Mateus 25.31 – 46
Esse trecho que nos propomos a estudar faz parte de um dos mais longos, e de difícil entendimento,
discursos de Jesus, e se inicia no capítulo 23. Nestes capítulos, Jesus profetiza a destruição de Jerusalém e
começa a falar das aflições que sucederão nos “últimos tempos” (24.4 – 12), e da “grande tribulação” (24.14 –
26), enfatizando que “... aquele que perseverar até o fim será salvo” (vs. 13). O enfoque deste grande trecho
está no Juízo sobre Jerusalém e nos sinais do fim dos tempos.
Diante desta realidade, Jesus começa a falar sobre a necessidade dos crentes estarem preparados
adequadamente para as coisas que virão. Em seu discurso Jesus fala em parábolas que são elas:
1.
2.
3.
4.
5.
A da figueira (24.32 – 35)
O pai vigilante que não sabe quando vem o ladrão (24.42 – 44)
O servo fiel (24.45 – 51)
As dez virgens (25.1 – 13)
Os talentos (25.14 – 30)
Em geral essas parábolas alertam para a atitude vigilante que o crente tem que manter por não saber em
que momento será a prestação de contas para com o Senhor, dentre as atitudes esperadas estão:
1.
2.
3.
4.
5.
Vigilância (24.32 – 35)
Atitude de alerta pela iminência da vinda (24.42 – 44)
Serviço fiel (24.25 – 51)
Prontidão (25.1 – 13)
Cuidado para com os dons/talentos (25.14 – 30)
O discurso de Jesus chega a seu ápice em 25.31 – 46, quando tudo o que foi postulado anteriormente
atinge seu fim. E todas as obras humanas serão julgadas e o fim de cada ser humano determinado eternamente1.
Sendo assim, o texto de nosso foco, está no contexto do fim da Grande Tribulação, no advento da
Segunda Vinda de Cristo, quando Ele estabelecerá o reino e reinará com poder e glória sobre a terra por mil
anos (Apocalipse 20.4 – 6).
31
Conj. Sub. Temp.
Conj. Co. Adv.
3ª S 1º Aor. Subj. At.
Nom. MS
Gen. MS
Prep. Dat.
Dat. FS
Pron. 3ª Gen. MS
quando
mas
(ele) vier
o filho
do homem
em
a glória
dele
Jesus aqui é chamado de “o Filho do Homem” em geral as passagens que se referem a Jesus assim
apontam para sua humanidade, e para seu ministério como o restaurador da soberania media, tanto em sua
morte e ressurreição, quanto no aspecto terreno de seu reino.
Conj. Co. Ad.
Adj. Nom. MP
Nom. MP
Prep. Gen.
Pron. 3ª Gen. MS
e
todos
os anjos
com
ele
Adv.
3ª S Fut. Ind. At.
Prep. Gen.
Gen. MS
Gen. FS
Pron. 3ª Gen. MS
então
(ele) assentará
sobre
o trono
da glória
dele
A conjunção temporal
acompanhada pelo verbo no Futuro aponta para um tempo indefinido no
futuro, indicando que este momento ainda não havia acontecido, nem aconteceria nos tempos de Jesus, e
como já vimos dentro do contexto maior, continua indefinido (porém, iminente).
1
Este ainda não é o julgamento do grande trono branco (Apocalipse cf. 20.32 – 46). O Julgamento do Trono branco será
acompanhado de ressurreições e serão julgados todos os mortos até aquele dia, este julgamento descrito aqui se refere somente a
vivos.
1
Também é obvio que não se refere à encarnação de Jesus e ao momento histórico de sua primeira vinda
à terra, em primeiro lugar porque não o vimos na plenitude de Sua glória, mas na plenitude de seu
sofrimento e sacrifício, que de certo modo já apontam para a glória que Ele manifestará no futuro (Mateus
16.27; 24.30), confirmado pelo tempo futuro dos verbos que regem as frases a seguir.
A encarnação de Jesus também, não foi acompanhada da presença de anjos, nem Ele assentado em Seu
trono de glória. Pelo contrário, vimos o Senhor assentado em um jumentinho, para ser rejeitado pelos
homens morrendo a terrível morte de cruz.
