o anglo resolve a prova da 2ª- fase da FUVEST 2007 Código: 83542407 É trabalho pioneiro. Prestação de serviços com tradição de confiabilidade. Construtivo, procura colaborar com as Bancas Examinadoras em sua tarefa de não cometer injustiças. Didático, mais do que um simples gabarito, auxilia o estudante no processo de aprendizagem, graças a seu formato: reprodução de cada questão, seguida da resolução elaborada pelos professores do Anglo. No final, um comentário sobre as disciplinas. A 2ª- fase da Fuvest consegue, de forma prática, propor para cada carreira um conjunto distinto de provas. Assim, por exemplo, o candidato a Engenharia da Escola Politécnica faz, na 2ª fase, provas de Língua Portuguesa (40 pontos), Matemática (40 pontos), Física (40 pontos) e Química (40 pontos). Já aquele que pretende ingressar na Faculdade de Direito faz somente três provas: Língua Portuguesa (80 pontos), História (40 pontos) e Geografia (40 pontos). Por sua vez, o candidato a Medicina tem provas de Língua Portuguesa (40 pontos), Biologia (40 pontos), Física (40 pontos) e Química (40 pontos). Vale lembrar que a prova de Língua Portuguesa é obrigatória para todas as carreiras. Para efeito de classificação final, somam-se os pontos obtidos pelo candidato na 1ª- e na 2ª- fase. A tabela seguinte apresenta todas as carreiras, com o número de vagas, as provas da 2ª- fase, acompanhadas da respectiva pontuação. FUVEST — TABELA DE CARREIRAS E PROVAS ÁREA DE HUMANAS ÁREA DE BIOLÓGICAS CÓD. 400 402 403 404 405 406 407 408 409 420 422 423 424 425 426 427 428 429 430 432 433 434 435 436 437 438 439 440 442 443 444 CARREIRAS Ciências Biológicas – São Paulo Ciências Biológicas – Piracicaba Ciências Biológicas – Ribeirão Preto Ciências da Atividade Física – USP – LESTE-SP Ciências dos Alimentos – Piracicaba Educação Física Enfermagem – São Paulo Enfermagem – Ribeirão Preto Engenharia Agronômica – Piracicaba Engenharia Florestal – Piracicaba Esporte Farmácia – Bioquímica – São Paulo Farmácia – Bioquímica – Ribeirão Preto Fisioterapia – São Paulo e Ribeirão Preto Fonoaudiologia – São Paulo Fonoaudiologia – Bauru Fonoaudiologia – Ribeirão Preto Gerontologia – USP – LESTE-SP Licenciatura em Enfermagem – Ribeirão Preto Medicina (São Paulo), Ciências Médicas (Ribeirão Preto) e Santa Casa Medicina Veterinária Nutrição Nutrição e Metabolismo – Ribeirão Preto Obstetrícia – USP – LESTE-SP Odontologia – São Paulo Odontologia – Bauru Odontologia – Ribeirão Preto Psicologia – São Paulo Psicologia – Ribeirão Preto Terapia Ocupacional – São Paulo e Ribeirão Preto Zootecnia – Pirassununga PROVAS DA 2ª FASE E VAGAS RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS 120 P(40), Q(40), B(40) 30 P(80), Q(40), B(40) 40 P(40), Q(40), B(40) 60 P(40), F(40), B(40), H(40) 40 P(80), B(40), Q(40) 50 P(40), F(40), B(40), H(40) 80 P(40), B(40), Q(40) 80 P(80), B(40), Q(40) 200 P(40), M(40), Q(40), B(40) 40 P(40), M(40), Q(40), B(40) 50 P(40), HE(40),B(40), Q(40) 150 P(40), F(40), Q(40), B(40) 80 P(40), Q(40), B(40), F(40) 65 P(40), F(40), Q(40), B(40) 25 P(80), F(40), B(40) 40 P(40), F(40), Q(40), B(40) 30 P(80), F(40), B(40) 60 P(40), M(40), B(40), H(40) 50 P(80), B(40), H(40) 375 P(40), F(40), Q(40), B(40) 80 80 30 60 133 50 80 70 40 45 40 P(40), F(40), Q(40), B(40) P(40), F(40), Q(40), B(40) P(40), F(40), B(40), Q(40) P(40), M(40), B(40), H(40) P(40), F(40), Q(40), B(40) P(40), F(40), Q(40), B(40) P(40), F(40), Q(40), B(40) P(40), M(40), B(40), H(40) P(80), B(40), H(40) P(80), B(40), H(40) P(40), M(40), Q(40), B(40) ÁREA