LEITURA E DOCUMENTAÇÃO
MSc. Frankly Rolim
[email protected]
1
A LEITURA e a elaboração do
plano de trabalho
Aqui a leitura é “cultural”. Nesse
sentido, obedece a um objetivo
investigativo. A delimitação temática do
seu estudo, bem como o seu plano de
trabalho são importantes no tipo de
leitura e de informação que pretende
encontrar.
2
SABER LER É
FUNDAMENTAL
O TEXTO ACADÊMICO NÃO É UM
TEXTO QUALQUER:
Possui uma estrutura pensada
racionalmente
Obedece a pressupostos da comunicação
(emissor – receptor)
Possui um núcleo (ou mais) em que a
discussão fica concentrada.
3
SOBRE A LEITURA
“ O texto-linguagem significa, antes de tudo, o
meio intermediário pelo qual duas consciências se
comunicam. Ele é o código que cifra a mensagem.
Ao escrever um texto, portanto, o autor (o
emissor) codifica sua mensagem que, por sua vez, já
tinha sido pensada, concebida e o leitor (o
receptor), ao ler um texto, decodifica a mensagem
do autor, para então pensá-la, assimilá-la e
personalizá-la, compreendendo-a.”
(SEVERINO, 2000, p.49)
4
LEITURA
SEPARAR O “JOIO DO
TRIGO” É FATOR
FUNDAMENTAL NA
LEITURA.
1.Decodificar
2.Identificar o núcleo da
discussão
3.Saber sublinhar
5
Núcleo
Introdução
A leitura e o parágrafo
Argumentos
“Não há comicidade fora do que é propriamente humano. Uma
paisagem poderá ser bela, graciosa, sublime, insignificante ou
feia, porém jamais risível. Riremos de um animal, mas porque
teremos surpreendido nele uma atitude de homem ou certa
expressão humana. Riremos de um chapéu, mas no caso o
cômico não será um pedaço de feltro ou palha, senão a forma
que alguém lhe deu, o molde da fantasia humana que ele
assumiu. Como é possível que fato tão importante, em sua
simplicidade, não tenha merecido atenção mais acurada dos
filósofos? Já se definiu o homem como “um animal que rir”.
Poderia também ser definido como um animal que faz rir, pois
se outro animal o conseguisse, ou algum objeto inanimado, seria
por semelhança com o homem, pela característica impressa pelo
homem ou pelo uso que homem dele faz.”
(Henri Bergson, O riso)
1.ASSUNTO (TEMA) ?
Conclusão
2.TESE
?
3.ARGUMENTO ?
Desenvolvimento
6
A leitura e o parágrafoArgumentos
2
• “Na Amazônia, em grande parte, a floresta faz o solo. É
um solo ralo que, por vezes, não ultrapassa vinte a trinta
centímetros. As árvores formam, com suas raízes, uma
densa rede que recebe as folhas mortas. Estas, com a
umidade e o calor, apodrecem e fermentam. Vírus e
microorganismos também garantem a sobrevivência da
flora, da fauna, dos homens. Como se diz – ali, o solo
viverá enquanto a floresta existir. A introdução de
culturas em áreas extensas deve ser feita com a máxima
cautela. Urge, portanto, conhecer o comportamento global
da flora, dentro das condições ecológicas.”
Núcleo
7
A DOCUMENTAÇÃO
Depois de lido o material levantado na
pesquisa bibliográfica, ele deve ser
documentado.
Documentar a informação, nesse caso,
favorece uma economia de tempo e
esforço, além de facilitar o trabalho de
análise.
8
A DOCUMENTAÇÃO 2
O fichamento constitui uma prática de
documentação eficiente.
PORÉM....
1. Existem vários tipos de fichamentos
2. O Fichamento de pesquisa pode diferir muito
do fichamento que o professor pede em sala
aula.
9
FICHAMENTO
A ficha, sendo de fácil manipulação, ajuda a
ordenação do assunto.
A estrutura física da ficha pode variar
O suporte pode variar
O tipo do fichamento está condicionado a
necessidade.
10
Fichas
A estrutura das fichas, de qualquer tipo,
pode compreender três partes principais:
cabeçalho, referência bibliográfica e o
corpo do texto. Além dessas, outras partes
podem ser necessárias nas fichas
bibliográficas: a indicação da obra (para
quem?); o local que a obra pode ser
encontrada (qual biblioteca ou instituição).
11
MODELO
Cabeçalho →
Referência
Bibliográfica →
Diretrizes para a realização de uma monografia
O
Plano provisório
trabalho
do
1.3.
1
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do
trabalho científico. 21ª ed. rev. e ampl. São
Paulo: Cortez, 2000.
Corpo ou
texto
→
Indicação
da obra →
Local
→
Indicado para alunos de graduação e pósgraduação e para a disciplina de Introdução a
Metodologia Científica.
Biblioteca Central da Universidade Federal de
Sergipe – BICEN/UFS
12
MODELO 2
Cabeçalho →
Referência:
Palavras-chaves:
KRUPPA, Sônia. Sociologia da
Educação. São Paulo: Cortez, 1994
sociologia da educação;
educação e cidadania, ,
Estado e educação.
Corpo ou
texto
→
13
O FICHAMENTO PODE SER:
A) BIBLIOGRÁFICO
De obra inteira
Parte de obra
B) CITAÇÃO
C) RESUMO OU CONTEÚDO
D)ESBOÇO
E) COMENTÁRIO OU ANALÍTICA
F) BIOGRÁFICA
G) VOCABULÁRIO TÉCNICO
H) (.......)
