Jornal da APACEF/RJ ANO 13 Nº 83 NOVEMBRO/DEZEMBRO/2007 DISTRIBUIÇÃO GRATUÍTA O ECONOMIÁRIO Associação de Aposentados e Pensionistas da CEF/RJ APACEF/RJ Filiada à Fenacef e à Fenae PMPP, TÍQUETE ALIMENTAÇÃO, RECUPERAÇÃO DE PERDAS... ECONOMIÁRIOS IRRITAM-SE COM DEMORA NA SOLUÇÃO DE DIREITOS CONQUISTADOS ais um ano se encerra sem deixar saudades. A luta continuará em 2008 sem tréguas diante da demora na solução de reivindicações, como o ex-Plano de Melhoria de Proventos e Pensões (PMPP), que foram discutidas e aprovadas pelos dirigentes da Caixa e da Funcef, junto com lideranças dos aposentados, depois da intervenção decisiva do presidente Lula. Prometeram o saldamento dos proventos atrasados, mas, eis que, surpreendentemente, alguns receberam os benefícios e a maioria fi- M Mulheres Pré-78 ganham isonomia na Justiça e aguardam decisão da Funcef O Conselho Deliberativo da Funcef aprovou em agosto do ano passado, a revisão de benefício de todas as mulheres que ingressaram na Funcef até 18 de junho de 1979 e que se aposentaram proporcionalmente. Na ocasião, a Fundação determinou que elas podiam se aposentar aos 25 anos de serviços prestados à Caixa, tendo direito a 70% dos benefícios; e os homens, com 30 anos de serviços prestados, ganhavam 80%. Essa diferença de 10% gerou a mobilização de cerca de 4.100 mulheres que estão conquistando direito à isonomia na Justiça. Em 21/11, o Conselho Deliberativo tem reunião marcada para rever o assunto em decorrência do impacto atuarial nas contas da Funcef. Até o fechamento desta edição, dia 19, O Economiário não teve acesso a novas informações sobre a questão. (Página 3) cou a ver navios. Assim como outras promessas ficaram sem solução. “Somente com o nosso poder de mobilização e união reverteremos essa situação, não devemos nos dispersar. Em 2008 vamos lutar até revertermos algumas posições irredutíveis. O aposentado tem pressa! O tempo passa rápido para ele”, exortou o presidente da APACEF/RJ e conselheiro Fiscal eleito da Fundação, Olívio Gomes Vieira. (Leia a Palavra do Presidente Água mole em pedra dura..., na Página 2; e a Retrospectiva 2007, nas Páginas Centrais) NESTA EDIÇÃO APACEF/RJ cobra solução para migração dos 40 assistidos à Funcef Página 2 Silvino Rodrigues Belo lança Carta Aberta ao presidente Lula e denuncia gestores da Caixa Página 6 APACEF/RJ vai à Justiça para garantir aos aposentados 40% do FGTS Página 7 NATAL SE FAZ COM COESÃO E UNIÃO A caminhada refaz a esperança, A cada passo, a cada ano que se finda, Prossegue a nossa Luta que se nutre Da união que devemos consolidar a cada Instante Conquistamos tímidos avanços em 2007 que Significam o início do passo com os pés no chão, Conscientes de que jamais devemos pisar em cadafalso Vibramos com a conquista do fim do PMPP Que nos torna fortes através de segura e resoluta caminhada à busca de outras retumbantes vitórias que estão por vir em 2008 Por isso não devemos nos dispersar. Pois nosso trunfo é a coesão Todos nós, economiários, aposentados, pensionistas e ativos, estamos adubando a terra para plantar Neste Ano Novo a colheita do fruto de nossas lutas Nós, da APACEF/RJ, perseguimos reivindicações como a Recuperação das Perdas dos Proventos, PADV, Tíquete Alimentação, Cesta Alimentação, Remédio ao alcance de todos. Temos motivos Para comemorar a nossa saúde, nervos e músculos e mentes prontos para a arrancada Desta nova caminhada que se avizinha e cintila A certeza de que unidos somos imbatíveis e fortes o necessário para enfrentar todos os obstáculos, transformando-os em inesgotáveis Conquistas. O aposentado tem pressa! O tempo passa rápido para ele NOVEMBRO/DEZEMBRO/2007 PÁGINA 2 A PALAVRA DO PRESIDENTE O ECONOMIÁRIO Olívio Gomes Vieira Água mole em pedra dura... E EXPEDIENTE X P E D I E N T E Este ditado popular nos faz reconstruir fatos históricos latentes em nossa memória, como as transformações políticas ocorridas recentemente que marcaram a história do nosso país. A campanha O Petróleo É Nosso, a queda do