DE EXATAS CÓD. 600 602 603 604 605 606 607 608 609 620 622 623 624 625 626 627 628 629 630 632 633 634 635 636 637 638 639 640 642 643 644 CARREIRAS Ciências Biomoleculares Ciências da Natureza – USP – LESTE-SP Computação – São Carlos Engenharia Aeronáutica – São Carlos Engenharia Ambiental – São Carlos Engenharia Bioquímica – Lorena Engenharia Civil – São Carlos Engenharia de Alimentos – Pirassununga Engenharia de Materiais — Lorena Engenharia Industrial Química — Lorena Engenharia (POLI), Computação e Matemática Aplicada Engenharia Química – Lorena Engenharia – São Carlos Física Médica — Ribeirão Preto Física – São Paulo e São Carlos (Bacharelado), Meteorologia e Geofísica, Matemática – (Bacharelado), Estatística – São Paulo, Física Computacional – São Carlos Geologia Informática Biomédica – Ribeirão Preto Informática – São Carlos Ciências Exatas – São Carlos (Licenciatura) Licenciatura em Geociências e Educação Ambiental Matemática e Física – São Paulo (Licenciatura) Matemática Aplicada – Ribeirão Preto Matemática – São Carlos Oceanografia – São Paulo Química Ambiental – São Paulo Química (Bacharelado) – Ribeirão Preto Química (Bacharelado e Licenciatura) – São Paulo Licenciatura em Química – São Paulo Química (Licenciatura) – Ribeirão Preto Química – São Carlos Sistemas de Informação – USP – LESTE-SP PROVAS DA 2ª FASE E VAGAS RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS 40 P(40), M(40), B(40), F(40) 120 P(40), B(40), Q(40), F(40) 100 P(40), M(40), F(40) 40 P(40), M(40), F(40) 40 P(40), M(40), F(40), Q(40) 40 P(40), M(40), F(40), Q(40) 60 P(40), M(40), F(40) 100 P(40), M(40), F(40), Q(40) 40 P(40), M(40), F(40), Q(40) 80 P(40), M(40), F(40), Q(40) 870 P(40), M(40), F(40), Q(40) 80 P(40), M(40), F(40), Q(40) 280 P(40), M(40), F(40) 40 P(40), M(40), F(40) 370 P(40), M(40), F(40) 50 40 40 50 40 260 45 55 40 30 60 60 30 40 60 180 P(40), M(40), F(40), Q(40) P(40), M(40), F(40), B(40) P(40), M(40), F(40) P(40), M(40) P(40), F(40), Q(40), G(40) P(40), M(40), F(40) P(40), M(80), G(40) P(40), M(40), F(40) P(40), M(40), B(40), Q(40) P(40), M(40), F(40), Q(40) P(80), Q(40) P(40), M(40), F(40), Q(40) P(40), M(40), F(40), Q(40) P(80), Q(40) P(40), Q(40) P(40), M(40) CÓD. 200 202 203 204 205 206 208 209 220 222 223 224 225 226 227 228 229 230 232 233 234 235 236 237 238 239 240 242 243 244 245 — 248 249 250 252 253 254 255 CARREIRAS Administração – São Paulo Administração – Ribeirão Preto Arquitetura – São Paulo Arquitetura – São Carlos Artes Cênicas (Bacharelado) Artes Cênicas (Licenciatura) Arte e Tecnologia – USP – LESTE-SP Atuária Biblioteconomia Ciências Contábeis – São Paulo Ciencias Contábeis – Ribeirão Preto Ciências da Informação e da Documentação (Bacharelado) – Ribeirão Preto Ciências Sociais Ciências Econômicas – Piracicaba Audiovisual Design Direito Economia – São Paulo Economia Empresarial e Controladoria – Ribeirão Preto Economia – Ribeirão Preto Editoração Filosofia Geografia Gestão Ambiental – USP – LESTE-SP Gestão Ambiental – Piracicaba Gestão de Políticas Públicas – USP – LESTE-SP História Jornalismo Lazer e Turismo – USP – LESTE-SP Letras – Básico Marketing – USP – LESTE-SP Oficial da PM de São Paulo – Feminino Oficial da PM de São Paulo – Masculino Pedagogia – São Paulo Pedagogia – Ribeirão Preto Publicidade e