernizar as Cadeias Produtivas Regionais (Fruticultura – Boi – Soja – Algodão - Avicultura, leite, madeira, turismo, suinocultura, soja, algodão, milho, fruticultura, avicultura, etc...), através do desenvolvimento dos AGROPÓLOS; Programa: Fomento Agropecuário. Projeto: Agroindústria da Produção Familiar. Programa: Desenvolvimento Florestal. Projetos: 1- Apoio e incentivo às atividades florestais; 26.3 Priorizar a organização da produção agroindustrial nos projetos de assentamento (projeto de desenvolvimento Caracterização tecnológica da madeira. Programa: Fomento ao Desenvolvimento Industrial. integrado dos assentamentos). Aperfeiçoar e intensificar o Projeto Casulo como modelo. Projeto: Agronegócio da Madeira. 6.4 Modernização do Parque Industrial Madeireiro, com destaque para o aproveitamento de subprodutos da madeira Programa: Melhoria do Abastecimento e Comercialização. Projetos: 1- Apoio a Comercialização e (artesanato, brinquedos, etc.). Abastecimento; 2- Apoio a implantação de Centros de Comercialização nos Municípios. 6.5 Criar centrais de comercialização de produtos agroindustriais de micro e pequenos produtores. 6.6 Organização das comunidades de bairros pobres em cooperativas de costureiras, agroindústrias artesanais, aproveitamento do lixo reciclável e outras. Programa: Fomento Agropecuário. Projeto: Fomento a Apicultura. 6.7 Projeto de incentivo a criação de pequenos animais (apicultura, avicultura e aquicultura) e animais exóticos. Programa: Fomento ao Desenvolvimento Industrial. Projeto: Incentivo às empresas para industrialização do couro produzido no Estado. 6.8 Industrialização de derivados de origem animal. 6.9 Incentivo a implantação de indústria de óleos vegetais para fins farmacológicos, alimentícios, cosméticos e outros. 6.10 Apoio aprimoramento genético do gado leiteiro adaptado à região; Programa: Fomento ao Desenvolvimento Industrial. Projeto: Incentivo à instalação de indústria da cadeia produtiva do algodão. 6.11 Apoio à agregação de valor as culturas anuais (milho, arroz, algodão, sorgo, etc.), através do processo de Programa: Desenvolvimento Regional Sustentável. Projetos: 1- Desenvolvimento de tecnologias transformação em produtos de origem animal. para micro e pequenas mineradoras; 2- Ampliação do Centro de Tecnologia Mineral. 151 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 6.12 Apoio aos projetos de exploração dos recursos minerais, preservando as condições ambientais. 6.13 Apoio a projetos de aproveitamento dos recursos naturais. 6.14 Incentivo a preservação das florestas financiado com recursos destinados ao sequestro do carbono. 6.15 Apoio ao cadastramento da floresta existente e exploração através do manejo da floresta em pé. 6.16 Criação do Banco de Fomento. 6.17 Criação de meios legais para que o município possa ter autonomia de legislar sobre a saída de mercadorias innatura da região. 6.18 Concentrar investimento públicos na formação e promoção de uma cultura associativista e de cooperativismo econômico e social. 6.19 Redução do ICMS da Energia para a Micro e Pequena Indústria. 6.20 Continuação dos programas: café, madeira, leite, fruticultura, piscicultura. (Todos os programas de produção e incentivo fiscal). 6.21 Criar incentivos fiscais para a reciclagem industrial dos resíduos da madeira e lixo urbano. 6.22 Promover estudos e pesquisas das tendências do mercado consumidor para direcionar a produção. Programa: Fomento ao Desenvolvimento Industrial. Projeto: Incentivo às empresas para industrialização do couro produzido no Estado. 6.23 Incentivo a industrialização dos produtos derivados do boi, promovendo a instalação de um curtume com a Programa: Fomento ao Desenvolvimento Comercial e de Serviços. Projeto: Fomentar o industrialização do couro e de uma fábrica de farinha de ossos. desenvolvimento externo do comércio, indústria e serviços. 6.24 Criar uma política de incentivos fiscais em parceria com os municípios, que propicie a exportação dos produtos mato-grossenses, desenvolvendo ações que previnam impactos ambientais. 6.25 Garantir preço mínimo aos produtos agropecuários e florestais. 6.26 Divulgar, através das empresas de assistência técnica e pesquisa, sindicatos, e outros, os organismos existentes que compram produtos da região. 6.27 Incentivar e apoiar a criação do “Novilho Precoce”. 6.28 Criar mecanismos que dinamize o processo de fiscalização (rastreabilidade) do bovino de corte nascimento ao abate. 6.20 Implementar na Região , o Programa Nacional de Agro- industrialização da Agricultura Familiar. 6.30 Implementar a Normatização e Certificação para a produção e comercialização artesanal. 152 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 6.31 Fortalecer a aprovação da ARCO – Agência Regional de Comercialização. 7. Fomentar o incremento e a diversificação da produção. 7.1 Readequar e assegurar recursos para o projeto de irrigação do pró - parecis (4200 ha). 7.2 Viabilizar e ampliar projetos de irrigação na região; 7.3 Assegurar recursos para a realização de feiras e exposições. 7.4 Fortalecimento dos órgãos da agropecuária (defesa sanitária e assistência técnica e fomento a produção da região), em parceria com os municípios e a sociedade civil. 7.5 Integração das ações de educação e saúde e apoio a produção juntos aos projetos de assentamentos e pequenos produtores. 7.6 Central de Informação de Mercado para o pequeno produtor. 7.7 Implementar Programas de Armazenagem a nível da pequena e média propriedade. Programa: Educação Ambiental Integrada. Projeto: Divulgação do "Selo Verde". 7.8 Implementar sistema de Certificação de Produtos Regionais (Selo verde e Selo de qualidade). 7.9 Incentivo do Estado, por meio da destinação de recursos para aquisição de terras, ao assentamento de grande número de famílias em áreas de 5 ha, num raio de até 20 quilômetros da sede dos municípios. 7.10 Fomentar o incremento e a diversificação da produção. 7.11 Reavaliar os critérios e práticas sustentáveis para os assentamentos rurais. 7.12 Realizar estudo de viabilidade para implantação da industrialização de grãos (milho, arroz, soja) na Região. 7.13 Incentivar e diversificar a agricultura de subsistência e a criação de pequenos animais. 7.14 Incentivar a implantação de usinas de reciclagem. 7.15 Implementar programas de melhoria genética de bovinos e animais de pequeno porte. 7.16 Levantar a situação dos Empreendimentos abandonados na Região (projetos SUDAM). 8. Fortalecer as relações de comércio nacional e internacional 8.1. Implementar a difusão (marketing) através de parcerias e cooperativismo dos produtos regionais e criação de Programa: Fomento ao Desenvolvimento Comercial e de Serviços. Projeto: Fomentar o facilitadores de acesso ao pequeno e médio produtor ao mercado interno e externo; desenvolvimento interno do comércio e de serviços. 8.2. Apoiar a criação de centros de comercialização regional. 8.3 Disseminar informações sobre a comercialização de produtos regionais para o micro produtor. 8.4 Intensificar viagens técnicas de produtores locais para eventos nacionais e internacionais. 153 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 8.5 Criar Programa Regionalizado de atração e promoção de investimentos e investidores. Programa: Fomento ao Desenvolvimento Comercial e de Serviços. Projeto: Incremento da exportação através dos portos secos. 8.6 Estruturação e Implantação - Porto Seco Regional e um em Cuiabá. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Elaboração de Planos de Desenvolvimento Local Sustentável. 8.7 Constituição de um fórum permanente de desenvolvimento regional, visando socializar informações e fortalecer as ações coletivas entre governo e sociedade organizada. 8.8 Articular a habilitação desta região para exportação de carne à União Europeia. 8.9 Promover o intercâmbio científico internacional, incentivando as relações comerciais internacionais. 8.10 Criar um balcão de negócios de intercâmbio, com a Secretaria Estadual de Indústria, nos municípios da região Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Elaboração de noroeste. Planos de Desenvolvimento Local Sustentável. 8.11 Desenvolver Programa de Desenvolvimento Regional Oeste Brasil-Bolívia. 8.12 Estruturar a Segurança (Polícia Federal / Exército) na Região. 8.13 Criar uma rede regional de promoção de investimentos. 8.14 Promover a inserção de MT no MERCOSUL. 9. Apoiar a integração socioeconômica e cultural de MT 9.1 Criação de uma unidade do PROCON na região. 9.2 Implantar programa de ordenamento das atividades culturais desenvolvidas na região. Programa: Intercâmbio e integração cultural. Projeto: Apoio Técnico e Logístico dos Projetos Culturais. Atividade: Realização de Ações Culturais. 9.3 Apoiar e incentivar a promoção de eventos regionais (feiras de artesanatos, exposições, etc...). 9.4. Implementar ações visando à conservação dos recursos hídricos (rios Verde, Teles Pires, Arinos, Arthur Borges e Marapi) com destaque para a área de influência do Salto Magessy (RPPN). 9.5 Criar marca mato-grossense para os nossos produtos. 9.6 Incentivo ao consumo dos produtos locais. 9.7 Apoio ao “Canal do Grupo 14” (Grupo integrado pelas ações da FIESUN, englobando os municípios da região). 9.8 Promover o desenvolvimento de pesquisas e práticas nos campos da educação, cultura e da comunicação, contribuindo para construção de uma sociedade mais democrática e socialmente mais justa. 9.9 Cadastramento dos produtores rurais em parceria com os órgãos do Estado (EMPAER, INDEA, SEFAZ, etc.) e Programa: Intercâmbio e integração cultural. Projeto: Apoio Técnico e Logístico dos Projetos dos municípios, visando o conhecimento da realidade regional. Culturais. Atividade: Realização de Ações Culturais. 154 (Continuação) Estratégias/Demandas 9.10 Construção de um centro cultural na região. Programas/Projetos Programa: Intercâmbio e integração cultural. Projeto: Apoio Técnico e Logístico dos Projetos Culturais. Atividade: Realização de Ações Culturais. 9.11 Apoiar o Desenvolvimento das Comunidades Indígenas com destaque para o Artesanato Indígena e atividades produtivas. 9.12 Divulgar o uso de benefício das leis de incentivo cultural. 10. Estimular o desenvolvimento regional, considerando as aptidões de cada região, com vistas à redução das desigualdades econômicas e sociais. 10.1 Atuaão no processo de regularização fundiária e implementação de programa de desenvolvimento sustentado Programa: Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais Projeto: Gestão e Implementação do nas comunidades remanescentes de Quilombo, prioritariamente na comunidade Mata de Cavalo. PROECOTUR no Estado de MT. 10.2 Estimular Desenvolver do Ecoturismo e o Turismo Rural na Região, fazendo o inventário e catalogação dos produtos. Programa: Desenvolvimento Florestal. Projetos: 1- Apoio e incentivo às atividades florestais; 2Caracterização tecnológica da madeira. 10.3 Desenvolver um Programa de Desenvolvimento Florestal, visando consolidar uma economia florestal permanente e a redução da mobilidade da atividade. 10.4 Revisar a Regionalização do Polo Primavera, incluindo os municípios de Nova Brasilândia e Planalto da Serra. 10.5 Viabilizar a implantação dos sistemas Agro-silvopastoril com destaque para a pesquisa regional. 10.6 Apoiar as Entidades Regionais representativas existentes (como a Associação de Desenvolvimento Regional para Conclusão da BR-163) e as instituições regionais que trabalha para o desenvolvimento regional. Programa: Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais. Projeto: Desenvolvimento do Ecoturismo no Vale do Araguaia. 10.7 Desenvolver o turismo da Região de forma sustentável (Turismo de Lazer, Aventura, Esportivo, negócios, Programa: Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais Projeto: Implantação de infraestrutura educacional e Outros). turística. 10.8 Conscientização, mobilização e implantação de programa de infraestrutura turística em todos os municípios da região. 10.9 Articular mecanismos entre os setores produtivos, buscando o equilíbrio de empregabilidade nas entressafras. 10.10 Instituir um calendário que contemple os eventos de todos os municípios da região. 10.11 Revisar o sistema tributário estadual, garantindo o pagamento na origem e reduzindo desvios. 10.12 Atualizar e garantir a transparência dos critérios do FPE. Programa: Desenvolvimento Estratégico da Cadeia Produtiva do Turismo. Projeto: Banco de dados e informações turísticas. 155 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 10.13 Estruturar e manter as agências fazendárias municipais na Região e implantar nos municípios onde não existam. 10.14 Implantar projetos integrados de assentamento rural no município de Cocalinho. 10.15 Rever os projetos de expansão das áreas indígenas, limitando tais projetos as áreas atualmente demarcadas. 10.16 Elaborar um plano diretor para o turismo regional, tendo como base a estruturação de um consórcio intermunicipal de turismo, com destaque para a formação da cultura empresarial; 10.17 Expansão do Programa de Municipalização do Turismo na região. Programa: Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais Projeto: Gestão e Implementação do PROECOTUR no Estado de MT. 10.18 Consolidar e implantar o projeto PRODETUR na região. Programa: Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais Projeto: Implantação de infraestrutura turística. 10.19 Implantar pórtico nos municípios com postos de informações turísticas. 10.20 Priorizar a questão social nos empreendimentos regionais, apoiados com incentivos do estado e municípios, assegurando a participação e o controle social. 10.21 Democratizar a aplicação dos recursos do FETHAB. Programa: Desenvolvimento do Turismo em Áreas Naturais Projeto: Gestão e Implementação do PROECOTUR no Estado de MT. 10.22 Destinar parcela do FETHAB para Habitação rural, priorizando as comunidades devidamente organizadas em associações e cooperativas. 10.23 Consolidação e implementação de um processo de Planejamento Estratégico Regional, com estruturação de audiências públicas e fóruns regionais. 10.24 Criar um Programa de Captação de investimentos dos Municípios da região com apoio formal do Estado. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Reordenação Fundiária. 10.25 Incrementar os processos de regularização fundiária na região da Baixada Cuiabana (Concluir o projeto varredura e programas de assentamento). 10.26 Ampliar as ações já existentes para a redução das desigualdades sociais, na Região, com destaque para o Desenvolvimento do Empreendedorismo. 