O Advérbio
inicia uma série de seis “entãos”, descrevendo a seqüência dos acontecimentos,
primeiro Jesus se assentará sobre o trono, depois vem uma série de diálogos: primeiro convidando suas ovelhas
para seu reino, estes não compreendem o convide que lhes é explicado. Em seguida Jesus profere a condenação
dos cabritos que estão a sua esquerda, que também não compreendem sua condenação que lhes é explicada.
“Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem, vindo com as nuvens dos
céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. Ele recebeu autoridade,
glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio
é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído” (Daniel 7.13 – 14).
32
Conj. Co. Ad.
3ª P Fut. Ind. Pass.
Prep. Gen.
Pron. 3ª Gen. MS
Adj. Nom. NP
Nom. NP
e
(elas) serão reunidas
diante
dele
todas
as etnias (nações)
Aqui, temos um evento universal, quando pessoas de todas as etnias serão reunidas diante de Cristo.
Importante notar que o tempo Passivo do verbo
demonstra que as nações “serão reunidas” por
Deus, que tem o controle e o poder sobre todos os povos. Também é importante notar que a palavra
se
refere, mais especificamente, às nações não judaicas, ou seja, os gentios.
Desta forma, sabendo que o contexto fala do julgamento anterior ao tempo milenar que inicia o
cumprimento das promessas de Deus a Israel, a restauração da condição da nação de Israel como o
instrumento de bênção para a humanidade, cumprindo o que fora prometido a Abraão: “... em ti serão
benditas todas as famílias da terra...”.
“Sim, naqueles dias e naquele tempo, quando eu restaurar a sorte de Judá e de Jerusalém,
reunirei todos os povos e os farei descer ao vale de Josafá. Ali os julgarei por causa da minha
herança Israel, o meu povo, pois o espalharam entre as nações e repartiram entre si a minha
terra...” (Joel 3.1 – 2).
As duas Conjunções aditivas
, que iniciam as duas orações aqui, apontam primeiro para uma reunião
de todas as nações da terra na presença de Cristo, depois para a separação que Ele fará delas.
Conj. Co. Ad.
3ª S Fut. Ind. At.
Pron. 3ª Gen. MS
Prep. Gen.
Pron. Rec. Gen. MP
e
(ele) separará
dele
desde
uns dos outros
(aphorízô) – Separar de outros pelo estabelecimento de limites ou uso de critérios, limitar, separar.
No mal sentido: excluir por causa de má reputação;
No bom sentido: apontar, separar para algum propósito.
A sepação apontada aqui tem como propósito separar as ovelhas dos bodes, as ovelhas são os crentes
gentios que sobreviveram à grande tribulação, e os bodes são os gentios incrédulos que sobreviveram à
tribulação adorando ao anti-Cristo e aceitando o sinal da besta.
Essa separação respeita os critérios de Deus, para separar os de má reputação (malditos) dos benditos, os
primeiros comprovaram sua maldição por não praticarem o bem, os segundos comprovaram sua bênção pela
prática das boas obras.
2
Ambos os “animais” (seres humanos) são separados pelo que são, e não pelo comportamento que têm,
ainda que o comportamento aponte para a realidade de cada um. Além disso, ambos são separados com
propósitos pré-estabelecidos por Deus.
Conj. Sub. Comp.
Nom. MS
3ª S Pres. Ind. At.
Ac. NP
Prep. Gen.
Gen. MP
como
o pastor
(ele) separa
as ovelhas
desde
dos cabritos
A Conjunção comparativa
demonstra neste texto Jesus não está sendo chamado de pastor, mas
apenas comparado a um, sendo assim é uma ilustração e aponta para o modo como as nações serão
separadas.
Jesus aqui é identificado com um pastor, quando este está separando as ovelhas dos cabritos. Em geral,
na palestina, os rebanhos são mistos e os animais criados juntos. A separação acontece pelo menos em três
situações: À noite, pois como os Cabritos têm pouco pelo e são separados para dormirem juntos num lugar
mais abrigado do frio da noite, já as ovelhas, pelo excesso de pelo precisam dormir em um lugar mais
arejado. A separação também acontece, para a retirada de leite, as cabras em geral dão bastante leite, já as
ovelhas não são tão produtivas no leite. E por fim, as ovelhas são separadas no momento de tosquiar, já o
cabrito não é tosquiado por não ter lã. As ovelhas provêem lã e carne, e os cabritos provêem leite e carne,
ainda que a carne de ovelha seja mais apreciada, pois é mais branda e de cheiro mais suave.