Propaganda Relações Internacionais Relações Públicas Turismo Artes Plásticas Música – São Paulo Música – Ribeirão Preto LEGENDA P — Português M — Matemática F — Física Q — Química B — Biologia H — História G — Geografia A — Aptidão HE — Habilidade Específica PROVAS DA 2ª FASE E VAGAS RESPECTIVOS NÚMEROS DE PONTOS 210 P(40), M(40), H(40), G(40) 105 P(40), M(40, H(40), G(40) 150 P(40), F(20), H(20), HE(80) 30 P(80), H(40), HE(40) 15 P(40), H(40), HE(80) 10 P(40), H(40), HE(80) 60 P(40), H(40), F(40) 50 P(40), H(40), G(40), M(40) 35 P(40), H(40) 150 P(40), M(40), H(40), G(40) 45 P(40), M(40), H(40), G(40) 40 P(80), H(40), G(40) 210 40 35 40 460 180 70 45 15 170 170 120 40 120 270 60 120 849 120 — 180 180 50 50 60 50 30 30 35 30 P(40), H(40), G(40) P(40), M(40), H(40), G(40) P(40), H(40), HE(80) P(40), H(20), F(20), HE(80) P(80), H(40), G(40) P(40), M(40), H(40), G(40) P(40), M(40, H(40), F(40) P(40), M(40), H(40), G(40) P(40), H(40) P(80), H(40), G(40) P(80), H(40), G(40) P(40), F(40), Q(40), B(40) P(80), B(40), H(40) P(40), M(40), H(40), G(40) P(80), H(40), G(40) P(80), H(40), G(40) P(40), M(40), H(40), G(40) P(80), H(40), G(40) P(40), M(40), H(40), G(40) — P(40) P(80), H(40) P(80), H(40), G(40) P(40), H(40) P(80), H(40), G(40) P(40), H(40) P(80), H(40), G(40) P(40), H(40), HE(80) P(40), HE(120) P(40), HE(120) F ÍSICA NOTE E ADOTE aceleração da gravidade na Terra, g = 10 m/s2 densidade da água a qualquer temperatura, ρ = 1000 kg/m3 = 1 g/cm3 velocidade da luz no vácuo = 3,0 ⋅ 108 m/s Patm = 1 atm ≈ 105 N/m2 = 105 Pa calor específico da água ~ = 4 J/(°C ⋅ g) 1 caloria ~ = 4 joules ▼ 1 litro = 1000 cm3 Questão 1 De cima de um morro, um jovem assiste a uma exibição de fogos de artifício, cujas explosões ocorrem na mesma altitude em que ele se encontra. Para avaliar a que distância L os fogos explodem, verifica que o tempo decorrido entre ver uma explosão e ouvir o ruído correspondente é de 3s. Além disso, esticando o braço, segura uma régua a 75cm do próprio rosto e estima que o diâmetro D do círculo aparente, formado pela explosão, é de 3cm. Finalmente, avalia que a altura H em que a explosão ocorre é de aproximadamente 2,5 vezes o diâmetro D dos fogos. Nessas condições, avalie L D g H = 2,5D a) a distância, L, em metros, entre os fogos e o observador. b) o diâmetro D, em metros, da esfera formada pelos fogos. c) a energia E, em joules, necessária para enviar o rojão até a altura da explosão, considerando que ele tenha massa constante de 0,3 kg. d) a quantidade de pólvora Q, em gramas, necessária para lançar esse rojão a partir do solo. NOTE E ADOTE 1 A velocidade do som, no ar, vsom ≈ 333 m/s. Despreze o tempo que a luz da explosão demora para chegar até o observador. NOTE E ADOTE 2 A combustão de 1 g de pólvora libera uma energia de 2000 J; apenas 1% da energia liberada na combustão é aproveitada no lançamento do rojão. Resolução a) A distância L, em metros, pode assim ser obtida: L = ∆s = vsom ⋅ ∆t ≈ 333 ⋅ 3 ∴ L ≈ 1 000 m FUVEST/2007 – 2ª- FASE 3 ANGLO VESTIBULARES b) Representando esquematicamente, na figura a seguir, a situação descrita no enunciado: 1000m 14243 1444444442444444443 144424443 75 cm 1,5 cm raio da esfera formada pelos fogos (R) Utilizando a semelhança de triângulos: 75 cm 1000 m = 1,5 cm R ⇒ R = 20 m ∴ D = 2R = 40 m c) Do enunciado: H = 2,5D = 2,5 ⋅ 40 ∴ H = 100 m A energia E, necessária para enviar o rojão até a altura da explosão, é: E= εp = m ⋅ g ⋅ H = 0,3 ⋅ 10 ⋅ 100 ∴ E = 300 J d) De acordo com o NOTE E ADOTE 2, a combustão de 1 g de pólvora libera 2000 J e apenas 1% da energia liberada na combustão é aproveitado no lançamento do rojão, ou seja, 20 J. ▼ 1g 20 J Q 300 J ∴ Q = 15 g Questão 2 Um carro de corrida, de massa M = 800 kg, percorre uma pista de provas plana, com velocidade constante V0 = 60 m/s. Nessa situação, observa-se que a potência desenvolvida pelo motor, P1 = 120 kW, é praticamente toda utilizada para vencer a resistência do ar (Situação 1, pista horizontal). Prosseguindo com os testes, faz-se o carro descer uma ladeira, com o motor desligado, de forma que mantenha a mesma velocidade V0 e que enfrente a mesma resistência do ar (Situação 2, inclinação α ). Finalmente, faz-se o carro subir uma ladeira, com a mesma velocidade V0 , sujeito à mesma resistência do ar (Situação 3, inclinação θ). V0 g V0 V0 α Situação 1 θ Situação 2 sen θ = 0,3 Situação 3 a) Estime, para a Situação 1, o valor da força de resistência do ar FR , em newtons, que age sobre o carro no sentido oposto a seu movimento. b) Estime, para a Situação 2, o seno do ângulo de inclinação da ladeira, sen α , para que o carro mantenha a velocidade V0 = 60 m/s. c) Estime, para a Situação 3, a potência P3 do motor, em kW, para que o carro suba uma ladeira de inclinação dada por sen θ = 0,3, mantendo a velocidade V0 = 60 m/s. NOTE E ADOTE Potência = Força × Velocidade Considere, nessas três situações, que apenas a resistência do ar dissipa energia. FUVEST/2007 – 2ª- FASE 4 ANGLO VESTIBULARES Resolução As forças, ou componentes, que agem no carro na direção do movimento são: Situação 1: FR Situação 2: F FR Psenα α Situação 3: F’ FR Psenθ θ Nas três situações, a trajetória do carro é retilínea e sua velocidade é constante, logo a resultante das forças é nula. a) Situação 1: P1 = F ⋅ V0 120 000 = F ⋅ 60 F = 2 000 N ∴ FR = F = 2 000 N b) Situação 2: FR = P sen α 2 000 = 8 000 sen α ∴ sen α = 0,25 c) Situação 3: F’ = FR + P sen θ F’ = 2 000 + 8 000 ⋅ 0,3 F’ = 4 400 N P’ = F’ ⋅ V0 ▼ P’ = 4 400 ⋅ 60 ∴ P’ = 264 ⋅ 103 W = 264 kW Questão 3 Uma bola chutada horizontalmente de cima de uma laje, com velocidade V0 , tem sua trajetória parcialmente registrada em uma foto, representada no desenho abaixo. A bola bate no chão, no ponto A, voltando a atingir o chão em B, em choques parcialmente inelásticos. Foto V0 NOTE E ADOTE Nos choques, a velocidade horizontal da bola não é alterada. Desconsidere a resistência do ar, o atrito e os efeitos de rotação da bola. H1 = 3,2m H2 = 1,8 m 1,6m A D=? B a) Estime o tempo T, em s, que a bola leva até atingir o chão, no ponto A. b) Calcule a distância D, em metros, entre os pontos A e B. c) Determine o módulo da velocidade vertical da bola VA, em m/s, logo após seu impacto com o chão no ponto A. FUVEST/2007 – 2ª- FASE 5 ANGLO VESTIBULARES Resolução a) Representando na figura abaixo o movimento da bola até o ponto A: V0 1,6 x(m) 3,2 y(m) A Como na direção vertical do lançamento horizontal a bola executa movimento uniformemente variado, com | ay | = g = 10 m/s2: 0 0 ay 10 ⋅ t 2 ⇒ 3, 2 = t 2 ∴ t = 0, 8 s 2 2 b e c) Sendo, na direção horizontal, a velocidade da bola constante, podemos calcular a sua intensidade: y = y0 + V0 y ⋅ t + V0 = Vx = ∆x 1, 6 = = 2m / s ∆t 0, 8 Representando na figura abaixo o lançamento da bola entre os pontos A e B: y(m) 1,8 D x(m) No lançamento oblíquo, nas direções