regime militar, a luta pelas eleições diretas, já! mobilizaram a sociedade brasileira e suscitaram mudanças irreversíveis no status quo e na economia nacionais. Só para citar três episódios que nos confortam e revigoram nossos brios, notadamente porque fomos atores naqueles momentos cruciais, e hoje ao avaliar essa trajetória que custou vidas preciosas, nos enche de esperança. A semelhança com a realidade atual dos economiários não é mera coincidência. Embora estejamos em pleno exercício da democracia, os acontecimentos que estamos enfrentando decepcionam o movimento associativo e podem desestabilizar um alicerce construído de forma sólida, fincado em acordos tácitos que não podem ser tripudiados nem tampouco adiados, sob pena de os dirigentes da Funcef e da Caixa caírem em descrédito e sepultarem os caminhos que sedimentaram direitos adquiridos mesmo sabendo que, em outros governos, fomos sequer convidados à mesa de negociação. Vale lembrar que 2007 se despede com a sensação de que, lamentavelmente, os economiários, não têm motivos para comemorar, pois as nossas reivindicações não avançaram. Lembrem-se dirigentes da Caixa e da Funcef, da Secretaria de Previdência Complementar, da Previdência Social e afins, que temos questões inadiáveis a decidir como o ex-PMPP, tíquete alimentação (dia 6 de novembro chegou a informação, procedente de Florianópolis, dando conta de que o TST reconhece direito de aposentados da Caixa a auxílio alimentação), cesta alimentação (em 9 de novembro, decisão do Superior Tribunal de Justiça referenda a natureza remuneratória do auxílio e ressalta o direito dos aposentados do Banco do Brasil a receber este benefício), Saúde Caixa, mulheres pré-78, entre outros. As nossas andanças por gabinetes de autoridades comprovam a paralisação inexplicável que nos leva a crer na falta vontade política. Senão vejamos: no caso do PMPP, até o superintendente do INSS estipulou data e valor a ser pago pelo Instituto. Por sua vez, o tíquete alimentação foi alvo de vários processos não homologados, após dois anos de acordo assinado em relação àqueles que se aposentaram até 1995; enquanto os pós-95 não se vislumbra ainda solução, apesar das sucessivas vitórias judiciais. Cesta alimentação: em relação ao direito dos aposentados retira-se de pauta após inúmeras vitórias nos tribunais. E por fim, o Saúde Caixa que caminha vagarosamente, sendo alvo de intensas reclamações em relação ao credenciamento médico e cobrança dos atrasados. Temos a convicção de que o aposentado tem pressa! O tempo passa rápido para ele. Portanto, não podemos esperar pela benevolência do adágio popular que diz tacitamente: Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. A APACEF/RJ vislumbra um Ano Novo impregnado de lutas, que figuram na agenda da Associação, e conquistas. Estas, sim, são emergenciais, persistentes e inadiáveis. Vale, para refletir, a frase lapidar extraída de ensinamentos bíblicos: “Deus nos fez perfeitos e não escolhe os capacitados, capacita os escolhidos. Fazer ou não fazer algo só depende de nossa vontade e perseverança.” JORNAL DA APACEF/RJ APACEF/RJ cobra solução para migração dos 40 assistidos à Funcef Reunião realizada dia 20 de novembro, em Brasília, pode selar a sorte dos cerca de 40 assistidos ex-BNH que estavam vinculados à Prevhab e, posteriormente, foram assumidos pela Caixa por força da extinção do BNH, em 21 de novembro de 1986, portanto há 21 anos — Decreto Lei 2291/86. Participaram do encontro o presidente da Keline Kelly, da Comissão, e Dr. Luiz Carlos APACEF/RJ e conselheiro Fiscal eleito da Funcef, Olívio Gomes Vieira, representantes da Comissão de antigos funcionários do BNH, Keline Kelly e Jorge Alberto Carvalho; o diretor de Benefício da Funcef, Carlos Alberto Caser, e o gerente Nacional de Gestão de Pessoas da Caixa, Carlos Magno. Os 40 assistidos que ainda permanecem recebendo seus proventos pela Prevhab lutam para serem transferidos para um plano idêntico ao qual se encontravam vinculados, denominado “Plano Espelho”, a ser instituído na Funcef. Homenagem a Álvaro Robim Romano Deixou o nosso convívio, em 16 de outubro, Álvaro Robim Romano. Colega que teve uma trajetória profissional marcante no movimento associativo e na Caixa. Desde o início de sua carreira brilhante, destacou-se pelo companheirismo e sua maneira simples de ser na hora de enfrentar os problemas. Otimista, por excelência, se apegava aos companheiros e se destacava como grande líder. Porém, um dos pontos altos de sua carreira foi quando assumiu a Gerência Geral do Estado da Guanabara, com a missão de absorver a Caixa do Estado do Rio e transformá-la em Gerência Geral do Rio de Janeiro. Trabalho espinhoso, mas que foi entregue à pessoa certa pelos seus atributos. O seu desempenho resultou em sucesso absoluto.A partir desse momento, Romano deslanchou: — encerrando sua brilhante trajetória como presidente da Datamec e presidente da Unei. Notabilizou-se, também, pela motivação que passava aos colegas de trabalho. E foi neste ínterim, por ter ajudado há muitos economiários, que recebeu muitas manifestações de gratidão profissionais. À família enlutada, a APACEF/RJ externa suas respeitosas condolências. Jornal da Associação de Aposentados e Pensionistas da CEF, no Rio de Janeiro (APACEF/RJ) Av. Almirante Barroso, 06 Gr. 403/411 Rio de Janeiro RJ CEP 20031-000 / Tel./Fax: (21) 2262-5177 / 2220-8137 e-mail: [email protected]. A APACEF/RJ é filiada à Fenae (Federação Nacional das Associações Economiárias) e à Fenacef (Federação Nacional dos Aposentados da CEF) Diretoria da APACEF/RJ Diretor Presidente: Olívio Gomes Vieira, Diretor Vice Presidente: Severino Francisco Caldas; Diretor Financeiro: Algemar José Ferreira; Diretor Jurídico: Nelson do Nascimento Amorim; Diretor de Assistência: Onelso Bruno; Diretor Administrativo: Ubirajara da Silva Manhães; Diretora Cultural: Jurema Rodrigues; Diretor de Convênios: Helio Garcia; Suplentes: José Carlos Mandado, Rubem de Assis, Waldir da Silva; Assessores da Diretoria: Paulo Celibaldo de Oliveira Tavares, Aurora da Silva Novaes, José Fernando Pessoa de Almeida, Yolanda Lauria Orlando, Marly Ferreira de Mattos; Conselho Fiscal: Adir Machado da Silva, Judith Froes Martins, Paulo Roberto de Araújo; Conselho Deliberativo: Enio Pinto Junqueira, Maria Regina Peçanha Blanco, Albino de Amorim Leite, Carlos Silva, Antonio Peixoto Soares, Deoclecio Francisco Costa, Mario de Souza, José Maria de Carvalho Junior, Dirceu Torres Tavares, Francisco dos Santos, Clélia Guimarães Martins, Waldemar Ricardo de Oliveira, Walter da Silva, Maria Luiza Rosso Tenório Wanderley, Iracema Oliveira de Albuquerque Praça, José Maria Rodrigues de Oliveira, Sylvio Cordeiro Hildebrandt. O ECONOMIÁRIO Editor: Airton Rodrigues (Mtb 13.185 RJ) Projeto gráfico e Diagramação:Durval R. Filho (9714-7262) Tiragem 15.000 exemplares. O ECONOMIÁRIO JORNAL DA APACEF/RJ NOVEMBRO/DEZEMBRO/2007 PÁGINA 3 MULHERES PRÉ-78 Mais de 4 mil aposentadas apostam em decisão judicial Jornal O Economiário tem dado destaque ao tema, publicando na edição de setembro outubro, sobre as discussões e avanços acerca da questão que está gerando polêmica. O Conselho Deliberativo da Funcef aprovou em agosto de 2006 a revisão de benefícios de todas as mulheres que ingressaram na Funcef até 18 de junho de 1979 e que se aposentaram proporcionalmente — a Fundação determinou que elas podiam se aposentar aos 25 anos de serviços prestados à Caixa, tendo direito a 70% e os homens, com 30 anos de trabalho, ganhavam 80%. Essa diferença de 10% a mais percebida pelos homens gerou a mobilização de um grupo expressivo de mulheres economiárias denominado de Mulheres Pré-78. Hoje esse grupo robusto é constituído por 4.100 que denunciam o tratamento diferenciado de dois pesos e duas medidas conduzido pela Funcef.