INFORMATIVO Volume I, edição 2. Liga de Microbiologia do Curso de Medicina MAIS UM VÍRUS ONCOGÊNICO? REUNIÕES DA LIGA: Todas as sextas-feiras às 12:45h na Faculdade de Medicina. Câncer de próstata e XMRV Interesses especiais: • 16 de Novembro de 2009. A relação do vírus XMRV com o câncer de próstata; Vacinas contra o Helicobacter pylori; • Fig. 1 - Localização da próstata, inferiormente à bexiga. O envolvimento de vírus com alguns cânceres já foi estabelecido há vários anos. Cerca de 25% dos cânceres tem um fator viral conhecido em sua etiologia. Em alguns casos, os vírus promovem a formação do tumor diretamente, alterando o crescimento das células. Investigações recentes mostraram que o retrovírus “Xenotropic murine leukemia related virus” (XMRV) foi encontrado em cân- ceres de próstata. Pesquisas em 200 cânceres de próstata humanos foram feitas para caracterizar esse fato e o resultado encontrado foi que pelo menos 27% dos cânceres continham o XMRV e, quando comparados com cânceres dos tecidos, somente 6% de amostras foram positivas. O XMRV está associado com os tipos mais agressivos de tumores de próstata. As proteínas do vírus foram encon- tradas quase exclusivamente nas células malignas, sugerindo que a infecção está diretamente relacionada com o câncer de próstata. A ação do retrovírus ocorre a partir do momento em que ele insere seu material genético nos cromossomos das células hospedeiras e isso pode ocorrer em uma posição adjacente a um gene que regula o crescimento das células, resultando em um rápido e desordenado crescimento das mesmas. Muitas questões ainda precisam ser respondidas, como por exemplo: quais os mecanismos moleculares envolvidos, se o vírus infecta mulheres, se o vírus é sexualmente transmissível, qual a prevalência na população, etc. A constatação da relação entre vírus e câncer pode promover uma melhor abordagem dos casos, incluindo desde profilaxia com vacinas até testes diagnósticos e terapias direcionadas para minimizar os efeitos do patógeno. Carlos Átila (S5) Helicobacter pylori – Novas terapêuticas. O H. pylori infecta quase 50% das pessoas e sua relação com as doenças gastroduodenais já é bem conhecida. Cerca de 10-20% das pessoas desenvolvem doenças mais sérias como úlcera péptica, câncer gástrico e linfoma. Muito progresso foi feito em relação ao tratamento das doenças relacionadas ao H. pylori. Um deles é o uso de antibióticos, no entanto, em função da aquisição de resistência faz-se necessário o desenvolvimento de novas estratégias. Desde 2006 estão sendo avaliados os efeitos de uma vacina oral contra o H. pylori. Diversas vias de administração também estão sendo investigadas. Foram feitos testes com uma vacina que utiliza o DNA bacteriano e outra com proteínas presentes em seu flagelo. Sua eficiência ainda não foi comprovada. Porém, foi encontrado um antígeno bastante promissor para a produção de Sítios eletrônicos importantes: 1-www.profissionaisdasaude.com.br 2-www.helicobacter.org/content/publications/helicobacter_2007 3-www.science.org.au/nobel/2005/ vacinas, o HP-NAP (H. pylori neutrophilactivating protein) que se mostrou altamente imunogênico. Muitos testes estão sendo realizados e o HP-NAP pode ser a chave para uma nova ferramenta no combate as doenças associadas ao H. pylori. Pedro Hugo (S4) Fig. 2 - H. pylori aderido a superfície celular inserindo a toxina “Cag A”, relacionada a proliferação celular e inibição da apoptose. Para contato: Laboratório de Microbiologia, Parasitologia e Imunologia (LAMIP) UFC/Cariri- (88) 3312 5028 Email: [email protected]