I) MISTA (Que envolve várias modelos de fichamento em uma ficha apenas. Como
exemplo, temos a ficha de leitura indicada por Humberto Eco)
14
FICHA DE LEITURA
• “É aquela em que você anota com exatidão
todas as referências bibliográficas
concernentes a um livro ou artigo, exploralhe o conteúdo, tira dele citações –chaves,
faz um juízo e faz observações.”
(ECO,H. Como se faz uma tese. Tradução: Gilson C. C. Souza. 18. ed. São Paulo: perspectiva, 2002. p. 96)
15
A FICHA DE LEITURA
CONSTITUI
Um aperfeiçoamento da ficha bibliográfica
Uma ficha maior que a bibliográfica
Ficha mista (envolve outros processos de
fichamento)
16
A FICHA DE LEITURA
HUMBERTO ECO (2002, p. 96-97) APRESENTA UMA MANEIRA
“IDEAL” PARA COMPOR UMA FICHA DE LEITURA:,
Indicações bibliográficas precisas
Informações sobre o autor
Breve (ou longo) resumo do livro ou artigo
Citações extensas (com indicações precisas)
Comentários pessoais
Inserir um item relacionando a ficha de leitura ao plano do trabalho
quando necessário.
17
MODELO
CROCE, Benedetto. Recensão a
Nelson Sella. In Estetica musicale
in S.T> d’A La critica,, 1931, p.71
T. Gen. (v)
(v. ficha)
Realça o cuidado e a modernidade de convicções estéticas com que Sella aborda
o tema.
Com relação a S.T., Croce afirma:
“...o fato é que suas idéias sobre o belo e a arte não sã falsas, mas muito gerais, e
por isso pode-se sempre, num certo sentido, aceitá-las ou adotá-las. Como as que
atribuem à pulcritude ou beleza a integridade, perfeição, ou consonância, e a
clareza, isto é, a nitidez das cores.Ou como essa outra, segundo a qual o belo diz
respeito ao poder cognoscitivo; e mesmo a doutrina para a qual a beleza da
criatura é a semelhança da beleza divina presente nas coisas. O ponto central é
que os problemas estéticos não constituíam objeto de um verdadeiro interesse
nem para a Idade Média em geral, nem para São Tomás de Aquino em particular,
cujo espírito se voltava para outros caminhos: daí estarem condenados à
generalidade. E por isso os trabalhos em torno da estática de São Tomás e de três
filósofos medievais são poucos frutíferos e tediosos, quando não são (em geral
não são) tratados com a discrição e a elegância com que Sella escreveu o seu”
[A refutação dessa tese pode servir-me como tema introdutório. As palavras
conclusivas como hipoteca]
18
CONSIDERAÇÕES
EXISTE UMA RELAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO
FICHADA COM A ELABORAÇÃO DO PROJETO.
O PROJETO TEM IMPORTÂNCIA E VÁRIAS
UTILIDADES, ALÉM DA ACADÊMICA.
A CONFECÇÃO DO PROJETO É ANTECEDIDA POR
SEU ESBOÇO: O ANTEPROJETO. ELE OBEDECE AS
EXIGÊNCIAS DA INSTITUIÇÃO QUE SERÁ
APRESENTADO.
19
Fichamento de esboço
Exemplo
20
Refere-se às principais idéias do autor, ao longo
de sua obra, ou parte dela, porém de forma mais
detalhada.
1. É a mais extensa das fichas, apesar de requerer
síntese;
2. É a mais detalhada, realizada quase de página a
página;
3. Exige a indicação das páginas à esquerda da
ficha. Pode ocorrer que uma idéia do autor venha
expressa em mais de uma página. Nesse caso, a
indicação deve ser dupla. (Ex. p. 53/4).
21
MODELO 2 - esboço
Cabeçalho →
Referência:
Palavras-chaves:
KRUPPA, Sônia. Sociologia da
Educação. São Paulo: Cortez, 1994
sociologia da educação;
educação e cidadania, ,
Estado e educação.
Economicamente independentes, pois começam a trabalhar cedo, os
garimpeiros em geral possuem família nuclear. (p. 93)
Corpo ou
texto
→
Frequentemente independentes, pois começam a trabalhar cedo, os
garimpeiros não vêem com bons olhos o celibato, considerando a
aquisição de uma esposa como um ideal que lhes confere prestígio.
(p. 95-97).
A mulher é a principal encarregada da educação dos filhos que,
segue padrões diferentes, conforme o sexo (p. 97)
22
Tipo esboço
Educação física
Desenvolvimento motor
1
TANI, Go. et. al. Subsídios para professores de educação física. Brasília:
MEC, 1987. 24 p.
05-06 O processo de desenvolvimento motor vai dar condições ao ser humano,
por meio de uma série de mudanças na capacidade de se mover, para
adaptar-se ao meio ambiente.
07-08 O conhecimento do processo de desenvolvimento motor permite ao
professor de educação física contribuir para a aquisição de movimentos
naturais por meio da seleção e estruturação das tarefas motoras mais
adequadas para que as necessidades das crianças sejam atendidas.
10-11 Os movimentos podem ser caracterizados como movimentos naturais:
próprios da espécie humana; movimentos aprendidos: determinados
culturalmente pela necessidade de aprendizagem. Os movimentos naturais
são subdivididos em: reflexos, rudimentares e fundamentais. Os
movimentos aprendidos também são denominados habilidades específicas
que compõem cada modalidade esportiva e as danças.
Fonte: Biblioteca da ULBRA
23
Elaborado por:
Prof. MSc. Waldefrankly Rolim de Almeida Santos
[email protected]
24
Download

Fichamento e Leitura ()