“Isso significava uma discri- O minação que a Funcef praticava contra as mulheres; então exigimos na Justiça que recebêssemos os mesmos 80%”, afirmou a economiária aposentada gaúcha, Maria Regina Figueiró, sócia da APCEF/RS. As regras vigentes na Funcef, baseando-se no Plano REG/Replan, estabelecem “critério diferenciado de acordo com o sexo do participante para a fixação do percentual de benefício pago pela Fundação, para as pessoas que aderiram até 18 de junho de 1979, no caso de aposentadoria proporcional, de acordo com o art. 46, com alterações aprovadas no Of. 2.745/ SPC/Detec/Cgat, de 30 de dezembro de 2005”. Vale ressaltar que o Regulamento Básico/REG, aprovado pela Ata 002/ 77, da reunião da Diretoria Executiva, “a suplementação de aposentadoria por tempo de contribuição passava a ser devida ao homem que completasse 30 anos de contribuição ao órgão oficial de previdência, num percentual de 80%. E para as mulheres integralmente para o mesmo tempo de contribuição (itens 7.2 e demais subitens do REG), inexistindo aposentadoria proporcional para as mulheres, sendo a aposentadoria proporcional também inexistente no âmbito do INSS”. Haja vista que o REG não previa aposentadoria proporcional, foi estipulada exigência de assinatura de Instrumento Particular de Alteração Contratual (Ipac), destinada às associadas que se aposentassem proporcionalmente (vide Resolução do DE 323/92). Essas manifestações foram amparadas por argumentação técnico-jurídica (CI Gejur 54/1999) e atuarial (CI Gepac 055/1999) favoráveis, matéria que amplamente discutida sob todos os pontos necessários, foi aprovada. Ações jurídicas visam à recuperação da diferença de 10% Na verdade, as ações que deram entrada na Justiça questionam a re- visão de complementação de aposentadoria proporcional para mulheres participantes da Funcef e integrantes do Plano REG. Elas têm por objetivo à recuperação da diferença de 10% desde a data da concessão da complementação da aposentadoria proporcional pela Funcef, até a efetiva implantação de seu pagamento mensal. A diferença, em caso de êxito, é incorporada de forma permanente à complementação paga pela Funcef. O período máximo de atrasados em período anterior à entrada da ação judicial é de cinco anos. Vale ressaltar que têm direito ao benefício as mulheres participantes admitidas na Caixa até a data de 18 de junho de 1979. Sejam integrantes do REG e tenham se aposentado proporcionalmente com 25, 26, 27 e 28 anos de contribuição para a Previdência Social. E pensionistas de participantes da Funcef, que tenham se aposentado nas condições acima. Maria Regina Figueiró recebe percentuais reclamados na Justiça As ações, que tramitam na Justiça, notadamente no Rio Grande do Sul, abrem um precedente para que as mulheres participantes admitidas na Caixa até a data de 18 de junho de 1979 procurem seus direitos nos tribunais. Esta iniciativa poderá deflagrar uma onda de reclamações judiciais em todo o país, caso a Funcef não assuma o pagamento desta diferença às mulheres. “Temos 150 ações tramitando na Justiça e algumas com sentença definida”, afirma Célia Zingler, presidente da Apcef/RS. Neste grupo que luta pela isonomia com os homens, está a gaúcha Maria Regina Figueiró que ingressou com uma ação na Justiça em outubro de 2000 e, em janeiro 2006, teve ganho de tutela antecipada sem ser julgado o mérito da ação. “Começamos a receber os percentuais reclamados no ano passado. A mulher pode se aposentar com 25 anos de serviços prestados; por sua vez, a Funcef resolveu fazer um percentual diferenciado, isto é, a mulher que se aposentasse na proporcional (25 anos) teve direito a perceber 70%; e os homens, com 30 anos de serviços prestados, conquistaram 80%”, explicou. Para Maria Regina essa situação não significava que as mulheres recebessem menos. “Mas na proporcional as mulheres percebiam 10% menos que os homens o que caracterizava uma discriminação que a Funcef fazia contra as mulheres. Então, exigimos na Justiça igualdade de direitos, com as mulheres recebendo os mesmos 80%”, afirmou. Ressaltou que mesmo com a antecipação de tutela reconhecida pela Justiça, o processo terá que percorrer todas as instâncias