x e y, os movimentos são uniforme e uniformemente variado, respectivamente, e há simetria no movimento, ou seja, o tempo de subida é o mesmo que o de descida. • Analisando apenas a descida 0 y = y0 + V0 y ⋅ t + 0 = 1, 8 – ay 2 ⋅ t2 10 2 t d ⇒ t d = 0, 6 s 2 • Analisando todo o movimento 0 x = x0 + Vx ⋅ t ⇒ D = V0 ⋅ tT Como tT = ts + td = 2td = 1,2 s Logo D = 2 ⋅ 1,2 ∴ D = 2,4 m • Analisando apenas a subida Vy = Voy + ay ⋅ t 0 = V0y – 10 ⋅ 0,6 FUVEST/2007 – 2ª- FASE ∴ V0y = 6 m/s 6 ANGLO VESTIBULARES ▼ Questão 4 Uma substância radioativa, cuja meia-vida é de aproximadamente 20 minutos, pode ser utilizada para medir o volume do sangue de um paciente. Para isso, são preparadas duas amostras, A e B, iguais, dessa substância, diluídas em soro, com volume de 10 cm3 cada. Uma dessas amostras, A, é injetada na circulação sanguínea do paciente e a outra, B, é mantida como controle. Imediatamente antes da injeção, as amostras são monitoradas, indicando NA1 = NB1 = 160 000 contagens por minuto. Após uma hora, é extraída uma amostra C de sangue do paciente, com igual volume de 10 cm3, e seu monitoramento indica NC = 40 contagens por minuto. A C (NA1) (NC) B B (NB1) (NB2) Situação inicial Situação 1 h depois a) Estime o número NB2, em contagens por minuto, medido na amostra de controle B, uma hora após a primeira monitoração. b) A partir da comparação entre as contagens NB2 e NC , estime o volume V, em litros, do sangue no sistema circulatório desse paciente. NOTE E ADOTE A meia vida é o intervalo de tempo após o qual o número de átomos radioativos presentes em uma amostra é reduzido à metade. Na monitoração de uma amostra, o número de contagens por intervalo de tempo é proporcional ao número de átomos radioativos presentes. Resolução a) Como o número de contagens por intervalo de tempo é proporcional ao número de átomos radioativos presentes, e a meia-vida da substância utilizada é de aproximadamente 20 minutos, temos: t(minutos) nº- de contagens por minutos 0 160.000 20 80.000 40 40.000 60 20.000 ∴ NB2 = 20 000 contagens/min b) Considerando que em um intervalo de tempo de 1 hora toda a amostra A injetada no paciente foi diluída uniformemente em seu sangue, o número de contagens que seria monitorado em todo o sangue dele corresponderia a 20 000 contagens/minutos. Logo, o volume V do sangue, no sistema circulatório desse paciente, pode ser determinado como segue: V — 20.000 contagens/min 10 cm3 — 40 contagens/min ⇒ V = 5.000 cm3 ∴ V = 5L FUVEST/2007 – 2ª- FASE 7 ANGLO VESTIBULARES ▼ Questão 5 Para medir a temperatura T0 do ar quente expelido, em baixa velocidade, por uma tubulação, um jovem utilizou uma garrafa cilíndrica vazia, com área da base S = 50 cm2 e altura H = 20 cm. Adaptando um suporte isolante na garrafa, ela foi suspensa sobre a tubulação por alguns minutos, para que o ar expelido ocupasse todo o seu volume e se estabelecesse o equilíbrio térmico a T0 (Situação 1). A garrafa foi, então, rapidamente colocada sobre um recipiente com água mantida à temperatura ambiente TA = 27ºC. Ele observou que a água do recipiente subiu até uma altura h = 4 cm, dentro da garrafa, após o ar nela contido entrar em equilíbrio térmico com a água (Situação 2). Estime 4 cm 20 cm T0 Tubulação de ar quente Situação 1 TA Recipiente com água Situação 2 a) o volume VA, em cm3, do ar dentro da garrafa, após a entrada da água, na Situação 2. b) a variação de pressão ∆P, em N/m2, do