10.27 Criar Programa Estadual de Apoio ao Desenvolvimento Urbano. 10.28 Apoiar a criação do Instituto Regional de Estudos e Planejamento em parceria com as Universidades. 10.29 Oportunizar com Ministério de Minas e Energia, o mapeamento geológico do Estado e fomentar o aproveitamento econômico dos recursos minerais através das pequenas e micro empresas e do apoio ao Programa: Obras Públicas e Infraestrutura. Projeto: Construção de infraestrutura urbana em áreas artesanato mineral. ocupadas 156 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 10.30 Implantação de Infraestrutura básica nas comunidades rurais da Região (construção de tanques, açudes; poços artesianos, sistemas de irrigação etc..). 11. Dotar estado da infraestrutura de energia elétrica e transporte, visando atender às crescentes demandas do setor produtivo. 11.1 Articular junto à rede CEMAT, apresentação de plano do sistema de distribuição e transmissão a nível regional, linha de transmissão Itiquira e microrregião de Tesouro, Guiratinga e Alto Garças. Programa: Desenvolvimento Energético. Projeto: Universalização da Energia Elétrica Rural. 11.2 Extensão da eletrificação rural, com alta e baixa tensão, para os pequenos produtores, com custo subsidiado pelo Governo do Estado. 11.3 Ampliação do Programa Luz no Campo na Região. 11.4 Expansão da rede de distribuição de energia na região, com destaque para os projetos de assentamentos (Santa Rosa I e II, da Poranga, Pontal do Marapi, Itanhangá, Mogiana I e II, Bonanza, Bogorne, Rio Borges, Santa Irene, Furnas II e III, Cristal Mel, Eldorado I e II, COAIT I e II, Tapurah), atender todas as comunidades rurais do Vale do Rio Arinos, expansão para os municípios de Canarana, Querência, Ribeirão Cascalheira, para as comunidades Santa Amélia e Casprumb. 11.5 Incentivo à produção de energia alternativa na região (aeólica, solar, biodigestor, pequenas turbinas, etc.). 11.6 Ampliar a Subestação rebaixadora de SINOP. 11.7 Apoio do governo do Estado na fiscalização das empresas concessionárias de energia elétrica no que tange a expansão de rede de energia em núcleos urbanos. 11.8 Implantar linhão que liga Paranaíta, Apiacás, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes. 11.9 Estender, através do sistema nacional, o linhão de Sinop ou Juara até Tabaporã. 11.10 Interligação do linhão de energia (da divisa de MT- Pará até Água Boa, ou do Estado de Tocantins até Água Boa) interligando os municípios de São Félix do Araguaia, Alto da Boa Vista, Novo Santo Antônio, Serra Nova Dourada, Bom Jesus do Araguaia, Santa Terezinha, Vila Rica, Santa Cruz do Xingu, São José do Xingu, Confresa, Canabrava do Norte, Porto Alegre do Norte e Ribeirão Cascalheira. 11.11 Rebaixamento da rede que corta o assentamento Coqueiral (Nobres) de alta tensão para trifásico. 11.12 Fazer gestão junto a União para implementar a hidrelétrica Teles Pires. 11.13 Fomentar a implantação de usinas hidro e termoelétrico com resíduos de madeira, na região. 11.14 Implantar a barragem da U. H. do Rio dos Peixes. 11.15 Reativação da hidrovia Mamoré - Guaporé. 11.16 Construção de portos fluviais em Comodoro e Vila Bela. Programa: Desenvolvimento Energético. Projeto: Universalização da Energia Elétrica Rural. Programa: Desenvolvimento Energético. Projeto: Fomento ao Uso de Fontes Alternativas de Energia. 157 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 11.17 Viabilização para construção da UHE Inferninho (Rio Garças). 11.18 Liberação e Implantação da Hidrovia Araguaia-Tocantins. 11.19 Viabilização e consolidação do corredor intermodal com base na BR-163 -hidrovia Teles Pires –Tapajós – Porto de Santarém). 11.20 Conclusão da Ferronorte e do terminal de Rondonópolis. Ferrovia na região de S. J. dos Quatro Marcos e em Campo Novo do Parecis e interligação com as ferrovias existentes no Pará. Terminal ferroviário em Barra do Garças. Viabilizar ferrovia até Cuiabá. Programa: Estradeiro. Projeto: Implantação de rodovias. 11.21 Implantação de rodovias. Programa: Estradeiro. Projeto: Pavimentação de rodovias. 11.22 Pavimentação de rodovias. Programa: Estradeiro. Projeto: Restauração de rodovias pavimentadas. 11.23 Recapeamento de rodovias. Programa: Estradeiro. Projeto: Pavimentação de rodovias. 11.24 Asfaltamento de rodovias. Programa: Estradeiro. Projeto: Implantação de postos de controle de carga. 11.25 Implantar postos de fiscalização com balanças em pontos estratégicos de escoamento. Programa: Estradeiro. Projeto: Restauração de rodovias pavimentadas. 11.26 Recuperação e restauração de rodovias. Programa: Estradeiro. Projetos: 1-Conservação de rodovias pavimentadas. 2-Manutenção de rodovias não pavimentadas. 11.27 Manutenção de estradas vicinais. Programa: Estradeiro. Projeto: Aquisição de equipamentos rodoviários. 11.28 Equipar os municípios de patrulhas mecanizadas visando à manutenção e recuperação de estradas vicinais, atendendo os municípios de Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde, Apiacás e Paranaíta. Programa: Estradeiro. Projeto: Implantação de rodovias. 11.29 Duplicação de rodovias. 11.30 Operacionalização do aeroporto de Rondonópolis-MT, implantação e pavimentação do aeroporto de Colíder, Campos de Júlio, Sapezal, Pontes e Lacerda, Matupá, Pontal do Araguaia, ativação e restauração do aeroporto de Barra do Garças, pavimentação dos aeroportos de Campo Novo dos Parecis e Barra do Bugres, conclusão do aeroporto de Tangará da Serra, ampliação da pista do aeroporto de Sto. Antônio do Leverger. 11.31 Criar mecanismo de controle social das obras rodoviárias. 11.32 Criar fundo de apoio à construção e manutenção da BR-163 (taxa de exportação/ recursos públicos). Programa: Estradeiro. Projeto: Realização de obras de arte especiais. 158 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 11.33 Construir pontes de concreto: rio verde (Sorriso–Tapurah) 130 m; rio lira (MT 242 – 25 m); rio celeste (MT 242 -40 m); fazenda Casarin (MT 242 -15 m); Rio Arinos (Tapurah-Nova Maringá- 110 m); (Nova Mutum-São José-110 m); Rio Marapi (Tapurah-São José do Rio Claro – 30 m); Sinop, na extensão da MT 206 ((Rio Santa Helena, Sucuri, Paranaíta, Rio Apiacás (300metros), Rio Bruno e Rio São João); MT 220/Rio do Sangue (190m); MT 338/Rio dos Peixes (175m); MT 325/Rio dos Peixes (175m); MT 325/Rio Apiacás (100m); MT 220/Rio Arinos (238m); sobre o rio Braço Norte, ligando Matupá-Novo Mundo e Guarantã do Norte-Novo Mundo; sobre o rio Peixotinho I e II, Rio Pium e Rio Xingú na rodovia MT 322; no anel viário BR-158 (Barra do Garças)- Rio Garças – Araguaia (PPA Federal), duplicação da ponte do Rio Paraguai - usina Barralcool, conclusão da ponte em Denise, Córrego Roncador, Cain, Anta, Rio Mutum, Rio São Lourenço, Rio Coxipó, Distrito Coqueiral, duplicação ponte Rio Coxipó até o trevo do Tijucal, na MT 244, ligando Rosário Oeste à Chapada dos Guimarães. Programa: Estradeiro. Projeto: Realização de obras de arte especiais. 11.34 Levantamento, cascalhamento, construção e reformas de pontes: MT 160 (Brianorte-MT 325), MT 338 (Juara-Juruena), MT 325 (Juara-Alta Floresta), MT 220 (Porto de Gaúchos-Posto Painera) MT 328 (trecho entroncamento da MT 325-MT 220, via Tabaporã). Programa: Estradeiro. Projeto: Realização de obras de arte especiais. 11.35 Construir pontes sobre os rios: Água Quente – 15 metros; Buriti – 20 metros; Papagaio – 80 metros; Sacre – 20 metros; Verde – 25 metros; Alegre – 35 metros e 20 metros; Córrego das Pedras – 20 metros; Barbado – 30 metros; Sararé – 80 metros; Galera – 10 metros; Formiga 20 metros e 25 metros; Mazuti – 15 metros, Rio Sepotuba - trecho Nova Fernandópolis. Programa: Estradeiro. Projeto: Construção, reconstrução e reforma de pontes de madeira. 11.36 Construir 288m de ponte de madeira no município de Comodoro; Galera (Nova Lacerda) – 40 metros mais 36 metros de vazante; recuperação de 150 metros de pontes de madeira no município de Comodoro, aterro no trecho que liga Santa Helena à Nova Lacerda com extensão de 1.200 metros. Programa: Estradeiro. Projeto: Realização de obras de arte especiais. 11.37 Pavimentação com pontes de concreto da BR 242 São Félix do Araguaia à BR 158 - 120 Km, MT 100 da BR 242 à Luciara - 66 Km, BR 158 saindo de Ribeirão Cascalheira à divisa com o estado do Pará, MT 352 Jauru - Vale de São Domingos - Pontes e Lacerda, MT 247 Lambari do Oeste - Barra do Bugres - 96 Km, MT Cáceres - Barra do Bugres - 145 Km, MT 339 Glória do Oeste - São José dos Quatro Marcos - 20 Km e desta para Rio Branco - 46 Km. MT 145 Araputanga - Reserva do Cabaçal - 42 Km e desta para Campo Novo do Parecis - 80 Km, MT 265 Porto Esperidião - Lacerda - Vila Bela - Ponta do Aterro (divisa Bolívia) - 186 Km. Programa: Estradeiro. Projeto: Realização de obras de arte especiais. Programa: Obras Públicas e Infraestrutura. Projeto: Elaboração de projetos técnicos de edificações 11.38 Reforma de pontes do município de Denise (Rio Mamoeiro - Córregos do Macaco, Veado, Brejão - 75 m). e infraestrutura. 11.39 Articular junto ao Governo Federal no sentido de viabilizar obras de infraestrutura urbana para municípios da região. 11.40 Implantação de anel viário em Sinop, conclusão de anel viário em Tangará da Serra e construção de anéis viários nos demais municípios. 11.41 Garantir Recursos do FETHAB, segundo contribuição regional. 159 (Continuação) Estratégias/Demandas 11.42 Estadualização da estrada vicinal E-60 (Matupá-Peixoto de Azevedo), do trecho Sinop-Tapaborã e da antiga BR 364 Itamarati - Conquista d'Oeste. Programas/Projetos 11.43 Destinação de 50% dos recursos do FETHAB para gestão dos municípios para recuperação de estradas vicinais. 11.44 Reedição da Lei de isenção do ICMS às Prefeituras para a aquisição de Máquinas. 11.45 Abrir novas concessões de transporte rodoviário intermunicipal de passageiros. 11.46 Melhorar e ampliar o sistema de telefonia fixa e móvel na região. 11.47 Apoiar a construção de terminais rodoviários para passageiros. 11.48 Implantação de acesso à Gruta da Lagoa Azul (Nobres), respeitando o plano de manejo. 11.49 Implantação do Gasoduto Cuiabá Tangará da Serra. 11.50 Estruturação do órgão municipal de Defesa Civil. 11.51 Construção de via vicinal ligando o bairro Coxipó - CPA- Guia Acorizal – Rosário Oeste. 11.52 Construção de passarelas na BR-364 (Bairro Nova Esperança III) e Av. Fernando Correa da Costa. 11.53 Construção de calçadas na Av. Palmiro Paes de Barros. Programa: Desenvolvimento Energético. Projeto: Implantação da Empresa de Gás - MT GÁS. 11.54 Canalização de córregos, duplicação de avenidas e construção de viadutos nos municípios. 11.55 Implantação do programa de distribuição de gás na região com a criação da Companhia Distribuidora de Mato Grosso. 11.56 Implantação de vias planejadas (lei de uso e ocupação do solo): Avenidas Oito de Abril – Tancredo Neves; das Torres; Parque do Moinho; Parque Marginal ao Ribeirão da Ponte; Av. Manoel José de Arruda; Rua Antônio Dorileo e reurbanização da Av. Miguel Sutil. Programa: Estradeiro. Projeto: Implantação de postos de fiscalização de trânsito. 11.57 Monitoramento, controle eletrônico de tráfego de veículos e sinalização do trânsito. Programa: Gestão do Processo de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Minas e Energia. Projeto: Gestão, municipalização dos distritos industriais. 11.58 Implementar um programa de incentivo à ocupação e revitalização do distrito industrial de Cuiabá e de micro distritos nas regiões sul e norte. 11.59 Implantação de dois portos de atendimento ao turismo (Porto Cercado e Porto Jofre) em Poconé. 12. Desenvolver agros polos que consolidem a produção e a transformação de matéria-prima, fortalecendo o mercado e a integração regional. Programa: Gestão do Processo de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Minas e Energia. Projeto: Gestão do FUNDEIC. 12.1 Consolidar o agro polo agroindustrial de alimentos (arroz - soja – milho – boi- suinocultura - ovinocultura avicultura) da região de sorriso. Programa: Desenvolvimento Regional Sustentável. Projeto: Implantação e estruturação de AGROPOLOS. 12.2 Implementar agro polo de hortifrutigranjeiros, com a implantação de programa de incentivo a fruticultura. 160 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 12.3 Consolidar SINOP como Polo agroindustrial de alimentos com Centro Regional de Comercialização e Informação. 12.4 Construção e implantação de armazéns credenciados para armazenagem e secagem da produção da região (pequenos produtores rurais). 12.5 Criar o Programa Regional de Qualidade e Produtividade da indústria madeireira, envolvendo apoio e incentivos governamentais para: a) atualização tecnológica do parque industrial, visando maior produtividade e melhor aproveitamento da matériaprima; b) investimento nas áreas de qualificação profissional e segurança no trabalho; d) desenvolvimento de novos produtos e usos alternativos de resíduos; Programa: Gestão do Processo de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Minas e Energia. Projeto: Implantação de certificação de produtos industrializados. e) programas de formação gerencial e de gestão e qualidade; •. 12.6 Implementar um programa de banco de dados atualizado com capacidade de oferecer estruturas que venha a facilitar o escoamento da produção fornecida pelo micro, pequeno e médio produtor rural. 12.7 Desenvolver ações com programas específicos voltados para a região, que facilitem a troca de experiências tecnológicas e associativistas entre os setores produtivos da região. 12.8 Implantar programa com a finalidade de facilitar, por parte da população, o acesso a informações relacionadas às ações desenvolvidas pelo Governo. 13. Garantir a legalização e regularização fundiária do norte do estado. 13.1 Repassar a responsabilidade ao Estado para regularização de áreas acima dos módulos rurais destinados a reforma agrária. 13.2 Interagir junto ao INCRA para a solução dos títulos pagos com TDA. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Reordenação Fundiária. 13.3 Promover a regularização fundiária, desapropriação de áreas ocupadas em toda a região. Paranaíta: Mandacaru; Nova Bandeirantes: Gleba Japuranã.Apiacás: Arumã e Mutum; Nova Monte Verde: Gleba Monte Verde (Projeto de colonização do Município). 13.4 Apoio à Reforma Agrária Qualificada. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Reordenação Fundiária. 13.5 Regularização fundiária Faixa de Fronteira. Programa: Incentivo à Organização da Produção da Agricultura Familiar. Projeto: Reordenação Fundiária. 