exigidas. Mesmo assim, ela considera importante o reconhecimento na gestão do atual governo, reconhecendo através da Fundação o direito para todas as mulheres nessa situação. “A discriminação de gênero foi o ponto de partida para que todas as mulheres, que entraram na Funcef até 18/06/ 78, obtivessem êxitos com 25 anos, inclusive aquelas com 26, 27, 28 e 29 anos de serviços na Caixa”, declarou Figueiró. Vale lembrar que, em 14 de agosto de 2006, a Funcef aprovou através do Conselho Deliberativo o pagamento, embora este voto estará em pauta na reunião marcada para o dia 21 de novembro. “A meu ver, o Conselho Deliberativo não deve voltar atrás de uma decisão tomada anteriormente enquanto mérito, porque a matéria já havia sido votada e aprovada”, disse Maria Regina Figueiró. Ela reconhece que a Funcef tem um desafio pela frente, pois terá que fazer aporte para aumentar o benefício de 4.100 mulheres. “A Fundação terá que estudar como viabilizar essa questão porque os valores irão impactar na reserva atuarial da Fundação. Entendo, também, que é considerado justo em relação aos valores que deverão ser pagos; certamente encontraremos um caminho de bom senso para as partes envolvidas”, ponderou Maria Regina. A gaúcha Maria Regina Figueiró ganhou na Justiça antecipação de tutela e já está recebendo os percentuais reclamados NOVEMBRO/DEZEMBRO/2007 PÁGINA 6 O ECONOMIÁRIO JORNAL DA APACEF/RJ CRÍTICAS À CAIXA NA CONDUÇÃO DO PMPP Silvino Rodrigues Belo lança Carta Aberta ao presidente Lula m dos defensores implacáveis por uma solução definitiva para os incrédulos ou pacientes (?!) assistidos do PMPP, o assessor especial da APACEF/RJ, Silvino Rodrigues Belo, volta à baila, clamando ao presidente Lula em Carta Aberta, enviada em 25 de setembro, por socorro ao pessoal do ex-Sasse/PMPP. No documento Silvino Belo classifica de “desumanidade e atrocidades praticadas por prepostos da Caixa aos assistidos do PMPP”. A seguir, publicamos os principais trechos da Carta Aberta. U “Senhor Presidente, No início do primeiro mandato de governo de Vossa Excelência e na Assembléia Geral da ONU (...), o Senhor Presidente, como Primeiro Magistrado da Nação brasileira, advertiu os líderes mundiais de que “a Paz só se consegue com Justiça Social” (...). Mas enquanto Vossa Excelência assim se posiciona e se manifesta, com a admiração e o respeito do mundo, externo e interno, é triste constatar que, aqui dentro na Caixa Econômica Federal, um órgão governamental, o que é a guerra perene contra seu corpo funcional, tanto ativos quanto assistidos, existindo um descompasso entre a postura da alta administração, presidida pela Dra. Maria Fernanda Ramos Coelho (que comunga dos ideais e elevados propósitos do Senhor Presidente em seu projeto social e na preocupação com as questões sociais do povo em geral e, precipuamente, dos mais carentes), e a conduta destoante de alguns burocratas e tecnocratas daquela instituição. São alguns prepostos sem a mínima sensibilidade social para o trato de ingentes problemas sociais, como o caso dos assistidos do ex-Sasse/ PMPP; é sumamente revoltante (...), a forma burocrática, injusta e desumana, como está sendo tratada a questão desses sofridos aposentados e pensionistas da própria Caixa, por parte de seus próprios colegas da ativa; é uma verdadeira atrocidade o que vêm cometendo contra esses desesperados companheiros, com média de idade já superior a 80 anos e que, por isso, vêm morrendo, em média, de 4 a 5 por mês: é o falecimento de todos o critério adotado para solução definitiva de sua questão? “No dia 20/10/2006, em evento comemorativo no Rio de Janeiro-RJ, do ingresso e adesão dos assistidos do ex-Sasse/PMPP na Funcef (graças à vontade política de Vossa Excelência e à conseqüente decisão política da Sra. Presidenta da Caixa), o Senhor Presidente, em mensagem dirigida aos então esperançosos e expectantes companheiros economiários assim se Governo encaminha Carta Aberta à Caixa A Diretoria de Documentação Histórica da