Essa separação acontecia em geral perto do aprisco, o pastor ficava na porta do aprisco, com a vara
dando batidas na lateral dos animais direcionando-os para o lado, desejado por ele, que eles fossem.
É incrível imaginar essa cena, com Jesus, o pastor, separando os “rebanhos” humanos dando a eles seu
destino.
33
Conj.
Co. Ad.
3ª S Fut. Ind. At.
e
(ele) colocará
Ac.
NP
Part. Enf.
Ac. NP
Prep.
Gen.
Adj. Gen. FP
as
(de um lado)
ovelhas
do
direito
Pron. 3ª Gen. MS
Ac.
NP
Conj. Co. Ad.
Ac. NP
Prep.
Gen.
Adj. Gen. FP
os
e (do outro lado)
cabritos
do
esquerdo
dele
Do verbo
em diante, vemos uma seqüência de verbos no tempo Futuro indicando o tempo em
que essas ações acontecerão. Esse verbo também aponta para a atitude confiante de Jesus, que à sua própria
revelia determina o destino dos homens.
34
Adv.
3ª S Fut. Ind. At.
Nom. MS
Dat. MP
Prep. Gen.
Adj. Gen. FP
Pron. 3ª Gen. MS
então
(ele) dirá
o Rei
às
do
(lado) direito
dele
Jesus, que já fora nominado “Filho do Homem” (vs. 31), e comparado ao “pastor” (vs. 33), agora é
titulado como “Rei”. Demonstrando claramente que esse texto não só faz referência ao “Filho do Homem”
(Gênesis 3.15 – que pisaria a cabeça da serpente), mas também faz referência à humanidade de Seu reino, ou
seja, Ele reinará como humano, sobre um trono literal na terra, como também aqui vemos a referência ao
cumprimento da promessa feita a Davi, do regente que viria governar sobre seu povo e sobre toda a terra
estabelecendo seu trono perpetuamente (II Samuel 7.13 – 16).
É também importante notar que a palavra
está acompanhada do artigo definido “ ” apontando
para Jesus como um Rei distinto dos outros reis, superior aos mesmos, sendo que estes serão também
julgados por Ele.
3
Interj.
Ptc. Perf. Pass. Voc. MP
Gen. MS
Pron. 1ª Gen. S
venham!
abençoados! (favorecidos, benditos)
do Pai
meu
O Particípio Perfeito aqui no uso substantivo, em termos de tempo, expressa
um estado antecedente, ou seja, eles já eram benditos, por isso foram
separados. O fato que demonstra isso é que são filhos do Pai. Por serem
benditos, também são convidados.
Genitivo de origem aponta para o
fato de que a fonte da bênção
destes benditos é o Pai.
É importante destacar que eles não são benditos por terem praticado as obras descritas a partir do vs. 35,
mas, são benditos pela obra redentora de Cristo.
O texto também afirma que Deus já os havia abençoado antes da fundação do mundo, pois o reino foi
preparada “para vós”, assim como aponta o Dativo. Com isso, vemos que o reino não foi preparado sem ter
para quem, e depois as pessoas foram entrando Nele, pelo contrário, o que o texto afirma é que “desde a
fundação do mundo” Deus já havia determinado para quem o reino seria feito, ou seja, para os que também
“antes da fundação do mundo” já eram benditos (Efésios 1.4).
As atitudes expressas nos versículos 35 – 36 apenas são o “porque”, ou seja, a demonstração prática de
quem são esses benditos, sendo elas, não a base de sua salvação, mas a comprovação da mesma.
Essas atitudes são o critério objetivo do julgamento, pois são as evidências da fé salvífica:
“De que adianta, meus irmãos, alguém dizer que tem fé, se não tem obras? Acaso a fé pode salvá-lo?