13.6 Facilitar o processo de regulamentação fundiária, Urbana e rural viabilizando melhorias ao pequeno proprietário. 161 (Continuação) Estratégias/Demandas 13.7 Implementar um programa de titularizacão de terras ainda pertencentes ao Estado, através do INTERMAT. 14. Redefinir a divisa interestadual entre MT e Pará. 15. Revisar a legislação estadual e articular para alteração da legislação federal no que diz respeito à exploração das áreas agrícolas. 15.1 Em área de assentamento 80% de exploração e nas demais 50%. 15.2 Apoiar a elaboração dos Planos Diretores Municipais. Fonte: Seplan – MT. Elaborada pela autora. Programas/Projetos 162 Quadro 4 – Segmento ambiental Estratégias/Demandas (Continua) Programas/Projetos 1. ADOÇÃO DO ZSEE VALIDADO/APROVADO COMO INSTRUMENTO ORIENTADOR DO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO SUSTENTADO DO ESTADO 1.1 Atualização das informações contidas no ZSEE e do banco de dados levantados como parâmetros para o desenvolvimento; 1.2 Implementação do ZSEE a nível regional. Programa: Gestão da Informação às Políticas Públicas; Projeto: Implementação do Zoneamento Sócio Econômico Ecológico. 1.3 Descentralizar as informações do ZSEE aos municípios para elaboração das políticas públicas. 1.4 Aproveitamento de trabalhos científicos e experiências realizadas na região para o enriquecimento do ZSEE. 1.5 Priorizar a validação do ZSEE; 1.6 Socialização do ZSEE a nível regional, através de fóruns, audiências públicas, etc., possibilitando reavaliações para adequação à realidade regional, utilizando-se, a partir disso, o ZSEE como instrumento orientador para implementação de políticas públicas. 1.7 Garantir que o estudo do Zoneamento Sócio-Econômico-Ecológico seja apresentado à sociedade matogrossense e posteriormente validado por ela. 2. PROMOVER O DESENVOLVIMENTO DE INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE 2.1 Implantação de uma unidade regional de coleta de dados para monitoramento da qualidade da água, ar e das condições do solo. 2.2 Estudos e acompanhamento sistemático de impactos ambientais relacionados à implantação e operação de empreendimentos produtivos potencialmente poluentes. 2.3 Integrar os indicadores de sustentabilidade econômicos, ambientais e sociais que respondam como eles se relacionam e se influenciam mutuamente. 2.4 Garantir a liberação dos recursos de pesquisas aplicadas ao gerenciamento continuado (monitoramento) de indicadores de sustentabilidade, pelas fontes de fomento do estado, como por exemplo, a FAPEMAT. 2.5 Da mesma forma, para definição desses indicadores é necessária a realização de um fórum específico (econômico, social, ambiental, cultural e científico) onde se estabelecerão as linhas prioritárias nas quais poderão ser escolhidos os indicadores específicos. 2.6 Estabelecer parcerias com universidades, instituições de pesquisa, órgãos do governo e ONG‟s para criar indicadores de sustentabilidade, tais como: aberturas de áreas, conservação de solos e micro-bacias; 2.7 Desenvolver projetos experimentais na região que permitam avaliação e posterior identificação dos indicadores de sustentabilidade. Programa: Controle de atividades poluidoras. Atividade: Fiscalização e monitoramento das atividades poluidoras 163 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 3. DESENVOLVER A EDUCAÇÃO AMBIENTAL 3.1 Promover a educação para o manejo de resíduos sólido (lixo domiciliar, entulhos, lixo hospitalar). Projetos: 1-Campanhas de educação ambiental para a implementação do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PNMA II). 2-Campanhas de educação ambiental voltadas para o gerenciamento estratégico dos resíduos sólidos urbanos (Programa Pantanal). 3.2 Divulgação da legislação ambiental dirigida aos produtores rurais 3.3 Implantar programas de capacitação para os delegados e policiais em relação a crimes ambientais, envolvendo outros setores da esfera governamental nas questões ambientais. Atividade: Capacitação de multiplicadores em educação ambiental. 3.4 Fortalecer ações de educação ambiental no entorno das unidades de conservação e áreas indígenas. Projeto: Ações de educação ambiental em unidades de conservação estaduais (GEF e Programa Pantanal). 3.5. Constituir no Governo do Estado um grupo de trabalho permanente, com competência para definir e coordenar a implantação da política estadual de educação ambiental (envolvendo FEMA, SEDUC, EMPAER, INTERMAT, SES e outros); 3.6 Promover campanhas de mobilização social em torno da conservação do patrimônio natural envolvendo as comunidades e instituições públicas e privadas. 3.7 Criação de uma superintendência ou Coordenadoria de EA e Cultura na Secretaria de Estado de Educação específica para definição, implantação e implementação de políticas públicas para normatização e fomento da EA formal no estado. 3.8 Fortalecer as instituições de ensino no trabalho de educação ambiental formal (escolas) e informal (ONG´s, entidades de classe, etc.); Atividade: Operacionalização dos GTs municipais de educação ambiental. 3.9 Implantar o ensino de educação ambiental no curriculum escolar, pela elaboração de uma disciplina específica que evidencie os problemas ambientais e sustentabilidade; 3.10 Utilizar os recursos oriundos da exploração ambiental em projetos de educação ambiental de forma descentralizada, pelo município. 3.11 Estruturação da UIAM – Unidades de Informação Ambiental Municipal com prédios, mais materiais didáticos, “bibliotecas ambientais” para o trabalho de educação ambiental informal. 3.12 Incentivar os Municípios a elaborarem seu próprio protocolo oficial para preservação do meio ambiente. Projeto: Descentralização da gestão ambiental para o nível municipal (PGAI) 3.13 Incentivar os municípios a elaborarem a Agenda 21 municipal. Atividades: 1-Campanhas para a redução dos desmatamentos ilegais no Estado de Mato Grosso (PGAI). 2- Campanhas para a redução das queimadas ilegais no Estado de Mato Grosso (PGAI). 33.14 Incrementar campanhas de conscientização através dos meios de comunicação por parte dos órgãos Campanhas de divulgação de alternativas de uso sustentável dos recursos naturais (PGAI e Programa envolvidos (FEMA, IBAMA, etc.); Pantanal). 4- Divulgação da temática ambiental (Programa Pantanal). 5- Divulgação do "Selo Verde". 164 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 3.15 Disponibilizar linhas de créditos, através de fundos de investimento para financiar campanhas de conscientização, projetos de estação de reciclagens, reaproveitamento de resíduos, etc. 3.16 Estabelecer parcerias com Instituições para desenvolver atividades da educação ambiental; 3.17 Criar um Fundo Estadual de Educação Ambiental para apoiar projetos dos governos municipais e da sociedade civil, a ser gerenciado pela CIEA (Comitê Interinstitucional de Educação Ambiental); 3.18 Criar políticas de fixação de profissionais no campo de trabalho objetivando transferência de conhecimentos com enfoque ambiental; 3.19 Criar um Centro de Estudos e Pesquisa Ambiental Regional para concentrar informações ambientais dos órgãos FEMA, EMPAER, INDEA, órgãos ambientais municipais, ONG`s e Universidades, promovendo a educação ambiental, com gestão compartilhada e função financeira do Estado para suporte, com caráter de utilidade pública. 3.20 Incentivo através do GT-PEA na formação de cooperativas, associações e sindicatos para atuarem em educação ambiental. 3.21 Implantação de cursos de graduação e pós- graduação na área de educação ambiental; Projeto: Formação continuada em Educação Ambiental para os profissionais da educação básica. 3.22 Aproveitar os agentes de saúde como multiplicadores da E.A; 3.23 Destinação de % dos fundos de incentivos para as ações de educação ambiental. 4. ARTICULAR AÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS EM PROCESSO DE DEGRADAÇÃO 4.1 Criar mecanismos legais que façam retornar aos municípios a taxa de reflorestamento recolhidas ao IBAMA, para recuperação de áreas degradadas; 4.2 Estabelecer parcerias com órgãos federais, estaduais, municipais e ONGs, visando à identificação e redução Programa: Gestão de áreas degradadas. Projeto: Levantamento e avaliação das áreas degradadas no de áreas degradadas; Estado. 4.3 Implementar políticas de penalidades alternativas aos infratores da legislação ambiental objetivando a recuperação de áreas degradadas. 4.4 Implementar um Programa de Reflorestamento de áreas degradadas (áreas de preservação permanente nascentes margens de rios - margens de rodovias) com a instalação de um viveiro regional para a produção de mudas de espécie nativas; 4.5 Recuperação e transformação social, através do incentivo a atividade econômica em áreas degradadas da Bacia do Alto Paraguai. Ex: Piscicultura/ áreas de garimpo e recuperação florestal das matas ciliares e de outros mananciais hídricos da região. 4.6 Orientar tecnicamente os assentados e produtores rurais e fomentar a organização de associações e cooperativas nos assentamentos rurais, com recuperação das áreas degradadas e adoção de práticas sustentáveis. Programa: Gestão de áreas degradadas. Projeto: Recuperação das nascentes do Rio Paraguai. 165 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 3.15 Disponibilizar linhas de créditos, através de fundos de investimento para financiar campanhas de conscientização, projetos de estação de reciclagens, reaproveitamento de resíduos, etc. 3.16 Estabelecer parcerias com Instituições para desenvolver atividades da educação ambiental; 3.17 Criar um Fundo Estadual de Educação Ambiental para apoiar projetos dos governos municipais e da sociedade civil, a ser gerenciado pela CIEA (Comitê Interinstitucional de Educação Ambiental); 3.18 Criar políticas de fixação de profissionais no campo de trabalho objetivando transferência de conhecimentos com enfoque ambiental; 3.19 Criar um Centro de Estudos e Pesquisa Ambiental Regional para concentrar informações ambientais dos órgãos FEMA, EMPAER, INDEA, órgãos ambientais municipais, ONG`s e Universidades, promovendo a educação ambiental, com gestão compartilhada e função financeira do Estado para suporte, com caráter de utilidade pública. 3.20 Incentivo através do GT-PEA na formação de cooperativas, associações e sindicatos para atuarem em educação ambiental. 3.21 Implantação de cursos de graduação e pós-graduação na área de educação ambiental; Projeto: Formação continuada em Educação Ambiental para os profissionais da educação básica. 3.22 Aproveitar os agentes de saúde como multiplicadores da E.A; 3.23 Destinação de % dos fundos de incentivos para as ações de educação ambiental. 4. ARTICULAR AÇÕES PARA RECUPERAÇÃO DE ÁREAS EM PROCESSO DE DEGRADAÇÃO 4.1 Criar mecanismos legais que façam retornar aos municípios a taxa de reflorestamento recolhidas ao IBAMA, para recuperação de áreas degradadas; 4.2 Estabelecer parcerias com órgãos federais, estaduais, municipais e ONGs, visando à identificação e redução Programa: Gestão de áreas degradadas. Projeto: Levantamento e avaliação das áreas degradadas no de áreas degradadas; Estado. 4.3 Implementar políticas de penalidades alternativas aos infratores da legislação ambiental objetivando a recuperação de áreas degradadas. 4.4 Implementar um Programa de Reflorestamento de áreas degradadas (áreas de preservação permanente nascentes margens de rios - margens de rodovias) com a instalação de um viveiro regional para a produção de mudas de espécie nativas; 4.5 Recuperação e transformação social, através do incentivo a atividade econômica em áreas degradadas da Bacia do Alto Paraguai. Ex: Piscicultura/ áreas de garimpo e recuperação florestal das matas ciliares e de outros mananciais hídricos da região. 4.6 Orientar tecnicamente os assentados e produtores rurais e fomentar a organização de associações e cooperativas nos assentamentos rurais, com recuperação das áreas degradadas e adoção de práticas sustentáveis. Programa: Gestão de áreas degradadas. Projeto: Recuperação das nascentes do Rio Paraguai. 166 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 4.7 Liberar recursos (agentes financiadores) mediante projetos de EIA-RIMA (estudos de impactos ambientais Relatório de impacto ambiental) e PRAD (Plano de Recuperação de áreas degradadas); 4.8 Fortalecimento dos órgãos governamentais (EMPAER, FEMA e INDEA) na região com estrutura física e Programa: Revitalização EMPAER. Projetos: 1-Modernização da Gestão; 2-Aparelhamento das recursos humanos na recuperação das áreas; Unidades Operacionais da EMPAER; 3-Implantação do novo modelo de ATER, Pesquisa e Fomento. 4.9 Recuperação de áreas degradadas pelo garimpo em Poconé e região do Araguaia, buscando aproveitamento Programa: Gestão de áreas degradadas. Projetos: 1-Gestão de ativos ambientais; 2-Regularização das para piscicultura e abastecimento de água; atividades mineradora na BAP (Programa Pantanal). 4.10 Promover estudos para identificação de corredores ecológicos na Baixada Cuiabana visando orientar ações de proteção e recuperação ambiental; 4.11 Realizar o desassoreamento dos canais das baias do Rio Cuiabá. Programa: Gestão de áreas degradadas. Projeto: Recuperação de áreas degradadas nas nascentes do Rio Cuiabá (TNC). Programa: Melhoria do uso dos solos e insumos agrícolas. Projeto: Recuperação e conservação da bacia do Rio Cuiabá. 4.12 Recuperar áreas degradadas na região de Monjolo e Quinera e cabeceira do Coxipozinho (Chapada dos Guimarães); 4.13 Recuperar as áreas degradadas dos lixões de Cuiabá (antigo lixão) e Chapada dos Guimarães e Poconé; Programa: Gestão de resíduos sólidos. Projeto: Fomento à implantação de aterros sanitários e à recuperação de lixões. 4.14 Apoiar alternativas econômicas para segmentos da população que desenvolvem atividades degradadoras do Programa: Gestão de resíduos sólidos. Projeto: Apoio à implantação de coleta seletiva de materiais meio ambiente; recicláveis. 4.15 Definição de uma estratégia urgente para recuperação das voçorocas da região do Alto Garças e Alto Araguaia. 4.16 Definição de políticas públicas para recuperação dos solos. 4.17 Encaminhar a Assembleia Legislativa projeto de lei revertendo os recursos oriundos de infrações ambientais aos municípios de origem, para serem usados em ações de recuperação de áreas degradadas ou em processo de degradação; 4.18 Incentivar propriedades modelo com projetos agro extrativismo, agro florestal e recuperação de área degradada, com agregação de valores do produto, para posterior avaliação e difusão; 4.19 Disponibilizar recursos financeiros para recuperação de áreas degradadas ou em processo de degradação, priorizando os projetos das entidades organizadas. 