Presidência da República respondeu à Carta Aberta, em 17 de outubro, assinada pelo diretor Claudio Soares Rocha informando que “as cartas foram encaminhadas à Caixa Econômica Federal, pelo Ofício COR/GP/PR: 1612/ 2007, de 16/10/2007, para análises e eventuais providências.” “São alguns prepostos sem a mínima sensibilidade social para o trato de ingentes problemas sociais, como o caso dos assistidos do ex-Sasse/PMPP; é sumamente revoltante (...), a forma burocrática, injusta e desumana, como está sendo tratada a questão desses sofridos aposentados e pensionistas da própria Caixa” manifestou: “É com muito prazer que participo desta festa, através desta mensagem às autoridades presentes... e, com especial satisfação para mim, dos aposentados que depois de tantos anos, finalmente, podem respirar aliviados”. Desejo homenagear todos que se empenharam para garantir o benefício justo de aposentadoria para o grupo de aposentados e pensionistas da Caixa que foram do Plano de Melhorias de Proventos e Pensões, o PMPP...” “Mas, sobretudo, a vocês, aposentados e pensionistas, que são a prova de que vale a pena ter esperança e lutar pelo que acreditamos” (...) (...) Um ano depois daquele evento histórico, por seu significado, e da alentadora e incentivadora mensagem de Vossa Excelência, alguns burocratas e tecnocratas da Caixa ainda não concluíram, operacionalmente (e não obstante a vontade política dessa Presidência e da decisão política da Sra. Presidenta da Caixa), os procedimentos para solução definitiva desse delongado processo, que se arrasta há mais de 30 anos. (...) Na esperança, também, de que os Srs. Presidentes de todas as Associações representativas dos Economiários assistidos e ativos se mobilizem por essa causa justa peçam uma audiência a Vossa Excelência, para reiterarem meu apelo ao Senhor Presidente, para que se concretize, realmente, a solução definitiva da questão dos assistidos do ex-Sasse/ PMPP, a fim de que possam, finalmente, respirarem aliviados — enquanto ainda têm vida.” VALE A PENA MEDITAR A pergunta que não quer calar Perguntar não ofende: Qual o aperto financeiro da Caixa, para solucionar o PMPP, a recuperação de perdas, a devolução do direito ao tíquete de alimentação, a proporcionalidade de aposentadoria das mulheres pré-79? Aguardemos com fé em Deus. O Banco do Brasil compra por cinco anos a folha de pagamento dos funcionários da Câmara, por R$ 202 milhões. Com o dinheiro da venda, a mesa da Câmara pretende construir um prédio de 10 andares, o Anexo 5, para abrigar gabinetes de deputados, e reformar o Anexo 4, também de 10 andares. A mesa também decidiu que vai pagar aos funcionários os valores ganhos por anuênios atrasados, solicitação feita pelo Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal (Sindilegis) e do Tribunal de Contas da União desde outubro de 2001. Para o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), o que se pretendia comprar por R$ 230 milhões, e conseguiu por R$ 202 milhões, fora um bom negócio, porque o Banco começara a negociação oferecendo R$ 40 milhões. Não resta nenhuma dúvida. JORNAL DA APACEF/RJ O ECONOMIÁRIO Fenacef elege Diretoria Executiva e Conselhos Em Assembléia Geral Extraordinária, no dia 15 de outubro, durante o XXIX Simpósio de Manaus os presidentes das Associações filiadas à entidade, dentre elas a APACEF/RJ, elegeram a Diretoria Executiva e Conselhos Deliberativo e Fiscal da Fenacef para o período 01/01/2008 a 31/12/2009. A recondução de Décio de Carvalho e Carlos Levino Vilanova aos cargos de presidente e vice, respectivamente, significa o reconhecimento de todos os presidentes à condução irrepreensível, trabalho incansável, integridade e absoluto comprometimento de ambos junto ao segmento de aposentados e pensionistas da Caixa. Eis a composição dos dirigentes eleitos à Diretoria Executiva: presidente: Décio de Carvalho; vice-presidente: Carlos Levino Vilanova; secretária: Lú- cia Margareth de Medeiros. Presidente Olívio Vieira é reeleito ao Conselho