Se um irmão ou irmã estiver necessitando de roupas e do alimento de cada dia e um de vocês lhe
disser: „Vá em paz, aqueça-se e alimente-se até satisfazer-se‟, sem porém lhe dar nada, de que
adianta isso? Assim também a fé, por si só, se não for acompanhada de obras, está morta. Mas
alguém dirá: „Você tem fé; eu tenho obras‟. Mostre-me a sua fé sem obras, e eu lhe mostrarei a minha
fé pelas obras. Você crê que existe um só Deus? Muito bem! Até mesmo os demônios crêem — e
tremem! Insensato! Quer certificar-se de que a fé sem obras é inútil? Não foi Abraão, nosso
antepassado, justificado por obras, quando ofereceu seu filho Isaque sobre o altar? Você pode ver que
tanto a fé como as obras estavam atuando juntas, e a fé foi aperfeiçoada pelas obras. Cumpriu-se
assim a Escritura que diz: „Abraão creu em Deus, e isso lhe foi creditado como justiça‟, e ele foi
chamado amigo de Deus. Vejam que uma pessoa é justificada por obras, e não apenas pela fé. Caso
semelhante é o de Raabe, a prostituta: não foi ela justificada pelas obras, quando acolheu os espias e
os fez sair por outro caminho? Assim como o corpo sem espírito está morto, também a fé sem obras
está morta” (Tiago 2.14 – 26).
O convite para o reino, que antes era universal e estendido a todos os homens, agora é específico e
oferecido somente para os que estão do lado direito de Jesus, suas ovelhas, aqueles que creram em seu nome,
mesmo em meio à tribulação mais terrível já vista sobre a terra, mantendo não só a fé, mas a prática das boas
obras.
2ª P 1º Aor. Imp. At.
Ptc. Perf. Pass. Ac. FS
Pron. 2ª Dat. P
Ac. FS
Prep. Gen.
recebei (vós)
o que foi preparado
para vós
um reino
desde
Gen. FS
Gen. MS
da fundação do mundo
(basileían) – Poder real, realeza, domínio, governo. Não confundir com um reino que existe na
atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino. No texto em questão, se refere
ao poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias.
35
1ª S 1º Aor. Ind. At.
Conj. Co. Exp.
Conj. Co. Ad.
2ª P 2º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Dat. S
2º Aor. Inf. At.
(eu) tive fome
porque
e
(vós) destes
para mim
de comer
1ª S 1º Aor. Ind. At.
Conj. Co. Ad.
2ª P 1º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Ac. S
(eu) tive sede
e
(vós) destes de beber
a mim
4
Nom. MS
estrangeiro
36
1ª S Impf. Ind. Med.
Conj. Co. Ad.
(eu) era
2ª P 2º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Ac. S
(vós) trouxestes consigo (acolhestes)
e
a mim
Trazer para dentro de casa receber com hospitalidade
Adj. Nom. MS
Conj. Co. Ad.
2ª P 2º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Ac. S
nu
e
(vós) vestistes
a mim
1ª S 1º Aor. Ind. At.
Conj. Co. Ad.
2ª P 1º Aor. Ind. Med.
Pron. 1ª Ac. S
(eu) doente
e
(vós) cuidar (visitar um doente)
a mim
Prep. Dat.
Dat. FS
1ª S Impf. Ind. Med.
Conj. Co. Ad.
2ª P 1º Aor. Ind. Med.
Prep. Ac.
Pron. 1ª Ac. S
em
prisão
(eu) estava
e
(vós) viestes
até
mim
Jesus aponta 6 situações de necessidade e 6 soluções para as mesmas:
Fome
Sede
Ser estrangeiro
Necessidade de roupas
Doença
Prisão
37
Comida
Bebida
Abrigo
Roupas
Cuidado
Visita
X
Adv.
3ª P Fut. Ind. Pass.
Pron. 3ª Dat. MS
Adj. Nom. MP
Ptc. Pres. At. Nom. MP
então
(eles) perguntarão
a ele
os justos
dizendo
As palavras de Jesus são uma surpresa para ambos, tanto para os justos aqui, como para os outros mais
adiante. E são surpresa, porque Jesus revelado como “o Filho do homem” é uma surpresa para eles. Eles o
estão vendo agora a plenitude de Sua glória, assentado sobre Seu trono de Glórias, com uma multidão de
anjos à Sua volta, Ele está sendo visto pela primeira vez nessa epifania gloriosa. Então! Como é possível que
este Rei da Glória possa ter estado naquelas condições? Quando foi que nós o vimos assim? A fala de Jesus
parecia a eles incompatível com o Rei de Glória que estava diante deles...