4.20 Realizar pesquisas em parceria com a FAPEMAT para recuperação de áreas degradadas. 167 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 5. DESENVOLVER AÇÕES QUE PREVINAM IMPACTOS AMBIENTAIS DECORRENTES DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL 5.1 Implantar e viabilizar ações do comitê de bacias hidrográficas na região e política de recursos hídricos. Programa: Gestão de Recursos Hídricos. Projetos: 1-Fomento a criação de organização de bacias; 2Avaliação da disponibilidade hídrica de bacias hidrográficas; 3-Articulação e integração dos órgãos estaduais para a Gestão de Recursos Hídricos; 4-Administração de recursos hídricos - (Programa Pantanal). Programa: Melhoria do uso dos solos e insumos agrícolas. Projetos: 1-Desenvolvimento de Projetos Comunitários em Micro bacias Hidrográficas; 2-Difusão do conceito de micro bacias em áreas de agricultura familiar; 3-Mobilização de lideranças comunitárias para implantação de micro bacias hidrográficas; 4-Capacitação técnica na elaboração de diagnósticos de micro bacias hidrográficas. 5.2 Implementar programa de identificação de essências florestais nativas ameaçadas de extinção. 5.3 Fomentar a constituição e implantação dos consórcios intermunicipais de desenvolvimento sócio-econômicoecológico (no nível de micro bacias) 5.4 Fortalecer o centro regional de pesquisa da EMPAER através de articulação interinstitucionais com o objetivo Programa: Revitalização EMPAER. Projeto: Implantação do novo modelo de ATER, Pesquisa e de otimizar a utilização econômica dos recursos naturais da região (adoção de uma política de difusão). Fomento. 5.5 Implantar um “Sistema de Gestão integrada do lixo” na região através de consórcios intermunicipais, envolvendo a coleta seletiva, a compostagem e reciclagem, a partir da ampliação e modernização das instalações Programa: Gestão de resíduos sólidos. Projeto: Fomento à implantação de aterros sanitários e a da usina de Cuiabá; recuperação de lixões 5.6 Estimular e fomentar a produção orgânica e adoção de práticas conservacionistas na agricultura e pecuária 5.7 Implantar o parque universitário e o centro de interpretação ambiental (UNEMAT) 5.8 Apoiar projetos com ação no uso adequado dos recursos naturais; Programa: Gestão de resíduos sólidos. Outras ações: Apoio a a implementação de programas sociais nos municípios. Projetos: 1-Apoio à implantação de coleta seletiva de materiais recicláveis; 2Fomento à criação da "Bolsa de Resíduos Sólidos". 5.9 Reforçar o poder coercitivo da FEMA para melhor atuar na fiscalização, além de melhorar suas instalações Programa: Gestão de recursos da fauna e flora. Projeto: Construção e estruturação logística da nova físicas e recursos humanos. sede da Diretoria de Recursos Florestais da FEMA 5.10 Promover o tratamento diferencial de lixo hospitalar do lixo doméstico. 5.11 Intensificar capacitação de agentes ambientais municipais; 5.12 Fomentar a realização de estudos da contaminação do lençol freático no meio urbano. 5.13 Transformar em Parques Estaduais: a Serra Tapirapuã e a Serra dos Parecis. 168 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 5.14 Aprimorar o planejamento de estradas para prevenir as erosões e assoreamento dos rios. 5.15 Implantar a análise do ciclo de vida das cadeias produtivas, em relação aos impactos ambientais, envolvendo desde a concepção do projeto, a extração da matéria-prima, o processo produtivo, as embalagens utilizadas, o transporte realizado e a destinação ou descarte dos resíduos. 5.16 Integrar os órgãos ambientais fiscalizadores (IBAMA-FEMA) nas ações que previnam os impactos ambientais; 5.17 Moralizar e intensificar a fiscalização ambiental. Programa: Gestão de recursos da fauna e flora. Atividade: Certificação e Licenciamento de Propriedades Rurais 5.18 Criar área de preservação ambiental das nascentes dos rios do Vale do Jauru e Cabaçal, principais formadores do pantanal; 5.19 Priorizar, através de parcerias, o saneamento básico dos municípios da região da grande Cáceres e das bacias Programa: Gestão de recursos hídricos. Projeto: Fortalecimento do saneamento básico (água e formadoras do Pantanal. esgoto) 5.20 Desenvolver estudos para conhecimento da biodiversidade da região (recursos externos); Programa: Gestão da Biodiversidade. Atividade: Incentivo à realização de pesquisas para valorização dos produtos oriundos da biodiversidade. 5.21 Incentivar a criação e manutenção de áreas municipais de preservação do ecossistema; 5.22 Investir na implantação de energia alternativa (solar e eólica); 5.23 Incentivar a instalação de postos de gás natural (transporte e residência); 5.24 Pesquisar, preservar e fazer o tombamento dos sítios arqueológicos e cavernas da região; 5.25 Realizar um EIA/RIMA para a construção da ponte sobre o Rio Coxipó (Coophema - Beira Rio) de forma e evitar danos ambientais ao Horto Florestal, matas ciliares e interferências na vida dos moradores dos bairros afetados; Programa: Gestão de recursos da fauna e flora. Projetos: 1-Revisão da política de gerenciamento dos 5.26 Estabelecimento de uma estratégia para diagnóstico da pesca profissional e de subsistência nas diferentes recursos pesqueiros; 2-Realização de Pesquisas sobre os recursos pesqueiros do Estado; 3micro bacias de MT, buscando uma padronização de informações, em conjunto com a FEMA, Colônias de Gerenciamento dos recursos pesqueiros para a BAP - (Programa Pantanal). Atividades: 1-Fiscalização Pescadores, ONGs e Universidades, com vistas ao ordenamento pesqueiro. de pesca; 2-Difusão e transferência de informações sobre os recursos de pesca. 5.27 Implantar um Cinturão Verde, destinado ao abastecimento de hortifrutigranjeiro orgânico na região; 5.28 Reativar o programa “Previ-fogo” na região (Brigadas de combate a incêndio; 5.29 Concluir a implementação dos parques estaduais da saúde “Zé Boloflô”, Lagoa Azul (Nobres) e Massairo Okamura‟; implantar o parque Mãe Bonifácia II, no entorno do Centro de Eventos Pantanal. 169 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 5.30 Apoiar a implementação do Projeto de Auto Triagem de resíduos sólidos em córregos canalizados; 5.31 Controlar e monitorar as atividades de extração mineral, tendo em vista a adoção de cuidados ambientais. Programa: Gestão de recursos hídricos. Projeto: Identificação e caracterização de aquíferos e recursos minerais. Programa: Gestão de áreas degradadas. Projeto: Regularização das atividades mineradoras na BAP (PROGRAMA PANTANAL) 5.32 Fortalecimento dos viveiros municipais e implantação de bancos de sementes de diversas espécies, num trabalho intermunicipal, na região noroeste de MT; Programa: Desenvolvimento do turismo em áreas naturais. Projetos: 1-Gestão e Implementação do PROECOTUR no Estado de MT; 2-Ordenamento e Promoção do Ecoturismo na Bacia do Alto Paraguai; 3-Desenvolvimento do Ecoturismo no Vale do Araguaia; 4-Desenvolvimento de Turismo no 5.33 Desenvolver programas de incentivo do ecoturismo, agro turismo e artesanato, usando matéria prima Meio Rural – PRODETUR MT; 5-Fomento do Ecoturismo em Áreas Indígenas; 5-Apoio ao uso de regionais; técnicas alternativas. 5.34 Incentivo à apicultura regional. 5.35 Apoiar o Núcleo Gestor na implantação do Programa Vida Rural Sustentável na região; 5.36 Elevação para 50% de exploração da área para propriedades menores de 100 ha, em área direcionada para produção agrícola de subsistência. 5.37 Descentralizar a FEMA através da criação de agências regionais reguladoras para fiscalizar a implantação de projetos que causam danos ambientais; 5.38 Incentivar a instalação de pequenas agroindustriais familiares para o processamento de produtos primários da baixada cuiabana; 5.39 Revogar a política de incentivo / isenção fiscal de ICMS para comercialização de agroquímicos em Mato Programa: Melhoria do uso dos solos e insumos agrícolas. Projeto: Reformulação da legislação Grosso; referente a agrotóxicos e afins 5.40 Adotar medidas legais que garantam Mato Grosso como território livre de transgênicos; 5.41 Implantar projetos ou programas de manejo da propriedade agrícola obedecendo às normas ambientais; 5.42 Criar o Fundo com recursos de empresas que exploram recursos da região; 5.43 Utilização das micro bacias como unidades de planejamento. 5.44 Promover fóruns regionais para disponibilizar à sociedade as informações referentes a projetos voltados para a implementação de inovações biotecnologias, como por exemplo, a introdução de organismos geneticamente modificados. 5.45 Fomentar a criação de movimento de cidadania pelas águas. 5.46 Criar dispositivo legal na distribuição do ICMS ecológico para prevenção de danos ambientais. Programa: Gestão da Biodiversidade. Projetos: 1- Elaboração de planos de manejo para as UC's estaduais; 2- Implantação dos planos de manejo elaborados para as UC's. Programa: Melhoria do uso dos solos e insumos agrícolas. Projeto: Fomento ao manejo e conservação do solo, água e cobertura vegetal em sistema de micro bacias hidrográficas. 170 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 5.47 Incentivar propriedades modelo de sustentabilidade por integração de atividades agro silvopastoris. 5.48 Pesquisar a aptidão de cada região; 5.49 Incentivar o cultivo consorciado de hortifrutigranjeiros e piscicultura na região; 5.50 Implantar programas de conservação de solos e águas, utilizando mecanismos legais, para preservação e conservação de micro bacias, com incentivos fiscais. Programa: Gestão de recursos hídricos. Projeto: Conservação do solo, água e cobertura vegetal na bacia do Alto Paraguai (Programa Pantanal). Programa: Educação ambiental integrada. Projeto: Estímulo à destinação correta das embalagens vazias de agrotóxicos e afins. Programa: Gestão de resíduos sólidos. Projetos: 1-Fomento à elaboração de Planos de Gerenciamento Integrado de Resíduos; 2-Capacitação para atividades profissionais relacionadas à coleta, tratamento e 5.51 Implantar programas de minimização dos impactos gerados pelos resíduos sólidos (como embalagens de destinação final dos resíduos sólidos; 3- Sensibilização da população para a gestão de resíduos sólidos. agrotóxicos), líquidos (como a vinhaça) e gasosos (como metano), em todos os ciclos de vida do produto. Sólidos (PGIRS). Programa: Educação ambiental integrada. Projeto: Estímulo à destinação correta das embalagens 5.52 Incentivar a criação de postos de recebimentos de embalagem de agrotóxicos, segundo critérios técnicos. vazias de agrotóxicos e afins 5.53 Promover ações de fiscalização regular dos mananciais de águas, como os rios Membeca campo novo do parecis, Queima-pé (Tangara) e Rio Branco (NOVA OLIMPIA), das dragas e da preservação das nascentes e das Programa: Gestão da Biodiversidade. Atividade: Fiscalização nas UC's e seus entornos. Projeto: matas ciliares. Administração de recursos hídricos - (Programa Pantanal) 5.54 Restabelecer o centro de pesquisa agroambiental na região do Vale do Guaporé; 5.55 Criar um Centro de Triagem de Animais Silvestre em Poconé; 5.56 Implantação de uma unidade de Polícia Ambiental na sede do segundo BPM (Barra do Garças) e nas unidades de conservação do Araguaia, disponibilizando recursos humanos e materiais essenciais para a proteção do meio ambiente. 5.57 Monitoramento do impacto causado no meio ambiente em projetos de Suinocultura e em lavouras c/ uso intensivo de agrotóxicos. 5.58 Revisão do Programa BID PANTANAL, com inclusão da região de Diamantino. 5.59 Implantação do Conselho Regional do Meio Ambiente. 5.60 Estudos e acompanhamentos sistemáticos de impactos ambientais relacionados à implantação e operação de empreendimentos produtivos potencialmente poluentes. 5.61 Incentivo à criação de reservas particulares de patrimônio natural. 5.62 Estabelecimento de uma política estadual para atendimento do médio e pequeno produtor, com vistas à diversificação de culturas. A monocultura aparece como uma estratégia negativa para o pequeno e médio produtor. 5.63 Criação de escritórios regionais do Governo Estadual voltados para o planejamento e captação de recursos para o desenvolvimento regional 171 (Continuação) Estratégias/Demandas Programas/Projetos 5.64 Difusão, implantação e implementação das políticas internacionais de meio ambiente e desenvolvimento. 5.65 Permissão para averbação de 50% de áreas de preservação nas propriedades da Amazônia legal. 5.66 Criação de selos municipais para produtos industrializado por pequenas microempresas. 5.67 Concursos de especialista; 5.68 Estabelecer convênios e parcerias com a FUNAI e ONG‟s para conscientização quanto à questão ambiental das populações indígenas. 5.69 Definição das atribuições de cada uma das instituições ambientais. 5.70 Criação de um Jardim Botânico multifuncional visando pesquisa, educação ambiental, lazer e produção de Programa: de Intervenções Inter setoriais; Projeto: Implantação do Jardim Botânico do Estado de mudas de espécies nativas para repovoamento florestal das matas ciliares e margens das rodovias; Mato Grosso. 5.71 Estradas (MT 130, Trecho da MT 453, entre MT 344 e BR 070. “Água Puríssima”, trecho de Sto. Antônio do Leste a Nova Xavantina via Campinápolis, PV 020), Portal temático, sinalização turística e terminais turísticos (balneários). 5.72 Criar mecanismos que torne efetiva a aplicação das leis ambientais, inclusive a obrigatoriedade de EIA‟s para projetos de irrigação e utilização de agroquímicos. 5.73 Fortalecer a capacidade de proteção ambiental através de integração das ações entre os 3 níveis de Governo e a sociedade Civil. 5.74 Estimular e adotar a criação de órgãos municipais de meio ambiente, ou departamento de meio ambiente ligados às secretarias afins (Preferencialmente turismo) de acordo com a realidade da administração municipal. 5.75 Apoiar o desenvolvimento da fruticultura da região; 5.76 Apoiar os municípios na constituição e funcionamento dos Conselhos Municipais de Meio Ambiente e na elaboração da Legislação Ambiental Municipal; 5.77 Implantação do Batalhão de Polícia Florestal na região; 5.78 Implantar um centro integrado de ensino, pesquisa e desenvolvimento orientado para as áreas de agronomias, zootecnia e outras, envolvendo as Universidades públicas e privadas, o CENFOR, Fundação Mato Grosso, EMPAER e EMBRAPA; 5.79 Condicionar o repasse de ICMS ecológico ao cumprimento pelos municípios dos seguintes critérios: Existência de legislação ambiental municipal; Existência de C.M.M.A; Existência de fundo ambiental municipal; Existência de órgão ambiental municipal; 5.80 Criar centros de referência do patrimônio cultural e concluir os já implantados (p.e.: Mimoso); 172 (Continuação) Programas/Projetos 5.81 Viabilizar a criação e implantação das estradas parques (Santo Antônio de Leverger/Barão de Melgaço, Chapada dos Guimarães, Nobres e Poconé). 