Deliberativo Conselho Deliberativo Efetivos: Antoci Neto de Almeida/RS, Azize Zarour/ MS, Benedito Silvano Bonacordi/PR, Edgard A. B. Lima/SC, José Alípio Pereira Leitão/CE, Manuel Alfredo Filho/ BA, Maria da Penha Silva Favarato/ES, Olívio Gomes Vieira/RJ, Ruy Goyano de Faria/SP, Membros Natos: Carlos Levino Vilanova/DF, Décio de Carvalho/MG, Fernando Cavalcanti Neves/ PE; Conselho Fiscal Efetivos: Juarez de Britto Ferreira/PI, Maria Darci de Oliveira Oliveira/PA, Regina Maria da Costa Britto Pereira/GO; Suplentes: Maysa Vieira Marques/MT, Terezinha de Jesus Fernandes Soares/MA, Yone Maria Costa e Silva Siqueira/AL. Serpros: conselheiro é cassado por pedir informação O Conselho Deliberativo do Serpros, Fundo de Pensão dos Funcionários do Serpro, empresa subordinada ao Ministério da Fazenda, foi protagonista de cena inusitada. O conselheiro Luiz Antonio Martins, eleito pelos participantes, foi cassado pelo Conselho Deliberativo, com o voto de minerva de seu presidente. O motivo foi um simples pedido de informação. Informação esta que nem sequer lhe foi dada. A “irregularidade” que motivou a cassação foi o fato de Luiz Antonio ter subscrito a “carta ASPAS 012/2007, de 14.02.07, na condição de Diretor-Presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do SERPROS, por intermédio da qual são requeridas informações sobre a situação financeira do PS-I, com a finalidade de estabelecer outro veículo de comunicação da matéria aqui mencionada, destinado aos associados da Aspas”. A cassação se deu com o voto de minerva. Dois conselheiros votaram pela cassação, dois conselheiros eleitos votaram contra e outros dois se abstiveram. Nem a metade deles apoiou a medida, mas mesmo assim o presidente decidiu pelo voto de “qualidade”. Absurdo maior foi que o pedido de informações sobre a situação da entidade e de seus planos de benefícios é ato normal de gestão de qualquer conselheiro deliberativo, que tem por obrigação acompanhar e decidir sobre os aspectos mais relevantes do fundo de pensão. Além de conselheiro, Luiz Antonio é participante do Serpros – nesta qualidade, a lei lhe garante o acesso às informações. O artigo 17 da Resolução CGPC 13 diz claramente que a entidade deve disponibilizar, a todos os participantes, informações sobre a saúde financeira e atuarial do plano e os custos incorridos. E este foi exatamente o pedido feito pelo conselheiro. Revogar a cassação A Anapar mandou ofício ao presidente do Conselho Deliberativo do Serpros solicitando a revogação da cassação. Ao mesmo tempo, denunciou o caso ao Ministério da Fazenda e à Secretaria da Previdência Complementar, solicitando que tomem providências para devolver ao conselheiro o mandato que lhe foi ilegalmente cassado. Novas medidas poderão ser tomadas. (Com dados do Boletim Eletrônico Anapar, de 12/11) NOVEMBRO/DEZEMBRO/2007 PÁGINA 7 JURÍDICO EM FOCO APACEF/RJ vai à Justiça para garantir aos aposentados 40% do FGTS A Diretoria Jurídica da APACEF/RJ firmou convênio com o Escritório Eichler Advogados para impetrar ação judicial visando recuperar os 40% sobre o Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS), que deixaram de ser pagos aos trabalhadores, por ocasião da rescisão de contrato de trabalho no momento de requere a aposentadoria. Recente decisão do STF modificou conceito que desobrigava às empresas de pagar multa de 40% sobre o FGTS, quando das aposentadorias por tempo de serviço, ao julgar uma ação declaratória de inconstitucionalidade movida por sindicato de trabalhadores. Esta sábia decisão do STF, segundo conceito formado por correntes jurídicas, reabre o prazo prescricional para que, quem se aposentou por tempo de serviço depois de 1978, recorra ao Judiciário, buscando o pagamento da multa rescisória. Vale salientar que a regra não vale para quem se aposentou por invalidez ou para quem saiu no Plano de Demissão Voluntária (PADV). Os associados da APACEF/RJ, que se enquadram nessa ação, devem procurar o Departamento jurídico — munidos de carteira