ar dentro da garrafa, entre as Situações 1 e 2. c) a temperatura inicial T0, em ºC, do ar da tubulação, desprezando a variação de pressão do ar dentro da garrafa. NOTE E ADOTE PV = nRT T (K) = T (ºC) + 273 Resolução a) Após a entrada da água, correspondente à situação 2, o volume de ar dentro da garrafa será de: VA = S ⋅ (H – h) VA = 50 ⋅ (20 – 4) ⇒ VA = 800 cm3 b) Entre as situações 1 e 2, a variação de pressão do ar dentro da garrafa pode ser determinada como segue: Patm Patm = P + ρgh (Teorema de Stevin) Considerando a pressão do ar na situação inicial P0 = Patm P0 Patm e na situação final P, vem que: P h T0 Tubulação de ar quente Situação 1 TA ρ P – P0 = – ρgh 123 ∆P = – 103 ⋅ 10 ⋅ 4 ⋅ 10–2 Recipiente com água Situação 2 ∴ ∆P = – 400 N/m2 c) Desprezando a variação de pressão do ar no interior da garrafa, obtém-se uma estimativa da temperatura inicial do ar por meio da equação geral dos gases: V0 VA = , em que TA = 27ºC ⇒ TA = 300 K T0 TA 50(20) 50(16) = T0 300 T0 = 375 K ⇒ T0 = 102ºC FUVEST/2007 – 2ª- FASE 8 ANGLO VESTIBULARES ▼ Questão 6 Uma seta luminosa é formada por pequenas lâmpadas. Deseja-se projetar a imagem dessa seta, ampliada, sobre uma parede, de tal forma que seja mantido o sentido por ela indicado. Para isso, duas lentes convergentes, L1 e L2, são colocadas próximas uma da outra, entre a seta e a parede, como indicado no esquema abaixo. Para definir a posição e a característica da lente L2, Parede seta luminosa (de frente) seta luminosa (de lado) L1 L2 a) determine, no esquema da folha de resposta, traçando as linhas de construção apropriadas, as imagens dos pontos A e B da seta, produzidas pela lente L1, cujos focos F1 estão sinalizados, indicando essas imagens por A1 e B1 respectivamente. b) determine, no esquema da folha de resposta, traçando as linhas de construção apropriadas, a posição onde deve ser colocada a lente L2, indicando tal posição por uma linha vertical, com símbolo L2. c) determine a distância focal f2 da lente L2, em cm, traçando os raios convenientes ou calculando-a. Escreva o resultado, no espaço assinalado, na folha de respostas. Resolução a) Para cada um dos pontos A e B, representamos dois raios de luz: — o raio de luz que atinge a lente, paralelamente ao eixo principal, é refratado e passa pelo foco imagem da lente (F1); — o raio de luz que incide no centro óptico da lente emerge sem desvio. b) A partir de A1 e B1, traçam-se retas aos seus respectivos pontos imagens. A intersecção entre essas retas e o eixo principal da lente determina a localização desta. c) Uma vez localizada a lente, a partir de A1 e B1 tomamos raios de luz que atingem a lente paralelamente ao seu eixo principal. Esses raios devem formar as respectivas imagens projetadas na parede. O ponto em que os raios emergentes cruzam o eixo principal da lente corresponde ao foco principal da lente. A distância focal pode ser obtida a partir da escala fornecida na figura e é: f2 = 20 cm Também é possível determinar a distância focal da lente por meio da equação dos pontos conjugados 1 1 1 = + , em que, a partir da figura: f p p’ p = 30 cm (abscissa do objeto A1B1 em relação à lente L2) p’ = 60 cm (abscissa da imagem projetada na parede em relação à lente L2) Assim: 1 1 1 = + ∴ f2 = 20 cm. f2 30 60 FUVEST/2007 – 2ª- FASE 9 ANGLO VESTIBULARES A figura a seguir resume o exposto. Parede L2 L1 A B1 F1 f2 F1 B A1 10 cm Vista de frente Vista da imagem