VIII Congresso Brasileiro de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
II Congresso Internacional de Enfermagem Obstétrica e Neonatal
30, 31 de outubro e 1o novembro de 2013
Florianópolis - Santa Catarina - Brasil
EXPERIÊNCIA DAS MÃES DE RECÉM-NASCIDOS PREMATUROS NO
CUIDADO DOMICILIAR
Luzia Pereira da Costa Alves¹
Tereza Fabianne Aires Martins Pereira²
Daniele Lima de Assis³
Blena Késsia Rabêlo Girão4
Rebeca Silveira Rocha5
INTRODUÇÃO: É evidente os avanços tecnológicos na área da saúde e o impacto que
essas mudanças no campo da medicina perinatal refletiu nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), levando ao aumento da sobrevivência de recém-nascido a cada dia
mais prematuro e a cada vez com o peso mais baixo. A transferência dos bebês da UTIN
para casa demanda da família cuidados especiais inerentes aos recém-nascidos de risco.
Frequentemente, as mães tornam-se responsáveis pelo o cuidado domiciliar desses
bebês sem que estejam devidamente preparadas. OBJETIVO: Conhecer a experiência
das mães de recém-nascidos (RN) prematuros no cuidado domiciliar. MÉTODO: Trata-se
de um estudo descritivo, transversal, com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada
nos domicílios de dez mães de recém-nascidos prematuros que estiveram internados no
Hospital Maternidade do município de Quixadá-CE, no período de Março e Abril de 2013.
Foi utilizado como técnica de coleta de dados a entrevista semiestruturada, que foi
gravada após autorização das participantes, e como instrumento um formulário contendo:
dados de identificação, histórico gestacional e questões relacionadas ao cuidado
domiciliar de RN prematuro. As entrevistas foram analisadas e organizadas em
categorias, utilizando Bardin como referência. Foram obedecidos os aspectos éticos
legais, tendo o projeto sido aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa, com protocolo
de n° 237.010. As categorias apreendidas foram: o cuidado da criança prematura em
casa; o significado do cuidar da criança prematura; e os aspectos que interferem no
cuidado ao recém-nascido prematuro. RESULTADOS: Para as mães, a prematuridade é
associada diretamente à fragilidade, tornando os bebês mais susceptíveis a
intercorrências devido ao seu tamanho. Para a família, prematuridade e fragilidade são
diretamente proporcionais, fazendo com que essas crianças recebam cuidados cada vez
mais intensos. A mãe demonstra medo de não saber atender as necessidades do seu
bebê ou de expô-lo a situações de risco. CONCLUSÃO: O estudo permitiu avaliar as
experiências vivenciadas pelas mães no cuidado com o recém-nascido prematuro no
domicilio. Observou-se que as mães mostravam-se preocupadas, inseguras e com medo
em relação aos cuidados referentes à higiene, alimentação, e prevenção de infecções e,
também, quanto ao atendimento a possíveis intercorrências apresentadas pelos seus
filhos. A partir disso, observa-se a necessidade de os profissionais desenvolverem ações
de educação em saúde sobre os cuidados dos bebês com as mães ainda na
maternidade, oferecendo-lhes oportunidade para falarem sobre a ansiedade e o medo
que possam estar sentindo.
Descritores: Prematuro; Comportamento materno; Cuidado da criança.
- Trabalho originado de Monografia de Graduação em Enfermagem
- Identificação dos autores:
¹ Acadêmica de enfermagem. Centro Universitário Estácio do Ceará – ESTÁCIO/FIC. E-mail:
[email protected]
² Acadêmica de enfermagem. Centro Universitário Estácio do Ceará – ESTÁCIO/FIC. E-mail:
[email protected]
³ Acadêmica de enfermagem. Centro Universitário Estácio do Ceará – ESTÁCIO/FIC. E-mail:
[email protected]
4
Enfermeira. Faculdade Católica Rainha do Sertão – FCRS. E-mail: [email protected]
5
Enfermeira. Mestre em Saúde Pública. Docente da graduação em enfermagem da Faculdade
Católica Rainha do Sertão – FCRS e Centro Universitário Estácio do Ceará – ESTÁCIO/FIC. Email: [email protected]
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