6 Terça-feira 12 de maio de 2015 Jornal do Comércio - Porto Alegre Economia Uber O McDonald’s é outro gigante que, inteligente e humildemente, está mudando. Seu novo presidente executivo, Steve Easterbrook, lembra a todos, em webcast de 23 minutos, que a empresa tem escala e alcance, capital e talento, mas, após vários trimestres decepcionantes, tem de mudar. “Nenhuma marca tem direito divino ao sucesso”, disse com propriedade. A empresa tenta se adaptar a mudanças nos hábitos alimentares, na concorrência e na tecnologia. Na pesquisa da PwC, os presidentes executivos apontam três fatores para o sucesso na busca de mudança e adaptabilidade: 1) gerar valor de novas formas usando as novas tecnologias; 2) desenvolver parcerias diversas e dinâmicas; 3) descobrir formas diferentes de pensar e trabalhar. O relatório traz o exemplo de várias empresas que repensaram toda Softwares e seus aplicativos estão comendo o mundo; melhor se mexer antes que comam você e o seu negócio No último baile de Carnaval da “Vogue”, a cena que mais me surpreendeu foi a dos taxistas na porta protestando contra o Uber. Quem diria, há pouco tempo, que o mercado de táxis paulistano estaria tão vulnerável a um software criado por uma empresa de San Francisco? Se isso aconteceu com os taxistas de São Paulo, pode acontecer com todos nós. Softwares e seus aplicativos, produtos da pura engenhosidade humana, estão comendo o mundo. Melhor se mexer antes que comam você e o seu negócio também. A pesquisa global de presidentes executivos da PwC, com 1.300 entrevistas em 77 países, apontou, neste ano, a capacidade de se adaptar (“adaptability”) como o principal atributo para as empresas prosperarem no futuro. É preciso saber mudar. Saber mudar pode ser até mais importante do que saber o próprio negócio, porque o nosso negócio pode mudar, evoluir, acabar, mas o mercado permanece, nossas relações como mercado também, e isso vale muito. Cada vez mais as empresas descobrem novas vocações alavancadas pelas novas tecnologias. A IBM é o exemplo. Você sabe que ela é uma grande empresa, mas sabe o que ela faz hoje? Depois de vender suas unidades de hardware, ela se transformou em uma empresa de tecnologia e consultoria corporativa. Sua presidente executiva, Ginni Rometty, dizia outro dia na TV Bloomberg que a IBM está focada em três grandes eixos “revolucionários” e “espetaculares” que comandam e comandarão os negócios: dados, nuvem e mobilidade. É por aí que ela vai conduzir sua centenária empresa, que um dia ganhou marca e dinheiro construindo computadores. URBANISMO a sua cadeia de produção e suas conexões, abriram novos caminhos e agregaram novos valores. Como uma cimenteira do México que se expandiu em países emergentes na área de microfinanças e no mundo todo com soluções de infraestrutura. Fez isso a partir de sua capacidade de inovação e suas relações com diferentes parceiros. Já se foi o tempo, como naquele fantástico anúncio da Apple, em que os gênios da mudança eram os desajustados, os loucos, os rebeldes, os arruaceiros. Hoje, eles estão dentro das corporações e das startups, de terno e gravata ou moletom, de olho nas novas tecnologias e nas conexões, multiplicando capacidades em busca de novas soluções. Você está fazendo o quê? Publicitário e presidente do Grupo ABC Mineração Grupo de trabalho vai debater projeto Cais Mauá ARTE JAIME LERNER E B720/DIVULGAÇÃO/JC Mineradores querem discutir concessão de usina termelétrica O governador do Estado, José Ivo Sartori, recebeu ontem um grupo de representantes do Sindicato dos Mineradores, prefeitos e deputados da região Carbonífera do Estado, no Palácio Piratini. No encontro, os trabalhadores entregaram um documento contendo uma solicitação para que Sartori marque, em nome do grupo, uma reunião com o vice-presidente da República, Michel Temer, para tratar do contrato de concessão da usina termelétrica em Charqueadas. A unidade emprega 2 mil trabalhadores e quer um prazo maior para modernizar-se. O tema vem sendo tratado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) com a empresa Tractebel com objetivo de encontrar uma solução para o caso. Para auxiliar, o governador levantou a possibilidade de propor o encontro durante o período em que ocorre a Marcha dos Prefeitos, em Brasília, entre 25 a 28 deste mês, reunindo prefeitos e União no Distrito Federal, ocasião propícia para o encontro. Segundo o governo do Estado, a solicitação dos mineradores será encaminhada para o gabinete do vice-presidente, que analisará a sua agenda. KARINE VIANA/PALÁCIO PIRATINI/JC Plano para fazer a revitalização do espaço, no Centro de Porto Alegre, já está em andamento desde 2010 O secretário dos Transportes e Mobilidade, Pedro Westphalen, constituiu, através da portaria 201/2015, o grupo de trabalho que vai debater o projeto do Cais Mauá. Conforme a portaria, publicada ontem no Diário Oficial do Estado, o grupo será formado por representantes das secretarias dos Transportes e Mobilidade, Planejamento e Desenvolvimento Regional, Geral de Governo, Procuradoria-Geral do Estado, Superintendência de Portos e Hidrovias e prefeitura de Porto Alegre. O grupo de trabalho deve, em 90 dias, analisar as ações de implementação e apresentar o relatório conclusivo do projeto Cais Mauá. Segundo o diretor-geral da Secretaria dos Transportes e Mobilidade, Frank Carvalho, a primeira reunião do grupo deve ocorrer nos próximos dias e vai nivelar os conhecimentos de todas as partes sobre o contrato já existente entre o Estado e a empresa Cais Mauá do Brasil para posteriores encaminhamentos. O projeto de revitalização do espaço está em andamento desde 2010, quando a empresa venceu o edital de reformulação do porto. Entre as mudanças que devem ser feitas, estão a construção de um shopping, estacionamento, estabelecimentos comerciais e gastronômicos e um centro de eventos. Comitiva foi recebida no Palácio Piratini pelo governador José Ivo Sartori