Voc. MS
Adver.
Pron. 2ª Ac. S
1ª P 2º Aor. Ind. At.
Ptc. Pres. At. Ac. MS
Conj. Co. Ad.
1ª P 1º Aor. Ind. At.
Senhor!
quando?
a ti
(nós) vimos
faminto
e
(nós) alimentamos
A pergunta dos justos aponta para a sinceridade de sua atitude e a fé de seus corações, eles faziam por
que eram bons e justos não porque esperavam alguma recompensa, pois apesar de terem agido de maneira
correta, não sabiam que estavam fazendo à Jesus, ou pelo menos, não tão diretamente.

Conj. Co. Alt.
Ptc. Pres. At. Ac. MS
Conj. Co. Ad.
1ª P 1º Aor. Ind. At.
ou
sedento
e
(nós) demos de beber
5
38
39
Adv.
Conj. Co. Ad.
Pron. 2ª Ac. S
1ª P 2º Aor. Ind. At.
Ac. MS
Conj. Co. Ad.
1ª P 1º Aor. Ind. At.
quando?
e
a ti
(nós) vimos
um estrangeiro
e
(nós) acolhemos
Conj. Co. Alt.
Adj. Ac. MS
Conj. Co. Ad.
1ª P 1º Aor. Ind. At.
ou
nu
e
(nós) vestimos
Adv.
Conj. Co. Ad.
Pron. 2ª Ac. S
1ª P 2º Aor. Ind. At.
Ptc. Pres. At. Ac. MS
quando?
e
a ti
(nós) vimos
adoecendo

40
Conj. Co. Alt.
Prep. Dat.
Dat. FS
Conj. Co. Ad.
1ª P 2º Aor. Ind. At.
Prep. Ac.
Pron. 1ª Ac. S
ou
em
prisão
e
(nós) fomos
até
a ti
Conj. Co. Ad.
Ptc. Aor. Pass. Nom. MS
Nom. MS
3ª S Fut. Ind. At.
Pron. 3ª Dat. MP
e
respondendo
o Rei
(ele) dirá
à eles
Part. Enf.
1ª S Pres. Ind. At.
Pron. 2ª Dat. P
verdade
(eu) falo
a vós
Prep. Ac.
Pron. Corr. Ac. NS
2ª P 1º Aor. Ind. At.
Adj. Dat. MS
Gen. MP
2
quanto
(vós) fizestes
para um
destes
na medida (ou grau)
A resposta do Rei Jesus aos justos demonstra que quando se faz para um “destes” na verdade se está
fazendo ao próprio Rei. Porém quem são estes que o pronome demonstrativo
aponta? Com certeza
não são os que estão do lado direito de Jesus, pois são eles que fazem a pergunta, e os mesmos são das etnias
da terra que estão agora separadas, sendo assim, não são elas também.
O Genitivo Masculino Plural aponta que estes são “os irmãos menores do Rei”, e quando falamos
irmãos, não podemos estar falando da igreja, pois esta já foi arrebatada, sendo assim, só nos restar crer que
Jesus esteja falando aos seus irmãos de pátria, seus conterrâneos, os judeus (Apocalipse 7.1 – 8 e 14.1 – 5).
No próprio livro de Mateus temos um paralelo direto deste texto em Mateus 10.40 – 42:
“Quem recebe vocês, recebe a mim; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou. Quem
recebe um profeta, porque ele é profeta, receberá a recompensa de profeta, e quem recebe um
justo, porque ele é justo, receberá a recompensa de justo. E se alguém der mesmo que seja
apenas um copo de água fria a um destes pequeninos, porque ele é meu discípulo, eu lhes
asseguro que não perderá a sua recompensa”.
22
Gen. MP
Pron. 1ª Gen. S
Adj. Gen. MP
Pron. 1ª Dat. S
2ª P 1ºAor. Ind. At.
dos irmãos
meus
dos menores
para mim
(vós) fizestes
TAYLOR, William Carey. Introdução ao Estudo do Novo Testamento Grego. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Batista Regular, 1990. p. 273, 670, 6.
6
Sendo assim, os justos são os crentes da tribulação, que ao invés de se unirem ao anti-Cristo no
massacre aos judeus, agiram como Schindlers do futuros, que ajudaram os judeus perseguido na tribulação,
por verem neles a irmandade com Jesus.