profissional, rescisão contratual da época, cópia da carteira de identidade, CPF e comprovante de residência — para ingressar na Justiça. Os associados não arcarão com as despesas iniciais, apenas o Escritório Eichler Advogados cobrará 20% de honorários, caso a ação tenha sucesso. Podem ocorrer eventuais custas para recurso. Os interessados devem ligar para o Departamento Jurídico pelo telefone 2262-5177. TST reconhece direito de aposentado da Caixa a auxílio-alimentação Recente decisão da Seção Especializada em Dissídios Coletivos da Quarta Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu direito de aposentado da Caixa em Florianópolis (SC) de continuar recebendo o auxílioalimentação. O despacho tomou por base entendimento de que o TST possui jurisprudência pacífica de que a supressão do pagamento desse auxílio, determinada pelo Ministério da Fazenda, não atinge empregados aposentados que já recebiam o benefício. O aposentado trabalhava como escriturário na agência Miramar, em Florianópolis. Foi admitido em janeiro de 1978 e aposentou-se por tempo de serviço em agosto de 2003, quando passou a receber complementação de aposentadoria por parte da Funcef. Não recebeu, porém, a parcela relativa ao auxílio-alimentação, prevista em acordos coletivos de trabalho, porque o pagamento do benefício aos aposentados fora suprimido em junho de 1995. Ação trabalhista impetrada pelo aposentado requereu o recebimento da parcela na forma originalmente prevista (repasse do auxílio-alimentação em 22 tíquetes por mês), além das parcelas devidas vencidas ou vincendas desde a data da sua aposentadoria. O pedido foi indeferido pela 12ª Região do Tribunal do Trabalho de Santa Catarina, mas a decisão dessa Regional foi revertida pelo TST, que deferiu o pagamento das diferenças decorrentes da integração do auxílio-alimentação. Os recursos impetrados pela Caixa foram indeferidos pela Quarta Turma do TST. Para isso os ministros concluíram que a norma interna que instituiu o pagamento do benefício aos aposentados incorporou-se ao contrato de trabalho dos empregados da Caixa, e sua supressão unilateral por parte do empregador produz efeitos apenas com relação aos empregados admitidos posteriormente a 1995. (Fonte:Fenae Notícias) Departamento Sociocultural incrementa programação ste Departamento está sendo reestruturado para incrementar uma programação que desperte o interesse do economiário, contribuindo desta forma para bem-estar, qualidade de vida e crescimento. Nossas atividades ganharão nova dimensão neste Ano Novo que se aproxima. Destacamos, entre outros eventos, passeios a cartões postais do Estado do Rio de Janeiro como Paraty, Vassouras, Campos do Jordão, fazendas do café, obedecendo à sugestão colhida junto aos associados. Há roteiros culturais, em nossa programação, que são imperdíveis: shows, teatros e visitação a museus, entre outros. debates de interesse geral terão prosseguimento, com assuntos que estão na ordem do dia. E mais: palestras, painéis visando discutir assuntos corporativos que, certamente, farão parte de nossa agenda. Feliz 2008! E Museu Histórico Nacional será uma das atrações do roteiro da APACEF/RJ em 2008 CURSO 2008 Inclusão Digital Grátis Continuam abertas as inscrições para o Curso de Informática básico. Hoje estudam na Sala de Inclusão Digital oito turmas, de segunda a sexta-feira, das 9h ao meio-dia. Fique atento, associado, pois formação de novas turmas está a todo vapor. Vale ressaltar que o Curso de Inclusão Digital é gratuito para os associados da APACEF/RJ. Garanta sua vaga pelo telefone 2262-5177 ramal 219. JEITO DE SER EXISTEM ASSOCIAÇÕES, Associações e associações. Cada qual faz do seu jeito. A APACEF/RJ, com sua trajetória firme e eficiente, liderou a luta pela recuperação das perdas de proventos e pensões e reivindica todos os legítimos direitos dos economiários. É assim que a APACEF/RJ escreve a sua história. Associe-se. Traga seus colegas para entrar na família APACEF/RJ Filiada à Fenacef e à Fenae