projetada Vista lateral ▼ f2 = 20 cm Questão 7 Em uma ilha distante, um equipamento eletrônico de monitoramento ambiental, que opera em 12 V e consome 240W, é mantido ligado 20h por dia. A energia é fornecida por um conjunto de N baterias ideais de 12V. Essas baterias são carregadas por um gerador a diesel, G, através de uma resistência R de 0,2 Ω. Para evitar interferência no monitoramento, o gerador é ligado durante 4h por dia, no período em que o equipamento permanece desligado. Determine R C a) a corrente I, em ampères, que alimenta o equipamento eletrônico C. ... b) o número mínimo N, de baterias, necessário para manter o sisG tema, supondo que as baterias armazenem carga de 50A ⋅ h caConjunto com N da uma. ... baterias c) a tensão V, em volts, que deve ser fornecida pelo gerador, para carregar as baterias em 4 h. NOTE E ADOTE (1 ampère × 1 segundo = 1 coulomb) O parâmetro usado para caracterizar a carga de uma bateria, produto da corrente pelo tempo, é o ampère ⋅ hora (A ⋅ h). Suponha que a tensão da bateria permaneça constante até o final de sua carga. Resolução a) P=U⋅I ∴ 240 = 12 ⋅ I ⇒ I = 20 A b) Energia consumida diariamente, pelo equipamento: W = 240 ⋅ 20 W = 4800 (Wh) Energia disponível nas baterias: W = 12 ⋅ 50 ⋅ N ⇒ W = 600 ⋅ N (Wh) Logo, 600 ⋅ N 4800 FUVEST/2007 – 2ª- FASE ∴ N8 10 ANGLO VESTIBULARES c) A energia a ser fornecida pelo gerador às baterias deve ser de 4800W e, portanto, a potência útil do gerador é dada por: Pútil = 4800 Wh = 1200 W 4h Como a ddp nos terminais do gerador deve ser igual à das baterias (12 V), calcula-se a corrente no gerador: Pútil = U ⋅ I ⇒ 1200 = 12 ⋅ I ∴ I = 100 A Como V = 12 + RI ⇒ V = 12 + 0,2 ⋅ 100 ▼ V = 32 V Questão 8 O plutônio (238Pu) é usado para a produção direta de energia elétrica em veículos espaciais. Isso é realizado em um gerador que possui duas placas metálicas, paralelas, isoladas e separadas por uma pequena distância D. Sobre uma das placas deposita-se uma fina camada de 238Pu, que produz 5 × 1014 desintegrações por segundo. 238Pu Dispositivo eletrônico R D O 238Pu se desintegra, liberando partículas alfa, 1/4 das quais alcança a outra placa, onde são absorvidas. Nesse processo, as partículas alfa transportam uma carga positiva Q e deixam uma carga – Q na placa de onde saíram, gerando uma corrente elétrica entre as placas, usada para alimentar um dispositivo eletrônico, que se comporta como uma resistência elétrica R = 3,0 × 109 Ω. Estime a) a corrente I, em ampères, que se estabelece entre as placas. b) a diferença de potencial V, em volts, que se estabelece entre as placas. c) a potência elétrica PE , em watts, fornecida ao dispositivo eletrônico nessas condições. NOTE E ADOTE O 238Pu é um elemento radioativo, que decai naturalmente, emitindo uma partícula alfa (núcleo de 4He). Carga Q da partícula alfa = 2 × 1,6 × 10 – 19 C Resolução a) I = ∆Q n ⋅ Q 1 5 ⋅ 1014 ⋅ 2 ⋅ 1, 6 ⋅ 10 – 19 1 = ⋅ ∴ I= ⋅ ∆t ∆t 4 1 4 I = 4 ⋅ 10 –5 A b) V = R I = 3 ⋅ 109 ⋅ 4 ⋅ 10 –5 V = 1,2 ⋅ 105 V c) PE = V I = 1,2 ⋅ 105 ⋅ 4 ⋅ 10–5 PE = 4,8 W FUVEST/2007 – 2ª- FASE 11 ANGLO VESTIBULARES ▼ Questão 9 Duas bobinas iguais, B1 e B2, com seus eixos alinhados, são percorridas por uma mesma corrente elétrica e produzem um campo magnético uniforme no espaço entre elas. Nessa região, há uma espira, na qual, quando o campo magnético varia, é induzida uma força eletromotriz ε, medida pelo voltímetro. Quando a corrente I, que