41
Adv.
3ª S Fut. Ind. At.
Adv.
Artg. Dat. MP
Prep. Gen.
Dat. MP
então
(ele) dirá
também
aos
do (lado)
esquerdo
[ ]
2ª P Pres. Imp. Med.
Prep. Gen.
Pron. 1ª Gen. S
Ptc. Perf. Pass. Voc. MP
Prep. Ac.
Ac. NS
Adj. Ac. NS
apartai (vós)
de
mim
malditos
para
o fogo
eterno
Em contraste com os do lado direito que são benditos, estes são malditos, e enquanto aqueles adentram o
reino milenar estes adentram o inferno.
42
43
44
Ptc. Perf. Pass. Voc. MP
Dat. MS
Conj. Co. Ad.
Dat. MS
Pron. 3ª Gen. MS
preparado
pro Diabo
e
os anjos
dele
1ª S 1º Aor. Ind. At.
Conj. Co. Exp.
Conj. Co. Ad.
Part. Neg.
2ª P 2º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Dat. S
2º Aor. Inf. At.
(eu) tive fome
porque
e
não
(vós) destes
para mim
de comer
Conj. Co. Ad.
Part. Neg.
2ª P 1º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Ac. S
e
não
(vós) destes de beber
a mim
Nom. MS
1ª S Impf. Ind. Med.
Conj. Co. Ad.
Part. Neg.
2ª P 2º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Ac. S
estrangeiro
(eu) era
e
não
(vós) acolhestes
a mim
Adj. Nom. MS
Conj. Co. Ad.
Part. Neg.
2ª P 2º Aor. Ind. At.
Pron. 1ª Ac. S
nu
e
não
(vós) vestistes
a mim
Adj. Nom. MS
Conj. Co. Ad.
Prep. Dat.
Dat. FS
Conj. Co. Ad.
Part. Neg.
2ª P 1º Aor. Ind. Med.
Pron. 1ª Ac. S
doente
e
em
prisão
e
não
(vós) cuidastes (visitar)
a mim
Adv.
3ª P Fut. Ind. Pass.
Adv.
Pron. 3ª Nom. MP
Ptc. Pres. At. Nom. MP
então
(eles) perguntarão
também
eles
dizendo
Voc. MS
Adver.
Pron. 2ª Ac. S
1ª P 2º Aor. Ind. At.
Ptc. Pres. At. Ac. MS
Senhor!
quando?
a ti
(nós) vimos
faminto
7
Conj. Co. Alt.
Ptc. Pres. At. Ac. MS
Conj. Co. Alt.
Ac. MS
Conj. Co. Alt.
Adj. Ac. MS
ou
sedento
ou
um estrangeiro
ou
nu
Conj. Co. Alt.
Adj. Ac. MS
Conj. Co. Alt.
Prep. Dat.
Dat. FS
ou
doente
ou
em
prisão

45
Conj. Co. Ad.
Part. Neg.
1ª P 1º Aor. Ind. At.
Pron. 2ª Dat. S
e
não
(nós) servimos
a ti
Adv.
3ª S Fut. Ind. Pass.
Pron. 3ª Dat. MP
Ptc. Pres. At. Nom. MS
então
(ele) responderá
para eles
dizendo
Part. Enf.
1ª S Pres. Ind. At.
Pron. 2ª Dat. P
verdade
(eu) falo
a vós
Prep. Ac.
Pron. Corr. Ac. NS
Part. Neg.
2ª P 1º Aor. Ind. At.
Adj. Dat. MS
Gen. MP
3
quanto
não
(vós) fizestes
para um
destes
na medida (ou grau)
46
Adj. Gen. MP
Conj. Co. Ad.
Pron. 1ª Dat. S
2ª P 1ºAor. Ind. At.
dos menores
não só... mas também
para mim
[não] (vós) fizestes
Conj. Co. Ad.
3ª P Fut. Ind. Med.
Pron. Dem. Nom. MP
Prep. Ac.
Ac. FS
Adj. Ac. NS
e
(eles) irão
estes
para
o castigo
eterno
Nom. MP
Conj. Co. Adv.
Nom. MP
Prep. Ac.