5.82 Utilizar recursos para reflorestamento das nascentes do rio que forma o rio manso no município de Nova Brasilândia; 5.83 Utilizar as madeiras apreendidas pela FEMA na construção de prédios públicos e casas populares; 5.84 Rever com urgência a legislação vigente do código ambiental, no que diz respeito ao uso e conservação do solo; 5.85 Formalização de compromissos entre os órgãos e entidades para construir um facilitador jurídico, evitando problemas de continuidade aos processos de licenciamento e legalização integrados; 5.86 Regulamentar o FUNDER previsto na Lei Complementar n. 38, artigo 10 Parágrafo Único. 5.87 Tornar permanente o projeto Quadrante, equipado com caminhões pipas veículos apropriados, pessoal capacitado a desenvolver trabalho de educação ambiental, controle de queimados e combate a incêndios a lotes urbanos. 5.88 Criação de uma escola regional profissionalizante focada na agropecuária sustentável e no ecoturismo. 5.89 Apoiar a constituição e fortalecimento dos Conselhos Municipais de Turismo 6. CRIAR INCENTIVOS FISCAIS VOLTADOS AO MANEJO SUSTENTÁVEL DO MEIO AMBIENTE 6.1 Incentivar (isenção fiscal e crédito) a implantação de usinas de compostagem para aproveitamento de resíduos de madeira, frigoríficos e lixo urbano orgânico. 6.2 Incentivar a instalação de indústrias de reciclagem de lixo urbano (aproveitamento industrial), através de isenção fiscal e financiamento. 6.3 Incentivar o desenvolvimento de indústrias (isenção fiscal e crédito) para o aproveitamento dos resíduos da madeira para a produção de aglomerados, peças emendadas, briquetes, utensílios domésticos, brinquedos pedagógicos e artesanatos. 6.4 Apoiar projetos de plantação de madeiras para a produção de lenha 6.5 Que 50 % das infrações ambientais fiquem para os municípios arrecadadores. 6.6 Implantar incentivos fiscais para realização de projetos turísticos nos municípios; 6.7 Criar incentivos na produção extrativista para redução do valor da pauta dos produtos como: castanha, palmito etc.. 173 (Continuação) Estratégias/Demandas 6.8 Criar critérios diferenciados para o ICMS ecológico para área de preservação transpostas de um município para outro, passando parte do ICMS do município produtor para o município que detenha a área de preservação. 6.9 Compensar as propriedades que tenham manejo sustentável com redução progressiva de ITR (após reforma tributária); 6.10 Criar mecanismos junto aos agentes fomentadores de crédito ao micro e pequeno produtor, que garanta que um percentual seja destinado à cultura de subsistência. 6.11 Incentivar a iniciativa privada no desenvolvimento de projetos de proteção ambiental; 6.12 Isenção de tributos aos produtos reciclados produzidos na região; 6.13 Disponibilizar linhas de créditos específicos para propriedades que mantenham reservas ambientais; 6.14 Criar linhas de créditos que incentive à implantação de sistema agroflorestal e agroambientais. 6.15 Diferenciação de taxa do FETHAB para madeiras oriundas de plano de manejo; 6.16 Atrelar a liberação de financiamento aos projetos de manejo sustentável devidamente licenciados pelos órgãos competentes. Fonte: Seplan – MT. Elaborada pela autora. Programas/Projetos 174 Apêndice B – Indicadores dos programas Tabela 10 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 1 - Melhorar a qualidade de vida para promover a cidadania (Continua) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico 1 158 Status % FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA Taxa de cobertura da população pelas equipes de saúde da família % 54,50 62,30 66,20 66,49 70,00 66,05 94,36% ABAIXO % em constr. 72,00 73,00 xxxx 0,00 72,53 xxxx 19 17,4 xxxx 17,77 17 16,40 96,47% xxxx xxxx INCONSISTENTE xxxx xxxx INCONSISTENTE Em 2006 alterou para Percentual da população coberta pelas eq. de saúde da família. Taxa de cobertura da população acompanhadas por agentes comunitários de saúde (saiu em 2004, voltou em 2005) Taxa de mortalidade infantil 1/1000 Em 2006 alterou para Taxa de detecção de casos de hanseníase igual ou maior que 90 (saiu em 2007) 18,5 % 76,00 13,80 xxxx xxxx Em 2004 alterou para Taxa de casos curados de hanseníase (saiu em 2007) 160 (= ou > 90) 90,00 % 69,00 82,40 xxxx xxxx Em 2004 alterou para 2 ACIMA 14 >90 91,00 Taxa de cobertura de pré-natal (saiu em 2007) % 45,00 92,00 xxxx xxxx 100,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Percentual de agentes de saúde rural implantados (incluído em 2006 e excluído em 2007) % 0,00 xxxx xxxx 75,02 70,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Percentual de cobertura da população por equipes de saúde bucal (incluído em 2006 e excluído em 2007)) % 0,00 xxxx xxxx 35,00 60,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE nº 2,73 1,23 0,31 1,49 em apur. 2,18 xxxx INCONSISTENTE 463,86 474,15 371,77 em apur. 517,95 xxxx INCONSISTENTE IMPLEMENTAÇÃO E EFETIVAÇÃO DA MICRORREGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE Consulta médica por habitante/ano Em 2006 alterou para Gasto médio (SUS) por internação hospitalar 2,00 R$ Em 2006 alterou para 360,23 360,00 Gasto médio (SUS) por atendimento ambulatorial básico R$ 1,06 1,16 1,16 xxxx em apur. 1,16 xxxx INCONSISTENTE Gasto médio (SUS) por atendimento ambulatorial de média e alta complexidade R$ 170,87 8,57 8,57 8,54 em apur. 7,67 xxxx INCONSISTENTE 2,99 2,18 2,22 1,86 em apur. 1,70 xxxx INCONSISTENTE Leitos por habitantes leitos/ 1000 hab. 175 (Continuação) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico Taxa de cura da tuberculose Taxa de incidência de AIDS/HIV/DST (saiu em 2007) % 76,00 78,00 78,00 59,80 85,00 78,00 91,76% 7,53 5,84 5,84 xxxx 5,53 xxxx xxxx INCONSISTENTE % 30,00 79,00 xxxx 60,42 60,00 96,53 160,88% INCONSISTENTE % em constr. 91.788 336.122 xxxx 0,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE % em constr. 0,00 xxxx xxxx 0,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE REESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA Taxa de cobertura da assistência farmacêutica 5 156 ABAIXO FORTALECIMENTO DO COMPLEXO REGULADOR DO SUS Usuários regulados em relação a demanda por serviços de saúde 4 161 % casos/ 100.000 hab Taxa de inspeções sanitárias (em 2006 foi para o programa 241) 3 159 Status GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SUS Capacitações realizadas por municípios % 60 16 xxxx 100 16 16,00% ABAIXO Número de Ouvidorias Implantadas % não tem 11 16 14 40 16 40,00% ABAIXO Em 2005 alterou para nº 79 1 1 1 100 1 1,00% ABAIXO 6,91 4,58 2,29 7,12 1,55 21,77% ABAIXO Em 2006 alterou para Ouvidorias implantadas Realização de Conferências de Saúde e Eventos Correlatos 6 203 % DESENVOLVIMENTO DA POLÍTICA DE INVESTIMENTO EM SAÚDE Participação do gasto com investimento na despesa total com saúde % xxxx Em 2005 alterou para 7 241 7,00 IMPLEMENTAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA À SAÚDE Taxa de acidentes de trabalho % 0,00 0,00 Taxa de cura dos casos confirmados de Leishmaniose TEGU (saiu em 2006) % 90,00 Taxa de homogeneidade mínima nas vacinas básicas % 80,00 Taxa de inspeções sanitárias % 30,00 Em 2006 alterou para Coeficiente de incidência de dengue e saiu em 2007) % casos/ Em 2006 incluiu Índice parasitário anual de malária (saiu em 2007) em constr. 0,00 10,96 xxxx INCONSISTENTE 86,70 xxxx 90,00 84,90 94,33% ABAIXO 63,30 74,82 80,00 66,78 83,48% ABAIXO 1.304,00 60,42 60,00 96,53 160,88% ACIMA 105,30 xxxx xxxx 504,62 70,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE 2,70 xxxx xxxx 3,60 xxxx 2,30 xxxx INCONSISTENTE 1.000 hab 176 (Continuação) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico 8 257 FORMAÇÃO E CAPACITAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE Taxa de capacitação dos servidores do SUS 9 163 10 em constr. 0 xxxx 2536 0 xxxx xxxxx INCONSISTENTE 74,19 132,87 0,00 182,30 xxxx INCONSISTENTE INCONSISTENTE FORTALECIMENTO DA GESTÃO DA SAÚDE Despesa total com saúde por habitante R$ 54,00 Índice de gestão da informação % 0,00 xxxx xxxx xxxx 70,00 xxxx xxxx Participação da receita própria aplicada em saúde % 6,00 12,56 12,20 12,52 12,00 12,28 102,33% ACIMA % 18,00 16,30 35,00 15,30 9,39 15,30 162,94% ABAIXO Resultado de Proficiência da 4ª série - Matemática nível 166,10 170,60 170,30 xxxx 205,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Resultado de Proficiência da 4ª série - Português nível 152,20 159,90 159,40 xxxx 275,20 xxxx xxxx INCONSISTENTE Resultado de Proficiência da 8ª série - Matemática nível 239,00 234,20 334,20 xxxx 281,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Resultado de Proficiência da 8ª série - Português nível 231,90 220,20 224,70 xxxx 270,20 xxxx xxxx INCONSISTENTE % 73,20 xxxx xxxx 76,90 80,00 xxxx INCONSISTENTE Taxa de Atendimento Aparente % 27,00 31,80 32,22 63,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Taxa Abandono % 25,10 29,20 26,00 13,10 26,00 198,47% ABAIXO 66,60 79,88% ABAIXO 167 QUALIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL 242 Em 2005 passsou a ser MELHORIA DA APRENDIZAGEM DO ENSINO FUNDAMENTAL Taxa de Abandono xxxx Em 2007 alterou para Em 2005 incluiu Taxa de aprovação do Ensino Fundamental 11 3 245 11,05 EXPANSÃO E FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO Em 2005 passou a ser MELHORIA DA APRENDIZAGEM DO ENSINO MÉDIO Em 2007 alterou para Taxa de Aprovação Em 2007 alterou para 12 Status % 164 ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 248 Em 2005 passou a ser ATENDIMENTO A JOVENS E ADULTOS 23,10 21,33 % 68,60 72,03 21,00 63,00 67,90 66,60 83,38 79,41 177 (Continuação) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico 13 204 Número de analfabetos nº 184.760 164.760 xxxx xxxx 0,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Taxa de conclusão do Ensino Fundamental % 11,70 19,10 xxxx xxxx 91,70 xxxx xxxx INCONSISTENTE Taxa de conclusão do Ensino Médio % 37,01 14,90 xxxx xxxx 97,01 xxxx xxxx INCONSISTENTE % 6,75 31,80 xxxx xxxx 65,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE 29,20 23,10 xxxx 11,37 xxxx xxxx INCONSISTENTE 63,00 67,90 xxxx xxxx xxxx INCONSISTENTE INCONSISTENTE EDUCAÇÃO NO CAMPO Taxa de Atendimento Aparente Em 2005 alterou para Taxa de Abandono 6,00 % Em 2005 alterou para Taxa de Aprovação 243 244 245 17 247 76,00 92,00 xxxx xxxx xxxx 0,00 xxxx xxxx % 18,00 16,30 35,00 15,30 11,05 15,30 138,46% em constr. 0,00 xxxx xxxx xxxx 0,00 xxxx xxxx Taxa de Abandono % 21,33 29,20 23,10 26,00 21,00 26,00 123,81% Taxa de Atendimento aparente (vagas) % 27,00 31,80 xxxx 32,22 63,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE 51,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE MELHORIA DO AMBIENTE DA ESCOLA DO ENSINO FUNDAMENTAL ABAIXO VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ENSINO MÉDIO INCONSISTENTE MELHORIA DO AMBIENTE DA ESCOLA DO ENSINO MÉDIO Em 2006 alterou para 249 92,86 0,00 Índice de satisfação dos profissionais da educação 18 11,00 em constr. Taxa de Abandono 16 76,40 Em 2005 VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL Índice de satisfação dos profissionais da educação 15 21,80 21,00 % Em 2005 alterou para 14 Status % 37,00 ABAIXO Em 2005 MELHORIA DA GESTÃO INSTITUCIONAL Auto avaliação institucional % 0,00 xxxx xxxx xxxx 100,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Índice de credibilidade da sociedade em relação à Seduc % 0,00 xxxx xxxx xxxx 50,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE 178 (Continuação) Nº Nome Unidade 2003 2004 2005 2006 Previsto Realizado Físico 19 20 266 269 Em 2006 QUALIDADE DA GESTÃO EDUCACIONAL - MELHORIA DA GESTÃO INSTITUCIONAL Escolas atendidas % 0,00 xxxx xxxx 623,00 85,00 623,00 732,94% ACIMA Recursos aplicados na área finalística % 0,00 xxxx xxxx 7,88 10,00 7,88 78,80% ABAIXO Remanejamentos % 0,00 xxxx xxxx 21,44 4,00 21,44 536,00% ABAIXO APRIMORAR - VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Escolas com metodologias inovadoras e significativas 21 268 ñ. tem 0,00 xxxx xxxx 46,36 30,00 46,36 154,53% ACIMA Professores efetivos habilitados % 71,00 xxxx xxxx 72,88 100,00 72,88 72,88% ABAIXO Profissionais capacitados % 0,00 xxxx xxxx 54,75 50,00 54,75 109,50% ACIMA Tx de abandono EF % 18,00 xxxx xxxx 15,30 11,05 15,30 138,46% ABAIXO Tx de abandono EM % 21,33 xxxx xxxx 26,00 21,00 26,00 123,81% ABAIXO Tx de aprovação EF % 73,20 xxxx xxxx 76,90 80,00 76,90 96,13% ABAIXO Tx de aprovação EM % 72,03 xxxx xxxx 66,60 79,41 66,60 83,87% ABAIXO Tx de atendimento aparente EM % 37,00 xxxx xxxx 32,22 51,00 32,22 63,18% ABAIXO % 30,00 xxxx xxxx xxxx 41,30 xxxx xxxx INCONSISTENTE nº de projetos de pesquisa (IPP) em relação aos docentes (saiu em 2005) índice 9,00 11,00 xxxx xxxx 18,66 xxxx xxxx INCONSISTENTE nº de projetos de extensão (IPE) em relação aos docentes (saiu em 2004 e em 2006 foi para o 251) índice 11,90 16,00 xxxx 22,50 22,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE nº ingressantes/nº diplomados 41,90 xxxx 53,90 60,00 82,00 42,20 51,46% Em 2006 INCLUSÃO PELA EDUCAÇÃO - IPÊ 22 267 23 175 EXPANSÃO, MANUTENÇÃO E MELHORIA DO ENSINO SUPERIOR 250 Em 2005 FORTALECIMENTO DO ENSINO SUPERIOR MINHA SEGUNDA CASA - MELHORIA DO AMBIENTE DA ESCOLA Escolas com padrão mínimo de funcionamento eficácia e diplomação de graduandos (IE) Em 2004 alterou para ABAIXO 9,00 18,66 % 41,00 82,00 acervo bibliográfico em relação a nº de acadêmicos nos departamentos (IT) índice 17,30 19,00 xxxx xxxx 24,30 xxxx xxxx INCONSISTENTE nº laboratórios em relação ao número de departamentos (IL) índice 1,64 1,73 xxxx xxxx 2,31 xxxx xxxx INCONSISTENTE docentes em qualificação em relação ao quadro de docentes (PD) índice 23,24 11,00 xxxx xxxx 18,83 xxxx xxxx INCONSISTENTE nº de bolsas em relação a número de acadêmicos nos departamentos (IB) índice 3,75 7,00 xxxx xxxx 7,78 xxxx xxxx INCONSISTENTE Em 2005 alterou para Índice que verifica a eficácia da diplomação de graduandos SAIRAM EM 2006 Status % 179 (Continuação) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico 24 251 25 252 Em 2005 EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E CULTURAL Índice que relaciona o número de docentes e projetos 253 28 148 xxxx 22,50 22,50 22,00 13,60 nºdisc/ nºtítulo xxxx 16,70 20,00 24,00 18,17 75,71% ABAIXO 2,00 xxxx 6,80 7,00 4,00 4,36 109,00% ACIMA Laboratório em relação ao número de acadêmicos nºlab/nºacadêmicos 1,00 xxxx xxxx 2,00 2,00 0,01 0,30% ABAIXO em constr. 