percorre as bobinas, varia em função do tempo, como representado no Gráfico A da folha de respostas, mede-se εA = 1,0 V, para o instante t = 2 s. Voltímetro B2 Espira B1 Gerador Amperímetro Para analisar esse sistema, a) construa, na folha de respostas, o gráfico RA, da variação de ε, em função do tempo, para o intervalo entre 0 e 6 s, quando a corrente I varia como no Gráfico A. b) determine o valor de εB para t = 2 s e construa o gráfico RB , da variação de, ε em função do tempo, para o intervalo entre 0 e 6 s, quando a corrente I varia como no Gráfico B. c) determine o valor de εC para t = 5 s e construa o gráfico RC, da variação de ε, em função do tempo, para o intervalo entre 0 e 6 s, quando a corrente I varia como no Gráfico C. NOTE E ADOTE A força eletromotriz induzida em uma espira é proporcional à variação temporal do fluxo do campo magnético em sua área. Resolução Sejam: φ: fluxo magnético através da espira B: I: A: ε: intensidade do campo de indução magnética intensidade da corrente elétrica área da espira força eletromotriz induzida na espira • B=K⋅I ⇒ ∆B = K ⋅ ∆I • |φ| = B ⋅ A • |ε| = | ∆φ | ∆t ⇒ |∆φ | = K ⋅ A ⋅ ∆I ∆I ⇒ |ε| = K ⋅ A ⋅ ∆t K e A são constantes no tempo; logo, a força eletromotriz Do gráfico A, tem-se que, se Então, quando FUVEST/2007 – 2ª- FASE ∆I A =1 ∆t s ε depende da razão ∆I . ∆t ∆I 1 A = , ε = 1 V. ∆t 2 s A ⇒ εB = 2 V e quando ∆I A = –1 ∆t s 12 ⇒ εC = – 2 V. ANGLO VESTIBULARES ε (V) Gráfico RA 2 I (A) Gráfico A 2 1 1 t (s) 0 1 t (s) 0 1 2 3 4 5 2 3 4 5 6 –1 6 –1 –2 ε (V) Gráfico RB 2 I (A) Gráfico B 2 1 1 t (s) 0 1 t (s) 0 1 2 3 4 5 2 3 4 5 6 –1 6 εB (t = 2 s) = 2 V –2 –1 ε (V) I (A) Gráfico C 2 Gráfico RC 2 1 1 t (s) 0 1 2 3 4 5 6 t (s) 0 1 –1 2 3 4 5 6 εC (t = 5 s) = –2 V –1 ▼ –2 Questão 10 Recentemente Plutão foi “rebaixado”, perdendo sua classificação como planeta. Para avaliar os efeitos da Massa da Terra (MT) = 500 × Massa de Plutão (MP) gravidade em Plutão, considere suas características físiRaio da Terra (RT) = 5 × Raio de Plutão (RP) cas, comparadas com as da Terra, que estão apresentadas, com valores aproximados, no quadro ao lado. a) Determine o peso, na superfície de Plutão (PP), de uma massa que na superfície da Terra pesa 40N (PT = 40N). b) Estime a altura máxima H, em metros, que uma bola, lançada verticalmente com velocidade V, atingiria em Plutão. Na Terra, essa mesma bola, lançada com a mesma velocidade, atinge uma altura hT = 1,5 m. NOTE E ADOTE: GMm R2 Peso = mg F= Resolução a) O campo gravitacional na superfície da Terra é: gT = G ⋅ MT R2T Dos dados da tabela dada: gT = G ⋅ (500MP ) (5 RP )2 gT = 20 ⋅ FUVEST/2007 – 2ª- FASE G ⋅ MP RP2 ∴ gT = 20 gP 13 ANGLO VESTIBULARES Portanto o peso da massa na superfície de Plutão é: PP = m ⋅ gP PP = m ⋅ PP = gT 20 PT ∴ PP = 2N 20 b) Como o lançamento é vertical, no ponto mais alto da trajetória, o sistema só tem energia potencial. Para o lançamento na Terra: f εim = εm 1 m V 2 = m ⋅ gT ⋅ hT 2 V2 = gT ⋅ hT 2 (1) Para o lançamento em Plutão: i = εf εm m 1 m V 2 = m ⋅ gP ⋅ H 2 H= V2 1 ⋅ 2 gP (2) Substituindo (1) em (2): g H = hT ⋅ T gP Como gT = 20 gP, H = 30 m. FUVEST/2007 – 2ª- FASE 14 ANGLO VESTIBULARES CO MENTÁRIO Prova bem elaborada, com questões simples e bem distribuídas pelo programa. Os enunciados não seguiram os padrões clássicos e exigiram leitura acurada, valorizando as habilidades de interpretação de textos. FUVEST/2007 – 2ª- FASE 15 ANGLO VESTIBULARES