Ac. FS
Adj. Ac. NS
os
mas
justos
para
a vida
eterna
(aiónios)
“essa palavra não quer dizer, etimológica ou filosoficamente, „eterno‟, mas praticamente veio a
significar isto. Alguns intérpretes, querem fugindo ao sentido das promessas de João 3.15 – 16,
36; 6.47; 10.28 e 17.2 – 3, têm insistido que
se refere às qualidades da vida
sobrenatural que Deus dá ao crente genuíno. O termo é enriquecido por este conteúdo ético,
não há dúvida, e sugere a introdução, na vida cristã da atualidade, das qualidades celestes da
comunhão com Cristo, mas não perde seu sentido „perpétuo‟. De fato, uma vida instável não é
de boa qualidade. E que „eterno‟ significa sem fim é provado pelo acréscimo: „nunca perecerá‟.
E Milligan e Deissman nos dizem:
„nunca perde o sentido de „perpetuus‟.
, pois, é mais do que a imortalidade; é a vida cristã, com qualidades celestes, que
principia no momento de crer evangelicamente e dura eternidade...”.4
3
TAYLOR, William Carey. Introdução ao Estudo do Novo Testamento Grego. 9ª Ed. Rio de Janeiro: Batista Regular, 1990. p. 273, 670, 6.
4
Idem, p. 361.
8
Segundo Stanley D. Toussaint (tb. Thomas Costable), este versículo é o Clímax do argumento do livro
de Mateus:
“Neste trecho do livro, Mateus realiza seus principais objetivos na apresentação das
credenciais do Rei e do programa do Reino para com os judeus. o Rei se apresenta com
palavras e obras como o Messias prometido de Israel. Porque Israel se recusou a aceitá-Lo
como seu Rei, o reino é tomado deles e dado a uma nação que dê frutos dignos de
arrependimento. No entanto, esta situação só existirá até quando vier o Filho do Homem em
sua glória. Naquela época, toda a injustiça será vindicada e Cristo reinar como Rei de Israel
sobre as nações da terra”.5
Em anexo transcrevo um texto do Pr. Ariovaldo Ramos na Introdução de sua pregação deste mesmo
texto de Mateus.
Anexo 1
A evangelização
Pr. Ariovaldo Ramos
5
TOUSSAINT, Stanley D. Behold the King: A Study of Matthew. Portland, Oregon: Multnomah Press, 1980. p. 292.
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Há uma grande diferença entre a missão do Israel do Antigo Testamento e do Israel do Novo
Testamento. De fato, tanto no Velho quanto no Novo Testamento nós estamos falando de Israel.
Porque o Senhor nos enxertou, a nós gentios, em Israel. O apóstolo Paulo diz que os ramos da oliveira
brava foram enxertados na oliveira sadia (Romanos 11.17), de modo que é o Israel de Deus do Antigo e do
Novo Testamento. É um milagre, milagre extraordinário, porque você sabe que (como me disse uma vez um
amigo de São José dos Campos o Neufran) você sabe o processo de enxerto funciona na criação de uma forma
diferente.
Por exemplo, você tem um tronco de manga coquinho e você tem um ramo de manga rosa, você enxerta
o ramo de manga rosa no tronco de manga coquinho e o ramo de manga rosa vai frutificar manga rosa, então
ele vai sorver a vida do tronco de manga coquinho, mas vai manter a sua natureza.
Conosco aconteceu diferente, nós fomos enxertados na oliveira sadia e nos tornamos sadios, não
continuamos a dar frutos de oliveira brava, passamos a dar frutos de oliveira sadia.
Esse é o grande milagre, por isso somos o Israel de Deus no Novo Testamento, e é um milagre
extraordinário, nos os chamamos de várias formas nas Escrituras, uma delas é: Novo nascimento. A gente nasce
de novo, morre numa dimensão, que é a dimensão que nós chamamos de mundo, que está morto nos seus
delitos e pecados, e nascemos numa outra dimensão, que é a dimensão que nós chamamos reino de Deus.
Nascemos de novo, é um milagre.
Então nós temos o reino de Deus e os súditos do reino de Deus, e temos então este Israel de Deus. O
Israel de Deus no Antigo Testamento tinha uma missão, o Israel de Deus no Novo Testamento tem outra
missão, há uma diferença grande de missão entre os dois.