0,00 xxxx xxxx 29,00 0,00 18,70 xxxx INCONSISTENTE % 9,00 xxxx 15,40 15,40 18,00 17,64 98,00% ABAIXO percentual 1,15 2,95 3,13 3,58 5,00 4,50 90,00% ABAIXO APOIO AO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO ACESSO À JUSTIÇA DEFESA DO INTERESSE COLETIVO Não tem indicador 173 ABAIXO 17,00 Índice de alcance de clientes 29 61,82% m2/acadêmico Índice que relaciona nº de docentes em relação aos projetos 176 11,00 Área construída em relação ao número de alunos % de docentes em qualificação em relação ao nº total 27 um GESTÃO E DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL Acervo bibliográfico em relação ao nº de discentes 26 Status % xxxx INCONSISTENTE REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE Índice de homicídios nº hom a cada 10.000 hab. 2,29 2,05 1,94 2,28 1,60 Em 2005 alterou para 2,00 1,00 Em 2006 alterou para 2,29 1,60 Índice de roubos nº roubos a cada 10.000 hab. Em 2006 alterou para Índice de furtos 34,00 35,26 38,87 45,11 37,02 nº furtos a cada 10.000 hab. 102,84 25,00 2,91 181,88% ABAIXO 42,22 168,88% ABAIXO 135,55 171,15% ABAIXO 29,62 124,16 129,22 127,94 79,20 Em 2004 alterou para 102,83 Em 2005 alterou para 102,00 79,00 Em 2006 alterou para 124,43 99,55 180 (Continuação) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico 30 172 % Em 2006 alterou para Adolescentes infratores ressocializados 21,00 24,00 % em constr. 50,00 30,74 61,48% ABAIXO 54,53 109,06% ACIMA 40,00 47,00 50,00 50,00 42,00 50,00 60,00 acidentes a cada 10.000 veículos 70,00 xxxx xxxx xxxx 49,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE 92 PREVENÇÃO E ATENDIMENTO A SINISTROS E EMERGÊNCIAS Demanda reprimida de sinistros e emergências Tempo-resposta do atendimento 33 18,00 REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO Índice de acidentes de trânsito 32 em constr. 40,00 Em 2006 alterou para 205 % RESSOCIALIZAÇÃO DOS REEDUCANDOS E ADOLESCENTES INFRATORES Reeducandos ressocializados 31 Status 171 50,00 45,00 28,00 100,00 49,80 49,80% INCONSISTENTE min % em constr. 15,00 14,00 13,00 12,50 12,00 11,30 94,17% ACIMA homicídios a cada 10.000 hab. 2,29 2,05 1,94 2,28 1,60 2,91 181,88% ABAIXO xxxx xxxx COOPERAÇÃO SOCIAL PARA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E DROGAS Índice de homicídios Em 2005 alterou para 2,00 1,00 Em 2006 alterou para 2,29 1,60 Em 2007 alterou para 2,00 1,00 Índice de porte e uso de drogas (saiu em 2006) Em 2005 alterou para porte e uso de drogas a cada 10.000 hab. 1,28 1,00 xxxx 0,63 xxxx 0,81 0,00 INCONSISTENTE 181 (Continuação) Programa Nº Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado Físico 34 35 168 34 102 nº 1.473,00 xxxx xxxx 6.344,00 1.178,40 1.287,00 109,22% ABAIXO Nº de ocorrências envolvendo mulheres nº 2.514,00 xxxx xxxx 39.384,00 2.011,20 7.361,00 366,00% ABAIXO Nº de ocorrências envolvendo drogas nº 318,00 xxxx xxxx 254,40 330,00 1.516,00 459,39% ABAIXO Índice de satisfação da sociedade (saiu em 2006) % 12,00 20,00 xxxx xxxx 40,00 xxxx xxxx Em 2006 Índice de processos devolvidos % 60,00 xxxx xxxx 10,00 30,00 5,00 16,67% % 60,00 xxxx xxxx xxxx 85,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE salário mínimo 1,01 xxxx xxxx xxxx 1,36 xxxx xxxx INCONSISTENTE % 64,50 xxxx xxxx xxxx 72,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE 198 xxxx INCONSISTENTE 38 197 xxxx INCONSISTENTE xxxx INCONSISTENTE ACIMA GERAÇÃO DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA Taxa de atividade 37 INCONSISTENTE CIDADANIA PARA TODOS Rendimentos médios mensais dos 40% mais pobres 170 254,40 MODERNIZAÇÃO DA SEGURANÇA PÚBLICA Satisfação dos cidadãos/usuários com o atendimento do serviço público 36 % Em 2006 Nº de ocorrências envolvendo crianças/adolescentes Em 2007 alterou para 34 Status CONSELHOS NA CONSTRUÇÃO DO CONTROLE SOCIAL Não tem indicador DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO Não tem indicador DESENVOLVIMENTO DO LAZER Não tem indicador Em 2005 Nº de pessoas diretamente atingidas xxxx unidade xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx 0,00 xxxx 80,00 85,00 0,00 80% xxxx INCONSISTENTE 182 (Continuação) Programa Nº 39 206 40 207 41 72 42 63 Nome Inicial Unidade Realizado 2003 2004 2005 2007 2006 Previsto Realizado % INTERCÂMBIO E INTEGRAÇÃO CULTURAL Pessoas atingidas diretamente pessoas 5.350 20.800 30.000 28.100 43.325 30.000 69,24% ABAIXO Pessoas atingidas indiretamente pessoas 2.500 68.000 50.000 1.800.500 2.600.750 50.000 1,92% ABAIXO pessoas 700 0 100.000 25.000 25.000 45.000 180,00% ACIMA PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL E AMBIENTAL Participação da sociedade OBRAS PÚBLICAS E INFRA-ESTRUTURA Não tem indicador Em 2004 alterou para nº domicílios ligados um xxxx xxxx xxxx xxxx 44 188 45 208 47 259 xxxx xxxx INCONSISTENTE 309,00 salário mínimo 0,57 0,62 0,78 0,80 0,84 0,85 101,19% ACIMA salário mínimo 0,57 0,62 0,78 0,80 0,84 0,85 101,19% ACIMA Termo de autorização de Escritura unidade 8.000 5.901 29.749 31.919 12.000 31.919 265,99% ACIMA Lotes urbanos alienados unidade 8.540 1.980 13.627 15.999 17.540 16.249 92,64% ABAIXO Lotes regularizados unidade 2.140 988 4.614 11.308 143.140 12.328 8,61% ABAIXO xxxx INCONSISTENTE xxxx INCONSISTENTE FOMENTO AGROPECUÁRIO Renda média famílias campo 77 309,88 INCENTIVO À ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR Renda média famílias campo 46 INCONSISTENTE 305.776 Em 2005 alterou para 191 xxxx APOIO AO SANEAMENTO BÁSICO NOS MUNICÍPIOS Acesso ao sistema de saneamento básico 43 Status Físico CIDADE CIDADÃ ASSISTÊNCIA TÉCNICA E PESQUISA TECNOLÓGICA (saiu em 2005) Não tem indicador Em 2007 REDUÇÃO DA IMPUNIDADE Não tem indicador Fonte: Seplan/RAG – MT. Elaborada pela autora. 183 Tabela 11 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 2 - Reduzir o número de pessoas em condições de vulnerabilidade social (Continua) PROGRAMA 47 Nº NOME 169 ORGANIZAÇÃO DO ASSOCIATIVISMO Taxa de crescimento do Associativismo INICIAL UNIDADE 49 239 15 2003 2004 2005 2007 2006 percentual em constr. xxxx 20 xxxx 0 INCONSISTENTE 186.975 xxxx xxxx xxxx 155.985 xxxx xxxx INCONSISTENTE Déficit habitacional entre famílias de 0 a 1 salário mínimo 67.476 xxxx xxxx xxxx 47.430 xxxx xxxx INCONSISTENTE 15 16,73 67,5 67,5 15,4 67,5 438,31% ACIMA 67,5 11250,00% ACIMA ATENÇÃO ÀS CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS percentual 15 percentual 0,53 0,53 67,5 67,5 0 0,6 0 GESTÃO DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL percentual 89 97,84 105,82 100 100 105,82 105,82% INCONSISTENTE percentual 8,14 10,46 74,2 74,2 12,2 74,2 618,33% ACIMA 80 533,33% ACIMA ABAIXO ATENÇÃO INTEGRAL ÀS FAMÍLIAS Famílias até 2 salários mínimos atendidas pela assistência social Em 2005 alterou para 16 xxxx unidades habitacionais Municípios com ações descentralizadas 52 20 unidades habitacionais Em 2007 alterou para 157 STATUS Déficit habitacional Adolescentes e jovens atendidos pelos programas da assistência social 51 em constr. % 0 Em 2005 alterou para 18 REALIZADO MEU LAR Crianças atendidas pelos programas da assistência social 50 PREVISTO FÍSICO Em 2004 alterou para 48 REALIZADO 8 12 ATENÇÃO AO IDOSO Idosos acima 60 anos atendidos percentual Em 2005 alterou para 11,34 14,66 60,06 60,06 11 15,7 15 Em 2005 Percentual de atendimentos efetuados pela FCRDAC percentual 45 xxxx 66,95 64,5 80 74,1 92,63% Percentual de fornecimento de próteses/órteses percentual 91 xxxx 168 112,62 99 185,96 187,84% ACIMA Percentual de unidades descentralizadas percentual 57 xxxx 61 70,21 85 77,3 90,94% ABAIXO 184 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 53 17 Portadores de deficiência atendidos nº de portadores Em 2005 alterou para Em 2007 alterou para 54 240 254 STATUS 8,6 xxxx 0 xxxx 8 12,4 0 xxxx INCONSISTENTE 1.622 51,48% ABAIXO 12 pessoa NOSSA TERRA, NOSSA GENTE Famílias beneficiadas em Vilas Rurais 55 % ATENÇÃO À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA famílias 151 856 1.179 1.179 3.151 Plano de Desenvolvimento elaborado unidade 13 xxxx 13 13 23 13 56,52% ABAIXO Famílias assentadas famílias 5.050 xxxx 8.200 8.200 6.650 8.849 133,07% ACIMA 76 xxxx 83,6 81,76 90 72 80,00% ABAIXO xxxx 12,68 10,9 12 9,1 75,83% ABAIXO EM 2005 FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO ÀS POPULAÇÕES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE Percentual de cura de Hanseníase percentual Em 2006 alterou para 82,7 Em 2007 alterou para Taxa de detecção de casos de Hanseníase/10.000 76 casos / 10.000 Em 2006 alterou para Em 2007 alterou para Taxa de mortalidade infantil/1000 casos / 1.000 hab. Em 2006 alterou para 12 12 18 xxxx 17,6 17,77 14 16,4 82,83% ABAIXO xxxx 20,3 39,4 30 14,66 51,13% ACIMA xxxx xxxx 35 70 xxxx xxxx 18 casos / 100.000 Em 2006 alterou para Coeficiente de incidência 19 17,68 Em 2007 alterou para Em 2006 Óbitos de mulheres em idade fértil investigados 18,24 18,5 Em 2007 alterou para Taxa de índice de casos novos bacíliferos de Tuberculose 12 13,82 19 percentual 23,62 INCONSISTENTE 185 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL REALIZADO 2007 UNIDADE 2003 2004 2005 2006 Tx de cobertura de pré-natal com 4 ou mais consultas percentual 89,64 xxxx xxxx 92,05 100 xxxx xxxx INCONSISTENTE Tx de cura de casos novos de Tuberculose percentual 77,7 xxxx xxxx 64 85 xxxx xxxx INCONSISTENTE Tx de internação por AVC casos / 10.000 hab. 47,3 xxxx xxxx 37,4 40 xxxx xxxx INCONSISTENTE Tx de internação por coma diabético e cetoacidose percentual 5,6 xxxx xxxx 1,5 4,9 xxxx xxxx INCONSISTENTE Tx de mortalidade materna casos/ 100.000 hab. 51,42 xxxx xxxx 82,5 40 xxxx xxxx INCONSISTENTE Tx de mortalidade por DCV casos/ 100.000 hab. 122,7 xxxx xxxx 112,8 112,8 xxxx xxxx INCONSISTENTE PREVISTO REALIZADO FÍSICO 56 270 Nº de empregos gerados unidade 0 xxxx xxxx 0 0 xxxx xxxx INCONSISTENTE Nº de empregos gerados unidade 0 xxxx xxxx 0 0 xxxx xxxx INCONSISTENTE Nº de empregos gerados unidade 0 xxxx xxxx 0 0 xxxx xxxx INCONSISTENTE unidade 0 xxxx xxxx 0 0 xxxx xxxx INCONSISTENTE percentual 0 xxxx xxxx 0 0 xxxx xxxx INCONSISTENTE Índice de evasão escolar percentual 0 xxxx xxxx xxxx 18 26 55,56% ABAIXO Nº de ocorrências registradas contra a criança e adolescente percentual 0 xxxx xxxx xxxx 80 40 150,00% ACIMA Taxa da população atendida 262 STATUS Em 2006 FITOPLASMA - PROGRAMA ESTADUAL DE FITOTERÁPICOS Nº de empregos gerados 57 % PROTEÇÃO INTEGRAL DA CRIANÇA E ADOLESCENTE Fonte: Seplan/RAG – MT. Elaborada pela autora. 186 Tabela 12 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 3 - Promover o desenvolvimento sustentável da economia, fortalecendo a competitividade, a diversificação e a participação do micro, pequeno e médio empreendimento (Continua) PROGRAMA 58 Nº NOME 131 FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL Empregos gerados pelas empresas incentivadas INICIAL UNIDADE REALIZADO 2007 2003 2004 2005 2006 PREVISTO REALIZADO 10.509 xxxx 19.525 6.408 21.319 21.180 99,35% ABAIXO FÍSICO unidade % STATUS Em 2005 alterou para 258 59 209 DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL E COMERCIAL Percentual de incremento da balança comercial do Estado percentual 0 xxxx 39,38 4,96 12,00 11,48 95,67% ABAIXO Valor real da exportação e importação percentual 0 xxxx 33,84 xxxx 40,00 24,14 60,35% ABAIXO xxxx xxxx xxxx 40 xxxx xxxx INCONSISTENTE xxxx xxxx xxxx 12 xxxx xxxx INCONSISTENTE INCONSISTENTE FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO COMERCIAL E DE SERVIÇOS (SAIU EM 2005) Real da exportação e importação percentual não tem Em 2004 alterou para Real de faturamento dos setores 0 percentual Em 2004 alterou para 60 210 201 0 FOMENTO À ATIVIDADE MINERAL Participação da produção mineral no PIB de Mato Grosso percentual 0,7 xxxx xxxx xxxx 2 xxxx xxxx Em 2006 Tx de cobertura do mapeamento geológico percentual 0 xxxx xxxx 12 7,93 5,95 75,03% ABAIXO 1.998.883,40 xxxx xxxx 1.913.377,00 2.778.439,00 4.000.000,00 143,97% ACIMA Valor da arrecadação da compensação financeira sobre exploração 61 não tem real DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO População rural atendida percentual 60 ñ. Aplicado xxxx xxxx 100 xxxx xxxx INCONSISTENTE Em 2005 alterou para Domicílios rurais atendidos Em 2006 alterou para Atendimento da demanda por energia elétrica requerida pelos domicílios do Estado percentual 34 xxxx 53 xxxx 80 xxxx xxxx INCONSISTENTE percentual 90,80 xxxx xxxx 93,46 94,00 95,00 101,06% ACIMA Participação da oferta de energia alternativa percentual 40,00 xxxx xxxx 42,30 45,00 43,20 96,00% ABAIXO 187 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 62 63 211 185 Empresas fiscalizadas em relação ao nº de total de empresas índice 0 100 xxxx xxxx em constr. xxxx xxxx INCONSISTENTE Participação de pequenas e médias empresas no mercado de Mato Grosso percentual 0 xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx INCONSISTENTE percentual 0,90 0,93 xxxx 1,18 5 55,28 1105,60% ACIMA 1,14 xxxx 1,44 5 1,97 39,40% ABAIXO 53,55 xxxx 55,55 90 58,23 64,70% ABAIXO DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DA CADEIA PRODUTIVA DO TURISMO Em 2004 alterou para Índice de participação no PIB do Estado 0,00 percentual Em 2005 alterou para Média geral de satisfação dos serviços turisticos prestados 212 195 1 percentual 53,55 55,23 Em 2005 alterou para 53 DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL número 2 xxxx xxxx xxxx 50 xxxx xxxx unidade 0 xxxx xxxx 10 10 7 70,00% percentual 0 xxxx xxxx xxxx 10 xxxx xxxx INCONSISTENTE Em 2005 DESENVOLVIMENTO REGIONAL - MT REGIONAL Nº de regiões do Estado com o programa implantado 65 1,14 Em 2004 alterou para Micro, pequenos e médios empreendimentos alcançados 256 STATUS GESTÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA INDS., COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA (SAIU EM 2005) Índice do turismo receptivo de Mato Grosso 0,90 5 64 % ABAIXO POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA (SAIU EM 2005) População do Estado alcançada por ações de atividades de cultura, ciência e tecnologica INCONSISTENTE 188 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 66 67 196 194 213 percentual 0 xxxx Demanda regional por ensino profissionalizante e qualificação profissional atendida (saiu em 2005) percentual 0 xxxx xxxx xxxx 30 Em 2005 Profissionais qualificados unidade 0 xxxx 5.810 9.172 20.000 percentual 40 xxxx xxxx xxxx 70 xxxx xxxx percentual 60 xxxx xxxx 50 40 40 100,00% CUMPRIU A META 187 percentual 0,12 xxxx 150 150 2 150 7500,00% ACIMA 2 xxxx 4 4 10 4 40,00% ABAIXO Número de cadeias produtivas apoiadas e incentivadas 189 xxxx xxxx INCONSISTENTE xxxx xxxx INCONSISTENTE 3.411 17,06% ABAIXO INCONSISTENTE 0 unidade DESENVOLVIMENTO FLORESTAL Incremento de área cultivada com floresta hectares 23.348 xxxx xxxx 80.000 26.343 150.000 569,41% ACIMA Espécies de madeiras caracterizadas unidades em levantamento 22 xxxx 20 10 20 200,00% ACIMA 5.447.000,00 5.447.000,00 5.447.000,00 8.003.071,00 5.447.000,00 68,06% ABAIXO Em 2004 alterou para 71 50 DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA Em 2006 alterou para 190 xxxx MELHORIA DO ABASTECIMENTO E COMERCIALIZAÇÃO Área cultivada com culturas incentivadas sobre total cultivada do Estado 70 xxxx FOMENTO A PROJETOS DE PESQUISA (SAIU EM 2005) Importação no consumo interno 69 STATUS Demanda por bolsa de iniciação cientifica atendida (saiu em 2005) Demanda atendida 68 % FORMAÇÃO QUALIFICADA DE RECURSOS HUMANOS 0 PROGRAMA MATOGROSSENSE DE MELHORAMENTO DA PECUÁRIA PROMMEPE) Em 2005 alterou para MELHORAMENTO DA PECUÁRIA - PROMMEP Valor Bruto da Produção Pecuária mil R$ 4.263.452,00 189 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 72 214 % STATUS DEFESA SANITÁRIA VEGETAL Certificação de locais e áreas livres de sigatoka negra e bicudo do algodoeiro Nº de locais e municípios certificados 2 2 2 xxxx 131 1 0,76% ABAIXO 0 0 0 xxxx 0 0 80 80 0 xxxx 12 xxxx xxxx INCONSISTENTE 8 33 0 xxxx 10.015 xxxx xxxx INCONSISTENTE Em 2004 alterou para Certificação de locais e áreas livres 73 216 Em 2005 alterou para unidade Entrada de pragas quarentenárias no Estado de Mato Grosso Nº de focos notificados Em 2005 alterou para Prevenção da entrada de pragas quarentenárias unidade xxxx INCONSISTENTE PROGRAMA DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL Em 2005 alterou para DEFESA SANITÁRIA ANIMAL Doenças de notificação obrigatória em Mato Grosso (saiu em 2006) n° de focos notificados Propriedades Livres de Doenças (saiu em 2006) n° de propriedades certificadas Em 2005 alterou para Certificação de propriedades livres de doenças Em 2006 Certificação da condição sanitária animal unidade 236.000 xxxx xxxx 527.000 400.000 577.066 144,27% ACIMA Manutenção da condição de livre para as doenças erradicadas no Estado unidade 4 xxxx xxxx 4 4 4 100,00% CUMPRIU A META 190 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 74 217 Municípios atendidos pelo serviço de inspeção (saiu em 2006) n° de municípios 24 25 24 xxxx 54 xxxx xxxx Estabelecimentos registrados n° de estabelecimentos 34 40 36 39 64 36 56,25% ABAIXO Em 2006 Disponibilização de produtos de origem animal inspecionados 76 215 218 STATUS INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL Em 2006 alterou para 75 % INCONSISTENTE 45 tonelada 58.132,84 xxxx xxxx 68.638,93 60.000,00 85.796.639,33 142994,40% ACIMA Número de títulos rurais expedidos número 10.249 181 10.680 10.823 14.739 11.095 75,28% ABAIXO Imóveis cadastrados número 4.953 635 6.882 8.128 21.813 8.542 39,16% ABAIXO Unidade de Conservação demarcada número 4 xxxx 4 4 13 4 30,77% ABAIXO em construção xxxx xxxx xxxx xxxx xxxx INCONSISTENTE INCONSISTENTE REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA RURAL PROGRAMA ESTRADEIRO Custo de transporte real por quilômetro Em 2004 alterou para Em 2005 alterou para Expansão da malha viária 0 xxxx 0 quilômetro 2.118 xxxx xxxx xxxx 6.119 xxxx xxxx Metrologia legal unidade 62.000 xxxx 76.257 60.020 73.000 71.353 97,74% ABAIXO Pré-medidos unidade 115.288 xxxx 247.680 210.957 132.278 398.045 300,92% ACIMA Qualidade (avaliação de conformidade de bens e serviços) unidade 4.221.011 xxxx 4.720.029 6.215.333 6.215.333 8.127.160 130,76% ACIMA Em 2005 77 132 SERVIÇOS DE METROLOGIA E QUALIDADE 191 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 78 255 199 32 xxxx 19 126 122 497 407,38% 81 72 74 unidade ACIMA percentual 31,00 xxxx xxxx 31,70 42,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Constr., ampliação e recuperação de edif. Públicas metro quadrado 0 xxxx xxxx 12.617,00 72.000,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE Elaboração de proj. téc. de edif. e infraestrutura unidade 0 xxxx xxxx 1 100 xxxx xxxx INCONSISTENTE Infraestrutura urbana em áreas ocupadas metro quadrado 0 xxxx xxxx xxxx 102.440,00 xxxx xxxx INCONSISTENTE REVITALIZAÇÃO DA EMPAER Índice de cobertura das ações de ATER 80 STATUS DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO DE MATO GROSSO Número de projetos articulados 79 % OBRAS PÚBLICAS E INFRA-ESTRUTURA FOMENTO AO CRÉDITO Não tem indicador Fonte: Seplan/RAG – MT. Elaborada pela autora. INCONSISTENTE 192 Tabela 13 – Indicadores dos programas – objetivo estratégico 4 - Garantir o uso ordenado dos recursos naturais visando ao desenvolvimento socioeconômico PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2007 2005 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 82 177 84 85 180 182 179 STATUS Municípios 69 116 139 139 139 141 101,44% 0 xxxx Percentual 82 139 xxxx em apuração (0 em 2004) Unidades de conservação com situação fundiária regularizada nº de ha de terra 335.310 0 0 992,04 957.000 336.421,69 35,15% ABAIXO Unidades de conservação implantadas e geridas integralmente % de UC´s 0 3 3 4 10 4 40,00% ABAIXO Pesquisas aplicadas para valoração dos produtos oriundos da Biodiversidade (saiu em 06) nº de pesquisa 0 xxxx 0 xxxx 30 0 0,00% ABAIXO nº de organizações de bacias atuando unidade 0 1 1 1 5 1 20,00% ABAIXO nº de municípios participando em comitês unidade 0 1 1 1 70 1 1,43% ABAIXO sub-bacias avaliadas(subbacias em 2004) 0 xxxx 30 xxxx 50 xxxx xxxx INCONSISTENTE GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS GESTÃO DE ÁREAS DEGRADADAS Em 2006 alterou para 250 Difusão de técnicas de recuperação (saiu em 2006) hectares avaliados unidades de observação instaladas Em 2006: micro bacias degradadas identificadas unidade Áreas de pastagens degradadas identificadas (saiu em 2006) 178 INCONSISTENTE GESTÃO DA BIODIVERSIDADE Áreas degradadas identificadas 86 ACIMA em apuração (0 em 2004) Cobertura do licenciamento 83 % CONTROLE DE ATIVIDADES POLUIDORAS Municípios atendidos pelo licenciamento (Continua) 0 0 380.000 xxxx 500.000 xxxx xxxx INCONSISTENTE 0 xxxx 6 xxxx 12 xxxx xxxx INCONSISTENTE 0 xxxx xxxx 50 250 55 22,00% ABAIXO não há registro n. apurado 8376 9771 0 452 2,78% ABAIXO EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA Profissionais da Educação Formal capacitados em Educação Ambiental Número de pessoas Em 2004 alterou para unidade Em 2005 alterou para Em 2007 alterou para 0 16.233 pessoa 193 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2007 2005 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO Desmatamentos ilegais acima de 300 ha, ocorridos no Estado de Mato Grosso (saiu em 2007) Hectares 128.765 há desmatados ilegalmente (desmatamentos acima de 200 há) 1.852.109.978,00 1.844.160.898,50 xxxx Em 2004 alterou para Número de focos de calor do Estado de Mato Grosso no período de proibição de queimadas (jul-ago-set) (saiu em 2007) Número de focos de calor Em 2004 alterou para Em 2006 alterou para Julho 5.745; agosto 14.297 e setembro 16.167 (2002) 38.156 48742 15004 36.209 % STATUS redução de 20% dos desmatamentos ilegais acima de 300 há xxxx xxxx INCONSISTENTE 103.012 redução de 20% do número de focos de calor nos meses de jul, agosto e set. xxxx xxxx INCONSISTENTE 28.968 unidade Em 2007 Número de instituições pública e privadas envolvidas nos eventos, nos municípios por reg. de plan. no estado de MT unidade 0 xxxx xxxx xxxx 20 130 650,00% ACIMA Número de material didático produzido por evento, nos municípios, por regiões de planejamento unidade 0 xxxx xxxx xxxx 40.000 16.522 41,31% ABAIXO Número de pessoas envolvidas por evento, nos municípios, por regiões de planejamento, no estado de Mato Grosso unidade 0 xxxx xxxx xxxx 2.000 12.772 638,60% ACIMA Proporção de Gestores Públicos Ambientais capacitados nos municípios por regiões de planejamento no estado de Mato Grosso Percentual 0 xxxx xxxx xxxx 30 xxxx xxxx Proporção de Instituições de Ensino atendidas, nos municípios, por regiões de planejamento, no estado de Mato Grosso Percentual 0 xxxx xxxx xxxx 5 736 14720,00% ACIMA Porporção de multiplicadores ambientais capacitados nos municípios, por regiões de planejamento, no estado de Mato Grosso. Percentual 0 xxxx xxxx xxxx 30 351 1170,00% ACIMA Proporção de servidores da Sema adesos ao projeto consumo consciente e ambiente saudável servidor 0 xxxx xxxx xxxx 50 50 100,00% CUMPRIU A META INCONSISTENTE 194 (Continuação) Nº NOME UNIDADE 2003 2004 2005 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 87 181 Focos de calor no período de proibição de queima 183 Hectare Número de focos de calor 128.765 há (2002) xxxx 29.822 xxxx 42.182 xxxx xxxx 21.362 (2002) xxxx xxxx 25.175 14.953 47.018 314,44% ABAIXO município xxxx 130 xxxx 10 130 1300,00% ACIMA xxxx 4 7 10 4 40,00% ABAIXO xxxx 25 xxxx 0 25 625,00% ACIMA xxxx xxxx INCONSISTENTE 0,00% INCONSISTENTE 15,60% ABAIXO Em construção Em 2004 alterou para Municípios com disposição adequada do lixo 0 município Em construção Em 2004 alterou para Municípios com empreendimentos tratamento, separação e reciclagem de resíduos sólidos instalados 0 município Em construção Em 2004 alterou para 0 Em 2005 alterou para 4 Pessoas empregadas no tratamento, separação e reciclagem de resíduos sólidos pessoas Em 2004 alterou para pessoa 0 município Em 2006: municípios com mais de 90% dos resíduos sólidos recolhidos (saiu em 2007) 186 INCONSISTENTE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS Municípios com coleta total do lixo 89 STATUS GESTÃO DE RECURSOS DA FAUNA E FLORA Incremento do desmatamento ilegal, em áreas de desmates superiores a 200 hectares 88 % Em construção xxxx xxxx xxxx 0 0 xxxx xxxx 29 10 63,9 91,37 xxxx 103,24 250 DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS Receita líquida (saldo positivo) gerada pelo turismo receptivo no Estado Milhões em reais (milhões reais em 2004) Em 2004 alterou para Receita líquida gerada pelo turismo receptivo no Estado Em 2006 alterou para 63 39 195 (Continuação) PROGRAMA Nº NOME INICIAL UNIDADE REALIZADO 2003 2004 2005 2007 2006 PREVISTO REALIZADO FÍSICO 90 200 % de embalagens vazias de agrotóxicos e afins devolvidas no Estado (embalagens de agrotóxico devolvidas) 91 261 % STATUS MELHORIA DO USO DOS SOLOS E INSUMOS AGRÍCOLAS % de embalagens vazias devolvidas Em 2004 alterou para percentual Ampliação da área cultivada com a cultura da soja em sistema de plantio direto % de área cultivada Em 2004 alterou para Área cultivada com a cultura de soja em plantio direto percentual 50 xxxx xxxx xxxx 70 75 107,14% ACIMA 83 xxxx xxxx xxxx 90 xxxx xxxx INCONSISTENTE Em levantamento xxxx xxxx xxxx 15 xxxx xxxx INCONSISTENTE Número de pequenas propriedades que adotam práticas conservacionistas (recuperação de matas ciliares e cultivos consorciados) nº de pequenas propriedades Em 2004 alterou para Pequenas propriedades que adotam práticas conservacionistas unidade 0 Número de ação civil e criminal proposta unidade 0 xxxx xxxx xxxx 0% xxxx xxxx INCONSISTENTE número de procedimento investigatório instaurado unidade 0 xxxx xxxx xxxx 0% xxxx xxxx INCONSISTENTE número de termos de ajustamento de conduta firmados unidade 0 xxxx xxxx xxxx 0% xxxx xxxx INCONSISTENTE Em 2006 FORTALECIMENTO DA GESTÃO AMBIENTAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO Fonte: Seplan/RAG-MT. Elaborada pela autora. 196 Apêndice C – Execução financeira dos programas Tabela 14 – Objetivo estratégico 1 (Continua) PROGRAMA ITEM Nº NOME UNIDADE RESPONSÁVEL RECURSOS PREVISTOS PPA R$ RECURSOS REALIZADOS PPA R$ % REALIZAÇÃO 1 FORTALECIMENTO DA ATENÇÃO BÁSICA SES 141.157.585,00 114.078.747,67 80,82% 2 IMPLEMENTAÇÃO E EFETIVAÇÃO DA MICRORREGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE SES 800.257.843,00 631.593.632,03 78,92% 3 FORTALECIMENTO DO COMPLEXO REGULADOR DO SUS SES 32.329.151,00 48.344.431,59 149,54% 4 REESTRUTURAÇÃO DA ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA SES 332.473.707,00 244.197.273,55 73,45% 5 GESTÃO DEMOCRÁTICA DO SUS SES 3.152.178,00 1.225.057,12 38,86% 6 DESENVOLVIMENTO DA POLÍTICA DE INVESTIMENTO EM SAÚDE SES 189.291.731,00 77.758.149,11 41,08% 7 QUALIDADE DO ENSINO FUNDAMENTAL SEDUC 158.576.376,00 33.199.127,00 20,94% 8 EXPANSÃO E FORTALECIMENTO DO ENSINO MÉDIO SEDUC 49.431.948,00 12.030.073,51 24,34% 9 ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS SEDUC 10.703.421,00 7.460.529,94 69,70% 23,51% 10 EDUCAÇÃO NO CAMPO 11 EXPANSÃO, MANUTENÇÃO E MELHORIA DO ENSINO SUPERIOR 12 ACESSO À JUSTIÇA 13 DEFESA DO INTERESSE COLETIVO 14 SEDUC/SEDER 4.306.934,00 1.012.483,24 UNEMAT 37.360.303,00 13.941.209,92 37,32% DEFENSORIA PÚBLICA 1.047.531,00 1.403.562,29 133,99% PROCURADORIA GERAL JUSTIÇA 21.659.400,00 5.152.161,92 23,79% REDUÇÃO DA CRIMINALIDADE SEJUSP 258.806.958,00 159.954.013,43 61,80% 15 RESSOCIALIZAÇÃO DOS REEDUCANDOS E ADOLESCENTES INFRATORES SEJUSP 93.912.760,00 126.046.321,43 134,22% 16 REDUÇÃO DE ACIDENTES DE TRÂNSITO SEJUSP 236.022.839,00 41.021.888,68 17,38% BOMBEIROS/ CASA CIVIL 20.151.394,00 27.605.384,83 136,99% 36.954.248,00 3.187.468,57 8,63% 17 PREVENÇÃO E ATENDIMENTO A SINISTROS E EMERGÊNCIAS 18 COOPERAÇÃO SOCIAL PARA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA E DROGAS SEJUSP 19 CIDADANIA PARA TODOS SETEC 36.455.051,00 11.063.511,90 30,35% 20 GERAÇÃO DE TRABALHO, EMPREGO E RENDA SETEC 106.357.507,00 15.498.965,53 14,57% 21 CONSELHOS NA CONSTRUÇÃO DO CONTROLE SOCIAL SETEC 5.256.025,00 582.425,12 11,08% 22 DESENVOLVIMENTO DO DESPORTO SEEL 13.531.000,00 53.852.759,11 398,00% 23 DESENVOLVIMENTO DO LAZER SEEL 1.548.000,00 1.882.879,55 121,63% 24 INTERCÂMBIO E INTEGRAÇÃO CULTURAL SEC 11.504.600,00 42.901.049,94 372,90% 197 (Continuação) PROGRAMA ITEM Nº NOME UNIDADE RESPONSÁVEL RECURSOS PREVISTOS PPA R$ RECURSOS REALIZADOS PPA R$ % REALIZAÇÃO 25 PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO CULTURAL E AMBIENTAL SEC 99.569.130,00 5.958.542,37 5,98% 26 OBRAS PÚBLICAS E INFRAESTRUTURA SEET 80.800.000,00 5.118.480,63 6,33% 27 APOIO AO SANEAMENTO BÁSICO NOS MUNICÍPIOS SEET 82.492.000,00 7.702.164,34 9,34% 28 INCENTIVO À ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR SEDER/EMPAER/INDEA 52.304.804,00 17.623.885,22 33,69% 29 FOMENTO AGROPECUÁRIO SEDER/EMPAER 7.048.800,00 4.330.176,43 61,43% 30 CIDADE CIDADÃ INTERMAT 9.939.098,00 2.468.431,02 24,84% 2.934.402.322,00 1.718.194.786,99 58,55% Fonte: Seplan/RAG – MT. Elaborada pela autora. 