A missão do Israel do Antigo Testamento era centrípeta, e a missão do Israel do Novo Testamento é
centrifuga. O Israel do Antigo Testamento tinha uma missão na história para a humanidade, nós, o Israel do
Novo Testamento, temos uma missão na humanidade para a história.
São coisas diferentes. Por quê? Porque o Israel do Antigo Testamento tinha como projeto, como
propósito da sua existência, trazer ao mundo a criança prometida, foi criado para isso. Foi criado, foi formado
por Deus a partir de um arameu errante chamado Abrão com o objetivo de trazer a criança prometida no jardim
para a nossa história.
Por isso que as promessas do Israel do Antigo Testamento são terrenas, é como se Deus tivesse chegado
ao Israel do Antigo Testamento e dito: “Olha! Eu vou trazer a criança que prometi lá no jardim, em vocês
serão benditas todas as famílias da terra, porque eu vou trazer a criança. Se vocês cooperarem comigo vocês
comerão o melhor da terra, e Eu vou trazer a criança, se vocês não cooperarem comigo, vocês vão sentir a
minha correção e eu vou trazer a criança. Vocês têm uma missão, trazer a criança”.
Bom, eles trouxeram, a criança veio. E aí começa a missão do Israel do Novo Testamento, que é
anunciar a criança, levar a criança para todos os cantos, para todos os povos, para todas as nações, para todas as
tribos, para todos os clãs, para todas as línguas, anunciar a criança.
Anunciar que a criança chegou, que agora não precisamos mais ser escravos de Satanás, não precisamos
mais ser escravos do inferno, não precisamos mais ser escravos dos nossos pecados, nem mesmo das nossas
fraquezas. A criança chegou, é preciso anunciá-la a todos os povos, em todos os cantos, em todos os lugares.
Portanto, o Israel do Antigo Testamento tinha uma missão centrípeta, e o Israel do Novo Testamento
tem uma missão centrífuga, pra fora. Então as nossas recompensas são eternas, e a recompensa de Israel
terrenas.
Por isso, que muitos colegas às vezes pegam um texto do Antigo Testamento e não sabem o que fazer. E
ficam fazendo promessas do Antigo Testamento no Novo, e fica aquela confusão, aí o povo fica esperando uma
promessa que Deus nunca prometeu. E aí ela nunca vem mesmo, porque Deus é Fiel, ou seja, Deus é Fiel a Sua
Palavra, se Ele disse, disse, se Ele não disse, não disse. Se Ele disse, faz, se Ele não disse, não faz. Não falou!
Não se responsabiliza pelo que Ele não falou, assim como se responsabiliza pelo que disse.
Então, quando nós falamos de missão hoje, nós falamos de missão de forma diferentes de como
falaríamos se estivéssemos no Israel do Antigo Testamente. Hoje nós falamos de missão de deslocamento, nós
temos de sair, enquanto que Israel do Antigo Testamento tinha de ficar. Tinha de ficar, porque a criança
prometida era da família de Davi, da família do tronco de Jessé, tinha de nascer em Belém da Judéia, tinha de
ficar. E nós temos de sair, nós não podemos ficar, nós temos de levar essa criança a todos os cantos.
E nessa missão de sair, de anunciar a criança a todas as nações, a todas as línguas, a todos os povos, para
anunciar a todos os seres humanos que nós não precisamos mais ser escravos do inferno, que essa criança
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venceu a serpente, o dragão, esmagou-lhe a cabeça. E que nós estamos libertos, que ele nos tira do inferno e tira
o inferno da gente, nós não podemos fica, nós temos que sair.
E temos de saber como anunciar a criança em todas as suas dimensões, ou em todas as dimensões da
ação salvífica e libertadora desta criança. Que se fez o homem cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo,
verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem. Então nós temos de anunciá-Lo, porque disso depende a
salvação do ser humano.
Então o Israel do Antigo Testamento tinha uma missão na história para o bem da humanidade, o Israel
do Novo Testamento tem uma missão na humanidade para o bem da história, para que a nossa história se torne
eterna. Então temos de sair.
(Transcrito de parte da mensagem de Ariovaldo Ramos na Igreja Batista da Liberdade, em São Paulo, em
05.06.2011 encontrado em http://vimeo.com/24982664)
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1 Mateus 25.31 - Primeira Igreja Batista em Barueri