198 Tabela 15 - Objetivo estratégico 2 PROGRAMA ITEM Nº NOME 1 ORGANIZAÇÃO DO ASSOCIATIVISMO 2 MEU LAR 3 ATENÇÃO ÀS CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS 4 GESTÃO DA POLÍTICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 5 UNIDADE RESPONSÁVEL RECURSOS PREVISTOS PPA R$ RECURSOS REALIZADOS PPA R$ % REALIZAÇÃO SETEC 21.530.441,00 225.973,01 1,05% SEET 327.967.466,00 231.475.157,66 70,58% PROSOL 5.263.424,00 1.634.394,43 31,05% PROSOL 14.593.647,00 9.530.591,73 65,31% ATENÇÃO INTEGRAL ÀS FAMÍLIAS PROSOL 3.181.400,00 1.188.182,31 37,35% 6 ATENÇÃO AO IDOSO PROSOL 609.600,00 325.526,60 53,40% 7 ATENÇÃO À PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA PROSOL 1.030.176,00 14.027.394,94 1361,65% 8 NOSSA TERRA, NOSSA GENTE INTERMAT 18.501.039,00 17.641.499,19 95,35% 392.677.193,00 276.048.719,87 70,30% Fonte: Seplan/RAG – MT. Elaborada pela autora. 199 Tabela 16 – Objetivo estratégico 3 (Continua) PROGRAMA ITEM Nº NOME UNIDADE RESPONSÁVEL RECURSOS PREVISTOS PPA R$ RECURSOS REALIZADOS PPA R$ 442444,55 % REALIZAÇÃO 1 131 FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL SICM 20.414.318,00 2,17% 2 FOMENTO AO DESENVOLVIMENTO COMERCIAL E DE SERVIÇOS 209 (SAIU EM 2005) SICM 3.721.613,00 133651,97 3,59% 3 210 FOMENTO À ATIVIDADE MINERAL SICM 3.364.918,00 8547299,73 254,01% 4 201 DESENVOLVIMENTO ENERGÉTICO SICM 231.260.001,00 30252572,21 13,08% 5 GESTÃO DO PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DA INDS., 211 COMÉRCIO, MINAS E ENERGIA (SAIU EM 2005) SICM 34.492.342,00 5610645,44 16,27% 6 DESENVOLVIMENTO ESTRATÉGICO DA CADEIA PRODUTIVA DO 185 TURISMO SEDTUR 37.311.321,00 11797237,41 31,62% 7 212 DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL SECITES/FAPEMAT 11.262.560,00 812256,06 7,21% 8 195 POPULARIZAÇÃO DA CIÊNCIA (SAIU EM 2005) SECITES/FAPEMAT 9.884.000,00 74200 0,75% 9 196 FORMAÇÃO QUALIFICADA DE RECURSOS HUMANOS SECITES/FAPEMAT 76.380.495,00 19342804,4 25,32% 10 194 FOMENTO A PROJETOS DE PESQUISA (SAIU EM 2005) FAPEMAT 34.001.374,00 6102195,16 17,95% 11 213 MELHORIA DO ABASTECIMENTO E COMERCIALIZAÇÃO SEDER 4.071.518,00 421674,74 10,36% 12 187 DESENVOLVIMENTO DA AGRICULTURA SEDER 10.004.800,00 1314366,15 13,14% 13 190 DESENVOLVIMENTO FLORESTAL SEDER 2.034.950,00 5038109,92 247,58% 14 PROGRAMA MATOGROSSENSE DE MELHORAMENTO DA 189 PECUÁRIA (PROMMEP) SEDER 761.896,00 573657 75,29% 200 (Continuação) PROGRAMA ITEM Nº NOME UNIDADE RESPONSÁVEL RECURSOS PREVISTOS PPA R$ RECURSOS REALIZADOS PPA R$ % REALIZAÇÃO 15 214 DEFESA SANITÁRIA VEGETAL SEDER/INDEA 4.340.952,00 6718280,33 154,77% 16 216 PROGRAMA DE DEFESA SANITÁRIA ANIMAL SEDER/INDEA 7.177.843,00 14645425,4 204,04% 17 217 INSPEÇÃO DE PRODUTOS DE ORIGEM ANIMAL INDEA 1.308.023,00 791120,02 60,48% 18 215 REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA RURAL INTERMAT 9.173.999,00 1070182,4 11,67% 19 218 PROGRAMA ESTRADEIRO 933.439.412,00 1052517926 112,76% 1.434.406.335,00 1166206049 81,30% Fonte: Seplan/RAG. Elaborada pela autora. SEET 201 Tabela 17 – Objetivo estratégico 4 PROGRAMA ITEM Nº NOME UNIDADE RESPONSÁVEL RECURSOS PREVISTOS PPA R$ RECURSOS REALIZADOS PPA R$ % REALIZAÇÃO 1 177 CONTROLE DE ATIVIDADES POLUIDORAS FEMA 2.746.149,00 4.038.810,33 147,07% 2 180 GESTÃO DA BIODIVERSIDADE FEMA 10.195.600,00 7.794.295,28 76,45% 3 182 GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS FEMA 33.531.282,00 4.882.426,62 14,56% 4 179 GESTÃO DE ÁREAS DEGRADADAS FEMA 5.775.997,00 1.498.760,27 25,95% 5 178 EDUCAÇÃO AMBIENTAL INTEGRADA FEMA/SEDUC 1.846.072,00 3.186.536,16 172,61% 6 181 GESTÃO DE RECURSOS DA FAUNA E FLORA FEMA 20.008.416,00 22.003.486,30 109,97% 7 183 GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS FEMA 8.292.336,00 758.209,29 9,14% 8 186 DESENVOLVIMENTO DO TURISMO EM ÁREAS NATURAIS SEDTUR 10.600.037,00 210.234,45 1,98% MELHORIA DO USO DOS SOLOS E INSUMOS AGRÍCOLAS NO 9 200 ESTADO SEDER 4.656.425,00 1.690.625,90 36,31% 97.652.314,00 46.063.384,60 47,17% Fonte: Seplan/RAG. Elaborada pela autora. 202 Apêndice D – Indicadores do PPA Tabela 18 – Indicadores para avaliação do PPA - área social ITEM INDICADOR A SAÚDE a b Taxa de mortalidade infantil Cobertura vacinal TETRAVALENTE (DTP + HIB) no primeiro ano de vida c Acesso à saúde no interior do estado B EDUCAÇÃO a UNIDADE 1/1.000 % em constr. INICIAL VALOR DATA VALORES APURADOS 2004 2005 2006 2007 Ensino fundamental Ensino médio b Taxa de abandono b.1 Ensino Fundamental 19,4 18,8 18,2 IDB - MS www.datasus.gov.br 100,82 2001 101,03 99,93 100,21 108,69 IDB - MS www.datasus.gov.br xxxx xxxx Não obtido 94 27,4 1999 1999 Não disponível Não disponível 16,2 2001 15,4 13,9 www.edudatabrasil.inep.gov.br 19,5 22,2 24,8 2001 2001 2001 21,2 25,9 28,7 18,2 26,4 29,2 www.edudatabrasil.inep.gov.br www.edudatabrasil.inep.gov.br www.edudatabrasil.inep.gov.br 27 % 21 % 22 % 17 % 12 % 1 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de desempenho em c.6 português - nível 5 SES - MT www.edudatabrasil.inep.gov.br www.edudatabrasil.inep.gov.br INEP % c.5 Padrão segundo o IBGE: Taxas altas = mais de 50 óbitos por mil nascidos; Taxas médias = 20 a 49 óbitos por mil nascidos; Taxas baixas = menos de 20 óbitos por mil nascidos. 20,2 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de desempenho em c.2 português - nível 1 c.4 STATUS 2000 Ensino Fundamental - rede estadual Ensino Médio Ensino Médio - rede estadual Distribuição percentual dos alunos das 4ª e 8ª séries do Ensino Fundamental e da 3ª série do Ensino Médio nos níveis de desempenho em Matemática e Língua Portuguesa Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de desempenho em c.1 português - abaixo nível 1 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de desempenho em português - nível 2 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de desempenho em português - nível 3 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de desempenho em português - nível 4 Disponível em INEP xxxx xxxx b.2 b.3 b.4 c.3 FONTE 22,2 Taxa de escolarização ou escolarização líquida a.1 a..2 c (Continua) 2001 SAEB 203 (Continuação) INICIAL ITEM INDICADOR UNIDADE VALOR DATA Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de c.7 desempenho em matemática - abaixo nível 1 % 18 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de c.8 desempenho em matemática - nível 1 % 21 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de c.9 desempenho em matemática - nível 2 % 25 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de c.10 desempenho em matemática - nível 3 % 19 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de c.11 desempenho em matemática - nível 4 % 17 Percentual de alunos da 4ª série do E. F. nos níveis de c.12 desempenho em matemática - nível 5 % 2 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.13 desempenho em português - abaixo nível 1 % xxxx Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.14 desempenho em português - nível 1 % 4 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.15 desempenho em português - nível 2 % 7 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.16 desempenho em português - nível 3 % 14 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.17 desempenho em português - nível 4 % 37 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.18 desempenho em português - nível 5 % 31 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.19 desempenho em português - nível 6 % 6 VALORES APURADOS 2004 2005 2006 2007 FONTE Disponível em STATUS 204 (Continuação) INICIAL ITEM INDICADOR UNIDADE VALOR DATA Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.20 desempenho em matemática - nível 2 % 6 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.21 desempenho em matemática - nível 3 % 13 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.22 desempenho em matemática - nível 4 % 42 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.22 desempenho em matemática - nível 5 % 28 Percentual de alunos da 8ª série do E. F. nos níveis de c.24 desempenho em matemática - nível 6 % 9 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.25 desempenho em português - nível 2 % 3 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.26 desempenho em português - nível 3 % 8 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.27 desempenho em português - nível 4 % 26 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.28 desempenho em português - nível 5 % 38 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.29 desempenho em português - nível 6 % 22 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.30 desempenho em português - nível 7 % 3 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.31 desempenho em matemática - nível 3 % 4 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.32 desempenho em matemática - nível 4 % 28 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.33 desempenho em matemática - nível 5 % 32 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.34 desempenho em matemática - nível 6 % 25 VALORES APURADOS 2004 2005 2006 2007 FONTE Disponível em STATUS 205 (Continuação) INICIAL ITEM INDICADOR Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de c.35 desempenho em matemática - nível 7 c.36 Percentual de alunos da 3ª série do E. M. nos níveis de desempenho em matemática - nível 8 C SEGURANÇA a Taxa de mortalidade por causas externas b.1 Taxa de homicídio b.2 b.3 Taxa de roubo Taxa de furto Fonte: Seplan/RAG. Elaborada pela autora. UNIDADE VALOR DATA % VALORES APURADOS FONTE 2004 2005 2006 2007 93,2 92,2 86,8 85,7 2,05 1,94 Disponível em 5 % 3 1/100.000 94,87 2000 1/10.000 2,268 2000 2,011 2001 2,292 2002 29,68 2000 30,24 2001 SEJUSP - MT 36,71 2002 SEJUSP - MT 96,712 2000 1/10.000 1/10.000 IDB 2,91 2,28 SEJUSP - MT SEJUSP - MT SEJUSP - MT 35,26 124,16 38,87 129,22 45,11 127,94 42,22 SEJUSP - MT 135,55 SEJUSP - MT www.datasus.gov.br STATUS 206 Tabela 19 – Indicadores para avaliação do PPA - área econômica (Continua) INICIAL INDICADOR D EMPREGO E RENDA a Taxa de atividade geral % 64,6 2001 b Proporção de empregados com carteira assinada % 46,4 2001 c Distribuição percentual da população ocupada, por classes de rendimento médio mensal de todos os trabalhos em salário mínimo d UNIDADE VALOR VALORES APURADOS ITEM DATA 2004 2005 2006 PNAD – IBGE 48,3 49 % 3,6 2001 2,6 5 5,4 De 1/2 a 1 salário mínimo % 15,2 2001 17,8 18,9 20,6 De 1 a 2 salário mínimo % 29,8 2001 32,1 30,9 32,1 De 2 a 3 salário mínimo % 15 2001 11,7 11,8 12,7 De 3 a 5 salário mínimo % 10,9 2001 12,5 11,1 8,2 Mais de 5 salário mínimo % 12,2 2001 10,4 8,6 8,6 Rendimentos médios mensais (em reais e em salário mínimo) dos 40% mais pobres e dos 10 % mais ricos da população ocupada Rendimentos médios mensais em reais dos 10% mais ricos Rendimentos médios mensais em salário mínimo dos 40% mais pobres Rendimentos médios mensais em salário mínimo dos 10% mais ricos E HABITAÇÃO a Proporção da população em domicílios cedidos ou alugados 51,21 PNAD – IBGE PNAD – IBGE Até 1/2 salário mínimo Rendimentos médios mensais em reais dos 40% mais pobres FONTE 2007 2001 reais reais salário mínimo salário mínimo PNAD – IBGE 182,14 2.789,30 1,01 15,5 2001 Domicílios próprios % 73,1 Domicílios alugados % 16,4 Domicílios cedidos % 10,1 Outros % 0,4 PNAD – IBGE 207 (Continuação) INDICADOR b Distribuição percentual das famílias residentes em domicílios particulares permanentes por classes de rendimento médio mensal familiar per capita em salário mínimo b.1 Até 1/2 salário mínimo b.2 De 1/2 a 1 salário mínimo 27,3 b.3 De 1 a 2 salário mínimo 25,6 b.4 De 2 a 3 salário mínimo 8 b.5 de 3 a 5 salário mínimo 6,8 F MACROECONOMIA OU ASPECTOS MACROECONÔMICOS a Crescimento do PIB total e crescimento do PIB por atividade econômica PIB a preço de mercado corrente b Participação das atividades econômicas de Mato Grosso no valor adicionado bruto a preço básico Atividades econômicas: Agropecuária UNIDADE INICIAL VALOR DATA ITEM % 2004 VALORES APURADOS 2005 2006 21 IBGE R$milhão 9.155 1997 R$milhão R$milhão 9.901 11.701 1998 1999 R$milhão 13.428 2000 % 36.961 37.466 35.284 1999 21,60 42.700 IBGE 29,67 32,17 25,25 1,84 0,28 0,17 0,24 Indústria de transformação 9,15 11,06 10,28 9,24 Eletricidade, gás e água 2,14 3,07 3,35 3,33 Construção 7,70 5,46 4,85 5,36 12,22 13,73 14,03 13,39 Alojamento e alimentação 2,42 1,08 1,25 1,39 Transportes e armazenagem 2,18 2,54 2,45 3,57 Comunicações 2,59 2,07 2,28 2,39 Intermediação financeira 2,45 3,02 3,6 4,33 6,30 23,38 3,52 7,37 10,51 1,16 7,92 12,19 1,84 9,15 15,2 2,53 Outros serviços coletivos, sociais e pessoais 2,01 1,23 1,48 1,96 Serviços domésticos 0,51 2,06 2,12 2,65 Atividades imobiliárias, aluguéis e serviços prestados às empresas Administração pública, defesa e seguridade social Saúde e educação mercantis FONTE PNAD – IBGE 2001 Indústria extrativa mineral Comércio e recuperação de veículos e de objetos pessoais e de uso doméstico 2007 208 (Continua) INICIAL ITEM INDICADOR c Evolução do volume do valor adicionado a preço básico acumulado por ano d e UNIDADE VALOR VALORES APURADOS DATA 244,57 1997 262,20 1998 284,92 1999 307,25 2000 2004 2005 120,3 126,5 2006 FONTE 2007 IBGE Balança comercial MDIC Exportações 1000 U$FOB 1.395.758 2001 Importações 1000 U$FOB 136.541 2001 Saldo 1000 U$FOB 1.259.217 2001 Exportações 1000 U$FOB 1.795.792 2002 3.103.000 4.152.000 4.333.000 5.130.000 Importações 1000 U$FOB 209.049 Saldo 1000 U$FOB 1.586.743 Índice de participação no mercado doméstico - IPMD Fonte: Seplan/RAG. Elaborada pela autora. em constr. em constr. 2002 418.000 410.000 407.000 753.000 2002 2.685.000 3.742.000 3.927.000 43.777 IBGE e MDIC SEPLAN/SEFAZ-MT 209 Tabela 20 – Indicadores para avaliação do PPA - área ambiental INICIAL ITEM INDICADOR G AGROTÓXICOS a H Quantidade de agrotóxico utilizado por unidade de área cultivada DERRUBADAS E QUEIMADAS a Número de focos de calor em um território e ano determinado b Número de focos de calor em MT num ano determinado/ número de focos de calor no Brasil no mesmo ano x 100 UNIDADE VALOR kg/há VALORES APURADOS DATA 2004 3,46 2000 unidade 26.168 2000 unidade 33.053 2001 % 25,1 2000 % 22,7 2001 km 2 7.957 2002 2005 2006 FONTE 2007 IBGE 52.918 IBGE 22,84 IBGE IBGE c Taxa de desfloramento bruto, expressa em km2 por ano I ÁREAS PROTEGIDAS a Biomas: Floresta Amazônica b Cerrado 7.416.128,68 c Pantanal 749.932,11 18.595 hac em constr. 18.151,28 15.430,84 FEMA - MT 2003 em constr. 10.829.536,59 Área total protegida 18.995.597,38 Área total do estado 90.319.429,16 Fonte: Seplan/RAG. Elaborada pela autora.